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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
ICARO REBOUÇAS
TAINAN RANGEL SOARES
UMA NOVA LINGUAGEM, UM NOVO FORMATO: WEBTV
UNIVERSITÁRIA, DA IDEOLOGIA AOS MODOS DE PRODUÇÃO.
Conceição do Coité
2013
2
ICARO REBOUÇAS
TAINAN RANGEL SOARES
UMA NOVA LINGUAGEM, UM NOVO FORMATO: WEBTV
UNIVERSITÁRIA, DA IDEOLOGIA AOS MODOS DE PRODUÇÃO.
Trabalho de conclusão apresentado ao curso Curso
Comunicação Social, com habilitação em Rádio
TV, UNEB/Campus XIV, sob a orientação da
Professora Msc. Kátia Morais, como requisito
parcial para obtenção do título de bacharel em
Comunicação Social.
Conceição do Coité
2013
3
ICARO REBOUÇAS
TAINAN RANGEL SOARES
UMA NOVA LINGUAGEM, UM NOVO FORMATO: WEBTV
UNIVERSITÁRIA, DA IDEOLOGIA AOS MODOS DE PRODUÇÃO.
Trabalho de conclusão apresentado ao curso de
Comunicação Social, com habilitação em Rádio
TV, UNEB/Campus XIV, sob a orientação da
Professora Msc. Kátia Morais, como requisito
parcial para obtenção do título de bacharel em
Comunicação Social.
Data:_________________________
Resultado:____________________
BANCA EXAMINADORA
Professora Msc. Kátia Santos de Morais
Assinatura:______________________
Professora Dra. Rosane Meire Vieira de Jesus
Assinatura:______________________
Professor Dro. Raimundo Cláudio Xavier
Assinatura:______________________
Conceição do Coité
2013
4
Rebouças, Icaro
R292n Uma nova linguagem, um novo formato: webtv universitária
da indeologia aos modos de produção.
-- / Ícaro Rebouças; Tainan Rangel Soares.
Conceição do Coité: O autor, 2013.
57fls.; 30 cm.
Orientador: Prof. Ms. Kátia Santos de Moraes.
Trabalho de Conclusão de curso - TCC (Graduação) –
Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Educação,
Conceição do Coité, 2013
1. Internet. 2. Web TV. 4. Comunicação Pública.
I. Kátia Santos de Moraes. II. Universidade do Estado da Bahia.
Departamento de Educação – Campus XIV. III. Título.
CDD 004.60981 -- 20 ed.
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Departamento de Educação – Campus XIV - UNEB
5
“Dedicamos este trabalho a todos os nossos familiares e amigos que
colaboraram e nos deram base e sustentação para alcançar os nossos
objetivos".
6
AGRADECIMENTOS
A Deus, que se mostrou criador, que foi criativo. Seu fôlego de vida foi sustento e nos
deu coragem para questionar realidades e propor sempre um novo mundo de
possibilidades.
Às nossas famílias, por sua capacidade de acreditar e investir em nós. Obrigado por
acreditar. Sempre! Vocês são a nossa essência.
Aos nossos amigos, pelas alegrias, tristezas e dores compartilhadas. Com vocês, as
pausas entre um parágrafo e outro de produção melhora tudo o que temos produzido.
“Em tempos em que quase ninguém se olha nos olhos, em que a maioria das pessoas
pouco se interessa pelo que não lhe diz respeito, só mesmo agradecendo àqueles que
percebem nossas descrenças, indecisões, suspeitas, tudo o que nos paralisa, e gastam um
pouco da sua energia conosco, insistindo.” (Marta Medeiros).
7
RESUMO
A partir de uma discussão sobre internet, mídia, convergência e veículos universitários de
comunicação, o presente trabalho vem a discutir a WebTV Universitária, fazendo uma
análise de programação, periodicidade das publicações, critérios de noticiabilidade e
possibilidades de interação e participação da comunidade acadêmica nesse veículo, tendo
como objeto de experiência e experimentação a WebTV UNEB, vinculada a assessoria de
comunicação da Universidade do Estado da Bahia – UNEB.
Palavras-chave: Internet, WebTV Universitária, interatividade, Veículos universitários de
comunicação.
8
ABSTRACT
From a discussion on internet, media and convergence and college media, this paper is to
discuss the University WebTV, making an analysis of programming, frequency of
publications, criteria of newsworthiness and possibilities for interaction and participation of
the academic community in vehicle, with the object of experience and experimentation
WebTV UNEB, linked to a spokesperson for the University of Bahia - UNEB.
Keywords: Internet, WebTV University, interactivity, university vehicles of
communication.
9
Sumário
1.INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 10
2.SURGIMENTO DAS TIC: SOCIEDADE E ADESÃO A INTERNET.................. 11
2.1 A SOCIEDADE E A REDE.............................................................................. 13
2.2 WEB 2.0: A SEGUNDA GERAÇÃO DA INTERNET..................................... 14
2.3 UNIVERSIDADE E PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS NA ERA DA ................ 16
3.AFINAL, O QUE É WEBTV?................................................................................... 17
3.1 CARACTERÍSTICAS ..................................................................................... 20
3.2 PENSANDO O PAPEL DAS WEBTVS NA UNIVERSIDADE .................. 23
3.2.1 TV UNIVERSITÁRIA E O DEBATE SOBRE A TV DIGITAL............... 27
3.3 A WEBTV UNEB ............................................................................................ 29
4.FASES DA PRODUÇÃO: SUGERINDO UM PROGRAMA PARA A WEBTV UNEB ....................33
4.1. PRÉ-PRODUÇÃO.......................................................................................... 33
4.1.1 DIAGNÓSTICO ........................................................................................... 34
4.1.2 O PROGRAMA ............................................................................................. 38
4.2 PRODUÇÃO .................................................................................................... 40
4.3 PÓS-PRODUÇÃO ........................................................................................... 41
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................... 42
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 44
APÊNDICE .................................................................................................................... 47
10
1. INTRODUÇÃO
Observando a funcionalidade da WebTv UNEB e de outras WebTvs, objetivamos
analisar o modelo já existente, vislumbrando criar um programa piloto que contemple as
necessidades do “fazer comunicação” dentro da nossa universidade, a partir das nuances
e lacunas que dificultam o processo de socialização e efetivação deste meio.
O segmento das WEBTVS ainda é muito recente no país, são muitas as dificuldades
que se impõem na consolidação de um projeto como este, observamos primeiramente a
necessidade de unificar o diálogo entre os três cursos de Comunicação na Uneb,
entendendo a importância de que os alunos ocupem este espaço e o padronizem de
maneira a torna-lo referência, a intenção é tornar claro “qual o papel da WEBTv Uneb:
uma ferramenta institucional ou de experimentação para incentivo no aumento de
produções dentro da academia?”, segundo Alzimar em sua tese sobre TVs
Universitárias “o segmento vinha e vem sendo construído com seriedade e solidez de
princípios e metas” e é a partir desta perspectiva, elaborando metas sérias e princípios
sólidos que vamos desenvolver nosso projeto, buscando sugerir um programa que
intensifique a participação acadêmica de uma maneira geral tanto na produção , quanto
no gerenciamento da programação e na veiculação das mesmas.
Dentro deste contexto o que visamos se estende também à população, o interesse é
fazer com que a comunidade em sua totalidade tenha consciência da programação da
WebTv e a entenda como um mecanismo de participação e como uma nova opção
informativa, como destaca Vilhena “ para a ciência ser utilizada como instrumento de
transformação social , a população precisa compartilhar da produção do conhecimento
científico e participar das decisões quanto aso objetivos que a ciência deve perseguir na
sociedade”.
No processo de pré-produção serão observados os preceitos e regras que regem
atualmente a organização da WebTv, em paralelo a esta observação pontuaremo as
características identitárias do meio, com o intuito de compreender o perfil atual da
programação , da periodicidade e do número de produções veiculadas, para
posteriormente propor a redefinição de organização e buscar com que a efetivação do
meio repercuta dentro e fora da comunidade acadêmica.
11
O crescimento da internet, em especial entre os jovens é uma grande aliada para que
a abrangência e alcance da WebTv Uneb enverede por novos caminhos, inclusive no
tocante em que haja o reconhecimento por parte da própria comunidade acadêmica. O
que se propõe aqui é que a programação ganhe maior visibilidade, desvendando novas
possibilidades e interagindo com o público.
No processo de produção, depois observamos as peculiaridades da ferramenta Web
hoje, traçando a proposta de um novo programa. Como temos afinidade com estudantes
de outros cursos de comunicação da Uneb e discutimos frequentemente a Comunicação
Integrada, mantemos o contato e estes também contribuiram com o produto, já que
também partilham da mesma realidade dentro da universidade. A coordenadora da
WEBTv Uneb Qhele Jemima também colaborou conosco , viabilizando visitas técnicas
à sede de transmissão, com isso teremos uma visão ampliada de estrutura e modos de
produção, o que nos deu suporte para montar o Programa Piloto WebTv Uneb .
2. SURGIMENTO DAS TIC: SOCIEDADE E ADESÃO A INTERNET
Ramos (2008) diz que chamamos Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)
aos métodos e equipamentos para processar informação e comunicar, que surgiram no
contexto da Revolução Informática, Revolução Telemática ou Terceira Revolução
Industrial, desenvolvidos gradualmente desde a segunda metade da década de 1970 e,
principalmente, nos anos 90 do mesmo século. Considera-se que o advento destas novas
tecnologias e a forma como foram utilizadas por governos, empresas, indivíduos e
setores sociais possibilitaram o surgimento da Sociedade da Informação (SI).
Um dos primeiros autores a referir o conceito de SI foi o economista Fritz Machlup,
no seu livro publicado em 1962, The Production and Distribution of Knowledge in the
United States. No entanto, o desenvolvimento do conceito, deve-se a Peter Drucker que,
em 1966, no bestseller The Age of Discontinuity, fala pela primeira vez numa sociedade
pós-industrial em que o poder da economia – que, segundo o autor, teria evoluído da
agricultura para a indústria e desta para os serviços - estava agora assente num novo
bem precioso: a informação (CRAWFORD, 1983).
12
A ideia subjacente ao conceito de SI é o de uma sociedade inserida num processo de
mudança constante, fruto dos avanços na ciência e na tecnologia. Tal como a imprensa
revolucionou a forma como aprendermos, através da disseminação da leitura e da escrita
nos materiais impressos, o desencadeamento das TIC tornou possíveis novas formas de
acesso e distribuição do conhecimento (OLSON, 1994; POZO, 2001, apud. POZO,
2004). Uma nova realidade que exige dos indivíduos competências e habilidades para
lidar com a informatização do saber que “tornou muito mais acessíveis (…), mais
horizontais e menos seletivos a produção e o acesso ao conhecimento” (POZO, 2004). É
neste contexto que autores como Castells (2002), Levy (1996), Postman (1992), entre
outros, anunciam e fundamentam o aparecimento de uma nova sociedade, a “Sociedade
da Informação” também denominada de “terceira onda” por Toffler (2002).
De acordo com Manuel Castells (1999), a criação e o desenvolvimento da internet
nas três últimas décadas foi consequência de uma fusão singular de estratégia militar,
grande cooperação científica, iniciativa tecnológica e inovação contra cultural. O
surgimento dessa tecnologia permitiu o empacotamento de todos os tipos de mensagem,
inclusive de som, imagem e dados e criou uma rede que trouxe com ela a universalidade
da linguagem digital e uma comunicação global e horizontal. O poder da comunicação
via internet, junto com os progressos em telecomunicações e computação, provocaram
grandes mudanças tecnológicas, reestruturando o próprio sistema caitalista.
Atrelado a um novo contexto que se cria com o surgimento das TIC, também surge
uma nova sociedade que está inserida em um universo de informações interligadas. É
essa configuração social que Marshall Macluhan, já em 1967, vem chamar de “Aldeia
Global”, uma aldeia que pressupõe um mundo interligado, com estreitas relações
econômicas, políticas e sociais, a partir da vinda da internet como ferramenta redutora
das distâncias e das incompreensões entre as pessoas e promotor da emergência de uma
consciência global interplanetária, pelo menos em teoria. Esse emaranhado de
informações virtuais é também chamado por Pierry Lévi (1999) de ciberespaço, o
espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das
memórias dos computadores.
13
2.1 A SOCIEDADE E A REDE
Manoel Castells cristaliza esse migração da sociedade para a cultura da virtualidade
na ideia de sociedade em rede que vem a romper com as relações temporais e espaciais
através da globalização promovida pelas TIC.
O advento da comunicação mediada pelo computador permite aos indivíduos o
estabelecimento de novas estruturas sociais constituídas a partir das redes virtuais ou
“redes sociais” um termo que Raquel Recuero (2009) chama de metáfora estrutural para
a compreensão dos grupos expressos na internet.
Uma rede, assim, é uma metáfora para observar os padrões de conexão de um
grupo social, a partir das conexões estabelecidas entre os diversos atores. A
abordagem de rede tem, assim, seu foco na estrutura social, onde não é
possível isolar os atores sociais e nem suas conexões. (RECUERO, 2009, p.
24)
As redes sociais são formadas pela interação entre sujeitos sociais, ou seja, aqueles
que se relacionam com os demais sujeitos em um espaço público, são uma constante na
sociedade contemporânea. Castells define as redes sociais como:
Um novo sistema de comunicação que fala cada vez mais uma língua
universal digital tanto está promovendo a integração global da produção e
distribuição de palavras, sons e imagens de nossa cultura como os
personalizando ao gosto das identidades e humores dos indivíduos. As redes
interativas de computadores estão crescendo exponencialmente, criando
novas formas e canais de comunicação, moldando a vida e, ao mesmo tempo,
sendo moldados por ela. (CASTELLS, 1999, p.40)
As redes sociais na internet possuem características que servem de base para que a
rede seja percebida e as informações a respeito dela sejam apreendidas (RECUERO,
2009). Nessa estrutura os atores vem a moldar essas estruturas sociais através da
interação com outros indivíduos e essa comunicação mediada por computadores é
estabelecida através da construção identitária no ciberespaço, o que torna cada ator
discernível.
14
2.2 WEBS 2.0: A SEGUNDA GERAÇÃO DA INTERNET
O atual contexto de desenvolvimento da web e de seus conteúdos, bem como os
fenômenos sociais que permeiam este processo, tem chamado a atenção. Vários
aspectos da web tem se modificado, o volume e acumulo de informações diversas,
construídas por internautas-autores que consomem, produzem e publicam seus
conteúdos e estruturas, tem crescido gradativamente. A interatividade vem ganhando
destaque como ferramenta básica da promoção da comunicação mediada por
computadores.
Essa tal interatividade vem ganhando uma nova configuração com o surgimento da
web 2.0 (ou internet 2.0). Segundo Primo (2008) essa é uma fase que se caracteriza pela
produção independente e/ou coletiva, compartilhamento e organização das informações
além da possibilidade da interação multimídia através de áudio, vídeo, imagens e
transmissão e interação em tempo real.
O termo Web 2.0 nasceu em meados de 2004 e cresceu para a cobertura
cobrir o natal de 2006. Este fenômeno tecnológico é socializado a partir de
suas aplicações mais representativas , Wikipedia , YouTube,
Flickr,WordPress , Blogger, MySpace , Facebook, OhmyNews , e o excesso
de oferta de centenas de ferramentas para tentar obter os usuários / geradores
de conteúdo. (COBO; PARDO, 2007 p.16)
Os conceitos do percussor O’Reilly1
(apud MORAIS 2010) para a segunda fase
da internet, se baseiam nos princípios da internet como plataforma com possibilidade de
participação mais aberta e gratuita nos conteúdos e serviços ofertados; interfaces mais
simples e a criação de teias de compartilhamento de produções individuais e coletivas;
utilização de softwares de fácil manuseio ; modelos leves de programação dentre outras
características.
Embora esses princípios possam ser também associados à fase anterior à web
2.0, o grande diferencial está na maneira como a plataforma passa a ser
utilizada, nas novas possibilidades de construção e distribuição de conteúdos
pelos usuários. Passa-se do sistema pull (conteúdo “puxado” pela audiência),
que caracteriza a web 1.0, e do sistema push (ou seja, conteúdo “empurrado”
pelos veículos ao receptor) dos meios de comunicação tradicionais, para o
trabalho de informações com base num modelo misto (pull e push), onde a
1
A partir da publicação do artigo O que é Web 2.0. Padrões de Projeto e Modelos de
Negócios para a próxima geração de software de O’Reilly em 2005, surgiu um suporte teórico
para os estudos da WEB 2.0.
15
construção e distribuição dos conteúdos partem de todos os lados, formando
uma grande teia interligada em seus extremos. (MORAIS, 2010 p.71)
Nesta nova fase, a Web deixa de ser uma mera janela de conteúdos multimídia para se
tornar uma plataforma aberta, construída sobre uma arquitetura baseada na participação.
Nessa perspectiva, a web 2.0 traz uma facilidade na utilização da internet e converge à
sociedade para uma nova realidade onde a participação no ciberespaço permite a criação
de novas formas de interação em uma abrangência global.
Cobo e Pardo (2007) dizem que a Web 2.0 é apenas um pequeno subconjunto do
mundo virtual. Algo semelhante acontece com a ideia de escrita colaborativa e sistema
de gerenciamento de conteúdo: ambas as características são propriedades essenciais,
mas não representam todos os princípios constituintes.
De acordo com O’Reilly (apud COBO; PARDO, 2007) a linha de largada para a
Web 2.0 surgiu a partir do lançamento do Napster2
em 1999, o lançamento das
primeiras aplicações para publicação de blogs (no mesmo ano aparece Blogger3
, o
surgimento do Movable Type4
, seu principal concorrente ) , e o Wikipedia5
no início de
2001. Essas ferramentas foram paradigmas dessa transformação e lançou as bases de
escrita colaborativa e os outros princípios da Web 2.0.
A atual World Wide Web não é igual à Web que existia. Hoje, ainda existem
aplicações em ambientes virtuais com baixos padrões interatividade e escrita
colaborativa, mas a Web como um todo começa para desenhar uma nova fase de
conteúdo e meta- informação em transformação aos princípios da Web 2.0.
2
Compartilha, principalmente, arquivos de música no formato MP3, o Napster permitia que os
usuários fizessem o download de um determinado arquivo diretamente do computador de um
ou mais usuários de maneira descentralizada, uma vez que cada computador conectado à sua
rede desempenhava tanto as funções de servidor quanto as de cliente. (COBO; PARDO, 2007
p.21)
3
Ferramenta de Internet que ajuda o internauta a publicar e atualizar seu blog a todo instante,
sem complicação ou programação.
4
Sistema de publicação que pode ser usado para blogs, fotografias, notícias, ou qualquer outro
site que precise de atualização freqüente.
5
Enciclopédia livre cujo conteúdo pode ser ampliado ou alterado por qualquer pessoa, desde
que com seriedade e respeito às normas de conduta e de direitos autorais; seu conteúdo é
licenciado pela GNU Free Documentation License e pela Creative Commons SA 3.0
16
2.3 UNIVERSIDADE E PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS NA ERA DA
INTERNET
A partir das amplas possibilidades de ampliação e participação que surgem com
o advento da internet, as universidades têm investido na publicação de conteúdos
produzidos na academia, dentro do mundo digital.
Em face ao processo de migração digital, as instituições públicas e privadas
aderiram a Intranet como ferramenta de comunicação administrativa e interna. Segundo
Ribenboim (1996) a Intranet é:
uma rede de computadores e de pessoas que funcionam dentro dos limites
bem definidos de uma organização [...] a World Wide Web, usado como
ferramenta de comunicação e canal de distribuição de informações no âmbito
interno da organização, aliado a outros recursos desenvolvidos para a
Internet, como o FTP e o correio eletrônico, é o que constitui as Intranets
(p.86).
Nas universidades a Intranet foi adotada como ferramenta para baratear as
operações de comunicação, colocando as diferentes partes das instituições de nível
superior em contato e permitindo que a estrutura interna seja posta a serviço da
comunidade acadêmica. Este instrumento de comunicação que é de grande interesse das
Relações públicas surgiu como responsável pelo tráfego das informações internas e
externas das instituições.
Mais tarde as universidades passaram a adotar a internet como ferramenta de
difusão do conhecimento produzido, gerando uma possibilidade uma ação participativa
da sociedade civil organizada representando o interesse da produção acadêmico-
científica que se relaciona para além de formar mestres e doutores na universidade. É
necessário entender a universidade como um espaço onde a transformação social é
possível, pelo reconhecimento do compromisso social que se caracteriza na produção de
conhecimento. Conforme argumenta Atvars (2005):
O produto final de um programa de pós-graduação é a formação de um
profissional qualificado, seja com o título de mestre, seja com o título de
doutor. E a obtenção desses títulos acadêmicos só é possível com a
elaboração e a defesa pública de uma tese ou dissertação, que deve ser escrita
e elaborada em linguagem científica, valorizando a metodologia e os
resultados obtidos na pesquisa. (ATVARS, 2005, Prefácio)
17
A produção científica passou a ser divulgada através de plataformas online no
intuito de ser conhecida pela sociedade para que esta possa se apropriar e assimilar o
conhecimento produzido e interagir com essa produção, para garantir que o
investimento público e da comunidade científica promova o desenvolvimento político,
econômico e social da população. A pesquisa é um fator importante no processo de
produção acadêmica, novas perspectivas são desvendadas pelas iniciativas e espírito
empreendedor do cientista. É importante que essa produção se fundamente nos estudos
já produzidos por outros pesquisadores, não é necessário se reinventar a roda todo o
tempo, e sim avançar no conhecimento que já vem sendo produzido.
Ampliando a gama de veículos de comunicação as universidades também
começaram a produzir conteúdos para rádio e televisão que mais tarde viera a migrar
para a internet.
As televisões e rádios universitárias surgem no segmento educativo cultural, no
campo público da comunicação. Ramalho (2010) caracteriza esses veículos como
produtores de conteúdos audiovisuais das universidades que oferece uma programação
periódica e constante, independente da sua capacidade de produção inédita. Castro
(apud RAMALHO 2010) afirma a importância desses canais e dos integrantes da
comunidade acadêmica na produção desses conteúdos, pois “são eles que nos fazem
pensar cada dia de uma maneira diferente”.
Com o a abertura do acesso à internet, mais pessoas tem tido acesso de forma
gradativa à rede mundial de computadores, e é na perspectiva do crescimento desse
veículo, que os veículos tradicionais têm convergido. Para os veículos universitários,
essa convergência dos veículos tradicionais de rádio e TV para Web Rádios e Web TVs
consiste na globalização e promoção dos conteúdos produzidos pela universidade
através das possibilidades e ações interativas permitidas pela web.
3. AFINAL, O QUE É WEBTV?
A convergência dos meios a partir da internet criou as bases para o
desenvolvimento de sistemas de interação entre meio e público, gerando novas
possibilidades de produção de conteúdos, bem como sua disseminação através de
plataformas que se somam aos formatos tradicionais de difusão.
18
O tradicional meio televisivo, popularizado como um dos principais veículos de
comunicação em todo o mundo, sofre também os reflexos dessas mudanças, e a velha
“caixa com imagens e sons” passa a dividir espaço com um novo veículo para atingir o
público, a WebTV.
Nas palavras de Bonfati e Feire (2008, p.33) a WebTV é definida como, “todo e
qualquer conteúdo visual (vídeo) audiovisual (áudio e vídeo) assistido principalmente
pelo computador e que consegue gerar a partir de transmissões ao vivo ou de vídeos
para download, uma programação própria”.
Já Ramos e Rodrigues (2005) se referem ao meio como “a prática de
espelhamento de vídeo na web pelas grandes operadoras de TV convencional”. Outro
conceito é o de Online Tv ou televisão na internet, proposto por Longo (2008). O autor
descreve a WebTV como “a conversão do conteúdo da televisão para o meio online,
onde o sinal da televisão passa a ser recebido pela internet”. (LONGO, 2008, p.18)
Recorrendo a Becker e Mateus (2011), encontramos outra definição, na qual os
autores pontuam que “as WebTVs não têm como foco a exploração econômica dos
conteúdos por ela transmitidos, mas possuem um grande potencial político e social.
Diferentemente da televisão massiva, é dirigida a públicos segmentados, estabelecendo
processos de comunicação mais diretos e personalizados”.(BECKER;MATEUS,2011,
p. 158)
Deve-se considerar nessa abordagem, a diferença entre as tecnologias Internet
Protocol Televison (IPTV) e streaming:
A TV via protocolo de internet (IPTV) significa utilizar a infraestrutura de
internet voltada ao acesso em banda larga à internet para trafegar pacotes de
vídeo. Porém a definição não vale para serviços de transmissão de vídeo
como o youtube, ou os canais de vídeo de portais e emissoras de TV na
internet, a WebTV. Isso porque alguns elementos diferenciam o que se define
como IPTV dos serviços de streaming na web. A primeira diferença é a
forma como o conteúdo chega ao usuário, uma vez que no IPTV o usuário
recebe o conteúdo no aparelho de TV, por meio de um conversor, da mesma
forma que receberia o sinal em serviço por assinatura convencional, via cabo,
ou satélite e não pelo computador. (LONGO, 2008, p. 19)
Nessa mesma discussão, o autor faz distinção entre WebTV e web vídeo. Para
Longo, a primeira se apropria da característica da segunda para a transmissão de
conteúdos online, que por sua vez, são criados pelo usuário. Em outras palavras, a
WebTV corresponderia, na visão do autor, a um sistema, um modo de transmissão de
19
conteúdo, enquanto o web vídeo caracterizaria o produto em si, um vídeo publicado e
enviado via internet, geralmente curto.
Algumas plataformas como youtube, vimeo e yahoo¹,consolidaram-se como
canais de distribuição desses vídeos. Entretanto, dentro deste contexto nos deparamos
com conceitos dicotômicos sobre a WebTV.
A confusão se dá pelas possibilidades que a web 2.0 disponibiliza para os
usuários, que vão desde o compartilhamento de conteúdos audiovisuais, até mesmo a
concepção de uma programação, favorecendo a participação dos internautas. Todavia,
mesmo que identificadas essas possibilidades, o conceito sobre a WebTV ainda se
mostra em processo de definição, tendo em vista não o meio de distribuição, mas a
forma como são utilizadas.
O conceito de WebTV mostra-se confuso, abrigando desde o simples
compartilhamento de vídeos até uma distribuição mais densa e organizada,
sistematizada em torno de uma verdadeira programação. Em linhas gerais, os
conceitos de WebTV abrangem a distribuição de conteúdo audiovisual
usando a web como plataforma. (CERQUEIRA, 2009, p.5)
A partir desse ponto, é possível analisar que em virtude da popularização das
práticas de compartilhamento de vídeos na web, inclusive de virais, o conceito de
WebTV se mostra genérico. Em publicações disponíveis relacionados ao tema, não são
levados em consideração com profundidade, análises sobre perfil dos usuários,
formatos, estética ou tendências. O fator interatividade é destacado pelos autores como
ponto mais relevante, até porque essa é a natureza primordial da plataforma internet.
O fato é que as WebTVs vêm se desenvolvendo, inclusive despertando o
interesse de canais comercias, que já perceberam a força dessa mídia. Como exemplo,
destaca-se o Portal Terra.
O portal Terra visualizou um importante espaço de crescimento através do
seu canal de WebTV, o Terra TV. Além de vídeos, o canal conta ainda com
uma programação fixa, que inclui telejornal, programas esportivos de
entretenimento, e transmissão de conteúdo(programas ao vivo). Tudo isso
produzido especialmente para ser transmitido via Internet, através do site
Terra. (RIBEIRO, 2009, p.8)
Outro exemplo de projeto de WebTV que ganhou espaço no meio online é a
ALLTV (www.alltv.com.br), no ar desde 2001. Trata-se de uma experiência que tem
uma programação semanal voltada para a internet, contando atualmente com 47
20
programas, divididos em diversas categorias, com conteúdos no formato 24 horas e sob
demanda.
Inicialmente o canal contava com uma programação limitada, com colaboração
massiva dos próprios usuários para a construção dos conteúdos, alguns inclusive de
forma amadora. Atualmente a ALLTV conta com uma equipe de apresentadores,
profissionais especializados nas áreas referentes à categoria dos programas. Muito do
desenvolvimento do canal se deve à ampla abertura para a publicidade, atribuindo a esta
WebTV uma identidade que se assemelha às TVs comerciais. A diferença do uso da
publicidade está no formato empregado, já que as propagandas abordam os bastidores
de gravação dos comerciais e é possível ao internauta participar dos programas ao vivo
através do chat, enviando comentários, sugestões de pauta, interagindo com os
apresentadores.
O que se pode concluir diante do exposto, é que o mesmo indivíduo que se
adaptou a receber informações através da TV convencional, a partir do uso das novas
mídias digitais pode fazer parte dessa rotina produtiva de maneira mais próxima.
Através da internet, a produção de conteúdo para TV deixa de ser exclusividade das
emissoras televisivas tradicionais.
A maior participação da audiência na produção da mídia é uma característica
importante dos modos de gestão e produção de conteúdos na atualidade. Esse
novo tipo de consumidor/produtor exige experiências midiáticas com
mobilidades mais fluidas e individualizadas, que permitam a cada um compor
suas próprias grades de programa se decidir a sua maneira particular de como
vai interagir com elas (MACHADO, 2011, p. 88).
Em destaque, a WebTV avança no sentido de favorecer a interatividade com os
usuários. Algumas experiências em especial apesar de também apresentar caráter
comercial, demonstram, entretanto, que estão buscando se adequar aos novos rumos,
baseando-se no perfil do público em obter informações com diferentes abordagens.
3.1 CARACTERÍSTICAS
As verdadeiras relações, portanto, não são criadas entre a tecnologia
(que seria da ordem da causa) e a cultura (que sofreria os efeitos), mas
sim entre um grande número de atores humanos que inventam,
produzem, utilizam e interpretam de diferentes formas as técnicas.
(LÉVY,1999, p.23)
21
Para Pierre Lévy (1999) é essencial compreender que as tecnologias são
produtos de uma sociedade e consequentemente as relações que se dão entre os
indivíduos.
Apresentar-se como uma opção de se pôr em prática um projeto a custos
relativamente baixos em relação a produções voltadas para a TV convencional ou para o
cabo, não torna a WebTV uma tecnologia fácil de ser implementada. Porém essa é uma
característica que possibilita aos interessados encontrar formas concretas de produzir
sem que a questão financeira seja um grande impeditivo. Ribeiro aponta que “mais do
que um novo meio digital, a WebTV chega com um viés colaborativo revolucionário ao
descentralizar o foco das discussões do meio para o conteúdo”. (RIBEIRO, 2009, p.10)
O diferencial das WebTVs está justamente na forma como os envolvidos no
processo se posicionam diante de tais possibilidades, interpretando o mundo à sua volta,
transformando as narrativas e construindo novas abordagens. Percebe-se nesse ponto
um público mais segmentado tendo seus anseios informacionais atendidos pela nova
mídia, através das ferramentas interativas disponíveis e de atores envolvidos num
movimento de criação e intensificação da proximidade com o público, onde todos sejam
potenciais produtores de conteúdos.
A interatividade é, portanto, mais do que utilizar os dispositivos de hardware
para manusear o que a interface do computador ou de um site oferece. O que
se busca em meios como a internet e a junção com TVs e rádios, é um
sistema de organização de informações e dados que sejam construídos tanto
por quem antes só produzia, mas também por quem deixou de ser somente
“consumidor” desse sistema que apresenta potencial de comunicação.
(KLÕCQNER E PRATA, 2009, p.508)
Nesse aspecto, a WebTV carrega, por sua natureza, potencial para impulsionar a
participação dos usuários, tendo na interatividade o fator preponderante para a
construção de uma linguagem e formato adaptados à internet.
Tratando-se de características, identificam-se as formas de assistir conteúdos de
vídeo pela internet, que são possíveis basicamente através da tecnologia streaming vídeo
ou do processo de downloads de arquivo de vídeo.
Streaming vídeo ocorre quando o vídeo é reproduzido durante o processo de
carga do arquivo de vídeo para a memória do computador, processo esse
chamado de buffering. Este método é utilizado quando se necessita transmitir
conteúdo ao vivo, onde os servidores enviam o conteúdo do vídeo já
digitalizado e codificado para a máquina do usuário. A outra utilização é o
chamado vídeo On demand, que é a forma mais comum de disponibilidade de
conteúdo na internet, onde o usuário acessa na hora que desejar. (LONGO,
2008, p.17)
22
Ou seja, o streaming é um processo normalmente utilizado para transmitir
conteúdos de áudio e vídeo ao vivo com o mínimo atraso e que permite ao internauta
fazer armazenamento temporário, colocando as informações na sequência correta para
ser apresentado em um display, Já o vídeo sob demanda é a entrega de conteúdos de
vídeo no horário escolhido, o usuário acessa o conteúdo na hora que quiser.
Há ainda o aspecto do custo para produção e divulgação de conteúdos. A
WebTV apresenta a vantagem de alcançar o público com custos relativamente mais
acessíveis em relação à TV, uma vez que se trata de um suporte que abriga vídeos sem
grande exigência na qualidade técnica, sendo possível produzir conteúdos de aparelhos
simples como um celular, por exemplo, o que dificilmente é abrigado pelas exigências
técnicas de emissoras de televisão, sobretudo as comerciais.
Além disso, contribui para a WebTV a própria viralização de vídeos, ou seja, o
alto número de compartilhamento de conteúdos por meio das redes sociais quando um
conteúdo consegue despertar o interesse do internauta. Soma-se a isso a interconexão
entre as redes sociais, o que amplia o espaço de difusão de conteúdos gerados por
ambientes de WebTV, permitindo alcance ilimitado ao público. Ribeiro (2009) destaca
que
Em termos de possibilidade de participação decorrente do uso dessa mídia, a
webTV abre espaço, com isso, para um possível engajamento e discussão de
temas tendo o vídeo como um importante elemento. A interação com o
conteúdo e não com o veículo (fisicamente falando) é a grande inovação da
chamada interatividade digital. (RIBEIRO, 2009, p. 7)
Outra característica inerente às WebTVs é a possibilidade de segmentação de
públicos, permitindo que a diversidade de conteúdos que não são explorados pela rede
aberta de TV convencional atenda aos anseios individuais de acordo com a realidade do
público, considerando aspectos como a proximidade do indivíduo com a informação
que está ao seu alcance e que lhe causa interesse.
Isso permite que os usuários tenham a possiblidade de optar por novas fontes
além da TV ou rádio, adquirindo informações sobre determinado assunto baseado por
qual tenha curiosidade, tendo em vista que as pessoas estão mudando seus hábitos,
inclusive em relação ao modo de “consumir” informação.
23
Canais web já são disponibilizados na rede para troca e fluxos de
informações especializadas, reforçando conceito de programação
segmentada. Dessa forma, a convergência, os fluxos informacionais e as
construções colaborativas representam os três pilares da webTV,
legitimando-a como um espaço pleno para as relações virtuais
contemporâneas. (RIBEIRO, 2009, p.10)
A relação que antes se dava entre o telespectador, o aparelho de TV e o controle
remoto passa a ter o usuário como sujeito participativo através do seu mouse ou teclado,
interagindo de forma mais direta na produção e distribuição de conteúdo desses canais.
Essa interação usuário/conteúdo pode ser vista como o fator preponderante nas
mudanças das relações sociais a partir do desenvolvimento da internet. As mídias
digitais tornaram-se sociais e os receptores da informação ganharam ferramentas para
não só devolver ao emissor suas percepções e opiniões, mas também para contribuir
com novos conteúdos gerados a partir de suas opiniões.
Em tempos de redes colaborativas a WebTV precisa fazer com que o usuário
identifique uma relação pessoal com a informação, ou seja, provocar uma vinculação
direta da história que está sendo exposta. Nesse movimento não basta apenas
retransmitir o link da notícia no Twitter ou no Facebook, por exemplo, o usuário quer ir
além, expondo sua visão sobre o assunto discutido e ser entendido como uma “voz” que
deve ser ouvida.
Promover enquetes, canais para sugestão de notícias e discussão de assuntos em
áreas de relacionamento e compartilhamento de informações nas mídias sociais, mais do
que isso, as WebTVs surgem com estas nuances atreladas ao audiovisual e junto a tudo
isso o desafio de conceber conteúdos como um link para a conexão com a vida pessoal
do indivíduo.
3.2 PENSANDO O PAPEL DAS WEBTVS NA UNIVERSIDADE
A WebTV universitária enquanto veículo de comunicação é algo relativamente
novo no país (RAMALHO,2008) baseando-se na proposta de experimentação de
linguagens para construção de conteúdos que contemple os públicos que participam
diretamente do contexto acadêmico, quais sejam professores, estudantes e funcionários,
e produzindo conteúdos que alcancem não só esses públicos, mas que pensem a relação
da Universidade com a sociedade de modo geral.
24
A primeira experiência de WebTV Universitária no país é a TV da Universidade
do Rio de Janeiro , a TV UERJ, veiculada na internet pela primeira vez em 2001. Bacco
(2010) em sua pesquisa sobre a experiência destaca que um dos motivos que levou o
professor Antônio Brasil, idealizar o projeto, foi a necessidade de inovar na linguagem
do telejornalismo, que considera formal, pouco criativa e conservadora. O projeto visa a
experimentação e é aberto a todos os alunos de jornalismo e relações públicas da
universidade, o suporte internet foi escolhido por possibilitar a experimentação, sem que
os erros sejam impeditivos para que não se produza.
Assim, a WebTV pode ser entendida como um desdobramento da TV
Universitária, o que torna necessária uma breve contextualização sobre este tipo de
mídia a fim de uma maior compreensão sobre o setor.
A discussão em torno do conceito de TV universitária se divide entre sentido e
teor de programação. Segundo Martelli e Kerbauy (2009), para muitos autores ela é
responsável apenas pela produção de programas realizados por estudantes
universitários, enquanto para outros trata-se de uma televisão voltada apenas para o
público estudantil.
Bacco (2010) aponta que as emissoras televisivas universitárias podem ser
definidas como sendo um canal entre a instituição de ensino superior e a sociedade, que
por um lado divulgam o saber erudito, e de outro, apreendem o saber popular. O autor
pontua que essa é uma possibilidade que a universidade tem de conversar com a
comunidade. Porcello (2002) acredita que a programação de uma TV Universitária deve
ser voltada para a construção da cidadania, pautando ações humanas, mas sem deixar de
lado o aspecto crítico e reflexivo da universidade.
A Associação Brasileira de Televisão Universitária (ABTU) define a TV
Universitária como aquela produzida por Instituições de Ensino Superior (IES) e
transmitida por canais de televisão, pagos ou não, e/ou por meios convergentes, voltada
à promoção da educação, cultura e cidadania. A compreensão da ABTU abarca
diferentes formas de veiculação de sinal pelas IES, a exemplo do sinal aberto, via cabo,
por satélite, pela internet e por circuito interno, contemplando formatos que vão além do
que prevê a escassa legislação vigente para o setor. Quanto à finalidade do veículo, a
ABTU defende que a TV Universitária deve ser vista como
Uma televisão feita com participação eclética e diversificada, sem restrições
ao entretenimento, salvo aquelas impostas pela qualidade estética e a boa
ética. Uma televisão voltada para todo público interessado em cultura,
25
informação e vida universitária, no qual prioritariamente se inclui, é certo, o
próprio público acadêmico e aquele que gravita no seu entorno: familiares,
fornecedores, vestibulando, gestores públicos da educação, etc. (PRIOLLI;
PEIXOTO, 2004, p. 5)
Com a Lei do Cabo (8.977/95) os canais básicos de uso gratuito das TVs
universitárias, legislativas, comunitárias, do Poder Judiciário e as TVs educativo-
culturais passaram a ser disponibilizados pelas operadoras de TV por assinatura, por
meio dos chamados “canais de uso público”. A lei toca em pontos relevantes, a exemplo
da proibição do monopólio e oligopólio nos meios de comunicação e a preservação de
conteúdos voltados à cultura, educação e informação.
A partir daí que se cria um novo rumo para o segmento. Para Ramalho (2010),
através do surgimento da lei do cabo o número de TVs Universitárias triplicou e
atualmente já representam 151 emissoras instaladas nos campi universitários.
Entretanto, Martelli e Kerbauy (apud BOLAÑO, 2007) lembram que atrás da
exploração do mercado de TVs por assinatura estão as empresas de capital estrangeiro e
grandes empresas privadas como as Organizações Globo e o Grupo Abril, ou seja, ao
mesmo passo em que a lei do cabo traçava novos caminhos para o sistema público de
comunicação, ocultava-se a ação dos mesmos oligopólios dominantes dos veículos de
comunicação fora da web.
Assim, embora, o número de TVs universitárias tenha crescido
significativamente com a lei do cabo, esse fator coloca grande parte das emissoras
públicas do Brasil dependentes do sistema de televisão pago. As produções de cunho
educativo das emissoras educativas e universitárias se encontram no cabo, e, portanto,
de acesso restrito aos assinantes.
E embora o segmento tenha objetivos específicos delineados, alguns fatores até
então apontados, fazem da TV universitária um veículo que necessita de uma
regulamentação definida, para que as suas reais possibilidades informativas,
educacionais e culturais, sejam reconhecidas e encontrem formas efetivas de exercer
suas potencialidades, enquanto opção mais próxima que temos esboçado fora de padrões
pré-estabelecidos pelos sistemas dominantes de televisão no país.
No entanto, as experiências das TVs Universitárias estão mais restritas à
reprodução de modelos dos telejornais, com linguagens narrativas encontradas
maciçamente na TV convencional, tendendo ao conservadorismo acadêmico. Segundo
26
Bacco (2010, p.48), a subjetividade dos produtores que fazem julgamentos sobre o que
o público gostaria de ver, pode ser uma das causas do insucesso das emissoras
televisivas desenvolvidas pelas Universidades.
Priolli (2004) destaca dois pontos que influenciam no que considera como um
desequilíbrio de gêneros das TVs do segmento universitário: o primeiro está ligado à
produção clássica de conhecimento pela academia e a segunda relacionada ao baixo
orçamento das emissoras, que sofrem com a necessidade de contratação de mão de obra
terceirizada, levando em consideração que as TVs universitárias por seu caráter público
ficam impossibilitadas de atrair recursos através de publicidade.
Bacco (2010) evidencia também o problema institucional que se apresenta já na
montagem da estrutura das TVs universitárias, que geralmente funcionam nos
laboratórios de TV das faculdades de comunicação, podendo estar vinculada à
Assessoria de Comunicação, ou ainda ser um núcleo autônomo, subordinado à direção
universitária.
Seguindo a mesma linha, mas trazendo a discussão para as WebTVs
universitárias, Ramalho (2010) destaca que a web ainda é vista pelas Universidades
como um suporte secundário e as poucas experiências se limitam a postar os programas
nos portais das instituições.
Percebe-se neste processo de convergência, que a plataforma WebTV como
veículo de comunicação ainda é pouco “explorado” pelas universidades. Herdaram
aspectos estruturais, narrativos e até mesmo sofrem as influências da burocracia das
instituições, apresentando características diretas das ingerências políticas
administrativas, ou seja, ainda há certa “rejeição” por parte da academia em assumir
uma postura frente ao paralelo que se deseja criar entre a produção do conhecimento
universitário e a participação da comunidade externa nesse processo.
Pensando o caso específico das WebTVs, e levando em conta que entre os meios
de transmissão seja por sinal aberto, via satélite, via cabo ou por circuito interno, a
plataforma internet apresenta a “vantagem” de ainda não ter uma legislação e
consequentemente regulações e impedimento para seu uso, s o seu caráter, público,
aberto e livre torna-se uma peça fundamental para a divulgação de conteúdos plurais e
que sirva como um celeiro de experimentação, aproveitando de maneira plena da
necessidade desse espaço pela comunidade acadêmica, aliadas as ferramentas da web
2.0.
27
Na prática, faz-se necessário encurtar o distanciamento da TV universitária em
relação à comunidade científica e identificar o perfil dos interessados no segmento, sem
deixar de se preocupar com a comunicação institucional, mas criando um paralelo que
ofereça um modelo alternativo ao modelo comercial tão criticado pela academia.
Nesse contexto de busca por novos formatos e modos de produção visando a
participação da comunidade acadêmica, conceitos como a convergência digital e
interatividade permeiam o debate em torno do que podemos considerar como alternativa
para que o conhecimento acadêmico rompa as barreiras físicas, alcançando espaços
diferenciados por meio de conteúdos multimídia que se somam à produção escrita,
proporcionando possibilidades complementares de acesso ao conhecimento e de
compreensão sobre temas que permeiam o fazer da universidade.
Levar em consideração essas questões é entender que há uma ponte a ser
construída. Não basta pensar na melhor maneira de se colocar em prática um projeto,
mas repensar a postura e o papel da WebTV na construção de uma linguagem que
coloque em evidência as necessidades de um fazer comunicativo voltado à academia de
maneira representativa, envolvendo os diversos atores sociais e englobando as
características que se busca como forma de articular as pluralidades do universo
acadêmico em conteúdos audiovisuais.
Através da experimentação entre alunos, professores, pesquisadores há de se
identificar pontos de ligação que amadureçam as práticas comunicativas em torno do
veículo WebTV, utilizando-se da riqueza dos recursos audiovisuais inerentes a esse
meio.
3.2.1 TV UNIVERSITÁRIA E O DEBATE SOBRE A TV DIGITAL.
Os debates até então desenvolvidos em torno da TV digital no Brasil privilegiam
o caráter econômico e tecnológico deixando de lado a discussão em torno das políticas
de comunicação no país e em relação às TVs universitárias. A lacuna no marco
regulatório para o setor dificulta a consolidação de formatos pensados para a TV como
parte de um projeto social e político mais amplo. O sistema público de comunicação se
encontra estagnado pela falta de revisão das leis que a regem.
28
Mesmo com todos os impasses que circundam a implantação da TV digital e a
necessidade de modelos que priorizem a construção de um projeto pensado entre a
sociedade. É iminente que são grandes as expectativas em torno da digitalização do
sinal. Um ato relevante em torno desse debate foi a concepção do Decreto Presidencial
4901/2003, que define os desígnios da TV digital, que seriam
promover a inclusão social, a diversidade cultural do país e a língua
pátria por meio do acesso a tecnologia digital; propiciar a criação de
rede universal de educação à distância; estimular a pesquisa e o
desenvolvimento e propiciar a expansão de tecnologias brasileiras e da
indústria nacional relacionadas à tecnologia da informação e
comunicação; planejar o processo de transição da televisão analógica
para digital de modo a garantir a gradual adesão de usuários a custos
compatíveis com sua renda (AMAZONAS, 2005)
A TV universitária participa do debate, mas, não tem uma posição concreta na
adoção de um modelo/sistema, até porque são diversas as implicações, o que exige dos
envolvidos direta e indiretamente uma articulação para que se encontre uma unidade
dentro desse contexto.
A ABTU parece se colocar de maneira entusiasta ao passo que enxerga na
convergência possibilidades de democratização do conhecimento acadêmico no modelo
novo. Até porque, a Universidade no Brasil, há muito tempo foi taxada como uma
instituição que não dialoga com os diversos públicos da sociedade. O que se percebe
realmente de palpável é que ABTU se mostra empenhada para garantir a presença do
segmento universitário em rede aberta, já que até os dias atuais se limita TV a cabo.
Levando em consideração que diferente da TV Digital no formato atual, onde ou
se assiste TV ou se navega na internet, a WebTV permite que se realize as duas funções
ao mesmo tempo, surge aí outro ponto a ser abordado, enquanto os questionamentos em
torno de como a TV digital deve proceder diante as implicações políticas, culturais e
sociais e como a comunicação em nosso país deve adequar sua produção para a
convergência tecnológica.
Enquanto não se regulamenta o segmento universitário nesse movimento, a
WebTV surge como importante peça para que as TVs universitárias construam suas
linguagens e atinjam seus nichos. Nessa conjuntura é importante compreender o
desenvolvimento recente das TVs universitárias e saber de que maneira elas ocupam
esse espaço público midiático da sociedade moderna.
29
3.3 A WEBTV UNEB
A Universidade do Estado da Bahia – UNEB é a maior instituição pública de
ensino superior do estado, fundada em 1983, com sede na capital do estado, onde se
localiza a administração central da instituição, possui campis distribuídos em 23
municípios baianos, ou seja, a instituição está presente geograficamente em todas as
regiões do Estado.
Estruturada no sistema multicampi, a UNEB segue formando profissionais há 30
anos em mais de 150 cursos e habilitações nas modalidades presencial e de educação a
distância (EaD), nos níveis de graduação e pós-graduação. Entre as graduações é
disponibilizado o curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo em
Multimeios no município de Juazeiro, norte do estado, Relações Públicas, localizado na
capital Salvador, e Rádio e TV em Conceição do Coité, localizada no nordeste da Bahia.
A Universidade do Estado da Bahia (UNEB) conta com uma plataforma de
WebTV, mas assim como a de outras instituições de ensino a exemplo da TV
Universitária da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), adota um perfil
mais jornalístico e com vínculo direto com a assessoria de comunicação da instituição.
O que se percebe nessa parceria é que as decisões tomadas em relação a sua
constituição, não abrangem toda a comunidade acadêmica de forma que o alunado,
professores e corpo técnico formem um contingente expressivo no que tange ao
aproveitamento da “inteligência coletiva” para pautar temas com abordagem de assuntos
de interesse da comunidade acadêmica como um todo.
A comunicação institucional é necessária e importante, até porque fazemos
parte de uma instituição e é imperiosa a consolidação da imagem e credibilidade da
mesma frente à sociedade, porém, esse tipo de comunicação não incentiva que os
estudantes aproveitem um espaço como a WebTV para a produção e veiculação de
conteúdos específicos.
A WebTV UNEB conta atualmente com 13 programas em sua grade, porém, não
apresenta uma periodicidade para a veiculação de publicações, nem todos que fazem
parte da comunidade acadêmica conhecem ou identificam outro formato que não seja o
jornalístico em seu corpo. O número de visualizações dos vídeos publicados é
30
inexpressivo diante ao grande contingente de pessoas entre alunos e funcionários que
estão inseridos no contexto UNEB.
Pensando na reconfiguração dos meios ao passo que a convergência digital traça
os novos caminhos dos modos de produção de conteúdo, observa-se que a WebTV
UNEB necessita de um programa produzido por alunos , com subsídios de docentes,
técnicos, que contribua com a formação de opinião em torno de assuntos atuais e de
interesse social, com base também na cultura e na política, permitindo o protagonismo
universitário.
O estabelecimento de uma periodicidade seria uma interessante e efetiva medida
a ser executada, para criar um ritmo que fidelize o público, a WebTV UNEB no formato
atual faz publicações avulsas, esta dinâmica não atrai seguidores e dispersa os usuários
da rede, dar prioridade a assuntos atuais , inclusive de interesse da comunidade externa,
coloca em evidência o aspecto colaborativo das Universidades na discussão de uma
diversidade temática, a Universidade como instituição formadora de opiniões , pode
atribuir grandes contribuições sobre as pautas sociais, culturais e políticas e dentro desta
perspectiva envolver os diversos atores, atribuindo a estas discussões um embasamento
aprofundado e reflexivo sob uma nova ótica.
Visando traçar um panorama em torno da visibilidade que a WebTV UNEB
apresenta perante a comunidade acadêmica, aplicamos um questionário respondido por
duzentos estudantes, oitenta técnicos administrativos e cinquenta professores com as
seguintes questões:
12%
63%
25%
1 - Você conhece a TV UNEB?
Sim, conheço muito Sim. Mas Conheço pouco Não conheço
31
13%
25%
62%
2 - Se você não conhece a TV Uneb,
o que / ou como você imagina que
ela seja?
Uma TV com caráter social e comunitário
Uma TV com caráter laboratorial
Uma TV Institucional que promove e divulga a Universidade
15%
76%
9%
3 - Se você conhece a TV Uneb, como
você entende o Modelo de TV
Universitária adotado pelo veículo?
Modelo Departamentalizado (Também chamado de Modelo Laboratório)
vinculado a um ou mais de um curso (s)
Modelo Tv Universitária vinculada à Assessoria de Comunicação
Modelo TV Universitária como Núcleo Autônomo/Independente. Sem
vinculação a nenhum órgão da Universidade
32
Após avaliação dos dados obtidos com a aplicação do questionário, resolvemos
desenvolver uma proposta de programa que sane as lacunas observadas. Visamos
potencializar a audiência, entendendo que o consumo de mídia de Internet é feito em um
momento diferente do consumo de TV, pois temos a nosso favor um diferencial, a
possibilidade de interagir com o usuário e o anseio da comunidade acadêmica por
conteúdos diferenciados e que ao mesmo tempo evidencie a universidade por uma nova
ótica, através de uma nova realidade comunicacional, não somente para as práticas de
produção de conteúdos, mas também a era da informação.
A internet retoma essa necessidade de diálogo e participação sobre os padrões de
comunicação em vigor e a WebTV surge como uma alternativa para alterar essas
práticas e a Universidade deve utilizá-la ao seu favor. Talvez todas essas sugestões de
variações permitam a formação de uma TV Universitária com propostas mais claras
sobre seus reais objetivos, proporcionando uma proximidade maior com os anseios
sociais da comunidade onde estão inseridas.
28%
12%
2%
6%
52%
5 - Para você, a TV Uneb deve formatar-se
em que tipo(s) de programação( marque as
opções que você considerar mais
importantes)
Saber acadêmico e ciêntífico
Generalidades
Promoção de ações da instituição/ Marketing institucional
temas sócio-econômico atuais e de relevância social
entretenimento educativo, artes e cultura de um modo geral
33
4. FASES DA PRODUÇÃO: SUGERINDO UM PROGRAMA PARA A
WEBTV UNEB
Partindo de uma análise dos níveis de audiência, alcance, critérios de
noticiabilidade e do fazer TV Universitária para uma universidade cuja multicampia é a
sua principal característica, pensamos em elaborar um programa piloto para o veículo
WebTV tentando contemplar todos os pontos citados.
A Universidade do Estado da Bahia, UNEB, é uma instituição de ensino superior
que tem seus campi espalhados por toda a Bahia, num total de vinte e quatro Campi,
tendo como sede o Campus Salvador. O Campus I é o maior Campus da UNEB – tanto
em número de alunos, como turmas e cursos – e de onde se originou a nossa
universidade. A multicampia – sistema adotado seguindo o modelo da Universidade de
Quebec no Canadá – tem inúmeras vantagens, como a inclusão socioeducacional de
centenas de estudantes espalhados por todo o estado.
Partindo para o nosso ponto de análise que é a WebTV da instituição,
enxergamos a necessidade de um “fazer comunicação” que integre todos os segmentos
da universidade (estudantes, professores e técnicos-administrativos) tanto no tocante à
participação na produção do conteúdo, quanto no se sentir contemplado com o que é
exibido.
Analisando a universidade a partir desse viés, iniciamos o estudo das WebTVs
universitárias como um veículo universitário com um excelente potencial de alcance,
com um custo de produção menor que o da TV convencional e como um fruto da
convergência midiática ainda pouco explorado. Decidimos então tomar a WebTV
UNEB como objeto de estudo, a partir de inquietações e lacunas encontradas em um
diagnóstico que pode ser apreciado no tópico 4.1 – Pré-produção.
4.1. PRÉ-PRODUÇÃO
Inicialmente, começamos a assistir os vídeos publicados na TV UNEB e
sentimos a necessidade de uma programação periódica e linear. Por conta do espaço de
34
tempo e da proposta do produto experimental (PEX), resolvemos nos ater à criação de
um programa piloto que fosse o pontapé inicial para que a equipe da WebTV possa
repensar a programação.
4.1.1 DIAGNÓSTICO
A WebTV UNEB hoje conta com a seguinte programação:
Programa de entretenimento e entrevista com professores,
estudantes e técnicos da UNEB que tenham interesse em
divulgar suas habilidades artísticas. Este é um espaço para
toda comunidade “unebiana” mostrar o que sabe fazer: teatro
ou dança, poesia ou repente, declamações ou música, se tem
arte e cultura, tem WebTV.UNEB.
Programa de reportagem que apresenta os setores, núcleos,
departamentos, cursos e todo o universo da UNEB,
respondendo: para que eles servem e como podem ser
utilizados? Como eles surgiram e quem os compõe?
Este programa coloca a câmera nas mãos dos estudantes. Com
máquinas amadoras, que vão de filmadoras a celulares, eles nos
contam sobre suas vidas, rotinas e experiências diárias. Cada
um tem um jeito único de viver a UNEB e a diversidade
também é marca da Vida de Estudante.
35
Programa de entretenimento voltado para moda. Durante o
programa, são levantadas questões e curiosidades relativas
ao assunto em foco além de entrevistas com especialistas e
pessoas pertencentes à área.
Programa que objetiva discutir questões relacionadas à ciência
e à pesquisa com especialistas, mestres e doutores da UNEB. O
convidado responde também às questões de
webtelespectadores, bate um papo sobre um filme de sua
escolha e indica outras fontes de conhecimento para quem quer
se aprofundar no assunto.
Programa que tem o objetivo de discutir questões que estão em
destaque na mídia com o viés acadêmico. São convidados
especialistas para debaterem sobre a questão. Além disso, as
pessoas pelas ruas e pela UNEB também são convidadas a
entrar no debate.
.
A WebTV UNEB hoje contém em sua página uma barra de links chamada de
“Programação” a tem a finalidade de organizar os vídeos publicados na página principal
de acordo com as linhas editoriais e se organiza da seguinte maneira:
• À Moda da Casa
Duas publicações foram feitas nesse link. A última publicação foi realizada no dia 22 de
dezembro de 2011(Verificação realizada no dia 28 de novembro de 2013).
• Coberturas
36
O link “Coberturas” é o que tem maior regularidade na periodicidade das publicações. A
última publicação foi realizada no dia 28 de dezembro de 2013 (Verificação realizada
no dia 28 de novembro de 2013) e tem uma periodicidade de 5 a 7 dias nas publicações.
Neste link podemos encontrar coberturas jornalísticas. A cada vinte pautas uma é
realizadas nos campi do interior.
• Curtas
Em “Curtas” podemos encontrar quatro publicações sendo três realizadas nos meses de
setembro e outubro de 2013 e uma no mês de fevereiro de 2012.
• Especiais
Encontramos aqui reportagens especiais e reportagens documentais. A última
publicação foi realizada no dia 28 de dezembro de 2013 (Verificação realizada no dia 28
de novembro de 2013) e tem uma periodicidade de 5 a 7 dias nas publicações.
• Giro Universitário
O link possui dez publicações. Oito publicações pautam os campi do interior (de forma
individual) e duas pautam o campus I. A última publicação foi realizada no dai 06 de
agosto de 2013 e a periodicidade varia entre dois meses e dois anos. (Verificação
realizada no dia 28 de novembro de 2013).
• Memória
O link contém seis publicações. Das quatro publicações duas são reportagens especiais e
quatro são coberturas de atividades do reitor da Universidade. A última publicação foi
realizada no dia 29 de fevereiro de 2012. A periodicidade das publicações varia entre
um e dois anos. (Verificação realizada no dia 28 de novembro de 2013).
• Mostre sua Cara
O link contém dez publicações contendo entrevistas com bandas e atrações artísticas. A
última publicação foi realizada no dia 16 de agosto de 2011 (Verificação realizada no
dia 28 de novembro de 2013).
• Papo de Mestre
37
O link contém três publicações e a ultima foi realizada no dia 21 de Junho de 2012.
(Verificação realizada no dia 28 de novembro de 2013).
• Vida de Estudante
- Possui apenas seis publicações de vídeos que tem como protagonistas estudantes d o
campus I da UNEB. A última Publicação foi realizada no dia 04 de outubro de 2011
(Verificação realizada no dia 28 de novembro de 2013). A periodicidade das
publicações varia de oito meses a dois anos.
Após esta etapa, fizemos um diagnóstico baseado em uma amostragem de vinte
programas publicados entre os dias 11 de outubro de 2013 a 04 de novembro de 2013.
Durante a análise da amostragem, observamos os seguintes critérios: Plataforma
de publicação, periodicidade das publicações, pautas, editoriais, abordagem dos vídeos,
número de visualizações, interatividade com o espectador.
A análise apontou para os seguintes resultados:
1- Os vídeos da WebTV UNEB são publicados na plataforma YouTube e
exploram as possibilidades de publicação de conteúdos e acesso sem custos;
2- As publicações variam de oito (08) dias entre uma publicação e outra a até
duas publicações no mesmo dia;
3- Dos vídeos analisados na amostragem, apenas um (01) pauta o campus III da
UNEB (Juazeiro) sendo que o vídeo trata da cobertura do debate para as
eleições para Reitor da UNEB, sem edição. Todas as outras publicações são
a respeito de eventos e vídeos institucionais ligados a reitoria e ao campus I
da UNEB (Salvador);
4- Dos vídeos analisados 60% são coberturas jornalísticas, 30% reportagens
especiais e/ou documentais, 10% vídeos institucionais e curta-metragem.
5- A interatividade com os vídeos postados na página do veículo é
proporcionada entre o botão “Curtir” na rede social Facebook e a caixa de
comentários da plataforma YouTube;
6- A WebTv possui perfil nas redes sociais facebook, twitter e flickr. A última
postagem no facebook foi realizada na data 06 de agosto de 2013
(verificação realizada no dia 28 de novembro de 2013). As redes twitter e
flickr estão em desuso a mais de um ano;
38
7- O site da WebTV UNEB contém um menu chamado “Sugestão de pauta”,
porém, o mesmo não tem destaque.
8- A página possui 548 curtidas em um universo de aproximadamente 30 mil
estudantes, dois mil professores e 1200 técnicos mais comunidade externa.
(Fonte: Pró-reitoria de Graduação – PROGRAD – UNEB e Pró-reitoria de
Gestão e Desenvolvimento de Pessoas – PGDP – UNEB, 2013);
9- O número de visualizações varia entre quatorze e noventa. Um vídeo dentro
da amostragem conteve oitocentas visualizações e outro conteve cento e
cinquenta.
Após o diagnóstico resolvemos aplicar um questionário entre os dias 04 de
novembro de 2013 e 28 de novembro de 2013, que foi distribuído pelas redes sociais e
listas de email de integrantes da comunidade acadêmica da UNEB, para avaliar a
popularidade da WebTV UNEB dentro da instituição. Os resultados do questionário são
apresentados no capítulo 2.
A partir dos resultados do questionários, notamos que os seguintes pontos devem
ser levados em consideração para garantir que a programação chegue até o público alvo
com eficácia:
1 - Planejamento da veiculação e periodicidade da programação;
2 - Definição de Metas de audiência;
3 - Avaliação e restruturação dos Recursos de difusão disponíveis;
4 - Identificação do Público Alvo;
5 - Definição das Mídias a Serem Utilizadas;
6- Criação de Canais;
7- Monitoramento.
4.1.2 O PROGRAMA
Partindo da análise anterior notamos a ausência de três elementos que
consideramos importantes, tendo em vista o referencial teórico adotado: Audiência,
39
periodicidade das publicações, interatividade e participação dos segmentos na
construção do conteúdo. Começamos a desenhar um modelo de programa que
priorizasse o uso das redes sociais como fio condutor do diálogo entre a produção do
programa e os campi da UNEB, tendo em vista que a instituição está localizada em
vinte e quatro cidades da Bahia e o curto espaço de tempo. Após um Brainstorm6
de
cerca de duas horas realizado no dia 10 de novembro de 2013, chegamos à ideia de um
nome para o programa que fizesse menção à itinerancia, participação dos campi e TV.
Chegamos ao título “3 LÉGUAS,1ROTEIRO E 24 DESTINOS”.
Estabelecemos uma rede de contatos com representações de dezoito campi da
UNEB e a partir dos anseios apresentados traçamos a ideia de um programa com um
programa de WebTv com estúdio itinerante que viajaria pelos vinte e quatro campi da
UNEB, abordando temáticas que se relacionassem com as atividades de ensino,
pesquisa e extensão do campus sede da edição bem como a cultura local, contando com
a interação prévia de outros campi com vídeos, depoimentos e intervenções através de
releases postados nas redes sociais.
Página do programa piloto no facebook – Endereço: www.facebook.com/pages/3-
L%C3%A9guas-1-roteiro-e-24-destinos/1412347549001167?ref=hl
6
O Brainstorming é um método publicitário de geração coletiva de novas ideias
através da contribuição e participação de diversos indivíduos inseridos num grupo.
(OSBORN, 1930)
40
Quando já tínhamos a ideia do programa em mente e página nas redes sociais
criada, divulgamos a página em todas as páginas, grupos e listas existententes na
internet referentes à UNEB pata que pudéssemos estabelecer uma rede de contatos e
colaboradores.
No dia 12 de novembro de 2013 começamos a fazer contato com representantes
dos campi da UNEB, através da rede estabelecida com a página do programa no
facebook. O primeiro contato era para buscar duas pessoas que pudessem participar do
quadro “Repórter de campus”, que é um quadro que tem por intuito trazer para o debate
proposto na temática da edição do programa, pessoas de outros campi para além do
campus que sediasse a edição. Os estudantes Paulo Victor do campus XII da UNEB e
Isaac Mascarenhas do campus II aceitara fazer a participação. No decorrer da mesma
semana, partimos para o agendamento das entrevistas com o professor doutor Macelo
Medeiros, a professora doutora Rosane Vieira, a estudante de comunicação social Ane
Maiane Gordiano e a estudante de comunicação social Joanna Carolina Alcantara,
ambos do campus XIV da UNEB. Também lançamos releases do programa no facebook
para quea s pessoas pudessem enviar perguntas e comentários.
4.2 PRODUÇÃO
Após vários remanejamentos de datas e horários começamos as gravações.
Inicialmente foram gravados os quadros repórter de campus com as perguntas e
intervenções que iriam conduzir os debates em estúdio e em outros VT’s. As filmagens
foram realizadas em Alagoinhas e Senhor do Bonfim nos dias 14 e 15 de novembro de
2013. A ideia foi que o vídeo tivesse o amadorismo e a ideia de câmera na mão refletida
em sua estética. Enviamos a pauta via email para os “Repórteres de campus” e fomos
acompanhando e orientando as gravações via telefone e email. Ambos os vídeos ficaram
da forma desejada em sua primeira edição sem a necessidade de repetir a gravação. O
tráfego dos vídeos foi feito através da plataforma de armazenamento online GOOGLE
DRIVE. Paralelo a isso, entre os dias 14 e 20 de novembro de 2013, viajamos até a
cidade de Salvador-BA, para agendar a inda de dois entrevistados para a gravação do
programa em Conceição do Coité. No dia 15 de novembro, recebemos a noticia que
devido à contenção de gastos no Departamento de Educação – campus XIV da UNEB, o
41
curto espaço de tempo e os contratempos, não conseguiríamos viabilizar a ida dos
entrevistados para participarem da gravação. Aquela sexta-feira (15), era muito chuvosa
e devido ao “caos” em que se encontrava a cidade, não conseguimos aproveitar muita
coisa.
Na sexta-feira 21 de novembro de 2013 realizamos a gravação em estúdio. O
estúdio foi improvisado na sala destinada para a construção do estúdio de TV e
Fotografia da UNEB campus XIV. A ideia era da montagem e um estúdio aconchegante
que se assemelhasse a um lound e que tivesse a predominância das cores vermelha, azul
e branco. A gravação estava agendada para ter início as 15 horas. Horas antes do início,
a professora doutora Rosane Vieira entrou em contato com a profissão avisando que por
atividades profissionais não poderia participar da gravação. As 15:30 horas demos
início a gravação em estúdio. A ordem de gravação foi invertida e gravamos primeiro a
entrevista com o professor Doutor Macello Medeiros, pois o mesmo tinha que retornar
para Salvador imediatamente. Em seguida gravamos com Camila Santos, Anne
Gordiano e Joanna Carolina. As 20:30 horas gravamos as cabeças das matérias e a
escalada do programa. A gravação acabou as 21:30 horas com a banda Música de Bolso.
Finalizada a gravação em estúdio, retornamos a Salvador no dia 25 de novembro
para gravar a sonora com a coordenadora da WebTV UNEB Qhele Jemima.
4.3 PÓS-PRODUÇÃO
No dia 26 de novembro de 2013 demos início a decupagem do material bruto. Durante
a captura das imagens, percebemos que uma das fitas estava danificada, o que nos fez
repensar o roteiro. Uma das entrevistas que era considerada a principal, com o professor
Macelo Medeiros foi perdida, como plano B, resolvemos utilizar as redes sociais para
solucionar o problema. Substituímos a entrevista em estúdio com o professor Macelo,
por uma entrevista gravada através da rede social Skype com o Jornalista em
Multimeios e especialista e Gestão pública Welington Junior, egresso do campus III da
UNEB em Juazeiro.
Após a decupagem e a solução dos problemas, partimos para a montagem do roteiro de
edição organizando a sequencia das imagens, as imagens a serem utilizadas e os inserts
a serem feitos.
42
4.3.1 EDIÇÃO
A edição foi realizada no dia 27 de novembro de 2013, no município de Serrinha-BA. A
edição é o processo onde são feitos os cortes e a montagem do material que constará no
vídeo, é o processo onde o produto começa a ganhar forma. Para isso utilizamos o
software “Sony vegas” para a edição dos vídeos e o software Audacity para editar os
áudios. Finalizamos a edição no dia 29 de novembro do ano de 2013 às 21 horas.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Baseada em uma análise do conceito de WebTV universitária, analisa-se que a
WebTV UNEB deve focar sua produção em conteúdos voltados para estudantes
universitários, pesquisadores, professores e internautas que buscam informação
diferenciada. Os conteúdos específicos, diferentes da TV convencional, interatividade e
qualidade de transmissão mantêm os espectadores fiéis e atrai novos visitantes.
Pelo fato da internet ser ferramenta de difusão dos conteúdos da TV UNEB, nata-se
que se faz necessário um uso mais intenso das redes sociais, tanto na própria difusão
dos conteúdos, como plataforma de interação e participação, tendo em vista que a
UNEB está em vinte e quatro diferentes cidades.
O planejamento de difusão dos programas da WebTV UNEB nas redes sociais é
uma etapa fundamental para que a programação tenha visibilidade, tendo em vista que
boa parte do público interno da UNEB tem acesso constante as redes. Temos que
lembrar ta,bém que quando falamos em planejar a promoção dos conteúdos nas redes
sociais não estamos falando de imediato em ferramentas tecnológicas e sim, em um
primeiro momento, de um planejamento estratégico das ações, sem o qual se torna
impossível extrair o máximo, não só das ferramentas, mas também dos recursos
alocados para estas ações.
É necessário também monitorar, uma ação nas redes sem não existe uma vez que se
torna impossível mensurar seu retorno. Que ferramentas serão usadas? Quais serão as
métricas utilizadas? Definir com exatidão quais as necessidades do monitoramento é
essencial para que possamos contratar as ferramentas mais adequadas para atingirmos
nossos objetivos.
43
É importante que as pessoas envolvidas no projeto tenham a noção de que a
promoção dos conteúdos nas mídias sociais é baseada em relacionamento e isso leva
tempo até começarem a aparecer os primeiros resultados.
Além disso, é necessário que a universidade se aproveite desse suporte (WebTV),
para que junto com a pesquisa, o ensino e a extensão se faça a exploração de novos
formatos e linguagens que tornem mais atraentes e que contemplem as demandas de
conteúdos disponibilizados para a comunidade acadêmica na WEBTV, através dos
objetivos e técnicas desta ferramenta.
A geração de conteúdo que permita que os integrantes da comunidade acadêmica
encontre uma ferramenta de entretenimento, onde os mesmos possam se enxergar, é de
fundamental importância para garantir que os veículos universitários de comunicação
tenham visibilidade e passem a ser de fato consumidos pelo seu público tanto interno
quanto externo.
44
REFERÊNCIAS
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BACCO, Thaisa Sallum. Televisão universitária online: a experiência da TV UERJ,
a primeira do Brasil.2010. 134 f. Londrina, Dissertação ( Mestrado em Comunicação)
– Universidade Estadual de Londrina.
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Disponível em www.magnificat.naxanta.org/download.html. Acesso em 12/09/13.
BECKER, Beatriz; MATEUS, Lara. A experiência das webTvs universitárias.
Disponível em
http://www.usp.br/significacao/pdf/7_Significacao%2036_Beatriz%20Becker-
Lara%20Mateus.pdf. Acesso em 04/09/2013
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Sociedade.Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003.
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CASTELLS, Manuel. A Era da Informação: economia, sociedade e cultura.
Lisboa:Fundação Calouste Gulbenkian, 2002.
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de uma WebTv a partir dos sites YouTube, Vimeo, YahooVideo.2009. Disponível
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Acedido em: 28/10/13.
45
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História da mídia sonora [Recurso eletrônico]: experiências, memórias e afetos de norte
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EDIPUCRS, 2009. 558 p.
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46
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POZO, Juan Ignacio (2004). A sociedade da aprendizagem e o desafio de converter
informação em conhecimento. In: Revista Pátio. Ano VIII – Nº 31- Educação ao
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POZO, J. I; Postigo, Y. Los procedimientos como contenidos escolares: uso
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Disponível em http://www.bocc.uff.br/pag/ribeiro-daniela-web-tv-perspectivas-para-
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RIBENBOIM, Alexandre. Internet World , Business on-line , p.86, fevereiro 1995.
SAAD, B. Estratégias 2.0 para a mídia digital: Internet, informação e comunicação.
2. ed. São Paulo: SENAC, 2008.
SIMON, Imre. A propriedade intelectual na era da internet. São Paulo: USP, 2000.
TOFFLER, Alvin. A terceira onda. São Paulo. Record. 2002.
47
APÊNDICE
Link do questionário: http://form.jotformz.com/form/33154662681658
48
PAUTA – REPÓRTER DE CAMPUS
REPÓRTER: Paulo Vitor/ Isaac Mascarenhas
EDITORIA: Tecnologias/ Educação
RETRANCA: WebTV universitária, WebTV UNEB
DATA: 20 de novembro de 2013
DEADLINE: 25 de novembro de 2013
OBJETIVO: Saber se a comunidade acadêmica sabe o que é WEB TV e se conhece a
WEB TV UNEB e seu papel.
INFORMAÇÕES PRELIMINARES:
A WebTv apresenta a vantagem de a custos mais acessíveis garantir uma
produção de qualidade, que atinja seus objetivos, alcançando o público desejado.
Unindo essas características a necessidade e ao anseio da comunidade acadêmica de que
essa produção seja menos institucional possível e garanta que o estudante tenha
participação e no caso especial , os cursos de comunicação possam contar com esse
suporte, inclusive experimentando novas linguagens e formatos adaptados a internet.
A Universidade do Estado da Bahia – UNEB, conta com uma plataforma de
WebTv, mas assim como a de outras instituições a exemplo da TV Universitária da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN, adotaram um perfil mais
jornalístico e com vínculo direto com a assessoria de comunicação da instituição.
O que se percebe nessa parceria é que as decisões tomadas em relação a sua
constituição não abrangem a comunidade acadêmica de forma que o alunado,
professores e corpo técnico formem um contingente expressivo no que tange o
aproveitamento da “inteligência coletiva” para pautar temas com bases abordagem de
assunto de interesse do todo, já que por sua vez a UNEB tem 24 campi espalhados pelo
estado, são 24 municípios com suas particularidades e até por motivos estruturais a
médio prazo não se consiga uma abrangência no sentindo de atender todas as demandas,
porém, existem assuntos que são de interesse geral e que não são pautados pela WebTV.
Um exemplo recente de como a prática de utilização da WebTV UNEB
enquanto suporte de assessoria, acaba por limitar a abordagem de determinadas pautas ,
se encontra no fato de que a grande mobilização de toda comunidade interna no ano em
49
vigência (2013), em torno da campanha e eleição para a escolha da nova reitoria da
instituição, inclusive de estudantes , fato atípico em relação ao envolvimento em outros
pleitos, mesmo com toda essa repercussão a WebTV não pautou o processo e nem o
movimento no dia da eleição.
A WebTV UNEB conta atualmente com 13 programas em sua grade de
programação e duas subseções (WebTV Juazeiro e WebTV Conceição do Coité, porém
não apresenta uma linearidade
FONTES DIRETAS OU INDIRETAS:
Diretas
Estudantes, Professores e técnicos
PROPOSTA DE IMAGENS:
Plano Americaro (da cintura para cima) em ambiente aberto
ROTEIRO BASE
Passagem: Texto aberto. O repórter se apresenta (NOME, CURSO, SEMESTRE,
CAMPUS), e fala que vai procurar saber se a sua comunidade acadêmica sabe o que é
WEB TV Universitária, qual o seu papel e se conhece a TV UNEB.
(Dinâmica de bate papo informal).
_____________________________________________________________
PAUTA – ENTREVISTA COM A COORDENADORA DA WEB TV UNEB
NOME DO REPÓRTER: Ícaro Rebouças (71) 9232-0568 –
icarocomunicacao@gmail.com
EDITORIA: Educação e Tecnologias
RETRANCA: WEBTV UNIVERSITÁRIA/ TV UNEB
FONTE DIRETA: Qhele Jemima – Coordenadora da TV UNEB
PERGUNTAS:
1- O que é a TV UNEB?
2- Qual o modelo adotado pela TV UNEB ?
50
3- Qual a importância desse veículo para a comunidade interna da UNEB?
4- Tendo em vista que as emissoras universitárias são emissoras ligadas a
instituição de ensino superior (IES) e transmitida por canais de televisão abertos
ou pagos, e/ou por meios convergentes - satélites, circuitos internos de vídeo,
internet, entre outros e por tratar-se de uma emissora pública, ou seja, sem fins
lucrativos, logo mantida pela própria instituição, quais são os desafios
encontrados no que diz respeito a produção de conteúdos?
PERGUNTAS DA INTERNET (via facebook e twitter):
1- Danilo Duarte – Estudante de Comunicação Social – UNEB campus III –
Juazeiro:
- Quais os critérios editorias e de notíciabilidade adotados pela TV UNEB?
2- Camila Vaz – Estudante de Direito – UNEB campus XX – Brumado
- Em relação a interatividade e a participação na construção do conteúdo, de que forma
os campi da UNEB no interior são contemplados na TV UNEB?
3 – Tainã Souza – Estudante de Pedagogia – campus I – Salvador
- Existem canais da TV UNEB em outros campi além do campus I? Como acontece o
diálogo com esses canais?
ROTEIRO
PROGRAMA: 3 LÉGUAS UM ROTEIRO E 24 DESTINOS
Duração 17’
Periodicidade Quinzenal
Plataforma de exibição WEB TV UNEB
VÍDEO ÁUDIO
ABERTURA
IMAGENS DOS CAMPI
CENAS DO PROGRAMA
TAINAN OFF - OLÁ, ESSA É A
PRIMEIRA EDIÇÃO DO PROGRAMA 3
LÉGUAS, 1 ROTEIRO E 24 DESTINOS/
O NOSSO PROGRAMA IRÁ VIAJAR
51
VINHETA
PELOS VINTE E QUATRO CAMPI DA
UNEB/
TRARENOS DIVERSAS DISCSSÕES
SOBRE O DIA-A-DIA DENTRO E
FORA DA UNEB//
ICARO OFF - NA NOSSA PRIMEIRA
EDIÇÃO DO PROGRAMA, VAMOS
FALAR SOBRE WEBTV
UNIVERSITÁRIA, A INTERAÇÃO E
AS POSSIBILIDADES DE
PARTICIPAÇÃO NESSE MEIO//
TAINAN OFF - E PARA COMEÇAR O
NOSSO PROGRAMA, VAMOS
ASSISTIR UM VT COM UM DEBATE
SOBRE UNIVERSIDADE, EDUCAÇÃO
E APROPRIAÇÃO DAS
TECNOLOGIAS
VT RETRANCA: UNIERSIDADE/
VEÍCULOS UNIVERSITÁRIOS
T:2’
D:A CONVERGÊNCIA...
WELINGTON DIAS E SILVA
JÚNIOR – JORNALISTA EM
MULTIMEIOS – ESPECIALISTA EM
GESTÃO PÚBLICA
DEMAIS CREDITOS
RODA VT
VIVO: ESPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA
LIMITES DE UM CORPO
CAMILA SANTOS – ESTUDANTE DE
COMUNICAÇÃO SOCIAL – UNEB
CAMPUS XIV
ÍCARO
CAMILA O QUE TE INSPIROU A
FAZER ESSA ESPOSIÇÃO?
O QUE VOC PROCUROU IMPRIMIR
52
NA ESTÉTICA DAS FOTOGRAFIAS?
VT: REPÓRTER/CAMPUS
T:06’
D: EU SOU PAULO VICTOR...
PAULO VICTOR – ESTUDANTE DE
PEDAGOGIA – UNEB CAMPUS VII –
SENHOR DO BONFIM
ISAAC JÚNIOR – ESTUDANTE DE
MATEMÁTICA – UNEB CAMPUS II
– ALAGOINHAS
QHELE JEMIMA –
COORDENADORA DA WEB TV
UNEB
RODA VT
VIVO: WEBTV UNEB/
PARTICIPAÇÃO.
ICARO REBOUÇAS-
JOANNA CAROLINA – ESTUDANTE
DE COMUNICAÇAÕ SOCIAL –
UNEB CAMPUS XIV
ANE MAIANE GOSDIANO CUNHA –
ESTUDANTE DE COMUNICAÇÃO
SOCIAL – UNEB CAMPUS XIV
T: 3’
RODA VIVO
VIVO ATRAÇÃO/ MUSICAL
BANDA MÚSICA DE BOLSO – UNEB
CAMPUS XIV
53
T: 2’
EQUIPAMENTOS
câmera 02 Sony HVR – V5M – HD
01 Sony HVR – HD – 1000
01 Sony Handcam CDR SX (Portátil)
microfones 02 microfones lapela
01 microfone ShotGun
02 Microfone Omnidirecional
01 Microfone Cardioide
vt 01 TV Sansung 42’’
tripé de câmera 03 Tripés
acessórios camêra 02 adaptadores P2 – P10
02 adaptadores P10 – P2
01 fone de ouvido Beyerdynamic Dt- 990 Pro
acessórios áudio ----------------------
fitas 01 cx. Fita Mini Dv Sony Premium Original (05 unidades)
estúdio 01 Refletor (Luz amarela)
02 Telas de LCD 42’’
EQUIP. DE ILUMINAÇÃO
refletores quant. 02 refletores (Luz amarela)
ARTÍSTICO
banda Musical Banda Música de Bolso
apresentador Tainan Rangel
repórter Ícaro Rebouças
Repórter de campus
(repórter amador)
Paulo Vitor – Estudante de Pedagodia – UNEB – campus
VII – Senhor do Bonfim
Isaac Júnior – Estudante de Matemática – UNEB – campus II
- Alagoinhas
Convidado 1 Macelo Medeiros - Graduado em Comunicação Social com
habilitação em Publicidade e Propaganda pela UCSal. Mestre
e Doutor pelo Programa de Pós Graduação de Comunicação
54
e Cultura Contemporânea da Faculdade de Comunicação da
Universidade Federal da Bahia. Membro do Grupo de
Pesquisa em Cibercidades (GPC/UFBA) onde desenvolve
pesquisa sobre Locative Media. Líder do Laboratório de
Estudos em Mídia e Espaço (LEME/UNEB) onde
desenvolve pesquisas sobre mobilidade e espaço urbano.
Professor do Centro Universitário Jorge Amado nos Cursos
de Comunicação Social e Produção Audiovisual. Professor
da Universidade do Estado da Bahia. Atualmente administra
as disciplinas voltadas aos estudos das mídias e do som.
Vencedor do prêmio Harold A. Innis de melhor tese ou
dissertação concedido pela Media Ecology Association
(MEA).
Covidado 2 Welington Júnior – Graduado em Comunicação Social com
habilitação em Jornalismo em Multimeios – UNEB – campus
III – Juazeiro. Especialista em Gestão Pública – UNEB
campus XII
Convidado 3 Qhele Jemima – Coordenadora da Webtv UNEB
ARTES E CENOGRAFIA
cenário Lound
locação Lound Interativo – Biblioteca Professor José Carlos dos
Anjos – UNEB – Campus XIV
adereços ---------
figurino Tainan Rangel veste – Traje Sport Fino
55
5.3.1 ORÇAMENTO
PRODUTO QUANTIDADE VALOR TOTAL
Passagem SALVADOR –
CONCEIÇÃO DO COITÉ
04 R$ 32,00 R$128,00
Passagem C. DO COITÉ -
SALVADOR
04 R$ 32,00 R$128,00
ALIMENTAÇÃO EQUIPE DE
APOIO
05 R$ 8,00 R$ 40,00
FITA MINI DV SONY 02 R$ 16,00 R$ 32,00
--------------------------------- --------------- ------------- ---------------------
R$ 328,00

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WebTV Universitária: Programa Piloto para a WebTV UNEB

  • 1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA ICARO REBOUÇAS TAINAN RANGEL SOARES UMA NOVA LINGUAGEM, UM NOVO FORMATO: WEBTV UNIVERSITÁRIA, DA IDEOLOGIA AOS MODOS DE PRODUÇÃO. Conceição do Coité 2013
  • 2. 2 ICARO REBOUÇAS TAINAN RANGEL SOARES UMA NOVA LINGUAGEM, UM NOVO FORMATO: WEBTV UNIVERSITÁRIA, DA IDEOLOGIA AOS MODOS DE PRODUÇÃO. Trabalho de conclusão apresentado ao curso Curso Comunicação Social, com habilitação em Rádio TV, UNEB/Campus XIV, sob a orientação da Professora Msc. Kátia Morais, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Comunicação Social. Conceição do Coité 2013
  • 3. 3 ICARO REBOUÇAS TAINAN RANGEL SOARES UMA NOVA LINGUAGEM, UM NOVO FORMATO: WEBTV UNIVERSITÁRIA, DA IDEOLOGIA AOS MODOS DE PRODUÇÃO. Trabalho de conclusão apresentado ao curso de Comunicação Social, com habilitação em Rádio TV, UNEB/Campus XIV, sob a orientação da Professora Msc. Kátia Morais, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Comunicação Social. Data:_________________________ Resultado:____________________ BANCA EXAMINADORA Professora Msc. Kátia Santos de Morais Assinatura:______________________ Professora Dra. Rosane Meire Vieira de Jesus Assinatura:______________________ Professor Dro. Raimundo Cláudio Xavier Assinatura:______________________ Conceição do Coité 2013
  • 4. 4 Rebouças, Icaro R292n Uma nova linguagem, um novo formato: webtv universitária da indeologia aos modos de produção. -- / Ícaro Rebouças; Tainan Rangel Soares. Conceição do Coité: O autor, 2013. 57fls.; 30 cm. Orientador: Prof. Ms. Kátia Santos de Moraes. Trabalho de Conclusão de curso - TCC (Graduação) – Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Educação, Conceição do Coité, 2013 1. Internet. 2. Web TV. 4. Comunicação Pública. I. Kátia Santos de Moraes. II. Universidade do Estado da Bahia. Departamento de Educação – Campus XIV. III. Título. CDD 004.60981 -- 20 ed. Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Departamento de Educação – Campus XIV - UNEB
  • 5. 5 “Dedicamos este trabalho a todos os nossos familiares e amigos que colaboraram e nos deram base e sustentação para alcançar os nossos objetivos".
  • 6. 6 AGRADECIMENTOS A Deus, que se mostrou criador, que foi criativo. Seu fôlego de vida foi sustento e nos deu coragem para questionar realidades e propor sempre um novo mundo de possibilidades. Às nossas famílias, por sua capacidade de acreditar e investir em nós. Obrigado por acreditar. Sempre! Vocês são a nossa essência. Aos nossos amigos, pelas alegrias, tristezas e dores compartilhadas. Com vocês, as pausas entre um parágrafo e outro de produção melhora tudo o que temos produzido. “Em tempos em que quase ninguém se olha nos olhos, em que a maioria das pessoas pouco se interessa pelo que não lhe diz respeito, só mesmo agradecendo àqueles que percebem nossas descrenças, indecisões, suspeitas, tudo o que nos paralisa, e gastam um pouco da sua energia conosco, insistindo.” (Marta Medeiros).
  • 7. 7 RESUMO A partir de uma discussão sobre internet, mídia, convergência e veículos universitários de comunicação, o presente trabalho vem a discutir a WebTV Universitária, fazendo uma análise de programação, periodicidade das publicações, critérios de noticiabilidade e possibilidades de interação e participação da comunidade acadêmica nesse veículo, tendo como objeto de experiência e experimentação a WebTV UNEB, vinculada a assessoria de comunicação da Universidade do Estado da Bahia – UNEB. Palavras-chave: Internet, WebTV Universitária, interatividade, Veículos universitários de comunicação.
  • 8. 8 ABSTRACT From a discussion on internet, media and convergence and college media, this paper is to discuss the University WebTV, making an analysis of programming, frequency of publications, criteria of newsworthiness and possibilities for interaction and participation of the academic community in vehicle, with the object of experience and experimentation WebTV UNEB, linked to a spokesperson for the University of Bahia - UNEB. Keywords: Internet, WebTV University, interactivity, university vehicles of communication.
  • 9. 9 Sumário 1.INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 10 2.SURGIMENTO DAS TIC: SOCIEDADE E ADESÃO A INTERNET.................. 11 2.1 A SOCIEDADE E A REDE.............................................................................. 13 2.2 WEB 2.0: A SEGUNDA GERAÇÃO DA INTERNET..................................... 14 2.3 UNIVERSIDADE E PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS NA ERA DA ................ 16 3.AFINAL, O QUE É WEBTV?................................................................................... 17 3.1 CARACTERÍSTICAS ..................................................................................... 20 3.2 PENSANDO O PAPEL DAS WEBTVS NA UNIVERSIDADE .................. 23 3.2.1 TV UNIVERSITÁRIA E O DEBATE SOBRE A TV DIGITAL............... 27 3.3 A WEBTV UNEB ............................................................................................ 29 4.FASES DA PRODUÇÃO: SUGERINDO UM PROGRAMA PARA A WEBTV UNEB ....................33 4.1. PRÉ-PRODUÇÃO.......................................................................................... 33 4.1.1 DIAGNÓSTICO ........................................................................................... 34 4.1.2 O PROGRAMA ............................................................................................. 38 4.2 PRODUÇÃO .................................................................................................... 40 4.3 PÓS-PRODUÇÃO ........................................................................................... 41 5.CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................... 42 REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 44 APÊNDICE .................................................................................................................... 47
  • 10. 10 1. INTRODUÇÃO Observando a funcionalidade da WebTv UNEB e de outras WebTvs, objetivamos analisar o modelo já existente, vislumbrando criar um programa piloto que contemple as necessidades do “fazer comunicação” dentro da nossa universidade, a partir das nuances e lacunas que dificultam o processo de socialização e efetivação deste meio. O segmento das WEBTVS ainda é muito recente no país, são muitas as dificuldades que se impõem na consolidação de um projeto como este, observamos primeiramente a necessidade de unificar o diálogo entre os três cursos de Comunicação na Uneb, entendendo a importância de que os alunos ocupem este espaço e o padronizem de maneira a torna-lo referência, a intenção é tornar claro “qual o papel da WEBTv Uneb: uma ferramenta institucional ou de experimentação para incentivo no aumento de produções dentro da academia?”, segundo Alzimar em sua tese sobre TVs Universitárias “o segmento vinha e vem sendo construído com seriedade e solidez de princípios e metas” e é a partir desta perspectiva, elaborando metas sérias e princípios sólidos que vamos desenvolver nosso projeto, buscando sugerir um programa que intensifique a participação acadêmica de uma maneira geral tanto na produção , quanto no gerenciamento da programação e na veiculação das mesmas. Dentro deste contexto o que visamos se estende também à população, o interesse é fazer com que a comunidade em sua totalidade tenha consciência da programação da WebTv e a entenda como um mecanismo de participação e como uma nova opção informativa, como destaca Vilhena “ para a ciência ser utilizada como instrumento de transformação social , a população precisa compartilhar da produção do conhecimento científico e participar das decisões quanto aso objetivos que a ciência deve perseguir na sociedade”. No processo de pré-produção serão observados os preceitos e regras que regem atualmente a organização da WebTv, em paralelo a esta observação pontuaremo as características identitárias do meio, com o intuito de compreender o perfil atual da programação , da periodicidade e do número de produções veiculadas, para posteriormente propor a redefinição de organização e buscar com que a efetivação do meio repercuta dentro e fora da comunidade acadêmica.
  • 11. 11 O crescimento da internet, em especial entre os jovens é uma grande aliada para que a abrangência e alcance da WebTv Uneb enverede por novos caminhos, inclusive no tocante em que haja o reconhecimento por parte da própria comunidade acadêmica. O que se propõe aqui é que a programação ganhe maior visibilidade, desvendando novas possibilidades e interagindo com o público. No processo de produção, depois observamos as peculiaridades da ferramenta Web hoje, traçando a proposta de um novo programa. Como temos afinidade com estudantes de outros cursos de comunicação da Uneb e discutimos frequentemente a Comunicação Integrada, mantemos o contato e estes também contribuiram com o produto, já que também partilham da mesma realidade dentro da universidade. A coordenadora da WEBTv Uneb Qhele Jemima também colaborou conosco , viabilizando visitas técnicas à sede de transmissão, com isso teremos uma visão ampliada de estrutura e modos de produção, o que nos deu suporte para montar o Programa Piloto WebTv Uneb . 2. SURGIMENTO DAS TIC: SOCIEDADE E ADESÃO A INTERNET Ramos (2008) diz que chamamos Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) aos métodos e equipamentos para processar informação e comunicar, que surgiram no contexto da Revolução Informática, Revolução Telemática ou Terceira Revolução Industrial, desenvolvidos gradualmente desde a segunda metade da década de 1970 e, principalmente, nos anos 90 do mesmo século. Considera-se que o advento destas novas tecnologias e a forma como foram utilizadas por governos, empresas, indivíduos e setores sociais possibilitaram o surgimento da Sociedade da Informação (SI). Um dos primeiros autores a referir o conceito de SI foi o economista Fritz Machlup, no seu livro publicado em 1962, The Production and Distribution of Knowledge in the United States. No entanto, o desenvolvimento do conceito, deve-se a Peter Drucker que, em 1966, no bestseller The Age of Discontinuity, fala pela primeira vez numa sociedade pós-industrial em que o poder da economia – que, segundo o autor, teria evoluído da agricultura para a indústria e desta para os serviços - estava agora assente num novo bem precioso: a informação (CRAWFORD, 1983).
  • 12. 12 A ideia subjacente ao conceito de SI é o de uma sociedade inserida num processo de mudança constante, fruto dos avanços na ciência e na tecnologia. Tal como a imprensa revolucionou a forma como aprendermos, através da disseminação da leitura e da escrita nos materiais impressos, o desencadeamento das TIC tornou possíveis novas formas de acesso e distribuição do conhecimento (OLSON, 1994; POZO, 2001, apud. POZO, 2004). Uma nova realidade que exige dos indivíduos competências e habilidades para lidar com a informatização do saber que “tornou muito mais acessíveis (…), mais horizontais e menos seletivos a produção e o acesso ao conhecimento” (POZO, 2004). É neste contexto que autores como Castells (2002), Levy (1996), Postman (1992), entre outros, anunciam e fundamentam o aparecimento de uma nova sociedade, a “Sociedade da Informação” também denominada de “terceira onda” por Toffler (2002). De acordo com Manuel Castells (1999), a criação e o desenvolvimento da internet nas três últimas décadas foi consequência de uma fusão singular de estratégia militar, grande cooperação científica, iniciativa tecnológica e inovação contra cultural. O surgimento dessa tecnologia permitiu o empacotamento de todos os tipos de mensagem, inclusive de som, imagem e dados e criou uma rede que trouxe com ela a universalidade da linguagem digital e uma comunicação global e horizontal. O poder da comunicação via internet, junto com os progressos em telecomunicações e computação, provocaram grandes mudanças tecnológicas, reestruturando o próprio sistema caitalista. Atrelado a um novo contexto que se cria com o surgimento das TIC, também surge uma nova sociedade que está inserida em um universo de informações interligadas. É essa configuração social que Marshall Macluhan, já em 1967, vem chamar de “Aldeia Global”, uma aldeia que pressupõe um mundo interligado, com estreitas relações econômicas, políticas e sociais, a partir da vinda da internet como ferramenta redutora das distâncias e das incompreensões entre as pessoas e promotor da emergência de uma consciência global interplanetária, pelo menos em teoria. Esse emaranhado de informações virtuais é também chamado por Pierry Lévi (1999) de ciberespaço, o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores.
  • 13. 13 2.1 A SOCIEDADE E A REDE Manoel Castells cristaliza esse migração da sociedade para a cultura da virtualidade na ideia de sociedade em rede que vem a romper com as relações temporais e espaciais através da globalização promovida pelas TIC. O advento da comunicação mediada pelo computador permite aos indivíduos o estabelecimento de novas estruturas sociais constituídas a partir das redes virtuais ou “redes sociais” um termo que Raquel Recuero (2009) chama de metáfora estrutural para a compreensão dos grupos expressos na internet. Uma rede, assim, é uma metáfora para observar os padrões de conexão de um grupo social, a partir das conexões estabelecidas entre os diversos atores. A abordagem de rede tem, assim, seu foco na estrutura social, onde não é possível isolar os atores sociais e nem suas conexões. (RECUERO, 2009, p. 24) As redes sociais são formadas pela interação entre sujeitos sociais, ou seja, aqueles que se relacionam com os demais sujeitos em um espaço público, são uma constante na sociedade contemporânea. Castells define as redes sociais como: Um novo sistema de comunicação que fala cada vez mais uma língua universal digital tanto está promovendo a integração global da produção e distribuição de palavras, sons e imagens de nossa cultura como os personalizando ao gosto das identidades e humores dos indivíduos. As redes interativas de computadores estão crescendo exponencialmente, criando novas formas e canais de comunicação, moldando a vida e, ao mesmo tempo, sendo moldados por ela. (CASTELLS, 1999, p.40) As redes sociais na internet possuem características que servem de base para que a rede seja percebida e as informações a respeito dela sejam apreendidas (RECUERO, 2009). Nessa estrutura os atores vem a moldar essas estruturas sociais através da interação com outros indivíduos e essa comunicação mediada por computadores é estabelecida através da construção identitária no ciberespaço, o que torna cada ator discernível.
  • 14. 14 2.2 WEBS 2.0: A SEGUNDA GERAÇÃO DA INTERNET O atual contexto de desenvolvimento da web e de seus conteúdos, bem como os fenômenos sociais que permeiam este processo, tem chamado a atenção. Vários aspectos da web tem se modificado, o volume e acumulo de informações diversas, construídas por internautas-autores que consomem, produzem e publicam seus conteúdos e estruturas, tem crescido gradativamente. A interatividade vem ganhando destaque como ferramenta básica da promoção da comunicação mediada por computadores. Essa tal interatividade vem ganhando uma nova configuração com o surgimento da web 2.0 (ou internet 2.0). Segundo Primo (2008) essa é uma fase que se caracteriza pela produção independente e/ou coletiva, compartilhamento e organização das informações além da possibilidade da interação multimídia através de áudio, vídeo, imagens e transmissão e interação em tempo real. O termo Web 2.0 nasceu em meados de 2004 e cresceu para a cobertura cobrir o natal de 2006. Este fenômeno tecnológico é socializado a partir de suas aplicações mais representativas , Wikipedia , YouTube, Flickr,WordPress , Blogger, MySpace , Facebook, OhmyNews , e o excesso de oferta de centenas de ferramentas para tentar obter os usuários / geradores de conteúdo. (COBO; PARDO, 2007 p.16) Os conceitos do percussor O’Reilly1 (apud MORAIS 2010) para a segunda fase da internet, se baseiam nos princípios da internet como plataforma com possibilidade de participação mais aberta e gratuita nos conteúdos e serviços ofertados; interfaces mais simples e a criação de teias de compartilhamento de produções individuais e coletivas; utilização de softwares de fácil manuseio ; modelos leves de programação dentre outras características. Embora esses princípios possam ser também associados à fase anterior à web 2.0, o grande diferencial está na maneira como a plataforma passa a ser utilizada, nas novas possibilidades de construção e distribuição de conteúdos pelos usuários. Passa-se do sistema pull (conteúdo “puxado” pela audiência), que caracteriza a web 1.0, e do sistema push (ou seja, conteúdo “empurrado” pelos veículos ao receptor) dos meios de comunicação tradicionais, para o trabalho de informações com base num modelo misto (pull e push), onde a 1 A partir da publicação do artigo O que é Web 2.0. Padrões de Projeto e Modelos de Negócios para a próxima geração de software de O’Reilly em 2005, surgiu um suporte teórico para os estudos da WEB 2.0.
  • 15. 15 construção e distribuição dos conteúdos partem de todos os lados, formando uma grande teia interligada em seus extremos. (MORAIS, 2010 p.71) Nesta nova fase, a Web deixa de ser uma mera janela de conteúdos multimídia para se tornar uma plataforma aberta, construída sobre uma arquitetura baseada na participação. Nessa perspectiva, a web 2.0 traz uma facilidade na utilização da internet e converge à sociedade para uma nova realidade onde a participação no ciberespaço permite a criação de novas formas de interação em uma abrangência global. Cobo e Pardo (2007) dizem que a Web 2.0 é apenas um pequeno subconjunto do mundo virtual. Algo semelhante acontece com a ideia de escrita colaborativa e sistema de gerenciamento de conteúdo: ambas as características são propriedades essenciais, mas não representam todos os princípios constituintes. De acordo com O’Reilly (apud COBO; PARDO, 2007) a linha de largada para a Web 2.0 surgiu a partir do lançamento do Napster2 em 1999, o lançamento das primeiras aplicações para publicação de blogs (no mesmo ano aparece Blogger3 , o surgimento do Movable Type4 , seu principal concorrente ) , e o Wikipedia5 no início de 2001. Essas ferramentas foram paradigmas dessa transformação e lançou as bases de escrita colaborativa e os outros princípios da Web 2.0. A atual World Wide Web não é igual à Web que existia. Hoje, ainda existem aplicações em ambientes virtuais com baixos padrões interatividade e escrita colaborativa, mas a Web como um todo começa para desenhar uma nova fase de conteúdo e meta- informação em transformação aos princípios da Web 2.0. 2 Compartilha, principalmente, arquivos de música no formato MP3, o Napster permitia que os usuários fizessem o download de um determinado arquivo diretamente do computador de um ou mais usuários de maneira descentralizada, uma vez que cada computador conectado à sua rede desempenhava tanto as funções de servidor quanto as de cliente. (COBO; PARDO, 2007 p.21) 3 Ferramenta de Internet que ajuda o internauta a publicar e atualizar seu blog a todo instante, sem complicação ou programação. 4 Sistema de publicação que pode ser usado para blogs, fotografias, notícias, ou qualquer outro site que precise de atualização freqüente. 5 Enciclopédia livre cujo conteúdo pode ser ampliado ou alterado por qualquer pessoa, desde que com seriedade e respeito às normas de conduta e de direitos autorais; seu conteúdo é licenciado pela GNU Free Documentation License e pela Creative Commons SA 3.0
  • 16. 16 2.3 UNIVERSIDADE E PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS NA ERA DA INTERNET A partir das amplas possibilidades de ampliação e participação que surgem com o advento da internet, as universidades têm investido na publicação de conteúdos produzidos na academia, dentro do mundo digital. Em face ao processo de migração digital, as instituições públicas e privadas aderiram a Intranet como ferramenta de comunicação administrativa e interna. Segundo Ribenboim (1996) a Intranet é: uma rede de computadores e de pessoas que funcionam dentro dos limites bem definidos de uma organização [...] a World Wide Web, usado como ferramenta de comunicação e canal de distribuição de informações no âmbito interno da organização, aliado a outros recursos desenvolvidos para a Internet, como o FTP e o correio eletrônico, é o que constitui as Intranets (p.86). Nas universidades a Intranet foi adotada como ferramenta para baratear as operações de comunicação, colocando as diferentes partes das instituições de nível superior em contato e permitindo que a estrutura interna seja posta a serviço da comunidade acadêmica. Este instrumento de comunicação que é de grande interesse das Relações públicas surgiu como responsável pelo tráfego das informações internas e externas das instituições. Mais tarde as universidades passaram a adotar a internet como ferramenta de difusão do conhecimento produzido, gerando uma possibilidade uma ação participativa da sociedade civil organizada representando o interesse da produção acadêmico- científica que se relaciona para além de formar mestres e doutores na universidade. É necessário entender a universidade como um espaço onde a transformação social é possível, pelo reconhecimento do compromisso social que se caracteriza na produção de conhecimento. Conforme argumenta Atvars (2005): O produto final de um programa de pós-graduação é a formação de um profissional qualificado, seja com o título de mestre, seja com o título de doutor. E a obtenção desses títulos acadêmicos só é possível com a elaboração e a defesa pública de uma tese ou dissertação, que deve ser escrita e elaborada em linguagem científica, valorizando a metodologia e os resultados obtidos na pesquisa. (ATVARS, 2005, Prefácio)
  • 17. 17 A produção científica passou a ser divulgada através de plataformas online no intuito de ser conhecida pela sociedade para que esta possa se apropriar e assimilar o conhecimento produzido e interagir com essa produção, para garantir que o investimento público e da comunidade científica promova o desenvolvimento político, econômico e social da população. A pesquisa é um fator importante no processo de produção acadêmica, novas perspectivas são desvendadas pelas iniciativas e espírito empreendedor do cientista. É importante que essa produção se fundamente nos estudos já produzidos por outros pesquisadores, não é necessário se reinventar a roda todo o tempo, e sim avançar no conhecimento que já vem sendo produzido. Ampliando a gama de veículos de comunicação as universidades também começaram a produzir conteúdos para rádio e televisão que mais tarde viera a migrar para a internet. As televisões e rádios universitárias surgem no segmento educativo cultural, no campo público da comunicação. Ramalho (2010) caracteriza esses veículos como produtores de conteúdos audiovisuais das universidades que oferece uma programação periódica e constante, independente da sua capacidade de produção inédita. Castro (apud RAMALHO 2010) afirma a importância desses canais e dos integrantes da comunidade acadêmica na produção desses conteúdos, pois “são eles que nos fazem pensar cada dia de uma maneira diferente”. Com o a abertura do acesso à internet, mais pessoas tem tido acesso de forma gradativa à rede mundial de computadores, e é na perspectiva do crescimento desse veículo, que os veículos tradicionais têm convergido. Para os veículos universitários, essa convergência dos veículos tradicionais de rádio e TV para Web Rádios e Web TVs consiste na globalização e promoção dos conteúdos produzidos pela universidade através das possibilidades e ações interativas permitidas pela web. 3. AFINAL, O QUE É WEBTV? A convergência dos meios a partir da internet criou as bases para o desenvolvimento de sistemas de interação entre meio e público, gerando novas possibilidades de produção de conteúdos, bem como sua disseminação através de plataformas que se somam aos formatos tradicionais de difusão.
  • 18. 18 O tradicional meio televisivo, popularizado como um dos principais veículos de comunicação em todo o mundo, sofre também os reflexos dessas mudanças, e a velha “caixa com imagens e sons” passa a dividir espaço com um novo veículo para atingir o público, a WebTV. Nas palavras de Bonfati e Feire (2008, p.33) a WebTV é definida como, “todo e qualquer conteúdo visual (vídeo) audiovisual (áudio e vídeo) assistido principalmente pelo computador e que consegue gerar a partir de transmissões ao vivo ou de vídeos para download, uma programação própria”. Já Ramos e Rodrigues (2005) se referem ao meio como “a prática de espelhamento de vídeo na web pelas grandes operadoras de TV convencional”. Outro conceito é o de Online Tv ou televisão na internet, proposto por Longo (2008). O autor descreve a WebTV como “a conversão do conteúdo da televisão para o meio online, onde o sinal da televisão passa a ser recebido pela internet”. (LONGO, 2008, p.18) Recorrendo a Becker e Mateus (2011), encontramos outra definição, na qual os autores pontuam que “as WebTVs não têm como foco a exploração econômica dos conteúdos por ela transmitidos, mas possuem um grande potencial político e social. Diferentemente da televisão massiva, é dirigida a públicos segmentados, estabelecendo processos de comunicação mais diretos e personalizados”.(BECKER;MATEUS,2011, p. 158) Deve-se considerar nessa abordagem, a diferença entre as tecnologias Internet Protocol Televison (IPTV) e streaming: A TV via protocolo de internet (IPTV) significa utilizar a infraestrutura de internet voltada ao acesso em banda larga à internet para trafegar pacotes de vídeo. Porém a definição não vale para serviços de transmissão de vídeo como o youtube, ou os canais de vídeo de portais e emissoras de TV na internet, a WebTV. Isso porque alguns elementos diferenciam o que se define como IPTV dos serviços de streaming na web. A primeira diferença é a forma como o conteúdo chega ao usuário, uma vez que no IPTV o usuário recebe o conteúdo no aparelho de TV, por meio de um conversor, da mesma forma que receberia o sinal em serviço por assinatura convencional, via cabo, ou satélite e não pelo computador. (LONGO, 2008, p. 19) Nessa mesma discussão, o autor faz distinção entre WebTV e web vídeo. Para Longo, a primeira se apropria da característica da segunda para a transmissão de conteúdos online, que por sua vez, são criados pelo usuário. Em outras palavras, a WebTV corresponderia, na visão do autor, a um sistema, um modo de transmissão de
  • 19. 19 conteúdo, enquanto o web vídeo caracterizaria o produto em si, um vídeo publicado e enviado via internet, geralmente curto. Algumas plataformas como youtube, vimeo e yahoo¹,consolidaram-se como canais de distribuição desses vídeos. Entretanto, dentro deste contexto nos deparamos com conceitos dicotômicos sobre a WebTV. A confusão se dá pelas possibilidades que a web 2.0 disponibiliza para os usuários, que vão desde o compartilhamento de conteúdos audiovisuais, até mesmo a concepção de uma programação, favorecendo a participação dos internautas. Todavia, mesmo que identificadas essas possibilidades, o conceito sobre a WebTV ainda se mostra em processo de definição, tendo em vista não o meio de distribuição, mas a forma como são utilizadas. O conceito de WebTV mostra-se confuso, abrigando desde o simples compartilhamento de vídeos até uma distribuição mais densa e organizada, sistematizada em torno de uma verdadeira programação. Em linhas gerais, os conceitos de WebTV abrangem a distribuição de conteúdo audiovisual usando a web como plataforma. (CERQUEIRA, 2009, p.5) A partir desse ponto, é possível analisar que em virtude da popularização das práticas de compartilhamento de vídeos na web, inclusive de virais, o conceito de WebTV se mostra genérico. Em publicações disponíveis relacionados ao tema, não são levados em consideração com profundidade, análises sobre perfil dos usuários, formatos, estética ou tendências. O fator interatividade é destacado pelos autores como ponto mais relevante, até porque essa é a natureza primordial da plataforma internet. O fato é que as WebTVs vêm se desenvolvendo, inclusive despertando o interesse de canais comercias, que já perceberam a força dessa mídia. Como exemplo, destaca-se o Portal Terra. O portal Terra visualizou um importante espaço de crescimento através do seu canal de WebTV, o Terra TV. Além de vídeos, o canal conta ainda com uma programação fixa, que inclui telejornal, programas esportivos de entretenimento, e transmissão de conteúdo(programas ao vivo). Tudo isso produzido especialmente para ser transmitido via Internet, através do site Terra. (RIBEIRO, 2009, p.8) Outro exemplo de projeto de WebTV que ganhou espaço no meio online é a ALLTV (www.alltv.com.br), no ar desde 2001. Trata-se de uma experiência que tem uma programação semanal voltada para a internet, contando atualmente com 47
  • 20. 20 programas, divididos em diversas categorias, com conteúdos no formato 24 horas e sob demanda. Inicialmente o canal contava com uma programação limitada, com colaboração massiva dos próprios usuários para a construção dos conteúdos, alguns inclusive de forma amadora. Atualmente a ALLTV conta com uma equipe de apresentadores, profissionais especializados nas áreas referentes à categoria dos programas. Muito do desenvolvimento do canal se deve à ampla abertura para a publicidade, atribuindo a esta WebTV uma identidade que se assemelha às TVs comerciais. A diferença do uso da publicidade está no formato empregado, já que as propagandas abordam os bastidores de gravação dos comerciais e é possível ao internauta participar dos programas ao vivo através do chat, enviando comentários, sugestões de pauta, interagindo com os apresentadores. O que se pode concluir diante do exposto, é que o mesmo indivíduo que se adaptou a receber informações através da TV convencional, a partir do uso das novas mídias digitais pode fazer parte dessa rotina produtiva de maneira mais próxima. Através da internet, a produção de conteúdo para TV deixa de ser exclusividade das emissoras televisivas tradicionais. A maior participação da audiência na produção da mídia é uma característica importante dos modos de gestão e produção de conteúdos na atualidade. Esse novo tipo de consumidor/produtor exige experiências midiáticas com mobilidades mais fluidas e individualizadas, que permitam a cada um compor suas próprias grades de programa se decidir a sua maneira particular de como vai interagir com elas (MACHADO, 2011, p. 88). Em destaque, a WebTV avança no sentido de favorecer a interatividade com os usuários. Algumas experiências em especial apesar de também apresentar caráter comercial, demonstram, entretanto, que estão buscando se adequar aos novos rumos, baseando-se no perfil do público em obter informações com diferentes abordagens. 3.1 CARACTERÍSTICAS As verdadeiras relações, portanto, não são criadas entre a tecnologia (que seria da ordem da causa) e a cultura (que sofreria os efeitos), mas sim entre um grande número de atores humanos que inventam, produzem, utilizam e interpretam de diferentes formas as técnicas. (LÉVY,1999, p.23)
  • 21. 21 Para Pierre Lévy (1999) é essencial compreender que as tecnologias são produtos de uma sociedade e consequentemente as relações que se dão entre os indivíduos. Apresentar-se como uma opção de se pôr em prática um projeto a custos relativamente baixos em relação a produções voltadas para a TV convencional ou para o cabo, não torna a WebTV uma tecnologia fácil de ser implementada. Porém essa é uma característica que possibilita aos interessados encontrar formas concretas de produzir sem que a questão financeira seja um grande impeditivo. Ribeiro aponta que “mais do que um novo meio digital, a WebTV chega com um viés colaborativo revolucionário ao descentralizar o foco das discussões do meio para o conteúdo”. (RIBEIRO, 2009, p.10) O diferencial das WebTVs está justamente na forma como os envolvidos no processo se posicionam diante de tais possibilidades, interpretando o mundo à sua volta, transformando as narrativas e construindo novas abordagens. Percebe-se nesse ponto um público mais segmentado tendo seus anseios informacionais atendidos pela nova mídia, através das ferramentas interativas disponíveis e de atores envolvidos num movimento de criação e intensificação da proximidade com o público, onde todos sejam potenciais produtores de conteúdos. A interatividade é, portanto, mais do que utilizar os dispositivos de hardware para manusear o que a interface do computador ou de um site oferece. O que se busca em meios como a internet e a junção com TVs e rádios, é um sistema de organização de informações e dados que sejam construídos tanto por quem antes só produzia, mas também por quem deixou de ser somente “consumidor” desse sistema que apresenta potencial de comunicação. (KLÕCQNER E PRATA, 2009, p.508) Nesse aspecto, a WebTV carrega, por sua natureza, potencial para impulsionar a participação dos usuários, tendo na interatividade o fator preponderante para a construção de uma linguagem e formato adaptados à internet. Tratando-se de características, identificam-se as formas de assistir conteúdos de vídeo pela internet, que são possíveis basicamente através da tecnologia streaming vídeo ou do processo de downloads de arquivo de vídeo. Streaming vídeo ocorre quando o vídeo é reproduzido durante o processo de carga do arquivo de vídeo para a memória do computador, processo esse chamado de buffering. Este método é utilizado quando se necessita transmitir conteúdo ao vivo, onde os servidores enviam o conteúdo do vídeo já digitalizado e codificado para a máquina do usuário. A outra utilização é o chamado vídeo On demand, que é a forma mais comum de disponibilidade de conteúdo na internet, onde o usuário acessa na hora que desejar. (LONGO, 2008, p.17)
  • 22. 22 Ou seja, o streaming é um processo normalmente utilizado para transmitir conteúdos de áudio e vídeo ao vivo com o mínimo atraso e que permite ao internauta fazer armazenamento temporário, colocando as informações na sequência correta para ser apresentado em um display, Já o vídeo sob demanda é a entrega de conteúdos de vídeo no horário escolhido, o usuário acessa o conteúdo na hora que quiser. Há ainda o aspecto do custo para produção e divulgação de conteúdos. A WebTV apresenta a vantagem de alcançar o público com custos relativamente mais acessíveis em relação à TV, uma vez que se trata de um suporte que abriga vídeos sem grande exigência na qualidade técnica, sendo possível produzir conteúdos de aparelhos simples como um celular, por exemplo, o que dificilmente é abrigado pelas exigências técnicas de emissoras de televisão, sobretudo as comerciais. Além disso, contribui para a WebTV a própria viralização de vídeos, ou seja, o alto número de compartilhamento de conteúdos por meio das redes sociais quando um conteúdo consegue despertar o interesse do internauta. Soma-se a isso a interconexão entre as redes sociais, o que amplia o espaço de difusão de conteúdos gerados por ambientes de WebTV, permitindo alcance ilimitado ao público. Ribeiro (2009) destaca que Em termos de possibilidade de participação decorrente do uso dessa mídia, a webTV abre espaço, com isso, para um possível engajamento e discussão de temas tendo o vídeo como um importante elemento. A interação com o conteúdo e não com o veículo (fisicamente falando) é a grande inovação da chamada interatividade digital. (RIBEIRO, 2009, p. 7) Outra característica inerente às WebTVs é a possibilidade de segmentação de públicos, permitindo que a diversidade de conteúdos que não são explorados pela rede aberta de TV convencional atenda aos anseios individuais de acordo com a realidade do público, considerando aspectos como a proximidade do indivíduo com a informação que está ao seu alcance e que lhe causa interesse. Isso permite que os usuários tenham a possiblidade de optar por novas fontes além da TV ou rádio, adquirindo informações sobre determinado assunto baseado por qual tenha curiosidade, tendo em vista que as pessoas estão mudando seus hábitos, inclusive em relação ao modo de “consumir” informação.
  • 23. 23 Canais web já são disponibilizados na rede para troca e fluxos de informações especializadas, reforçando conceito de programação segmentada. Dessa forma, a convergência, os fluxos informacionais e as construções colaborativas representam os três pilares da webTV, legitimando-a como um espaço pleno para as relações virtuais contemporâneas. (RIBEIRO, 2009, p.10) A relação que antes se dava entre o telespectador, o aparelho de TV e o controle remoto passa a ter o usuário como sujeito participativo através do seu mouse ou teclado, interagindo de forma mais direta na produção e distribuição de conteúdo desses canais. Essa interação usuário/conteúdo pode ser vista como o fator preponderante nas mudanças das relações sociais a partir do desenvolvimento da internet. As mídias digitais tornaram-se sociais e os receptores da informação ganharam ferramentas para não só devolver ao emissor suas percepções e opiniões, mas também para contribuir com novos conteúdos gerados a partir de suas opiniões. Em tempos de redes colaborativas a WebTV precisa fazer com que o usuário identifique uma relação pessoal com a informação, ou seja, provocar uma vinculação direta da história que está sendo exposta. Nesse movimento não basta apenas retransmitir o link da notícia no Twitter ou no Facebook, por exemplo, o usuário quer ir além, expondo sua visão sobre o assunto discutido e ser entendido como uma “voz” que deve ser ouvida. Promover enquetes, canais para sugestão de notícias e discussão de assuntos em áreas de relacionamento e compartilhamento de informações nas mídias sociais, mais do que isso, as WebTVs surgem com estas nuances atreladas ao audiovisual e junto a tudo isso o desafio de conceber conteúdos como um link para a conexão com a vida pessoal do indivíduo. 3.2 PENSANDO O PAPEL DAS WEBTVS NA UNIVERSIDADE A WebTV universitária enquanto veículo de comunicação é algo relativamente novo no país (RAMALHO,2008) baseando-se na proposta de experimentação de linguagens para construção de conteúdos que contemple os públicos que participam diretamente do contexto acadêmico, quais sejam professores, estudantes e funcionários, e produzindo conteúdos que alcancem não só esses públicos, mas que pensem a relação da Universidade com a sociedade de modo geral.
  • 24. 24 A primeira experiência de WebTV Universitária no país é a TV da Universidade do Rio de Janeiro , a TV UERJ, veiculada na internet pela primeira vez em 2001. Bacco (2010) em sua pesquisa sobre a experiência destaca que um dos motivos que levou o professor Antônio Brasil, idealizar o projeto, foi a necessidade de inovar na linguagem do telejornalismo, que considera formal, pouco criativa e conservadora. O projeto visa a experimentação e é aberto a todos os alunos de jornalismo e relações públicas da universidade, o suporte internet foi escolhido por possibilitar a experimentação, sem que os erros sejam impeditivos para que não se produza. Assim, a WebTV pode ser entendida como um desdobramento da TV Universitária, o que torna necessária uma breve contextualização sobre este tipo de mídia a fim de uma maior compreensão sobre o setor. A discussão em torno do conceito de TV universitária se divide entre sentido e teor de programação. Segundo Martelli e Kerbauy (2009), para muitos autores ela é responsável apenas pela produção de programas realizados por estudantes universitários, enquanto para outros trata-se de uma televisão voltada apenas para o público estudantil. Bacco (2010) aponta que as emissoras televisivas universitárias podem ser definidas como sendo um canal entre a instituição de ensino superior e a sociedade, que por um lado divulgam o saber erudito, e de outro, apreendem o saber popular. O autor pontua que essa é uma possibilidade que a universidade tem de conversar com a comunidade. Porcello (2002) acredita que a programação de uma TV Universitária deve ser voltada para a construção da cidadania, pautando ações humanas, mas sem deixar de lado o aspecto crítico e reflexivo da universidade. A Associação Brasileira de Televisão Universitária (ABTU) define a TV Universitária como aquela produzida por Instituições de Ensino Superior (IES) e transmitida por canais de televisão, pagos ou não, e/ou por meios convergentes, voltada à promoção da educação, cultura e cidadania. A compreensão da ABTU abarca diferentes formas de veiculação de sinal pelas IES, a exemplo do sinal aberto, via cabo, por satélite, pela internet e por circuito interno, contemplando formatos que vão além do que prevê a escassa legislação vigente para o setor. Quanto à finalidade do veículo, a ABTU defende que a TV Universitária deve ser vista como Uma televisão feita com participação eclética e diversificada, sem restrições ao entretenimento, salvo aquelas impostas pela qualidade estética e a boa ética. Uma televisão voltada para todo público interessado em cultura,
  • 25. 25 informação e vida universitária, no qual prioritariamente se inclui, é certo, o próprio público acadêmico e aquele que gravita no seu entorno: familiares, fornecedores, vestibulando, gestores públicos da educação, etc. (PRIOLLI; PEIXOTO, 2004, p. 5) Com a Lei do Cabo (8.977/95) os canais básicos de uso gratuito das TVs universitárias, legislativas, comunitárias, do Poder Judiciário e as TVs educativo- culturais passaram a ser disponibilizados pelas operadoras de TV por assinatura, por meio dos chamados “canais de uso público”. A lei toca em pontos relevantes, a exemplo da proibição do monopólio e oligopólio nos meios de comunicação e a preservação de conteúdos voltados à cultura, educação e informação. A partir daí que se cria um novo rumo para o segmento. Para Ramalho (2010), através do surgimento da lei do cabo o número de TVs Universitárias triplicou e atualmente já representam 151 emissoras instaladas nos campi universitários. Entretanto, Martelli e Kerbauy (apud BOLAÑO, 2007) lembram que atrás da exploração do mercado de TVs por assinatura estão as empresas de capital estrangeiro e grandes empresas privadas como as Organizações Globo e o Grupo Abril, ou seja, ao mesmo passo em que a lei do cabo traçava novos caminhos para o sistema público de comunicação, ocultava-se a ação dos mesmos oligopólios dominantes dos veículos de comunicação fora da web. Assim, embora, o número de TVs universitárias tenha crescido significativamente com a lei do cabo, esse fator coloca grande parte das emissoras públicas do Brasil dependentes do sistema de televisão pago. As produções de cunho educativo das emissoras educativas e universitárias se encontram no cabo, e, portanto, de acesso restrito aos assinantes. E embora o segmento tenha objetivos específicos delineados, alguns fatores até então apontados, fazem da TV universitária um veículo que necessita de uma regulamentação definida, para que as suas reais possibilidades informativas, educacionais e culturais, sejam reconhecidas e encontrem formas efetivas de exercer suas potencialidades, enquanto opção mais próxima que temos esboçado fora de padrões pré-estabelecidos pelos sistemas dominantes de televisão no país. No entanto, as experiências das TVs Universitárias estão mais restritas à reprodução de modelos dos telejornais, com linguagens narrativas encontradas maciçamente na TV convencional, tendendo ao conservadorismo acadêmico. Segundo
  • 26. 26 Bacco (2010, p.48), a subjetividade dos produtores que fazem julgamentos sobre o que o público gostaria de ver, pode ser uma das causas do insucesso das emissoras televisivas desenvolvidas pelas Universidades. Priolli (2004) destaca dois pontos que influenciam no que considera como um desequilíbrio de gêneros das TVs do segmento universitário: o primeiro está ligado à produção clássica de conhecimento pela academia e a segunda relacionada ao baixo orçamento das emissoras, que sofrem com a necessidade de contratação de mão de obra terceirizada, levando em consideração que as TVs universitárias por seu caráter público ficam impossibilitadas de atrair recursos através de publicidade. Bacco (2010) evidencia também o problema institucional que se apresenta já na montagem da estrutura das TVs universitárias, que geralmente funcionam nos laboratórios de TV das faculdades de comunicação, podendo estar vinculada à Assessoria de Comunicação, ou ainda ser um núcleo autônomo, subordinado à direção universitária. Seguindo a mesma linha, mas trazendo a discussão para as WebTVs universitárias, Ramalho (2010) destaca que a web ainda é vista pelas Universidades como um suporte secundário e as poucas experiências se limitam a postar os programas nos portais das instituições. Percebe-se neste processo de convergência, que a plataforma WebTV como veículo de comunicação ainda é pouco “explorado” pelas universidades. Herdaram aspectos estruturais, narrativos e até mesmo sofrem as influências da burocracia das instituições, apresentando características diretas das ingerências políticas administrativas, ou seja, ainda há certa “rejeição” por parte da academia em assumir uma postura frente ao paralelo que se deseja criar entre a produção do conhecimento universitário e a participação da comunidade externa nesse processo. Pensando o caso específico das WebTVs, e levando em conta que entre os meios de transmissão seja por sinal aberto, via satélite, via cabo ou por circuito interno, a plataforma internet apresenta a “vantagem” de ainda não ter uma legislação e consequentemente regulações e impedimento para seu uso, s o seu caráter, público, aberto e livre torna-se uma peça fundamental para a divulgação de conteúdos plurais e que sirva como um celeiro de experimentação, aproveitando de maneira plena da necessidade desse espaço pela comunidade acadêmica, aliadas as ferramentas da web 2.0.
  • 27. 27 Na prática, faz-se necessário encurtar o distanciamento da TV universitária em relação à comunidade científica e identificar o perfil dos interessados no segmento, sem deixar de se preocupar com a comunicação institucional, mas criando um paralelo que ofereça um modelo alternativo ao modelo comercial tão criticado pela academia. Nesse contexto de busca por novos formatos e modos de produção visando a participação da comunidade acadêmica, conceitos como a convergência digital e interatividade permeiam o debate em torno do que podemos considerar como alternativa para que o conhecimento acadêmico rompa as barreiras físicas, alcançando espaços diferenciados por meio de conteúdos multimídia que se somam à produção escrita, proporcionando possibilidades complementares de acesso ao conhecimento e de compreensão sobre temas que permeiam o fazer da universidade. Levar em consideração essas questões é entender que há uma ponte a ser construída. Não basta pensar na melhor maneira de se colocar em prática um projeto, mas repensar a postura e o papel da WebTV na construção de uma linguagem que coloque em evidência as necessidades de um fazer comunicativo voltado à academia de maneira representativa, envolvendo os diversos atores sociais e englobando as características que se busca como forma de articular as pluralidades do universo acadêmico em conteúdos audiovisuais. Através da experimentação entre alunos, professores, pesquisadores há de se identificar pontos de ligação que amadureçam as práticas comunicativas em torno do veículo WebTV, utilizando-se da riqueza dos recursos audiovisuais inerentes a esse meio. 3.2.1 TV UNIVERSITÁRIA E O DEBATE SOBRE A TV DIGITAL. Os debates até então desenvolvidos em torno da TV digital no Brasil privilegiam o caráter econômico e tecnológico deixando de lado a discussão em torno das políticas de comunicação no país e em relação às TVs universitárias. A lacuna no marco regulatório para o setor dificulta a consolidação de formatos pensados para a TV como parte de um projeto social e político mais amplo. O sistema público de comunicação se encontra estagnado pela falta de revisão das leis que a regem.
  • 28. 28 Mesmo com todos os impasses que circundam a implantação da TV digital e a necessidade de modelos que priorizem a construção de um projeto pensado entre a sociedade. É iminente que são grandes as expectativas em torno da digitalização do sinal. Um ato relevante em torno desse debate foi a concepção do Decreto Presidencial 4901/2003, que define os desígnios da TV digital, que seriam promover a inclusão social, a diversidade cultural do país e a língua pátria por meio do acesso a tecnologia digital; propiciar a criação de rede universal de educação à distância; estimular a pesquisa e o desenvolvimento e propiciar a expansão de tecnologias brasileiras e da indústria nacional relacionadas à tecnologia da informação e comunicação; planejar o processo de transição da televisão analógica para digital de modo a garantir a gradual adesão de usuários a custos compatíveis com sua renda (AMAZONAS, 2005) A TV universitária participa do debate, mas, não tem uma posição concreta na adoção de um modelo/sistema, até porque são diversas as implicações, o que exige dos envolvidos direta e indiretamente uma articulação para que se encontre uma unidade dentro desse contexto. A ABTU parece se colocar de maneira entusiasta ao passo que enxerga na convergência possibilidades de democratização do conhecimento acadêmico no modelo novo. Até porque, a Universidade no Brasil, há muito tempo foi taxada como uma instituição que não dialoga com os diversos públicos da sociedade. O que se percebe realmente de palpável é que ABTU se mostra empenhada para garantir a presença do segmento universitário em rede aberta, já que até os dias atuais se limita TV a cabo. Levando em consideração que diferente da TV Digital no formato atual, onde ou se assiste TV ou se navega na internet, a WebTV permite que se realize as duas funções ao mesmo tempo, surge aí outro ponto a ser abordado, enquanto os questionamentos em torno de como a TV digital deve proceder diante as implicações políticas, culturais e sociais e como a comunicação em nosso país deve adequar sua produção para a convergência tecnológica. Enquanto não se regulamenta o segmento universitário nesse movimento, a WebTV surge como importante peça para que as TVs universitárias construam suas linguagens e atinjam seus nichos. Nessa conjuntura é importante compreender o desenvolvimento recente das TVs universitárias e saber de que maneira elas ocupam esse espaço público midiático da sociedade moderna.
  • 29. 29 3.3 A WEBTV UNEB A Universidade do Estado da Bahia – UNEB é a maior instituição pública de ensino superior do estado, fundada em 1983, com sede na capital do estado, onde se localiza a administração central da instituição, possui campis distribuídos em 23 municípios baianos, ou seja, a instituição está presente geograficamente em todas as regiões do Estado. Estruturada no sistema multicampi, a UNEB segue formando profissionais há 30 anos em mais de 150 cursos e habilitações nas modalidades presencial e de educação a distância (EaD), nos níveis de graduação e pós-graduação. Entre as graduações é disponibilizado o curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo em Multimeios no município de Juazeiro, norte do estado, Relações Públicas, localizado na capital Salvador, e Rádio e TV em Conceição do Coité, localizada no nordeste da Bahia. A Universidade do Estado da Bahia (UNEB) conta com uma plataforma de WebTV, mas assim como a de outras instituições de ensino a exemplo da TV Universitária da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), adota um perfil mais jornalístico e com vínculo direto com a assessoria de comunicação da instituição. O que se percebe nessa parceria é que as decisões tomadas em relação a sua constituição, não abrangem toda a comunidade acadêmica de forma que o alunado, professores e corpo técnico formem um contingente expressivo no que tange ao aproveitamento da “inteligência coletiva” para pautar temas com abordagem de assuntos de interesse da comunidade acadêmica como um todo. A comunicação institucional é necessária e importante, até porque fazemos parte de uma instituição e é imperiosa a consolidação da imagem e credibilidade da mesma frente à sociedade, porém, esse tipo de comunicação não incentiva que os estudantes aproveitem um espaço como a WebTV para a produção e veiculação de conteúdos específicos. A WebTV UNEB conta atualmente com 13 programas em sua grade, porém, não apresenta uma periodicidade para a veiculação de publicações, nem todos que fazem parte da comunidade acadêmica conhecem ou identificam outro formato que não seja o jornalístico em seu corpo. O número de visualizações dos vídeos publicados é
  • 30. 30 inexpressivo diante ao grande contingente de pessoas entre alunos e funcionários que estão inseridos no contexto UNEB. Pensando na reconfiguração dos meios ao passo que a convergência digital traça os novos caminhos dos modos de produção de conteúdo, observa-se que a WebTV UNEB necessita de um programa produzido por alunos , com subsídios de docentes, técnicos, que contribua com a formação de opinião em torno de assuntos atuais e de interesse social, com base também na cultura e na política, permitindo o protagonismo universitário. O estabelecimento de uma periodicidade seria uma interessante e efetiva medida a ser executada, para criar um ritmo que fidelize o público, a WebTV UNEB no formato atual faz publicações avulsas, esta dinâmica não atrai seguidores e dispersa os usuários da rede, dar prioridade a assuntos atuais , inclusive de interesse da comunidade externa, coloca em evidência o aspecto colaborativo das Universidades na discussão de uma diversidade temática, a Universidade como instituição formadora de opiniões , pode atribuir grandes contribuições sobre as pautas sociais, culturais e políticas e dentro desta perspectiva envolver os diversos atores, atribuindo a estas discussões um embasamento aprofundado e reflexivo sob uma nova ótica. Visando traçar um panorama em torno da visibilidade que a WebTV UNEB apresenta perante a comunidade acadêmica, aplicamos um questionário respondido por duzentos estudantes, oitenta técnicos administrativos e cinquenta professores com as seguintes questões: 12% 63% 25% 1 - Você conhece a TV UNEB? Sim, conheço muito Sim. Mas Conheço pouco Não conheço
  • 31. 31 13% 25% 62% 2 - Se você não conhece a TV Uneb, o que / ou como você imagina que ela seja? Uma TV com caráter social e comunitário Uma TV com caráter laboratorial Uma TV Institucional que promove e divulga a Universidade 15% 76% 9% 3 - Se você conhece a TV Uneb, como você entende o Modelo de TV Universitária adotado pelo veículo? Modelo Departamentalizado (Também chamado de Modelo Laboratório) vinculado a um ou mais de um curso (s) Modelo Tv Universitária vinculada à Assessoria de Comunicação Modelo TV Universitária como Núcleo Autônomo/Independente. Sem vinculação a nenhum órgão da Universidade
  • 32. 32 Após avaliação dos dados obtidos com a aplicação do questionário, resolvemos desenvolver uma proposta de programa que sane as lacunas observadas. Visamos potencializar a audiência, entendendo que o consumo de mídia de Internet é feito em um momento diferente do consumo de TV, pois temos a nosso favor um diferencial, a possibilidade de interagir com o usuário e o anseio da comunidade acadêmica por conteúdos diferenciados e que ao mesmo tempo evidencie a universidade por uma nova ótica, através de uma nova realidade comunicacional, não somente para as práticas de produção de conteúdos, mas também a era da informação. A internet retoma essa necessidade de diálogo e participação sobre os padrões de comunicação em vigor e a WebTV surge como uma alternativa para alterar essas práticas e a Universidade deve utilizá-la ao seu favor. Talvez todas essas sugestões de variações permitam a formação de uma TV Universitária com propostas mais claras sobre seus reais objetivos, proporcionando uma proximidade maior com os anseios sociais da comunidade onde estão inseridas. 28% 12% 2% 6% 52% 5 - Para você, a TV Uneb deve formatar-se em que tipo(s) de programação( marque as opções que você considerar mais importantes) Saber acadêmico e ciêntífico Generalidades Promoção de ações da instituição/ Marketing institucional temas sócio-econômico atuais e de relevância social entretenimento educativo, artes e cultura de um modo geral
  • 33. 33 4. FASES DA PRODUÇÃO: SUGERINDO UM PROGRAMA PARA A WEBTV UNEB Partindo de uma análise dos níveis de audiência, alcance, critérios de noticiabilidade e do fazer TV Universitária para uma universidade cuja multicampia é a sua principal característica, pensamos em elaborar um programa piloto para o veículo WebTV tentando contemplar todos os pontos citados. A Universidade do Estado da Bahia, UNEB, é uma instituição de ensino superior que tem seus campi espalhados por toda a Bahia, num total de vinte e quatro Campi, tendo como sede o Campus Salvador. O Campus I é o maior Campus da UNEB – tanto em número de alunos, como turmas e cursos – e de onde se originou a nossa universidade. A multicampia – sistema adotado seguindo o modelo da Universidade de Quebec no Canadá – tem inúmeras vantagens, como a inclusão socioeducacional de centenas de estudantes espalhados por todo o estado. Partindo para o nosso ponto de análise que é a WebTV da instituição, enxergamos a necessidade de um “fazer comunicação” que integre todos os segmentos da universidade (estudantes, professores e técnicos-administrativos) tanto no tocante à participação na produção do conteúdo, quanto no se sentir contemplado com o que é exibido. Analisando a universidade a partir desse viés, iniciamos o estudo das WebTVs universitárias como um veículo universitário com um excelente potencial de alcance, com um custo de produção menor que o da TV convencional e como um fruto da convergência midiática ainda pouco explorado. Decidimos então tomar a WebTV UNEB como objeto de estudo, a partir de inquietações e lacunas encontradas em um diagnóstico que pode ser apreciado no tópico 4.1 – Pré-produção. 4.1. PRÉ-PRODUÇÃO Inicialmente, começamos a assistir os vídeos publicados na TV UNEB e sentimos a necessidade de uma programação periódica e linear. Por conta do espaço de
  • 34. 34 tempo e da proposta do produto experimental (PEX), resolvemos nos ater à criação de um programa piloto que fosse o pontapé inicial para que a equipe da WebTV possa repensar a programação. 4.1.1 DIAGNÓSTICO A WebTV UNEB hoje conta com a seguinte programação: Programa de entretenimento e entrevista com professores, estudantes e técnicos da UNEB que tenham interesse em divulgar suas habilidades artísticas. Este é um espaço para toda comunidade “unebiana” mostrar o que sabe fazer: teatro ou dança, poesia ou repente, declamações ou música, se tem arte e cultura, tem WebTV.UNEB. Programa de reportagem que apresenta os setores, núcleos, departamentos, cursos e todo o universo da UNEB, respondendo: para que eles servem e como podem ser utilizados? Como eles surgiram e quem os compõe? Este programa coloca a câmera nas mãos dos estudantes. Com máquinas amadoras, que vão de filmadoras a celulares, eles nos contam sobre suas vidas, rotinas e experiências diárias. Cada um tem um jeito único de viver a UNEB e a diversidade também é marca da Vida de Estudante.
  • 35. 35 Programa de entretenimento voltado para moda. Durante o programa, são levantadas questões e curiosidades relativas ao assunto em foco além de entrevistas com especialistas e pessoas pertencentes à área. Programa que objetiva discutir questões relacionadas à ciência e à pesquisa com especialistas, mestres e doutores da UNEB. O convidado responde também às questões de webtelespectadores, bate um papo sobre um filme de sua escolha e indica outras fontes de conhecimento para quem quer se aprofundar no assunto. Programa que tem o objetivo de discutir questões que estão em destaque na mídia com o viés acadêmico. São convidados especialistas para debaterem sobre a questão. Além disso, as pessoas pelas ruas e pela UNEB também são convidadas a entrar no debate. . A WebTV UNEB hoje contém em sua página uma barra de links chamada de “Programação” a tem a finalidade de organizar os vídeos publicados na página principal de acordo com as linhas editoriais e se organiza da seguinte maneira: • À Moda da Casa Duas publicações foram feitas nesse link. A última publicação foi realizada no dia 22 de dezembro de 2011(Verificação realizada no dia 28 de novembro de 2013). • Coberturas
  • 36. 36 O link “Coberturas” é o que tem maior regularidade na periodicidade das publicações. A última publicação foi realizada no dia 28 de dezembro de 2013 (Verificação realizada no dia 28 de novembro de 2013) e tem uma periodicidade de 5 a 7 dias nas publicações. Neste link podemos encontrar coberturas jornalísticas. A cada vinte pautas uma é realizadas nos campi do interior. • Curtas Em “Curtas” podemos encontrar quatro publicações sendo três realizadas nos meses de setembro e outubro de 2013 e uma no mês de fevereiro de 2012. • Especiais Encontramos aqui reportagens especiais e reportagens documentais. A última publicação foi realizada no dia 28 de dezembro de 2013 (Verificação realizada no dia 28 de novembro de 2013) e tem uma periodicidade de 5 a 7 dias nas publicações. • Giro Universitário O link possui dez publicações. Oito publicações pautam os campi do interior (de forma individual) e duas pautam o campus I. A última publicação foi realizada no dai 06 de agosto de 2013 e a periodicidade varia entre dois meses e dois anos. (Verificação realizada no dia 28 de novembro de 2013). • Memória O link contém seis publicações. Das quatro publicações duas são reportagens especiais e quatro são coberturas de atividades do reitor da Universidade. A última publicação foi realizada no dia 29 de fevereiro de 2012. A periodicidade das publicações varia entre um e dois anos. (Verificação realizada no dia 28 de novembro de 2013). • Mostre sua Cara O link contém dez publicações contendo entrevistas com bandas e atrações artísticas. A última publicação foi realizada no dia 16 de agosto de 2011 (Verificação realizada no dia 28 de novembro de 2013). • Papo de Mestre
  • 37. 37 O link contém três publicações e a ultima foi realizada no dia 21 de Junho de 2012. (Verificação realizada no dia 28 de novembro de 2013). • Vida de Estudante - Possui apenas seis publicações de vídeos que tem como protagonistas estudantes d o campus I da UNEB. A última Publicação foi realizada no dia 04 de outubro de 2011 (Verificação realizada no dia 28 de novembro de 2013). A periodicidade das publicações varia de oito meses a dois anos. Após esta etapa, fizemos um diagnóstico baseado em uma amostragem de vinte programas publicados entre os dias 11 de outubro de 2013 a 04 de novembro de 2013. Durante a análise da amostragem, observamos os seguintes critérios: Plataforma de publicação, periodicidade das publicações, pautas, editoriais, abordagem dos vídeos, número de visualizações, interatividade com o espectador. A análise apontou para os seguintes resultados: 1- Os vídeos da WebTV UNEB são publicados na plataforma YouTube e exploram as possibilidades de publicação de conteúdos e acesso sem custos; 2- As publicações variam de oito (08) dias entre uma publicação e outra a até duas publicações no mesmo dia; 3- Dos vídeos analisados na amostragem, apenas um (01) pauta o campus III da UNEB (Juazeiro) sendo que o vídeo trata da cobertura do debate para as eleições para Reitor da UNEB, sem edição. Todas as outras publicações são a respeito de eventos e vídeos institucionais ligados a reitoria e ao campus I da UNEB (Salvador); 4- Dos vídeos analisados 60% são coberturas jornalísticas, 30% reportagens especiais e/ou documentais, 10% vídeos institucionais e curta-metragem. 5- A interatividade com os vídeos postados na página do veículo é proporcionada entre o botão “Curtir” na rede social Facebook e a caixa de comentários da plataforma YouTube; 6- A WebTv possui perfil nas redes sociais facebook, twitter e flickr. A última postagem no facebook foi realizada na data 06 de agosto de 2013 (verificação realizada no dia 28 de novembro de 2013). As redes twitter e flickr estão em desuso a mais de um ano;
  • 38. 38 7- O site da WebTV UNEB contém um menu chamado “Sugestão de pauta”, porém, o mesmo não tem destaque. 8- A página possui 548 curtidas em um universo de aproximadamente 30 mil estudantes, dois mil professores e 1200 técnicos mais comunidade externa. (Fonte: Pró-reitoria de Graduação – PROGRAD – UNEB e Pró-reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas – PGDP – UNEB, 2013); 9- O número de visualizações varia entre quatorze e noventa. Um vídeo dentro da amostragem conteve oitocentas visualizações e outro conteve cento e cinquenta. Após o diagnóstico resolvemos aplicar um questionário entre os dias 04 de novembro de 2013 e 28 de novembro de 2013, que foi distribuído pelas redes sociais e listas de email de integrantes da comunidade acadêmica da UNEB, para avaliar a popularidade da WebTV UNEB dentro da instituição. Os resultados do questionário são apresentados no capítulo 2. A partir dos resultados do questionários, notamos que os seguintes pontos devem ser levados em consideração para garantir que a programação chegue até o público alvo com eficácia: 1 - Planejamento da veiculação e periodicidade da programação; 2 - Definição de Metas de audiência; 3 - Avaliação e restruturação dos Recursos de difusão disponíveis; 4 - Identificação do Público Alvo; 5 - Definição das Mídias a Serem Utilizadas; 6- Criação de Canais; 7- Monitoramento. 4.1.2 O PROGRAMA Partindo da análise anterior notamos a ausência de três elementos que consideramos importantes, tendo em vista o referencial teórico adotado: Audiência,
  • 39. 39 periodicidade das publicações, interatividade e participação dos segmentos na construção do conteúdo. Começamos a desenhar um modelo de programa que priorizasse o uso das redes sociais como fio condutor do diálogo entre a produção do programa e os campi da UNEB, tendo em vista que a instituição está localizada em vinte e quatro cidades da Bahia e o curto espaço de tempo. Após um Brainstorm6 de cerca de duas horas realizado no dia 10 de novembro de 2013, chegamos à ideia de um nome para o programa que fizesse menção à itinerancia, participação dos campi e TV. Chegamos ao título “3 LÉGUAS,1ROTEIRO E 24 DESTINOS”. Estabelecemos uma rede de contatos com representações de dezoito campi da UNEB e a partir dos anseios apresentados traçamos a ideia de um programa com um programa de WebTv com estúdio itinerante que viajaria pelos vinte e quatro campi da UNEB, abordando temáticas que se relacionassem com as atividades de ensino, pesquisa e extensão do campus sede da edição bem como a cultura local, contando com a interação prévia de outros campi com vídeos, depoimentos e intervenções através de releases postados nas redes sociais. Página do programa piloto no facebook – Endereço: www.facebook.com/pages/3- L%C3%A9guas-1-roteiro-e-24-destinos/1412347549001167?ref=hl 6 O Brainstorming é um método publicitário de geração coletiva de novas ideias através da contribuição e participação de diversos indivíduos inseridos num grupo. (OSBORN, 1930)
  • 40. 40 Quando já tínhamos a ideia do programa em mente e página nas redes sociais criada, divulgamos a página em todas as páginas, grupos e listas existententes na internet referentes à UNEB pata que pudéssemos estabelecer uma rede de contatos e colaboradores. No dia 12 de novembro de 2013 começamos a fazer contato com representantes dos campi da UNEB, através da rede estabelecida com a página do programa no facebook. O primeiro contato era para buscar duas pessoas que pudessem participar do quadro “Repórter de campus”, que é um quadro que tem por intuito trazer para o debate proposto na temática da edição do programa, pessoas de outros campi para além do campus que sediasse a edição. Os estudantes Paulo Victor do campus XII da UNEB e Isaac Mascarenhas do campus II aceitara fazer a participação. No decorrer da mesma semana, partimos para o agendamento das entrevistas com o professor doutor Macelo Medeiros, a professora doutora Rosane Vieira, a estudante de comunicação social Ane Maiane Gordiano e a estudante de comunicação social Joanna Carolina Alcantara, ambos do campus XIV da UNEB. Também lançamos releases do programa no facebook para quea s pessoas pudessem enviar perguntas e comentários. 4.2 PRODUÇÃO Após vários remanejamentos de datas e horários começamos as gravações. Inicialmente foram gravados os quadros repórter de campus com as perguntas e intervenções que iriam conduzir os debates em estúdio e em outros VT’s. As filmagens foram realizadas em Alagoinhas e Senhor do Bonfim nos dias 14 e 15 de novembro de 2013. A ideia foi que o vídeo tivesse o amadorismo e a ideia de câmera na mão refletida em sua estética. Enviamos a pauta via email para os “Repórteres de campus” e fomos acompanhando e orientando as gravações via telefone e email. Ambos os vídeos ficaram da forma desejada em sua primeira edição sem a necessidade de repetir a gravação. O tráfego dos vídeos foi feito através da plataforma de armazenamento online GOOGLE DRIVE. Paralelo a isso, entre os dias 14 e 20 de novembro de 2013, viajamos até a cidade de Salvador-BA, para agendar a inda de dois entrevistados para a gravação do programa em Conceição do Coité. No dia 15 de novembro, recebemos a noticia que devido à contenção de gastos no Departamento de Educação – campus XIV da UNEB, o
  • 41. 41 curto espaço de tempo e os contratempos, não conseguiríamos viabilizar a ida dos entrevistados para participarem da gravação. Aquela sexta-feira (15), era muito chuvosa e devido ao “caos” em que se encontrava a cidade, não conseguimos aproveitar muita coisa. Na sexta-feira 21 de novembro de 2013 realizamos a gravação em estúdio. O estúdio foi improvisado na sala destinada para a construção do estúdio de TV e Fotografia da UNEB campus XIV. A ideia era da montagem e um estúdio aconchegante que se assemelhasse a um lound e que tivesse a predominância das cores vermelha, azul e branco. A gravação estava agendada para ter início as 15 horas. Horas antes do início, a professora doutora Rosane Vieira entrou em contato com a profissão avisando que por atividades profissionais não poderia participar da gravação. As 15:30 horas demos início a gravação em estúdio. A ordem de gravação foi invertida e gravamos primeiro a entrevista com o professor Doutor Macello Medeiros, pois o mesmo tinha que retornar para Salvador imediatamente. Em seguida gravamos com Camila Santos, Anne Gordiano e Joanna Carolina. As 20:30 horas gravamos as cabeças das matérias e a escalada do programa. A gravação acabou as 21:30 horas com a banda Música de Bolso. Finalizada a gravação em estúdio, retornamos a Salvador no dia 25 de novembro para gravar a sonora com a coordenadora da WebTV UNEB Qhele Jemima. 4.3 PÓS-PRODUÇÃO No dia 26 de novembro de 2013 demos início a decupagem do material bruto. Durante a captura das imagens, percebemos que uma das fitas estava danificada, o que nos fez repensar o roteiro. Uma das entrevistas que era considerada a principal, com o professor Macelo Medeiros foi perdida, como plano B, resolvemos utilizar as redes sociais para solucionar o problema. Substituímos a entrevista em estúdio com o professor Macelo, por uma entrevista gravada através da rede social Skype com o Jornalista em Multimeios e especialista e Gestão pública Welington Junior, egresso do campus III da UNEB em Juazeiro. Após a decupagem e a solução dos problemas, partimos para a montagem do roteiro de edição organizando a sequencia das imagens, as imagens a serem utilizadas e os inserts a serem feitos.
  • 42. 42 4.3.1 EDIÇÃO A edição foi realizada no dia 27 de novembro de 2013, no município de Serrinha-BA. A edição é o processo onde são feitos os cortes e a montagem do material que constará no vídeo, é o processo onde o produto começa a ganhar forma. Para isso utilizamos o software “Sony vegas” para a edição dos vídeos e o software Audacity para editar os áudios. Finalizamos a edição no dia 29 de novembro do ano de 2013 às 21 horas. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Baseada em uma análise do conceito de WebTV universitária, analisa-se que a WebTV UNEB deve focar sua produção em conteúdos voltados para estudantes universitários, pesquisadores, professores e internautas que buscam informação diferenciada. Os conteúdos específicos, diferentes da TV convencional, interatividade e qualidade de transmissão mantêm os espectadores fiéis e atrai novos visitantes. Pelo fato da internet ser ferramenta de difusão dos conteúdos da TV UNEB, nata-se que se faz necessário um uso mais intenso das redes sociais, tanto na própria difusão dos conteúdos, como plataforma de interação e participação, tendo em vista que a UNEB está em vinte e quatro diferentes cidades. O planejamento de difusão dos programas da WebTV UNEB nas redes sociais é uma etapa fundamental para que a programação tenha visibilidade, tendo em vista que boa parte do público interno da UNEB tem acesso constante as redes. Temos que lembrar ta,bém que quando falamos em planejar a promoção dos conteúdos nas redes sociais não estamos falando de imediato em ferramentas tecnológicas e sim, em um primeiro momento, de um planejamento estratégico das ações, sem o qual se torna impossível extrair o máximo, não só das ferramentas, mas também dos recursos alocados para estas ações. É necessário também monitorar, uma ação nas redes sem não existe uma vez que se torna impossível mensurar seu retorno. Que ferramentas serão usadas? Quais serão as métricas utilizadas? Definir com exatidão quais as necessidades do monitoramento é essencial para que possamos contratar as ferramentas mais adequadas para atingirmos nossos objetivos.
  • 43. 43 É importante que as pessoas envolvidas no projeto tenham a noção de que a promoção dos conteúdos nas mídias sociais é baseada em relacionamento e isso leva tempo até começarem a aparecer os primeiros resultados. Além disso, é necessário que a universidade se aproveite desse suporte (WebTV), para que junto com a pesquisa, o ensino e a extensão se faça a exploração de novos formatos e linguagens que tornem mais atraentes e que contemplem as demandas de conteúdos disponibilizados para a comunidade acadêmica na WEBTV, através dos objetivos e técnicas desta ferramenta. A geração de conteúdo que permita que os integrantes da comunidade acadêmica encontre uma ferramenta de entretenimento, onde os mesmos possam se enxergar, é de fundamental importância para garantir que os veículos universitários de comunicação tenham visibilidade e passem a ser de fato consumidos pelo seu público tanto interno quanto externo.
  • 44. 44 REFERÊNCIAS AMAZONAS. Correio Braziliense. 2005. Acesso em 29/10/2013 BACCO, Thaisa Sallum. Televisão universitária online: a experiência da TV UERJ, a primeira do Brasil.2010. 134 f. Londrina, Dissertação ( Mestrado em Comunicação) – Universidade Estadual de Londrina. BONFANTI, Katiéllen; FREIRI, Pedro Ivo. WebTV: Da ideologia à Construção. Disponível em www.magnificat.naxanta.org/download.html. Acesso em 12/09/13. BECKER, Beatriz; MATEUS, Lara. A experiência das webTvs universitárias. Disponível em http://www.usp.br/significacao/pdf/7_Significacao%2036_Beatriz%20Becker- Lara%20Mateus.pdf. Acesso em 04/09/2013 CASTELLS, M. A Galáxia da Internet. Reflexões sobre a Internet, os Negócios e a Sociedade.Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003. CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999. CASTELLS, Manuel. A Era da Informação: economia, sociedade e cultura. Lisboa:Fundação Calouste Gulbenkian, 2002. CERQUEIRA, Jean Fábio Borba. Uma análise das potencialidades de implantação de uma WebTv a partir dos sites YouTube, Vimeo, YahooVideo.2009. Disponível em COBO, Cristóbal;PARDO Hugo Kuklinski. Planeta Web 2.0. Inteligencia colectivao medios fast food. Grup de Recerca d'Interaccions Digitals, Universitat de Vic.Flacso México. Barcelona / México DF. 2007. CRAWFORD, S. The origin and development of a concept: the information society. 1983. Bull. Med. Libr. Assoc.. 71(4) October, pp. 380-385. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC227258/pdf/mlab00068-0030.pdf. Acedido em: 28/10/13.
  • 45. 45 http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2009/resumos/R4-2393-1.pdf. Acesso em : 08/10/13. História da mídia sonora [Recurso eletrônico]: experiências, memórias e afetos de norte a sul do Brasil/org.Luciano Klõckner, Nair Prata – Dados Eletrônicos. – Porto Alegre: EDIPUCRS, 2009. 558 p. LEMOS, André. Cibercultura. Tecnologias e Vida Social na Cultura Contemporânea. Porto Alegre: Sulina, 2ª Edição, 2004. LÉVY, Pierre. CIBERCULTURA. São Paulo: Editora 34 Ltda, 1999. LONGO, Leonardo Reis. WebTV : Televisão na internet. Disponível em: http://www.slideshare.net/leolongo/webtv-televiso-na-internet. Acesso em: 23/08/2013. MACHADO, A. Arte e Mídia. Rio de Janeiro. 2011. MARTELLI, Flávia Cortese; KERBAUY, Maria Teresa Miceli.TV Universitária um modelo em construção entre o público e o privado. Disponível em http://www.academia.edu/3142930/TV_universitaria_um_modelo_em_construcao_entr e_o_publico_eo_privado. Acesso em : 19/09/2013. MORAIS, Kátia Santos de. Mídias sociais e a participação política em ambiente digital no Brasil :estudos de casos no Governo Federal. Salvador: UFBA, 2010. O´REILLY, Tim. What Is Web 2.0. Disponível em http://oreilly.com/. Acesso em 20/09/13. PORCELLO, Flávio Antônio Camargo. TV Universitária: limites e possibilidades. Porto Alegre. EDIPUCRS. 2002. POSTMAN, N. Tecnopolia - Quando a Cultura se rende à Tecnologia. Lisboa: Difusão Cultural, 1992 PRIMO, Alex. Blogs e seus gêneros: Avaliação estática dos 50 blogs mais populares em língua portuguesa. In: XXXI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom 2008, Natal. Anais, 2008.
  • 46. 46 PRIOLLI, Gabriel; PEIXOTO, Fabiana. A TV Universitária no Brasil: Os Meios de Comunicação nas Instituições Universitárias da América Latina e Caribe. Associação Brasileira de Televisão Universitária. 2004. Disponível em <htpp://unesdoc.unesco.org/images/0013/001399por.pdf>.Acesso em :12/09/2013 POZO, Juan Ignacio (2004). A sociedade da aprendizagem e o desafio de converter informação em conhecimento. In: Revista Pátio. Ano VIII – Nº 31- Educação ao Longo da Vida - Agosto à Outubro de 2004. Disponível em: http://www.revistapatio.com.br/sumario_conteudo.aspx?id=386, Acedido em: 08/10/13. POZO, J. I; Postigo, Y. Los procedimientos como contenidos escolares: uso estratégico de la información. Barcelona: Edebé, 2000. RAMALHO, Alzimar R. O perfil da TV universitária e uma proposta de programação interativa. Tese (Doutorado)--Universidade de São Paulo, 2010. RAMOS, João Diogo de Oliveira; RODRIGUES, Antônio José Correia. WEBTV. Disponível em arodrigues.alfarod.net/docs/articles/2000_WebTV.pdf.Acesso em 04/09/2013. RECUERO, Raquel. Redes sociais na internet. – Porto Alegre: Sulina, 2009. RIBEIRO, Daniela Costa. WebTV: Perspectivas para construções sociais coletivas. Disponível em http://www.bocc.uff.br/pag/ribeiro-daniela-web-tv-perspectivas-para- construcoes-sociais-coletivas.pdf. Acesso em 30/09/2013. RIBENBOIM, Alexandre. Internet World , Business on-line , p.86, fevereiro 1995. SAAD, B. Estratégias 2.0 para a mídia digital: Internet, informação e comunicação. 2. ed. São Paulo: SENAC, 2008. SIMON, Imre. A propriedade intelectual na era da internet. São Paulo: USP, 2000. TOFFLER, Alvin. A terceira onda. São Paulo. Record. 2002.
  • 47. 47 APÊNDICE Link do questionário: http://form.jotformz.com/form/33154662681658
  • 48. 48 PAUTA – REPÓRTER DE CAMPUS REPÓRTER: Paulo Vitor/ Isaac Mascarenhas EDITORIA: Tecnologias/ Educação RETRANCA: WebTV universitária, WebTV UNEB DATA: 20 de novembro de 2013 DEADLINE: 25 de novembro de 2013 OBJETIVO: Saber se a comunidade acadêmica sabe o que é WEB TV e se conhece a WEB TV UNEB e seu papel. INFORMAÇÕES PRELIMINARES: A WebTv apresenta a vantagem de a custos mais acessíveis garantir uma produção de qualidade, que atinja seus objetivos, alcançando o público desejado. Unindo essas características a necessidade e ao anseio da comunidade acadêmica de que essa produção seja menos institucional possível e garanta que o estudante tenha participação e no caso especial , os cursos de comunicação possam contar com esse suporte, inclusive experimentando novas linguagens e formatos adaptados a internet. A Universidade do Estado da Bahia – UNEB, conta com uma plataforma de WebTv, mas assim como a de outras instituições a exemplo da TV Universitária da Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN, adotaram um perfil mais jornalístico e com vínculo direto com a assessoria de comunicação da instituição. O que se percebe nessa parceria é que as decisões tomadas em relação a sua constituição não abrangem a comunidade acadêmica de forma que o alunado, professores e corpo técnico formem um contingente expressivo no que tange o aproveitamento da “inteligência coletiva” para pautar temas com bases abordagem de assunto de interesse do todo, já que por sua vez a UNEB tem 24 campi espalhados pelo estado, são 24 municípios com suas particularidades e até por motivos estruturais a médio prazo não se consiga uma abrangência no sentindo de atender todas as demandas, porém, existem assuntos que são de interesse geral e que não são pautados pela WebTV. Um exemplo recente de como a prática de utilização da WebTV UNEB enquanto suporte de assessoria, acaba por limitar a abordagem de determinadas pautas , se encontra no fato de que a grande mobilização de toda comunidade interna no ano em
  • 49. 49 vigência (2013), em torno da campanha e eleição para a escolha da nova reitoria da instituição, inclusive de estudantes , fato atípico em relação ao envolvimento em outros pleitos, mesmo com toda essa repercussão a WebTV não pautou o processo e nem o movimento no dia da eleição. A WebTV UNEB conta atualmente com 13 programas em sua grade de programação e duas subseções (WebTV Juazeiro e WebTV Conceição do Coité, porém não apresenta uma linearidade FONTES DIRETAS OU INDIRETAS: Diretas Estudantes, Professores e técnicos PROPOSTA DE IMAGENS: Plano Americaro (da cintura para cima) em ambiente aberto ROTEIRO BASE Passagem: Texto aberto. O repórter se apresenta (NOME, CURSO, SEMESTRE, CAMPUS), e fala que vai procurar saber se a sua comunidade acadêmica sabe o que é WEB TV Universitária, qual o seu papel e se conhece a TV UNEB. (Dinâmica de bate papo informal). _____________________________________________________________ PAUTA – ENTREVISTA COM A COORDENADORA DA WEB TV UNEB NOME DO REPÓRTER: Ícaro Rebouças (71) 9232-0568 – icarocomunicacao@gmail.com EDITORIA: Educação e Tecnologias RETRANCA: WEBTV UNIVERSITÁRIA/ TV UNEB FONTE DIRETA: Qhele Jemima – Coordenadora da TV UNEB PERGUNTAS: 1- O que é a TV UNEB? 2- Qual o modelo adotado pela TV UNEB ?
  • 50. 50 3- Qual a importância desse veículo para a comunidade interna da UNEB? 4- Tendo em vista que as emissoras universitárias são emissoras ligadas a instituição de ensino superior (IES) e transmitida por canais de televisão abertos ou pagos, e/ou por meios convergentes - satélites, circuitos internos de vídeo, internet, entre outros e por tratar-se de uma emissora pública, ou seja, sem fins lucrativos, logo mantida pela própria instituição, quais são os desafios encontrados no que diz respeito a produção de conteúdos? PERGUNTAS DA INTERNET (via facebook e twitter): 1- Danilo Duarte – Estudante de Comunicação Social – UNEB campus III – Juazeiro: - Quais os critérios editorias e de notíciabilidade adotados pela TV UNEB? 2- Camila Vaz – Estudante de Direito – UNEB campus XX – Brumado - Em relação a interatividade e a participação na construção do conteúdo, de que forma os campi da UNEB no interior são contemplados na TV UNEB? 3 – Tainã Souza – Estudante de Pedagogia – campus I – Salvador - Existem canais da TV UNEB em outros campi além do campus I? Como acontece o diálogo com esses canais? ROTEIRO PROGRAMA: 3 LÉGUAS UM ROTEIRO E 24 DESTINOS Duração 17’ Periodicidade Quinzenal Plataforma de exibição WEB TV UNEB VÍDEO ÁUDIO ABERTURA IMAGENS DOS CAMPI CENAS DO PROGRAMA TAINAN OFF - OLÁ, ESSA É A PRIMEIRA EDIÇÃO DO PROGRAMA 3 LÉGUAS, 1 ROTEIRO E 24 DESTINOS/ O NOSSO PROGRAMA IRÁ VIAJAR
  • 51. 51 VINHETA PELOS VINTE E QUATRO CAMPI DA UNEB/ TRARENOS DIVERSAS DISCSSÕES SOBRE O DIA-A-DIA DENTRO E FORA DA UNEB// ICARO OFF - NA NOSSA PRIMEIRA EDIÇÃO DO PROGRAMA, VAMOS FALAR SOBRE WEBTV UNIVERSITÁRIA, A INTERAÇÃO E AS POSSIBILIDADES DE PARTICIPAÇÃO NESSE MEIO// TAINAN OFF - E PARA COMEÇAR O NOSSO PROGRAMA, VAMOS ASSISTIR UM VT COM UM DEBATE SOBRE UNIVERSIDADE, EDUCAÇÃO E APROPRIAÇÃO DAS TECNOLOGIAS VT RETRANCA: UNIERSIDADE/ VEÍCULOS UNIVERSITÁRIOS T:2’ D:A CONVERGÊNCIA... WELINGTON DIAS E SILVA JÚNIOR – JORNALISTA EM MULTIMEIOS – ESPECIALISTA EM GESTÃO PÚBLICA DEMAIS CREDITOS RODA VT VIVO: ESPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA LIMITES DE UM CORPO CAMILA SANTOS – ESTUDANTE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – UNEB CAMPUS XIV ÍCARO CAMILA O QUE TE INSPIROU A FAZER ESSA ESPOSIÇÃO? O QUE VOC PROCUROU IMPRIMIR
  • 52. 52 NA ESTÉTICA DAS FOTOGRAFIAS? VT: REPÓRTER/CAMPUS T:06’ D: EU SOU PAULO VICTOR... PAULO VICTOR – ESTUDANTE DE PEDAGOGIA – UNEB CAMPUS VII – SENHOR DO BONFIM ISAAC JÚNIOR – ESTUDANTE DE MATEMÁTICA – UNEB CAMPUS II – ALAGOINHAS QHELE JEMIMA – COORDENADORA DA WEB TV UNEB RODA VT VIVO: WEBTV UNEB/ PARTICIPAÇÃO. ICARO REBOUÇAS- JOANNA CAROLINA – ESTUDANTE DE COMUNICAÇAÕ SOCIAL – UNEB CAMPUS XIV ANE MAIANE GOSDIANO CUNHA – ESTUDANTE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – UNEB CAMPUS XIV T: 3’ RODA VIVO VIVO ATRAÇÃO/ MUSICAL BANDA MÚSICA DE BOLSO – UNEB CAMPUS XIV
  • 53. 53 T: 2’ EQUIPAMENTOS câmera 02 Sony HVR – V5M – HD 01 Sony HVR – HD – 1000 01 Sony Handcam CDR SX (Portátil) microfones 02 microfones lapela 01 microfone ShotGun 02 Microfone Omnidirecional 01 Microfone Cardioide vt 01 TV Sansung 42’’ tripé de câmera 03 Tripés acessórios camêra 02 adaptadores P2 – P10 02 adaptadores P10 – P2 01 fone de ouvido Beyerdynamic Dt- 990 Pro acessórios áudio ---------------------- fitas 01 cx. Fita Mini Dv Sony Premium Original (05 unidades) estúdio 01 Refletor (Luz amarela) 02 Telas de LCD 42’’ EQUIP. DE ILUMINAÇÃO refletores quant. 02 refletores (Luz amarela) ARTÍSTICO banda Musical Banda Música de Bolso apresentador Tainan Rangel repórter Ícaro Rebouças Repórter de campus (repórter amador) Paulo Vitor – Estudante de Pedagodia – UNEB – campus VII – Senhor do Bonfim Isaac Júnior – Estudante de Matemática – UNEB – campus II - Alagoinhas Convidado 1 Macelo Medeiros - Graduado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela UCSal. Mestre e Doutor pelo Programa de Pós Graduação de Comunicação
  • 54. 54 e Cultura Contemporânea da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Membro do Grupo de Pesquisa em Cibercidades (GPC/UFBA) onde desenvolve pesquisa sobre Locative Media. Líder do Laboratório de Estudos em Mídia e Espaço (LEME/UNEB) onde desenvolve pesquisas sobre mobilidade e espaço urbano. Professor do Centro Universitário Jorge Amado nos Cursos de Comunicação Social e Produção Audiovisual. Professor da Universidade do Estado da Bahia. Atualmente administra as disciplinas voltadas aos estudos das mídias e do som. Vencedor do prêmio Harold A. Innis de melhor tese ou dissertação concedido pela Media Ecology Association (MEA). Covidado 2 Welington Júnior – Graduado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo em Multimeios – UNEB – campus III – Juazeiro. Especialista em Gestão Pública – UNEB campus XII Convidado 3 Qhele Jemima – Coordenadora da Webtv UNEB ARTES E CENOGRAFIA cenário Lound locação Lound Interativo – Biblioteca Professor José Carlos dos Anjos – UNEB – Campus XIV adereços --------- figurino Tainan Rangel veste – Traje Sport Fino
  • 55. 55 5.3.1 ORÇAMENTO PRODUTO QUANTIDADE VALOR TOTAL Passagem SALVADOR – CONCEIÇÃO DO COITÉ 04 R$ 32,00 R$128,00 Passagem C. DO COITÉ - SALVADOR 04 R$ 32,00 R$128,00 ALIMENTAÇÃO EQUIPE DE APOIO 05 R$ 8,00 R$ 40,00 FITA MINI DV SONY 02 R$ 16,00 R$ 32,00 --------------------------------- --------------- ------------- --------------------- R$ 328,00