2. Conhecendo um pouco os
Platelmintos
Presentes na Terra há cerca de 600 milhões de anos, os
platelmintos são vermes de corpo achatado,
dorsoventralmente.
Por terem o corpo origina-se o nome platelminto, que do
grego significa platy = achatado e helminto = verme.
Alguns platelmintos são de vida livre, como as planárias
habitando ambientes aquáticos e solos úmidos.
Já outros como o esquistossomo e a tênia são parasitas de
animais vertebrados, incluindo o ser humano.
Planária
Esquistossomo
Tênia
4. 1.1 Características Gerais
São triblásticos e acelomados.
Possuem três folhetos germinativos, a ectoderme,
mesoderme e endoderme.
Como adaptação aos movimentos,
as espécies de vida livre apresentam
cefalização, isto é, na região da
cabeça há uma concentração de
órgãos sensoriais e tecido nervoso do
que o resto do corpo.
Possui um sistema bilateral, podendo
ser dividido em duas metades
semelhantes.
5. 1.2 Revestimentos, sustentação
e movimentos
Os platelmintos de vida livre produzem um muco na
epiderme que facilita o movimento, realizado com a ajuda
dos cílios.
Nas formas livres, alguns platelmintos possuem na cabeça
ocelos, espécies de olhos primitivos.
O parênquima e o sistema muscular dos platelmintos dá a
eles uma grande mobilidade que podem se dobrar em várias
direções ou encurtar e esticar o corpo.
Ocelos
6. 1.3 Digestão
Os platelmintos possuem tubo digestório incompleto,
formado por boca, faringe e intestino simples ou ramificado.
Os animais de vida livre costumam ser carnívoros de outros
invertebrados.
Por possuir sistema digestório incompleto a digestão é extra
e intracelular.
E em alguns casos, a cavidade digestória é ramificada, o
que facilita a distribuição do alimento pelo corpo.
Alguns deles não possuem tubo digestório e vivem
adaptados como parasitas absorvendo por meio da pele o
alimento ingerido pelo hospedeiro.
7. 1.4 Respiração, circulação e excreção
Como são animais achatados, as distâncias dentro do corpo
são pequenas.
Assim, o oxigênio absorvido pela epiderme chega facilmente
ao centro do corpo por difusão.
Não existe, portanto, um sistema respiratório diferenciado
nem um sistema circulatório. A cavidade digestória distribui o
alimento pelo corpo.
A amônia é eliminada por difusão na pele. O excesso de
água é eliminado por células com um flagelo (solenócito) ou
com vários flagelos, as células-flama.
8. 1.5 Coordenação
O sistema nervoso dos platelmintos é mais desenvolvido que
o dos cnidários e proporciona melhor coordenação de
movimentos complexos.
Há duas pequenas “estações nervosas”, os gânglios
cerebrais, ligados entre si por dois cordões nervosos.
Sistema nervoso da planária e os ocelos.
Pigmentos que bloqueiam os raios de luz
vindo de certas direções, permitindo a
orientação da planária pela luz.
10. 2.1 A reprodução da Planária
2.1.1 Reprodução assexuada
A planária pode realizar reprodução assexuada
caminhando com a parte anterior e posterior do corpo em
sentidos contrários e cortando-se ao meio, processo
denominado de autolaceração.
Reprodução assexuada na planária
11. Em relação à reprodução sexuada a planária é
hermafrodita e a fecundação é recíproca.
Um animal introduz o pênis no poro genital do outro, e os
espermatozoides fecundam os óvulos lançados pelos
ovários nos ovidutos.
Os ovos ficam dentro de casulos nos quaias há células com
substâncias nutritivas, o vitelo, que fornece alimento para o
embrião.
O ovos originam uma nova planária (desenvolvimento
direto), mas nos parasitas há formação de larvas
(desenvolvimento indireto).
2.1.2 Reprodução sexuada
13. 4.1Classes de Platelmintos
Classe turbelária
•É a classe a que pertencem os vermes de vida livre. A planária é um
exemplo de platelminto dessa classe.
•Usam os cílios para a locomoção, são hermafroditas e fazem
fecundação cruzada.
Classe trematoda
•São os platelmintos que possuem corpo revestido por uma cutícula,
tendo ausência da epiderme e dos cílios.
•A fêmea vive em uma cavidade do macho, e fazem fecundação
cruzada e interna. Um exemplo é o parasita esquistossomo.
Classe cestoda
•São os parasitas que vivem, normalmente, em intestinos dos
vertebrados. Entre suas características estão a ausência de boca e
aparelho digestivo.
•Um exemplo é a tênia, que pode chegar aos 8 metros de
comprimento.
15. 4.1 Filariose
O que é?
Conhecida como elefantíase , é uma doença causada por
um parasita conhecido como vermes nematóides.
Agente Causador e Vetor
Agente causador nematóide
Wuchereria bancrofti.
Macho mede 4cm de comprimento
e fêmea 7cm a 10cm.
Ciclo de vida desse invertebrado
patogênico ocorre por intervenção
de hospedeiro: inicialmente
passando por um vetor o mosquito
hematófago do gênero Culex
Principais regiões pernas, mamas e
escroto.
Wuchereria bancrofti
Mosquito Culex
16. 4.2 Transmissão
A transmissão ocorre quando um indivíduo é picado
pelo mosquito, sugando junto ao sangue as
microfilárias, transmitidas a outras pessoas, reiniciando o
ciclo.
17. 4.3 Sintomas
Na fase aguda podem aparecer fenômenos inflamatórios,
entre eles inflamação nos vasos linfáticos e linfadenites.
Pacientes podem apresentar inchaço de membros, e/ou
mamas , e inchaço por retenção de líquidos nos testículos.
Doenças infecciosas de pele presença de gordura na urina
são outras possíveis manifestações.
Pode ainda haver a evolução para formas graves e
incapacitantes de elefantíase.
18. 4.4 Tratamento e Prevenção
4.4.1 Tratamento
Feito com medicamentos, de acordo com as manifestações
clínicas e depende do tipo e grau das lesões que os vermes
provocaram e suas consequências clínicas.
4.4.2 Prevenção
Combate ao mosquito e suas larvas, saneamento
ambiental, tratamento de esgotos e drenagem de águas
pluviais.