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MÓDULO I
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APOSTILA

FISIOLOGIA
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APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO

SUMÁRIO

1. SISTEMA MUSCULAR.............................................................................................................................2
2. SISTEMA CIRCULATÓRIO......................................................................................................................6
3. SISTEMA RESPIRATÓRIO.....................................................................................................................11
4. SISTEMA DIGESTÓRIO..........................................................................................................................13
5. SISTEMA EXCRETOR.............................................................................................................................19
6. METABOLISMO HIDROELÉTRICO........................................................................................................23
7. FISIOLOGIA DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO.....................................................................................26
8. SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO................................................................................................26
9. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO....................................................................................................30
10. SISTEMA NERVOSO.............................................................................................................................34
11. SISTEMA ENDÓCRINO.........................................................................................................................54
12. MEIO INTERNO DO SANGUE E LIPOPROTEÍNAS.............................................................................57
13. REFERÊNCIAS......................................................................................................................................62

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1. SISTEMA MUSCULAR
INTRODUÇÃO
Podemos entender que o esqueleto precisa de ossos unidos e articulados. Mas para esse
conjunto funcionar, também necessitamos de um componente que fixe as partes do esqueleto
entre si e seja o motor de todos os movimentos. Esse componente é o sistema muscular,
constituído pelos músculos, que são estruturas formadas por feixes de células especiais, as
células musculares, denominadas miócitos.
CLASSIFICAÇÃO
Existem três tipos de células musculares e, portanto, três tipos de músculos: o liso, o estriado
cardíaco e o estriado esquelético.
A) Músculo Liso: é involuntário e de movimentos lentos contínuos, pois são controlados pelo
sistema nervoso central;
B) Músculo Estriado Cardíaco: é o músculo responsável pelas contrações do coração, possui
movimentos rápidos, porém involuntários, sendo controlado dessa forma pelo sistema nervoso
central através do Bulbo.
C) Músculo Estriado Esquelético: é o músculo responsável pelos movimentos do corpo,
possui movimentos rápidos, e voluntários, pois é comandado de acordo com a vontade do
indivíduo.
ANATOMIA DO MÚSCULO ESQUELÉTICO
Um músculo é formado por um ventre e duas extremidades. O ventre é a porção média,
carnosa, capaz de contração, uma vez que é composto por células musculares. Já as
extremidades, formadas por tecido conjuntivo denso modelado, apresentam-se
esbranquiçadas, brilhantes, rígidas e inextensíveis, pois o seu comprimento não aumenta
quando submetidas a uma força externa. As extremidades de um músculo servem para
prender o ventre muscular contrátil a uma parte do esqueleto, seja essa parte um osso, uma
cápsula articular ou mesmo uma cartilagem. E assim, preso ao esqueleto, o músculo vai
cumprir sua função de mover as partes do nosso corpo. Quando a extremidade de um músculo
se fixa ao esqueleto num ponto preciso, ela é chamada de tendão. Mas se ela se fixa em
grandes áreas do esqueleto, então ela recebe o nome de aponeurose. Para se
movimentarem, os músculos normalmente firmam-se em duas extremidades:
I. Uma móvel, fixa, que não sofre deslocamentos, chamada de origem;
II. Outra que efetivamente se move, denominada inserção.
Um músculo pode ter mais de um ponto fixo, ou seja, mais de um tendão na extremidade de
origem. Ex: bíceps, tríceps, quadríceps. Os músculos têm ainda um revestimento externo
formado de tecido conjuntivo, que mantém as fibras musculares juntas, facilitando seu
deslocamento, chamada de fáscia.
CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS
A - Quanto à forma do ventre.



Longo: o comprimento predomina sobre a largura. Ex: flexores do carpo e dedo.
Fusiforme: um músculo longo em que o diâmetro do ventre é maior que o diâmetro das
extremidades. Ex: bíceps braquial.
 Largo: comprimento e a largura são equivalentes. Ex: glúteo máximo.
 Em leque: músculo largo em que as fibras de um lado convergem para um tendão.
Ex: grande dorsal.

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B - Ao número de cabeças.
99% dos músculos só apresentam uma cabeça, não havendo classificação. Só se classificam
as exceções.
 Bíceps – um na região anterior do braço (bíceps braquial) e outro na região posterior da
coxa (bíceps femural).
 Tríceps – um na região posterior do braço (tríceps braquial) e outro na região posterior da
perna (tríceps sural = gastrocnêmio + sóleo).
 Quadríceps – região anterior da coxa. É formado por 04 músculos: reto femural, e vastos
(medial intermédio e lateral).
Aplica-se injeção intramuscular nos músculos deltoide e glúteo, no adulto. E no vasto lateral
em criança de pouca idade.
C - Quanto à função:
 Agonista: quando ele é o principal responsável pela execução do movimento. Ex: flexores
do dedo.
 Antagonista: realizam ações opostas ao agonista, regulando força e velocidade do
movimento.
 Sinergistas: impedem a ação de movimentos indesejados causados pelo agonista durante
sua ação. Ex: extensores do carpo.
 Fixadores ou posturais: ação está relacionada a manutenção do corpo em posição
adequada para realizar o movimento. Ex: músculos que mantêm o corpo de pé.
D - Ao número de ventres:
 Monogástricos – apresentam somente um ventre. Correspondem a 99% dos músculos.
 Digástricos – apresentam dois ventres unidos por um tendão intermediário. Encontrados no
pescoço: um da mandíbula para o osso temporal (músculo digástrico) e outro, o osso hioide
até a omoplata (músculo Omohioideu).
 Poligástrico – apresentam vários ventres unidos por tendões intermediários. O único
exemplo é o músculo reto do abdômen.
E - Ao número de caudas:
 Monocaudado – apresenta somente uma cauda. Corresponde a 99% dos músculos.
 Policaudado – apresenta de três a quatro caudas. É encontrado nas extremidades dos
membros (músculos extensores e flexores dos dedos). No membro superior, a flexão (ato
de dobrar) é feita por músculos anteriores, e a extensão (ato de distender) é feita por
posteriores. No membro inferior, flexores são posteriores, e extensores são anteriores.
F - À topografia:
 Axial – localiza-se na cabeça, pescoço, tórax e abdômen.
 Apendicular – nos membros.
G - À inserção:
 Esquelético – cabeça e cauda inserem-se no esqueleto. 99% dos músculos.
 Cutâneo – insere-se na tela subcutânea (pelo menos um dos seus tendões). Ex: músculos
da expressão facial (músculos da mímica).
VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO.
A contração dos
que chegam até
doentes deixam
atrofia, ou seja,

músculos esqueléticos obedece aos comandos do sistema nervoso central e
a eles por meio dos nervos. Esses nervos se forem cortados ou estiverem
os músculos sem estímulo para poderem se contrair, causando
a diminuição da massa muscular pela falta de uso. A energia

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necessária para realizar as contrações vem através do sangue arterial, dentro de cada
músculo, na forma de oxigênio e nutrientes. Em injeções intramusculares, os músculos servem
de reservatório para o medicamento, e os músculos mais utilizados são o deltoide e o glúteo
máximo.
Observações:
Contração isométrica – o músculo entra em estado de tensão e não se encurta, auxiliando o
músculo que executará o movimento.
Contração isotônica – o músculo entra em estado de tensão e se encurta, executando o
movimento desejado.
I. Anexos Musculares:
 Fáscia Muscular – dispositivo fibroso que envolve um músculo ou grupos de músculos.
Tem a função de ajudar o trabalho muscular, evitando gasto desnecessário de energia.
 Bainha Fibrosa dos Tendões – dispositivo fibroso que se estende de um lado a outro do
osso, formando um túnel ósteo-fibroso para a proteção dos tendões. Se essa bainha não
existisse, poderia haver o rompimento da epiderme, derme e hipoderme, ou desgaste do
tendão, devido o contato com o osso.
 Bainha Sinovial dos Tendões – tem a função de lubrificar esse tubo ósteo-fibroso para
evitar desgaste do tendão devido contato com o osso.
 Bolsa Sinovial dos Tendões – semelhante à Bainha Sinovial dos Tendões está presente
onde tendões entram em contato com osso, ligamento ou quando a pele se move sobre
uma superfície óssea, as bolsas sinoviais facilitam os movimentos, minimizando a fricção.
II. Observações anatômo-funcionais e clínicas:
 O músculo esquelético não funciona sem inervação, desnervado torna-se flácido e atrófico,
contudo, ocorrendo regeneração do nervo até 01 ano após a desnervação, o músculo pode
reaver a sua função razoavelmente normal.
 Uma das modificações após a morte é o endurecimento do músculo, conhecido como “rigor
mortis” isto devido à perda de trifosfato de adenosina (ATP) dos músculos.
 O quadrante superolateral (superior externo) da região glútea é relativamente livre de
nervos e vasos e frequentemente usado para injeções intramusculares.
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO CORPO HUMANO.
A – MÚSCULOS DA CABEÇA.





Occipito-frontal: Movimentação do couro cabeludo;
Orbicular do olho: Fechamento do olho;
Orbicular da boca: Fechamento da boca;
Bucinador: Compressão das bochechas contra as maxilas e mandíbula, possibilitando o
assobio e o sopro;
 Masseter, temporal: Elevação da mandíbula, favorecendo a mastigação.
B – MÚSCULOS DO PESCOÇO.
 Plastima: Tração da pele do pescoço, tendo um papel estético.
 Esternocleidomastóide: Flexão da cabeça, em atuação conjunta com seu par, do outro
lado do pescoço; rotação ou inclinação da cabeça, em atuação isolada.
C – MÚSCULOS DO DORSO.

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 Trapézio: Retração da escápula;
 Grande dorsal: Extensão e adução do braço.
D – MÚSCULOS DO ABDOMEM.
 Reto abdominal: Flexão do tronco;
 Oblíquo externo, oblíquo interno e transverso abdominal: Flexão, inclinação e rotação
do tronco.
E – MÚSCULOS DO TÓRAX.





Peitoral maior: Adução do braço;
Intercostais internos: Expiração forçada;
Intercostais externos: Inspiração;
Diafragma: Principal músculo inspiratório.

F – MÚSCULOS DO MEMBRO SUPERIOR.






Deltóide: Abdução do membro superior;
Bíceps braquial: Flexão e supinação do antebraço;
Tríceps braquial: Extensão do antebraço;
Flexor do carpo e dedos: Flexão do carpo ou das falanges;
Extensor do carpo e dedos: Extensão do carpo ou das falanges.

FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

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G – MÚSCULOS DO MEBRO INFERIOR.
 Glúteo máximo: Extensão e rotação da coxa;
 Quadríceps femoral: Extensão da perna; apresenta quatro porções: reto femoral, vasto
medial, intermédio e lateral;
 Adutor da coxa: Adução da coxa;
 Posterior da coxa: Flexão da perna;
 Anterior da perna: Participação na dorsiflexão do pé e na extensão dos dedos;
 Posterior da perna, como gastrocnêmico (músculo da “batata da perna”): Flexão
plantar do pé; extensão do pé sobre a perna, com importante função na marcha, entre
outras.
2. SISTEMA CIRCULATÓRIO
INTRODUÇÃO
Não é apenas o sistema muscular que precisa receber nutrientes e oxigênio para desempenhar
o seu trabalho. A vida de todas as células de todos os sistemas também depende desses
recursos, cuja distribuição no complexo organismo, composto de bilhões de células, é uma
tarefa realizada por um sistema específico – o SISTEMA CIRCULATÓRIO. O sistema
circulatório é constituído por uma rede de vasos de vários calibres, que são as artérias e as
veias, por onde corre o sangue que permeia todo o organismo. O coração atua como uma
bomba, impulsionando o sangue para as artérias e recebendo o que chega pelas veias.
I- Angiologia
 Sistema Arterial
Conjunto de vasos que saem do coração e se ramificam sucessivamente distribuindo-se para
todo o organismo. Do coração saem o tronco pulmonar (relaciona-se com a pequena
circulação, ou seja, leva sangue venoso para os pulmões através de sua ramificação, duas
artérias pulmonares uma direita e outra esquerda) e a artéria aorta (carrega sangue arterial
para todo o organismo através de suas ramificações).
Estrutura
1- Túnica externa: é composta basicamente por tecido conjuntivo. Nesta túnica encontramos
pequenos filetes nervosos e vasculares que são destinados à inervação e a irrigação das
artérias. Encontrada nas grandes artérias somente.
2- Túnica média: é a camada intermediária composta por fibras musculares lisas e pequena
quantidade de tecido conjuntivo elástico. Encontrada na maioria das artérias do organismo. 33-Túnica íntima: forra internamente e sem interrupções as artérias, inclusive capilares. São
constituídas por células endoteliais.
Algumas artérias importantes do corpo humano
Sistema do tronco pulmonar: o tronco pulmonar sai do coração pelo ventrículo direito e se
bifurca em duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas ramificase a partir do hilo pulmonar em artérias segmentares pulmonares. Este sistema leva sangue
venoso para os pulmões para que ocorra a troca de gás carbônico por oxigênio.
Sistema da aorta (sangue oxigenado): a artéria aorta sai do ventrículo esquerdo e ramifica-se
na porção ascendente em duas artérias coronárias, uma direita e outra esquerda que vão
irrigar o coração. Logo em seguida a artéria aorta encurva-se formando um arco para a
esquerda dando origem a três artérias (artérias da curva da aorta) sendo elas:
- Tronco braquiocefálico arterial
- Artéria carótida comum esquerda
- Artéria subclávia esquerda

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Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

O tronco braquiocefálico arterial origina duas artérias:
- Artéria carótida comum direita
- Artéria subclávia direita

FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

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Artéria carótida comum (esquerda ou direita): esta artéria se ramifica em:
Artéria carótida interna (direita ou esquerda)
Artéria carótida externa (direita ou esquerda)
Artéria carótida interna: penetra no crânio através do canal carotídeo dando origem a três
ramos colaterais: artéria oftálmica, artéria comunicante posterior e artéria coriódea posterior. E
mais dois ramos terminais: artéria cerebral anterior e artéria cerebral média.
Artéria carótida externa: irriga pescoço e face. Seus ramos colaterais são: artéria tireoide
superior, a. lingual, a. facial, a. occipital, a. auricular posterior e a. faríngea ascendente. Seus
ramos terminais são: artéria temporal e artéria maxilar.
 Sistema Venoso
É constituído por tubos chamados de veias que tem como função conduzir o sangue dos
capilares para o coração. As veias, também como as artérias, pertencem a grande e a pequena
circulação. O circuito que termina no átrio esquerdo através das quatro veias pulmonares
trazendo sangue arterial dos pulmões chama-se de pequena circulação ou circulação
pulmonar. E o circuito que termina no átrio direito através das veias cavas e do seio coronário
retornando com sangue venoso chama-se de grande circulação ou circulação sistêmica. Em
relação à forma: é variável quanto mais cheia mais cilíndrica e quanto mais vazia mais
achatada. Fortemente distendidas apresentam a forma nodosa devido à presença de válvulas.
Quanto ao calibre pode ser grande, médio ou pequeno calibre. Tributárias ou afluentes: sua
formação aumenta conforme está chegando mais perto do coração pela confluência das
tributárias. O leito venoso é praticamente o dobro do leito arterial. Situação: São classificadas
em superficiais e profundas e também podem receber a denominação de viscerais e parietais
dependendo de onde estão drenando se é na víscera ou em suas paredes. Válvulas: são
pregas membranosas da camada interna da veia que tem forma de bolso.
Algumas veias importantes do corpo humano:
Veias da circulação pulmonar (ou pequena circulação): As veias que conduzem o sangue que
retorna dos pulmões para o coração após sofrer a hematose (oxigenação), recebem o nome de
veias pulmonares. São quatro veias pulmonares, duas para cada pulmão, uma direita superior
e uma direita inferior, uma esquerda superior e uma esquerda inferior. As quatro veias
pulmonares vão desembocar no átrio esquerdo. Estas veias são formadas pelas veias
segmentares que recolhem sangue venoso dos segmentos pulmonares.
Veias da circulação sistêmica (ou da grande circulação): duas grandes veias desembocam no
átrio direito trazendo sangue venoso para o coração são elas veia cava superior e veia cava
inferior. Temos também o seio coronário que é um amplo conduto venoso formado pelas veias
que estão trazendo sangue venoso que circulou no próprio coração.
Veia cava superior: origina-se dos dois troncos braquiocefálicos (ou veia braquiocefálica
direita e esquerda). Cada veia braquiocefálica é constituída pela junção da veia subclávia (que
recebe sangue do membro superior) com a veia jugular interna (que recebe sangue da cabeça
e pescoço). A veia cava inferior é formada pelas duas veias ilíacas comuns que recolhem
sangue da região pélvica e dos membros inferiores. O seio coronário recebe sangue de três
principais veias do coração: veia cardíaca magna, veia cardíaca média e veia cardíaca parva
ou menor.
CORAÇÃO
O coração é um órgão oco, formado por um tipo especial de músculo, o músculo estriado
cardíaco, que só existe nele e não obedece a comandos voluntários. Essa musculatura é
chamada de Miocárdio e está recoberta interna e externamente por membranas, que são finas
camadas de tecido. A membrana interna do miocárdio é o endocárdio, e a externa é o
epicárdio. O coração fica dentro de um saco fibroso, o pericárdio, que tem função de protegêlo e fixá-lo. Anatomicamente, o coração se localiza no tórax, atrás do osso esterno,
no espaço chamado de mediastino, situado entre os dois pulmões. O coração tem o

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trabalho de impulsionar o sangue, através do sistema de vasos sanguíneos, a todos os locais
do corpo. Dessa forma podemos observar duas etapas no trabalho do coração:
 A Sístole, momento em que o coração se contrai, expulsando o sangue para as artérias;
 A Diástole, quando o coração se relaxa, enchendo-se passivamente com o sangue das
veias.
Essas etapas se sucedem gradativamente num movimento de sístole – diástole – sístole –
diástole..., provocando assim a circulação do sangue.
O coração não é simplesmente um grande saco muscular contrátil oco, pois, se assim fosse,
haveria a mistura do sangue arterial com o venoso da grande e pequena circulação. Essa
mistura não ocorre exatamente porque o coração humano, após o nascimento, tem quatro
cavidades, a saber:
 Dois Átrios, um esquerdo e um direito, situados acima e atrás no coração. Essa localização
é determinada pela forma e pela posição do coração: um cone com base para cima, situado
de modo oblíquo no mediastino, tendo a ponta voltada para frente, para baixo e para a
esquerda. O átrio direito recebe o sangue da circulação pulmonar;
 Dois ventrículos, também um direito e um esquerdo, localizados embaixo e na frente dos
átrios. O ventrículo direito impulsiona o sangue para a circulação pulmonar e o esquerdo para
a circulação sistêmica.
Cada átrio comunica-se com o ventrículo por meio de uma estrutura denominada Valva.
Popularmente chamada de válvula. Elas são formadas por duas ou três partes, as cúspides.
Do lado direito do coração temos a Valva tricúspide. E do lado esquerdo nos temos a Valva
bicúspide (mitral). Os ventrículos expulsam o sangue por meio das artérias. A artéria
Pulmonar expulsa o sangue do ventrículo direito para os pulmões, e a artéria aorta, do
ventrículo esquerdo para a grande circulação. Ambas possuem valvas em sua origem, tanto a
valva pulmonar como a aorta tem três cúspides.
CAMINHO DO SANGUE NO CORAÇÃO
O sangue venoso chega ao coração vindo da circulação sistêmica por duas grandes veias: a
veia cava superior e inferior, que se abrem no átrio direito. O sangue passa pela valva
tricúspide e chega ao ventrículo direito. Ocorre então uma sístole, e o sangue é ejetado pela
artéria pulmonar que vai do ventrículo direito até os pulmões. Este é o início da pequena
circulação. Nos alvéolos pulmonares ocorre a troca gasosa entre o gás carbônico e o oxigênio,
e o sangue passa de venoso a arterial. O sangue volta então pelas veias pulmonares até o
átrio esquerdo, passa pela valva mitral, para o ventrículo esquerdo e na próxima sístole, é
impulsionado para a artéria aorta, iniciando a grande circulação. Assim, o sangue arterial é
levado até a rede capilar de todos os tecidos, onde o oxigênio é absorvido pelas células e o
sangue adquire gás carbônico, tornando-se venoso. O sangue venoso prossegue pelas veias
até chegar novamente as veias cavas e daí ao átrio direito, dando início a mais um ciclo. Tudo
isso só é possível devido a sístole cardíaca, que por sua vez só existe devido a presença de
fibras especiais que promove contrações regulares do miocárdio. Estruturas essas chamadas
de nó sinoatrial (marcapasso natural – átrio direito) e nó atrioventricular.
CIRCULAÇÃO CORONARIANA
Esse tipo de circulação ocorre devido à necessidade do coração de ser irrigado, e isso é feito
pelas artérias coronárias e veias coronárias. Quando as artérias coronárias estão entupidas,
ocorre o enfarto do miocárdio.
CIRCULAÇÃO SISTÊMICA
A circulação sistêmica ocorre para levar oxigênio dos pulmões para o corpo e retirar o gás
carbônico encontrado no corpo e levá-lo aos pulmões para serem eliminados.

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– A Artéria Aorta.
A Artéria Aorta sai do ventrículo esquerdo levando o sangue que por meio de seus ramos, será
distribuindo para o corpo. A Aorta subdivide-se em: duas artérias subclávias (no braço recebe
o nome de braquial, no cotovelo se divide em radial e ulnar), duas artérias carótidas comuns,
artéria renal, ilíaca interna e externa, femoral, poplítea (tibial anterior e a tibial posterior).
DRENAGEM VENOSA
A drenagem do sangue é feita pelas veias, visto que as mesmas possuem válvulas que
impedem o refluxo de sangue, fazendo com que o mesmo flua no sentido do coração. No
membro superior a drenagem é feita pelas veias cefálica e a basílica, na cabeça a drenagem
é feita pelas veias jugulares externas e internas. No membro inferior temos a safena magna
(mais longa do corpo – geralmente é retirada e usada como enxerto, formando um caminho
alternativo para regiões de vasos sanguíneos que estão obstruídas) e a safena parva, e a
femoral. O sangue do intestino é drenado pela veia porta.
DRENAGEM LINFÁTICA
Quando o sangue passa nos capilares, ocorre uma perda de líquido que vai para o interstício,
que as veias não dão conta de recolher. Esse líquido é chamado de Linfa, é então drenado por
um sistema de vasos especiais, os vasos linfáticos, que são estruturas com fundo cego, ou
seja, com a forma de dedo de luva.
CIRCULAÇÃO FETAL
Entre 27° e 37°dias, inicia-se a formação dos septos interatrial e interventricular, com formação
e manutenção do forame oval entre os átrios. Entre a 6ª e a 9ª semanas gestacionais, verificase o desenvolvimento das válvulas cardíacas. Placenta: “pulmão fetal”; vilosidades da porção
fetal, que contém pequenos ramos das 2 artérias e da veia umbilical, projetam-se para o
interior da porção materna. A maior parte do sangue oxigenado que chega ao coração pela
veia umbilical e pela veia cava inferior é desviada através do forame oval e bombeada da aorta
para a cabeça, ao passo que a maior parte do sangue desoxigenado que retorna pela veia
cava superior é bombeada, através da artéria pulmonar e do ducto arterial, para os pés e para
as artérias umbilicais. Na circulação fetal verificam-se 3 shunts: Ducto Venoso, Forame Oval e
Ducto Arterial.
CIRCULAÇÃO E RESPIRAÇÃO FETAL
Particularidades da Circulação fetal:
A placenta é formada nas primeiras semanas, sendo responsável por: nutrição, respiração e
eliminação de substâncias tóxicas. Ela está unida ao feto, através do cordão umbilical, neste
encontramos duas artérias e uma veia.
A veia umbilical conduz sangue rico em oxigênio e nutrientes da placenta ao feto. Ela penetra
nesse feto pelo umbigo, ascende pela parede anterior do abdômen até próximo ao fígado.
Neste momento, se ramifica. Dois vasos desta ramificação penetram no fígado, e um terceiro
(maior) une a veia umbilical à veia cava inferior. Este é denominado ducto venoso. O sangue
vindo da placenta chegará direta (pelo ducto venoso) ou indiretamente (através do fígado) à
veia cava inferior e esta desemboca no átrio direito. Dois terços desse sangue passam do átrio
direito para o átrio esquerdo através de uma comunicação denominada de forame oval. Este
sangue que se encontra no átrio esquerdo passa para o ventrículo esquerdo e sai pela artéria
aorta, irrigando coração, membros superiores e cabeça. Este sangue, agora venoso, retorna
pela veia cava superior, desembocando no átrio direito. Em conjunto com um terço de sangue
que aqui ficou, passa para o ventrículo direito, saindo pela artéria pulmonar. Como os pulmões
estão inativos (em desenvolvimento) o sangue passa para a artéria aorta através de uma
comunicação denominada ducto arterial indo irrigar o restante do corpo fetal. Após o
metabolismo fetal, o sangue, agora rico em produtos tóxicos, retorna à placenta
através de duas artérias umbilicais.

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Mudanças na Ocasião do Nascimento:
Em questão de horas, na ocasião do nascimento, as paredes da veia umbilical se colapsam por
não haver mais sangue circulando. Em questão de semanas, a veia umbilical forma um
ligamento, o ligamento redondo do fígado. As artérias umbilicais colapsam e formam os
ligamentos umbilicais mediais (entre 2 a 3 meses). O forame oval apresenta um fechamento
funcional por causa do equilíbrio de pressão das cavidades direita e esquerda. Normalmente,
até um ano de idade, ocorre um fechamento anatômico, o qual é chamado de fossa oval. Em
questão de semanas a dois meses, os ductos constituem os ligamentos venoso e arterial
(ambos sem função alguma).
3. SISTEMA RESPIRATÓRIO
INTRODUÇÃO
O Sistema respiratório é essencial à vida. É por esse sistema que o organismo recebe o
oxigênio e elimina o gás carbônico. Para realizar esse trabalho, o sistema é composto por duas
partes:
 Uma porção condutora, constituída pelas vias aéreas, que leva o ar do ambiente para dentro
dos pulmões e também conduz o ar rico em Co2 para fora do corpo;
 Uma porção respiratória, nos pulmões, que realiza trocas gasosas.
 Além disso, o sistema respiratório tem outras estruturas que também desempenham funções
importantes. São elas:
 As pleuras, que revestem os pulmões;
 Os músculos respiratórios, que realizam os movimentos responsáveis pela entrada e saída de
ar das vias respiratórias;
VIAS AÉREAS
As Vias aéreas são estruturas que compõem o trajeto tubular por onde o ar passa, desde que
entra em nosso organismo até chegar aos alvéolos. Nos pulmões, onde ocorre a troca gasosa.
É também por esse mesmo trajeto que o ar sai do nosso corpo para o ambiente, no momento
da expiração. Além de conduzir o ar, as vias aéreas ainda o aquecem e o umidificam, o que é
muito importante para o bom funcionamento do pulmão. As vias aéreas são formadas por:
SUPERIORES – nariz, fossas nasais, faringe; INFERIORES – laringe, traqueia, brônquios e
bronquíolos.
I. Fossas Nasais
As fossas nasais também chamadas de cavidades nasais constituem a primeira parte das vias
aéreas. Elas se abrem externamente pelas narinas, situadas no nariz, um órgão composto de
ossos e cartilagens. Os pêlos existentes no nariz são chamados de vibrissas. Sua abertura é
formada pelas asas do nariz e pelo septo nasal. A cavidade nasal é forrada por uma membrana
mucosa cujas células possuem cílios que se mexem ritmicamente e ajudam na limpeza do ar,
retendo suas impurezas, no muco que elas produzem. Nas partes laterais das fossas nasais
estão às conchas, entre as conchas os seios paranasais. A Inflamação da mucosa dos seios
paranasais é a sinusite.
II. Faringe
Por meio das coanas, as fossas nasais se abrem para a faringe, um espaço situado
posteriormente as fossas nasais, a boca e a laringe. A faringe pertence tanto ao sistema
respiratório quanto ao digestório, e é nela que ocorre o cruzamento aéreo-digestivo, onde a
comida é deglutida, passa pelo mesmo local em que o ar é inspirado. É isso que pode provocar
o engasgo, ou seja, a entrada de alimento no trato respiratório, quando a pessoa fala e deglute
ao mesmo tempo.
III. Laringe.

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Depois de passar pela faringe, o ar chega à laringe – uma estrutura formada por várias
cartilagens, com importante função na fonação (falar), já que é nela que se encontram as
cordas vocais.
IV. Traqueia.
A traqueia é um tubo cilíndrico reto, formado por 16 a 20 anéis de cartilagem em forma de C,
com a abertura para trás e fechado por uma camada de músculo liso. No seu ponto final a
traqueia se divide num ponto chamado Carina, dando origem aos brônquios primários.
V. Brônquios e bronquíolos.
Os brônquios primários são dois, um direito e um esquerdo, sendo um para cada pulmão. Nos
pulmões eles se subdividem em brônquios secundários ou lobares, assim chamados porque
correspondem aos lobos pulmonares. Os brônquios secundários são cinco, sendo três para o
pulmão direito e dois para o esquerdo. Após várias divisões dos brônquios, surgem os
bronquíolos, com aproximadamente 1 mm de espessura e que, por sua vez, também se
subdividem, até surgirem os bronquíolos respiratórios, que tem alvéolos em sua parede.
CONDICIONAMENTO DO AR NAS VIAS AÉREAS.
Ao entrar pelas narinas, o ar encontra seu primeiro obstáculo: as vibrissas, que filtram
partículas maiores de poeira e até pequenos insetos que ficam presos. Em seguida, o ar entra
na cavidade nasal, onde encontra uma mucosa coberta por um muco que vai umidificar o ar e
segurar, por aderência, as partículas menores que tenham passado pelas vibrissas. Mais tarde,
esse muco será varrido pelos cílios, indo do epitélio para a faringe, onde será deglutido. Na
cavidade nasal, o ar vibra ao passar pelas conchas, o que vai aumentar o seu contato com a
mucosa vascularizada e fazê-lo aquecer. Passando pela faringe, ocorre o cruzamento aéreodigestivo, onde novos perigos se apresentam para o sistema respiratório, pois pedaços de
alimento podem cair nas partes mais profundas das vias aéreas, causando lesões. Para evitar
isso, possuímos vários mecanismos de defesa. Um desses mecanismos é o da contração da
laringe, que diminui a luz (cavidade existente nos órgãos ocos) e o outro é a tosse, que expulsa
objetos indesejáveis. Além desses mecanismos, temos ainda o importante papel da epiglote:
quando deglutimos, a laringe é tracionada para cima e sua entrada é comprimida contra a
epiglote, que se fecha parcialmente. Na traquéia, nos brônquios e nos bronquíolos as células
ciliadas levam o muco para cima, na direção da faringe, para ser deglutido. No caso dos
fumantes, muitos desses cílios se perdem em virtude da ação nociva da fumaça sobre o
epitélio do trato respiratório, o que dificulta a eliminação do muco, levando ao acúmulo de
secreções e ao desagradável pigarro. Esse acúmulo de secreções e a não eliminação de
substâncias potencialmente perigosas deixam a porção inferior do sistema respiratório dos
fumantes especialmente desprotegidas, porque irritam a mucosa e funcionam como nutrição
para micro-organismos, favorecendo infecções.
VI. PULMÕES.
São órgãos alongados, de aparência esponjosa, divididos em partes denominadas lobos. São
dois lobos no pulmão esquerdo (superior e inferior) e três no direito (superior, médio e inferior).
Os pulmões são revestidos externamente por uma membrana dupla: a pleura, que tem função
de proteger e permitir o deslizamento dois pulmões durante a respiração. A pleura tem um
folheto parietal – membrana em contato com as costelas- e um visceral – membrana em
contato com os pulmões. Entre esses dois folhetos há um espaço pleural, preenchido pelo
líquido pleural, que atua como lubrificante. Os pulmões são constituídos por imensa quantidade
de alvéolos – mais de 500 milhões – aos quais chega o ar que passa pelos bronquíolos. Se
pudéssemos esticar todos os alvéolos e medir a superfície assim obtida, chegaríamos a
100m2, aproximadamente. Os alvéolos são responsáveis pela troca gasosa (hematose), onde
o ar com gás carbônico é eliminado e o ar com o oxigênio é levado para os tecidos pelo
sangue.
- Conceito e divisão das pleuras:
A pleura envolve o pulmão, e apresenta dois folhetos: pleura parietal (voltada para
estruturas adjacentes: costelas, diafragma e órgãos do mediastino) e pleura visceral

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(voltada para o pulmão). Entre os 02 folhetos há uma cavidade pleural de pressão negativa
com um filme líquido pleural (10 ml).
MECÂNICA RESPIRATÓRIA
A caixa torácica é relativamente rígida e tem o músculo diafragma em sua abertura inferior.
Quando o diafragma se contrai, ele baixa e o volume da caixa torácica aumenta. Esse aumento
de volume faz com que a pressão interna na caixa torácica diminua, tornando-se menor que a
do ar atmosférico. Isso faz com que o ar penetre pelas vias aéreas para igualar a pressão, e aí
ocorre uma inspiração.
O processo de expiração é um pouco diferente: o diafragma se relaxa e a elasticidade
pulmonar diminui o volume torácico, fazendo com que o ar seja expulso pelas vias aéreas.
Observações anatomo-funcionais e clínicas:
 A traqueotomia é um tratamento algumas vezes empregado quando da obstrução respiratória
(abertura abaixo do 3º anel traqueal), para o não cirurgião, é preferível uma cricotireotomia.
 Na toracocentose aplica-se uma agulha através de um espaço intercostal na cavidade pleural,
para obter uma amostra do líquido pleural ou remover sangue ou pus.
 No tratamento de câncer pulmonar, a pneumonectomia (retira pulmão inteiro), lobectomia ou
segmentectomia, são procedimentos que obriga o acadêmico ter o conhecimento e
compreensão da árvore brônquica.
 Pleura visceral insensível à dor (S.N. Visceral), pleura parietal sensível à dor (S.N. Somático)
4. SISTEMA DIGESTÓRIO
INTRODUÇÃO
Quando ingerimos qualquer alimento, o sistema digestório transforma esse alimento em
substâncias microscópicas, que recebem o nome genérico de nutrientes e incluem as
proteínas, os lipídios os carboidratos, as vitaminas e os sais minerais. Esses nutrientes são
então absorvidos por órgãos do sistema digestório, para serem utilizados na estruturação de
nossas células e tecidos e na produção da energia necessária as suas funções. O tubo do
sistema digestório leva o alimento da boca até o ânus, transformando-o durante todo o
caminho e preparando-o para a absorção nas partes mais distais. Ele é composto pelos
seguintes órgãos: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e
ânus. Já as glândulas anexas despejam suas secreções no tubo digestivo, ajudando a
transformar o alimento. São elas: as glândulas salivares, o fígado e o pâncreas.
I. BOCA
A boca, ou cavidade oral é a primeira parte do tubo digestivo. É por ela que o alimento entra
em estado bruto, é cortado, triturado e sofre a ação enzimática da saliva. Externamente ela é
limitada pelos lábios e bochechas, superiormente pelo palato e inferiormente pelo assoalho. Na
parte posterior, a boca se comunica com a faringe. Na boca as estruturas auxiliadoras da
digestão são os dentes e a língua, juntamente com as glândulas salivares.
- Características dos dentes
Os dentes são estruturas duras, calcificadas, presas ao maxilar superior e mandíbula, cuja
atividade principal é a mastigação. Estão implicados, de forma direta, na articulação das
linguagens. Os nervos sensitivos e os vasos sanguíneos do centro de qualquer dente estão
protegidos por várias camadas de tecido. A mais externa, o esmalte, é a substância mais dura.
Sob o esmalte, circulando a polpa, da coroa até a raiz, está situada uma camada de
substância óssea chamada dentina. A cavidade pulpar é ocupada pela polpa dental, um tecido
conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e inervado. Um tecido duro chamado cemento
separa a raiz do ligamento peridental, que prende a raiz e liga o dente à gengiva e à
mandíbula, na estrutura e composição química assemelha-se ao osso; dispõe-se como uma
fina camada sobre as raízes dos dentes. Através de um orifício aberto na
extremidade da raiz, penetram vasos sanguíneos, nervos e tecido conjuntivo.

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- Tipos de dentes
Em sua primeira dentição, o ser humano tem 20 peças que recebem o nome de dentes de leite.
À medida que os maxilares crescem, estes dentes são substituídos por outros 32 do tipo
permanente. As coroas dos dentes permanentes são de três tipos: os incisivos, os caninos ou
presas e os molares. Os incisivos têm a forma de cinzel para facilitar o corte do alimento. Atrás
dele, há três peças dentais usadas para rasgar. A primeira tem uma única cúspide pontiaguda.
Em seguida, há dois dentes chamados pré-molares, cada um com duas cúspides. Atrás ficam
os molares, que têm uma superfície de mastigação relativamente plana, o que permite triturar e
moer os alimentos.
- A língua
A língua movimenta o alimento empurrando-o em direção a garganta, para que seja engolido.
Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais
percebem os quatro sabores primários: amargo (A), azedo ou ácido (B), salgado (C) e doce
(D). De sua combinação resultam centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro tipos
de receptores gustativos, na superfície da língua, não é homogênea.

FONTE: http://www.webciencia.com/11_06dente.htm

As glândulas salivares
A presença de alimento na boca, assim como sua visão e cheiro, estimulam as glândulas
salivares a secretar saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, além de sais e
outras substâncias. A amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o
glicogênio), reduzindo-os em moléculas de maltose (dissacarídeo). Três pares de glândulas
salivares lançam sua secreção na cavidade bucal: parótida, submandibular e sublingual.
 Glândula parótida - Com massa variando entre 14 e 28 g, é a maior das três; situa-se na
parte lateral da face, abaixo e adiante do pavilhão da orelha.
 Glândula submandibular - É arredondada, mais ou menos do tamanho de uma noz.
 Glândula sublingual - É a menor das três; fica abaixo da mucosa do assoalho da boca.
O sais da saliva neutralizam substâncias ácidas e mantêm, na boca, um pH neutro (7,0) a
levemente ácido (6,7), ideal para a ação da ptialina. O alimento, que se transforma em bolo
alimentar, é empurrado pela língua para o fundo da faringe, sendo encaminhado para o
esôfago, impulsionado pelas ondas peristálticas (como mostra a figura do lado esquerdo),
levando entre 5 e 10 segundos para percorrer o esôfago. Através dos peristaltismo, você pode
ficar de cabeça para baixo e, mesmo assim, seu alimento chegará ao intestino. Entra em ação
um mecanismo para fechar a laringe, evitando que o alimento penetre nas vias respiratórias.
Quando a cárdia (anel muscular, esfíncter) se relaxa, permite a passagem do alimento para o
interior do estômago.
II. FARINGE

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É um órgão muscular situado posteriormente às cavidades nasais, à boca, e à laringe, com a
forma de um tubo de aproximadamente 12 cm de comprimento. Sua função é conduzir o bolo
alimentar para o esôfago, embora ela também atenda ao sistema respiratório.
A faringe é rica em tecido linfoide, ou seja, células do sistema imunológico que protegem o
nosso organismo das infecções. É esse tecido, inclusive, que constitui as tonsilas palatinas,
popularmente chamadas de amídalas, e a tonsila faríngea, conhecida vulgarmente como
adenoide.
III. ESÔFAGO
É um órgão muscular cilíndrico, em forma de tubo, de aproximadamente 25cm de comprimento,
que atravessa o pescoço e o tórax e passa por uma abertura do diafragma, penetrando no
abdome, onde tem uma pequena porção. O esôfago conduz o bolo alimentar por meio de
movimentos ondulatórios chamados de movimentos peristálticos, que empurram o alimento
para adiante, no tubo digestivo. O bolo alimentar leva de 5 a 10 segundos para percorrê-lo.
IV. ESTÔMAGO
Do esôfago, o bolo alimentar chega ao estômago, que é uma dilatação do tubo digestivo. Ele
se localiza logo abaixo do diafragma, projetando-se medianamente e à esquerda, na parte
superior do abdome. O estômago serve como reservatório para alimentos ingerido, que ali são
armazenados e misturados com as secreções gástricas. Forma-se, assim uma massa
semilíquida denominada quimo, que vai sendo progressivamente liberada para o intestino
delgado, de acordo com sua capacidade de absorção. O estômago está dividido em cinco
partes, e segmentos, são elas:
 Cárdia, a região em que ele se junta ao esôfago;
 Corpo, a porção central, onde ocorre secreção de enzimas digestivas que se misturam com o
bolo alimentar;
 Fundo, porção mais alta, que serve como reservatório;
 Antro, porção mais distal, que ajuda na mistura do alimento com as secreções para produzir o
quimo;
 Piloro, que é um esfíncter, um músculo circular. Sua função é regular a velocidade de saída
do quimo para o intestino delgado.
O estômago produz o suco gástrico, um líquido claro, transparente, altamente ácido, que
contêm ácido clorídrico, muco, enzimas e sais. O ácido clorídrico mantém o pH do interior do
estômago entre 0,9 e 2,0. Também dissolve o cimento intercelular dos tecidos dos alimentos,
auxiliando a fragmentação mecânica iniciada pela mastigação. A pepsina, enzima mais potente
do suco gástrico, é secretada na forma de pepsinogênio. Como este é inativo, não digere as
células que o produzem. Por ação do ácido clorídrico, o pepsinogênio, ao ser lançado na luz do
estômago, transforma-se em pepsina, enzima que catalisa a digestão de proteínas. A pepsina,
ao catalisar a hidrólise de proteínas, promove o rompimento das ligações peptídicas que unem
os aminoácidos. Como nem todas as ligações peptídicas são acessíveis à pepsina, muitas
permanecem intactas. Portanto, o resultado do trabalho dessa enzima são oligopeptídeos e
aminoácidos livres. A renina, enzima que age sobre a caseína, uma das proteínas do leite, é
produzida pela mucosa gástrica durante os primeiros meses de vida. Seu papel é o de flocular
a caseína, facilitando a ação de outras enzimas proteolíticas. A mucosa gástrica é recoberta
por uma camada de muco, que a protege da agressão do suco gástrico, bastante corrosivo.
Apesar de estarem protegidas por essa densa camada de muco, as células da mucosa
estomacal são continuamente lesadas e mortas pela ação do suco gástrico. Por isso, a mucosa
está sempre sendo regenerada. Estima-se que nossa superfície estomacal seja totalmente
reconstituída a cada três dias. Eventualmente ocorre desequilíbrio entre o ataque e a proteção,
o que resulta em inflamação difusa da mucosa (gastrite) ou mesmo no aparecimento de feridas
dolorosas que sangram (úlceras gástricas). A mucosa gástrica produz também o fator
intrínseco, necessário à absorção da vitamina B12. O bolo alimentar pode permanecer no
estômago por até quatro horas ou mais e, ao se misturar ao suco gástrico, auxiliado pelas
contrações da musculatura estomacal, transforma-se em uma massa cremosa
acidificada e semilíquida, o quimo. Passando por um esfíncter muscular (o piloro), o

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quimo vai sendo, aos poucos, liberado no intestino delgado, onde ocorre a maior parte da
digestão.
V. INTESTINO DELGADO
O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm de diâmetro e
pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo
(cerca de 1,5 cm). A porção superior ou duodeno tem a forma de ferradura e compreende o
piloro, esfíncter muscular da parte inferior do estômago pela qual este esvazia seu conteúdo
no intestino. A digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas primeiras
porções do jejuno. No duodeno atua também o suco pancreático, produzido pelo pâncreas, que
contêm diversas enzimas digestivas. Outra secreção que atua no duodeno é a bile, produzida
no fígado e armazenada na vesícula biliar. O pH da bile oscila entre 8,0 e 8,5. Os sais biliares
têm ação detergente, emulsificando ou emulsionando as gorduras (fragmentando suas gotas
em milhares de microgotículas). O suco pancreático, produzido pelo pâncreas, contém água,
enzimas e grandes quantidades de bicarbonato de sódio. O pH do suco pancreático oscila
entre 8,5 e 9. Sua secreção digestiva é responsável pela hidrólise da maioria das moléculas de
alimento, como carboidratos, proteínas, gorduras e ácidos nucleicos. A amilase pancreática
fragmenta o amido em moléculas de maltose; a lípase pancreática hidrolisa as moléculas de
um tipo de gordura – os triacilgliceróis, originando glicerol e álcool; as nucleases atuam sobre
os ácidos nucleicos, separando seus nucleotídeos. O suco pancreático contém ainda o
tripsinogênio e o quimiotripsinogênio, formas inativas em que são secretadas as enzimas
proteolíticas tripsina e quimiotripsina. Sendo produzidas na forma inativa, as proteases não
digerem suas células secretoras. Na luz do duodeno, o tripsinogênio entra em contato com a
enteroquinase, enzima secretada pelas células da mucosa intestinal, convertendo-se em
tripsina, que por sua vez contribui para a conversão do precursor inativo quimiotripsinogênio
em quimiotripsina, enzima ativa. A tripsina e a quimiotripsina hidrolisam polipeptídios,
transformando-os em oligopeptídeos. A pepsina, a tripsina e a quimiotripsina rompem ligações
peptídicas específicas ao longo das cadeias de aminoácidos. A mucosa do intestino delgado
secreta o suco entérico, solução rica em enzimas e de pH aproximadamente neutro. Uma
dessas enzimas é a enteroquinase. Outras enzimas são as dissacaridades, que hidrolisam
dissacarídeos em monossacarídeos (sacarase, lactase, maltase). No suco entérico há enzimas
que dão sequência à hidrólise das proteínas: os oligopeptídeos sofrem ação das peptidases,
resultando em aminoácidos.
TABELA DE ENZIMAS DIGESTIVAS/LOCAIS DE AÇÃO/SUBSTRATO

No intestino, as contrações rítmicas e os movimentos peristálticos das paredes musculares,
movimentam o quimo, ao mesmo tempo em que este é atacado pela bile, enzimas e outras
secreções, sendo transformado em quilo.
A absorção dos nutrientes ocorre através de mecanismos ativos ou passivos, nas
regiões do jejuno e do íleo. A superfície interna, ou mucosa, dessas regiões,

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apresenta, além de inúmeros dobramentos maiores, milhões de pequenas dobras (4 a 5
milhões), chamadas vilosidades; um traçado que aumenta a superfície de absorção intestinal.
As membranas das próprias células do epitélio intestinal apresentam, por sua vez, dobrinhas
microscópicas denominadas microvilosidades. O intestino delgado também absorve a água
ingerida, os íons e as vitaminas. Os nutrientes absorvidos pelos vasos sanguíneos do intestino
passam ao fígado para serem distribuídos pelo resto do organismo. Os produtos da digestão
de gorduras (principalmente glicerol e ácidos graxos isolados) chegam ao sangue sem passar
pelo fígado, como ocorre com outros nutrientes. Nas células da mucosa, essas substâncias são
reagrupadas em triacilgliceróis (triglicerídeos) e envelopadas por uma camada de proteínas,
formando os quilomícrons, transferidos para os vasos linfáticos e, em seguida, para os vasos
sanguíneos, onde alcançam as células gordurosas (adipócitos), sendo, então, armazenados.
VI. INTESTINO GROSSO
É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Uma
pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das
secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes,
facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus. Mede cerca de 1,5 m de comprimento e dividese em ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmoide e reto. A
saída do reto chama-se ânus e é fechada por um músculo que o rodeia, o esfíncter anal.
 Ceco, porção inicial onde os restos do quilo não absorvido passam do intestino delgado para
o grosso pela válvula ileocecal. É aí que fica o apêndice vermiforme, rico me tecido linfoide e
cuja função nos seres humanos não está bem determinada.
 Colo, a maior parte do intestino grosso, onde ocorre a absorção de sais minerais e água,
reduzindo o volume do bolo fecal.
 Reto, a parte terminal do intestino grosso, onde o resto do quilo não absorvido, e já sob a
ação de bactérias que habitam a flora intestinal, é eliminado pelo ânus, na forma de fezes.
Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu trabalho consiste em
dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, reforçar o movimento intestinal e proteger o
organismo contra bactérias estranhas, geradoras de enfermidades. As fibras vegetais,
principalmente a celulose, não são digeridas nem absorvidas, contribuindo com porcentagem
significativa da massa fecal. Como retêm água, sua presença torna as fezes macias e fáceis de
serem eliminadas. O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos,
normalmente só absorve água, em quantidade bastante consideráveis. Como o intestino
grosso absorve muita água, o conteúdo intestinal se condensa até formar detritos inúteis, que
são evacuados.
VII. GLÂNDULAS ANEXAS
- Pâncreas
O pâncreas é uma glândula mista, de mais ou menos 15 cm de comprimento e de formato
triangular, localizada transversalmente sobre a parede posterior do abdome, na alça formada
pelo duodeno, sob o estômago. O pâncreas é formado por uma cabeça que se encaixa no
quadro duodenal, de um corpo e de uma cauda afilada. A secreção externa dele é dirigida para
o duodeno pelos canais de Wirsung e de Santorini. O canal de Wirsung desemboca ao lado do
canal colédoco na ampola de Vater. O pâncreas comporta dois órgãos estreitamente
imbricados: pâncreas exócrino e o endócrino.
- Fígado
É o maior órgão interno, e é ainda um dos mais importantes. É a mais volumosa de todas as
vísceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto, e na mulher adulta entre 1,2 e 1,4 kg. Tem
cor arroxeada, superfície lisa e recoberta por uma cápsula própria. Está situado no quadrante
superior direito da cavidade abdominal. O tecido hepático é constituído por formações
diminutas que recebem o nome de lobos, compostos por colunas de células hepáticas ou
hepatócitos, rodeadas por canais diminutos (canalículos), pelos quais passa a bile,
secretada pelos hepatócitos. Estes canais se unem para formar o ducto hepático que,

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junto com o ducto procedente da vesícula biliar, forma o ducto comum da bile, que descarrega
seu conteúdo no duodeno. As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as substâncias
nutritivas e a excretar os materiais residuais e as toxinas, bem como esteroides, estrógenos e
outros hormônios. O fígado é um órgão muito versátil. Armazena glicogênio, ferro, cobre e
vitaminas. Produz carboidratos a partir de lipídios ou de proteínas, e lipídios a partir de
carboidratos ou de proteínas. Sintetiza também o colesterol e purifica muitos fármacos e muitas
outras substâncias. O termo hepatite é usado para definir qualquer inflamação no fígado, como
a cirrose.
Funções do fígado:
 Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras ingeridas, facilitando,
assim, a ação da lipase;
 Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para formar glicogênio,
que é armazenado; nos momentos de necessidade, o glicogênio é reconvertido em moléculas
de glicose, que são relançadas na circulação;
 Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células;
 Metabolizar lipídeos;
 Sintetizar diversas proteínas presentes no sangue, de fatores imunológicos e de coagulação e
de substâncias transportadoras de oxigênio e gorduras;
 Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na desintoxicação do organismo;
 Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais, transformando sua hemoglobina
em bilirrubina, o pigmento castanho-esverdeado presente na bile.
Observações anatomo-funcionais e clínicas:
 As posições das vísceras abdominais variam com o biotipo do indivíduo, com a gravidade, a
postura, a respiração e o grau de enchimento.
 O canal alimentar apresenta mecanismos esfinctéricos em áreas de junção: faringoesofágica, pilórica, ileocólica e anal.
 Ocasionalmente, um pedaço remanescente do saco vitelino persiste no adulto como
divertículo do íleo e pode conter conteúdo gástrico ou pancreático, sua inflamação pode
simular uma apendicite.
 Divertículos podem se desenvolver nos cólons (diverticulose) quando inflamados
(diverticulite).
 O apêndice vermiforme desenvolvido em primatas, no ser humano (pelo menos na criança)
possui características de um órgão linfoide, sugerindo funções imunológicas.

Fonte: http://biologiaconcursos.blogspot.com/2011/04/sistema-digestivo-ou.html

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5. SISTEMA EXCRETOR
INTRODUÇÃO
Sistema responsável pela eliminação das substâncias do organismo, filtrando o plasma e
produzindo e excretando a urina - o principal líquido de excreção do organismo. É constituído
por um par de rins, um par de ureteres, pela bexiga urinária e pela uretra;
a) Rins: cor vermelho-escuro, forma de grão de feijão, possui milhões de néfrons, responsável
pela filtração do plasma.
b) Par de ureteres: levam a urina até bexiga.
c) Bexiga: armazena a urina temporariamente.
d) Uretra: elimina a urina, para o ambiente.

FONTE: http://www.afh.bio.br/excret/img/excretor

A- Morfologia Externa dos Rins:
Órgão retroperitoneal, par com o peso de 140g, 12 cm de comprimento, 6 cm de largura e 3 cm
de espessura, envolvido por uma cápsula fibrosa e situado à parede posterior do abdômen, de
cada lado da coluna vertebral, entre as duas últimas vértebras torácicas e as três primeiras
vértebras lombares.
Observamos os seguintes acidentes:
- Um polo superior, onde encontramos a glândula suprarrenal.
- Um polo inferior.
- Uma borda (margem) lateral.
- Uma borda medial, na qual encontramos uma abertura denominada de hilo renal, que permite
a passagem do pedículo renal. Os elementos deste pedículo são: artéria, veia, nervos, vasos
linfáticos e ureter (atrás e em queda livre).

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- Duas faces: anterior (voltada para as vísceras) e posterior (voltada para a parede posterior do
abdômen).
- Os rins estão envoltos por 03 membranas que servem como barreiras contra traumas e
infecções: a cápsula fibrosa (interna), a cápsula adiposa (média) e a fáscia renal (mais externa,
de paredes duplas), esta última, envolvendo o rim serve de sustentação deste à parede
posterior do abdômen.
B- Morfologia Interna dos Rins:
Microscopicamente cada rim tem 900.000 a 1.200.000 néfrons, são as unidades mor Fo dos
rins. Em um corte frontal ou coronal, observamos macroscopicamente os seguintes elementos:
- Substância Cortical ou Córtex Renal: Parte periférica, clara e granular do rim.
- Substância Medular do rim ou Pirâmides Renais: Parte central, fragmentada e lisa. As
pirâmides são encontradas em cada rim em número de 8 a 12 projeções aproximadamente
triangulares. As projeções de substância cortical entre pirâmides são denominadas de colunas
renais.
- Papila Renal: ápice da pirâmide renal. Nesta desembocam 20 a 25 canais coletores. Esta
papila é envolvida por um dispositivo em forma de taça, denominado de Cálice Renal Menor.
- Cálice Renal Maior: Reunião dos cálices menores são 2 a 3 cálices maiores em cada rim.
- Pelve Renal: primeira parte do ureter, que é dilatada e formada pela reunião dos cálices
maiores.

FONTE: CD O CORPO HUMANO 2.0. Globo Multimídia.
Os rins situam-se na parte dorsal do abdome, logo abaixo do diafragma, um de cada lado da
coluna vertebral, nessa posição estão protegidos pelas últimas costelas e também por uma
camada de gordura. Têm a forma de um grão de feijão enorme e possuem uma cápsula
fibrosa, que protege o córtex - mais externo, e a medula - mais interna. Cada rim é formado de
tecido conjuntivo, que sustenta e dá forma ao órgão, e por milhares ou milhões de unidades
filtradoras, os néfrons, localizados na região renal. O néfron é uma longa estrutura tubular
microscópica que possui, em uma das extremidades, uma expansão em forma de taça,
denominada cápsula de Bowman (hoje cápsula Glomerular), que se conecta com o túbulo

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contorcido proximal, que continua pela alça de Henle (hoje Alça Nefrítica) e pelo túbulo
contorcido distal; este desemboca em um tubo coletor. São responsáveis pela filtração do
sangue e remoção das excreções.
C- Como funcionam os rins.
O sangue chega ao rim através da artéria renal, que se ramifica muito no interior do órgão,
originando grande número de arteríolas aferentes, onde cada uma ramifica-se no interior da
cápsula de Glomerular do néfron, formando um enovelado de capilares denominado glomérulo
de Malpighi (hoje Glomérulo Renal). Essa estrutura está presente no Néfron, que é uma
longa estrutura tubular dividida em cinco partes. O sangue arterial é conduzido sob alta
pressão nos capilares do glomérulo. Essa pressão, que normalmente é de 70 a 80 mmHg, tem
intensidade suficiente para que parte do plasma passe para a cápsula de Glomerular, processo
denominado filtração. Essas substâncias extravasadas para a cápsula de Glomerular
constituem o filtrado glomerular, que é semelhante, em composição química, ao plasma
sanguíneo, com a diferença de que não possui proteínas, incapazes de atravessar os capilares
glomerulares. O filtrado glomerular passa em seguida para o túbulo contorcido proximal, cuja
parede é formada por células adaptadas ao transporte ativo. Nesse túbulo, ocorre reabsorção
ativa de sódio. A saída desses íons provoca a remoção de cloro, diminuindo a concentração do
líquido dentro desse tubo (hipotônico) do que do plasma dos capilares que o envolvem. Com
isso, quando o líquido percorre o ramo descendente da alça Nefrítica, há passagem de água
por osmose do líquido tubular (hipotônico) para os capilares sanguíneos (hipertônicos) – ao
que chamamos reabsorção.
O ramo descendente percorre regiões do rim com gradientes crescentes de concentração.
Consequentemente, ele perde ainda mais água para os tecidos, de forma que, na curvatura da
alça de Henle, a concentração do líquido tubular é alta. Esse líquido muito concentrado passa
então a percorrer o ramo ascendente da alça Nefrítica, que é formado por células
impermeáveis à água e que estão adaptadas ao transporte ativo de sais. Nessa região, ocorre
remoção ativa de sódio, ficando o líquido tubular hipotônico. Ao passar pelo túbulo contorcido
distal, que é permeável à água, ocorre reabsorção por osmose para os capilares sanguíneos.
Ao sair do néfron, a urina entra nos dutos coletores, onde ocorre a reabsorção final de água.
Dessa forma, estima-se que em 24 horas são filtrados cerca de 180 litros de fluido do plasma;
porém são formados apenas 1 a 2 litros de urina por dia, o que significa que aproximadamente
99% do filtrado glomerular é reabsorvido. Além desses processos gerais descritos, ocorre, ao
longo dos túbulos renais, reabsorção ativa de aminoácidos e glicose. Desse modo, no final do
túbulo distal, essas substâncias já não são mais encontradas. Os capilares que reabsorvem as
substâncias úteis dos túbulos renais se reúnem para formar um vaso único, a veia renal, que
leva o sangue para fora do rim, em direção ao coração.
D- Regulação da função renal
A regulação da função renal relaciona-se basicamente com a regulação da quantidade de
líquidos do corpo. Havendo necessidade de reter água no interior do corpo, a urina fica mais
concentrada, em função da maior reabsorção de água; havendo excesso de água no corpo, a
urina fica menos concentrada, em função da menor reabsorção de água. O principal agente
regulador do equilíbrio hídrico no corpo humano é o hormônio ADH (antidiurético), produzido
no hipotálamo e armazenado na hipófise. A concentração do plasma sanguíneo é detectada
por receptores osmóticos localizados no hipotálamo. Havendo aumento na concentração do
plasma (pouca água), esses osmorreguladores estimulam a produção de ADH. Esse hormônio
passa para o sangue, indo atuar sobre os túbulos distais e sobre os túbulos coletores do
néfron, tornando as células desses tubos mais permeáveis à água. Dessa forma, ocorre maior
reabsorção de água e a urina fica mais concentrada. Quando a concentração do plasma é
baixa (muita água), há inibição da produção do ADH e, consequentemente, menor absorção de
água nos túbulos distais e coletores, possibilitando a excreção do excesso de água, o que
torna a urina mais diluída.

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FONTE: GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 1981.

Certas substâncias, como é o caso do álcool, inibem a secreção de ADH, aumentando a
produção de urina, juntamente com ele existe um Hormônio produzido pelo coração que
promove a liberação de água pelos rins desobstruindo os vasos sanguíneos tornando mais
eficaz a eliminação do álcool, esse hormônio é o FAN (Fator Atrial Natriurético). Além do ADH
e do FAN, há outro hormônio participante do equilíbrio hidro-iônico do organismo: a
aldosterona, produzida nas glândulas suprarrenais. Ela aumenta a reabsorção ativa de sódio
nos túbulos renais, possibilitando maior retenção de água no organismo. A produção de
aldosterona é regulada da seguinte maneira: quando a concentração de sódio dentro do túbulo
renal diminui, o rim produz uma proteína chamada renina, que age sobre uma proteína
produzida no fígado e encontrada no sangue denominada angiotensinogênio (inativo),
convertendo-a em angiotensina (ativa). Essa substância estimula as glândulas suprarrenais a
produzirem a aldosterona.

FONTE: GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 1981.

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E- A Eliminação de Urina
- Ureter
Os néfrons desembocam em dutos coletores, que se unem para formar canais cada vez mais
grossos. A fusão dos dutos origina um canal único, denominado ureter, que deixa o rim em
direção à bexiga urinária.
- Bexiga urinária
A bexiga urinária é uma bolsa de parede elástica, dotada de musculatura lisa, cuja função é
acumular a urina produzida nos rins. Quando cheia, a bexiga pode conter mais de ¼ de litro
(250 ml) de urina, que é eliminada periodicamente através da uretra.
- Uretra
A uretra é um tubo que parte da bexiga e termina, na mulher, na região vulvar e, no homem,
na extremidade do pênis. Sua comunicação com a bexiga mantém-se fechada por anéis
musculares - chamados esfíncteres. Quando a musculatura desses anéis relaxa-se e a
musculatura da parede da bexiga contrai-se, urinamos.

6. METABOLISMO HIDROELÉTRICO
Em condições de equilíbrio dinâmico, como as exigidas para a homeostasia, o volume total dos
líquidos corporais e as quantidades totais de solutos e suas concentrações permanecem
relativamente constantes. A ingestão de água deve ser cuidadosamente contrabalançada pelas
perdas diárias que ocorrem a partir do organismo. A evaporação de líquido do trato respiratório
e a difusão através da pele constituem as denominadas perdas insensíveis através da pele. O
restante das perdas ocorre principalmente através das fezes, do suor e da urina excretada
pelos rins constituindo as perdas sensíveis de água. Os líquidos corporais totais encontram-se
distribuídos em dois compartimentos principais: o líquido extracelular e o líquido intracelular.
Por sua vez, o líquido extracelular é subdividido em líquido intersticial e plasma sanguíneo. No
ser humano adulto a água corresponde a cerca de 60% da massa corporal. À medida que o
indivíduo envelhece, a porcentagem de líquido em relação à massa corporal diminui
gradualmente. O líquido contido em cada célula tem sua própria mistura de diferentes
constituintes; todavia, as concentrações destas substâncias são razoavelmente semelhantes
de uma célula para outra. Os líquidos intersticiais possuem aproximadamente a mesma
composição, exceto pelas proteínas, que são encontradas em maior concentração no plasma.
O sangue contém tanto líquido extracelular (o líquido no plasma) quanto líquido intracelular (o
líquido contido nos eritrócitos). Todavia, o sangue é considerado como um compartimento
líquido separado, uma vez que é contido numa câmara própria, o sistema circulatório. O
volume sanguíneo é especialmente importante no controle da dinâmica cardiovascular. O
hematócrito refere-se à fração do sangue constituída pelos eritrócitos. Como o plasma e o
líquido intersticial são separados apenas pelas membranas altamente permeáveis dos
capilares, suas composições iônicas são semelhantes. Entretanto, o plasma apresenta maior
concentração de proteínas. O líquido intracelular é separado do líquido extracelular por uma
membrana celular seletiva que é altamente permeável a água, mas não à maioria dos
eletrólitos existentes no organismo. A membrana celular mantém uma composição líquida no
interior das células que é semelhante para as diferentes células do organismo. Em contraste
com o líquido extracelular, o líquido intracelular contém apenas pequenas quantidades de íons
sódio, cloreto e quase nenhum cálcio. Inversamente, contém grandes quantidades de íons
potássio e fosfato. Um problema frequentemente observado no tratamento de pacientes
gravemente enfermos reside na dificuldade de manter líquidos adequados no compartimento
intracelular, no compartimento extracelular ou em ambos. As quantidades relativas de líquido
extracelular distribuída entre o plasma e os espaços intersticiais são determinadas
principalmente pelo equilíbrio das forças hidrostática e coloidosmótica através da membrana
capilar. Por outro lado, a distribuição de líquido entre os compartimentos intracelular e
extracelular é determinada principalmente pelo efeito osmótico dos solutos que atuam através
da membrana celular. As membranas celulares são altamente permeáveis a água, de
modo que o líquido intracelular permanece isotônico em relação ao líquido

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extracelular. A osmose refere-se à difusão efetiva de água de uma região onde ela exista em
alta concentração, para uma região em que esta concentração de água for menor. A osmose
de moléculas de água através de uma membrana seletivamente permeável pode ser impedida
pela aplicação de uma pressão em sentido oposto ao da osmose. A quantidade precisa de
pressão necessária para impedir a osmose é denominada pressão osmótica. Quando uma
célula é colocada numa solução de igual concentração ou isotônica, o volume da célula
permanece inalterado. Quando uma célula é colocada numa solução de menor concentração, o
volume da célula aumenta. Quando uma célula é colocada numa solução de maior
concentração, o volume da célula diminui. Quando uma solução salina isotônica é adicionada
ao líquido extracelular, não ocorre osmose através das membranas celulares. Quando
adiciona-se uma solução hipertônica ao líquido extracelular ocorre osmose de água das células
para o compartimento extracelular. Quando uma solução hipotônica é adicionada ao líquido
extracelular, parte da água extracelular difunde-se para o interior das células até que os
compartimentos intracelular e extracelular tenham a mesma osmolaridade. São administrados
muitos tipos de soluções por via venosa com o objetivo de proporcionar nutrição a indivíduos
que não podem ingerir quantidades adequadas de alimentos. Quando essas soluções são
administradas, suas concentrações de substâncias osmoticamente ativas costumam ser
ajustadas para torná-las quase isotônicas, ou são administradas com velocidade lenta o
suficiente para não comprometer o equilíbrio osmótico dos líquidos corporais. O edema referese à presença de líquido em excesso nos tecidos corporais. Na maioria dos casos, o edema
ocorre no compartimento de líquido extracelular. Duas condições exibem especial tendência a
provocar edema intracelular: a depressão dos sistemas metabólicos dos tecidos e a falta de
nutrição adequada para as células. Além disso, pode ocorrer edema intracelular em tecidos
inflamados. Existem duas causas gerais de edema extracelular: o extravasamento normal de
líquido do plasma para os espaços intersticiais através dos capilares e a incapacidade de os
linfáticos levarem o líquido do interstício de volta ao sangue. Qualquer uma das alterações
seguintes é capaz de aumentar a filtração capilar: aumento do coeficiente de filtração capilar,
aumento da pressão hidrostática capilar ou diminuição da pressão coloidosmótica do plasma.
Algumas das causas sistêmicas de edema extracelular são: retenção renal excessiva de sal e
água, pressão venosa elevada (insuficiência cardíaca, obstrução venosa e falência das
bombas venosas, paralisia dos músculos ou insuficiência das válvulas venosas), diminuição
das proteínas plasmáticas, aumento da permeabilidade capilar e bloqueio do retorno linfático.
As principais funções dos rins consistem em livrar o corpo dos produtos de degradação que
são ingeridos ou produzidos pelo metabolismo e o controle do volume e da composição dos
líquidos corporais. Entre as múltiplas funções dos rins, incluem-se a regulação do equilíbrio
hidroeletrolítico, a regulação da osmolaridade dos líquidos corporais e das concentrações dos
eletrólitos, a regulação do equilíbrio acidobásico, a excreção de produtos de degradação
metabólica e substâncias químicas estranhas, a regulação da pressão arterial, a secreção de
hormônios e a gliconeogênese. Em condições normais, o fluxo sanguíneo para os dois rins
corresponde a 21% do débito cardíaco. A artéria renal penetra no rim através do hilo,
juntamente com o ureter e a veia renal, e, a seguir, ramifica-se progressivamente para formar
as artérias interlobares, artérias arqueadas, artérias interlobulares (também denominadas
artérias radiais) e arteríolas aferentes, que desaguam nos capilares glomerulares nos
glomérulos, onde grandes quantidades de líquidos e solutos (exceto as proteínas plasmáticas)
são filtradas, dando início à formação da urina. As extremidades distais dos capilares de cada
glomérulo coalescem para formar a arteríola eferente, que leva a uma segunda rede capilar, os
capilares peritubulares, que circundam os túbulos renais. Os capilares peritubulares desaguam
nos vasos do sistema venoso, que correm paralelamente aos vasos arteriolares, formando
progressivamente a veia interlobular, a veia arqueada, a veia interlobar e a veia renal, que
deixa o rim ao lado da artéria renal e ureter. O néfron é a unidade funcional do rim. No ser
humano, cada rim é constituído de cerca de 1 milhão de néfrons, cada um dos quais é capaz
de formar urina. Cada néfron possui dois componentes principais: um glomérulo (capilares
glomerulares) através do qual grandes quantidades de líquidos são filtradas do sangue, e um
longo túbulo no qual o líquido filtrado é convertido em urina no seu trajeto até a pelve renal. O
glomérulo é constituído de uma rede de capilares glomerulares que se ramificam e se
anastomosam; essa rede, quando comparada a outras redes capilares, apresenta elevada
pressão hidrostática. Os capilares glomerulares são recobertos por células epiteliais, e o
glomérulo como um todo encontra-se envolvido pela cápsula de Bowman. O líquido filtrado dos
capilares glomerulares flui para o interior da cápsula de Bowman e, a seguir, para o
túbulo proximal, situado no córtex renal. A partir do túbulo proximal, o líquido flui para

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a alça de Henle, que mergulha na medula renal. Cada alça consiste num ramo descendente e
num ramo ascendente. As paredes do ramo descendente e da extremidade inferior do ramo
ascendente são muito finas, de modo que estes segmentos são conhecidos como segmento
delgado da alça de Henle. Depois de o ramo ascendente da alça ter percorrido parte do trajeto
de volta ao córtex, sua parede torna-se espessa como a de outras porções do sistema tubular,
sendo portanto denominado segmento espesso do ramo ascendente. Na extremidade do ramo
ascendente espesso existe um segmento curto que, na verdade, é uma placa na parede,
conhecida como mácula densa. Depois da mácula densa, o líquido penetra no túbulo distal
que, a exemplo do túbulo proximal, situa-se no córtex renal. Seguem-se o túbulo conector e o
túbulo coletor cortical, que leva ao ducto coletor cortical. As porções iniciais de oito a 10 ductos
coletores corticais juntam-se para formar um único ducto coletor maior que segue seu trajeto
até a medula, passando a constituir o ducto coletor medular. Os ductos coletores unem-se para
formar ductos progressivamente maiores que eventualmente deságuam na pelva renal através
das extremidades das papilas renais. A formação da urina resulta da filtração glomerular,
reabsorção tubular e secreção tubular. A intensidade da excreção urinária é igual à intensidade
da filtração menos a intensidade da reabsorção mais a intensidade da secreção. A formação da
urina começa com a filtração, a partir dos capilares glomerulares na cápsula de Bowman, de
grande quantidade de líquido praticamente isento de proteínas. Quando o líquido filtrado deixa
a cápsula de Bowman e passa pelos túbulos, ele é modificado pela reabsorção de água e
solutos específicos de volta ao sangue ou pela secreção de outras substâncias dos capilares
peritubulares para os túbulos. Para cada substância existente no plasma, ocorre uma
combinação particular de filtração, reabsorção e secreção. A membrana dos capilares
glomerulares é semelhante à de outros capilares,exceto pelo fato que possui três camadas
principais (em lugar das duas habituais): o endotélio do capilar, uma membrana basal e uma
camada de células epiteliais (podócitos) que circunda a superfície externa da membrana basal
capilar. Em seu conjunto, estas camadas formam a barreira de filtração que, apesar de suas
três camadas, filtra centenas de vezes mais água e solutos do que a membrana habitual dos
capilares. Mesmo com essa elevada intensidade de filtração, a membrana capilar dos
glomérulos normalmente impede a filtração das proteínas plasmáticas. O endotélio capilar
apresenta milhares de pequenos orifícios denominados fenestras. Como estas fenestrações
são relativamente grandes, o endotélio não atua como importante barreira para as proteínas
plasmáticas. A membrana basal impede eficazmente a filtração de proteínas plasmáticas, em
parte devido a fortes cargas elétricas associadas a proteoglicanos. A filtrabilidade dos solutos é
determinada pelo seu tamanho e carga elétrica. As moléculas de carga negativa são filtradas
menos facilmente que as moléculas de carga positiva. O aumento da pressão hidrostática na
cápsula de Bowman diminui a filtração glomerular. O aumento da pressão coloidosmótica nos
capilares glomerulares diminui a filtração glomerular. O aumento da pressão hidrostática nos
capilares glomerulares aumenta a filtração glomerular. O fluxo sanguíneo nos vasos retos da
medula renal é muito baixo em comparação com o fluxo no córtex renal. A ativação do sistema
nervoso simpático diminui a filtração glomerular. Diversos hormônios e autacóides também
podem influenciar a filtração glomerular e o fluxo sanguíneo renal. A norepinefrina, a epinefrina
e a endotelina provocam constrição dos vasos sanguíneos renais e diminuição da filtração
glomerular. A angiotensina II provoca constrição das arteríolas eferentes. O óxido nítrico
proveniente do endotélio diminui a resistência vascular renal e aumenta a filtração glomerular.
Outros vasodilatadores como a as prostaglandinas e a bradicinina também aumentam a
filtração glomerular. Para que as células do corpo funcionem adequadamente, devem estar
banhadas pelo líquido extracelular com uma concentração relativamente constante de
eletrólitos e outros solutos. O rim normal tem a extraordinária capacidade de variar as
proporções relativas de solutos e de água na urina em resposta a várias situações de desafio.
Através desse mecanismo, os rins excretam o excesso de água através da formação de urina
diluída. O nível do hormônio antidiurético ou vasopressina constitui o sinal que indica aos rins a
necessidade de excretar urina diluída ou concentrada. Quando surge um déficit de água no
organismo, o rim forma urina concentrada através da excreção contínua de solutos, enquanto a
reabsorção de água aumenta, com a consequente diminuição do volume de urina formada.
Embora múltiplos mecanismos controlem a quantidade de sódio e água excretada pelos rins,
os principais sistemas de controle são o sistema do ADH e o mecanismo da sede. O aumento
da osmolaridade do líquido extracelular provoca a contração de células nervosas especiais
localizadas no hipotálamo anterior. A contração das células osmorreceptoras provoca a
emissão de sinais para a hipófise posterior. Estes potenciais de ação estimulam a
liberação de ADH, que penetra na corrente sanguínea e é transportado até os rins,

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onde aumenta a permeabilidade dos túbulos distais, túbulos coletores e ductos coletores à
água. Por consequência, a água é conservada no corpo, enquanto o sódio e outros solutos
continuam a ser excretados na urina. Esse processo provoca diluição dos solutos no líquido
extracelular, corrigindo, assim, o líquido extracelular excessivamente concentrado. A seqüência
oposta de eventos é observada quando o líquido extracelular torna-se muito diluído
(hiposmótico). Os rins minimizam a perda de líquido durante déficits de água através do
sistema de feedback osmorreceptor-ADH. Todavia, a ingestão de líquido é necessária para
contrabalançar sua perda, o que pode ocorrer através da sudorese, da respiração e pelo trato
gastrintestinal. A mesma área ao longo da parede ântero-lateral do terceiro ventrículo que
promove a liberação de ADH também estimula a sede através do centro da sede. Os neurônios
do centro da sede respondem a injeções de soluções hipertônicas de sal, estimulando o
comportamento da ingestão de água.
7. FISIOLOGIA DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO
A regulação do equilíbrio dos íons hidrogênio é, em alguns aspectos,semelhante à regulação
de outros íons no organismo. Além do controle feito pelos rins, existem outros mecanismos de
tamponamento acidobásico envolvendo o sangue, as células e os pulmões, que são essenciais
para a manutenção das concentrações normais dos íons hidrogênio nos líquidos extra e
intracelular. O pH normal do sangue arterial é de 7,4, enquanto o pH do sangue venoso e dos
líquidos intersticiais é de cerca de 7,35 devido ao dióxido de carbono liberado dos tecidos para
formar ácido carbônico. O indivíduo apresenta acidose quando o pH cai abaixo de 7,4 e
alcalose quando o pH aumenta de 7,4. Três sistemas primários regulam as concentrações de
íons hidrogênio para evitar o desenvolvimento de acidose ou alcalose: os sistemas químicos de
tampões acidobásicos dos líquidos corporais; o centro respiratório que regula a remoção de
dióxido de carbono e, portanto, de ácido carbônico; e os rins, que têm a capacidade de excretar
urina ácida ou alcalina durante a acidose ou a alcalose.
Um tampão é qualquer substância capaz de ligar-se reversivelmente a íons hidrogênio. O gás
carbônico e a água combinam-se reversivelmente para formar ácido carbônico, em um sistema
de equilíbrio químico com a presença da enzima anidrase carbônica. Existe uma relação
matemática definida entre a proporção das concentrações dos elementos ácidos e básicos de
cada sistema tampão e o pH da solução. Essa relação para o sistema tampão bicarbonato é
dada pela equação de Henderson-Hasselbalch. As proteínas são importantes tampões
intracelulares, como a hemoglobina nos eritrócitos. Na regulação respiratória, o aumento na
ventilação elimina o gás carbônico do líquido extracelular, o que reduz a concentração de íons
hidrogênio. Inversamente, a diminuição da ventilação aumenta o gás carbônico e, assim,
também aumenta a concentração de íons hidrogênio no líquido extracelular.
Consequentemente, o aumento na concentração de íons hidrogênio estimula a ventilação
alveolar através da sensibilização do centro respiratório. Os rins regulam a concentração de
íons hidrogênio do líquido extracelular através de três mecanismos básicos: secreção de íons
hidrogênio, reabsorção de íons bicarbonato filtrados e produção de novos íons bicarbonato. Na
acidose, há excreção aumentada de íons hidrogênio e adição de íons bicarbonato ao líquido
extracelular. Na alcalose, há secreção tubular diminuída de íons hidrogênio e aumento da
excreção de íons bicarbonato.
8. SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
É o sistema responsável pela perpetuação da espécie, sendo o masculino formado por:
 Testículos ou gônadas
 Vias espermáticas: epidídimo, canal deferente,
 Uretra.
 Pênis
 Escroto
 Glândulas anexas: próstata, vesículas seminais, glândulas bulbouretrais.

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FONTE: http://www.afh.bio.br/reprod/img/repmasculino.

- Pênis: é considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois
tipos de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege a
uretra). Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos
visualizar a abertura da uretra. Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação dos corpos cavernosos e esponjoso,
com sangue, tornando-se rijo, com considerável aumento do tamanho (ereção). O prepúcio
deve ser puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma secreção sebácea
espessa e esbranquiçada, com forte odor, que consiste principalmente em células epiteliais
descamadas que se acumulam debaixo do prepúcio). Quando a glande não consegue ser
exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa tem fimose.
A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da
bexiga se contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum
sêmen entre na bexiga. Todos os espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo
corpo dentro de algum tempo.
- Canais deferentes: são dois tubos que partem dos testículos, circundam a bexiga urinária e
unem-se ao ducto ejaculatório, onde desembocam as vesículas seminais.
- Vesículas seminais: responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no ducto
ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, entrarão na
composição do sêmen. O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os
espermatozóides e é constituído principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos,
nitrogênio não proteico, cloretos, colina (álcool de cadeia aberta considerado como integrante
do complexo vitamínico B) e prostaglandinas (hormônios produzidos em numerosos tecidos do
corpo. Algumas prostaglandinas atuam na contração da musculatura lisa do útero na
dismenorréia – cólica menstrual, e no orgasmo; outras atuam promovendo vasodilatação em
artérias do cérebro, o que talvez justifique as cefaleias – dores de cabeça – da enxaqueca. São
formados a partir de ácidos graxos insaturados e podem ter a sua síntese interrompida por
analgésicos e anti-inflamatórios).
- Próstata: glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secreta substâncias alcalinas que
neutralizam a acidez da urina e ativa os espermatozóides.
- Glândulas Bulbo Uretrais: sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpála e preparar a passagem dos espermatozóides. Também tem função na lubrificação do pênis
durante o ato sexual.

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- Testículos: são as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado de
tubos, os ductos seminíferos Esses ductos são formados pelas células de Sértoli (ou de
sustento) e pelo epitélio germinativo, onde ocorrerá a formação dos espermatozóides. Em
meio aos ductos seminíferos, as células intersticiais ou de Leydig (nomenclatura antiga)
produzem os hormônios sexuais masculinos, sobretudo a testosterona, responsáveis pelo
desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos caracteres sexuais secundários:
 Estimulam os folículos pilosos para que façam crescer a barba masculina e o pêlo pubiano.
 Estimulam o crescimento das glândulas sebáceas e a elaboração do sebo.
 Produzem o aumento de massa muscular nas crianças durante a puberdade, pelo aumento
do tamanho das fibras musculares.
 Ampliam a laringe e tornam mais grave a voz.
 Fazem com que o desenvolvimento da massa óssea seja maior, protegendo contra a
osteoporose.
- Epidídimos: são dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozóides
são armazenados.
- Saco Escrotal ou Bolsa Escrotal ou Escroto: A bolsa escrotal também chamada de saco
escrotal é uma bolsa revestida de pele situada entre as coxas, embaixo do pênis, em seu
interior ficam os testículos. Um espermatozóide leva cerca de 70 dias para ser produzido. Eles
não podem se desenvolver adequadamente na temperatura normal do corpo (36,5°C). Assim,
os testículos se localizam na parte externa do corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a
função de termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do corpo), mantendo-os a
uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal.

FONTE: http://www.afh.bio.br/reprod/img/repmasculino.

FORMAÇÃO DOS ESPERMATOZÓIDES (ESPERMATOGÊNESE)
Esse processo leva a formação de espermatozóides a partir de células precursoras chamadas
de espermatogônias, localizadas na parede do túbulo seminífero. A partir da puberdade as
espermatogônias começam a se multiplicar intensamente por mitose, isso continuará até os
fins da vida de um homem, mas diminui a intensidade com o aumento da idade.
ESPERMATÓCITO I > DOIS ESPERMATÓCITOS II > DUAS ESPERMÁTIDES - SE
DIFERENCIAM EM - ESPERMATOZÓIDES.

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PUBERDADE
Os testículos da criança permanecem inativos até que são estimulados entre 10 e 14 anos
pelos hormônios gonadotróficos da glândula hipófise (pituitária). O hipotálamo libera FATORES
LIBERADORES DOS HORMÔNIOS GONADOTRÓFICOS que fazem a hipófise liberar FSH
hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante). O FSH estimula a
espermatogênese pelas células dos túbulos seminíferos, já o LH à estimula a produção de
testosterona pelas células intersticiais dos testículos à características sexuais secundárias,
elevação do desejo sexual.
TESTOSTERONA
- Efeito na Espermatogênese
A testosterona faz com que os testículos cresçam. Ela deve estar presente, também, junto
com o folículo estimulante, antes que a espermatogênese se complete.
- Efeito nos caracteres sexuais masculinos
Depois que um feto começa a se desenvolver no útero materno, seus testículos começam a
secretar testosterona, quando tem poucas semanas de vida apenas. Essa testosterona, então,
auxilia o feto a desenvolver órgãos sexuais masculinos e características secundárias
masculinas. Isto é, acelera a formação do pênis, da bolsa escrotal, da próstata, das vesículas
seminais, dos ductos deferentes e dos outros órgãos sexuais masculinos. Além disso, a
testosterona faz com que os testículos desçam da cavidade abdominal para a bolsa escrotal;
se a produção de testosterona pelo feto é insuficiente, os testículos não conseguem descer;
permanecem na cavidade abdominal. A secreção da testosterona pelos testículos fetais é
estimulada por um hormônio chamado gonadotrofina coriônica, formado na placenta durante a
gravidez.
- Efeito nos caracteres sexuais secundários
Faz com que os pêlos cresçam na face, ao longo da linha média do abdome, no púbis e no
tórax. Origina, porém, a calvície nos homens que tenham predisposição hereditária para ela.
Estimula o crescimento da laringe, de maneira que o homem, após a puberdade fica com a voz
mais grave.
Estimula um aumento na deposição de proteína nos músculos, pele, ossos e em outras partes
do corpo, de maneira que o adolescente do sexo masculino se torna geralmente maior e mais
musculoso do que a mulher, nessa fase.
VASECTOMIA
A vasectomia é o modo de esterilização mais eficiente que se conhece. Ela é feita em
consultório médico após a aplicação de uma anestesia local. Realiza-se uma incisão em cada
saco escrotal para a localização dos canais deferentes. Em seguida eles são cortados e
realizados todos os procedimentos pós-cirúrgicos. Depois de 1 a 2 meses o homem pode se
considerar estéril.
MECANISMO DE EREÇÃO E IMPOTÊNCIA
A disfunção erétil, antes conhecida por impotência, é a incapacidade de se obter ou manter
uma ereção adequada para a prática da relação sexual. Não deve ser confundida com a falta
ou diminuição no "apetite sexual", nem como dificuldade em ejacular ou em atingir o orgasmo.
Milhões de homens passam por esse problema. As estatísticas mostram uma incidência de 5%
nos homens aos 40 anos e até 25% aos 65 anos. O homem apresenta, normalmente, de 3 a 5
ereções por noite, sem se dar conta, o que é importante para oxigenar o pênis e quase todos
os homens sexualmente ativos já experimentaram um episódio de impotência pelo menos uma
vez na vida. O pênis só se enche de sangue se o organismo produzir uma substância chamada
óxido nítrico, que dispara uma cascata de reações químicas que relaxam os vasos
sanguíneos e as células dos corpos cavernosos. Relaxados, os vasos e os músculos

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dos corpos cavernosos ficam abertos para a entrada de sangue. A impotência ocorre quando
não há esse relaxamento (o que os medicamentos como o Viagra tentam corrigir).
Pênis saudável em repouso
Quando o pênis está relaxado e não há nenhum tipo de excitação sexual, a quantidade de
sangue que entra pelos vasos sanguíneos do corpo esponjoso é a mesma que sai.
Mecanismo que impede a Ereção
Quando o cérebro recebe um estímulo sexual, as células do corpo cavernoso do pênis liberam
óxido nítrico. Este óxido ativa a enzima guanilato ciclase, resultando no aumento do nível de
uma molécula chamada GMP cíclico (guanosina monofosfato cíclica ou GMP cíclica),
produzindo relaxamento da musculatura lisa nos corpos cavernosos e aumentando o influxo de
sangue. Mas a enzima PDE 5 (fosfodiesterase 5) pode estragar tudo, inativando a GMP cíclica.
Quando isso ocorre, a mesma quantidade de sangue que entra, sai do pênis e ele não fica
ereto o suficiente para a penetração da vagina.
9. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
INTRODUÇÃO
O sistema reprodutor feminino é constituído por dois ovários, duas tubas uterinas (trompas de
Falópio), um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está localizado no interior da cavidade pélvica.
A pelve constitui um marco ósseo forte que realiza uma função protetora.
Vagina.
A vagina é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do
útero aos genitais externos. Contém de cada lado de sua abertura, porém internamente, duas
glândulas denominadas glândulas de Bartholin, que secretam um muco lubrificante. A entrada
da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício
vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no centro, podendo ter formas diversas. Geralmente,
essa membrana se rompe nas primeiras relações sexuais. A vagina é o local onde o pênis
deposita os espermatozóides na relação sexual. Além de possibilitar a penetração do pênis,
possibilita a expulsão da menstruação e, na hora do parto, a saída do bebê. A genitália externa
ou vulva é delimitada e protegida por duas pregas cutaneomucosas intensamente irrigadas e
inervadas - os grandes lábios. Na mulher reprodutivamente madura, os grandes lábios são
recobertos por pelos pubianos. Mais internamente, outra prega cutaneomucosa envolve a
abertura da vagina - os pequenos lábios - que protegem a abertura da uretra e da vagina. Na
vulva também está o clitóris, formado por tecido esponjoso erétil, homólogo ao pênis do
homem.

FONTE: Superinteressante coleções O Corpo Humano - Sexo: a Atração Vital

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Ovários
São as gônadas femininas. Produzem estrógeno e progesterona, hormônios sexuais femininos
que serão vistos mais adiante. No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já
tem todas as células que irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas células os ovócitos primários - encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos de Graaf ou
folículos ovarianos. A partir da adolescência, sob ação hormonal, os folículos ovarianos
começam a crescer e a desenvolver. Os folículos em desenvolvimento secretam o hormônio
estrógeno. Mensalmente, apenas um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a
maturação, rompendo-se e liberando o ovócito secundário (gameta feminino): fenômeno
conhecido como ovulação. Após seu rompimento, a massa celular resultante transforma-se em
corpo lúteo ou amarelo, que passa a secretar os hormônios progesterona e estrógeno. Com o
tempo, o corpo lúteo regride e converte-se em corpo albicans ou corpo branco, uma pequena
cicatriz fibrosa que irá permanecer no ovário. O gameta feminino liberado na superfície de um
dos ovários é recolhido por finas terminações das tubas uterinas - as fímbrias.
Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de Falópio
São dois ductos que unem o ovário ao útero. Seu epitélio de revestimento é formado por
células ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das
tubas uterinas impelem o gameta feminino até o útero.
Útero
Órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e posteriormente ao reto, de
parede muscular espessa (miométrio) e com formato de pêra invertida. É revestido
internamente por um tecido vascularizado rico em glândulas - o endométrio.

FONTE: http://www.afh.bio.br/reprod/reprod2.
HORMÔNIOS SEXUAIS FEMININOS
A pituitária (hipófise) anterior das meninas, como a dos meninos, não secreta praticamente
nenhum hormônio gonadotrópico até à idade de 10 a 14 anos. Entretanto, por essa época,
começa a secretar dois hormônios gonadotrópicos. No inicio, secreta principalmente o
hormônio folículo-estimulante (FSH), que inicia a vida sexual na menina em crescimento; mais
tarde, secreta o harmônio luteinizante (LH), que auxilia no controle do ciclo menstrual.
1. Hormônio Folículo-Estimulante: causa a proliferação das células foliculares ovarianas e
estimula a secreção de estrógeno, levando as cavidades foliculares a desenvolverem-se e a
crescer.

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APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO

  • 2. 1 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO SUMÁRIO 1. SISTEMA MUSCULAR.............................................................................................................................2 2. SISTEMA CIRCULATÓRIO......................................................................................................................6 3. SISTEMA RESPIRATÓRIO.....................................................................................................................11 4. SISTEMA DIGESTÓRIO..........................................................................................................................13 5. SISTEMA EXCRETOR.............................................................................................................................19 6. METABOLISMO HIDROELÉTRICO........................................................................................................23 7. FISIOLOGIA DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO.....................................................................................26 8. SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO................................................................................................26 9. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO....................................................................................................30 10. SISTEMA NERVOSO.............................................................................................................................34 11. SISTEMA ENDÓCRINO.........................................................................................................................54 12. MEIO INTERNO DO SANGUE E LIPOPROTEÍNAS.............................................................................57 13. REFERÊNCIAS......................................................................................................................................62 www.ctpac.com.br
  • 3. 2 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO 1. SISTEMA MUSCULAR INTRODUÇÃO Podemos entender que o esqueleto precisa de ossos unidos e articulados. Mas para esse conjunto funcionar, também necessitamos de um componente que fixe as partes do esqueleto entre si e seja o motor de todos os movimentos. Esse componente é o sistema muscular, constituído pelos músculos, que são estruturas formadas por feixes de células especiais, as células musculares, denominadas miócitos. CLASSIFICAÇÃO Existem três tipos de células musculares e, portanto, três tipos de músculos: o liso, o estriado cardíaco e o estriado esquelético. A) Músculo Liso: é involuntário e de movimentos lentos contínuos, pois são controlados pelo sistema nervoso central; B) Músculo Estriado Cardíaco: é o músculo responsável pelas contrações do coração, possui movimentos rápidos, porém involuntários, sendo controlado dessa forma pelo sistema nervoso central através do Bulbo. C) Músculo Estriado Esquelético: é o músculo responsável pelos movimentos do corpo, possui movimentos rápidos, e voluntários, pois é comandado de acordo com a vontade do indivíduo. ANATOMIA DO MÚSCULO ESQUELÉTICO Um músculo é formado por um ventre e duas extremidades. O ventre é a porção média, carnosa, capaz de contração, uma vez que é composto por células musculares. Já as extremidades, formadas por tecido conjuntivo denso modelado, apresentam-se esbranquiçadas, brilhantes, rígidas e inextensíveis, pois o seu comprimento não aumenta quando submetidas a uma força externa. As extremidades de um músculo servem para prender o ventre muscular contrátil a uma parte do esqueleto, seja essa parte um osso, uma cápsula articular ou mesmo uma cartilagem. E assim, preso ao esqueleto, o músculo vai cumprir sua função de mover as partes do nosso corpo. Quando a extremidade de um músculo se fixa ao esqueleto num ponto preciso, ela é chamada de tendão. Mas se ela se fixa em grandes áreas do esqueleto, então ela recebe o nome de aponeurose. Para se movimentarem, os músculos normalmente firmam-se em duas extremidades: I. Uma móvel, fixa, que não sofre deslocamentos, chamada de origem; II. Outra que efetivamente se move, denominada inserção. Um músculo pode ter mais de um ponto fixo, ou seja, mais de um tendão na extremidade de origem. Ex: bíceps, tríceps, quadríceps. Os músculos têm ainda um revestimento externo formado de tecido conjuntivo, que mantém as fibras musculares juntas, facilitando seu deslocamento, chamada de fáscia. CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS A - Quanto à forma do ventre.   Longo: o comprimento predomina sobre a largura. Ex: flexores do carpo e dedo. Fusiforme: um músculo longo em que o diâmetro do ventre é maior que o diâmetro das extremidades. Ex: bíceps braquial.  Largo: comprimento e a largura são equivalentes. Ex: glúteo máximo.  Em leque: músculo largo em que as fibras de um lado convergem para um tendão. Ex: grande dorsal. www.ctpac.com.br
  • 4. 3 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO B - Ao número de cabeças. 99% dos músculos só apresentam uma cabeça, não havendo classificação. Só se classificam as exceções.  Bíceps – um na região anterior do braço (bíceps braquial) e outro na região posterior da coxa (bíceps femural).  Tríceps – um na região posterior do braço (tríceps braquial) e outro na região posterior da perna (tríceps sural = gastrocnêmio + sóleo).  Quadríceps – região anterior da coxa. É formado por 04 músculos: reto femural, e vastos (medial intermédio e lateral). Aplica-se injeção intramuscular nos músculos deltoide e glúteo, no adulto. E no vasto lateral em criança de pouca idade. C - Quanto à função:  Agonista: quando ele é o principal responsável pela execução do movimento. Ex: flexores do dedo.  Antagonista: realizam ações opostas ao agonista, regulando força e velocidade do movimento.  Sinergistas: impedem a ação de movimentos indesejados causados pelo agonista durante sua ação. Ex: extensores do carpo.  Fixadores ou posturais: ação está relacionada a manutenção do corpo em posição adequada para realizar o movimento. Ex: músculos que mantêm o corpo de pé. D - Ao número de ventres:  Monogástricos – apresentam somente um ventre. Correspondem a 99% dos músculos.  Digástricos – apresentam dois ventres unidos por um tendão intermediário. Encontrados no pescoço: um da mandíbula para o osso temporal (músculo digástrico) e outro, o osso hioide até a omoplata (músculo Omohioideu).  Poligástrico – apresentam vários ventres unidos por tendões intermediários. O único exemplo é o músculo reto do abdômen. E - Ao número de caudas:  Monocaudado – apresenta somente uma cauda. Corresponde a 99% dos músculos.  Policaudado – apresenta de três a quatro caudas. É encontrado nas extremidades dos membros (músculos extensores e flexores dos dedos). No membro superior, a flexão (ato de dobrar) é feita por músculos anteriores, e a extensão (ato de distender) é feita por posteriores. No membro inferior, flexores são posteriores, e extensores são anteriores. F - À topografia:  Axial – localiza-se na cabeça, pescoço, tórax e abdômen.  Apendicular – nos membros. G - À inserção:  Esquelético – cabeça e cauda inserem-se no esqueleto. 99% dos músculos.  Cutâneo – insere-se na tela subcutânea (pelo menos um dos seus tendões). Ex: músculos da expressão facial (músculos da mímica). VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO. A contração dos que chegam até doentes deixam atrofia, ou seja, músculos esqueléticos obedece aos comandos do sistema nervoso central e a eles por meio dos nervos. Esses nervos se forem cortados ou estiverem os músculos sem estímulo para poderem se contrair, causando a diminuição da massa muscular pela falta de uso. A energia www.ctpac.com.br
  • 5. 4 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO necessária para realizar as contrações vem através do sangue arterial, dentro de cada músculo, na forma de oxigênio e nutrientes. Em injeções intramusculares, os músculos servem de reservatório para o medicamento, e os músculos mais utilizados são o deltoide e o glúteo máximo. Observações: Contração isométrica – o músculo entra em estado de tensão e não se encurta, auxiliando o músculo que executará o movimento. Contração isotônica – o músculo entra em estado de tensão e se encurta, executando o movimento desejado. I. Anexos Musculares:  Fáscia Muscular – dispositivo fibroso que envolve um músculo ou grupos de músculos. Tem a função de ajudar o trabalho muscular, evitando gasto desnecessário de energia.  Bainha Fibrosa dos Tendões – dispositivo fibroso que se estende de um lado a outro do osso, formando um túnel ósteo-fibroso para a proteção dos tendões. Se essa bainha não existisse, poderia haver o rompimento da epiderme, derme e hipoderme, ou desgaste do tendão, devido o contato com o osso.  Bainha Sinovial dos Tendões – tem a função de lubrificar esse tubo ósteo-fibroso para evitar desgaste do tendão devido contato com o osso.  Bolsa Sinovial dos Tendões – semelhante à Bainha Sinovial dos Tendões está presente onde tendões entram em contato com osso, ligamento ou quando a pele se move sobre uma superfície óssea, as bolsas sinoviais facilitam os movimentos, minimizando a fricção. II. Observações anatômo-funcionais e clínicas:  O músculo esquelético não funciona sem inervação, desnervado torna-se flácido e atrófico, contudo, ocorrendo regeneração do nervo até 01 ano após a desnervação, o músculo pode reaver a sua função razoavelmente normal.  Uma das modificações após a morte é o endurecimento do músculo, conhecido como “rigor mortis” isto devido à perda de trifosfato de adenosina (ATP) dos músculos.  O quadrante superolateral (superior externo) da região glútea é relativamente livre de nervos e vasos e frequentemente usado para injeções intramusculares. PRINCIPAIS MÚSCULOS DO CORPO HUMANO. A – MÚSCULOS DA CABEÇA.     Occipito-frontal: Movimentação do couro cabeludo; Orbicular do olho: Fechamento do olho; Orbicular da boca: Fechamento da boca; Bucinador: Compressão das bochechas contra as maxilas e mandíbula, possibilitando o assobio e o sopro;  Masseter, temporal: Elevação da mandíbula, favorecendo a mastigação. B – MÚSCULOS DO PESCOÇO.  Plastima: Tração da pele do pescoço, tendo um papel estético.  Esternocleidomastóide: Flexão da cabeça, em atuação conjunta com seu par, do outro lado do pescoço; rotação ou inclinação da cabeça, em atuação isolada. C – MÚSCULOS DO DORSO. www.ctpac.com.br
  • 6. 5 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO  Trapézio: Retração da escápula;  Grande dorsal: Extensão e adução do braço. D – MÚSCULOS DO ABDOMEM.  Reto abdominal: Flexão do tronco;  Oblíquo externo, oblíquo interno e transverso abdominal: Flexão, inclinação e rotação do tronco. E – MÚSCULOS DO TÓRAX.     Peitoral maior: Adução do braço; Intercostais internos: Expiração forçada; Intercostais externos: Inspiração; Diafragma: Principal músculo inspiratório. F – MÚSCULOS DO MEMBRO SUPERIOR.      Deltóide: Abdução do membro superior; Bíceps braquial: Flexão e supinação do antebraço; Tríceps braquial: Extensão do antebraço; Flexor do carpo e dedos: Flexão do carpo ou das falanges; Extensor do carpo e dedos: Extensão do carpo ou das falanges. FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. www.ctpac.com.br
  • 7. 6 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO G – MÚSCULOS DO MEBRO INFERIOR.  Glúteo máximo: Extensão e rotação da coxa;  Quadríceps femoral: Extensão da perna; apresenta quatro porções: reto femoral, vasto medial, intermédio e lateral;  Adutor da coxa: Adução da coxa;  Posterior da coxa: Flexão da perna;  Anterior da perna: Participação na dorsiflexão do pé e na extensão dos dedos;  Posterior da perna, como gastrocnêmico (músculo da “batata da perna”): Flexão plantar do pé; extensão do pé sobre a perna, com importante função na marcha, entre outras. 2. SISTEMA CIRCULATÓRIO INTRODUÇÃO Não é apenas o sistema muscular que precisa receber nutrientes e oxigênio para desempenhar o seu trabalho. A vida de todas as células de todos os sistemas também depende desses recursos, cuja distribuição no complexo organismo, composto de bilhões de células, é uma tarefa realizada por um sistema específico – o SISTEMA CIRCULATÓRIO. O sistema circulatório é constituído por uma rede de vasos de vários calibres, que são as artérias e as veias, por onde corre o sangue que permeia todo o organismo. O coração atua como uma bomba, impulsionando o sangue para as artérias e recebendo o que chega pelas veias. I- Angiologia  Sistema Arterial Conjunto de vasos que saem do coração e se ramificam sucessivamente distribuindo-se para todo o organismo. Do coração saem o tronco pulmonar (relaciona-se com a pequena circulação, ou seja, leva sangue venoso para os pulmões através de sua ramificação, duas artérias pulmonares uma direita e outra esquerda) e a artéria aorta (carrega sangue arterial para todo o organismo através de suas ramificações). Estrutura 1- Túnica externa: é composta basicamente por tecido conjuntivo. Nesta túnica encontramos pequenos filetes nervosos e vasculares que são destinados à inervação e a irrigação das artérias. Encontrada nas grandes artérias somente. 2- Túnica média: é a camada intermediária composta por fibras musculares lisas e pequena quantidade de tecido conjuntivo elástico. Encontrada na maioria das artérias do organismo. 33-Túnica íntima: forra internamente e sem interrupções as artérias, inclusive capilares. São constituídas por células endoteliais. Algumas artérias importantes do corpo humano Sistema do tronco pulmonar: o tronco pulmonar sai do coração pelo ventrículo direito e se bifurca em duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas ramificase a partir do hilo pulmonar em artérias segmentares pulmonares. Este sistema leva sangue venoso para os pulmões para que ocorra a troca de gás carbônico por oxigênio. Sistema da aorta (sangue oxigenado): a artéria aorta sai do ventrículo esquerdo e ramifica-se na porção ascendente em duas artérias coronárias, uma direita e outra esquerda que vão irrigar o coração. Logo em seguida a artéria aorta encurva-se formando um arco para a esquerda dando origem a três artérias (artérias da curva da aorta) sendo elas: - Tronco braquiocefálico arterial - Artéria carótida comum esquerda - Artéria subclávia esquerda www.ctpac.com.br
  • 8. 7 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. O tronco braquiocefálico arterial origina duas artérias: - Artéria carótida comum direita - Artéria subclávia direita FONTE: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. www.ctpac.com.br
  • 9. 8 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO Artéria carótida comum (esquerda ou direita): esta artéria se ramifica em: Artéria carótida interna (direita ou esquerda) Artéria carótida externa (direita ou esquerda) Artéria carótida interna: penetra no crânio através do canal carotídeo dando origem a três ramos colaterais: artéria oftálmica, artéria comunicante posterior e artéria coriódea posterior. E mais dois ramos terminais: artéria cerebral anterior e artéria cerebral média. Artéria carótida externa: irriga pescoço e face. Seus ramos colaterais são: artéria tireoide superior, a. lingual, a. facial, a. occipital, a. auricular posterior e a. faríngea ascendente. Seus ramos terminais são: artéria temporal e artéria maxilar.  Sistema Venoso É constituído por tubos chamados de veias que tem como função conduzir o sangue dos capilares para o coração. As veias, também como as artérias, pertencem a grande e a pequena circulação. O circuito que termina no átrio esquerdo através das quatro veias pulmonares trazendo sangue arterial dos pulmões chama-se de pequena circulação ou circulação pulmonar. E o circuito que termina no átrio direito através das veias cavas e do seio coronário retornando com sangue venoso chama-se de grande circulação ou circulação sistêmica. Em relação à forma: é variável quanto mais cheia mais cilíndrica e quanto mais vazia mais achatada. Fortemente distendidas apresentam a forma nodosa devido à presença de válvulas. Quanto ao calibre pode ser grande, médio ou pequeno calibre. Tributárias ou afluentes: sua formação aumenta conforme está chegando mais perto do coração pela confluência das tributárias. O leito venoso é praticamente o dobro do leito arterial. Situação: São classificadas em superficiais e profundas e também podem receber a denominação de viscerais e parietais dependendo de onde estão drenando se é na víscera ou em suas paredes. Válvulas: são pregas membranosas da camada interna da veia que tem forma de bolso. Algumas veias importantes do corpo humano: Veias da circulação pulmonar (ou pequena circulação): As veias que conduzem o sangue que retorna dos pulmões para o coração após sofrer a hematose (oxigenação), recebem o nome de veias pulmonares. São quatro veias pulmonares, duas para cada pulmão, uma direita superior e uma direita inferior, uma esquerda superior e uma esquerda inferior. As quatro veias pulmonares vão desembocar no átrio esquerdo. Estas veias são formadas pelas veias segmentares que recolhem sangue venoso dos segmentos pulmonares. Veias da circulação sistêmica (ou da grande circulação): duas grandes veias desembocam no átrio direito trazendo sangue venoso para o coração são elas veia cava superior e veia cava inferior. Temos também o seio coronário que é um amplo conduto venoso formado pelas veias que estão trazendo sangue venoso que circulou no próprio coração. Veia cava superior: origina-se dos dois troncos braquiocefálicos (ou veia braquiocefálica direita e esquerda). Cada veia braquiocefálica é constituída pela junção da veia subclávia (que recebe sangue do membro superior) com a veia jugular interna (que recebe sangue da cabeça e pescoço). A veia cava inferior é formada pelas duas veias ilíacas comuns que recolhem sangue da região pélvica e dos membros inferiores. O seio coronário recebe sangue de três principais veias do coração: veia cardíaca magna, veia cardíaca média e veia cardíaca parva ou menor. CORAÇÃO O coração é um órgão oco, formado por um tipo especial de músculo, o músculo estriado cardíaco, que só existe nele e não obedece a comandos voluntários. Essa musculatura é chamada de Miocárdio e está recoberta interna e externamente por membranas, que são finas camadas de tecido. A membrana interna do miocárdio é o endocárdio, e a externa é o epicárdio. O coração fica dentro de um saco fibroso, o pericárdio, que tem função de protegêlo e fixá-lo. Anatomicamente, o coração se localiza no tórax, atrás do osso esterno, no espaço chamado de mediastino, situado entre os dois pulmões. O coração tem o www.ctpac.com.br
  • 10. 9 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO trabalho de impulsionar o sangue, através do sistema de vasos sanguíneos, a todos os locais do corpo. Dessa forma podemos observar duas etapas no trabalho do coração:  A Sístole, momento em que o coração se contrai, expulsando o sangue para as artérias;  A Diástole, quando o coração se relaxa, enchendo-se passivamente com o sangue das veias. Essas etapas se sucedem gradativamente num movimento de sístole – diástole – sístole – diástole..., provocando assim a circulação do sangue. O coração não é simplesmente um grande saco muscular contrátil oco, pois, se assim fosse, haveria a mistura do sangue arterial com o venoso da grande e pequena circulação. Essa mistura não ocorre exatamente porque o coração humano, após o nascimento, tem quatro cavidades, a saber:  Dois Átrios, um esquerdo e um direito, situados acima e atrás no coração. Essa localização é determinada pela forma e pela posição do coração: um cone com base para cima, situado de modo oblíquo no mediastino, tendo a ponta voltada para frente, para baixo e para a esquerda. O átrio direito recebe o sangue da circulação pulmonar;  Dois ventrículos, também um direito e um esquerdo, localizados embaixo e na frente dos átrios. O ventrículo direito impulsiona o sangue para a circulação pulmonar e o esquerdo para a circulação sistêmica. Cada átrio comunica-se com o ventrículo por meio de uma estrutura denominada Valva. Popularmente chamada de válvula. Elas são formadas por duas ou três partes, as cúspides. Do lado direito do coração temos a Valva tricúspide. E do lado esquerdo nos temos a Valva bicúspide (mitral). Os ventrículos expulsam o sangue por meio das artérias. A artéria Pulmonar expulsa o sangue do ventrículo direito para os pulmões, e a artéria aorta, do ventrículo esquerdo para a grande circulação. Ambas possuem valvas em sua origem, tanto a valva pulmonar como a aorta tem três cúspides. CAMINHO DO SANGUE NO CORAÇÃO O sangue venoso chega ao coração vindo da circulação sistêmica por duas grandes veias: a veia cava superior e inferior, que se abrem no átrio direito. O sangue passa pela valva tricúspide e chega ao ventrículo direito. Ocorre então uma sístole, e o sangue é ejetado pela artéria pulmonar que vai do ventrículo direito até os pulmões. Este é o início da pequena circulação. Nos alvéolos pulmonares ocorre a troca gasosa entre o gás carbônico e o oxigênio, e o sangue passa de venoso a arterial. O sangue volta então pelas veias pulmonares até o átrio esquerdo, passa pela valva mitral, para o ventrículo esquerdo e na próxima sístole, é impulsionado para a artéria aorta, iniciando a grande circulação. Assim, o sangue arterial é levado até a rede capilar de todos os tecidos, onde o oxigênio é absorvido pelas células e o sangue adquire gás carbônico, tornando-se venoso. O sangue venoso prossegue pelas veias até chegar novamente as veias cavas e daí ao átrio direito, dando início a mais um ciclo. Tudo isso só é possível devido a sístole cardíaca, que por sua vez só existe devido a presença de fibras especiais que promove contrações regulares do miocárdio. Estruturas essas chamadas de nó sinoatrial (marcapasso natural – átrio direito) e nó atrioventricular. CIRCULAÇÃO CORONARIANA Esse tipo de circulação ocorre devido à necessidade do coração de ser irrigado, e isso é feito pelas artérias coronárias e veias coronárias. Quando as artérias coronárias estão entupidas, ocorre o enfarto do miocárdio. CIRCULAÇÃO SISTÊMICA A circulação sistêmica ocorre para levar oxigênio dos pulmões para o corpo e retirar o gás carbônico encontrado no corpo e levá-lo aos pulmões para serem eliminados. www.ctpac.com.br
  • 11. 10 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO – A Artéria Aorta. A Artéria Aorta sai do ventrículo esquerdo levando o sangue que por meio de seus ramos, será distribuindo para o corpo. A Aorta subdivide-se em: duas artérias subclávias (no braço recebe o nome de braquial, no cotovelo se divide em radial e ulnar), duas artérias carótidas comuns, artéria renal, ilíaca interna e externa, femoral, poplítea (tibial anterior e a tibial posterior). DRENAGEM VENOSA A drenagem do sangue é feita pelas veias, visto que as mesmas possuem válvulas que impedem o refluxo de sangue, fazendo com que o mesmo flua no sentido do coração. No membro superior a drenagem é feita pelas veias cefálica e a basílica, na cabeça a drenagem é feita pelas veias jugulares externas e internas. No membro inferior temos a safena magna (mais longa do corpo – geralmente é retirada e usada como enxerto, formando um caminho alternativo para regiões de vasos sanguíneos que estão obstruídas) e a safena parva, e a femoral. O sangue do intestino é drenado pela veia porta. DRENAGEM LINFÁTICA Quando o sangue passa nos capilares, ocorre uma perda de líquido que vai para o interstício, que as veias não dão conta de recolher. Esse líquido é chamado de Linfa, é então drenado por um sistema de vasos especiais, os vasos linfáticos, que são estruturas com fundo cego, ou seja, com a forma de dedo de luva. CIRCULAÇÃO FETAL Entre 27° e 37°dias, inicia-se a formação dos septos interatrial e interventricular, com formação e manutenção do forame oval entre os átrios. Entre a 6ª e a 9ª semanas gestacionais, verificase o desenvolvimento das válvulas cardíacas. Placenta: “pulmão fetal”; vilosidades da porção fetal, que contém pequenos ramos das 2 artérias e da veia umbilical, projetam-se para o interior da porção materna. A maior parte do sangue oxigenado que chega ao coração pela veia umbilical e pela veia cava inferior é desviada através do forame oval e bombeada da aorta para a cabeça, ao passo que a maior parte do sangue desoxigenado que retorna pela veia cava superior é bombeada, através da artéria pulmonar e do ducto arterial, para os pés e para as artérias umbilicais. Na circulação fetal verificam-se 3 shunts: Ducto Venoso, Forame Oval e Ducto Arterial. CIRCULAÇÃO E RESPIRAÇÃO FETAL Particularidades da Circulação fetal: A placenta é formada nas primeiras semanas, sendo responsável por: nutrição, respiração e eliminação de substâncias tóxicas. Ela está unida ao feto, através do cordão umbilical, neste encontramos duas artérias e uma veia. A veia umbilical conduz sangue rico em oxigênio e nutrientes da placenta ao feto. Ela penetra nesse feto pelo umbigo, ascende pela parede anterior do abdômen até próximo ao fígado. Neste momento, se ramifica. Dois vasos desta ramificação penetram no fígado, e um terceiro (maior) une a veia umbilical à veia cava inferior. Este é denominado ducto venoso. O sangue vindo da placenta chegará direta (pelo ducto venoso) ou indiretamente (através do fígado) à veia cava inferior e esta desemboca no átrio direito. Dois terços desse sangue passam do átrio direito para o átrio esquerdo através de uma comunicação denominada de forame oval. Este sangue que se encontra no átrio esquerdo passa para o ventrículo esquerdo e sai pela artéria aorta, irrigando coração, membros superiores e cabeça. Este sangue, agora venoso, retorna pela veia cava superior, desembocando no átrio direito. Em conjunto com um terço de sangue que aqui ficou, passa para o ventrículo direito, saindo pela artéria pulmonar. Como os pulmões estão inativos (em desenvolvimento) o sangue passa para a artéria aorta através de uma comunicação denominada ducto arterial indo irrigar o restante do corpo fetal. Após o metabolismo fetal, o sangue, agora rico em produtos tóxicos, retorna à placenta através de duas artérias umbilicais. www.ctpac.com.br
  • 12. 11 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO Mudanças na Ocasião do Nascimento: Em questão de horas, na ocasião do nascimento, as paredes da veia umbilical se colapsam por não haver mais sangue circulando. Em questão de semanas, a veia umbilical forma um ligamento, o ligamento redondo do fígado. As artérias umbilicais colapsam e formam os ligamentos umbilicais mediais (entre 2 a 3 meses). O forame oval apresenta um fechamento funcional por causa do equilíbrio de pressão das cavidades direita e esquerda. Normalmente, até um ano de idade, ocorre um fechamento anatômico, o qual é chamado de fossa oval. Em questão de semanas a dois meses, os ductos constituem os ligamentos venoso e arterial (ambos sem função alguma). 3. SISTEMA RESPIRATÓRIO INTRODUÇÃO O Sistema respiratório é essencial à vida. É por esse sistema que o organismo recebe o oxigênio e elimina o gás carbônico. Para realizar esse trabalho, o sistema é composto por duas partes:  Uma porção condutora, constituída pelas vias aéreas, que leva o ar do ambiente para dentro dos pulmões e também conduz o ar rico em Co2 para fora do corpo;  Uma porção respiratória, nos pulmões, que realiza trocas gasosas.  Além disso, o sistema respiratório tem outras estruturas que também desempenham funções importantes. São elas:  As pleuras, que revestem os pulmões;  Os músculos respiratórios, que realizam os movimentos responsáveis pela entrada e saída de ar das vias respiratórias; VIAS AÉREAS As Vias aéreas são estruturas que compõem o trajeto tubular por onde o ar passa, desde que entra em nosso organismo até chegar aos alvéolos. Nos pulmões, onde ocorre a troca gasosa. É também por esse mesmo trajeto que o ar sai do nosso corpo para o ambiente, no momento da expiração. Além de conduzir o ar, as vias aéreas ainda o aquecem e o umidificam, o que é muito importante para o bom funcionamento do pulmão. As vias aéreas são formadas por: SUPERIORES – nariz, fossas nasais, faringe; INFERIORES – laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos. I. Fossas Nasais As fossas nasais também chamadas de cavidades nasais constituem a primeira parte das vias aéreas. Elas se abrem externamente pelas narinas, situadas no nariz, um órgão composto de ossos e cartilagens. Os pêlos existentes no nariz são chamados de vibrissas. Sua abertura é formada pelas asas do nariz e pelo septo nasal. A cavidade nasal é forrada por uma membrana mucosa cujas células possuem cílios que se mexem ritmicamente e ajudam na limpeza do ar, retendo suas impurezas, no muco que elas produzem. Nas partes laterais das fossas nasais estão às conchas, entre as conchas os seios paranasais. A Inflamação da mucosa dos seios paranasais é a sinusite. II. Faringe Por meio das coanas, as fossas nasais se abrem para a faringe, um espaço situado posteriormente as fossas nasais, a boca e a laringe. A faringe pertence tanto ao sistema respiratório quanto ao digestório, e é nela que ocorre o cruzamento aéreo-digestivo, onde a comida é deglutida, passa pelo mesmo local em que o ar é inspirado. É isso que pode provocar o engasgo, ou seja, a entrada de alimento no trato respiratório, quando a pessoa fala e deglute ao mesmo tempo. III. Laringe. www.ctpac.com.br
  • 13. 12 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO Depois de passar pela faringe, o ar chega à laringe – uma estrutura formada por várias cartilagens, com importante função na fonação (falar), já que é nela que se encontram as cordas vocais. IV. Traqueia. A traqueia é um tubo cilíndrico reto, formado por 16 a 20 anéis de cartilagem em forma de C, com a abertura para trás e fechado por uma camada de músculo liso. No seu ponto final a traqueia se divide num ponto chamado Carina, dando origem aos brônquios primários. V. Brônquios e bronquíolos. Os brônquios primários são dois, um direito e um esquerdo, sendo um para cada pulmão. Nos pulmões eles se subdividem em brônquios secundários ou lobares, assim chamados porque correspondem aos lobos pulmonares. Os brônquios secundários são cinco, sendo três para o pulmão direito e dois para o esquerdo. Após várias divisões dos brônquios, surgem os bronquíolos, com aproximadamente 1 mm de espessura e que, por sua vez, também se subdividem, até surgirem os bronquíolos respiratórios, que tem alvéolos em sua parede. CONDICIONAMENTO DO AR NAS VIAS AÉREAS. Ao entrar pelas narinas, o ar encontra seu primeiro obstáculo: as vibrissas, que filtram partículas maiores de poeira e até pequenos insetos que ficam presos. Em seguida, o ar entra na cavidade nasal, onde encontra uma mucosa coberta por um muco que vai umidificar o ar e segurar, por aderência, as partículas menores que tenham passado pelas vibrissas. Mais tarde, esse muco será varrido pelos cílios, indo do epitélio para a faringe, onde será deglutido. Na cavidade nasal, o ar vibra ao passar pelas conchas, o que vai aumentar o seu contato com a mucosa vascularizada e fazê-lo aquecer. Passando pela faringe, ocorre o cruzamento aéreodigestivo, onde novos perigos se apresentam para o sistema respiratório, pois pedaços de alimento podem cair nas partes mais profundas das vias aéreas, causando lesões. Para evitar isso, possuímos vários mecanismos de defesa. Um desses mecanismos é o da contração da laringe, que diminui a luz (cavidade existente nos órgãos ocos) e o outro é a tosse, que expulsa objetos indesejáveis. Além desses mecanismos, temos ainda o importante papel da epiglote: quando deglutimos, a laringe é tracionada para cima e sua entrada é comprimida contra a epiglote, que se fecha parcialmente. Na traquéia, nos brônquios e nos bronquíolos as células ciliadas levam o muco para cima, na direção da faringe, para ser deglutido. No caso dos fumantes, muitos desses cílios se perdem em virtude da ação nociva da fumaça sobre o epitélio do trato respiratório, o que dificulta a eliminação do muco, levando ao acúmulo de secreções e ao desagradável pigarro. Esse acúmulo de secreções e a não eliminação de substâncias potencialmente perigosas deixam a porção inferior do sistema respiratório dos fumantes especialmente desprotegidas, porque irritam a mucosa e funcionam como nutrição para micro-organismos, favorecendo infecções. VI. PULMÕES. São órgãos alongados, de aparência esponjosa, divididos em partes denominadas lobos. São dois lobos no pulmão esquerdo (superior e inferior) e três no direito (superior, médio e inferior). Os pulmões são revestidos externamente por uma membrana dupla: a pleura, que tem função de proteger e permitir o deslizamento dois pulmões durante a respiração. A pleura tem um folheto parietal – membrana em contato com as costelas- e um visceral – membrana em contato com os pulmões. Entre esses dois folhetos há um espaço pleural, preenchido pelo líquido pleural, que atua como lubrificante. Os pulmões são constituídos por imensa quantidade de alvéolos – mais de 500 milhões – aos quais chega o ar que passa pelos bronquíolos. Se pudéssemos esticar todos os alvéolos e medir a superfície assim obtida, chegaríamos a 100m2, aproximadamente. Os alvéolos são responsáveis pela troca gasosa (hematose), onde o ar com gás carbônico é eliminado e o ar com o oxigênio é levado para os tecidos pelo sangue. - Conceito e divisão das pleuras: A pleura envolve o pulmão, e apresenta dois folhetos: pleura parietal (voltada para estruturas adjacentes: costelas, diafragma e órgãos do mediastino) e pleura visceral www.ctpac.com.br
  • 14. 13 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO (voltada para o pulmão). Entre os 02 folhetos há uma cavidade pleural de pressão negativa com um filme líquido pleural (10 ml). MECÂNICA RESPIRATÓRIA A caixa torácica é relativamente rígida e tem o músculo diafragma em sua abertura inferior. Quando o diafragma se contrai, ele baixa e o volume da caixa torácica aumenta. Esse aumento de volume faz com que a pressão interna na caixa torácica diminua, tornando-se menor que a do ar atmosférico. Isso faz com que o ar penetre pelas vias aéreas para igualar a pressão, e aí ocorre uma inspiração. O processo de expiração é um pouco diferente: o diafragma se relaxa e a elasticidade pulmonar diminui o volume torácico, fazendo com que o ar seja expulso pelas vias aéreas. Observações anatomo-funcionais e clínicas:  A traqueotomia é um tratamento algumas vezes empregado quando da obstrução respiratória (abertura abaixo do 3º anel traqueal), para o não cirurgião, é preferível uma cricotireotomia.  Na toracocentose aplica-se uma agulha através de um espaço intercostal na cavidade pleural, para obter uma amostra do líquido pleural ou remover sangue ou pus.  No tratamento de câncer pulmonar, a pneumonectomia (retira pulmão inteiro), lobectomia ou segmentectomia, são procedimentos que obriga o acadêmico ter o conhecimento e compreensão da árvore brônquica.  Pleura visceral insensível à dor (S.N. Visceral), pleura parietal sensível à dor (S.N. Somático) 4. SISTEMA DIGESTÓRIO INTRODUÇÃO Quando ingerimos qualquer alimento, o sistema digestório transforma esse alimento em substâncias microscópicas, que recebem o nome genérico de nutrientes e incluem as proteínas, os lipídios os carboidratos, as vitaminas e os sais minerais. Esses nutrientes são então absorvidos por órgãos do sistema digestório, para serem utilizados na estruturação de nossas células e tecidos e na produção da energia necessária as suas funções. O tubo do sistema digestório leva o alimento da boca até o ânus, transformando-o durante todo o caminho e preparando-o para a absorção nas partes mais distais. Ele é composto pelos seguintes órgãos: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus. Já as glândulas anexas despejam suas secreções no tubo digestivo, ajudando a transformar o alimento. São elas: as glândulas salivares, o fígado e o pâncreas. I. BOCA A boca, ou cavidade oral é a primeira parte do tubo digestivo. É por ela que o alimento entra em estado bruto, é cortado, triturado e sofre a ação enzimática da saliva. Externamente ela é limitada pelos lábios e bochechas, superiormente pelo palato e inferiormente pelo assoalho. Na parte posterior, a boca se comunica com a faringe. Na boca as estruturas auxiliadoras da digestão são os dentes e a língua, juntamente com as glândulas salivares. - Características dos dentes Os dentes são estruturas duras, calcificadas, presas ao maxilar superior e mandíbula, cuja atividade principal é a mastigação. Estão implicados, de forma direta, na articulação das linguagens. Os nervos sensitivos e os vasos sanguíneos do centro de qualquer dente estão protegidos por várias camadas de tecido. A mais externa, o esmalte, é a substância mais dura. Sob o esmalte, circulando a polpa, da coroa até a raiz, está situada uma camada de substância óssea chamada dentina. A cavidade pulpar é ocupada pela polpa dental, um tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e inervado. Um tecido duro chamado cemento separa a raiz do ligamento peridental, que prende a raiz e liga o dente à gengiva e à mandíbula, na estrutura e composição química assemelha-se ao osso; dispõe-se como uma fina camada sobre as raízes dos dentes. Através de um orifício aberto na extremidade da raiz, penetram vasos sanguíneos, nervos e tecido conjuntivo. www.ctpac.com.br
  • 15. 14 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO - Tipos de dentes Em sua primeira dentição, o ser humano tem 20 peças que recebem o nome de dentes de leite. À medida que os maxilares crescem, estes dentes são substituídos por outros 32 do tipo permanente. As coroas dos dentes permanentes são de três tipos: os incisivos, os caninos ou presas e os molares. Os incisivos têm a forma de cinzel para facilitar o corte do alimento. Atrás dele, há três peças dentais usadas para rasgar. A primeira tem uma única cúspide pontiaguda. Em seguida, há dois dentes chamados pré-molares, cada um com duas cúspides. Atrás ficam os molares, que têm uma superfície de mastigação relativamente plana, o que permite triturar e moer os alimentos. - A língua A língua movimenta o alimento empurrando-o em direção a garganta, para que seja engolido. Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários: amargo (A), azedo ou ácido (B), salgado (C) e doce (D). De sua combinação resultam centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro tipos de receptores gustativos, na superfície da língua, não é homogênea. FONTE: http://www.webciencia.com/11_06dente.htm As glândulas salivares A presença de alimento na boca, assim como sua visão e cheiro, estimulam as glândulas salivares a secretar saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, além de sais e outras substâncias. A amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os em moléculas de maltose (dissacarídeo). Três pares de glândulas salivares lançam sua secreção na cavidade bucal: parótida, submandibular e sublingual.  Glândula parótida - Com massa variando entre 14 e 28 g, é a maior das três; situa-se na parte lateral da face, abaixo e adiante do pavilhão da orelha.  Glândula submandibular - É arredondada, mais ou menos do tamanho de uma noz.  Glândula sublingual - É a menor das três; fica abaixo da mucosa do assoalho da boca. O sais da saliva neutralizam substâncias ácidas e mantêm, na boca, um pH neutro (7,0) a levemente ácido (6,7), ideal para a ação da ptialina. O alimento, que se transforma em bolo alimentar, é empurrado pela língua para o fundo da faringe, sendo encaminhado para o esôfago, impulsionado pelas ondas peristálticas (como mostra a figura do lado esquerdo), levando entre 5 e 10 segundos para percorrer o esôfago. Através dos peristaltismo, você pode ficar de cabeça para baixo e, mesmo assim, seu alimento chegará ao intestino. Entra em ação um mecanismo para fechar a laringe, evitando que o alimento penetre nas vias respiratórias. Quando a cárdia (anel muscular, esfíncter) se relaxa, permite a passagem do alimento para o interior do estômago. II. FARINGE www.ctpac.com.br
  • 16. 15 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO É um órgão muscular situado posteriormente às cavidades nasais, à boca, e à laringe, com a forma de um tubo de aproximadamente 12 cm de comprimento. Sua função é conduzir o bolo alimentar para o esôfago, embora ela também atenda ao sistema respiratório. A faringe é rica em tecido linfoide, ou seja, células do sistema imunológico que protegem o nosso organismo das infecções. É esse tecido, inclusive, que constitui as tonsilas palatinas, popularmente chamadas de amídalas, e a tonsila faríngea, conhecida vulgarmente como adenoide. III. ESÔFAGO É um órgão muscular cilíndrico, em forma de tubo, de aproximadamente 25cm de comprimento, que atravessa o pescoço e o tórax e passa por uma abertura do diafragma, penetrando no abdome, onde tem uma pequena porção. O esôfago conduz o bolo alimentar por meio de movimentos ondulatórios chamados de movimentos peristálticos, que empurram o alimento para adiante, no tubo digestivo. O bolo alimentar leva de 5 a 10 segundos para percorrê-lo. IV. ESTÔMAGO Do esôfago, o bolo alimentar chega ao estômago, que é uma dilatação do tubo digestivo. Ele se localiza logo abaixo do diafragma, projetando-se medianamente e à esquerda, na parte superior do abdome. O estômago serve como reservatório para alimentos ingerido, que ali são armazenados e misturados com as secreções gástricas. Forma-se, assim uma massa semilíquida denominada quimo, que vai sendo progressivamente liberada para o intestino delgado, de acordo com sua capacidade de absorção. O estômago está dividido em cinco partes, e segmentos, são elas:  Cárdia, a região em que ele se junta ao esôfago;  Corpo, a porção central, onde ocorre secreção de enzimas digestivas que se misturam com o bolo alimentar;  Fundo, porção mais alta, que serve como reservatório;  Antro, porção mais distal, que ajuda na mistura do alimento com as secreções para produzir o quimo;  Piloro, que é um esfíncter, um músculo circular. Sua função é regular a velocidade de saída do quimo para o intestino delgado. O estômago produz o suco gástrico, um líquido claro, transparente, altamente ácido, que contêm ácido clorídrico, muco, enzimas e sais. O ácido clorídrico mantém o pH do interior do estômago entre 0,9 e 2,0. Também dissolve o cimento intercelular dos tecidos dos alimentos, auxiliando a fragmentação mecânica iniciada pela mastigação. A pepsina, enzima mais potente do suco gástrico, é secretada na forma de pepsinogênio. Como este é inativo, não digere as células que o produzem. Por ação do ácido clorídrico, o pepsinogênio, ao ser lançado na luz do estômago, transforma-se em pepsina, enzima que catalisa a digestão de proteínas. A pepsina, ao catalisar a hidrólise de proteínas, promove o rompimento das ligações peptídicas que unem os aminoácidos. Como nem todas as ligações peptídicas são acessíveis à pepsina, muitas permanecem intactas. Portanto, o resultado do trabalho dessa enzima são oligopeptídeos e aminoácidos livres. A renina, enzima que age sobre a caseína, uma das proteínas do leite, é produzida pela mucosa gástrica durante os primeiros meses de vida. Seu papel é o de flocular a caseína, facilitando a ação de outras enzimas proteolíticas. A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a protege da agressão do suco gástrico, bastante corrosivo. Apesar de estarem protegidas por essa densa camada de muco, as células da mucosa estomacal são continuamente lesadas e mortas pela ação do suco gástrico. Por isso, a mucosa está sempre sendo regenerada. Estima-se que nossa superfície estomacal seja totalmente reconstituída a cada três dias. Eventualmente ocorre desequilíbrio entre o ataque e a proteção, o que resulta em inflamação difusa da mucosa (gastrite) ou mesmo no aparecimento de feridas dolorosas que sangram (úlceras gástricas). A mucosa gástrica produz também o fator intrínseco, necessário à absorção da vitamina B12. O bolo alimentar pode permanecer no estômago por até quatro horas ou mais e, ao se misturar ao suco gástrico, auxiliado pelas contrações da musculatura estomacal, transforma-se em uma massa cremosa acidificada e semilíquida, o quimo. Passando por um esfíncter muscular (o piloro), o www.ctpac.com.br
  • 17. 16 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO quimo vai sendo, aos poucos, liberado no intestino delgado, onde ocorre a maior parte da digestão. V. INTESTINO DELGADO O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm de diâmetro e pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm). A porção superior ou duodeno tem a forma de ferradura e compreende o piloro, esfíncter muscular da parte inferior do estômago pela qual este esvazia seu conteúdo no intestino. A digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas primeiras porções do jejuno. No duodeno atua também o suco pancreático, produzido pelo pâncreas, que contêm diversas enzimas digestivas. Outra secreção que atua no duodeno é a bile, produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar. O pH da bile oscila entre 8,0 e 8,5. Os sais biliares têm ação detergente, emulsificando ou emulsionando as gorduras (fragmentando suas gotas em milhares de microgotículas). O suco pancreático, produzido pelo pâncreas, contém água, enzimas e grandes quantidades de bicarbonato de sódio. O pH do suco pancreático oscila entre 8,5 e 9. Sua secreção digestiva é responsável pela hidrólise da maioria das moléculas de alimento, como carboidratos, proteínas, gorduras e ácidos nucleicos. A amilase pancreática fragmenta o amido em moléculas de maltose; a lípase pancreática hidrolisa as moléculas de um tipo de gordura – os triacilgliceróis, originando glicerol e álcool; as nucleases atuam sobre os ácidos nucleicos, separando seus nucleotídeos. O suco pancreático contém ainda o tripsinogênio e o quimiotripsinogênio, formas inativas em que são secretadas as enzimas proteolíticas tripsina e quimiotripsina. Sendo produzidas na forma inativa, as proteases não digerem suas células secretoras. Na luz do duodeno, o tripsinogênio entra em contato com a enteroquinase, enzima secretada pelas células da mucosa intestinal, convertendo-se em tripsina, que por sua vez contribui para a conversão do precursor inativo quimiotripsinogênio em quimiotripsina, enzima ativa. A tripsina e a quimiotripsina hidrolisam polipeptídios, transformando-os em oligopeptídeos. A pepsina, a tripsina e a quimiotripsina rompem ligações peptídicas específicas ao longo das cadeias de aminoácidos. A mucosa do intestino delgado secreta o suco entérico, solução rica em enzimas e de pH aproximadamente neutro. Uma dessas enzimas é a enteroquinase. Outras enzimas são as dissacaridades, que hidrolisam dissacarídeos em monossacarídeos (sacarase, lactase, maltase). No suco entérico há enzimas que dão sequência à hidrólise das proteínas: os oligopeptídeos sofrem ação das peptidases, resultando em aminoácidos. TABELA DE ENZIMAS DIGESTIVAS/LOCAIS DE AÇÃO/SUBSTRATO No intestino, as contrações rítmicas e os movimentos peristálticos das paredes musculares, movimentam o quimo, ao mesmo tempo em que este é atacado pela bile, enzimas e outras secreções, sendo transformado em quilo. A absorção dos nutrientes ocorre através de mecanismos ativos ou passivos, nas regiões do jejuno e do íleo. A superfície interna, ou mucosa, dessas regiões, www.ctpac.com.br
  • 18. 17 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO apresenta, além de inúmeros dobramentos maiores, milhões de pequenas dobras (4 a 5 milhões), chamadas vilosidades; um traçado que aumenta a superfície de absorção intestinal. As membranas das próprias células do epitélio intestinal apresentam, por sua vez, dobrinhas microscópicas denominadas microvilosidades. O intestino delgado também absorve a água ingerida, os íons e as vitaminas. Os nutrientes absorvidos pelos vasos sanguíneos do intestino passam ao fígado para serem distribuídos pelo resto do organismo. Os produtos da digestão de gorduras (principalmente glicerol e ácidos graxos isolados) chegam ao sangue sem passar pelo fígado, como ocorre com outros nutrientes. Nas células da mucosa, essas substâncias são reagrupadas em triacilgliceróis (triglicerídeos) e envelopadas por uma camada de proteínas, formando os quilomícrons, transferidos para os vasos linfáticos e, em seguida, para os vasos sanguíneos, onde alcançam as células gordurosas (adipócitos), sendo, então, armazenados. VI. INTESTINO GROSSO É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus. Mede cerca de 1,5 m de comprimento e dividese em ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmoide e reto. A saída do reto chama-se ânus e é fechada por um músculo que o rodeia, o esfíncter anal.  Ceco, porção inicial onde os restos do quilo não absorvido passam do intestino delgado para o grosso pela válvula ileocecal. É aí que fica o apêndice vermiforme, rico me tecido linfoide e cuja função nos seres humanos não está bem determinada.  Colo, a maior parte do intestino grosso, onde ocorre a absorção de sais minerais e água, reduzindo o volume do bolo fecal.  Reto, a parte terminal do intestino grosso, onde o resto do quilo não absorvido, e já sob a ação de bactérias que habitam a flora intestinal, é eliminado pelo ânus, na forma de fezes. Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu trabalho consiste em dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, reforçar o movimento intestinal e proteger o organismo contra bactérias estranhas, geradoras de enfermidades. As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem absorvidas, contribuindo com porcentagem significativa da massa fecal. Como retêm água, sua presença torna as fezes macias e fáceis de serem eliminadas. O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos, normalmente só absorve água, em quantidade bastante consideráveis. Como o intestino grosso absorve muita água, o conteúdo intestinal se condensa até formar detritos inúteis, que são evacuados. VII. GLÂNDULAS ANEXAS - Pâncreas O pâncreas é uma glândula mista, de mais ou menos 15 cm de comprimento e de formato triangular, localizada transversalmente sobre a parede posterior do abdome, na alça formada pelo duodeno, sob o estômago. O pâncreas é formado por uma cabeça que se encaixa no quadro duodenal, de um corpo e de uma cauda afilada. A secreção externa dele é dirigida para o duodeno pelos canais de Wirsung e de Santorini. O canal de Wirsung desemboca ao lado do canal colédoco na ampola de Vater. O pâncreas comporta dois órgãos estreitamente imbricados: pâncreas exócrino e o endócrino. - Fígado É o maior órgão interno, e é ainda um dos mais importantes. É a mais volumosa de todas as vísceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto, e na mulher adulta entre 1,2 e 1,4 kg. Tem cor arroxeada, superfície lisa e recoberta por uma cápsula própria. Está situado no quadrante superior direito da cavidade abdominal. O tecido hepático é constituído por formações diminutas que recebem o nome de lobos, compostos por colunas de células hepáticas ou hepatócitos, rodeadas por canais diminutos (canalículos), pelos quais passa a bile, secretada pelos hepatócitos. Estes canais se unem para formar o ducto hepático que, www.ctpac.com.br
  • 19. 18 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO junto com o ducto procedente da vesícula biliar, forma o ducto comum da bile, que descarrega seu conteúdo no duodeno. As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as substâncias nutritivas e a excretar os materiais residuais e as toxinas, bem como esteroides, estrógenos e outros hormônios. O fígado é um órgão muito versátil. Armazena glicogênio, ferro, cobre e vitaminas. Produz carboidratos a partir de lipídios ou de proteínas, e lipídios a partir de carboidratos ou de proteínas. Sintetiza também o colesterol e purifica muitos fármacos e muitas outras substâncias. O termo hepatite é usado para definir qualquer inflamação no fígado, como a cirrose. Funções do fígado:  Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras ingeridas, facilitando, assim, a ação da lipase;  Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para formar glicogênio, que é armazenado; nos momentos de necessidade, o glicogênio é reconvertido em moléculas de glicose, que são relançadas na circulação;  Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células;  Metabolizar lipídeos;  Sintetizar diversas proteínas presentes no sangue, de fatores imunológicos e de coagulação e de substâncias transportadoras de oxigênio e gorduras;  Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na desintoxicação do organismo;  Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais, transformando sua hemoglobina em bilirrubina, o pigmento castanho-esverdeado presente na bile. Observações anatomo-funcionais e clínicas:  As posições das vísceras abdominais variam com o biotipo do indivíduo, com a gravidade, a postura, a respiração e o grau de enchimento.  O canal alimentar apresenta mecanismos esfinctéricos em áreas de junção: faringoesofágica, pilórica, ileocólica e anal.  Ocasionalmente, um pedaço remanescente do saco vitelino persiste no adulto como divertículo do íleo e pode conter conteúdo gástrico ou pancreático, sua inflamação pode simular uma apendicite.  Divertículos podem se desenvolver nos cólons (diverticulose) quando inflamados (diverticulite).  O apêndice vermiforme desenvolvido em primatas, no ser humano (pelo menos na criança) possui características de um órgão linfoide, sugerindo funções imunológicas. Fonte: http://biologiaconcursos.blogspot.com/2011/04/sistema-digestivo-ou.html www.ctpac.com.br
  • 20. 19 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO 5. SISTEMA EXCRETOR INTRODUÇÃO Sistema responsável pela eliminação das substâncias do organismo, filtrando o plasma e produzindo e excretando a urina - o principal líquido de excreção do organismo. É constituído por um par de rins, um par de ureteres, pela bexiga urinária e pela uretra; a) Rins: cor vermelho-escuro, forma de grão de feijão, possui milhões de néfrons, responsável pela filtração do plasma. b) Par de ureteres: levam a urina até bexiga. c) Bexiga: armazena a urina temporariamente. d) Uretra: elimina a urina, para o ambiente. FONTE: http://www.afh.bio.br/excret/img/excretor A- Morfologia Externa dos Rins: Órgão retroperitoneal, par com o peso de 140g, 12 cm de comprimento, 6 cm de largura e 3 cm de espessura, envolvido por uma cápsula fibrosa e situado à parede posterior do abdômen, de cada lado da coluna vertebral, entre as duas últimas vértebras torácicas e as três primeiras vértebras lombares. Observamos os seguintes acidentes: - Um polo superior, onde encontramos a glândula suprarrenal. - Um polo inferior. - Uma borda (margem) lateral. - Uma borda medial, na qual encontramos uma abertura denominada de hilo renal, que permite a passagem do pedículo renal. Os elementos deste pedículo são: artéria, veia, nervos, vasos linfáticos e ureter (atrás e em queda livre). www.ctpac.com.br
  • 21. 20 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO - Duas faces: anterior (voltada para as vísceras) e posterior (voltada para a parede posterior do abdômen). - Os rins estão envoltos por 03 membranas que servem como barreiras contra traumas e infecções: a cápsula fibrosa (interna), a cápsula adiposa (média) e a fáscia renal (mais externa, de paredes duplas), esta última, envolvendo o rim serve de sustentação deste à parede posterior do abdômen. B- Morfologia Interna dos Rins: Microscopicamente cada rim tem 900.000 a 1.200.000 néfrons, são as unidades mor Fo dos rins. Em um corte frontal ou coronal, observamos macroscopicamente os seguintes elementos: - Substância Cortical ou Córtex Renal: Parte periférica, clara e granular do rim. - Substância Medular do rim ou Pirâmides Renais: Parte central, fragmentada e lisa. As pirâmides são encontradas em cada rim em número de 8 a 12 projeções aproximadamente triangulares. As projeções de substância cortical entre pirâmides são denominadas de colunas renais. - Papila Renal: ápice da pirâmide renal. Nesta desembocam 20 a 25 canais coletores. Esta papila é envolvida por um dispositivo em forma de taça, denominado de Cálice Renal Menor. - Cálice Renal Maior: Reunião dos cálices menores são 2 a 3 cálices maiores em cada rim. - Pelve Renal: primeira parte do ureter, que é dilatada e formada pela reunião dos cálices maiores. FONTE: CD O CORPO HUMANO 2.0. Globo Multimídia. Os rins situam-se na parte dorsal do abdome, logo abaixo do diafragma, um de cada lado da coluna vertebral, nessa posição estão protegidos pelas últimas costelas e também por uma camada de gordura. Têm a forma de um grão de feijão enorme e possuem uma cápsula fibrosa, que protege o córtex - mais externo, e a medula - mais interna. Cada rim é formado de tecido conjuntivo, que sustenta e dá forma ao órgão, e por milhares ou milhões de unidades filtradoras, os néfrons, localizados na região renal. O néfron é uma longa estrutura tubular microscópica que possui, em uma das extremidades, uma expansão em forma de taça, denominada cápsula de Bowman (hoje cápsula Glomerular), que se conecta com o túbulo www.ctpac.com.br
  • 22. 21 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO contorcido proximal, que continua pela alça de Henle (hoje Alça Nefrítica) e pelo túbulo contorcido distal; este desemboca em um tubo coletor. São responsáveis pela filtração do sangue e remoção das excreções. C- Como funcionam os rins. O sangue chega ao rim através da artéria renal, que se ramifica muito no interior do órgão, originando grande número de arteríolas aferentes, onde cada uma ramifica-se no interior da cápsula de Glomerular do néfron, formando um enovelado de capilares denominado glomérulo de Malpighi (hoje Glomérulo Renal). Essa estrutura está presente no Néfron, que é uma longa estrutura tubular dividida em cinco partes. O sangue arterial é conduzido sob alta pressão nos capilares do glomérulo. Essa pressão, que normalmente é de 70 a 80 mmHg, tem intensidade suficiente para que parte do plasma passe para a cápsula de Glomerular, processo denominado filtração. Essas substâncias extravasadas para a cápsula de Glomerular constituem o filtrado glomerular, que é semelhante, em composição química, ao plasma sanguíneo, com a diferença de que não possui proteínas, incapazes de atravessar os capilares glomerulares. O filtrado glomerular passa em seguida para o túbulo contorcido proximal, cuja parede é formada por células adaptadas ao transporte ativo. Nesse túbulo, ocorre reabsorção ativa de sódio. A saída desses íons provoca a remoção de cloro, diminuindo a concentração do líquido dentro desse tubo (hipotônico) do que do plasma dos capilares que o envolvem. Com isso, quando o líquido percorre o ramo descendente da alça Nefrítica, há passagem de água por osmose do líquido tubular (hipotônico) para os capilares sanguíneos (hipertônicos) – ao que chamamos reabsorção. O ramo descendente percorre regiões do rim com gradientes crescentes de concentração. Consequentemente, ele perde ainda mais água para os tecidos, de forma que, na curvatura da alça de Henle, a concentração do líquido tubular é alta. Esse líquido muito concentrado passa então a percorrer o ramo ascendente da alça Nefrítica, que é formado por células impermeáveis à água e que estão adaptadas ao transporte ativo de sais. Nessa região, ocorre remoção ativa de sódio, ficando o líquido tubular hipotônico. Ao passar pelo túbulo contorcido distal, que é permeável à água, ocorre reabsorção por osmose para os capilares sanguíneos. Ao sair do néfron, a urina entra nos dutos coletores, onde ocorre a reabsorção final de água. Dessa forma, estima-se que em 24 horas são filtrados cerca de 180 litros de fluido do plasma; porém são formados apenas 1 a 2 litros de urina por dia, o que significa que aproximadamente 99% do filtrado glomerular é reabsorvido. Além desses processos gerais descritos, ocorre, ao longo dos túbulos renais, reabsorção ativa de aminoácidos e glicose. Desse modo, no final do túbulo distal, essas substâncias já não são mais encontradas. Os capilares que reabsorvem as substâncias úteis dos túbulos renais se reúnem para formar um vaso único, a veia renal, que leva o sangue para fora do rim, em direção ao coração. D- Regulação da função renal A regulação da função renal relaciona-se basicamente com a regulação da quantidade de líquidos do corpo. Havendo necessidade de reter água no interior do corpo, a urina fica mais concentrada, em função da maior reabsorção de água; havendo excesso de água no corpo, a urina fica menos concentrada, em função da menor reabsorção de água. O principal agente regulador do equilíbrio hídrico no corpo humano é o hormônio ADH (antidiurético), produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise. A concentração do plasma sanguíneo é detectada por receptores osmóticos localizados no hipotálamo. Havendo aumento na concentração do plasma (pouca água), esses osmorreguladores estimulam a produção de ADH. Esse hormônio passa para o sangue, indo atuar sobre os túbulos distais e sobre os túbulos coletores do néfron, tornando as células desses tubos mais permeáveis à água. Dessa forma, ocorre maior reabsorção de água e a urina fica mais concentrada. Quando a concentração do plasma é baixa (muita água), há inibição da produção do ADH e, consequentemente, menor absorção de água nos túbulos distais e coletores, possibilitando a excreção do excesso de água, o que torna a urina mais diluída. www.ctpac.com.br
  • 23. 22 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO FONTE: GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 1981. Certas substâncias, como é o caso do álcool, inibem a secreção de ADH, aumentando a produção de urina, juntamente com ele existe um Hormônio produzido pelo coração que promove a liberação de água pelos rins desobstruindo os vasos sanguíneos tornando mais eficaz a eliminação do álcool, esse hormônio é o FAN (Fator Atrial Natriurético). Além do ADH e do FAN, há outro hormônio participante do equilíbrio hidro-iônico do organismo: a aldosterona, produzida nas glândulas suprarrenais. Ela aumenta a reabsorção ativa de sódio nos túbulos renais, possibilitando maior retenção de água no organismo. A produção de aldosterona é regulada da seguinte maneira: quando a concentração de sódio dentro do túbulo renal diminui, o rim produz uma proteína chamada renina, que age sobre uma proteína produzida no fígado e encontrada no sangue denominada angiotensinogênio (inativo), convertendo-a em angiotensina (ativa). Essa substância estimula as glândulas suprarrenais a produzirem a aldosterona. FONTE: GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 1981. www.ctpac.com.br
  • 24. 23 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO E- A Eliminação de Urina - Ureter Os néfrons desembocam em dutos coletores, que se unem para formar canais cada vez mais grossos. A fusão dos dutos origina um canal único, denominado ureter, que deixa o rim em direção à bexiga urinária. - Bexiga urinária A bexiga urinária é uma bolsa de parede elástica, dotada de musculatura lisa, cuja função é acumular a urina produzida nos rins. Quando cheia, a bexiga pode conter mais de ¼ de litro (250 ml) de urina, que é eliminada periodicamente através da uretra. - Uretra A uretra é um tubo que parte da bexiga e termina, na mulher, na região vulvar e, no homem, na extremidade do pênis. Sua comunicação com a bexiga mantém-se fechada por anéis musculares - chamados esfíncteres. Quando a musculatura desses anéis relaxa-se e a musculatura da parede da bexiga contrai-se, urinamos. 6. METABOLISMO HIDROELÉTRICO Em condições de equilíbrio dinâmico, como as exigidas para a homeostasia, o volume total dos líquidos corporais e as quantidades totais de solutos e suas concentrações permanecem relativamente constantes. A ingestão de água deve ser cuidadosamente contrabalançada pelas perdas diárias que ocorrem a partir do organismo. A evaporação de líquido do trato respiratório e a difusão através da pele constituem as denominadas perdas insensíveis através da pele. O restante das perdas ocorre principalmente através das fezes, do suor e da urina excretada pelos rins constituindo as perdas sensíveis de água. Os líquidos corporais totais encontram-se distribuídos em dois compartimentos principais: o líquido extracelular e o líquido intracelular. Por sua vez, o líquido extracelular é subdividido em líquido intersticial e plasma sanguíneo. No ser humano adulto a água corresponde a cerca de 60% da massa corporal. À medida que o indivíduo envelhece, a porcentagem de líquido em relação à massa corporal diminui gradualmente. O líquido contido em cada célula tem sua própria mistura de diferentes constituintes; todavia, as concentrações destas substâncias são razoavelmente semelhantes de uma célula para outra. Os líquidos intersticiais possuem aproximadamente a mesma composição, exceto pelas proteínas, que são encontradas em maior concentração no plasma. O sangue contém tanto líquido extracelular (o líquido no plasma) quanto líquido intracelular (o líquido contido nos eritrócitos). Todavia, o sangue é considerado como um compartimento líquido separado, uma vez que é contido numa câmara própria, o sistema circulatório. O volume sanguíneo é especialmente importante no controle da dinâmica cardiovascular. O hematócrito refere-se à fração do sangue constituída pelos eritrócitos. Como o plasma e o líquido intersticial são separados apenas pelas membranas altamente permeáveis dos capilares, suas composições iônicas são semelhantes. Entretanto, o plasma apresenta maior concentração de proteínas. O líquido intracelular é separado do líquido extracelular por uma membrana celular seletiva que é altamente permeável a água, mas não à maioria dos eletrólitos existentes no organismo. A membrana celular mantém uma composição líquida no interior das células que é semelhante para as diferentes células do organismo. Em contraste com o líquido extracelular, o líquido intracelular contém apenas pequenas quantidades de íons sódio, cloreto e quase nenhum cálcio. Inversamente, contém grandes quantidades de íons potássio e fosfato. Um problema frequentemente observado no tratamento de pacientes gravemente enfermos reside na dificuldade de manter líquidos adequados no compartimento intracelular, no compartimento extracelular ou em ambos. As quantidades relativas de líquido extracelular distribuída entre o plasma e os espaços intersticiais são determinadas principalmente pelo equilíbrio das forças hidrostática e coloidosmótica através da membrana capilar. Por outro lado, a distribuição de líquido entre os compartimentos intracelular e extracelular é determinada principalmente pelo efeito osmótico dos solutos que atuam através da membrana celular. As membranas celulares são altamente permeáveis a água, de modo que o líquido intracelular permanece isotônico em relação ao líquido www.ctpac.com.br
  • 25. 24 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO extracelular. A osmose refere-se à difusão efetiva de água de uma região onde ela exista em alta concentração, para uma região em que esta concentração de água for menor. A osmose de moléculas de água através de uma membrana seletivamente permeável pode ser impedida pela aplicação de uma pressão em sentido oposto ao da osmose. A quantidade precisa de pressão necessária para impedir a osmose é denominada pressão osmótica. Quando uma célula é colocada numa solução de igual concentração ou isotônica, o volume da célula permanece inalterado. Quando uma célula é colocada numa solução de menor concentração, o volume da célula aumenta. Quando uma célula é colocada numa solução de maior concentração, o volume da célula diminui. Quando uma solução salina isotônica é adicionada ao líquido extracelular, não ocorre osmose através das membranas celulares. Quando adiciona-se uma solução hipertônica ao líquido extracelular ocorre osmose de água das células para o compartimento extracelular. Quando uma solução hipotônica é adicionada ao líquido extracelular, parte da água extracelular difunde-se para o interior das células até que os compartimentos intracelular e extracelular tenham a mesma osmolaridade. São administrados muitos tipos de soluções por via venosa com o objetivo de proporcionar nutrição a indivíduos que não podem ingerir quantidades adequadas de alimentos. Quando essas soluções são administradas, suas concentrações de substâncias osmoticamente ativas costumam ser ajustadas para torná-las quase isotônicas, ou são administradas com velocidade lenta o suficiente para não comprometer o equilíbrio osmótico dos líquidos corporais. O edema referese à presença de líquido em excesso nos tecidos corporais. Na maioria dos casos, o edema ocorre no compartimento de líquido extracelular. Duas condições exibem especial tendência a provocar edema intracelular: a depressão dos sistemas metabólicos dos tecidos e a falta de nutrição adequada para as células. Além disso, pode ocorrer edema intracelular em tecidos inflamados. Existem duas causas gerais de edema extracelular: o extravasamento normal de líquido do plasma para os espaços intersticiais através dos capilares e a incapacidade de os linfáticos levarem o líquido do interstício de volta ao sangue. Qualquer uma das alterações seguintes é capaz de aumentar a filtração capilar: aumento do coeficiente de filtração capilar, aumento da pressão hidrostática capilar ou diminuição da pressão coloidosmótica do plasma. Algumas das causas sistêmicas de edema extracelular são: retenção renal excessiva de sal e água, pressão venosa elevada (insuficiência cardíaca, obstrução venosa e falência das bombas venosas, paralisia dos músculos ou insuficiência das válvulas venosas), diminuição das proteínas plasmáticas, aumento da permeabilidade capilar e bloqueio do retorno linfático. As principais funções dos rins consistem em livrar o corpo dos produtos de degradação que são ingeridos ou produzidos pelo metabolismo e o controle do volume e da composição dos líquidos corporais. Entre as múltiplas funções dos rins, incluem-se a regulação do equilíbrio hidroeletrolítico, a regulação da osmolaridade dos líquidos corporais e das concentrações dos eletrólitos, a regulação do equilíbrio acidobásico, a excreção de produtos de degradação metabólica e substâncias químicas estranhas, a regulação da pressão arterial, a secreção de hormônios e a gliconeogênese. Em condições normais, o fluxo sanguíneo para os dois rins corresponde a 21% do débito cardíaco. A artéria renal penetra no rim através do hilo, juntamente com o ureter e a veia renal, e, a seguir, ramifica-se progressivamente para formar as artérias interlobares, artérias arqueadas, artérias interlobulares (também denominadas artérias radiais) e arteríolas aferentes, que desaguam nos capilares glomerulares nos glomérulos, onde grandes quantidades de líquidos e solutos (exceto as proteínas plasmáticas) são filtradas, dando início à formação da urina. As extremidades distais dos capilares de cada glomérulo coalescem para formar a arteríola eferente, que leva a uma segunda rede capilar, os capilares peritubulares, que circundam os túbulos renais. Os capilares peritubulares desaguam nos vasos do sistema venoso, que correm paralelamente aos vasos arteriolares, formando progressivamente a veia interlobular, a veia arqueada, a veia interlobar e a veia renal, que deixa o rim ao lado da artéria renal e ureter. O néfron é a unidade funcional do rim. No ser humano, cada rim é constituído de cerca de 1 milhão de néfrons, cada um dos quais é capaz de formar urina. Cada néfron possui dois componentes principais: um glomérulo (capilares glomerulares) através do qual grandes quantidades de líquidos são filtradas do sangue, e um longo túbulo no qual o líquido filtrado é convertido em urina no seu trajeto até a pelve renal. O glomérulo é constituído de uma rede de capilares glomerulares que se ramificam e se anastomosam; essa rede, quando comparada a outras redes capilares, apresenta elevada pressão hidrostática. Os capilares glomerulares são recobertos por células epiteliais, e o glomérulo como um todo encontra-se envolvido pela cápsula de Bowman. O líquido filtrado dos capilares glomerulares flui para o interior da cápsula de Bowman e, a seguir, para o túbulo proximal, situado no córtex renal. A partir do túbulo proximal, o líquido flui para www.ctpac.com.br
  • 26. 25 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO a alça de Henle, que mergulha na medula renal. Cada alça consiste num ramo descendente e num ramo ascendente. As paredes do ramo descendente e da extremidade inferior do ramo ascendente são muito finas, de modo que estes segmentos são conhecidos como segmento delgado da alça de Henle. Depois de o ramo ascendente da alça ter percorrido parte do trajeto de volta ao córtex, sua parede torna-se espessa como a de outras porções do sistema tubular, sendo portanto denominado segmento espesso do ramo ascendente. Na extremidade do ramo ascendente espesso existe um segmento curto que, na verdade, é uma placa na parede, conhecida como mácula densa. Depois da mácula densa, o líquido penetra no túbulo distal que, a exemplo do túbulo proximal, situa-se no córtex renal. Seguem-se o túbulo conector e o túbulo coletor cortical, que leva ao ducto coletor cortical. As porções iniciais de oito a 10 ductos coletores corticais juntam-se para formar um único ducto coletor maior que segue seu trajeto até a medula, passando a constituir o ducto coletor medular. Os ductos coletores unem-se para formar ductos progressivamente maiores que eventualmente deságuam na pelva renal através das extremidades das papilas renais. A formação da urina resulta da filtração glomerular, reabsorção tubular e secreção tubular. A intensidade da excreção urinária é igual à intensidade da filtração menos a intensidade da reabsorção mais a intensidade da secreção. A formação da urina começa com a filtração, a partir dos capilares glomerulares na cápsula de Bowman, de grande quantidade de líquido praticamente isento de proteínas. Quando o líquido filtrado deixa a cápsula de Bowman e passa pelos túbulos, ele é modificado pela reabsorção de água e solutos específicos de volta ao sangue ou pela secreção de outras substâncias dos capilares peritubulares para os túbulos. Para cada substância existente no plasma, ocorre uma combinação particular de filtração, reabsorção e secreção. A membrana dos capilares glomerulares é semelhante à de outros capilares,exceto pelo fato que possui três camadas principais (em lugar das duas habituais): o endotélio do capilar, uma membrana basal e uma camada de células epiteliais (podócitos) que circunda a superfície externa da membrana basal capilar. Em seu conjunto, estas camadas formam a barreira de filtração que, apesar de suas três camadas, filtra centenas de vezes mais água e solutos do que a membrana habitual dos capilares. Mesmo com essa elevada intensidade de filtração, a membrana capilar dos glomérulos normalmente impede a filtração das proteínas plasmáticas. O endotélio capilar apresenta milhares de pequenos orifícios denominados fenestras. Como estas fenestrações são relativamente grandes, o endotélio não atua como importante barreira para as proteínas plasmáticas. A membrana basal impede eficazmente a filtração de proteínas plasmáticas, em parte devido a fortes cargas elétricas associadas a proteoglicanos. A filtrabilidade dos solutos é determinada pelo seu tamanho e carga elétrica. As moléculas de carga negativa são filtradas menos facilmente que as moléculas de carga positiva. O aumento da pressão hidrostática na cápsula de Bowman diminui a filtração glomerular. O aumento da pressão coloidosmótica nos capilares glomerulares diminui a filtração glomerular. O aumento da pressão hidrostática nos capilares glomerulares aumenta a filtração glomerular. O fluxo sanguíneo nos vasos retos da medula renal é muito baixo em comparação com o fluxo no córtex renal. A ativação do sistema nervoso simpático diminui a filtração glomerular. Diversos hormônios e autacóides também podem influenciar a filtração glomerular e o fluxo sanguíneo renal. A norepinefrina, a epinefrina e a endotelina provocam constrição dos vasos sanguíneos renais e diminuição da filtração glomerular. A angiotensina II provoca constrição das arteríolas eferentes. O óxido nítrico proveniente do endotélio diminui a resistência vascular renal e aumenta a filtração glomerular. Outros vasodilatadores como a as prostaglandinas e a bradicinina também aumentam a filtração glomerular. Para que as células do corpo funcionem adequadamente, devem estar banhadas pelo líquido extracelular com uma concentração relativamente constante de eletrólitos e outros solutos. O rim normal tem a extraordinária capacidade de variar as proporções relativas de solutos e de água na urina em resposta a várias situações de desafio. Através desse mecanismo, os rins excretam o excesso de água através da formação de urina diluída. O nível do hormônio antidiurético ou vasopressina constitui o sinal que indica aos rins a necessidade de excretar urina diluída ou concentrada. Quando surge um déficit de água no organismo, o rim forma urina concentrada através da excreção contínua de solutos, enquanto a reabsorção de água aumenta, com a consequente diminuição do volume de urina formada. Embora múltiplos mecanismos controlem a quantidade de sódio e água excretada pelos rins, os principais sistemas de controle são o sistema do ADH e o mecanismo da sede. O aumento da osmolaridade do líquido extracelular provoca a contração de células nervosas especiais localizadas no hipotálamo anterior. A contração das células osmorreceptoras provoca a emissão de sinais para a hipófise posterior. Estes potenciais de ação estimulam a liberação de ADH, que penetra na corrente sanguínea e é transportado até os rins, www.ctpac.com.br
  • 27. 26 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO onde aumenta a permeabilidade dos túbulos distais, túbulos coletores e ductos coletores à água. Por consequência, a água é conservada no corpo, enquanto o sódio e outros solutos continuam a ser excretados na urina. Esse processo provoca diluição dos solutos no líquido extracelular, corrigindo, assim, o líquido extracelular excessivamente concentrado. A seqüência oposta de eventos é observada quando o líquido extracelular torna-se muito diluído (hiposmótico). Os rins minimizam a perda de líquido durante déficits de água através do sistema de feedback osmorreceptor-ADH. Todavia, a ingestão de líquido é necessária para contrabalançar sua perda, o que pode ocorrer através da sudorese, da respiração e pelo trato gastrintestinal. A mesma área ao longo da parede ântero-lateral do terceiro ventrículo que promove a liberação de ADH também estimula a sede através do centro da sede. Os neurônios do centro da sede respondem a injeções de soluções hipertônicas de sal, estimulando o comportamento da ingestão de água. 7. FISIOLOGIA DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO A regulação do equilíbrio dos íons hidrogênio é, em alguns aspectos,semelhante à regulação de outros íons no organismo. Além do controle feito pelos rins, existem outros mecanismos de tamponamento acidobásico envolvendo o sangue, as células e os pulmões, que são essenciais para a manutenção das concentrações normais dos íons hidrogênio nos líquidos extra e intracelular. O pH normal do sangue arterial é de 7,4, enquanto o pH do sangue venoso e dos líquidos intersticiais é de cerca de 7,35 devido ao dióxido de carbono liberado dos tecidos para formar ácido carbônico. O indivíduo apresenta acidose quando o pH cai abaixo de 7,4 e alcalose quando o pH aumenta de 7,4. Três sistemas primários regulam as concentrações de íons hidrogênio para evitar o desenvolvimento de acidose ou alcalose: os sistemas químicos de tampões acidobásicos dos líquidos corporais; o centro respiratório que regula a remoção de dióxido de carbono e, portanto, de ácido carbônico; e os rins, que têm a capacidade de excretar urina ácida ou alcalina durante a acidose ou a alcalose. Um tampão é qualquer substância capaz de ligar-se reversivelmente a íons hidrogênio. O gás carbônico e a água combinam-se reversivelmente para formar ácido carbônico, em um sistema de equilíbrio químico com a presença da enzima anidrase carbônica. Existe uma relação matemática definida entre a proporção das concentrações dos elementos ácidos e básicos de cada sistema tampão e o pH da solução. Essa relação para o sistema tampão bicarbonato é dada pela equação de Henderson-Hasselbalch. As proteínas são importantes tampões intracelulares, como a hemoglobina nos eritrócitos. Na regulação respiratória, o aumento na ventilação elimina o gás carbônico do líquido extracelular, o que reduz a concentração de íons hidrogênio. Inversamente, a diminuição da ventilação aumenta o gás carbônico e, assim, também aumenta a concentração de íons hidrogênio no líquido extracelular. Consequentemente, o aumento na concentração de íons hidrogênio estimula a ventilação alveolar através da sensibilização do centro respiratório. Os rins regulam a concentração de íons hidrogênio do líquido extracelular através de três mecanismos básicos: secreção de íons hidrogênio, reabsorção de íons bicarbonato filtrados e produção de novos íons bicarbonato. Na acidose, há excreção aumentada de íons hidrogênio e adição de íons bicarbonato ao líquido extracelular. Na alcalose, há secreção tubular diminuída de íons hidrogênio e aumento da excreção de íons bicarbonato. 8. SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO É o sistema responsável pela perpetuação da espécie, sendo o masculino formado por:  Testículos ou gônadas  Vias espermáticas: epidídimo, canal deferente,  Uretra.  Pênis  Escroto  Glândulas anexas: próstata, vesículas seminais, glândulas bulbouretrais. www.ctpac.com.br
  • 28. 27 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO FONTE: http://www.afh.bio.br/reprod/img/repmasculino. - Pênis: é considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra). Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar a abertura da uretra. Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação dos corpos cavernosos e esponjoso, com sangue, tornando-se rijo, com considerável aumento do tamanho (ereção). O prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma secreção sebácea espessa e esbranquiçada, com forte odor, que consiste principalmente em células epiteliais descamadas que se acumulam debaixo do prepúcio). Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa tem fimose. A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da bexiga se contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum sêmen entre na bexiga. Todos os espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo dentro de algum tempo. - Canais deferentes: são dois tubos que partem dos testículos, circundam a bexiga urinária e unem-se ao ducto ejaculatório, onde desembocam as vesículas seminais. - Vesículas seminais: responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, entrarão na composição do sêmen. O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os espermatozóides e é constituído principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos, nitrogênio não proteico, cloretos, colina (álcool de cadeia aberta considerado como integrante do complexo vitamínico B) e prostaglandinas (hormônios produzidos em numerosos tecidos do corpo. Algumas prostaglandinas atuam na contração da musculatura lisa do útero na dismenorréia – cólica menstrual, e no orgasmo; outras atuam promovendo vasodilatação em artérias do cérebro, o que talvez justifique as cefaleias – dores de cabeça – da enxaqueca. São formados a partir de ácidos graxos insaturados e podem ter a sua síntese interrompida por analgésicos e anti-inflamatórios). - Próstata: glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secreta substâncias alcalinas que neutralizam a acidez da urina e ativa os espermatozóides. - Glândulas Bulbo Uretrais: sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpála e preparar a passagem dos espermatozóides. Também tem função na lubrificação do pênis durante o ato sexual. www.ctpac.com.br
  • 29. 28 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO - Testículos: são as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, os ductos seminíferos Esses ductos são formados pelas células de Sértoli (ou de sustento) e pelo epitélio germinativo, onde ocorrerá a formação dos espermatozóides. Em meio aos ductos seminíferos, as células intersticiais ou de Leydig (nomenclatura antiga) produzem os hormônios sexuais masculinos, sobretudo a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos caracteres sexuais secundários:  Estimulam os folículos pilosos para que façam crescer a barba masculina e o pêlo pubiano.  Estimulam o crescimento das glândulas sebáceas e a elaboração do sebo.  Produzem o aumento de massa muscular nas crianças durante a puberdade, pelo aumento do tamanho das fibras musculares.  Ampliam a laringe e tornam mais grave a voz.  Fazem com que o desenvolvimento da massa óssea seja maior, protegendo contra a osteoporose. - Epidídimos: são dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozóides são armazenados. - Saco Escrotal ou Bolsa Escrotal ou Escroto: A bolsa escrotal também chamada de saco escrotal é uma bolsa revestida de pele situada entre as coxas, embaixo do pênis, em seu interior ficam os testículos. Um espermatozóide leva cerca de 70 dias para ser produzido. Eles não podem se desenvolver adequadamente na temperatura normal do corpo (36,5°C). Assim, os testículos se localizam na parte externa do corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a função de termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do corpo), mantendo-os a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal. FONTE: http://www.afh.bio.br/reprod/img/repmasculino. FORMAÇÃO DOS ESPERMATOZÓIDES (ESPERMATOGÊNESE) Esse processo leva a formação de espermatozóides a partir de células precursoras chamadas de espermatogônias, localizadas na parede do túbulo seminífero. A partir da puberdade as espermatogônias começam a se multiplicar intensamente por mitose, isso continuará até os fins da vida de um homem, mas diminui a intensidade com o aumento da idade. ESPERMATÓCITO I > DOIS ESPERMATÓCITOS II > DUAS ESPERMÁTIDES - SE DIFERENCIAM EM - ESPERMATOZÓIDES. www.ctpac.com.br
  • 30. 29 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO PUBERDADE Os testículos da criança permanecem inativos até que são estimulados entre 10 e 14 anos pelos hormônios gonadotróficos da glândula hipófise (pituitária). O hipotálamo libera FATORES LIBERADORES DOS HORMÔNIOS GONADOTRÓFICOS que fazem a hipófise liberar FSH hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante). O FSH estimula a espermatogênese pelas células dos túbulos seminíferos, já o LH à estimula a produção de testosterona pelas células intersticiais dos testículos à características sexuais secundárias, elevação do desejo sexual. TESTOSTERONA - Efeito na Espermatogênese A testosterona faz com que os testículos cresçam. Ela deve estar presente, também, junto com o folículo estimulante, antes que a espermatogênese se complete. - Efeito nos caracteres sexuais masculinos Depois que um feto começa a se desenvolver no útero materno, seus testículos começam a secretar testosterona, quando tem poucas semanas de vida apenas. Essa testosterona, então, auxilia o feto a desenvolver órgãos sexuais masculinos e características secundárias masculinas. Isto é, acelera a formação do pênis, da bolsa escrotal, da próstata, das vesículas seminais, dos ductos deferentes e dos outros órgãos sexuais masculinos. Além disso, a testosterona faz com que os testículos desçam da cavidade abdominal para a bolsa escrotal; se a produção de testosterona pelo feto é insuficiente, os testículos não conseguem descer; permanecem na cavidade abdominal. A secreção da testosterona pelos testículos fetais é estimulada por um hormônio chamado gonadotrofina coriônica, formado na placenta durante a gravidez. - Efeito nos caracteres sexuais secundários Faz com que os pêlos cresçam na face, ao longo da linha média do abdome, no púbis e no tórax. Origina, porém, a calvície nos homens que tenham predisposição hereditária para ela. Estimula o crescimento da laringe, de maneira que o homem, após a puberdade fica com a voz mais grave. Estimula um aumento na deposição de proteína nos músculos, pele, ossos e em outras partes do corpo, de maneira que o adolescente do sexo masculino se torna geralmente maior e mais musculoso do que a mulher, nessa fase. VASECTOMIA A vasectomia é o modo de esterilização mais eficiente que se conhece. Ela é feita em consultório médico após a aplicação de uma anestesia local. Realiza-se uma incisão em cada saco escrotal para a localização dos canais deferentes. Em seguida eles são cortados e realizados todos os procedimentos pós-cirúrgicos. Depois de 1 a 2 meses o homem pode se considerar estéril. MECANISMO DE EREÇÃO E IMPOTÊNCIA A disfunção erétil, antes conhecida por impotência, é a incapacidade de se obter ou manter uma ereção adequada para a prática da relação sexual. Não deve ser confundida com a falta ou diminuição no "apetite sexual", nem como dificuldade em ejacular ou em atingir o orgasmo. Milhões de homens passam por esse problema. As estatísticas mostram uma incidência de 5% nos homens aos 40 anos e até 25% aos 65 anos. O homem apresenta, normalmente, de 3 a 5 ereções por noite, sem se dar conta, o que é importante para oxigenar o pênis e quase todos os homens sexualmente ativos já experimentaram um episódio de impotência pelo menos uma vez na vida. O pênis só se enche de sangue se o organismo produzir uma substância chamada óxido nítrico, que dispara uma cascata de reações químicas que relaxam os vasos sanguíneos e as células dos corpos cavernosos. Relaxados, os vasos e os músculos www.ctpac.com.br
  • 31. 30 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO dos corpos cavernosos ficam abertos para a entrada de sangue. A impotência ocorre quando não há esse relaxamento (o que os medicamentos como o Viagra tentam corrigir). Pênis saudável em repouso Quando o pênis está relaxado e não há nenhum tipo de excitação sexual, a quantidade de sangue que entra pelos vasos sanguíneos do corpo esponjoso é a mesma que sai. Mecanismo que impede a Ereção Quando o cérebro recebe um estímulo sexual, as células do corpo cavernoso do pênis liberam óxido nítrico. Este óxido ativa a enzima guanilato ciclase, resultando no aumento do nível de uma molécula chamada GMP cíclico (guanosina monofosfato cíclica ou GMP cíclica), produzindo relaxamento da musculatura lisa nos corpos cavernosos e aumentando o influxo de sangue. Mas a enzima PDE 5 (fosfodiesterase 5) pode estragar tudo, inativando a GMP cíclica. Quando isso ocorre, a mesma quantidade de sangue que entra, sai do pênis e ele não fica ereto o suficiente para a penetração da vagina. 9. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO INTRODUÇÃO O sistema reprodutor feminino é constituído por dois ovários, duas tubas uterinas (trompas de Falópio), um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve constitui um marco ósseo forte que realiza uma função protetora. Vagina. A vagina é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do útero aos genitais externos. Contém de cada lado de sua abertura, porém internamente, duas glândulas denominadas glândulas de Bartholin, que secretam um muco lubrificante. A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no centro, podendo ter formas diversas. Geralmente, essa membrana se rompe nas primeiras relações sexuais. A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozóides na relação sexual. Além de possibilitar a penetração do pênis, possibilita a expulsão da menstruação e, na hora do parto, a saída do bebê. A genitália externa ou vulva é delimitada e protegida por duas pregas cutaneomucosas intensamente irrigadas e inervadas - os grandes lábios. Na mulher reprodutivamente madura, os grandes lábios são recobertos por pelos pubianos. Mais internamente, outra prega cutaneomucosa envolve a abertura da vagina - os pequenos lábios - que protegem a abertura da uretra e da vagina. Na vulva também está o clitóris, formado por tecido esponjoso erétil, homólogo ao pênis do homem. FONTE: Superinteressante coleções O Corpo Humano - Sexo: a Atração Vital www.ctpac.com.br
  • 32. 31 APOSTILA DE FISIOLOGIA HUMANA – CTPAC – TÉC. ANÁLISES CLÍNICAS - Prof.ª DIANA COUTO Ovários São as gônadas femininas. Produzem estrógeno e progesterona, hormônios sexuais femininos que serão vistos mais adiante. No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas células os ovócitos primários - encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos de Graaf ou folículos ovarianos. A partir da adolescência, sob ação hormonal, os folículos ovarianos começam a crescer e a desenvolver. Os folículos em desenvolvimento secretam o hormônio estrógeno. Mensalmente, apenas um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a maturação, rompendo-se e liberando o ovócito secundário (gameta feminino): fenômeno conhecido como ovulação. Após seu rompimento, a massa celular resultante transforma-se em corpo lúteo ou amarelo, que passa a secretar os hormônios progesterona e estrógeno. Com o tempo, o corpo lúteo regride e converte-se em corpo albicans ou corpo branco, uma pequena cicatriz fibrosa que irá permanecer no ovário. O gameta feminino liberado na superfície de um dos ovários é recolhido por finas terminações das tubas uterinas - as fímbrias. Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de Falópio São dois ductos que unem o ovário ao útero. Seu epitélio de revestimento é formado por células ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino até o útero. Útero Órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e posteriormente ao reto, de parede muscular espessa (miométrio) e com formato de pêra invertida. É revestido internamente por um tecido vascularizado rico em glândulas - o endométrio. FONTE: http://www.afh.bio.br/reprod/reprod2. HORMÔNIOS SEXUAIS FEMININOS A pituitária (hipófise) anterior das meninas, como a dos meninos, não secreta praticamente nenhum hormônio gonadotrópico até à idade de 10 a 14 anos. Entretanto, por essa época, começa a secretar dois hormônios gonadotrópicos. No inicio, secreta principalmente o hormônio folículo-estimulante (FSH), que inicia a vida sexual na menina em crescimento; mais tarde, secreta o harmônio luteinizante (LH), que auxilia no controle do ciclo menstrual. 1. Hormônio Folículo-Estimulante: causa a proliferação das células foliculares ovarianas e estimula a secreção de estrógeno, levando as cavidades foliculares a desenvolverem-se e a crescer. www.ctpac.com.br