2. Enquanto não usarmos de tolerância
uns para com os outros, continuaremos
distantes do “amar ao próximo como a
si mesmo”.
“Indispensável não entrar em área de
atrito, quando se pode contornar o mal
aparente a favor do bem real”,
disse Joanna de Angelis no livro Convites da Vida.
No caso do erro alheio, quase sempre, o bem real é
manter a amizade, o relacionamento, e, principalmente,
não ferir ou magoar o outro, porque se um dia temos de
amar ao próximo como a nós mesmos, temos de começar
a exercer a tolerância com os erros e omissões do nosso
mais próximo no momento, tornando-o satisfeito conosco,
para mantermo-nos em harmonia.
3. Se houver a possibilidade de esclarecimento, tal ato deverá ser
feito em ocasião propícia, que pode ser após o ato, e a sós.
Todavia, tolerar não significa concordar com o erro. Tolerar os
limites e os problemas do próximo, mas nunca dar apoio ao
equivoco, ao erro, nem negligência para com o dever.
Chamado a opinar, a verdade deve ser dita, mas mostrando-se
amigo do que errou, evidenciando, com suas maneiras, que continua
respeitando-o como amigo ou como pessoa.
Ser tolerante com as faltas alheias, mas não as assimilar, nem
sintonizar com as fraquezas morais a pretexto de bondade ou
gentileza.
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5. Condescendência para com os direitos alheios, não produzindo
choque, não escandalizando, é relevante testemunho de tolerância.
Abeiremos do companheiro infeliz, com os valores da compreensão
e da fraternidade, porque sua fraqueza já lhe é uma punição. Isso é
tolerância.
Allan Kardec formulou uma tríade como base para a felicidade
humana: Trabalho, Caridade e Tolerância.
Assim, tolerância sempre, em qualquer lugar na família, no
trabalho, nas ruas, nas filas, no Centro Espírita.
Se tratarmos o erro do semelhante como quem cogita de afastar a
enfermidade de um amigo doente, estamos, na realidade,
concretizando a obra regenerativa, que cabe a todos nós, individual e
coletivamente.
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7. O que é ser tolerante com os erros alheios?
É ter compaixão de quem erra, porque seu juiz é a
sua própria consciência.
É ajudar o que tomba, pois sua fraqueza já lhe
constitui punição.
É compreender as dificuldades alheias, no seu
processo evolutivo, tanto quanto queremos que os
outros sejam tolerantes conosco.
Colocarmo-nos no lugar de quem erra, sentir suas
dificuldades, é um bom começo para o exercício da
tolerância.
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9. “Fora da caridade não há salvação”, escreveu Allan Kardec e,
se tolerância é o começo da caridade, como escreveu Joanna
de Ângelis, precisamos nos esforçar por desenvolver em nós a
tolerância com as falhas dos outros, graves ou pequenas, como
queremos que os outros sejam tolerantes com as nossas falhas.
Ser tolerante é também, aprender com o infrator, pois ele
representa o passado ou o futuro de quem não prossegue no
bem, e, todos nós, Espíritos imperfeitos, vivendo em um
mundo de expiações e de provas, já erramos muito e ainda
continuamos errando, apesar da vontade de viver de acordo
com as leis de Deus, ensinadas por Jesus.
Pensemos nisso sempre que formos tentados a criticar
alguém.
10. BIBLIOGRAFIA:
Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Plantão de Paz
Autor: Emmanuel
Joanna de Angelis, médium Divaldo Pereira Franco
1- Jesus e Atualidade
2- Convites da Vida
3 - Otimismo
Emmanuel, médium Francisco Cândido Xavier – Fonte Viva, cap. 37