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udar+regra+que+eliminou+bolt+nos+100m/n1597193741970.html
O Atletismo – Origens
O Atletismo conta a história esportiva no homem no Planeta. É chamado de esporte-base, porque sua
prática corresponde a movimentos naturais do ser humano: correr, saltar, lançar. Não por acaso, a
primeira competição esportiva de que se tem notícia foi uma corrida, nos Jogos de 776 A.C., na cidade
de Olímpia, na Grécia, que deram origem às Olimpíadas. A prova, chamada pelos gregos de "stadium",
tinha cerca de 200 metros e o vencedor, Coroebus, é considerado o primeiro campeão olímpico da
                                              história.




    DEFINIÇÃO:

    Atletismo define-se por competições individuais (exceto os revezamentos), disputado também
    entre equipes. Apesar de apresentar movimentos naturais como o correr, saltar e lançar, os
    movimentos do atletismo de elite, ou seja, desenvolvidos pelos atletas de alta performance,
    apresentam movimentos naturais “técnico-modificados”. São movimentos modificados para
    aperfeiçoar a técnica em base principalmente da Biomecânica.
Modalidades Olímpicas de Atletismo




http://www.brasilescola.com/datacomemorativas/dia-atletismo.htm


       Provas de velocidade: 100m, 200m, 400m
       Revezamentos: 4 X 100m, 4 X 400m
       Provas de meia distância: 800m e 1500m
       Provas de longa distância: 3000m com obstáculos, 5.000m e 10.000 e Maratona (42km)
       Provas de Marcha Atlética: 10.000m (Fem.), 20.000m(masc.) e 50.000m(masc.)
       Provas de velocidade com barreiras: 100m (fem.), 110m (masc.) e 400m
       Provas de saltos horizontais: Salto em Distância e Salto Triplo
       Provas de saltos verticais: Salto em Altura e Salto com Vara
       Provas de lançamento: Lançamento do Dardo e Lançamento do Disco
       Provas de arremesso: Arremesso do Martelo(masc.) e Arremesso do Peso
       Provas Combinadas
       Decatlo (10 provas): 100m, 110m (c/barreiras), 400m, 1500m, Lançamento do Dardo, Lançamento do Disco,
       Arremesso do Peso, Salto em Altura, Salto com Vara e Salto em Distância
       Heptatlo (7 provas): 100m (c/barreiras), 200m, 800m, Lançamento do Dardo, Arremesso do Peso, Salto em Altura
       e Salto em Distância
Benefícios Fisiológicos e Psicológicos

Fatos: A pessoa que faz de 20 a 30 minutos de atividade física moderada, de 3 a 5 vezes por semana,
obtém os seguintes resultados:
•Diminui a pressão no sangue;
•diminui a taxa de LDL (mau colesterol), que se deposita nos vasos;
•aumenta o colesterol HDL ( colesterol bom), que se liga às partículas de gordura e as leva para fora
dos vasos, diminuindo o risco de problemas cardíacos;
•diminui os sintomas clínicos de ansiedade, tensão e depressão;
•diminui o depósito de gordura no corpo;
•aumenta a capacidade de trabalho aeróbico;
•aumenta o funcionamento do coração;
•se a pessoa já teve um enfarte - deve ser feita atividade física bem moderada e com
acompanhamento médico.

Benefícios Fisiológicos Adaptivos

•Diminui a frequência cardíaca durante o descanso;
•Aumento o volume do coração;
•Aumento o volume durante o descanso e máximo esforço;
•diminui a incidência de algumas doenças como o câncer.
Caminhada




Caminhar é uma atividade democrática, excelente para socialização, que pode ser praticada por
qualquer pessoa de qualquer idade, desde que alguns cuidados sejam tomados.
 Caminhar três vezes na semana, em ritmo acelerado por trinta minutos, reduz em 58% o risco de
doenças cardiovasculares, que causam morte.
A estimativa da energia consumida durante uma caminhada deverá ser desenvolvida em razão da
  velocidade empregada, da distância percorrida e do peso corporal do indivíduo.
Custo energético

•   A uma velocidade entre 50 a 100 metros por minuto, ou, de 3 a 6 km/h, deverá ocorrer demanda
    energética por volta de 0,6 kcal a cada quilômetro percorrido por quilograma de peso corporal (Di
    Prampero,1986; Webb et alii,1988; citado por Guedes,1995:113). Logo, matematicamente,
    haverá a seguinte equação:



•   Custo Energéticocaminhada = 0,6 kcal x Distânciakm x PCkgEx.: PC = 80kg D = 8 km Custo
    Energético = 0,6 kcal x 8 km x 80 kg = 384 kcal



•    A princípio, em velocidades mais baixas, a demanda energética envolvida com a caminhada é
    menor que com a corrida; entretanto, próximo de 8 km/h a demanda energética da corrida e da
    caminhada deverá ser bastante semelhante. Acima dessa velocidade, o custo energético da
    caminhada excede ao da corrida ( Thomas & Londeree, 1989 ).
DICAS:
- Se hidrate bastante antes, durante e depois dos treinos (durante: tomar 200 ml de líquido a cada 20
minutos, mínimo 500 ml por hora);
- Nunca faça exercício em jejum;
- Faça a ingestão de alimentos mais leves e sem excesso de fibras antes do treino;
- Faça uma refeição / lanche após o treino para recuperação muscular;
- Se a duração do treino for longa (mais de uma hora), é necessário ingerir carboidrato durante o treino, se
possível proteína, a cada 40 minutos de exercício;
- Preferir alimentos leves antes e durante o treino é essencial para ficar bem alimentado sem prejudicar a
performance;
- Não ingerir alimentos ricos em fibras antes e durante o exercício para não causar nenhum transtorno
gástrico;
- Ingerir alimentos fontes de carboidrato antes do trekking é fundamental para fazermos um estoque deste
nutriente energético no músculo, preparando-o para a prática da atividade. Esses alimentos – massa, pão,
arroz, biscoito, frutas, cereais – podem ser aumentados dois a três dias antes do evento, para que a
reserva seja bem formada;
- Evitar a ingestão de gorduras e atentar para os intervalos de três a quatro horas entre as refeições;
- Quando a duração do exercício for maior que uma hora, é necessário ingerir carboidrato durante o
treino, a cada 40 minutos de exercício.
- Durante a atividade física, o açúcar simples, refinado, deve ser evitado. Ele pode atrapalhar o exercício,
pois pode causar flatulência (gases) e hipoglicemia de rebote (queda de açúcar no sangue que resulta em
fome, tonteira, fraqueza e até desmaio). O ideal seria a ingestão de carboidrato de digestão mais lenta,
como cereais integrais, frutas e gel de carboidrato.
Velocistas
Sabe-se que as corridas de velocidade apresentam como principais
características o trabalho em períodos curtos e de altíssima
intensidade, variando em torno de 11 segundos (100 metros) a 1
minuto (400 metros). De acordo com Fox (2000) até o tempo
aproximado de 3 minutos o nível de consumo de oxigênio fica
abaixo daquele necessário para fornecer todo o ATP exigido por
qualquer exercício, período este chamado de déficit de oxigênio.
Portanto, perante estas considerações fica fácil observar que o
sistema aeróbio contribui muito pouco nas corridas de velocidade,
sendo o sistema dos fosfagênios e o da glicólise anaeróbia os
mais atuantes, ficando responsáveis pelo fornecimento da maior
parte do ATP exigido pelo exercício. Os maiores indicadores para
a confirmação desta conclusão são os baixos valores nos níveis
de fosfocreatina e o grande acúmulo de ácido lático na corrente
sanguínea observados nos atletas após cada corrida.
Perante as informações anteriormente mencionadas, podemos agora discutir os resultados , os quais
representam a dieta habitual de uma velocista especialista na corrida de 200 metros rasos, na modalidade de
                                                 atletismo




                                         Registro alimentar de uma atleta velocista
Segundo Kleiner e Robinson (2002), os alimentos pertencentes aos grupos dos pães, cereais,
tubérculos, frutas, hortaliças e leguminosas representam as fontes mais ricas de carboidratos.
Verificando a tabela 1 percebemos que 880 Kcal, das 1888,50 Kcal totais, são provenientes dos
grupos acima mencionados, correspondendo a 46,60% das calorias totais. Possivelmente, mais
calorias derivadas de carboidratos são fornecidas significativamente através do grupo de açucares e
doces, aproximando-se, porém não atingindo, os valores de 70% das calorias totais indicados para
atletas de desportos de alta intensidade (Kleiner e Robinson, 2002).




A glicólise anaeróbia se constitui no sistema energético principal. De acordo com Foss e Keteyian
(2000), neste sistema o ATP é ressintetizado dentro do músculo, envolvendo a desintegração
incompleta de uma das substâncias alimentares: o carboidrato. Portanto, para um atleta
especialista na referida prova, este nutriente é de fundamental importância para a melhoria do
desempenho atlético.
Obs: A alta ingestão de proteínas é desnecessária para o bom rendimento nos exercícios de curta
duração e indicado o consumo em torno de 8% a 9% das calorias totais.
O que se refere aos lipídios, sabe-se, de acordo com Kleiner e Robinson (2002), que somente
podem ser degradados quando o oxigênio está disponível em quantidades bioquimicamente
adequadas, o que não acontece nas provas de velocidades de baixa duração.
Fundista
                                    As corridas de longa duração (resistência) podem ser
                                    divididas em 3 momentos:

                                    • A largada o atleta sai de um estado de repouso
                                    para um de certa intensidade, isto leva a que seu
                                    organismo entre em déficit de oxigênio,
                                    caracterizando, portanto, a largada como o
                                    momento onde o sistema anaeróbio predomina
                                    sobre o sistema aeróbio.


• Por volta dos 3 minutos de corrida, o atleta entra em um segundo momento da prova,
onde seu organismo fica em estado estável, desde que mantenha um ritmo de corrida
constante. Neste momento, todas as adaptações bioquímicas e fisiológicas necessárias ao
fornecimento de ATP pela contribuição dominante do oxigênio já foram realizadas e,
portanto, o sistema aeróbio irá predominar sobre o anaeróbio.

• Ao se aproximar da parte final da prova, o atleta entra no terceiro momento: a
chegada. Neste período novamente ele aumenta a intensidade do seu ritmo de corrida,
fazendo com que o sistema anaeróbio volte a predominar como sistema bioenergético.
A prova de 10000 metros dura, aproximadamente, 50 minutos para ser completada. No momento da
largada, os carboidratos se apresentam como nutrientes fundamentais para o correto fornecimento de
energia. Ao atingir a fase de estado estável, o sistema aeróbio assumirá o papel de "protagonista"
bioenergético. Dos 20 minutos ao período aproximado de 48 minutos, carboidratos e gorduras começam
a se equivaler como fonte de ATP (Foss e Keteyian, 2000). Dos 48 minutos aos 50 minutos, ou seja, no
momento da chegada, a intensidade da atividade novamente é aumentada, o que no ambiente
desportivo é chamado de "sprint final", proporcionando novo estado de déficit de oxigênio e o
consequente retorno dos carboidratos como fontes primárias de energia.




Já em relação as proteínas, ao contrário do que acontece nos exercícios de curta duração e alta
intensidade, observa-se que contribuem energeticamente para as atividades de longa duração. Segundo
a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (2003), atletas de endurance, tais como os corredores de
10000 metros, apresentam uma maior necessidade de ingestão protéica, a qual passa a variar entre 12%
e 15% das calorias totais.

Outros componentes nutricionais importantes são as vitaminas e minerais. a vitamina B12, o ácido fólico
e o ferro são elementos preponderantes para o correto transporte de oxigênio até a célula muscular
A dieta habitual de um fundista especialista na corrida de 10000 metros rasos, na modalidade de
 atletismo.




                               Registro alimentar de uma atleta fundista
Estudos realizados por Maughan et al. (2000) afirmam que os lipídios são 5 vezes mais eficientes do
que os carboidratos como combustível armazenado, e o estoque orgânico de lipídios pode ser
considerado inexaurível. Por este motivo, a dieta rica em lipídios não representa uma vantagem
imediata, mesmo para os atletas de endurance, sendo a recomendação nutricional a mesma aplicada à
população em geral, algo entre 25% e 30% das calorias totais. Observe tais valores não são atingidos,
já que os lipídios derivados do grupo de óleos e gorduras contribuem somente com 1,6% (36,5 Kcal) das
calorias totais
Suplementos Alimentar
Recomenda-se um suplemento antioxidante, que contemple diariamente os
                     seguintes nutrientes e dosagens:




                           -Vitaminas C - 500 a 1000mg
                          - Vitamina E - 200 a 400U.I.
                          - Selênio - 200µg
                          - Co Q-10: 30 a 60 µg
                          - N-Acetil cisteína - 300mg
                          - Zinco – 20 a 30mg
                          - Ácido alfa lipóico – 70 a 100mg



 O exercício físico aumenta a utilização de oxigênio e, consequentemente, a formação de radicais
 livres, compostos tóxicos que agridem cada célula que tocam, acabando por afetar a produção
 de energia celular, provocar inflamação, destruição muscular e diminuição da força.




Segundo Williams & Branch, a palavra "ergogênico" significa substâncias ou artifícios adotados visando á melhora da performance, sendo de rivada
de duas palavras gregas: érgon, trabalho e gennam, produção.
Creatina




   Mais força e energia para o sprint.



É usada como reserva energética pelas células musculares para o sprint e para o exercício de força
   explosiva. A creatina permite também aumentar a massa muscular magra.
   Os estudos efectuados com atletas demonstram que a maior parte do progresso de força,
   potência e desenvolvimento muscular acontece no primeiro mês de utilização da creatina, desde
   que se faça uma fase de carga, com creatina, onde são usados cerca de 300mg/kg peso corporal,
   durante 5 dias. Após este período, segue-se uma manutenção com 3 ou 4g por dia, durante 4
   semanas.
   Para máxima absorção a creatina tem que ser tomada com açúcares de absorção rápida, tipo
   dextrose ou glucose.
Bebidas de Recuperação
A fórmula eficaz para a saúde dos músculos

As investigações têm demonstrado que, para atletas envolvidos num programa de treino muito
intenso - 1 ou 2 treinos por dia, 5-6 dias por semana -, as necessidades de consumo de hidratos de
carbono são de 8-10g/kg peso/dia, de modo a poder manter no máximo os seus níveis de
glicogénio (a principal fonte energética para efectuar um trabalho de força). São quantidades
difíceis de alcançar, a não ser através do consumo de bebidas desportivas específicas.Para melhor
absorção associa - se hidratos de carbono + proteína( máxima absorção ).




Bebidas de recuperação

Reúne a maior parte dos suplementos de recuperação em um só lugar. Trata-se de um
combinado de carboidrato, BCAA, glutamina, minerais, vitaminas e, às vezes, proteínas. Deve
ser tomado imediatamente após o término do exercício.
Conclusão

Três conclusões importantes podem ser tiradas do presente estudo bibliográfico: a primeira delas diz
respeito as corridas de velocidade; conclui-se então que o sistema bioenergético predominante na
ressíntese de ATP durante uma corrida de velocidade é o sistema anaeróbio, composto pelo mecanismo
dos fosfagênios e da glicólise anaeróbia. Já nas corridas intermediárias, conclui-se que tanto o sistema
anaeróbio quanto o sistema aeróbio contribuem de forma significativa para a ressíntese do ATP
necessário a este tipo de prova. Por último, chega-se a conclusão que nas corridas de resistência o
sistema aeróbio, composto pela glicólise aeróbia, ciclo de Krebs e sistema transportador de elétrons, será
o sistema dominante para a produção de ATP, sendo os carboidratos os principais nutrientes energéticos
nos 20 minutos iniciais de exercício e as gorduras assumindo este papel após o período de 1 hora de
prova.
Não podemos nos esquecer de ter uma alimentação adequada não só oferece os nutrientes básicos e na
quantidade certa ao corredor como também equilibra as necessidades energéticas, permite uma melhor
recuperação no pós-treino e reduz a ação dos radicais livres. Além disto, a própria alimentação atua como
recurso ergogênico, o que melhora o rendimento da atividade física e durante os exercícios é importante
ingerir bebidas esportivas para evitar a desidratação e para fornecer energia para os músculos que estão
sendo acionados.
Bibliográfia
•   http://www.joaquimcruz.com/atletis.html#Defini‹o
•   http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/atletismo/atletismo-2.phph
•   ttp://www.cbat.org.br/atletismo/origem.asp
•   http://efartigos.atspace.org/otemas/artigo34.html Nota: * Acadêmico do curso de Educação Física pela
    UFRN . Editor: Allan José Costa - Revista Virtual EFArtigos



    • http://jefersonvianna.sites.uol.com.br/fisiologia_3.html

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Origens e benefícios do atletismo

  • 2. O Atletismo – Origens O Atletismo conta a história esportiva no homem no Planeta. É chamado de esporte-base, porque sua prática corresponde a movimentos naturais do ser humano: correr, saltar, lançar. Não por acaso, a primeira competição esportiva de que se tem notícia foi uma corrida, nos Jogos de 776 A.C., na cidade de Olímpia, na Grécia, que deram origem às Olimpíadas. A prova, chamada pelos gregos de "stadium", tinha cerca de 200 metros e o vencedor, Coroebus, é considerado o primeiro campeão olímpico da história. DEFINIÇÃO: Atletismo define-se por competições individuais (exceto os revezamentos), disputado também entre equipes. Apesar de apresentar movimentos naturais como o correr, saltar e lançar, os movimentos do atletismo de elite, ou seja, desenvolvidos pelos atletas de alta performance, apresentam movimentos naturais “técnico-modificados”. São movimentos modificados para aperfeiçoar a técnica em base principalmente da Biomecânica.
  • 3. Modalidades Olímpicas de Atletismo http://www.brasilescola.com/datacomemorativas/dia-atletismo.htm Provas de velocidade: 100m, 200m, 400m Revezamentos: 4 X 100m, 4 X 400m Provas de meia distância: 800m e 1500m Provas de longa distância: 3000m com obstáculos, 5.000m e 10.000 e Maratona (42km) Provas de Marcha Atlética: 10.000m (Fem.), 20.000m(masc.) e 50.000m(masc.) Provas de velocidade com barreiras: 100m (fem.), 110m (masc.) e 400m Provas de saltos horizontais: Salto em Distância e Salto Triplo Provas de saltos verticais: Salto em Altura e Salto com Vara Provas de lançamento: Lançamento do Dardo e Lançamento do Disco Provas de arremesso: Arremesso do Martelo(masc.) e Arremesso do Peso Provas Combinadas Decatlo (10 provas): 100m, 110m (c/barreiras), 400m, 1500m, Lançamento do Dardo, Lançamento do Disco, Arremesso do Peso, Salto em Altura, Salto com Vara e Salto em Distância Heptatlo (7 provas): 100m (c/barreiras), 200m, 800m, Lançamento do Dardo, Arremesso do Peso, Salto em Altura e Salto em Distância
  • 4. Benefícios Fisiológicos e Psicológicos Fatos: A pessoa que faz de 20 a 30 minutos de atividade física moderada, de 3 a 5 vezes por semana, obtém os seguintes resultados: •Diminui a pressão no sangue; •diminui a taxa de LDL (mau colesterol), que se deposita nos vasos; •aumenta o colesterol HDL ( colesterol bom), que se liga às partículas de gordura e as leva para fora dos vasos, diminuindo o risco de problemas cardíacos; •diminui os sintomas clínicos de ansiedade, tensão e depressão; •diminui o depósito de gordura no corpo; •aumenta a capacidade de trabalho aeróbico; •aumenta o funcionamento do coração; •se a pessoa já teve um enfarte - deve ser feita atividade física bem moderada e com acompanhamento médico. Benefícios Fisiológicos Adaptivos •Diminui a frequência cardíaca durante o descanso; •Aumento o volume do coração; •Aumento o volume durante o descanso e máximo esforço; •diminui a incidência de algumas doenças como o câncer.
  • 5. Caminhada Caminhar é uma atividade democrática, excelente para socialização, que pode ser praticada por qualquer pessoa de qualquer idade, desde que alguns cuidados sejam tomados. Caminhar três vezes na semana, em ritmo acelerado por trinta minutos, reduz em 58% o risco de doenças cardiovasculares, que causam morte. A estimativa da energia consumida durante uma caminhada deverá ser desenvolvida em razão da velocidade empregada, da distância percorrida e do peso corporal do indivíduo.
  • 6. Custo energético • A uma velocidade entre 50 a 100 metros por minuto, ou, de 3 a 6 km/h, deverá ocorrer demanda energética por volta de 0,6 kcal a cada quilômetro percorrido por quilograma de peso corporal (Di Prampero,1986; Webb et alii,1988; citado por Guedes,1995:113). Logo, matematicamente, haverá a seguinte equação: • Custo Energéticocaminhada = 0,6 kcal x Distânciakm x PCkgEx.: PC = 80kg D = 8 km Custo Energético = 0,6 kcal x 8 km x 80 kg = 384 kcal • A princípio, em velocidades mais baixas, a demanda energética envolvida com a caminhada é menor que com a corrida; entretanto, próximo de 8 km/h a demanda energética da corrida e da caminhada deverá ser bastante semelhante. Acima dessa velocidade, o custo energético da caminhada excede ao da corrida ( Thomas & Londeree, 1989 ).
  • 7. DICAS: - Se hidrate bastante antes, durante e depois dos treinos (durante: tomar 200 ml de líquido a cada 20 minutos, mínimo 500 ml por hora); - Nunca faça exercício em jejum; - Faça a ingestão de alimentos mais leves e sem excesso de fibras antes do treino; - Faça uma refeição / lanche após o treino para recuperação muscular; - Se a duração do treino for longa (mais de uma hora), é necessário ingerir carboidrato durante o treino, se possível proteína, a cada 40 minutos de exercício; - Preferir alimentos leves antes e durante o treino é essencial para ficar bem alimentado sem prejudicar a performance; - Não ingerir alimentos ricos em fibras antes e durante o exercício para não causar nenhum transtorno gástrico; - Ingerir alimentos fontes de carboidrato antes do trekking é fundamental para fazermos um estoque deste nutriente energético no músculo, preparando-o para a prática da atividade. Esses alimentos – massa, pão, arroz, biscoito, frutas, cereais – podem ser aumentados dois a três dias antes do evento, para que a reserva seja bem formada; - Evitar a ingestão de gorduras e atentar para os intervalos de três a quatro horas entre as refeições; - Quando a duração do exercício for maior que uma hora, é necessário ingerir carboidrato durante o treino, a cada 40 minutos de exercício. - Durante a atividade física, o açúcar simples, refinado, deve ser evitado. Ele pode atrapalhar o exercício, pois pode causar flatulência (gases) e hipoglicemia de rebote (queda de açúcar no sangue que resulta em fome, tonteira, fraqueza e até desmaio). O ideal seria a ingestão de carboidrato de digestão mais lenta, como cereais integrais, frutas e gel de carboidrato.
  • 8. Velocistas Sabe-se que as corridas de velocidade apresentam como principais características o trabalho em períodos curtos e de altíssima intensidade, variando em torno de 11 segundos (100 metros) a 1 minuto (400 metros). De acordo com Fox (2000) até o tempo aproximado de 3 minutos o nível de consumo de oxigênio fica abaixo daquele necessário para fornecer todo o ATP exigido por qualquer exercício, período este chamado de déficit de oxigênio. Portanto, perante estas considerações fica fácil observar que o sistema aeróbio contribui muito pouco nas corridas de velocidade, sendo o sistema dos fosfagênios e o da glicólise anaeróbia os mais atuantes, ficando responsáveis pelo fornecimento da maior parte do ATP exigido pelo exercício. Os maiores indicadores para a confirmação desta conclusão são os baixos valores nos níveis de fosfocreatina e o grande acúmulo de ácido lático na corrente sanguínea observados nos atletas após cada corrida.
  • 9. Perante as informações anteriormente mencionadas, podemos agora discutir os resultados , os quais representam a dieta habitual de uma velocista especialista na corrida de 200 metros rasos, na modalidade de atletismo Registro alimentar de uma atleta velocista
  • 10. Segundo Kleiner e Robinson (2002), os alimentos pertencentes aos grupos dos pães, cereais, tubérculos, frutas, hortaliças e leguminosas representam as fontes mais ricas de carboidratos. Verificando a tabela 1 percebemos que 880 Kcal, das 1888,50 Kcal totais, são provenientes dos grupos acima mencionados, correspondendo a 46,60% das calorias totais. Possivelmente, mais calorias derivadas de carboidratos são fornecidas significativamente através do grupo de açucares e doces, aproximando-se, porém não atingindo, os valores de 70% das calorias totais indicados para atletas de desportos de alta intensidade (Kleiner e Robinson, 2002). A glicólise anaeróbia se constitui no sistema energético principal. De acordo com Foss e Keteyian (2000), neste sistema o ATP é ressintetizado dentro do músculo, envolvendo a desintegração incompleta de uma das substâncias alimentares: o carboidrato. Portanto, para um atleta especialista na referida prova, este nutriente é de fundamental importância para a melhoria do desempenho atlético. Obs: A alta ingestão de proteínas é desnecessária para o bom rendimento nos exercícios de curta duração e indicado o consumo em torno de 8% a 9% das calorias totais. O que se refere aos lipídios, sabe-se, de acordo com Kleiner e Robinson (2002), que somente podem ser degradados quando o oxigênio está disponível em quantidades bioquimicamente adequadas, o que não acontece nas provas de velocidades de baixa duração.
  • 11. Fundista As corridas de longa duração (resistência) podem ser divididas em 3 momentos: • A largada o atleta sai de um estado de repouso para um de certa intensidade, isto leva a que seu organismo entre em déficit de oxigênio, caracterizando, portanto, a largada como o momento onde o sistema anaeróbio predomina sobre o sistema aeróbio. • Por volta dos 3 minutos de corrida, o atleta entra em um segundo momento da prova, onde seu organismo fica em estado estável, desde que mantenha um ritmo de corrida constante. Neste momento, todas as adaptações bioquímicas e fisiológicas necessárias ao fornecimento de ATP pela contribuição dominante do oxigênio já foram realizadas e, portanto, o sistema aeróbio irá predominar sobre o anaeróbio. • Ao se aproximar da parte final da prova, o atleta entra no terceiro momento: a chegada. Neste período novamente ele aumenta a intensidade do seu ritmo de corrida, fazendo com que o sistema anaeróbio volte a predominar como sistema bioenergético.
  • 12. A prova de 10000 metros dura, aproximadamente, 50 minutos para ser completada. No momento da largada, os carboidratos se apresentam como nutrientes fundamentais para o correto fornecimento de energia. Ao atingir a fase de estado estável, o sistema aeróbio assumirá o papel de "protagonista" bioenergético. Dos 20 minutos ao período aproximado de 48 minutos, carboidratos e gorduras começam a se equivaler como fonte de ATP (Foss e Keteyian, 2000). Dos 48 minutos aos 50 minutos, ou seja, no momento da chegada, a intensidade da atividade novamente é aumentada, o que no ambiente desportivo é chamado de "sprint final", proporcionando novo estado de déficit de oxigênio e o consequente retorno dos carboidratos como fontes primárias de energia. Já em relação as proteínas, ao contrário do que acontece nos exercícios de curta duração e alta intensidade, observa-se que contribuem energeticamente para as atividades de longa duração. Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (2003), atletas de endurance, tais como os corredores de 10000 metros, apresentam uma maior necessidade de ingestão protéica, a qual passa a variar entre 12% e 15% das calorias totais. Outros componentes nutricionais importantes são as vitaminas e minerais. a vitamina B12, o ácido fólico e o ferro são elementos preponderantes para o correto transporte de oxigênio até a célula muscular
  • 13. A dieta habitual de um fundista especialista na corrida de 10000 metros rasos, na modalidade de atletismo. Registro alimentar de uma atleta fundista Estudos realizados por Maughan et al. (2000) afirmam que os lipídios são 5 vezes mais eficientes do que os carboidratos como combustível armazenado, e o estoque orgânico de lipídios pode ser considerado inexaurível. Por este motivo, a dieta rica em lipídios não representa uma vantagem imediata, mesmo para os atletas de endurance, sendo a recomendação nutricional a mesma aplicada à população em geral, algo entre 25% e 30% das calorias totais. Observe tais valores não são atingidos, já que os lipídios derivados do grupo de óleos e gorduras contribuem somente com 1,6% (36,5 Kcal) das calorias totais
  • 15. Recomenda-se um suplemento antioxidante, que contemple diariamente os seguintes nutrientes e dosagens: -Vitaminas C - 500 a 1000mg - Vitamina E - 200 a 400U.I. - Selênio - 200µg - Co Q-10: 30 a 60 µg - N-Acetil cisteína - 300mg - Zinco – 20 a 30mg - Ácido alfa lipóico – 70 a 100mg O exercício físico aumenta a utilização de oxigênio e, consequentemente, a formação de radicais livres, compostos tóxicos que agridem cada célula que tocam, acabando por afetar a produção de energia celular, provocar inflamação, destruição muscular e diminuição da força. Segundo Williams & Branch, a palavra "ergogênico" significa substâncias ou artifícios adotados visando á melhora da performance, sendo de rivada de duas palavras gregas: érgon, trabalho e gennam, produção.
  • 16. Creatina Mais força e energia para o sprint. É usada como reserva energética pelas células musculares para o sprint e para o exercício de força explosiva. A creatina permite também aumentar a massa muscular magra. Os estudos efectuados com atletas demonstram que a maior parte do progresso de força, potência e desenvolvimento muscular acontece no primeiro mês de utilização da creatina, desde que se faça uma fase de carga, com creatina, onde são usados cerca de 300mg/kg peso corporal, durante 5 dias. Após este período, segue-se uma manutenção com 3 ou 4g por dia, durante 4 semanas. Para máxima absorção a creatina tem que ser tomada com açúcares de absorção rápida, tipo dextrose ou glucose.
  • 17. Bebidas de Recuperação A fórmula eficaz para a saúde dos músculos As investigações têm demonstrado que, para atletas envolvidos num programa de treino muito intenso - 1 ou 2 treinos por dia, 5-6 dias por semana -, as necessidades de consumo de hidratos de carbono são de 8-10g/kg peso/dia, de modo a poder manter no máximo os seus níveis de glicogénio (a principal fonte energética para efectuar um trabalho de força). São quantidades difíceis de alcançar, a não ser através do consumo de bebidas desportivas específicas.Para melhor absorção associa - se hidratos de carbono + proteína( máxima absorção ). Bebidas de recuperação Reúne a maior parte dos suplementos de recuperação em um só lugar. Trata-se de um combinado de carboidrato, BCAA, glutamina, minerais, vitaminas e, às vezes, proteínas. Deve ser tomado imediatamente após o término do exercício.
  • 18. Conclusão Três conclusões importantes podem ser tiradas do presente estudo bibliográfico: a primeira delas diz respeito as corridas de velocidade; conclui-se então que o sistema bioenergético predominante na ressíntese de ATP durante uma corrida de velocidade é o sistema anaeróbio, composto pelo mecanismo dos fosfagênios e da glicólise anaeróbia. Já nas corridas intermediárias, conclui-se que tanto o sistema anaeróbio quanto o sistema aeróbio contribuem de forma significativa para a ressíntese do ATP necessário a este tipo de prova. Por último, chega-se a conclusão que nas corridas de resistência o sistema aeróbio, composto pela glicólise aeróbia, ciclo de Krebs e sistema transportador de elétrons, será o sistema dominante para a produção de ATP, sendo os carboidratos os principais nutrientes energéticos nos 20 minutos iniciais de exercício e as gorduras assumindo este papel após o período de 1 hora de prova. Não podemos nos esquecer de ter uma alimentação adequada não só oferece os nutrientes básicos e na quantidade certa ao corredor como também equilibra as necessidades energéticas, permite uma melhor recuperação no pós-treino e reduz a ação dos radicais livres. Além disto, a própria alimentação atua como recurso ergogênico, o que melhora o rendimento da atividade física e durante os exercícios é importante ingerir bebidas esportivas para evitar a desidratação e para fornecer energia para os músculos que estão sendo acionados.
  • 19. Bibliográfia • http://www.joaquimcruz.com/atletis.html#Defini‹o • http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/atletismo/atletismo-2.phph • ttp://www.cbat.org.br/atletismo/origem.asp • http://efartigos.atspace.org/otemas/artigo34.html Nota: * Acadêmico do curso de Educação Física pela UFRN . Editor: Allan José Costa - Revista Virtual EFArtigos • http://jefersonvianna.sites.uol.com.br/fisiologia_3.html