O documento discute os tipos de argumentos dedutivos e não-dedutivos, explicando que em argumentos dedutivos a conclusão segue logicamente das premissas, enquanto em argumentos não-dedutivos a conclusão torna a verdade das premissas apenas provável. Ele também fornece exemplos e regras para argumentos indutivos, por analogia e de autoridade.
2. Distinção entre argumentos dedutivos e não-
dedutivos:
A validade de um argumento dedutivo depende
exclusivamente da sua forma lógica. Num argumento
dedutivamente válido, se as premissas forem
verdadeiras, é impossível que a conclusão seja falsa.
Num argumento não-dedutivo válido, a verdade
das premissas torna apenas provável a verdade da
conclusão.
3.
4. EXEMPLO
CADA UM DOS CISNES
OBSERVADOS ATÉ AGORA É
BRANCO.
LOGO, TODOS OS CISNES SÃO
BRANCOS.
9. As previsões são argumentos que também
partem de casos particulares, mas a conclusão
extraída é a de que algo ocorrerá no futuro.
10. As generalizações e as previsões devem
obedecer às seguintes regras
Regra 1. A amostra deve ser ampla.
Quanto maior for a amostra
observada mais forte o argumento
será.
EX: 100 cisnes/10.000 cisnes
Regra 2. A amostra deve ser
representativa (diversificada). A
informação deve ser relevante.
EX: Observar cisnes em regiões
diferentes
Regra 3 – A amostra não deve
omitir informação relevante.
Ao não cumprir estas ou alguma destas regras, incorremos na
falácia da generalização apressada.
11. • Um argumento indutivo é válido
porque é mais provável do que
improvável que a verdade das
premissas sustente a verdade da
conclusão.
• No entanto, nunca é impossível que as
premissas sejam verdadeiras e a
conclusão falsa.
Argumento indutivo válido
12. CONSIDERE OS ARGUMENTOS
INDUTIVOS SEGUINTES:
1. ATÉ À DATA, NENHUM SÍRIO FOI À LUA.
LOGO, EM 2017, NENHUM SÍRIO IRÁ À LUA.
2. ATÉ À DATA, NENHUM SÍRIO FOI À LUA.
LOGO, NUNCA UM SÍRIO IRÁ À LUA.
13. EM QUALQUER DOS ARGUMENTOS, É
PROVÁVEL QUE, DADAS AS PREMISSAS,
A CONCLUSÃO SEJA VERDADEIRA
(EMBORA, COMO SABE, NÃO SEJA
IMPOSSÍVEL QUE EM TODOS A
CONCLUSÃO SEJA FALSA).
MAS ESSA PROBABILIDADE ASSUME
GRAUS.
14. 1. ATÉ À DATA, NENHUM SÍRIO FOI À LUA.
LOGO, EM 2017, NENHUM SÍRIO IRÁ À LUA.
NO ARGUMENTO 1., DADO A HISTÓRIA
DO DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E
TECNOLÓGICO, É MUITÍSSIMO PROVÁVEL
SER VERDADE QUE EM 2017 NENHUM
PORTUGUÊS VÁ À LUA.
15. 2. ATÉ À DATA, NENHUM SÍRIO FOI À LUA.
LOGO, NUNCA UM SÍRIO IRÁ À LUA.
A CONCLUSÃO TEM UM ALTÍSSIMO GRAU
DE PROBABILIDADE DE SER FALSA. NO
QUE RESTA DE HISTÓRIA À HUMANIDADE,
É PERFEITAMENTE ADMISSÍVEL QUE SURJA
UM ASTRONAUTA SÍRIO.
16. OS MERCEDES SÃO
SEMELHANTES AOS BMW.
OS MERCEDES TÊM A
CARATERÍSTICA DE SEREM
SEGUROS.
LOGO, OS BMW SÃO
CARROS SEGUROS.
17. A É SEMELHANTE A B.
A TEM A CARATERÍSTICA C.
LOGO, B TEM A CARATERÍSTICA C.
Forma lógica do argumento.
18. Um argumento por analogia baseia-se numa
comparação Tira-se uma conclusão acerca
de uma coisa (A) comparando-a com outra
(B).
19. As analogias devem obedecer às seguintes
regras
Regra 1. A amostra deve ser
suficiente.
A força da conclusão aumenta
quando o número de objetos
comparados.
Regra 2. O número de semelhanças
deve ser suficiente.
A força da analogia cresce com o
aumento do número de semelhanças
verificadas.
Regra 3 – As semelhanças
verificadas devem ser relevantes.
Ao não cumprir estas ou alguma destas regras,
incorremos na falácia da falsa analogia.
21. A disse que P é verdade.
Logo, P é verdadeiro.
22. Num argumento de autoridade
conclui-se que uma determinada
proposição é verdadeira porque uma
certa autoridade (um ou vários
indivíduos/uma ou várias
organizações) defendem que é
verdadeira.
23. Os argumentos de autoridade devem obedecer
às seguintes regras
Regra 1. Regra 1. As pessoas
ou organizações citadas têm de
ser reconhecidos especialistas
nas matérias em questão.
Regra 2. Deve haver consenso
entre os especialistas sobre as
matérias em questão.
Regra 3 – As pessoas
reconhecidas como autoridades
devem ser imparciais.
Ao não cumprir estas ou alguma destas regras,
incorremos no apelo falacioso à autoridade.