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A Economia do Brasil Colonial:
• A economia colonial brasileira é integrada ao
  processo mundial de expansão do capitalismo
  mercantil. Baseada no monopólio colonial –
  Portugal tem a exclusividade do comércio com
  a colônia –, é altamente especializada e
  dirigida para o mercado externo.
• As técnicas agrícolas utilizadas são
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  esgotamento da terra. A produção está
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  de-obra escrava – primeiro dos indígenas e
  depois dos negros.
A Escravidão:
• O trabalho escravo do indígena é usado em
  diferentes regiões do Brasil até meados do
  século XVIII. A caça ao índio é um negócio
  local e os ganhos obtidos com sua venda
  permanecem nas mãos dos colonos, sem
  lucros para Portugal.
• Por isso, a escravização do nativo brasileiro é
  gradativamente desestimulada pela
  metrópole e substituída pela escravidão
  negra. O tráfico negreiro é um dos mais
  vantajosos negócios do comércio colonial e
  seus lucros são mandados direto pra Portugal.
ESCRAVIDÃO NEGRA :
• A primeira leva de escravos negros que chega ao
  Brasil vem da Guiné, na expedição de Martim
  Afonso de Souza, em 1530. A partir de 1559, o
  comércio negreiro se intensifica. A Coroa
  portuguesa autoriza cada senhor de engenho a
  comprar até 120 escravos por ano.
• Os Sudaneses são levados para a Bahia e bantus
  espalham-se pelo Maranhão, Pará, Pernambuco,
  Alagoas, Rio de Janeiro e São Paulo.
•
TRÁFICO DE ESCRAVOS :
• O tráfico negreiro é oficializado em 1568 pelo
  governador-geral Salvador Correa de Sá. Em
  1590, só em Pernambuco registra-se a entrada
  de 10 mil escravos. Não há consenso entre os
  historiadores sobre o número de escravos
  trazidos para o Brasil. Alguns, como Roberto
  Simonsen e Sérgio Buarque de Holanda, estimam
  esse número entre 3 milhões e 3,6 milhões. Caio
  Prado Júnior supõe cerca de 6 milhões e Pandiá
  Calógeras chega aos 13,5 milhões.
Cana-de-açúcar
• O cultivo da cana-de-açúcar é introduzido no Brasil por
  Martim Afonso de Souza, na capitania de São Vicente.
  Seu apogeu ocorre entre 1570 e 1650, principalmente
  em Pernambuco. Fatores favoráveis explicam o
  sucesso do empreendimento: experiência anterior dos
  portugueses nos engenhos das ilhas do Atlântico, solo
  apropriado, principalmente no Nordeste, abundância
  de mão-de-obra escrava e expansão do mercado
  consumidor na Europa. A agroindústria açucareira
  exige grandes fazendas e engenhos e enormes
  investimentos em equipamentos e escravos.
• Os engenhos de açúcar são unidades de
  produção completas e, em geral, auto-
  suficientes. Além da casa grande, moradia da
  família proprietária, e da senzala, dos escravos,
  alguns têm capela e escola, onde os filhos do
  senhor aprendem as primeiras letras. Junto aos
  canaviais, uma parcela de terras é reservada para
  o gado e roças de subsistência. A "casa do
  engenho" possui toda a maquinaria e instalações
  fundamentais para a obtenção do açúcar.
ECONOMIA AÇUCAREIRA :
• Estimativa do final do século XVII indica a
  existência de 528 engenhos na colônia. Eles
  garantem a exportação anual de 37 mil caixas,
  cada uma com 35 arrobas de açúcar. Dessa
  produção, Portugal consome apenas 3 mil
  caixas anuais e exporta o resto para a Europa.
• O monopólio português sobre o açúcar
  assegura lucros consideráveis aos senhores de
  engenho e à Coroa. Esse monopólio acaba
  quando os holandeses começam a produzir
  açúcar nas Antilhas, na segunda metade do
  século XVII. A concorrência e os limites da
  capacidade de consumo na Europa provocam
  uma rápida queda de preços no mercado.
A Mineração:
• Na passagem do século XVII para o XVIII, são
  descobertas ricas jazidas de ouro no centro-sul do
  Brasil. A Coroa portuguesa volta toda sua atenção para
  as terras brasileiras. A região das minas espalha-se
  pelos territórios dos atuais Estados de Minas Gerais,
  Goiás e Mato Grosso e torna-se pólo de atração de
  migrantes: portugueses em busca de fortuna,
  aventureiros de todas as regiões do Brasil e escravos
  trazidos do Nordeste. Criam-se novas vilas: Sabará,
  Mariana, Vila Rica de Ouro Preto, Caeté, São João del
  Rey, Arraial do Tejuco (atual Diamantina) e Cuiabá.
O QUINTO :
• A Coroa portuguesa autoriza a livre
  exportação de ouro mediante o pagamento
  de um quinto (20%) do total explorado. Para
  administrar e fiscalizar a atividade
  mineradora, cria a Intendência das Minas,
  vinculada diretamente à metrópole. Toda
  descoberta deve ser comunicada.
• Para garantir o pagamento do quinto, são
  criadas a partir de 1720 as casas de fundição,
  que transformam o minério em barras
  marcadas com o selo real e já descontado o
  Quinto. Em 1765 é instituída a derrama: o
  confisco dos bens dos moradores para cobrir
  o valor estipulado para o quinto quando há
  déficit de produção.
ECONOMIA MINERADORA :
• O chamado "ciclo do ouro" traz uma grande
  diversificação social para a colônia. A
  exploração das jazidas não exige o emprego
  de grandes capitais, permite a participação de
  pequenos empreendedores e estimula novas
  relações de trabalho, inclusive com a mão-de-
  obra escrava.
• Os escravos trabalham por tarefa e, muitas
  vezes, podem ficar com uma parte do ouro
  descoberto. Com isso, têm a chance de
  comprar sua liberdade. O período de
  mineração dura pouco: entre 1735 e 1754, a
  exportação anual gira em torno de 14.500 kg.
  No final do século, o volume enviado a
  Portugal cai para 4.300 kg por ano, em média.
A Exploração de DIAMANTES :
• Por volta de 1729, Bernardo da Fonseca Lobo
  des-cobriu as primeiras jazidas diamantíferas
  no arraial do Tijuco ou Serro Frio, hoje
  Diamantina. Teve início, as-sim, a exploração
  dos diamantes, que, como a do ouro, também
  era considerada um monopólio régio.
• Em 1733, foi criado o Distrito Diamantino, única área
  demarcada em que se podia explorar legalmente as
  jazidas. A exploração era livre, mediante o pagamento
  do quinto e da capitação sobre o trabalhador escravo.
  Em 1739, a livre extração cedeu lugar ao sistema de
  contrato, que deu origem aos ricos contratadores,
  como João Fernandes, estreitamente ligado à figura de
  Xica da Silva. Diante das irregularidades e do desvio
  dos impos-tos, além do alto valor que alcançavam as
  pedras na Europa, em 1771, foi decretada a régia
  extração, que contava com o trabalho de escravos
  alugados pela coroa.
• Posteriormente, com nova liberação da
  exploração, foi criado o Livro de Capa Verde,
  contendo o registro dos exploradores, e o
  Regimento dos Diamantes, procurando
  disciplinar a extração. Contudo, o monopólio
  estatal sobre os diamantes vigorou até 1832.
• A mineração foi responsável por impor-tantes
  consequências que se refletiram sobre a vida
  econômica, social, política e administrati-va
  da colônia. De saída, provocou uma grande
  migração portuguesa para a região das Gerais.
  Segundo alguns autores, no século XVIII,
  aproximadamente 800.000 portugueses
  vieram para o Brasil, ou seja, 40% da
  população da metrópole.
• O a região mineradora, compreendendo o
  eixo Minas-Rio de Janeiro, passou a ser o novo
  centro econômico, social e político da colônia;
  em 1763, um decreto do marquês de Pombal
  transferiu a capital de Salvador para o Rio de
  Janeiro.
• Com a mineração, se desenvolveu o mercado
  interno, melhorando a economia da colônia e
  várias regiões brasileiras se organizaram para
  abastecer a região do ouro. A vida urbana e o
  próprio caráter da exploração do ouro geraram
  uma sociedade mais aberta, convivendo lado a
  lado o trabalho livre e o trabalho escravo,
  embora este fosse predominante. Como
  consequência, a concentração de renda foi
  menor, enriquecendo, principalmente, os setores
  ligados ao abastecimento.
• Finalmente, a "corrida do ouro" promoveu a
  penetração e o povoamento do interior do
  Brasil, anulando em definitivo a velha
  demarcação de Tordesilhas.
• Os paulistas, que conheciam bem o sertão,
  iriam desempenhar um papel importante
  nessa nova fase da história colonial. Já em
  1674, destacou-se a bandeira de Fernão Dias
  Pais, que, apesar de não ter descoberto
  metais preciosos, serviu para indicar o
  caminho para o interior de Minas. Poucos
  anos depois, a bandeira de Bartolomeu Bueno
  da Silva – o Anhanguera – abriria caminho
  para o Brasil central (Goiás e Mato Grosso).
• Os principais exploradores do sertão, foram os
  paulistas. Com um irrisório apoio oficial,
  Fernão Dias Pais partiu em 1674 para o sertão,
  onde permaneceu por seis anos, chegando ao
  Jequitinhonha. Porém, não descobriu nada de
  valor. Em 1681 encontrou turmalinas
  acreditando serem esmeraldas.
• Contudo, durante os anos em que
  permaneceu no sertão, desbravou grande
  parte do interior das Gerais e abriu caminho
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A economia do brasil colonial

  • 1. A Economia do Brasil Colonial:
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  • 3. • A economia colonial brasileira é integrada ao processo mundial de expansão do capitalismo mercantil. Baseada no monopólio colonial – Portugal tem a exclusividade do comércio com a colônia –, é altamente especializada e dirigida para o mercado externo.
  • 4. • As técnicas agrícolas utilizadas são rudimentares e provocam rápido esgotamento da terra. A produção está centrada na grande propriedade monocultora, o latifúndio, e na utilização de numerosa mão- de-obra escrava – primeiro dos indígenas e depois dos negros.
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  • 7. A Escravidão: • O trabalho escravo do indígena é usado em diferentes regiões do Brasil até meados do século XVIII. A caça ao índio é um negócio local e os ganhos obtidos com sua venda permanecem nas mãos dos colonos, sem lucros para Portugal.
  • 8. • Por isso, a escravização do nativo brasileiro é gradativamente desestimulada pela metrópole e substituída pela escravidão negra. O tráfico negreiro é um dos mais vantajosos negócios do comércio colonial e seus lucros são mandados direto pra Portugal.
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  • 10. ESCRAVIDÃO NEGRA : • A primeira leva de escravos negros que chega ao Brasil vem da Guiné, na expedição de Martim Afonso de Souza, em 1530. A partir de 1559, o comércio negreiro se intensifica. A Coroa portuguesa autoriza cada senhor de engenho a comprar até 120 escravos por ano. • Os Sudaneses são levados para a Bahia e bantus espalham-se pelo Maranhão, Pará, Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e São Paulo. •
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  • 13. TRÁFICO DE ESCRAVOS : • O tráfico negreiro é oficializado em 1568 pelo governador-geral Salvador Correa de Sá. Em 1590, só em Pernambuco registra-se a entrada de 10 mil escravos. Não há consenso entre os historiadores sobre o número de escravos trazidos para o Brasil. Alguns, como Roberto Simonsen e Sérgio Buarque de Holanda, estimam esse número entre 3 milhões e 3,6 milhões. Caio Prado Júnior supõe cerca de 6 milhões e Pandiá Calógeras chega aos 13,5 milhões.
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  • 15. Cana-de-açúcar • O cultivo da cana-de-açúcar é introduzido no Brasil por Martim Afonso de Souza, na capitania de São Vicente. Seu apogeu ocorre entre 1570 e 1650, principalmente em Pernambuco. Fatores favoráveis explicam o sucesso do empreendimento: experiência anterior dos portugueses nos engenhos das ilhas do Atlântico, solo apropriado, principalmente no Nordeste, abundância de mão-de-obra escrava e expansão do mercado consumidor na Europa. A agroindústria açucareira exige grandes fazendas e engenhos e enormes investimentos em equipamentos e escravos.
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  • 18. • Os engenhos de açúcar são unidades de produção completas e, em geral, auto- suficientes. Além da casa grande, moradia da família proprietária, e da senzala, dos escravos, alguns têm capela e escola, onde os filhos do senhor aprendem as primeiras letras. Junto aos canaviais, uma parcela de terras é reservada para o gado e roças de subsistência. A "casa do engenho" possui toda a maquinaria e instalações fundamentais para a obtenção do açúcar.
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  • 22. ECONOMIA AÇUCAREIRA : • Estimativa do final do século XVII indica a existência de 528 engenhos na colônia. Eles garantem a exportação anual de 37 mil caixas, cada uma com 35 arrobas de açúcar. Dessa produção, Portugal consome apenas 3 mil caixas anuais e exporta o resto para a Europa.
  • 23. • O monopólio português sobre o açúcar assegura lucros consideráveis aos senhores de engenho e à Coroa. Esse monopólio acaba quando os holandeses começam a produzir açúcar nas Antilhas, na segunda metade do século XVII. A concorrência e os limites da capacidade de consumo na Europa provocam uma rápida queda de preços no mercado.
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  • 25. A Mineração: • Na passagem do século XVII para o XVIII, são descobertas ricas jazidas de ouro no centro-sul do Brasil. A Coroa portuguesa volta toda sua atenção para as terras brasileiras. A região das minas espalha-se pelos territórios dos atuais Estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso e torna-se pólo de atração de migrantes: portugueses em busca de fortuna, aventureiros de todas as regiões do Brasil e escravos trazidos do Nordeste. Criam-se novas vilas: Sabará, Mariana, Vila Rica de Ouro Preto, Caeté, São João del Rey, Arraial do Tejuco (atual Diamantina) e Cuiabá.
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  • 30. O QUINTO : • A Coroa portuguesa autoriza a livre exportação de ouro mediante o pagamento de um quinto (20%) do total explorado. Para administrar e fiscalizar a atividade mineradora, cria a Intendência das Minas, vinculada diretamente à metrópole. Toda descoberta deve ser comunicada.
  • 31. • Para garantir o pagamento do quinto, são criadas a partir de 1720 as casas de fundição, que transformam o minério em barras marcadas com o selo real e já descontado o Quinto. Em 1765 é instituída a derrama: o confisco dos bens dos moradores para cobrir o valor estipulado para o quinto quando há déficit de produção.
  • 32.
  • 33.
  • 34. ECONOMIA MINERADORA : • O chamado "ciclo do ouro" traz uma grande diversificação social para a colônia. A exploração das jazidas não exige o emprego de grandes capitais, permite a participação de pequenos empreendedores e estimula novas relações de trabalho, inclusive com a mão-de- obra escrava.
  • 35. • Os escravos trabalham por tarefa e, muitas vezes, podem ficar com uma parte do ouro descoberto. Com isso, têm a chance de comprar sua liberdade. O período de mineração dura pouco: entre 1735 e 1754, a exportação anual gira em torno de 14.500 kg. No final do século, o volume enviado a Portugal cai para 4.300 kg por ano, em média.
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  • 37. A Exploração de DIAMANTES : • Por volta de 1729, Bernardo da Fonseca Lobo des-cobriu as primeiras jazidas diamantíferas no arraial do Tijuco ou Serro Frio, hoje Diamantina. Teve início, as-sim, a exploração dos diamantes, que, como a do ouro, também era considerada um monopólio régio.
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  • 42. • Em 1733, foi criado o Distrito Diamantino, única área demarcada em que se podia explorar legalmente as jazidas. A exploração era livre, mediante o pagamento do quinto e da capitação sobre o trabalhador escravo. Em 1739, a livre extração cedeu lugar ao sistema de contrato, que deu origem aos ricos contratadores, como João Fernandes, estreitamente ligado à figura de Xica da Silva. Diante das irregularidades e do desvio dos impos-tos, além do alto valor que alcançavam as pedras na Europa, em 1771, foi decretada a régia extração, que contava com o trabalho de escravos alugados pela coroa.
  • 43. • Posteriormente, com nova liberação da exploração, foi criado o Livro de Capa Verde, contendo o registro dos exploradores, e o Regimento dos Diamantes, procurando disciplinar a extração. Contudo, o monopólio estatal sobre os diamantes vigorou até 1832.
  • 44. • A mineração foi responsável por impor-tantes consequências que se refletiram sobre a vida econômica, social, política e administrati-va da colônia. De saída, provocou uma grande migração portuguesa para a região das Gerais. Segundo alguns autores, no século XVIII, aproximadamente 800.000 portugueses vieram para o Brasil, ou seja, 40% da população da metrópole.
  • 45.
  • 46. • O a região mineradora, compreendendo o eixo Minas-Rio de Janeiro, passou a ser o novo centro econômico, social e político da colônia; em 1763, um decreto do marquês de Pombal transferiu a capital de Salvador para o Rio de Janeiro.
  • 47. • Com a mineração, se desenvolveu o mercado interno, melhorando a economia da colônia e várias regiões brasileiras se organizaram para abastecer a região do ouro. A vida urbana e o próprio caráter da exploração do ouro geraram uma sociedade mais aberta, convivendo lado a lado o trabalho livre e o trabalho escravo, embora este fosse predominante. Como consequência, a concentração de renda foi menor, enriquecendo, principalmente, os setores ligados ao abastecimento.
  • 48. • Finalmente, a "corrida do ouro" promoveu a penetração e o povoamento do interior do Brasil, anulando em definitivo a velha demarcação de Tordesilhas.
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  • 51. • Os paulistas, que conheciam bem o sertão, iriam desempenhar um papel importante nessa nova fase da história colonial. Já em 1674, destacou-se a bandeira de Fernão Dias Pais, que, apesar de não ter descoberto metais preciosos, serviu para indicar o caminho para o interior de Minas. Poucos anos depois, a bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva – o Anhanguera – abriria caminho para o Brasil central (Goiás e Mato Grosso).
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  • 53. • Os principais exploradores do sertão, foram os paulistas. Com um irrisório apoio oficial, Fernão Dias Pais partiu em 1674 para o sertão, onde permaneceu por seis anos, chegando ao Jequitinhonha. Porém, não descobriu nada de valor. Em 1681 encontrou turmalinas acreditando serem esmeraldas.
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  • 55.
  • 56. • Contudo, durante os anos em que permaneceu no sertão, desbravou grande parte do interior das Gerais e abriu caminho para futuras descobertas de importância.