AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
Biologia 10º ano
1. Fóssil: restos, marcas ou vestígios de seres que viveram no passado e ficaram conservados nas
rochas.
Etapas da formação de um fóssil:
Fóssil vivo: São seres vivos que existem desde há muitos milhões de anos. Mantiveram as suas
características ao longo do tempo, pois adaptaram-se bem aos variados ambientes que a
Terra atravessou.
Fósseis de idade: fóssil de um ser que viveu durante um curto periodo de tempo à escala
geológica e teve uma ampla distribuição geográfica.
Fósseis de fáceis: permitem-nos caracterizar ou recontruir ambientes passados.
Principio da Sobreposição de estratos diz que numa série de rochas sedimentares não
deformados, um estrato é mais antigo do que aquele que o cobre e mais recente do que aquele
que lhe serve de base. Só pode ser aplicado a rochas deformadas se não existir inversão da
posição dos estratos.
Exceções ao Princípio da sobreposição:
1- Camadas invertidas
2- Falhas inversas
3- Maciços intrusivos
4- Terraços fluviais
5- Depósitos em grutas
6- Recifes de coral
7- Soleiras ou filões de camadas
Princípio da horizontalidade inicial: Os materiais que formam os estratos depositam-se
inicialmente segundo planos horizontais.
Princípios da Identidade Paleontológica, estratos que contenham o mesmo conjunto de fosseis
têm a mesma idade.
Sempre que podemos dizer que um estrato é mais antigo ou mais moderno, que outro
estamos a atribuir-lhe uma idade relativa.
Com a descoberta da radioactividade, descobriram-se as formas instáveis de alguns
elementos que são isótopos instáveis que têm uma propriedade que pode ser utilizada para
determinar a idade de certas rochas, esta propriedade chama-se decaimento radioactivo, que
consiste na transformação de uma no noutro, com a libertação de energia.
2. Quando uma rocha se forma adquire uma certa quantidade de isótopos radioactivos
integrados nos seus minerais constituintes, com o passar do tempo, estes isótopos vão-se
desintegrando a uma velocidade constante de decaimento e transformam-se em átomos
estáveis. Aos isótopos instáveis chama-se átomos-pai e aos que resultam da sua desintegração átomos-
filho.
O tempo necessário para que metades dos átomos pai se transformem em átomos-filho
chama-se tempo de semi-vida.
Este método de datação é mais eficaz nas rochas magmáticas.
A idade radiometrica ou idade absoluta é a idade numérica das rochas e dos minerais, baseada
nas propriedades radioactivas de certos elementos químicos.
Princípio da intersecção: sempre que uma estrutura é intersetada por outra a que a interseta e
mais recente.
Princípio da inclusão: Fragmentos ou porções de uma rocha que se encontrem incorporados
noutra, são mais antigos que a rocha que os contém.
Princípio da continuidade lateral: em diferentes pontos da Terra pode haver a mesma
sequência estratigráfica, mesmo faltando um elemento tem a mesma idade, ou seja, é a
correlação entre estratos distanciados lateralmente.
Princípios Básicos Do Raciocínio Geológico
Até meados do séc.XVIII, acreditava-se que a criação da Terra era o resultado da vontade e
da intervenção divina. James Hutton recuperou a ideia do naturalismo, considerou que as
rochas se formam por processos naturais e não devidos a qualquer intenção sobrenatural A
esta uniformidade de processos foi dado o nome de Uniformitarismo. Hutton opunha-se a
ideia catastrofista que usava a ocorrência de acontecimentos súbitos e violentos, quase sempre
atribuídos a uma origem divina, para explicar os fenómenos geológicos acontecidos à
superfície da Terra.
As ideias do Uniformitarismo são:
As leis naturais são constantes no tempo e no espaço;
O passado pode ser explicado com base no que se observa hoje, pois as causas das
catástrofes que provocaram fenómenos no passado, são as mesmas que provocam
catástrofes no presente – princípio do actualismo “ o presente é a chave do passado”;
Os processos geológicos são lentos e graduais – Principio do gradualismo.
Hutton admitiu a existência de fenómenos violentos, como os sismos e os vulcões.
O Neocatatrofismo aceita os princípios do uniforitarismo mas admite a existência de
catástrofes.
O catastrofismo é a rede de pensamento segundo a qual as alterações ocorridas na terra são
consequências de fenómenos súbitos causados por catástrofes. O gradualismo é a rede de
3. pensamento segundo a qual as alterações ocorridas na terra são o resultado de lentos,
tranquilos e graduais acontecimentos.
Principio do actualismo
- os fenómenos geológicos existentes na actualidade são idênticos aos que ocorreram no
passado;
- os acontecimentos geologicos do passado explicam-se atraves dos mesmos processos
naturais que se observam na actualidade;
- “o presente é a chave do passado”
Datação relativa
Estabelece o sincronismo entre duas camadas
Estabelece a ordem de sucessão de uma série de estratos
Princípios geológicos utilizados na cronologia relativa
Princípio da sobreposição
Princípio da horizontalidade inicial
Princípio da continuidade lateral
Princípio da inclusão
Princípio da interseção
Princípio da identidade paleontológica
Princípio do atualismo
As placas Tectónicas e os seus movimentos
Deriva dos continentes
Teoria da deriva dos continentes (Alfred Wegener):
“Os continentes, agora afastados, já estiveram juntos formando um único
supercontinente – a Pangeia – rodeado por um único oceano – a Pantalassa.
Posteriormente, a Pangeia fracturou-se e os continentes deslocaram-se até atingirem as
posições actuais.”
Argumentos a favor:
Morfológicos:Continentes separados por oceanos encaixam entre si como um puzzle.
(costas Este da América do Sul e Oeste de África)
Paleontológicos: Aparecimento de fósseis da mesma espécie em locais muito distantes
e que estão actualmente separados por oceanos.
4. Paleoclimáticos: Marcas de glaciares em continentes cujo clima actual nunca permitiria
a sua existência.
Litológicos: Presença de rochas do mesmo tipo e com a mesma idade em diferentes
continentes hoje afastados por um oceano.
(marcas de glaciar em Africa)
A Teoria da Deriva dos Continentes foi rejeitada pela comunidade científica da altura
porque Wegener não conseguiu explicar convenientemente como é que os continentes
se conseguiam mover.
Morfologia dos fundos oceânicos
Dorsal médio-oceânica – cadeia montanhosa com milhares de km de comprimento
situada na zona mediana dos oceanos. Na parte central apresenta um profundo vale –
rifte – por onde ascende magma que origina novo fundo oceânico. É ainda atravessada
por várias fracturas transversais.
Fossa oceânica – zona muito profunda onde ocorre destruição do fundo oceânico mais
antigo pelo que se designa de zona de subdução.
Planície abissal – superfície profunda, mais ou menos plana, de um e outro lado da
dorsal.
Talude continental – zona de declive acentuado que faz a transição entre continente e
oceano.
Plataforma continental – zona ligeiramente inclinada, que ainda faz parte do
continente.
Com o conhecimento e estudo dos fundos oceânicos constatou-se que:
Na zona dos riftes, a partir da ascensão do magma, forma-se continuamente litosfera
oceânica nova, a qual empurra a mais antiga, para ser destruída na zona das fossas
oceânicas. A saída de lava nos riftes das dorsais provoca assim a expansão dos fundos
oceânicos, que conduziu ao afastamento dos continentes que estiveram anteriormente
unidos. Apoia Wegener!!!
5. Porque é que a dimensão da superfície da Terra não se altera?
As zonas de crescimento (riftes) são compensadas pelas zonas de destruição e,
portanto, a Terra mantém-se com a mesma dimensão total, sem aumentar nem diminuir.
A teoria da deriva continental + a teoria da expansão dos fundos oceânicos = Teoria da
tectónica de placas
Placas Tectónicas
Uma placa tectónica é uma porção de litosfera limitada por zonas de convergência,
zonas de subducção e zonas conservativas. Segundo a teoria da tectónica de placas,
as placas tectónicas são criadas nas zonas de divergência, ou “zonas de rifte”, e são
consumidas em zonas de subducção. É nas zonas de fronteira entre placas que se
regista a grande maioria dos terramotos e erupções vulcânicas.
Teoria da tectónica de placas:
Defende que a litosfera se encontra fragmentada em diferentes porções
Litosfera – parte superior da Terra que engloba a crusta e parte do manto
superior
Fossa – zonas onde se cria nova litosfera
Limites de placas
Limites divergentes: são aqueles onde o sentido do
movimento relativo entre duas placas litosféricas faz com
que elas se afastem uma da outra devido à ascensão de
magma nesse local. Logo, são locais onde há formação
de nova litosfera. Situam-se nas dorsais oceânicas e estão
associadas a fenómenos de vulcanismo.
Limites convergentes: são aqueles em que o sentido do
movimento relativo entre duas placas litosféricas faz com
que elas se aproximem uma da outra. Logo, é um local
onde a litosfera vai ser destruída. Geralmente são zonas
de fossa oceânica. Zonas de subducção, uma área de
convergência de placas tectónicas, onde uma das
placas desliza para debaixo da outra.
Limites transformantes: são aqueles onde o sentido do
movimento relativo entre duas placas litosféricas faz com
que elas deslizem lateralmente uma em relação à outra.
Logo, são locais onde não há formação nem destruição
da listosfera.
Dobras – são deformações visíveis à “vista desarmada”, irreversíveis e permanentes,
que resultam de forças do tipo compressivo.
Falhas – são deformações causadas por forças que ultrapassam o limite de plasticidade
das rochas, por isso, estas fracturam-se.
6. Hipótese da colisão entre duas Estrelas
• o Sol ter-se-á formado primeiro;
• existiria outra Estrela próxima do Sol;
• a determinada altura as duas estrelas colidiram;
• como resultado da colisão teriam sido arrancados pequenos pedaços ao Sol que
ao condensarem deram origem aos planetas;
Hipótese da aproximação entre duas Estrelas
• Tal como na hipótese anterior o Sol formou-se primeiro;
• Existiria outra estrela relativamente próxima e muito maior que o Sol;
• A dada altura as duas estrelas aproximaram-se o suficiente para que a gravidade
da estrela maior puxasse algum material do Sol.
• Esse material acabaria por condensar e dar origem aos planetas.
Teoria Nebular
Formação de uma nuvem fria constituida por gases e poeiras;
Núcleo da nuvem foi aquecendo gradualmente e começou a girar;
A velocidade de rotação aumentou o que condicionou o seu achatamento;
Muitas partículas começaram a aglomerar-se no centro formando o sol;
As partículas que rodeavam o sol concentraram-se à sua volta: as mais densas na
zona interna e as menos densas na zona externa;
Os corpos mais densos deram origem aos planetas telúricos ou terrestres e
menos densos aos planetas gigantes ou gasosos;
Estes planetas começaram a desenvolver órbitas em volta do sol.
Constituição do Sistema Solar
8 planetas principais – corpo celeste que orbita em torno do Sol; tem massa
suficiente para ter gravidade própria; assume forma arredondada; possui uma
órbita desimpedida de outros astros;
Órbita é uma linha imaginária que os planetas e outros corpos celestes
efectuam em torno só Sol.
Todos os planetas do sistema solar realizam 2 mivimentos:
- movimento de translação: movimento que os planetas principais efectuam em
volta do sol.
- movimento de rotação: movimento que os planetas efectuam em torno de si
mesmos.
Os planetas dividem-se em:
- planetas menores, terrestres ou telúricos e também interiores: Mercúrio, Vénus,
Terra e Marte. Caracteríticas entre si:
*Pequenas dimensões;
*Grande densidade;
*Os materiais do seu interior estão distribuídos em camadas mais ou menos
concêntricas.
*Poucos satélites naturais;
7. *Movimento de Rotação lento;
- planetas gigantes ou gasosos e também exteriores: Júpites, Saturno, Urano e
Neptuno. Características entre si:
*Grandes dimensões
*Baixa Densidade;
*Muitos satélites Naturais;
*Rápido Movimento de Rotação.
Planetas secundários - Também designados satélites, são planetas que
descrevem translações em torno de outros planetas;
Planetas Anões – corpo celeste muito semelhante a um planeta principal, apenas
não possui uma órbita desimpedida;
Pequenos corpos do sistema solar.
Asteróides: São corpos Rochosos de forma irregular. Podem ser agrupados em vários
grupos:
o Asteróides que pertencem à cintura de Asteróides, entre Marte e Júpiter;
o Asteróides Próximos da Terra, NEA, estes podem entrar em colisão com os planetas
interiores devido as suas orbitas muito elípticas;
o Asteróides Troianos, que se movimentam ao longo da órbita de Júpiter;
o Asteróides Centauros, que orbitam na zona exterior do S.S.
Cometas
São pequenos corpos celestes essencialmente constituídos por água, gases congelados e
poeiras rochosas, giram a volta do Sol em órbitas muito excêntricas. Quando o Cometa se
aproxima do Sol, o gelo é vaporizado pelo calor, originando uma nuvem de gases e poeiras –
a cabeleira – que rodeia o núcleo. Partes constituintes: núcleo, cabeleira e cauda
Meteoróides (pedaços de cometas e asteróides)
Meteoros (incandescentes)
Meteoritos (atingem a superficie da Terra)
Os meteoritos podem ser:
o Sideritos ou férreo –elevada percentagem de ferro e níquel.
o Siderólitos ou petroférreos – porções idênticas de silicatos e de ferro e níquel.
o Aerólitos ou pétreos – elevada percentagem de silicatos. Estes podem ser Acondritos
ou podem ser Condritos, quando têm côndrulos.