1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - CCBS
IMUNOLOGIA
RESPOSTA IMUNE A
PROTOZOÁRIOS
Trypanosoma Cruzi
ACADÊMICOS:
Amanda Laina
Hugo Eduardo Azevedo Fialho
Natasha Lima Monteiro
Nayara Lobo
Raquel Morales Vieira
Raimundo Barbosa Dias Júnior
6. CICLO BIOLÓGICO
NEVES, David et al. Parasitologia Humana.
11 ed. São Paulo: Atheneu, 2004.
LIAC. Ciclo do T. Cruzi no Inseto Vetor.
CTLD. Disponível em: <http://
www.liaccentralsorologica.com.br/
noticias_chagas.html>. Acesso em: 1 dez 2013.
7. CICLO BIOLÓGICO
EPIDEMIOLOGIA
• Prevalente em populações rurais - moradias de pau-a-pique.
• Afeta 8 a 10 milhões de pessoas que vivem nos países
latinoamericanos endêmicos.
• Afeta cerca de 300 a 400 mil indivíduos em países não
endêmicos, como a Espanha e os Estados Unidos.
• Cerca de 20.000 mortes são atribuídas à doença de Chagas a cada
ano.
• Na década de 70, no Brasil, o Ministério da saúde com técnicas a
fim de interromper a transmissão vetorial, com uso de inseticidas
e controle da transfusão de sangue.
• Em 1983, alcançou-se a cobertura total da área endêmica, e essas
ações vem sendo mantidas de forma regular.
• Mesmo com essas ações do Ministério da saúde, cerca de 200
novos casos ainda são registrados anualmente. Mais de 95%
ocorrem em apenas dois Estados: Pará e Amapá. No Maranhão:
32 casos entre 1994 e 2008.
8. CICLO BIOLÓGICO
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Fase Aguda: febre tifóide, leishmaniose
visceral, esquistossomose mansônica aguda,
mononucleose infecciosa, toxoplasmose, dentre
outras enfermidades febris.
• Fase Crônica: difenciar de outras
miocardiopatias.
• Forma Digestiva: diferenciar de
“megas” (megaesôfago, megacolo, etc.)
causados por outras etiologias.
• Forma Congênita: Sífilis e da Toxoplasmose.
9. CICLO BIOLÓGICO
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
• Fase aguda: pesquisa do parasito no sangue são as
formas mais rápidas de diagnóstico (método de Strout,
exame a fresco, gota espessa, esfregaço corado,
xenodiagnóstico, microhematócrito e creme
leucocitário).
• Fase crônica: Principalmente sorologia
(hemaglutinação indireta, imunofluorescência, ELISA) e
outros exames complementares (Hemograma completo
com plaquetas, eletrocardiograma e raio X). Exames
parasitológicos são pouco eficazes nessa fase da doença.
• O diagnóstico molecular utilizando PCR também pode
ser feito.
10. CICLO BIOLÓGICO
TRATAMENTO
• As drogas hoje disponíveis
(Benznidazol, Nifurtimox) são
indicadas em todos os casos,
tanto agudos quanto congênitos e
fase crônica.
• Eficácia na maioria dos casos
agudos (>60%) e congênitos
(>95%), apresentando ainda
relativa eficácia entre 50% a 60%
de casos crônicos recentes.
!
Devido a maior eficácia do tratamento na fase inicial da enfermidade, é
importante a descoberta precoce da doença.
11. CICLO BIOLÓGICO
PROFILAXIA
• Melhorar habitação, através de reboco e fechamento de
rachaduras e frestas;
• Telar portas e janelas;
• Manter limpeza periódica nas casas e em seus arredores;
• Construir galinheiro, paiol, tulha, chiqueiro , depósito afastados
das casas e mantê-los limpos;
• Retirar ninhos de pássaros dos beirais das casas;
• Aplicação sistemática de inseticidas;
• Prevenção da transmissão transfusional: fiscalização do
controle da qualidade do sangue transfundido, o que é feito
pela triagem sorológica dos doadores;
• Prevenção da transmissão em laboratório: rigoroso uso das
normas de biossegurança;
12. CICLO BIOLÓGICO
MECANISMOS DA RESPOSTA IMUNE
Via de atuação e regulação do sistema do complemento. (Elaborado por Moysés, M.K,
2011).
13. CICLO BIOLÓGICO
MECANISMOS DA RESPOSTA IMUNE
• O parasito desenvolve uma série de mudanças que capacita
sua sobrevivência no hospedeiro;
• Expressão de moléculas em sua superfície: interferência no
sistema complemento.
INTERAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO
ADESÃO
(SANTILIANO, 2012)
RECONHECIMENTO
CELULAR
PROTEÍNAS
+
GLICOPROTEÍNAS
14. CICLO BIOLÓGICO
INTERAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO
Formas Tripomastigotas
!
ÁCIDO SIÁLICO
Expressam proteína com
atividade transialidásica
removem resíduos de ácido
siálico.
Formas Tripomastigotas Metacíclicas
Ácido siálico é incorporado em antígenos.
Remoção de resíduos de ácido siálico gera
aumento da interação parasito-hospedeiro.
(SANTILIANO, 2012)
15. CICLO BIOLÓGICO
INTERAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO
GP83 + P74 (ligante universal no hospedeiro)
GP85 + Laminina/Fibronectina/Penetrina
Invasão de células da forma tripomastigota.
GP82
Tripomastigota metacíclica
• Molécula de adesão;
• Via de sinalização mediada
por PTK;
• Mobilização de cálcio.
(SANTILIANO, 2012)
16. CICLO BIOLÓGICO
INTERAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO
GP63
• Infecção da célula hospedeira
INVASÃO CELULAR
1° Formação de vacúolos ligados à membrana celular;
2° Ruptura da membrana e acesso do parasito ao citoplasma
pela síntese de Tc-Tox, que compartilha epítopos com C9
(complemento).
GP72
(SANTILIANO, 2012)
• Epimastigota;
• Aceptora do C3;
• Adesão do flagelo;
17. CICLO BIOLÓGICO
RESPOSTA IMUNE
• Imunidade Inata;
• Imunidade Adquirida;
• Parasita continuamente combatido e tem sua
multiplicação reduzida;
• Persistência indefinida do parasita:
• Atividade prolongada do sistema imune;
• Aparecimento de lesões teciduais e alterações
funcionais musculares e nervosas.
(SANTILIANO, 2012)
18. CICLO BIOLÓGICO
IMUNIDADE INATA
Formas epimastigotas:
Via alternativa do
Complemento: LISE.
Formas tripomastigotas
metacíclicas:
• Resistentes à ação lítica do
complemento.
• Moléculas em sua superfície
com propriedades associadas
à DAF humana.
• T-DAF e GP160: resistência do parasita ao ataque do
complemento;
• Proteína ligante de manose e receptor de manose de MΦ
e células dendríticas: importante mecanismo de captação
de formas amastigotas.
(SANTILIANO, 2012)
19. CICLO BIOLÓGICO
IMUNIDADE INATA
CÉLULAS NK
• Limitam o crescimento parasitário.
• Invasão de MΦ → Secreção de IL-12 ativa as NK a
produzirem IFN-ɣ → Ativação microbicida dos MΦ.
• TNF-α + IFN-ɣ = produção de NO.
IL-17
• Proteção do hospedeiro contra o T. cruzi em sua fase
aguda.
(SANTILIANO, 2012)
20. CICLO BIOLÓGICO
IMUNIDADE ADQUIRIDA
• Ativação de linfócitos B: hiperprodução de
imunoglobulinas;
• IgG1, IgG2a e IgG2b: envolvidos na eliminação das
formas sanguíneas do parasita;
• Anticorpos líticos: ausência = cura para doença de
Chagas.
Resposta Tipo Th1
Resistência à infecção
(mais precoce e de maior
amplitude) e pouca CTLA-4
(SANTILIANO, 2012)
Resposta Tipo Th2
Evolução para uma
forma crônica e muita
CTLA-4
21. CICLO BIOLÓGICO
MECANISMOS DE EVASÃO
• Expressão de moléculas na superfície de parasito com
capacidade de interferir na ativação das vias clássica e
alternativa do complemento;
• Renovação das moléculas de superfície através das vias
endocíticas sem renovação antigênica em T. cruzi.
• Liberação de imunocomplexos ligados à membrana;
• Atividade anticomplemento: bloqueio da cascata ou
ausência de prejuízo do complexo MAC;
• Formas amastigotas: ativam o complemento, mas escapam
da morte por expressão de proteína em sua superfície;
• Formas tripomastigostas: resistentes à lise pela ligação
ineficiente do fator B ao componente através de GP58/GP68
e pela atividade aceleradora de decaimentos de T-DAF e
GP160.
(SANTILIANO, 2012)
22. CICLO BIOLÓGICO
MECANISMOS DE EVASÃO
• GP160, GP58/68 e T-DAF: possuem atividade regulatória
do complemento, agem ao nível da C3 convertase de alguma
maneira;
• GP160 apresenta similaridades funcionais e genéticas com a
proteína DAF humana;
• GP58/68: glicoproteína tripomastigota-específica: inibição
da C3 convertase da via alternativa por atuar sobre o fator B;
• Aquecimento das formas tripomastigotas;
• CESTARI et al.: vesículas derivadas da membrana
plasmática da célula do hospedeiro por formas
tripomastigotas metacíclicas - estabilização e inibição da
C3 convertase.
(SANTILIANO, 2012)
23. CICLO BIOLÓGICO
REFERÊNCIAS
CORREA-OLIVEIRA, Rodrigo. Genética do Hospedeiro, Resposta Imune e
o Desenvolvimento da Doença de Chagas Humana. Disponível em: <http://
congressomedtrop.ihmt.unl.pt/files
%5CMR_Chagas_Resumo_Rodrigo_FIOCRUZ.pdf>. Acesso em: 2 dez 2013.
!
!
!
FIOCRUZ. Doença de Chagas: sintomas, transmissão e prevenção.
Disponível em: <http://www.bio.fiocruz.br/index.php/doenca-de-chagassintomas-transmissao-e-prevencao.> acesso em 30 nov 2013.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Doença de Chagas. Disponível em: <http://
portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/
gve_7ed_web_atual_doenca_de_chagas.pdf.> Acesso em: 29 nov 2013.
NETO, Edécio Cunha. Doença de Chagas. Disponível em: <http://
biotechnology.com.br/revista/bio09/bio_9.pdf#page=20>. Acesso em: 30 nov
2013.
NEVES, David et al. Parasitologia Humana. 11 ed. São Paulo: Atheneu,
2004.
24. CICLO BIOLÓGICO
REFERÊNCIAS
NOTÍCIAS UOL. Novas casos de Doença de Chagas no Brasil se
concentram no Pará e no Amapá. Disponível em <http://
noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/bbc/2012/05/31/novos-casosde-doenca-de-chagas-no-brasil-se-concentram-no-para-e-amapa.htm>.
Acesso em: 30 nov 2013.
!
SANTILIANO, Fabiano. Resposta imune e mecanismos de evasão
desenvolvidos pelo protozoário parasita Trypanosoma Cruzi, agente
causador da doença de Chagas. Disponível em: <http://
www.conhecer.org.br/enciclop/2012a/saude/resposta%20imune.pdf>.
Acesso em: 28 nov. 2013
SAÚDE EM MOVIMENTO. Doença de Chagas. Disponível em: <http://
www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_print.asp?
cod_noticia=658>. Acesso em: 30 nov 2013.
ZOONOSES. Doenças de Chagas. Disponível em <http://
www.mgar.com.br/zoonoses/aulas/aula_chagas.htm> Acesso em 29 nov
2013.