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IMAGINÁRIO
                    DIMENSÕES DE ANÁLISE DAS HISTÓRIAS
                          Franco lo presti seminério

1) CAUSALIDADE – A causalidade será observada nas histórias de acordo com a
   possibilidade da criança estabelecer nexos causais (relações de causa e efeito entre os
   acontecimentos). Partindo do pressuposto de que a capacidade de encadear nexos é
   inata, a criança supostamente passará por etapas de maior ou menor projeção destes
   nexos.
- Ausência de nexos causais explicitados : O relato não contém qualquer nexo de causa
   e efeito entre os vários aspectos de seu conteúdo.
- Nexos forçados ou limitados : As relações de causa e efeito são forçadas (improváveis,
   irreais) ou limitadas (nexos não explicitados, isto é, apenas sugeridos pela criança, mas
   não chegam a ser explicados ou explicitados por ela. Ex.: “As crianças estavam jogando
   bola, aí o vidro quebrou.”). Esta classificação abrange também casos em que a história
   possui apenas um nexo definido, e este é restrito à estimulação das pranchas (Ex.: “A
   criança jogou a bola no vidro e o vidro quebrou.”).
- Nexos intermitentes : Histórias em que já existem nexos causais definidos, mas ainda
   pode-se notar nexos causais forçados ou limitados, havendo uma alternância entre estas
   duas modalidades (ampliada e restrita).
- Nexos definidos : Histórias em que as relações de causa e efeito apresentam-se
   suficientemente plausíveis, dentro das regras da realidade contemplada. Ex.: Em contos
   de fadas, é plausível que mágicas e feitiços aconteçam.

2) AGENTIVIDADE – Nas histórias haverá sempre um agente, exceto nos casos de
   descrição pura e simples, em que não há nenhuma ação. O objetivo é avaliar se há uma
   relação estruturada entre os personagens e o tema central da história.
- Ausência de agentividade : Não há agente na história.
- Ações mínimas e/ou fragmentárias : Histórias em que os personagens desempenham
   ações diferenciadas, que não se integram; ou desempenham microações, mesmo que
   estas estejam relacionadas.
- Agentes parcialmente integrados : História formada por histórias paralelas ou histórias
   onde a relação entre os agentes não esteja totalmente clara.
- Ação contínua, integrada e multifocal : Os atos de um ou mais personagens se
   integram sem perder o “fio da meada”, num discurso total.

3) ORGANIZAÇÃO TEMPORAL – Passagem progressiva de espessuras temporais
   restritas para a ampliação imaginária estendida a passado, presente e futuro em suas
   relações.
- Temporalidade nula e/ou absurda : Seqüência do tempo é incorreta, absurda, como em
   um sonho.
- Momentos isolados : Uso de uma única espessura temporal (passado, presente ou
   futuro); pequenas espessuras que se repetem; ou dois momentos desvinculados, mesmo
   que cada um deles esteja organizado, não há relação temporal entre eles.
- Seqüência não organizada : Tentativa fracassada de organizar temporalmente a
   história.
-  Seqüência organizada : Expansão dos limites temporais no passado e no futuro,
   mantendo a seqüência bem organizada.
4) CONTINGÊNCIA – Competência para ultrapassar progressivamente o lado imediato
   da percepção, construindo uma história que ultrapasse os estímulos presentes.
- Não inserção da prancha ou Descrição do observável : A criança nega-se a inserir a
   prancha em sua história ou simplesmente descreve o que vê (Ex. Aqui tem uma mesa,
   uma geladeira, uma mulher, um homem...).
- Fixação no observável : A criança introduz pequenas coisas, sugeridas no desenho,
   para dar um sentido; não ultrapassa as insinuações do desenho.
- Introdução de fatos novos : A criança cria elementos novos relacionados com a
   prancha, mas não os encadeia, ou os encadeia apenas parcialmente ao enredo da
   história.
- Encadeamento de fatos observáveis e não observáveis : A criança introduz fatos
   novos, não observáveis, mas relacionados com a prancha, relevantes ao enredo, que são
   bem encadeados na história. É um encadeamento global de fatos observáveis e não
   observáveis.

5) INTEGRAÇÃO – Neste tópico pretende-se avaliar se a criança constrói histórias a
   partir de imagens fragmentárias, não havendo integração entre os episódios; se integra
   parcialmente os episódios ou se já constrói episódios estruturados.
- Quadros isolados : A criança limita-se a descrever “flashes”, como estruturas
   momentâneas desarticuladas.
- Conexões parciais : A criança conta fatos com conexões frágeis, sem um fio condutor
   unitário.
- Fluxo lacunar : Histórias que tendem ao nível episódico, mas contêm lacunas, quebras.
- Fluxo contínuo: História estruturada, cujas partes são combinadas coerentemente, sem
   lacunas.

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Desenvolvimento de jogos: Crivo sintagmático de Franco Seminério para aplicação em jogos

  • 1. IMAGINÁRIO DIMENSÕES DE ANÁLISE DAS HISTÓRIAS Franco lo presti seminério 1) CAUSALIDADE – A causalidade será observada nas histórias de acordo com a possibilidade da criança estabelecer nexos causais (relações de causa e efeito entre os acontecimentos). Partindo do pressuposto de que a capacidade de encadear nexos é inata, a criança supostamente passará por etapas de maior ou menor projeção destes nexos. - Ausência de nexos causais explicitados : O relato não contém qualquer nexo de causa e efeito entre os vários aspectos de seu conteúdo. - Nexos forçados ou limitados : As relações de causa e efeito são forçadas (improváveis, irreais) ou limitadas (nexos não explicitados, isto é, apenas sugeridos pela criança, mas não chegam a ser explicados ou explicitados por ela. Ex.: “As crianças estavam jogando bola, aí o vidro quebrou.”). Esta classificação abrange também casos em que a história possui apenas um nexo definido, e este é restrito à estimulação das pranchas (Ex.: “A criança jogou a bola no vidro e o vidro quebrou.”). - Nexos intermitentes : Histórias em que já existem nexos causais definidos, mas ainda pode-se notar nexos causais forçados ou limitados, havendo uma alternância entre estas duas modalidades (ampliada e restrita). - Nexos definidos : Histórias em que as relações de causa e efeito apresentam-se suficientemente plausíveis, dentro das regras da realidade contemplada. Ex.: Em contos de fadas, é plausível que mágicas e feitiços aconteçam. 2) AGENTIVIDADE – Nas histórias haverá sempre um agente, exceto nos casos de descrição pura e simples, em que não há nenhuma ação. O objetivo é avaliar se há uma relação estruturada entre os personagens e o tema central da história. - Ausência de agentividade : Não há agente na história. - Ações mínimas e/ou fragmentárias : Histórias em que os personagens desempenham ações diferenciadas, que não se integram; ou desempenham microações, mesmo que estas estejam relacionadas. - Agentes parcialmente integrados : História formada por histórias paralelas ou histórias onde a relação entre os agentes não esteja totalmente clara. - Ação contínua, integrada e multifocal : Os atos de um ou mais personagens se integram sem perder o “fio da meada”, num discurso total. 3) ORGANIZAÇÃO TEMPORAL – Passagem progressiva de espessuras temporais restritas para a ampliação imaginária estendida a passado, presente e futuro em suas relações. - Temporalidade nula e/ou absurda : Seqüência do tempo é incorreta, absurda, como em um sonho. - Momentos isolados : Uso de uma única espessura temporal (passado, presente ou futuro); pequenas espessuras que se repetem; ou dois momentos desvinculados, mesmo que cada um deles esteja organizado, não há relação temporal entre eles. - Seqüência não organizada : Tentativa fracassada de organizar temporalmente a história.
  • 2. - Seqüência organizada : Expansão dos limites temporais no passado e no futuro, mantendo a seqüência bem organizada. 4) CONTINGÊNCIA – Competência para ultrapassar progressivamente o lado imediato da percepção, construindo uma história que ultrapasse os estímulos presentes. - Não inserção da prancha ou Descrição do observável : A criança nega-se a inserir a prancha em sua história ou simplesmente descreve o que vê (Ex. Aqui tem uma mesa, uma geladeira, uma mulher, um homem...). - Fixação no observável : A criança introduz pequenas coisas, sugeridas no desenho, para dar um sentido; não ultrapassa as insinuações do desenho. - Introdução de fatos novos : A criança cria elementos novos relacionados com a prancha, mas não os encadeia, ou os encadeia apenas parcialmente ao enredo da história. - Encadeamento de fatos observáveis e não observáveis : A criança introduz fatos novos, não observáveis, mas relacionados com a prancha, relevantes ao enredo, que são bem encadeados na história. É um encadeamento global de fatos observáveis e não observáveis. 5) INTEGRAÇÃO – Neste tópico pretende-se avaliar se a criança constrói histórias a partir de imagens fragmentárias, não havendo integração entre os episódios; se integra parcialmente os episódios ou se já constrói episódios estruturados. - Quadros isolados : A criança limita-se a descrever “flashes”, como estruturas momentâneas desarticuladas. - Conexões parciais : A criança conta fatos com conexões frágeis, sem um fio condutor unitário. - Fluxo lacunar : Histórias que tendem ao nível episódico, mas contêm lacunas, quebras. - Fluxo contínuo: História estruturada, cujas partes são combinadas coerentemente, sem lacunas.