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Mudança estrutural e crescimento
econômico: os desafios da presente década

                  Carmem Feijo
     Universidade Federal Fluminense (UFF)
    Centro Internacional Celso Furtado (CICF)

                        ANPEC NE, Fortaleza 2011



                                                   1
Objetivo

• Objetivo é recuperar o debate atual sobre a
  importância da indústria manufatureira na estrutura
  produtiva.
• Evidência: peso vem decaindo de forma constante –
  anos 1980 - e mais acentuadamente a partir da
  estabilidade econômica -1ª. metade anos 1990.
• No cerne da controvérsia hoje está o efeito da
  valorização da taxa de câmbio sobre o potencial
  desempenho da indústria.

                                                        2
Apresentação

• Desindustrialização: causas e consequências
  para o crescimento a longo prazo.

• Desindustrialização e imaturidade da
  indústria: perda de importância relativa da
  indústria sinaliza um retrocesso da estrutura
  no sentido de reduzir o potencial de
  crescimento futuro?
                                                  3
Causas da desindustrialização: 2 posições em debate

• “novo-desenvolvimentistas”: combinação perversa
  entre abertura financeira, valorização dos termos de
  troca e câmbio apreciado.

• “economistas ortodoxos”: transformações não
  tiveram um efeito negativo sobre a indústria e que a
  apreciação do câmbio real resultante dessas
  reformas favoreceu a indústria ao permitir a
  importação de máquinas e equipamentos
  tecnologicamente mais avançados.

                                                         4
Conceito de desindustrialização
• “Clássico”: definido por Rowthorn e Ramaswany - uma
  redução persistente da participação do emprego industrial no
  emprego total de um país ou região.

   – Isto teria ocorrido nos países desenvolvidos a partir da
     década de 1970 e na América Latina na década de 1990.

• Tregenna : forma mais ampla - situação na qual tanto o
  emprego industrial como o valor adicionado se reduzem como
  proporção do emprego total e do PIB, respectivamente.
                            • Logo
• Economia se desindustrializa quando o setor industrial perde
  importância como fonte geradora de empregos e/ou de valor
  adicionado para uma determinada economia.                    5
Desindustrialização e Doença Holandesa
• Desindustrialização positiva: transferência para o
  exterior das atividades manufatureiras mais intensivas
  em trabalho e/ou com menor valor adicionado
   – aumento da participação de produtos com maior conteúdo
     tecnológico e maior valor adicionado na pauta de X.


• Desindustrialização negativa: acompanhada de uma
  “re-primarização” da pauta de exportações.

• Doença holandesa: desindustrialização causada pela
  apreciação da taxa real de câmbio

   – descoberta de recursos naturais escassos
                                                              6
Causas internas da desindustrialização

• desenvolvimento econômico leva “naturalmente”
  todas as economias a se desindustrializar .
• elasticidade renda da demanda de serviços tende a
  crescer tornando-se maior do que a elasticidade renda
  da demanda por manufaturados, logo, peso dos
  serviços no PIB tende a aumentar.
• Produtividade do trabalho cresce mais rápido na
  indústria do que nos serviços, a participação do
  emprego industrial deve declinar antes da queda da
  participação da indústria no valor adicionado.

                                                      7
Causas externas da desindustrialização

• grau de integração comercial e produtiva das
  economias.
• Diferentes países podem se especializar na produção
  de manufaturados (China, Alemanha) ou na
  produção de serviços (Estados Unidos, Reino Unido).
• Alguns países podem se especializar na produção de
  manufaturados intensivos em trabalho qualificado,
  ao passo que outros podem se especializar na
  produção de manufaturados intensivos em trabalho
  não-qualificado.
                                                        8
Doença holandesa e desindustrialização precoce

• A relação entre: participação do emprego; do valor
  adicionado da indústria e a renda per-capita pode ser
  afetada pela “doença holandesa”.

• “desindustrialização precoce”- se inicia a um nível de
  renda per-capita inferior ao observado nos países
  desenvolvidos quando os mesmos iniciaram o seu
  processo de desindustrialização.



                                                       9
Conclusão: Desindustrialização precoce

• Países afetados pela “doença holandesa”
  iniciam o seu processo de desindustrialização
  sem terem alcançado o “ponto de
  maturidade” de suas respectivas estruturas
  industriais.
• Não esgotam todas as possibilidades de
  desenvolvimento econômico que são
  permitidas pelo processo de industrialização.

                                                  10
Conseqüências da desindustrialização

• modelos neoclássicos de crescimento: a ocorrência
  ou não da desindustrialização é irrelevante -
  crescimento de longo-prazo é conseqüência apenas
  da “acumulação de fatores” e do “progresso
  tecnológico”, sendo independente da composição
  setorial da produção.
• pensamento heterodoxo o processo de crescimento
                heterodoxo:
  econômico é setor-específico.



                                                  11
indústria como o motor do crescimento de
                  longo-prazo
• (i) efeitos de encadeamento para frente e para
  trás na cadeia produtiva: são mais fortes na
  indústria.
• (ii) presença de economias estáticas e
  dinâmicas de escala: a produtividade na
  indústria é uma função crescente da produção
  industrial - “lei de Kaldor-Verdoorn”.


                                               12
indústria como o motor do crescimento de
                  longo-prazo
• (iii) mudança tecnológica ocorre majoritariamente na
  indústria: progresso tecnológico é difundido a partir
  do setor manufatureiro.
• (iv) A elasticidade renda das importações de
  manufaturas é maior do que a elasticidade renda das
  importações de commodities e produtos primários:

   – industrialização é necessária para aliviar a restrição de
     balanço de pagamentos ao crescimento de longo-prazo.


                                                                 13
Maturidade de uma economia
• A relacionada ao fato de ter completado o
  desenvolvimento industrial.

• quatro estágios de desenvolvimento no
  processo de industrialização (Kaldor)

• uma economia ‘imatura’ se torna ‘madura’ a
  partir da expansão da demanda agregada.
                                               14
Processo de industrialização
• acumulação de capital é a variável chave para
  o processo de desenvolvimento econômico.
• taxa de mudança tecnológica se acelera
  beneficiando toda a economia.

• A fase de maturidade seria atingida quando
  houvesse um nível de produtividade
  homogênea.

                                                  15
Modelo de Causação Circular
• impacto combinado das interações de fatores de
  oferta e demanda atuando através do tempo.
• processo de industrialização deve ocorrer de forma
  cumulativa:
   – a produção de bens de consumo precederia a
     produção de bens de capital, ambas em seus
     estágios iniciais voltados para abastecer a
     demanda doméstica e desse modo antecedendo a
     produção industrial voltada para exportação, ou
     seja, voltada para a demanda externa.

                                                   16
17
Estágios de desenvolvimento
• Primeiro: produção de bens de consumo.
• Segundo: indústria de bens de consumo deve começar a
  exportar seu excedente. Estágios um e dois podem criar a pré-
  condição para a economia se especializar na produção de
  bens de capital
• Terceiro: país inicia esforço para promover a substituição de
  importações de bens de capital e desenvolver tecnologia
  própria. Consolida a participação do setor de bens de capital
  na produção nacional.
• Quarto: país se torna um exportador de bens de capital. Setor
  produtor nacional de bens de capital teria atingido um
  amadurecimento tecnológico compatível com o dos países
  industrializados.


                                                              18
Argumentos em relação à economia brasileira
• Matriz industrial complexa, mas não realizou o
  catching up, principalmente porque não completou
  os últimos estágios de desenvolvimento.
• Balança comercial brasileira é estruturalmente
  deficitária em bens de maior intensidade
  tecnológica, ou seja, o país é importador líquido de
  bens de capital.
• A partir de 2004, as conjunturas doméstica e
  internacional também não têm favorecido o processo
  de industrialização, tornando a economia brasileira
  menos dinâmica.

                                                    19
Núcleo endógeno de dinamização tecnológica

• Furtado, por exemplo, via que a economia em
  desenvolvimento, com o processo de industrialização
  incompleto, deveria basear seu crescimento ‘com
  criatividade’, isto é, com inovação tecnológica.
• Fajnzylber argumenta que não bastaria o
  desenvolvimento de uma indústria de bens de
  capital, “seria necessário constituir um ‘núcleo
  endógeno de progresso técnico’, tecnologicamente
  fortalecido e articulado com o conjunto do sistema
  produtivo.


                                                    20
A estrutura industrial brasileira

• Aceleração da industrialização: pós-guerra até
  meados dos anos 1980: peso da indústria no PIB -
  passa de 20% em 1947 até atingir a 36% em 1985 e
  passa a decair, chegando a pouco mais de 15% em
  2010.
• Até 1980 a taxa de crescimento do produto industrial
  acima do PIB na maioria dos anos. A partir da crise
  da dívida externa até 2010, em apenas 10 anos de
  um total de 30 o valor adicionado da indústria ficou
  acima do crescimento do PIB.
                                                     21
Taxa de crescimento do PIB e do VA da Indústria de
                 Transformação
                   1970-2010




                                                     22
Taxa anual de crescimento do PIB e do Valor Adicionado
da Indústria de Transformação
1948-2010




                                                         23
Taxa de crescimento de produção física:
Bens de Capital e Indústria de Transformação
                 1975-2010




                                               24
Variação
Setores Industriais           Participação percentual     em p.p

                        1970     1985     1996     2007   1970/2007

Baseado em Recursos
Naturais
                        32.6      34.0     32.6    41.0       8.4
Fabricação de Coque e
Refino de Petróleo
                        3.4       5.2      5.4     14.5      11.1

Intensiva em Trabalho
                        15.9      15.3     13.6    10.1      -5.8
Têxteis                  9.3       5.5      3.3     1.9      -7.4

Intensiva em Escala
                        37.1      35.9     35.8    33.7      -3.4
Diferenciada+Ciência
                                                                      25
                        14.4      14.8     18.0    15.1       0.7
Indústria de Transformação e Extrativa Mineral- Participação % do
Valor adicionado no Valor da Produção por setores segundo a
intensidade de tecnologia - 1985, 1996, 2007




                                                                    26
os estágios de industrialização

• O aprofundamento do processo de industrialização
  prejudicado nos anos 1980: inflação e aumento da
  vulnerabilidade externa.

• 1970 e 2007: tendência à especialização em recursos
  naturais e rigidez - ganhos e perdas bem localizados.
• Mudanças nas participações relativas dos setores
  foram mais intensas de 1985 para 2007.

• Indústria não atingiu a maturidade em termos de
  desenvolvimento industrial.
                                                      27
da consolidação do setor industrial à abertura
               econômica nos anos 1990

• A análise sobre o fluxo de comércio internacional-
  bens de consumo durável e bens de capital.
• saldo comercial dos produtos industriais classificados
  por intensidade tecnológica
• conclui-se que o desempenho do setor produtor de
  bens de capital nacional, ainda é insuficiente para
  provocar o dinamismo que a indústria brasileira
  precisa para ser o motor do crescimento econômico
  de longo prazo, ou seja, para relaxar a restrição
  externa ao crescimento
                                                       28
Saldo da Balança Comercial de Bens de Consumo Duráveis e de
                 Capital- FOB em US$ milhões –
                          1974-2010
10000




 5000




    0
      74
      75
      76
      77
      78
      79
      80
      81
      82
      83
      84
      85
      86
      87
      88
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      91
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    19
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    19
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    20
    20
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    20
    20
    20
    20
    20
    20
    20
    20
 -5000




-10000




-15000

                  Saldo Balança de Bens de Consumo Duráveis   Saldo da Balança de Bens de Capital




                                                                                                    29
Balança Comercial por Intensidade Tecnológica
                                         1989-2010 (US$ milhões FOB)


80.000



60.000



40.000



20.000



     0
          1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010


-20.000



-40.000



-60.000



-80.000

                                Indústria Alta e Média-Alta Tec   Indústria Média-Baixa e Baixa Tec   Demais Produtos



                                                                                                                          30
Mudança na estrutura
• o aumento das exportações líquidas de produtos
  básicos não sustenta o crescimento de longo prazo.
• Com exceção do progresso técnico aplicado à
  produção de commodities, as inovações de produto
  ou de processos não estariam sendo criadas no país,
  ou seja, o ‘núcleo endógeno de progresso técnico’
  seria voltado para aumentar as vantagens
  comparativas na produção e comercialização de
  produtos básicos, e a elasticidade-renda da
  demanda por importação continuaria maior que a
  elasticidade-renda da exportação.

                                                    31
Mudança na estrutura

• O catching up só ocorrerá quando a especialização
  da indústria se der no sentido de uma produção com
  maior valor adicionado, maior conteúdo tecnológico
  e mais dinâmico no sentido de transbordamento –
  spillover – de seus efeitos para outros setores da
  economia.




                                                   32
desindustrialização recente

• Com estrutura industrial imatura, para que o
  processo de catching up venha a ocorrer, e o
  princípio de causalidade cumulativa opere de forma
  virtuosa, forças além dos incentivos via mercado,
  devem atuar.
• Contexto de apreciação cambial, políticas de
  incentivo à substituição de importações de bens de
  alta tecnologia se fazem mais necessárias.



                                                   33
Mudança estrutural no período recente-pos
                   2003
• De 2004 até 2010 o percentual de valorização do real
  foi em torno de 60% e a valorização dos termos de
  troca em torno de 35%.
• Assim, a valorização nos preços das commodities,
  mesmo com o câmbio valorizado, exerceu influência
  positiva sobre o crescimento da economia, porém
  acentuou a tendência à especialização da indústria
  nos setores intensivos em recursos naturais



                                                     34
aumento dos termos de troca e ‘doença holandesa’

• aumento excessivo de rentabilidade no setor
  exportador de commodities e redução nos
  demais.
• valorização da taxa de câmbio torna o setor
  industrial menos competitivo, e reforça a
  tendência à estagnação dos setores baseado
  em ciência e diferenciada, e a redução dos
  setores intensivo em trabalho e intensivo em
  escala.
                                                    35
Política econômica e valorização cambial

• processo de perda relativa de importânica da
  indústria ao crescimento de longo prazo agravado
  pela condução da política monetária que mantém
  elevado o diferencial de juros, atraindo a entrada de
  moeda estrangeira na forma de superávit na conta
  capital e financeira em excesso às necessidades de
  financiamento do balanço de pagamentos.




                                                          36
Participação % no PIB dos Saldos do Balanço de Pagamentos e
Reservas Internacionais 1990 a 2010




                                                              37
A título de conclusão: o debate é antigo
• O interesse de como se dá o processo de desenvolvimento em
  países menos desenvolvidos ocupa a agenda de pesquisa nos
  anos 1940 e 1950.
• a agenda de política econômica estruturalista passa a
  defender a industrialização de países não industrializados,
  para uma melhor inserção dessas economias no fluxo de
  comércio.
• Industrialização tardia gerou estruturas produtivas muito
  heterogêneas e relativamente pouco diversificadas.
• Além disso, o processo de industrialização via substituição de
  importação levou economias periféricas, antes de concluírem
  a industrialização integralmente, enfrentassem problemas
  crônicos de balanço de pagamentos.
                                                              38
Conclusão
• Valorização do câmbio beneficia o setor produtivo:
  barateando importações de insumos e de bens de
  capital, porém desestimula as exportações.
• O impacto sobre a estrutura produtiva depende em
  que medida esses efeitos se refletem em aumento
  de produtividade que compense a relativa perda de
  competitividade.
• Logo: impacto de um câmbio apreciado sobre a
  estrutura produtiva será positivo se promover uma
  mudança estrutural que relaxe restrição externa de
  longo prazo.
                                                       39
Conclusão
• “ existência de recursos naturais em quantidades
  abundantes pode sustentar altas taxas de
  crescimento durante um certo período, sem que seja
  necessário um grande esforço de investimento para
  produção de tecnologia. Porém, a disponibilidade de
  recursos naturais é, em si mesma, insuficiente para
  sustentar o crescimento de longo prazo.
   – i) o crescimento baseado em fatores abundantes não
     promove mudança estrutural ... e;
   – ii) o crescimento é mais vulnerável às mudanças na
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     externa. “
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Mudança Estrutural e Crescimento Econômico: Os Desafios da Presente Década, por Carmén Feijó

  • 1. Mudança estrutural e crescimento econômico: os desafios da presente década Carmem Feijo Universidade Federal Fluminense (UFF) Centro Internacional Celso Furtado (CICF) ANPEC NE, Fortaleza 2011 1
  • 2. Objetivo • Objetivo é recuperar o debate atual sobre a importância da indústria manufatureira na estrutura produtiva. • Evidência: peso vem decaindo de forma constante – anos 1980 - e mais acentuadamente a partir da estabilidade econômica -1ª. metade anos 1990. • No cerne da controvérsia hoje está o efeito da valorização da taxa de câmbio sobre o potencial desempenho da indústria. 2
  • 3. Apresentação • Desindustrialização: causas e consequências para o crescimento a longo prazo. • Desindustrialização e imaturidade da indústria: perda de importância relativa da indústria sinaliza um retrocesso da estrutura no sentido de reduzir o potencial de crescimento futuro? 3
  • 4. Causas da desindustrialização: 2 posições em debate • “novo-desenvolvimentistas”: combinação perversa entre abertura financeira, valorização dos termos de troca e câmbio apreciado. • “economistas ortodoxos”: transformações não tiveram um efeito negativo sobre a indústria e que a apreciação do câmbio real resultante dessas reformas favoreceu a indústria ao permitir a importação de máquinas e equipamentos tecnologicamente mais avançados. 4
  • 5. Conceito de desindustrialização • “Clássico”: definido por Rowthorn e Ramaswany - uma redução persistente da participação do emprego industrial no emprego total de um país ou região. – Isto teria ocorrido nos países desenvolvidos a partir da década de 1970 e na América Latina na década de 1990. • Tregenna : forma mais ampla - situação na qual tanto o emprego industrial como o valor adicionado se reduzem como proporção do emprego total e do PIB, respectivamente. • Logo • Economia se desindustrializa quando o setor industrial perde importância como fonte geradora de empregos e/ou de valor adicionado para uma determinada economia. 5
  • 6. Desindustrialização e Doença Holandesa • Desindustrialização positiva: transferência para o exterior das atividades manufatureiras mais intensivas em trabalho e/ou com menor valor adicionado – aumento da participação de produtos com maior conteúdo tecnológico e maior valor adicionado na pauta de X. • Desindustrialização negativa: acompanhada de uma “re-primarização” da pauta de exportações. • Doença holandesa: desindustrialização causada pela apreciação da taxa real de câmbio – descoberta de recursos naturais escassos 6
  • 7. Causas internas da desindustrialização • desenvolvimento econômico leva “naturalmente” todas as economias a se desindustrializar . • elasticidade renda da demanda de serviços tende a crescer tornando-se maior do que a elasticidade renda da demanda por manufaturados, logo, peso dos serviços no PIB tende a aumentar. • Produtividade do trabalho cresce mais rápido na indústria do que nos serviços, a participação do emprego industrial deve declinar antes da queda da participação da indústria no valor adicionado. 7
  • 8. Causas externas da desindustrialização • grau de integração comercial e produtiva das economias. • Diferentes países podem se especializar na produção de manufaturados (China, Alemanha) ou na produção de serviços (Estados Unidos, Reino Unido). • Alguns países podem se especializar na produção de manufaturados intensivos em trabalho qualificado, ao passo que outros podem se especializar na produção de manufaturados intensivos em trabalho não-qualificado. 8
  • 9. Doença holandesa e desindustrialização precoce • A relação entre: participação do emprego; do valor adicionado da indústria e a renda per-capita pode ser afetada pela “doença holandesa”. • “desindustrialização precoce”- se inicia a um nível de renda per-capita inferior ao observado nos países desenvolvidos quando os mesmos iniciaram o seu processo de desindustrialização. 9
  • 10. Conclusão: Desindustrialização precoce • Países afetados pela “doença holandesa” iniciam o seu processo de desindustrialização sem terem alcançado o “ponto de maturidade” de suas respectivas estruturas industriais. • Não esgotam todas as possibilidades de desenvolvimento econômico que são permitidas pelo processo de industrialização. 10
  • 11. Conseqüências da desindustrialização • modelos neoclássicos de crescimento: a ocorrência ou não da desindustrialização é irrelevante - crescimento de longo-prazo é conseqüência apenas da “acumulação de fatores” e do “progresso tecnológico”, sendo independente da composição setorial da produção. • pensamento heterodoxo o processo de crescimento heterodoxo: econômico é setor-específico. 11
  • 12. indústria como o motor do crescimento de longo-prazo • (i) efeitos de encadeamento para frente e para trás na cadeia produtiva: são mais fortes na indústria. • (ii) presença de economias estáticas e dinâmicas de escala: a produtividade na indústria é uma função crescente da produção industrial - “lei de Kaldor-Verdoorn”. 12
  • 13. indústria como o motor do crescimento de longo-prazo • (iii) mudança tecnológica ocorre majoritariamente na indústria: progresso tecnológico é difundido a partir do setor manufatureiro. • (iv) A elasticidade renda das importações de manufaturas é maior do que a elasticidade renda das importações de commodities e produtos primários: – industrialização é necessária para aliviar a restrição de balanço de pagamentos ao crescimento de longo-prazo. 13
  • 14. Maturidade de uma economia • A relacionada ao fato de ter completado o desenvolvimento industrial. • quatro estágios de desenvolvimento no processo de industrialização (Kaldor) • uma economia ‘imatura’ se torna ‘madura’ a partir da expansão da demanda agregada. 14
  • 15. Processo de industrialização • acumulação de capital é a variável chave para o processo de desenvolvimento econômico. • taxa de mudança tecnológica se acelera beneficiando toda a economia. • A fase de maturidade seria atingida quando houvesse um nível de produtividade homogênea. 15
  • 16. Modelo de Causação Circular • impacto combinado das interações de fatores de oferta e demanda atuando através do tempo. • processo de industrialização deve ocorrer de forma cumulativa: – a produção de bens de consumo precederia a produção de bens de capital, ambas em seus estágios iniciais voltados para abastecer a demanda doméstica e desse modo antecedendo a produção industrial voltada para exportação, ou seja, voltada para a demanda externa. 16
  • 17. 17
  • 18. Estágios de desenvolvimento • Primeiro: produção de bens de consumo. • Segundo: indústria de bens de consumo deve começar a exportar seu excedente. Estágios um e dois podem criar a pré- condição para a economia se especializar na produção de bens de capital • Terceiro: país inicia esforço para promover a substituição de importações de bens de capital e desenvolver tecnologia própria. Consolida a participação do setor de bens de capital na produção nacional. • Quarto: país se torna um exportador de bens de capital. Setor produtor nacional de bens de capital teria atingido um amadurecimento tecnológico compatível com o dos países industrializados. 18
  • 19. Argumentos em relação à economia brasileira • Matriz industrial complexa, mas não realizou o catching up, principalmente porque não completou os últimos estágios de desenvolvimento. • Balança comercial brasileira é estruturalmente deficitária em bens de maior intensidade tecnológica, ou seja, o país é importador líquido de bens de capital. • A partir de 2004, as conjunturas doméstica e internacional também não têm favorecido o processo de industrialização, tornando a economia brasileira menos dinâmica. 19
  • 20. Núcleo endógeno de dinamização tecnológica • Furtado, por exemplo, via que a economia em desenvolvimento, com o processo de industrialização incompleto, deveria basear seu crescimento ‘com criatividade’, isto é, com inovação tecnológica. • Fajnzylber argumenta que não bastaria o desenvolvimento de uma indústria de bens de capital, “seria necessário constituir um ‘núcleo endógeno de progresso técnico’, tecnologicamente fortalecido e articulado com o conjunto do sistema produtivo. 20
  • 21. A estrutura industrial brasileira • Aceleração da industrialização: pós-guerra até meados dos anos 1980: peso da indústria no PIB - passa de 20% em 1947 até atingir a 36% em 1985 e passa a decair, chegando a pouco mais de 15% em 2010. • Até 1980 a taxa de crescimento do produto industrial acima do PIB na maioria dos anos. A partir da crise da dívida externa até 2010, em apenas 10 anos de um total de 30 o valor adicionado da indústria ficou acima do crescimento do PIB. 21
  • 22. Taxa de crescimento do PIB e do VA da Indústria de Transformação 1970-2010 22
  • 23. Taxa anual de crescimento do PIB e do Valor Adicionado da Indústria de Transformação 1948-2010 23
  • 24. Taxa de crescimento de produção física: Bens de Capital e Indústria de Transformação 1975-2010 24
  • 25. Variação Setores Industriais Participação percentual em p.p 1970 1985 1996 2007 1970/2007 Baseado em Recursos Naturais 32.6 34.0 32.6 41.0 8.4 Fabricação de Coque e Refino de Petróleo 3.4 5.2 5.4 14.5 11.1 Intensiva em Trabalho 15.9 15.3 13.6 10.1 -5.8 Têxteis 9.3 5.5 3.3 1.9 -7.4 Intensiva em Escala 37.1 35.9 35.8 33.7 -3.4 Diferenciada+Ciência 25 14.4 14.8 18.0 15.1 0.7
  • 26. Indústria de Transformação e Extrativa Mineral- Participação % do Valor adicionado no Valor da Produção por setores segundo a intensidade de tecnologia - 1985, 1996, 2007 26
  • 27. os estágios de industrialização • O aprofundamento do processo de industrialização prejudicado nos anos 1980: inflação e aumento da vulnerabilidade externa. • 1970 e 2007: tendência à especialização em recursos naturais e rigidez - ganhos e perdas bem localizados. • Mudanças nas participações relativas dos setores foram mais intensas de 1985 para 2007. • Indústria não atingiu a maturidade em termos de desenvolvimento industrial. 27
  • 28. da consolidação do setor industrial à abertura econômica nos anos 1990 • A análise sobre o fluxo de comércio internacional- bens de consumo durável e bens de capital. • saldo comercial dos produtos industriais classificados por intensidade tecnológica • conclui-se que o desempenho do setor produtor de bens de capital nacional, ainda é insuficiente para provocar o dinamismo que a indústria brasileira precisa para ser o motor do crescimento econômico de longo prazo, ou seja, para relaxar a restrição externa ao crescimento 28
  • 29. Saldo da Balança Comercial de Bens de Consumo Duráveis e de Capital- FOB em US$ milhões – 1974-2010 10000 5000 0 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 -5000 -10000 -15000 Saldo Balança de Bens de Consumo Duráveis Saldo da Balança de Bens de Capital 29
  • 30. Balança Comercial por Intensidade Tecnológica 1989-2010 (US$ milhões FOB) 80.000 60.000 40.000 20.000 0 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 -20.000 -40.000 -60.000 -80.000 Indústria Alta e Média-Alta Tec Indústria Média-Baixa e Baixa Tec Demais Produtos 30
  • 31. Mudança na estrutura • o aumento das exportações líquidas de produtos básicos não sustenta o crescimento de longo prazo. • Com exceção do progresso técnico aplicado à produção de commodities, as inovações de produto ou de processos não estariam sendo criadas no país, ou seja, o ‘núcleo endógeno de progresso técnico’ seria voltado para aumentar as vantagens comparativas na produção e comercialização de produtos básicos, e a elasticidade-renda da demanda por importação continuaria maior que a elasticidade-renda da exportação. 31
  • 32. Mudança na estrutura • O catching up só ocorrerá quando a especialização da indústria se der no sentido de uma produção com maior valor adicionado, maior conteúdo tecnológico e mais dinâmico no sentido de transbordamento – spillover – de seus efeitos para outros setores da economia. 32
  • 33. desindustrialização recente • Com estrutura industrial imatura, para que o processo de catching up venha a ocorrer, e o princípio de causalidade cumulativa opere de forma virtuosa, forças além dos incentivos via mercado, devem atuar. • Contexto de apreciação cambial, políticas de incentivo à substituição de importações de bens de alta tecnologia se fazem mais necessárias. 33
  • 34. Mudança estrutural no período recente-pos 2003 • De 2004 até 2010 o percentual de valorização do real foi em torno de 60% e a valorização dos termos de troca em torno de 35%. • Assim, a valorização nos preços das commodities, mesmo com o câmbio valorizado, exerceu influência positiva sobre o crescimento da economia, porém acentuou a tendência à especialização da indústria nos setores intensivos em recursos naturais 34
  • 35. aumento dos termos de troca e ‘doença holandesa’ • aumento excessivo de rentabilidade no setor exportador de commodities e redução nos demais. • valorização da taxa de câmbio torna o setor industrial menos competitivo, e reforça a tendência à estagnação dos setores baseado em ciência e diferenciada, e a redução dos setores intensivo em trabalho e intensivo em escala. 35
  • 36. Política econômica e valorização cambial • processo de perda relativa de importânica da indústria ao crescimento de longo prazo agravado pela condução da política monetária que mantém elevado o diferencial de juros, atraindo a entrada de moeda estrangeira na forma de superávit na conta capital e financeira em excesso às necessidades de financiamento do balanço de pagamentos. 36
  • 37. Participação % no PIB dos Saldos do Balanço de Pagamentos e Reservas Internacionais 1990 a 2010 37
  • 38. A título de conclusão: o debate é antigo • O interesse de como se dá o processo de desenvolvimento em países menos desenvolvidos ocupa a agenda de pesquisa nos anos 1940 e 1950. • a agenda de política econômica estruturalista passa a defender a industrialização de países não industrializados, para uma melhor inserção dessas economias no fluxo de comércio. • Industrialização tardia gerou estruturas produtivas muito heterogêneas e relativamente pouco diversificadas. • Além disso, o processo de industrialização via substituição de importação levou economias periféricas, antes de concluírem a industrialização integralmente, enfrentassem problemas crônicos de balanço de pagamentos. 38
  • 39. Conclusão • Valorização do câmbio beneficia o setor produtivo: barateando importações de insumos e de bens de capital, porém desestimula as exportações. • O impacto sobre a estrutura produtiva depende em que medida esses efeitos se refletem em aumento de produtividade que compense a relativa perda de competitividade. • Logo: impacto de um câmbio apreciado sobre a estrutura produtiva será positivo se promover uma mudança estrutural que relaxe restrição externa de longo prazo. 39
  • 40. Conclusão • “ existência de recursos naturais em quantidades abundantes pode sustentar altas taxas de crescimento durante um certo período, sem que seja necessário um grande esforço de investimento para produção de tecnologia. Porém, a disponibilidade de recursos naturais é, em si mesma, insuficiente para sustentar o crescimento de longo prazo. – i) o crescimento baseado em fatores abundantes não promove mudança estrutural ... e; – ii) o crescimento é mais vulnerável às mudanças na economia internacional e ao comportamento da demanda externa. “ 40