Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Docência no Ensino Superior
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2. DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR Prof. Orvandil Moreira Barbosa B log: www.padreorvandil.blospot.com domorvandil@gmail.com Orkut: Prof. +Orvandil, Cartas e Reflexões Proféticas Telefones: 62 – 9141 – 6655 e 8216 - 4922
5. EMENTA: O Ensino Superior e suafunção social. Concepção de docência no ensino superior. Sociedadedainformação e do conhecimento e o trabalhodocenteenquantoprática social.
6. Análise e reflexão das e sobre as práticaspedagógicasnadocência no ensino superior, inclusive osprocedimentos de avalição, permitindorepensar o fazerdocente, de forma crítica, valorizando a inovação e a criatividade.
10. Discutir a função do ensino superior contemporânea e conjunturalmente; Refletirsobreàspráticaspedagógicastradicionais, inclusive a avaliação no ensino superior; Pensar as pessoas dos/as próprios/as docentes.
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12. 20/03 pelamanhã-domingo: Sociedade de informação, do conhecimentoenquantoideologia. Análisecrítica e relfexiva das práticaspedagócicas no ensino. 20/03 à tarde: organização dos estudos dos textosemgrupos, avaliação e apresentação.
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14. ENSINO SUPERIOR Concepações: a)terceirograu: apósensinomédio com o objetivo de prepararpara a vida, para a sociedade e para o mercado;
15. b)composto de alunos/as diferentes, de professores/as com curso de pós-graduação, de conteúdos, de pesquisas, de filosofias e objetivospedagógicos, dapressão social e política, conjunturalmente; c)de instituiçõespúblicas e particulares, com propostasdiferenciadashistórica e economicamente; d)com desafiosfilosóficos, científicos e ideológicos.
19. b)Centralizador:o/a docente é centralizador do conhecimento e do ensino. Os/as alunos/as são ouvintes/espectadores. Ensinar predomina em relação ao aprender: ênfase nos métodos, nos recursos e no/a professor/a PROFESSORES/AS
20. c)democratista: o/a docente deixa correr “livre”, à deriva, sem orientar claramente o conteúdo e os/as alunos/as. Falsa concepeção de democracia, anarquia...; d)democrático:superação da dicotomia ensino aprendizagem. O/a professor/a é orientador/a e organizador/a das situações de ensino – a aprendizagem é central.Selma Garrido Pimenta o denomina de ENSINAGEM.
21. Características da ensinagem: 1. finalidade da docência: relação e diálogo com outros campos do conhecimento. Ensinar e aprender acontecem juntas. Compreende as dimensões política - como prática social transformadora; científica - como revelação das leis reais das condições concretas em que se manifestam e técnica – como orientações da prática em situações concretas específicas.
22. Quatro tipos de conteúdos: 1. fatuais; 2. procedimentais; 3. atitudinais e 4. aprendizagem de conceitos e princípios. Destaca-se na aprendizagem os papeis do/a professor/a e do/a aluno/a.
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24. Do/a professor/a: Organizar as atividades de ensino e as da aprendizagem, marcadas pela parceria e pela solidariedade.
25. Do/a aluno/a: Algumas categorias podem orientar sua atividade: 1.significação: vínculos, nexos do conteúdo a ser desenvolvido; 2.problematização: recuperação da origem do conhecimento como problema; 3. práxis:ação do sujeito sobre o objeto a ser conhecido; 4. criticidade: visão crítica da realidade; 5. continuidade – ruptura: síntese de conhecimento mais elaborado; 6. historicidade: história, contexto e superação pela humanidade; 7. totalidade: combinar síntese, análise, conhecimento e realidade, determinantes e nexos internos.
26. 2.Professor/a e aluno/a: ciência, conhecimento e saber escolar Superação da fragmentação do “especialismo”; Superação do dualismo, assumindo todos os pressupostos implicados; Superação do método único, mas dialogar com todas as ciências, métodos, com a razão e com o sensível.
27. 3. Docência e ensino: ensinar a quem? 1. alunos/as que se evadem da escola; 2. centralização no professor/a; 3. aluno/a ouvinte; 4. faixa etária entre 18-19 com as seguintes características: falta de motivação; passividade e individualismo; falta de disciplina e hábitos de estudos insuficientes; problemas com a escolaridade anterior
28. nível de conhecimento insuficiente para a graduação; dificuldades para interpretação; dificuldade de raciocínio e falta de criticidade; heterogeneidade nas classes e diversidade de maturidade; interesse na nota para passar de ano e obter diploma; falta de tempo para estudar, com pouco contato extra-classe; aluno/a trabalhador/a; ausência de clareza da área do conhecimento e da vida; falta de informações sobre o curso que quer fazer etc.
29. PROFESSORES/AS E ALUNOS/AS 1. MEMBROS SOCIAIS: Os modelos de ensino provêem de sistemas políticos adotados pela sociedade ou por grupos dominantes: a)ditadura militar: expansionismo bélico estadunidense; b)neobiliberalismo: controle político e econômico pelo mercado= mais mercado menos estado; c)democracia com desenvolvimento nacional: busca de autonomia nacional com investimentos sociais (destacar educação).
30. MUDANÇAS NO ESNINO 1. no mundo do trabalho: passagem de uma sociedade de acúmulo econômico e político para a distribuição de renda e democracia política com justiça social; 2. transformação de Estado controlado pelo mercado para o de Estado desenvolvimentista regulador de investimentos e de direitos humanos dos professores/as e de alunos/as.
31. Crise de identidade do/a professor/a “Toda profissão afirma uma identidade e esta, por sua vez, “não é um dado adquirido, não é uma propriedade, não é um produto. A identidade é um lugar de lutas e de conflitos, é um espaço em construção de maneiras de ser e de estar na profissão. Por isso, é mais adequado falar em processo identitário, realçando a mesma dinâmica que caracteriza a maneira como cada um se sente e se diz professor” (Nóvoa, 1996).
32. “Crise de identidade do professor significa, portanto, uma crise da maneira de ser na profissão, isto é, uma crise no ato de professar e que implica em dificuldades na interação social; descontentamento na realização das suas atividades; descrença no seu papel social etc.”
33. “As causas da crise de identidade são diversas: conflitos na instituição de trabalho; baixos salários; pouco reconhecimento social; sentimentos de incerteza ou insegurança. Por outro lado,deve-se considerar que tal crise não é alheia à distinção entre o eu pessoal e o eu profissional.”
34. “...é difícil desmembrar um modo de ser pessoal – crenças, valores morais, posturas ou aspectos do caráter – de tudo aquilo que compõem o modo de ser professor – crenças a respeito da educação, valores pedagógicos e posturas didáticas. Por maior que seja a semelhança das trajetórias profissionais de professores e as suas origens de classe, cada um desenvolve uma forma própria (pessoal) de organizar as aulas, de movimentar-se em sala, de dirigir-se aos alunos, de abordar didaticamente um certo tema ou conteúdo e de reagir diante de conflitos” (http://espacoacademico.wordpress.com – Prof. PAULO MEKSENAS)
35. Formaçãocontinuada dos/as professoprores/as protagonistas “Estabelecendolaços entre inovação e formação é fundamental buscarformasalternativas de aperfeiçoamentodocente, colocandoemprática novas propostasteórico-pedagógicaspormeio das quaissejapossível, além de superar a distância das disciplinas dos cursos e dos professoresemrelação a realidade do Ensino... [emtodososníveis], aproximaralunos e professores e levá-los a construirtambém com o auxílio dos recursosdatecnologiaumaabordagem inter e multidisciplinarparaosproblemasdaprática social concreta”(Zainko, Maria AméliaSobbag – DesafiodaUniversidadeContemporânea, p. 187)
36. Socialização “Socialização ... pode ser definidacomo o processosociopsicológicoqueobjetiva a formaçãodapersonalidade individual atravésdainteração com outrosindivíduos e grupos. Quandoestasocializaçãoadquirecaráter de franca intencionalidade e se fazatravés de processosformais, socialmentesancionados, falamosemeducação” (MoemaToscano – Introdução à SociologiaEducacional . Vozes)
37. Questõesculturais Definição: o antropólogoinglês Edward B. Taylor define culturacomo “aqueletodocomplexoqueincluiconhecimento, crença, arte, moral, costumes e quaisqueroutrascapacidades e hábitosadquiridospelohomemenquantomembrodasociedade” (apud , ToscanoMoema, p. 39). É tudo o querecebeutransformaçãopelohomemcomofruto de seuesforçoparadominar a natureza a seuserviço.
38. Colere: cultivo do solo intelectual e espiritual; Modus vivendi: pessoas e grupossãoalteridadesculturais; Modus operandi: todososrecursosintelectuais, científicos e tecnonológicos.
39. Educação, política e desenvolvimento O quevemprimeiro, a educaçãoou o desenvilvimento? Os educadoresdevem ser políticos?
40. Políticavem de polis – grego= cidade e cidadania.“O homemisoladoou é um deusouumabesta”, diziaAristóteles. “...seriadesejávelqueosprofessores, enquantoresponsáveispelaherança cultural de suasociedade, tivessemcondições de plenaconscietização do processosociopolítico de quesão, a um tempo, sujeito e objeto” (Toscano, Moema, p. 123).
41. “O desenvolvimento ...é um processo de transformação global. No processo de desenvolvimento, o aspectoeconômico é preponderante” e aconteceatravés do “crescimento do padrão de vidadapopulação no seiodaqualocorre o desenvolvimento”(Toscano, p. 166). No desenvolvimetoou no seucontrárioenvolvem-se osfatoreseconômico, político e social.
42. 1. “Nenhumpaís do mundocontemporâneo se desenvolveu a partir do aperfeiçoamentopuro e simples de suasinstituiçõeseducacionais...” 2. ...não se sabe, atéhoje, de um paísouregiãoque, havendodeflagrado, de mododecidido e autônomo, seuprocesso de crescimento, tenhaconseguidomanter as velhasestruturaseducacionaisrígidasoucongeladas; 3. a educação é umacondiçãonecessária, masnãosufucientepara o desenvolvimento. Pensar o contrário é contribuirparacristalizarumaatitudeconservadora... A respeito das transformaçõessociais e das áreasprioritárias de ação e decisãopolíticas” (Toscano, p. 179).
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44. POSSIBILIDADES 1. CONSTRUÇÃO DE SABERES DE ALUNOS/AS E DE PROFESSORES/AS 2. SOCIALIZAÇÃO CULTURAL 3. ENFRENTAR POLÍTICAS DOMINANTES NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES/AS PARA CONSTRUIR SABERES DE DOCÊNCIA EMANCIPATÓRIA COM AS MARCAS DE POLÍTICA HORIZONTAL DA CIDADANIA, COMUNITARIEDADE COM AUTONOMIA E SOLIDARIEDADE.
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46. Esclarecimentos As notas serão construídas a partir das presenças, participações em aula, na entrega de relatórios e de trabalho escrito no penúltimo dia de aula. O tema fica a escolha de cada pessoa ou grupo.
47. QUESTÕES IMPORTANTES REFERENTES A DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR Enfrentaremos juntos, durante 4 encontros, algumas questões que nos preocupam no Ensino Superior. Verificar no Plano cada uma e todas...
48. Proposta de trabalho para hoje: 1. Nos dois períodos iniciais integrar a turma a partir de micro-grupos: praticar esforço para sintetizar experiências docentes com o estudo e debate de cada item do texto “Do ensinar à ensinagem”, de Pimenta e Anastasiou: 1.1. Do ensinar à ensinagem – finalidades da docência (p. 204); 1.2. Professor e aluno: ciência, conhecimento e saber escolar (p. 218); 1.3. Docência e ensino: ensinar a quem? (p. 226)
49. 2. Após o intervalo nos últimos períodos Os micro-grupos relatam suas conclusões, geram esclarecimentos, debates e entregam relatórios para avaliação.
50. A) Retomada das aulas anteriores: a)Primeira aula:ensino e ensinagem: debate experimental com base na noção de ensinagem; b)Segunda aula: questões em grupo:1.Do ensinar à ensinagem; 2. Professor e aluno: ciência, conhecimento e saber escolar; 3. Docência: ensinar a quem? c)construção em grupos: possibilidades e dificuldades.
51. B)Aula de hoje: MUDANÇAS A PARTIR DO MUNDO DO TRABALHO Texto de Acácia Zeneide Kuenzer “O QUE MUDA NO COTIDIANO DA SALA DE AULA UNIVERSITÁRIA COM AS MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO?”
52. Metodologia da aula de hoje Técnica de dinâmica de grupo: grade progressiva. QUESTÕES: 1. A que mudanças no mundo do trabalho o texto se refere)? (conceituar) (p. 15)
53. Questões – continuação - 2)Quais são “as mudanças que ocorrem na sala de aula a partir das mudanças que vêm ocorrendo no mundo do trabalho?” (p. 16)
54. QUESTÕES – continuação - 3)a)O que quer significar a frase “profissões de nível superior, com foco no mercado, eram rigorosamente delimitadas, para o que concorriam as corporações, por meio da regulamentação das atividades profissionais”?
55. QUESTÕES – continuação - 3)b)O que é rigidez taylorista/fordista na educação, suas conseqüências curriculares e seu caráter ideológico? (p. 16 – 21)
56. QUESTÕES – continuação - 4)Qual a contradição entre a flexibilização de conteúdos e a falta de investimentos num País que renunciou a sua soberania? (p. 20 – 23)
57. QUESTÕES – continuação - 5)Definir o conceito de Estado e distinguir as noções de Estado regulador, de Estado controlado pelo mercado e as conseqüências de cada noção para a educação e os direitos dos alunos (p. 23 – 26)
58. QUESTÕES – continuação - 6)O que se entende por superar os limites do conhecimento dos produtos a favor da retomada da dialética conteúdo – método na perspectiva do trabalho de destruição das condições de exploração e construção de outra sociedade, germinando a semente da transformação? (p. 26 – 28)
70. Aspectos do mundo contemporâneo que impulsionam o desenvolvimento profissional do professor universitário: transformação da sociedade, de seus valores e de suas formas de organização de trabalho O avanço exponencial da ciência nas últimas décadas; A consideração progressiva de uma Ciência da Educação
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73. conteúdos ligados à explicitação de sentido da existência humana individual, com sensibilidade pessoal e social. A identidade do professor é também profissional; ou seja, a docência constitui um campo específico de intervenção profissional na prática social
88. tendência à especialização dos estudos e dos perfis profissionais – Generalista/Especialista - alimentada pela compartimentalização dos conteúdos disciplinares, da formação ;
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90. habilidade para fazer com que o material que deve ser ensinado seja estimulante e interessante;
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92. compromisso de deixar absolutamente claro o que se aprendeu, em que nível e por quê;
108. permitir que os alunos tenham idéias diferentes das do professor. A proposta de um ensino criativo, segundo alguns estudiosos e pesquisadores, depende da mudança de postura do professor, que deve sempre cuidar para que exista um clima criativo na sala de aula.