SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  16
Télécharger pour lire hors ligne
A ELABORA<;A.O DA
PUBLICA<;A.O
COMO CONTAR
A HISTORIA
A cor enquanto cor e apenas uma materia-prima neutral
assim como 0 espayo, a tipologia e as fotos. Usa-Ia com
habilidade pede mais do que simplesmente "colocar urn
titulo em azul" ou fazer com que a pagina tenha uma certa
"decorayao". Sem duvida, a cor pode muito bem melhorar
as imagens e ser agradavel a vista, mas isso esta longe
de ser suficiente. Ela tambem deve ser reveladora para
a mente. Deve ter urn sentido mais amplo associado ao
significado e que se afine com ele. Essa utilidade pratica e
muito mais valiosa para 0 leitor do que a beleza das cores,
por mais estimulantes que elas possam ser.
No ambito da impressao, a cor nao e preponderantemente
urn recurso estetico, e sim uma tecnica racional a ser
aplicada com objetivos funcionais: identificayao ... enfase ...
associayao ... organizayao ... persuasao ... e tambem, as vezes,
para criar beleza intencionalmente, mas em geral como
uma conseqiiencia derivada.
"Valor a primeira vista" nao e apenas uma £rase de
efeito do jargao profissional, mas 0 verdadeiro cerne da
comunicayao impressa funcional. Serve para enfatizar as
ideias validas expressas por palavras e ao mesmo tempo
fazer com que fiquem expostas a visao no leiaute. Portanto,
exige que a escrita/ediyao e 0 design se combinem num s6
processo. Para usar a cor de modo funcional:
1. Defina 0 impacto de sua mensagem.
2. Decida 0 que e mais importante para seus leitores.
3. Apresente isso combinando palavras, imagens e espayo
numa disposiyao feita de maneira lucida, usando uma
linguagem verbal/visual que eles possam entender e
explorando a cor para tornar as ideias claras, vividas,
memorizaveis.
Niio escolha as cores porque gosta
delas. Planeje efeitos deliberados
tendo algum prop6sito em mente.
Vma harmonia tranquila em geral
e mais bem-sucedida do que uma
variedade chocante. Adote uma
postura mais segura e escolha
cores que se relacionem por urn
ou mais dos seguintes aspectos:
1) matiz (ou seja, a especie de cor que ela e - por
exemplo, avermelhados),
2) saturar-iio (ou seja, sua intensidade, brilho,
cor),
3) valor (ou seja, sua grada{iio,qualidade de ser
escura, clara).
o valor e 0 fator mais crucial
na impressiio porque afeta 0
contraste, e 0 contraste e 0 que
faz as coisas se destacarem - e
fazer as coisas se destacarem e urn
dos efeitos que buscamos ao usar
a cor.
As cores enganam. A mesma cor
parece diferente dependendo do
seu fundo e do que esta em volta.
Ela parece mais escura contra
urn fundo claro, mais clara
contra urn fundo escuro ...
mais quente contra urn fundo
frio, mais fria contra urn fundo
quente.
Ela tambem vai parecer de urn
jeito contra uma superficie
texturizada e de outro contra
uma superffcie lisa, brilhante,
e voce niio tern ideia de como
ficara se for impressa sobre
papel colorido (fa{a0 teste!). As
cores tambem variam na tela,
dependendo da calibragem.
Sao ainda capazes de outros
truques, mas esque{a-os, a nao
ser que entre os fatores criticos
esteja uma combina{ao precisa
de cores - ou urn acabamento
artistico refinadissimo. Na
comunica{ao funcional, a
inten;iio com que se usa uma
cor e muito mais vital que a sua
aparencia.
~
~'-
As cores afetam a interpreta~ao:
banana verde; perfeita para
comer r"quando mostram pintas
marrons e urn matiz dourado,
as bananas tern melhar sabor e
fazem bem"; ~odrei congelada;
e,»culpida em pedra; ~uqlUra (uma
interpreta<;ao do artista?j; pintada
par crian<;a;uma banana-da-terra,
vermelha e amarga.
I))'Q Ul>o
Namorados,
Pascoa,
4 de Julho,
Hallowe'en,
Natal
A fala contem particularidades ~
que e raro levarmos em conta "0
literalmente, mas que podem
"colorir" a interpretayao. ~
Partanto, voce pode reforyar uma ~
ideia quando ela tern implicayoes .
que todo mundo esteja inclinado
a entender. Mas cuidado
com armadilhas metaf6ricas:
banqueiros nao gostarn de ser
associados ao vermelho - eles
preferem ser associados ao preto
- a nao ser quando estao usando
6culos car-de-rosa.
VERMELHO
Quente, apaixonado, sangrento, horripilante,
incandescente, revolucionario, ativo, agressivo,
amoroso, vigoroso, impulsivo, cru, falido, pare!
COR-DE-ROSA
Carnudo, sensual, proprio de garotas
LARANJA
Calido, outonal, suave, informal, acessivel, maduro,
sabio
VERDE
Natural, fertil, tranqiiilizador, calmo, repousante,
financeiro, prospero, jovem, abundante, saudavel,
invejoso, doente, decadente, sigal
Jlilitar, opaco, relativo a gu
AZUL
Sereno, calmo, leal, claro, fresco, pacifico, tranqiiilo,
excelente, justo, aquoso, higienico, distante,
conservador, deliberado, espiritual, relaxante, digno
de confianlj:a
AZUL-ESCURO
Romantico, lunar, desestimulante, tempestuoso
MARROM
Terroso, maduro, pronto para colher, obstinado,
confiavel, consciencioso, impassivel, parcimonioso
SEPIA
Antiquado, esmaecido, velho
PURPURA
Real, poderoso, luxuoso, eclesiastico, pomposo,
cerimonial, vao, nostalgico, enlutado, funereo
BRANCO
Fresco, puro, verdadeiro, inocente, Iimpo, confiavel,
simples, honesto
CINZA
Neutro, seguro, estavel, maduro, bem-sucedido, bem
de vida, retrospectivo, discreto, invernal, antigo
PRETO
Com autoridade, respeitoso, poderoso, forte, presente,
pratico, solene, escuro, morbido, desesperador,
malevolo, vazio, marta
I
Use 0 bom senso ao escolher
cores, embara se diga que as cores
I
tern implicat;:oes psico16gicas,
como as que listamos ao lado.
Elas podem ser validas ou nao,
porque a nacionalidade, a idade,
! 0 ambiente social, a classe
I economica e mesmo 0 estado de
, animo afetam a maneira COlnoas
[I pessoas reagem as cares. Alem
disso, muitas profissoes e grupos
 desenvolveram vocabularios
I
espedficos quanta as cores. Para
complicar ainda mais, as cores
sao afetadas pelo que esta em
volta. As propart;:oes relativas
entre elas mudam seu efeito
(veja a pdgina 202). A pr6pria
luz interfere: num escrit6rio
escuro, cores vivas e corpo grande
serao mais eficazes do que se a
publicat;:ao for vista a luz do sol,
quando cores mais sutis e carpo
menor serao mais adequados. Nao
ha regras.
Use 0 born senso ao falar de
preferencias de cor. Todos
os tipos de testes e ensaios
mostram que, por grande
margem de diferenc;a, as
mulheres prefer em cores quentes
e claras, enquanto os homens
preferem cores mais frias e
escuras. Mulheres preferem 0
vermelho ao azul, enquanto
os homens preferem 0 azul ao
vermelho. Crianc;as prefer em
amarelo, branco, cor-de-rosa,
vermelho, laranja, azul, verde,
roxo - nesta ordem. Isso ajuda?
Nao muito. E vago demais.
Em que consiste precisamente
o "vermelho" ou 0 "laranja"?
- ha uma gama infinita de sutis
nuances. Essas generalizac;6es
servem para tornar a escolha
algo menos assustador. Relaxe--A-~
INTEN<;Ao pela qual voce usa
a cor e rnais irnportante do que 0
rnatiz que escolhe para isso.
Sequencia do arco-iris (vermelho ... laranja ... amarelo ...
verde ... azul... indigo ... violeta).
Cores pastel (azul-claro, rosa-claro, amarelo-claro,
cinza-claro) .
Feminilidade. Sao cores percebidas como suaves,
amorosas, carinhosas, macias, difusas,
sentimentais, primaveris.
Cores frescas, Iimpas (amarelo, azul-claro, verde-claro).
Saude. Lembram agua fresca, gramados umidos
ao nascer do sol, aromas de limao e lima, frutas
recem-colhidas, vida ao ar livre.
Cores naturais (cores de terra, tons de marrom,
laranja, verde-escuro, vermelho, daurada).
Seguranc;;a, dependencia. Oenotam alimentos
tradicionalmente cultivados em solo organico:
saudaveis e bons para voce, do jeito que a vovo
fazia. Oaf a nostalgia, quando combinadas com
tipologia e imagens antigas.
Cores barulhentas (primarias: vermelho, amarela, azul;
secundarias: laranja, verde, roxo au purpura).
Oominantes. Sua presenc;;avibrante salta ate
nos. Clamam por atenc;;ao,dai poderem ser
interpretadas tambem como cores agressivas.
Cores que se chocam (qualquer combinar;8.o inesperada).
Excitantes. Vistas como contemporaneas quando 0
berrante e espalhafatoso esta na moda; portanto,
falam aos jovens. Oinamicas. Inovadoras.
Cores calmas (quaisquer cores que sejam abafadas e
atenuadas). Relaxantes. Vistas como passivas,
amistosas, pacfficas, retrafdas. Tendem a mergulhar
para 0 fundo e sac preferidas por segmentos mais
velhos, mais abastados da sociedade.
Cores escuras (preto, cinza, prata, purpura, marrom).
Masculinas e sofisticadas quando usadas com
contenc;;ao, de maneira discreta. Oespertam
reminiscencias de smokings ou de casacas
cinza com cartolas, usadas no Recinto Real de
Ascot, em Londres. High-tech nos anos 1990.
Cores elegantes (prateado, dourada, marrom, cinza,
castanho, azul-marinho, preto). Alto estilo, finesse;
qualidade e alto prec;;o.
1»- _
ov__--------
=--------------~
~
.•..,......~ _-.~
.~.~.1..0.----_ _.--------......
~a
-
"•.•.....-•._--•..-----------",. -
~:_~
~~
--. ~ ~
'-::- .. ------.::::::::::::::
- . -------------
A diferenl;a mais 6bvia da cor e
seu trunfo mais valioso: ela nao
e 0 preto. Por isso ajuda a levar
o olho do observador para aquilo
que voce julga importante. Nao
desperdice isso. A cor s6 e notada
quando e suBcientemente viva,
grande, freqiiente e rara. Menos e
mais.
Use a cor com audacia, convic~ao,
for~a, porque voce sabe que
ela agrega valor a tecnica de
comunica~ao. Pequenos pontos
diBcilmente sao notados, portanto
nao valem 0 esfor~o. 0 elemento
colocado em cor deve merecer
estar em cor e deve valer a pena
que salte da pagina com for~a para
os olhos do observador.
Coloque a cor onde ela sera
vista, para que possa the trazer
os maiores beneficios. Nao a
enterre na dobra onde Bcara
escondida. Ela vai ajudar a
convidar 0 leitor potencial a
entrar na publica~ao quando for
percebida nas margens externas
das paginas. A revista e urn objeto
que as pessoas seguram na mao
para folhear suas paginas; entao,
tirar 0 maximo partido de suas
caracteristicas e possibilidades
fisicas e simplesmente respeitar 0
born senso.
Hierarquize a informa;ao pelo
impacto e quantidade de cor:
quanto mais importante, mais
colorido. Os soldados mais rasos
sao identificados por urn pequeno
lenc;o e chapeu vermelhos. 0
lugar-tenente tern uma jaqueta.
o general resplandece com urn
vermelho de extasiar os olhos.
Fa;a as coisas importantes bem
visiveis, usando cores fortes,
saturadas, dominantes, agressivas.
Cores "quentes" parecelU mais
pr6ximas e saltam aos olhos do
observador. Minimize 0 destaque
das coisas us ando cores claras,
timidas, retraidas. As cores "frias"
parecem se afastar do observador.
Considere os valores tonais:
Quanto maior a area, mais leve
e discreta deve ser a cor. Quanto
menor a area, luais a cor podera ser
viva e brilhante. Pense em termos
de proporc;6es e de suas relac;6es,
mais do que em termos de matizes.
Escolha primeiro a cor do fundo,
depois acerte os tons de cor a partir
dela. Considere as relac;6es entre
as cores: nenhuma cor existe por
si, por isso leve sempre em conta
o que ha em volta dela. 0 e£eito
tambem muda conforme variam
as proporc;6es entre as cores. A
(mica regra e tentativa e erro, e
experiencia. Crie urn album com
pedac;os de papel coloridos anotados
para manter urn registro visual.
II
~.
Atribua uma cor deliberadamente
para cumprir funs:oes especificas.
Planeje isso desde 0 inicio. Voce
pode tambem pensar depois,
agindo retroativamente, mas
acrescentar a cor quando quase
tudo ja esta resolvido raramente
faz jus as possibilidades dela como
um material funcional, racional,
intelectual. Este e um exemplo
6bvio daquela compreensao e
cooperac;:aoessencial entre editor
e designer. Por mais atraente e
decorativa que a cor possa ser, ela
e mais valiosa quando tambem
ajuda a contar a hist6ria .
•••• ',,....... SiC WIll
~ IF - •••• MiF
~::..~~ ;;
===
.--
Enfatize os pontos principais
do texto: coloque os paragrafos
principais em cor para destacar os
beneficios ... alardear as vantagens.
Fac;:acom que 0 motivo para que
o lei tor se de ao trabalho de ler
fique evidente.

Chame a atens:iio dos observadores
para 0 que voce quer que eles
percebam:
a oferta especial. ..
o numero de telefone .
a data de vencimento .
a advertencia sobre seguranc;:a...
com lucro (ou com perda) ...
dados que excedem a norma ...
valores que excedem a
toleriincia ...
mudanc;:asde procedimento ...
seja Ii 0 que for que diga respeito
ao publico de maneira mais direta
(como seus pr6prios nomes) ...
Editar 0 material fazendo 0
melhor uso possivel da cor
ajuda a deixar a mensagem mais
penetrante, mais ficil de assimilar
e de relembrar.
Compare dois conjuntos
de dados. Diferencie a nova
informayao ciaantiga ... a situayao
atual da situac;;aoprojetada ... os
resultados desta temporada do
time de futebol dos resultados da
temporada anterior alterac;;oes
nas especificac;;oes etc. Se 0
material em cor vai ficar mais
importante que 0 material
em preto e algo que depende
das propon;:oes e da enfase
tipografica. Em qualquer caso, a
apresentayao pode ser organizada
em dois niveis e prontamente
compreendida pelo observador a
primeira vista.
Organize, classifique, codifique,
categorize a informa~ao.
Separe e encerre a informac;;ao
subsidiaria em boxes. Isole as
)aterais em SlJaspIopIjas iheas.
As coisas em boxes coloridos
sao vistas como de segunda
categoria - podem ser saltadas,
mas estao disponiveis caso se
precise delas.
Fa~a 0 texto parecer mais curto
usando cor para identificar e
desse modo separar os resumos ...
conclusoes ... biografias ...
sumarios ... instrUl;:oes,testes de
auto-avaliayao. 0 artigo ainda
toma 0 mesmo espayo total,
mas da a impressao de que ha
menos texto para ler, porque
os elementos acess6rios foram
separados e mudamos sua
aparencia por meio da cor.
Separe a mensagem dos sinais
que preservam a imagem da
publicayao, como numerayao
de paginas, chapeus, rodapes e
logos. Coloque esses elementos
repetitivos em cor. As paginas
pareceriio mais simples, menos
abarrotadas, e ficara mais facil se
concentrar na materia.
~
)
=-- ~1 ..-
---=------ ~
-- -..............
J --• ,.
-- =---
-
-I
-..-aU '1 M' ......
;;
- I
-
.",,-, .. .._,,, •••t:1
1••••••••
•... ,.
-- ~~-======
....~
- =•
_.---- .•• oer-W":
~ li. ~i
;;--
Associe os elementos uns
aos outros. 0 titulo roxo
intuitivamente e percebido como
pertencendo it linha roxa do
grafico, assim como a senhora
de vestido roxo imediatamente
percebe sua rival com vestido
da mesma cor na festa. Leve
em conta essa relac;:ao,porque
urn uso impensado da cor
pode fazer 0 leitor associar por
engano elementos da pagina
que nao tinhamos a intenc;:aode
relacionar.
:::=:::=--=--=--=--=-~t •.• ~ C i
f'O,c.E '>/Ce(r
--.--. --'='. .-
---
Desenvolva uma linguagem
de cor que 0 leitor aprenda a
reconhecer e compreender. Se
os atributos positivos foram da
primeira vez identificados em
marrom, entao toda vez que 0
marrom for visto, nao importa
a que se refira, sera interpretado
como positivo.
Mantenha 0 codigo de cor
simples. Use nao mais do que
quatro cores alem do preto, caso
contrario tera que colocar uma
chave de cores para explicar
o c6digo a cada vez (e a ideia
e evitar chaves de cores que
consomem tempo e esforc;:opara
ser consultadas). Preto mais tres
cores diferenciadas podem ser
lembrados com facilidade.
Defina urn c6digo de cor
para criar consistencia e
previsibilidade ao longo da
edit;ao ou de uma serie de
publicat;6es relacionadas,
incluindo as de internet.
Estabelet;a uma personalidade .
•=- ~
Assegure urna continuidade de
cor: urn visual coerente da fort;a,
enquanto a variedade desintegra
a publicat;ao. Use apenas uma
cor para os fundos. A repetit;ao
ajuda os segmentos a parecerem
familiares, como 0 observadar
espera que sejam. Essa sensat;ao
de "pertinencia" e vantajosa para
a pagina, para a materia, a serie, a
imagem da publicat;ao peri6dica.
Interrornpa fluxos longos com
paginas de quebra. Uma grande
publicat;ao, como uma lista
telefonica, quando e dividida
dessa maneira parece menor,
mais acessivel, e 0 todo parece
mais amigavel para 0 usuario.
A car pode identificar paginas
recorrentes como aberturas de
capitulo ... ilustrat;6es tematicas
ou declarat;6es ... graficos de
processos ... mapas de localizat;ao ...
indices secundarios ... testes de
auto-avaliat;ao ... sumarios.
Identifique se;oes especiais par meio
de papel colorido, mas atenha-se ao
estilo tipografico. A cor 0 tornara
diferente, mas todo 0 resto ajudara a
"fazer parte".
:-....- ::=::-.._-
~ ..• ~.-
Este texto foi propos!talmente composto
pequeno demais e ape11ado demais. Quando
impressa em preta sabre fundo branco, pode
ser decifrado com facilidade. As palavras se
destacam melhor porque preta sabre branco
cria 0 maximo contraste tonal e estamos
acostumados a 1550, achamos natural, facil, e
pOl1anto preferimos. Trata-se apenas de urn
exemplo, nao de uma recomenda<;ao.
Este texto foi composto maior,
menos apertado (ou seja, com urn
tracking maior), em corpo maior,
com mais entrelinha, em linhas mais
curtas. Em preto sobre fundo branco
ele pode parecer urn pouco tolo.
Quando 0 mesmo texto (composto de
prop6s!to pequeno e apertado dema!s) e
impressa em preto sabre urn fundo de cor,
fica mais diffcil de decifrar, mas, se a cor e
clara, voce ainda pode dar canta do recado.
Quanto mais clara a cor do fundo, maior
o contraste tonal, e portanto menos ele
perturba 0 habito e as expectativas normals.
Este texto foi composto maior,
menos apertado, com corpo maior,
mais entrelinha e linhas mais curtas.
Impresso em preto sobre fundo de
cor clara, e facil de vel',portanto facil
de IeI'e consequentemente aceitavel.
Corpo preto sobre fundo colorido.
o tom escuro do fundo afeta a
legibilidade do corpo preto.
Corpo bran co sobre fundo colorido
da melhor leitura contra urn fundo
de cor escura. Branco sabre preto
e rigid a demais. Use corpo sem
serifa, para evitar que as serifas
fiquem preenchidas de tint a, e
evite fontes ultrabold, que podem
ficar saturadas de tinta. '
Iguale os valores tonais do fundo.
Como a preto e mais facil de ler
sabre branco do que sabre uma
cor, uma prioridade imediata se
estabelece: as linhas mais faceis
de ler sao percebidas primeiro e
portanto seu conteudo ganha sem
querer uma prioridade. Equilibrar
as val ores tonais das cores do
fundo corrige essa desigualdade
nao pretendida e enganosa.
Quando impressa em ciano
(azul). podc ser decifrado com
muito mais facilidade. porque
o ciano equivaJc a preto 67o/r.
Vma reticula de 670/<de preto
equivale a um cinza-escuro.
o contraste com 0 fundo
branco IS maior. 0 quc torna as
paJavras decifdveis.
Para compensar a clarida de da cor:
aumente 0 negrito,
aumente 0 tamanho do corpo,
aumente 0 entrelinhamento,
diminua 0 comprimento das linhas,
fa~a 0 texto irregular a direita.
Mantenha a tipografia simples.
Use fontes sem serifa,
evite fontes extravagantes,
exageradas,
ultra-expand idas,
ultracondensadas,
ultra-oblfquas,
italicos palidos,
excesso de palavras em caixa alta.
Deixe que a
propria cor
se encarregue
de gritar.
Quando impressa em ciano
(azul), pode ser decifrado com muito
mais facilidade, porque 0 ciano equivale
a preto 67%. Vma reticula de 67% de
preto equivale a urn cinza-escuro. 0
contraste com 0 fundo branco e maior, 0
que torna as palavras decifniveis.
Corpo colorido sobre fundo branco
sofre com 0 contraste mais reduzido,
pois a cor e sempre mais clara que 0
preto. Compense isso com uma cor
mais escura e uma tipografia simples.
Tipo colorido sobre fundo
colorido e perigoso. Escolha as
cores segundo 0 contraste, nao
pela sua beleza au brilho. Evite
cansar a vista usando cores
vivas sobre fundos de cor viva.
Fac;atestes.
Nunca coloque tipologia em
preto, branco ou qualquer
cor sobre um fundo cheio de
pontos, ·se voce quiser ser lido
par mais de duas pessoas
(voce e sua mae).
Degrades de cor sao cineticos.
Parecem se mover. Urn degrade
- ou gradal;ao de cor - cria a ilusao
de mudanl;a (de/para, fora/dentro,
antes/depois). A sequencia natural
comel;a a esquerda e segue para a
direita, mas isso pode ser alterado
pela propria cor: e mais provavel
que 0 olho seja atraido primeiro
pela cor mais viva, e depois se
mova para a mais escura ou mais
clara, nao importa onde esteja
colocada.
df»,((~1~~~~~ ~
~~;'4~
A mudanfa de cor de uma parte
do degrade em direl;aOa outra
aumenta a dramaticidade do
movimento, especialmente se
as cores tiverem significado.
A extremidade fria da seta
na frigideira vai ficando
progressivamente mais quente
conforme se afasta da frigideira e se
aproxima do fogo.
o fim da linha (a "ultima informa.;ao") no
canto superior direito e enfatizado porque se
trata de uma linha branca contra um fundo
violeta-escuro. 0 inkio da linha a extrema
esquerda (a "parte antiga") fica sem enfase
porque parece mais claro contra um fundo
claro. Ocorre exatamente 0 oposto quando a
linha do grafico e preta.
Quanto maior 0 contraste tonal,
maior a visibilidade. Guie 0
leitor para que perceba 0 que e
importante, colocando isso contra
urn fundo claro se estiver em
cor escura ... ou contra urn fundo
escuro se estiver numa cor clara.
Isso nao tern nada a ver com 0
matiz ou brilho da cor, mas com
o fato de ser escura ou clara. Essa
tecnica pode ser usada para tornar
urn ponto destacado e nitido - ou
para iludir 0 observador.
Manipule paineis de
cor com cuidado. A nao
ser que sua publica<;ao
use uma cor padrao em
todos os paineis como
urn elemento de seu
estilo grafico, os paineis
que ncam junto a lotos
coloridas devem ser
considerados em rela<;aa
a essas imagens, como
parte de urn efeito global.
Aqui, 0 painel azul briga
com a foto bronzeada.
Ha alguma razao pela
qual voce quer que fique
assim? Se houver, tudo
bem. Se nao ...
... combine com uma cor
da foto para amplificar
o poder da imagem. A
cor que voce escolher ira
enfatizar 0 aspecto da
foto para 0 qual voce quer
chamar a aten<;ao. Aqui
e simplesmente a cor da
rocha (que neste caso e a
Rocha Ayer au Uluru, na
Australia) ...
... melhor ainda: use
paineis coloridos em
degrade junto a fotos
coloridas. A grada<;aode
cor parece mais natural
do que paineis chapados,
porque nao existem cores
chapadas na natureza. A
cor chapada s6 existe em
situa<;6es artificiais, como
a impressao. 0 azul do
ceu muda de valor tonal
do horizonte ate 0 zenite.
Uma parede pode estar
pintada de cor lisa mas seu
aspecto varia conforme
a ilumina<;ao que incide
nela. Veja isso em volta de
voce. Use paineis de cor
com precau<;ao.
Chame a aten~ao para urn
elemento numa foto colorida
manipulando a cor. Pense nisso
como outra forma de "editar".
Obviamente, devemos deixar
as fotos boas em paz e protege-
las contra a degradac;ao ou
"melhora". Por outro lado, as
vezes a rapidez e clareza da
mensagem podem se beneficiar
de algum tipo de manipulac;ao
da imagem.
Urn exemplo simples: os
pes azuis do mergulhao das
ilhas Galapagos. Alguma das
vers6es "melhoradas" abaixo e
melhor que 0 original? Alguma
delas e necessaria? sera que
adulterar a pureza da imagem
compensa 0 resultado? Trata-se
de urn problema filosofico, e
sua soluc;ao nao e puramente
estetica, mas editorial: 0 que
e que estamos tentando fazer,
quem somos nos, 0 que nossos
clientes precis am e querem?
Como podemos dizer-lhes isso
de modo mais vivo, direto?
Alternativa A.
Interferir na cor do resto da foto.
Aqui, fizemos a cor ficar so em
preto-e-branco, deixando apenas
os pes do mergulhao em cor.
Alternativa B.
Deixar a foto como esta, mas
rodea-la com uma moldma azul
que combine com as patas do
mergulhao.

Contenu connexe

Similaire à Cores ian white edição e design (20)

As Cores na Publicidade
As Cores na PublicidadeAs Cores na Publicidade
As Cores na Publicidade
 
Apostila cor 6o ano 2013
Apostila cor 6o ano 2013Apostila cor 6o ano 2013
Apostila cor 6o ano 2013
 
Micropigmentaoii 130307003505-phpapp02
Micropigmentaoii 130307003505-phpapp02Micropigmentaoii 130307003505-phpapp02
Micropigmentaoii 130307003505-phpapp02
 
Aula 02 semiótica e cores
Aula 02   semiótica e coresAula 02   semiótica e cores
Aula 02 semiótica e cores
 
Cores
CoresCores
Cores
 
Curso de Teoria das Cores - Parte 3/3
Curso de Teoria das Cores - Parte 3/3Curso de Teoria das Cores - Parte 3/3
Curso de Teoria das Cores - Parte 3/3
 
Teoria da cor estudo de algumas cores i
Teoria da cor   estudo de algumas cores iTeoria da cor   estudo de algumas cores i
Teoria da cor estudo de algumas cores i
 
CORES5
CORES5CORES5
CORES5
 
CORES5
CORES5CORES5
CORES5
 
Cor
CorCor
Cor
 
Apostila cor 6o ano 2014
Apostila cor 6o ano 2014Apostila cor 6o ano 2014
Apostila cor 6o ano 2014
 
Aula 03 teoria da cor
Aula 03   teoria da corAula 03   teoria da cor
Aula 03 teoria da cor
 
Teoria da cor estudo de algumas cores i
Teoria da cor   estudo de algumas cores iTeoria da cor   estudo de algumas cores i
Teoria da cor estudo de algumas cores i
 
Micropigmenta
MicropigmentaMicropigmenta
Micropigmenta
 
Teoria da cor estudo de algumas cores ii
Teoria da cor   estudo de algumas cores iiTeoria da cor   estudo de algumas cores ii
Teoria da cor estudo de algumas cores ii
 
Teoria da cor estudo de algumas cores ii
Teoria da cor   estudo de algumas cores iiTeoria da cor   estudo de algumas cores ii
Teoria da cor estudo de algumas cores ii
 
Apostila cor 6o ano 2019
Apostila cor 6o ano 2019Apostila cor 6o ano 2019
Apostila cor 6o ano 2019
 
Teoria Das Cores
Teoria Das  CoresTeoria Das  Cores
Teoria Das Cores
 
Micropigmentação ii
Micropigmentação iiMicropigmentação ii
Micropigmentação ii
 
Dicas Para A ConfecçãO Do PortfóLio
Dicas Para A ConfecçãO Do PortfóLioDicas Para A ConfecçãO Do PortfóLio
Dicas Para A ConfecçãO Do PortfóLio
 

Plus de Helena Jacob

Intercom2013 helena jacob
Intercom2013 helena jacobIntercom2013 helena jacob
Intercom2013 helena jacobHelena Jacob
 
Aula fotojornalismo de revistas
Aula fotojornalismo de revistasAula fotojornalismo de revistas
Aula fotojornalismo de revistasHelena Jacob
 
Raizes do design editorial
Raizes do design editorialRaizes do design editorial
Raizes do design editorialHelena Jacob
 
Aula fotojornalismo de revistas
Aula fotojornalismo de revistasAula fotojornalismo de revistas
Aula fotojornalismo de revistasHelena Jacob
 
Raizes do design editorial
Raizes do design editorialRaizes do design editorial
Raizes do design editorialHelena Jacob
 
Aula historia das revistas
Aula historia das revistasAula historia das revistas
Aula historia das revistasHelena Jacob
 

Plus de Helena Jacob (12)

Intercom2013 helena jacob
Intercom2013 helena jacobIntercom2013 helena jacob
Intercom2013 helena jacob
 
Aula fotojornalismo de revistas
Aula fotojornalismo de revistasAula fotojornalismo de revistas
Aula fotojornalismo de revistas
 
Gestalt2
Gestalt2Gestalt2
Gestalt2
 
Jornalismo visual
Jornalismo visualJornalismo visual
Jornalismo visual
 
Jornalismo visual
Jornalismo visualJornalismo visual
Jornalismo visual
 
Raizes do design editorial
Raizes do design editorialRaizes do design editorial
Raizes do design editorial
 
Aula fotojornalismo de revistas
Aula fotojornalismo de revistasAula fotojornalismo de revistas
Aula fotojornalismo de revistas
 
Teoria das cores
Teoria das coresTeoria das cores
Teoria das cores
 
Aula capa 2010
Aula capa 2010Aula capa 2010
Aula capa 2010
 
Pop art
Pop artPop art
Pop art
 
Raizes do design editorial
Raizes do design editorialRaizes do design editorial
Raizes do design editorial
 
Aula historia das revistas
Aula historia das revistasAula historia das revistas
Aula historia das revistas
 

Dernier

HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASEdinardo Aguiar
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parteDança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira partecoletivoddois
 
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfMapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfangelicass1
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 anoAdelmaTorres2
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoSilvaDias3
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileirosMary Alvarenga
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAs Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAlexandreFrana33
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdfDemetrio Ccesa Rayme
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...LuizHenriquedeAlmeid6
 

Dernier (20)

HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parteDança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
 
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfMapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAs Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppttreinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
 

Cores ian white edição e design

  • 1. A ELABORA<;A.O DA PUBLICA<;A.O COMO CONTAR A HISTORIA A cor enquanto cor e apenas uma materia-prima neutral assim como 0 espayo, a tipologia e as fotos. Usa-Ia com habilidade pede mais do que simplesmente "colocar urn titulo em azul" ou fazer com que a pagina tenha uma certa "decorayao". Sem duvida, a cor pode muito bem melhorar as imagens e ser agradavel a vista, mas isso esta longe de ser suficiente. Ela tambem deve ser reveladora para a mente. Deve ter urn sentido mais amplo associado ao significado e que se afine com ele. Essa utilidade pratica e muito mais valiosa para 0 leitor do que a beleza das cores, por mais estimulantes que elas possam ser. No ambito da impressao, a cor nao e preponderantemente urn recurso estetico, e sim uma tecnica racional a ser aplicada com objetivos funcionais: identificayao ... enfase ... associayao ... organizayao ... persuasao ... e tambem, as vezes, para criar beleza intencionalmente, mas em geral como uma conseqiiencia derivada. "Valor a primeira vista" nao e apenas uma £rase de efeito do jargao profissional, mas 0 verdadeiro cerne da comunicayao impressa funcional. Serve para enfatizar as ideias validas expressas por palavras e ao mesmo tempo fazer com que fiquem expostas a visao no leiaute. Portanto, exige que a escrita/ediyao e 0 design se combinem num s6 processo. Para usar a cor de modo funcional: 1. Defina 0 impacto de sua mensagem. 2. Decida 0 que e mais importante para seus leitores. 3. Apresente isso combinando palavras, imagens e espayo numa disposiyao feita de maneira lucida, usando uma linguagem verbal/visual que eles possam entender e explorando a cor para tornar as ideias claras, vividas, memorizaveis.
  • 2. Niio escolha as cores porque gosta delas. Planeje efeitos deliberados tendo algum prop6sito em mente. Vma harmonia tranquila em geral e mais bem-sucedida do que uma variedade chocante. Adote uma postura mais segura e escolha cores que se relacionem por urn ou mais dos seguintes aspectos: 1) matiz (ou seja, a especie de cor que ela e - por exemplo, avermelhados), 2) saturar-iio (ou seja, sua intensidade, brilho, cor), 3) valor (ou seja, sua grada{iio,qualidade de ser escura, clara). o valor e 0 fator mais crucial na impressiio porque afeta 0 contraste, e 0 contraste e 0 que faz as coisas se destacarem - e fazer as coisas se destacarem e urn dos efeitos que buscamos ao usar a cor. As cores enganam. A mesma cor parece diferente dependendo do seu fundo e do que esta em volta. Ela parece mais escura contra urn fundo claro, mais clara contra urn fundo escuro ... mais quente contra urn fundo frio, mais fria contra urn fundo quente. Ela tambem vai parecer de urn jeito contra uma superficie texturizada e de outro contra uma superffcie lisa, brilhante, e voce niio tern ideia de como ficara se for impressa sobre papel colorido (fa{a0 teste!). As cores tambem variam na tela, dependendo da calibragem. Sao ainda capazes de outros truques, mas esque{a-os, a nao ser que entre os fatores criticos esteja uma combina{ao precisa de cores - ou urn acabamento artistico refinadissimo. Na comunica{ao funcional, a inten;iio com que se usa uma cor e muito mais vital que a sua aparencia.
  • 3. ~ ~'- As cores afetam a interpreta~ao: banana verde; perfeita para comer r"quando mostram pintas marrons e urn matiz dourado, as bananas tern melhar sabor e fazem bem"; ~odrei congelada; e,»culpida em pedra; ~uqlUra (uma interpreta<;ao do artista?j; pintada par crian<;a;uma banana-da-terra, vermelha e amarga. I))'Q Ul>o Namorados, Pascoa, 4 de Julho, Hallowe'en, Natal A fala contem particularidades ~ que e raro levarmos em conta "0 literalmente, mas que podem "colorir" a interpretayao. ~ Partanto, voce pode reforyar uma ~ ideia quando ela tern implicayoes . que todo mundo esteja inclinado a entender. Mas cuidado com armadilhas metaf6ricas: banqueiros nao gostarn de ser associados ao vermelho - eles preferem ser associados ao preto - a nao ser quando estao usando 6culos car-de-rosa.
  • 4. VERMELHO Quente, apaixonado, sangrento, horripilante, incandescente, revolucionario, ativo, agressivo, amoroso, vigoroso, impulsivo, cru, falido, pare! COR-DE-ROSA Carnudo, sensual, proprio de garotas LARANJA Calido, outonal, suave, informal, acessivel, maduro, sabio VERDE Natural, fertil, tranqiiilizador, calmo, repousante, financeiro, prospero, jovem, abundante, saudavel, invejoso, doente, decadente, sigal Jlilitar, opaco, relativo a gu AZUL Sereno, calmo, leal, claro, fresco, pacifico, tranqiiilo, excelente, justo, aquoso, higienico, distante, conservador, deliberado, espiritual, relaxante, digno de confianlj:a AZUL-ESCURO Romantico, lunar, desestimulante, tempestuoso MARROM Terroso, maduro, pronto para colher, obstinado, confiavel, consciencioso, impassivel, parcimonioso SEPIA Antiquado, esmaecido, velho PURPURA Real, poderoso, luxuoso, eclesiastico, pomposo, cerimonial, vao, nostalgico, enlutado, funereo BRANCO Fresco, puro, verdadeiro, inocente, Iimpo, confiavel, simples, honesto CINZA Neutro, seguro, estavel, maduro, bem-sucedido, bem de vida, retrospectivo, discreto, invernal, antigo PRETO Com autoridade, respeitoso, poderoso, forte, presente, pratico, solene, escuro, morbido, desesperador, malevolo, vazio, marta I Use 0 bom senso ao escolher cores, embara se diga que as cores I tern implicat;:oes psico16gicas, como as que listamos ao lado. Elas podem ser validas ou nao, porque a nacionalidade, a idade, ! 0 ambiente social, a classe I economica e mesmo 0 estado de , animo afetam a maneira COlnoas [I pessoas reagem as cares. Alem disso, muitas profissoes e grupos desenvolveram vocabularios I espedficos quanta as cores. Para complicar ainda mais, as cores sao afetadas pelo que esta em volta. As propart;:oes relativas entre elas mudam seu efeito (veja a pdgina 202). A pr6pria luz interfere: num escrit6rio escuro, cores vivas e corpo grande serao mais eficazes do que se a publicat;:ao for vista a luz do sol, quando cores mais sutis e carpo menor serao mais adequados. Nao ha regras.
  • 5. Use 0 born senso ao falar de preferencias de cor. Todos os tipos de testes e ensaios mostram que, por grande margem de diferenc;a, as mulheres prefer em cores quentes e claras, enquanto os homens preferem cores mais frias e escuras. Mulheres preferem 0 vermelho ao azul, enquanto os homens preferem 0 azul ao vermelho. Crianc;as prefer em amarelo, branco, cor-de-rosa, vermelho, laranja, azul, verde, roxo - nesta ordem. Isso ajuda? Nao muito. E vago demais. Em que consiste precisamente o "vermelho" ou 0 "laranja"? - ha uma gama infinita de sutis nuances. Essas generalizac;6es servem para tornar a escolha algo menos assustador. Relaxe--A-~ INTEN<;Ao pela qual voce usa a cor e rnais irnportante do que 0 rnatiz que escolhe para isso. Sequencia do arco-iris (vermelho ... laranja ... amarelo ... verde ... azul... indigo ... violeta). Cores pastel (azul-claro, rosa-claro, amarelo-claro, cinza-claro) . Feminilidade. Sao cores percebidas como suaves, amorosas, carinhosas, macias, difusas, sentimentais, primaveris. Cores frescas, Iimpas (amarelo, azul-claro, verde-claro). Saude. Lembram agua fresca, gramados umidos ao nascer do sol, aromas de limao e lima, frutas recem-colhidas, vida ao ar livre. Cores naturais (cores de terra, tons de marrom, laranja, verde-escuro, vermelho, daurada). Seguranc;;a, dependencia. Oenotam alimentos tradicionalmente cultivados em solo organico: saudaveis e bons para voce, do jeito que a vovo fazia. Oaf a nostalgia, quando combinadas com tipologia e imagens antigas. Cores barulhentas (primarias: vermelho, amarela, azul; secundarias: laranja, verde, roxo au purpura). Oominantes. Sua presenc;;avibrante salta ate nos. Clamam por atenc;;ao,dai poderem ser interpretadas tambem como cores agressivas. Cores que se chocam (qualquer combinar;8.o inesperada). Excitantes. Vistas como contemporaneas quando 0 berrante e espalhafatoso esta na moda; portanto, falam aos jovens. Oinamicas. Inovadoras. Cores calmas (quaisquer cores que sejam abafadas e atenuadas). Relaxantes. Vistas como passivas, amistosas, pacfficas, retrafdas. Tendem a mergulhar para 0 fundo e sac preferidas por segmentos mais velhos, mais abastados da sociedade. Cores escuras (preto, cinza, prata, purpura, marrom). Masculinas e sofisticadas quando usadas com contenc;;ao, de maneira discreta. Oespertam reminiscencias de smokings ou de casacas cinza com cartolas, usadas no Recinto Real de Ascot, em Londres. High-tech nos anos 1990. Cores elegantes (prateado, dourada, marrom, cinza, castanho, azul-marinho, preto). Alto estilo, finesse; qualidade e alto prec;;o.
  • 6. 1»- _ ov__-------- =--------------~ ~ .•..,......~ _-.~ .~.~.1..0.----_ _.--------...... ~a - "•.•.....-•._--•..-----------",. - ~:_~ ~~ --. ~ ~ '-::- .. ------.:::::::::::::: - . ------------- A diferenl;a mais 6bvia da cor e seu trunfo mais valioso: ela nao e 0 preto. Por isso ajuda a levar o olho do observador para aquilo que voce julga importante. Nao desperdice isso. A cor s6 e notada quando e suBcientemente viva, grande, freqiiente e rara. Menos e mais. Use a cor com audacia, convic~ao, for~a, porque voce sabe que ela agrega valor a tecnica de comunica~ao. Pequenos pontos diBcilmente sao notados, portanto nao valem 0 esfor~o. 0 elemento colocado em cor deve merecer estar em cor e deve valer a pena que salte da pagina com for~a para os olhos do observador. Coloque a cor onde ela sera vista, para que possa the trazer os maiores beneficios. Nao a enterre na dobra onde Bcara escondida. Ela vai ajudar a convidar 0 leitor potencial a entrar na publica~ao quando for percebida nas margens externas das paginas. A revista e urn objeto que as pessoas seguram na mao para folhear suas paginas; entao, tirar 0 maximo partido de suas caracteristicas e possibilidades fisicas e simplesmente respeitar 0 born senso.
  • 7. Hierarquize a informa;ao pelo impacto e quantidade de cor: quanto mais importante, mais colorido. Os soldados mais rasos sao identificados por urn pequeno lenc;o e chapeu vermelhos. 0 lugar-tenente tern uma jaqueta. o general resplandece com urn vermelho de extasiar os olhos. Fa;a as coisas importantes bem visiveis, usando cores fortes, saturadas, dominantes, agressivas. Cores "quentes" parecelU mais pr6ximas e saltam aos olhos do observador. Minimize 0 destaque das coisas us ando cores claras, timidas, retraidas. As cores "frias" parecem se afastar do observador. Considere os valores tonais: Quanto maior a area, mais leve e discreta deve ser a cor. Quanto menor a area, luais a cor podera ser viva e brilhante. Pense em termos de proporc;6es e de suas relac;6es, mais do que em termos de matizes. Escolha primeiro a cor do fundo, depois acerte os tons de cor a partir dela. Considere as relac;6es entre as cores: nenhuma cor existe por si, por isso leve sempre em conta o que ha em volta dela. 0 e£eito tambem muda conforme variam as proporc;6es entre as cores. A (mica regra e tentativa e erro, e experiencia. Crie urn album com pedac;os de papel coloridos anotados para manter urn registro visual. II ~.
  • 8. Atribua uma cor deliberadamente para cumprir funs:oes especificas. Planeje isso desde 0 inicio. Voce pode tambem pensar depois, agindo retroativamente, mas acrescentar a cor quando quase tudo ja esta resolvido raramente faz jus as possibilidades dela como um material funcional, racional, intelectual. Este e um exemplo 6bvio daquela compreensao e cooperac;:aoessencial entre editor e designer. Por mais atraente e decorativa que a cor possa ser, ela e mais valiosa quando tambem ajuda a contar a hist6ria . •••• ',,....... SiC WIll ~ IF - •••• MiF ~::..~~ ;; === .-- Enfatize os pontos principais do texto: coloque os paragrafos principais em cor para destacar os beneficios ... alardear as vantagens. Fac;:acom que 0 motivo para que o lei tor se de ao trabalho de ler fique evidente. Chame a atens:iio dos observadores para 0 que voce quer que eles percebam: a oferta especial. .. o numero de telefone . a data de vencimento . a advertencia sobre seguranc;:a... com lucro (ou com perda) ... dados que excedem a norma ... valores que excedem a toleriincia ... mudanc;:asde procedimento ... seja Ii 0 que for que diga respeito ao publico de maneira mais direta (como seus pr6prios nomes) ... Editar 0 material fazendo 0 melhor uso possivel da cor ajuda a deixar a mensagem mais penetrante, mais ficil de assimilar e de relembrar.
  • 9. Compare dois conjuntos de dados. Diferencie a nova informayao ciaantiga ... a situayao atual da situac;;aoprojetada ... os resultados desta temporada do time de futebol dos resultados da temporada anterior alterac;;oes nas especificac;;oes etc. Se 0 material em cor vai ficar mais importante que 0 material em preto e algo que depende das propon;:oes e da enfase tipografica. Em qualquer caso, a apresentayao pode ser organizada em dois niveis e prontamente compreendida pelo observador a primeira vista. Organize, classifique, codifique, categorize a informa~ao. Separe e encerre a informac;;ao subsidiaria em boxes. Isole as )aterais em SlJaspIopIjas iheas. As coisas em boxes coloridos sao vistas como de segunda categoria - podem ser saltadas, mas estao disponiveis caso se precise delas. Fa~a 0 texto parecer mais curto usando cor para identificar e desse modo separar os resumos ... conclusoes ... biografias ... sumarios ... instrUl;:oes,testes de auto-avaliayao. 0 artigo ainda toma 0 mesmo espayo total, mas da a impressao de que ha menos texto para ler, porque os elementos acess6rios foram separados e mudamos sua aparencia por meio da cor. Separe a mensagem dos sinais que preservam a imagem da publicayao, como numerayao de paginas, chapeus, rodapes e logos. Coloque esses elementos repetitivos em cor. As paginas pareceriio mais simples, menos abarrotadas, e ficara mais facil se concentrar na materia. ~ ) =-- ~1 ..- ---=------ ~ -- -.............. J --• ,. -- =--- - -I -..-aU '1 M' ...... ;; - I - .",,-, .. .._,,, •••t:1 1•••••••• •... ,. -- ~~-====== ....~ - =• _.---- .•• oer-W": ~ li. ~i ;;--
  • 10. Associe os elementos uns aos outros. 0 titulo roxo intuitivamente e percebido como pertencendo it linha roxa do grafico, assim como a senhora de vestido roxo imediatamente percebe sua rival com vestido da mesma cor na festa. Leve em conta essa relac;:ao,porque urn uso impensado da cor pode fazer 0 leitor associar por engano elementos da pagina que nao tinhamos a intenc;:aode relacionar. :::=:::=--=--=--=--=-~t •.• ~ C i f'O,c.E '>/Ce(r --.--. --'='. .- --- Desenvolva uma linguagem de cor que 0 leitor aprenda a reconhecer e compreender. Se os atributos positivos foram da primeira vez identificados em marrom, entao toda vez que 0 marrom for visto, nao importa a que se refira, sera interpretado como positivo. Mantenha 0 codigo de cor simples. Use nao mais do que quatro cores alem do preto, caso contrario tera que colocar uma chave de cores para explicar o c6digo a cada vez (e a ideia e evitar chaves de cores que consomem tempo e esforc;:opara ser consultadas). Preto mais tres cores diferenciadas podem ser lembrados com facilidade.
  • 11. Defina urn c6digo de cor para criar consistencia e previsibilidade ao longo da edit;ao ou de uma serie de publicat;6es relacionadas, incluindo as de internet. Estabelet;a uma personalidade . •=- ~ Assegure urna continuidade de cor: urn visual coerente da fort;a, enquanto a variedade desintegra a publicat;ao. Use apenas uma cor para os fundos. A repetit;ao ajuda os segmentos a parecerem familiares, como 0 observadar espera que sejam. Essa sensat;ao de "pertinencia" e vantajosa para a pagina, para a materia, a serie, a imagem da publicat;ao peri6dica. Interrornpa fluxos longos com paginas de quebra. Uma grande publicat;ao, como uma lista telefonica, quando e dividida dessa maneira parece menor, mais acessivel, e 0 todo parece mais amigavel para 0 usuario. A car pode identificar paginas recorrentes como aberturas de capitulo ... ilustrat;6es tematicas ou declarat;6es ... graficos de processos ... mapas de localizat;ao ... indices secundarios ... testes de auto-avaliat;ao ... sumarios. Identifique se;oes especiais par meio de papel colorido, mas atenha-se ao estilo tipografico. A cor 0 tornara diferente, mas todo 0 resto ajudara a "fazer parte". :-....- ::=::-.._- ~ ..• ~.-
  • 12. Este texto foi propos!talmente composto pequeno demais e ape11ado demais. Quando impressa em preta sabre fundo branco, pode ser decifrado com facilidade. As palavras se destacam melhor porque preta sabre branco cria 0 maximo contraste tonal e estamos acostumados a 1550, achamos natural, facil, e pOl1anto preferimos. Trata-se apenas de urn exemplo, nao de uma recomenda<;ao. Este texto foi composto maior, menos apertado (ou seja, com urn tracking maior), em corpo maior, com mais entrelinha, em linhas mais curtas. Em preto sobre fundo branco ele pode parecer urn pouco tolo. Quando 0 mesmo texto (composto de prop6s!to pequeno e apertado dema!s) e impressa em preto sabre urn fundo de cor, fica mais diffcil de decifrar, mas, se a cor e clara, voce ainda pode dar canta do recado. Quanto mais clara a cor do fundo, maior o contraste tonal, e portanto menos ele perturba 0 habito e as expectativas normals. Este texto foi composto maior, menos apertado, com corpo maior, mais entrelinha e linhas mais curtas. Impresso em preto sobre fundo de cor clara, e facil de vel',portanto facil de IeI'e consequentemente aceitavel. Corpo preto sobre fundo colorido. o tom escuro do fundo afeta a legibilidade do corpo preto. Corpo bran co sobre fundo colorido da melhor leitura contra urn fundo de cor escura. Branco sabre preto e rigid a demais. Use corpo sem serifa, para evitar que as serifas fiquem preenchidas de tint a, e evite fontes ultrabold, que podem ficar saturadas de tinta. ' Iguale os valores tonais do fundo. Como a preto e mais facil de ler sabre branco do que sabre uma cor, uma prioridade imediata se estabelece: as linhas mais faceis de ler sao percebidas primeiro e portanto seu conteudo ganha sem querer uma prioridade. Equilibrar as val ores tonais das cores do fundo corrige essa desigualdade nao pretendida e enganosa.
  • 13. Quando impressa em ciano (azul). podc ser decifrado com muito mais facilidade. porque o ciano equivaJc a preto 67o/r. Vma reticula de 670/<de preto equivale a um cinza-escuro. o contraste com 0 fundo branco IS maior. 0 quc torna as paJavras decifdveis. Para compensar a clarida de da cor: aumente 0 negrito, aumente 0 tamanho do corpo, aumente 0 entrelinhamento, diminua 0 comprimento das linhas, fa~a 0 texto irregular a direita. Mantenha a tipografia simples. Use fontes sem serifa, evite fontes extravagantes, exageradas, ultra-expand idas, ultracondensadas, ultra-oblfquas, italicos palidos, excesso de palavras em caixa alta. Deixe que a propria cor se encarregue de gritar. Quando impressa em ciano (azul), pode ser decifrado com muito mais facilidade, porque 0 ciano equivale a preto 67%. Vma reticula de 67% de preto equivale a urn cinza-escuro. 0 contraste com 0 fundo branco e maior, 0 que torna as palavras decifniveis. Corpo colorido sobre fundo branco sofre com 0 contraste mais reduzido, pois a cor e sempre mais clara que 0 preto. Compense isso com uma cor mais escura e uma tipografia simples. Tipo colorido sobre fundo colorido e perigoso. Escolha as cores segundo 0 contraste, nao pela sua beleza au brilho. Evite cansar a vista usando cores vivas sobre fundos de cor viva. Fac;atestes. Nunca coloque tipologia em preto, branco ou qualquer cor sobre um fundo cheio de pontos, ·se voce quiser ser lido par mais de duas pessoas (voce e sua mae).
  • 14. Degrades de cor sao cineticos. Parecem se mover. Urn degrade - ou gradal;ao de cor - cria a ilusao de mudanl;a (de/para, fora/dentro, antes/depois). A sequencia natural comel;a a esquerda e segue para a direita, mas isso pode ser alterado pela propria cor: e mais provavel que 0 olho seja atraido primeiro pela cor mais viva, e depois se mova para a mais escura ou mais clara, nao importa onde esteja colocada. df»,((~1~~~~~ ~ ~~;'4~ A mudanfa de cor de uma parte do degrade em direl;aOa outra aumenta a dramaticidade do movimento, especialmente se as cores tiverem significado. A extremidade fria da seta na frigideira vai ficando progressivamente mais quente conforme se afasta da frigideira e se aproxima do fogo. o fim da linha (a "ultima informa.;ao") no canto superior direito e enfatizado porque se trata de uma linha branca contra um fundo violeta-escuro. 0 inkio da linha a extrema esquerda (a "parte antiga") fica sem enfase porque parece mais claro contra um fundo claro. Ocorre exatamente 0 oposto quando a linha do grafico e preta. Quanto maior 0 contraste tonal, maior a visibilidade. Guie 0 leitor para que perceba 0 que e importante, colocando isso contra urn fundo claro se estiver em cor escura ... ou contra urn fundo escuro se estiver numa cor clara. Isso nao tern nada a ver com 0 matiz ou brilho da cor, mas com o fato de ser escura ou clara. Essa tecnica pode ser usada para tornar urn ponto destacado e nitido - ou para iludir 0 observador.
  • 15. Manipule paineis de cor com cuidado. A nao ser que sua publica<;ao use uma cor padrao em todos os paineis como urn elemento de seu estilo grafico, os paineis que ncam junto a lotos coloridas devem ser considerados em rela<;aa a essas imagens, como parte de urn efeito global. Aqui, 0 painel azul briga com a foto bronzeada. Ha alguma razao pela qual voce quer que fique assim? Se houver, tudo bem. Se nao ... ... combine com uma cor da foto para amplificar o poder da imagem. A cor que voce escolher ira enfatizar 0 aspecto da foto para 0 qual voce quer chamar a aten<;ao. Aqui e simplesmente a cor da rocha (que neste caso e a Rocha Ayer au Uluru, na Australia) ... ... melhor ainda: use paineis coloridos em degrade junto a fotos coloridas. A grada<;aode cor parece mais natural do que paineis chapados, porque nao existem cores chapadas na natureza. A cor chapada s6 existe em situa<;6es artificiais, como a impressao. 0 azul do ceu muda de valor tonal do horizonte ate 0 zenite. Uma parede pode estar pintada de cor lisa mas seu aspecto varia conforme a ilumina<;ao que incide nela. Veja isso em volta de voce. Use paineis de cor com precau<;ao.
  • 16. Chame a aten~ao para urn elemento numa foto colorida manipulando a cor. Pense nisso como outra forma de "editar". Obviamente, devemos deixar as fotos boas em paz e protege- las contra a degradac;ao ou "melhora". Por outro lado, as vezes a rapidez e clareza da mensagem podem se beneficiar de algum tipo de manipulac;ao da imagem. Urn exemplo simples: os pes azuis do mergulhao das ilhas Galapagos. Alguma das vers6es "melhoradas" abaixo e melhor que 0 original? Alguma delas e necessaria? sera que adulterar a pureza da imagem compensa 0 resultado? Trata-se de urn problema filosofico, e sua soluc;ao nao e puramente estetica, mas editorial: 0 que e que estamos tentando fazer, quem somos nos, 0 que nossos clientes precis am e querem? Como podemos dizer-lhes isso de modo mais vivo, direto? Alternativa A. Interferir na cor do resto da foto. Aqui, fizemos a cor ficar so em preto-e-branco, deixando apenas os pes do mergulhao em cor. Alternativa B. Deixar a foto como esta, mas rodea-la com uma moldma azul que combine com as patas do mergulhao.