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Dor e fadiga auxiliam na dosagem do esforço
compatível com o condicionamento físico
       REVISTA ESCOLA
       ACESSOS: 34




Nos últimos minutos de uma partida de futebol, no trecho final de uma longa corrida ou
depois de seguidas subidas ao bloqueio num jogo de vôlei, pernas e braços parecem
fracos, como se não mais obedecessem aos comandos do cérebro. Cansados, os músculos
pedem para parar: eles estão entrando em fadiga. No dia seguinte, se o esforço foi
demasiado, a dor entra em ação. Pesadas, coxas e antebraços "reclamam" a cada
movimento, nos deixando prostrados. Felizmente, esse quadro costuma durar pouco:
basta voltar a exercitar o grupo muscular afetado depois de um período de pelo menos 24
horas de descanso.

Todo mundo que faz ou já fez atividade física sabe que a dor e a fadiga são duas
sensações normais. Elas funcionam como um alarme do organismo, informando que nosso
corpo está operando em sua capacidade máxima e precisa de uma folga. Ignorar esse
alerta biológico pode ser bastante perigoso e acabar levando a uma lesão séria, que pode
demorar meses para ser curada. Nas aulas de Educação Física, a turma deve trabalhar
essa importante lição. "Entender e analisar os limites do corpo é um conteúdo
importante, que deve ser abordado nas séries finais do Ensino Fundamental", ressalta
Fábio D'Angelo, coordenador pedagógico do Instituto Esporte e Educação, em São Paulo,
e selecionador do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10.

Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), o tema faz parte do bloco Conhecimento
sobre o Corpo. O estudo dessa área tem como objetivo permitir a cada aluno gerenciar
suas atividades corporais de maneira autônoma, escolhendo as mais saudáveis, e
perceber o organismo como uma estrutura integrada - que ganha força com os estímulos
corretos, que pode se lesionar quando a atividade não é adequada e que precisa se nutrir
para funcionar a contento.

Observar o próprio corpo para ajudar a entender o tema
A abordagem desses conteúdos começa com a percepção do próprio corpo. Por exemplo,
quando uma nova prática corporal está sendo realizada, a fadiga e a dor geralmente dão
as caras. Cabe a você aproveitar as sensações dos alunos para se aprofundar nos estudos
a respeito dos efeitos da atividade física sobre os tecidos musculares. Para analisar e
compreender as alterações que ocorrem durante e depois dos exercícios, a turma precisa
ter contato com uma série de conhecimentos básicos de anatomia, fisiologia,
biomecânica e bioquímica.

Na hora dessa troca de ideias, uma primeira providência é mostrar que dor e fadiga não
são a mesma coisa. A fadiga não chega a ser um problema sério, mas é preciso respeitá-
la e interromper o exercício. "A fadiga pode ser aguda, no caso de um exercício com
intensidade maior do que o indivíduo está acostumado, ou crônica, quando a sensação de
cansaço é frequente, causada por treinamento em excesso, anemia ou problemas
respiratórios", explica Marcelo Bichels Leitão, cardiologista e médico do esporte da
Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, em São Paulo. Vale mostrar
para a turma que avançar esse sinal pode ser bem dolorido: uma consequência imediata
da fadiga em excesso são as temidas cãimbras (movimentos de contração musculares
involuntários) fortíssimas, que doem bem mais do que as corriqueiras.

"Sem dor, sem ganho": debata se essa ideia é mesmo válida

Já com a dor, é preciso ter mais atenção. Como alerta, ela mostra que existe um
processo fisiológico não natural do organismo. Ela também é dividida em dois tipos, a do
dia seguinte e a dor intermitente. A primeira, mais comum, ocorre depois de trabalhar
um grupo de músculos não acostumados ao exercício ou exigidos em excesso. "Ela é
resultado de uma pequena inflamação na musculatura e de microrrupturas nas células
musculares. Mas, se continuamos nos exercitando regularmente, a dor passa, pois a
musculatura se fortalece e se acostuma ao esforço", conta Leitão.

Apesar disso, é preciso desmistificar a ideia comum entre os jovens de que, se uma
pessoa não sentir dor, não está ganhando força na malhação. "Por pensarem assim,
muitas vezes eles exageram na intensidade e na frequência da atividade física. É
exatamente aí que surgem os casos mais sérios, como as lesões musculares", argumenta o
especialista.

Faz parte desse quadro a dor intermitente, aquela que demora a passar. Quando isso
ocorre, a musculatura foi lesionada e é necessário procurar um médico. Sua orientação é
importante para evitar esse tipo de problema: além da explicação fisiológica
propriamente dita, vale incentivar o debate sobre rotinas de exercícios e hábitos
nutricionais para tornar as práticas corporais mais seguras e saudáveis.

Três maneiras de prevenir lesões musculares

Alongamento
Quando Antes de qualquer prática esportiva.
Tempo de prática No mínimo 15 minutos.
Por quê O alongamento aquece a musculatura e prepara o organismo para a prática
esportiva. Quando bem feito, ele aumenta a resistência do corpo. É preciso alongar todos
os grupos musculares e não apenas os que serão mais exigidos no exercício.
O que aumenta: fluxo sanguíneo
O que diminui: dor

Atividades aeróbicas
Quando No mínimo três vezes por semana.
Tempo de prática No mínimo 40 minutos.
Por quê Praticadas regularmente, atividades aeróbicas (que consomem mais oxigênio),
como jogar futebol, correr e andar de bicicleta, são a melhor forma de ganhar
resistência, pois elas trabalham a capacidade cardiorrespiratória.
O que aumenta: força muscular
O que diminui: dor e fadiga

Ingestão de água e frutas
Quando Antes de qualquer prática esportiva.
Horário de consumo Uma hora antes de fazer exercícios.
Por quê Um corpo bem nutrido consegue se recuperar do esforço físico muito mais
rápido. A falta de nutrientes como o potássio (presente na banana e em castanhas, por
exemplo) é uma das causas mais comuns da fadiga e da cãimbra.
O que aumenta: energia
O que diminui: fadiga

Conteúdo pode ser ampliado com discussão sobre doping

A discussão sobre prevenção a lesões vai encaminhar a aula para uma reflexão mais
ampla: o que é uma boa prática corporal? Quais tipos de esporte são mais saudáveis?
Quantas vezes por semana praticá-los? Como devemos atuar antes, durante e depois do
exercício? Com base nesses questionamentos, novas pautas de estudo podem surgir,
abrindo a oportunidade de abordá-las como decorrência natural do conteúdo. Alguns
exemplos são o doping (aplicação de substâncias ilegais para melhorar a performance
física, problema que cresce muito entre os adolescentes), a sobrecarga de exercícios em
nome de um corpo "perfeito" e a influência da mídia nesses padrões de beleza atlética.
Num trabalho bem feito dentro desses temas, a garotada reflete sobre os efeitos da
atividade física de acordo com a intensidade e passa a respeitar melhor os próprios
limites.
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Preparação Física


-Programa de preparação física

Os jogadores de futebol já se acostumaram com o período de
preparação física que chamamos de pré-temporada, realizada após um
período de férias (um ou dois meses), que garantirá a condição técnica,
tática e um condicionamento físico necessário para a competição.


O treinador tem de quatro a oito semanas de pré-temporada para
preparar seus jogadores. Por isso, a escolha do tipo de treino é de
fundamental importância.
Ele deve planejar o número de sessões, o volume, a intensidade e a
capacidade de cada atleta, colocando no papel seus objetivos para a
próxima temporada.


Falaremos sobre o programa de preparação física que tem o aspecto de
transição do geral para o específico, a resistência de força, o
condicionamento para corridas de curtas distâncias e os fatores para o
sucesso ou não da preparação.


-O propósito da preparação

·     O intervalo de férias


As férias entre as temporadas variam entre 4 e 10 semanas e dão ao
jogador a oportunidade de descansar, ficar mais tempo com a família,
recuperar-se do desgaste físico e de pequenas lesões etc.


Um outro benefício é que o jogador poderá pensar em outras coisas
sem ser em futebol. Esse período dará ao atleta a oportunidade de
recarregar suas energias, possibilitando um melhor aproveitamento para
a próxima temporada.


Nesse período, a condição física diminui, por isso é importante um bom
planejamento para o recondicionamento na pré-temporada.


·     Construindo a aptidão para o jogo


No período de férias ocorre uma diminuição da condição de jogo do
atleta e, com isso, o condicionamento deverá ser feito de forma
gradativa.


A preparação não deverá ter uma intensidade maior que a necessária,
até porque, pela diminuição de seu condicionamento, qualquer carga
aplicada dará ao atleta a sensação de dificuldade.


·     Mudanças na equipe ou no estilo de jogo
No início da temporada sempre ocorrem mudanças - jogadores novos,
mudança de técnico ou saída de jogadores - isso requer muita
dedicação da comissão técnica para estabelecer um novo modelo de
trabalho e para que o período de preparação seja aproveitado.


·     Um bom início economiza tempo


Os jogadores não resistem às tentações, alguns comem e bebem muito
e combinado com pouco exercício, ganham peso. Isso acarreta uma
sobrecarga nas atividades, dificultando o seu retorno ao
condicionamento físico ideal.


Por isso os jogadores devem fazer a "lição de casa", não perdendo muito
tempo com essa parte na pré-temporada.


·     O quê os jogadores podem fazer nas férias?


Os jogadores devem se manter ativos durante as férias. Muitos treinam
corridas de longa distância, conseguindo manter o peso e o mínimo de
condicionamento físico, mas sempre é necessário algum aviso.


Os atletas deixam para fazer estas corridas no final das férias, o que
acumulará um cansaço, pois estes não têm um período de recuperação
adequado entre o final das férias e o início da pré-temporada.


Além disso, muitas vezes essas corridas são realizadas em pisos
inadequados e usando calçados impróprios, o que pode causar muitas
lesões.


Na prática do jogo, em grande parte, os movimentos são acíclicos,
utilizando as fibras de contração rápida. Já nas corridas longas, feitas
nas férias, o movimento é cíclico, utilizando-se na maior parte as fibras
de contração lenta.


Portanto, é apropriado que nas férias os jogadores pratiquem esportes
como tênis, squash, futevôlei e vôlei de areia, que são atividades
caracterizadas por movimentos acíclicos.
-Estrutura do programa de preparação

Muitos treinadores utilizam a forma de preparação convencional, no
qual o trabalho contínuo é seguido pelo trabalho de velocidade e, então
o de arranque.


Há uma visão tradicional de que a endurance é a base para participação
em muitos esportes. Porém, a habilidade de arranque é vista como a
mais importante base motora para um jogador de futebol.


Isto explica o programa abaixo, porque a teoria do estado de
treinamento que deveria partir da progressão do geral para o específico
e do volume para a intensidade.


-Condicionamento do geral para o específico

Na teoria de condicionamento, do geral para o específico significa que o
trabalho de condicionamento deve se iniciar de forma geral e,
gradualmente, tornar-se mais próxima da realidade do esporte em
questão.


A base física deve ser estabelecida antes da introdução dos aspectos
específicos. No futebol, isto significa que o treinamento deve se iniciar
com aspectos gerais relacionados ao condicionamento para jogo e
seguir posteriormente para o condicionamento específico.


A visão moderna de condicionamento para o futebol é aquela que dá
ênfase na fase de preparação ao desenvolvimento da resistência aeróbia
geral, força geral e velocidade. Subseqüentemente, há o uso de
movimentos e habilidades específicas do futebol.


Durante a fase geral as características do esporte devem ser
introduzidas de gradual e, a partir do condicionamento da resistência
aeróbia e anaeróbia de forma acíclica.
A habilidade específica de força deve ser primariamente desenvolvida a
partir da explosão e as habilidades de velocidade a partir de distâncias
entre cinco e 30 metros, com giros e mudanças de direção.


A base geral do condicionamento para o futebol só é desenvolvida se
estes ingredientes estiverem presentes.


-A construção para o condicionamento moderno

-Resistência aeróbia acíclica


·     Treinamento contínuo e intervalado geral;


·     Treinamento contínuo e intervalado específico.


      Resistência anaeróbia acíclica


·     Treinamento geral de velocidade;


·     Treinamento específico de velocidade.


-Força


·     Treinamento geral de força;


·     Treinamento específico de força.


-Velocidade


·     Treinamento geral de corrida de curta distância;


·     Treinamento específico de corrida de curta distância.


Do volume para a intensidade


Volume e intensidade são de difícil conciliação. Os trabalhos intensos
resultam em fadiga e os volumosos impossibilitam uma execução com
qualidade técnica. No entanto os dois fazem parte do treinamento.
O jogo tem duração de 90 minutos e o atleta tem que estar treinado
para agüentar todo o tempo.


De acordo com a metodologia do treinamento, é mais sensato trabalhar
volume e depois aumentar a intensidade.


Durante a primeira semana de preparação, as sessões de treinamento
deverão ser longas (90 a 120 minutos), com poucos momentos
intensivos.


Na segunda semana as sessões podem ser um pouco mais intensas com
uma duração de 90 minutos.


Na terceira e quarta semana as sessões de treinamento serão de 75
minutos e a intensidade terá atingido o mesmo nível.


-A proporção treino-descanso

No início da pré-temporada, tanto os atletas quanto o treinador querem
provar algo, os atletas querem assegurar uma vaga no time e o
treinador se assegurar que seu time começará no mesmo nível ou
melhor que os outros.


A relação treino-descanso (esforço-recuperação) é cada vez mais
valorizada.


Inicialmente, há uma tendência de trabalhar exaustivamente e, muitas
vezes, se perde a noção entre volume e intensidade. Se as sessões de
treinamento tiverem características muito intensas, sem uma
recuperação satisfatória, pode ocorrer um efeito negativo no
condicionamento - músculos doloridos e lesionados, prejudicando os
resultados.


A relação treino-descanso é muito importante entre as sessões e
também dentro de uma única sessão.


Depois de um treino forte é importante o atleta descansar para se
recuperar da carga imposta pelo treino.
Deve ser sucedido por uma sessão mais relaxada ou por uma sessão
que enfoca um sistema energético diferente. Exemplo: no intervalo de
um treino intenso, um treino moderado com ênfase na parte técnica. A
proporção entre treino e descanso deve ser de 1:3 ou 1:2 nas primeiras
fases.


Nos últimos estágios já terá progredido para 1:1,5 ou 1:1, dependendo
do nível de condicionamento do grupo.


O preparador físico deve ter atenção e verificar constantemente a carga
de trabalho. É sempre difícil para um treinador cancelar um treino. Ele
quer sempre trabalhar mais. Porém, um período de descanso para os
jogadores se recuperarem muitas vezes é mais importante do que um
treino adicional. Como não existem regras, a intuição do treinador é a
mais importante delas.


-Construindo resistência aeróbia acíclica

A primeira fase do período de preparação: as duas primeiras semanas
são usadas para condicionamento geral com característica contínua.


Este trabalho de corrida deve ser dirigido ao caráter acíclico do esporte.


Corridas de 5 a 10 quilômetros no mesmo ritmo (tabu no futebol)
deveriam ser banidas, pois geram efeitos negativos no sistema nervoso
e muscular. Durante o jogo, os atletas correm muito e em intensidade
variada.


O trabalho de corrida é utilizado na primeira semana da temporada com
objetivo de construir um condicionamento básico, com corridas
relativamente pequenas (dois a três quilômetros), com variação de
ritmo, aumentando e diminuindo a velocidade a cada 30 até 60
segundos. Esta variação na intensidade é o aspecto mais importante
neste tipo de treinamento.


Corridas curtas e com intensidade baixa também tem um papel
importante nas sessões de treinamento, permitindo que ocorra a
recuperação dos atletas otimizando o aporte sangüíneo aos músculos
promovendo a recuperação.


Durante a segunda semana devemos dar ênfase nos exercícios
relacionados ao futebol para aprimorar a resistência aeróbia acíclica.


Como exemplo, podemos realizar jogos de 11 contra 11, 10 contra 10
ou 8 contra 8 em um campo inteiro. O treinador pode controlar a carga
de trabalho aumentando ou diminuindo o espaço do campo ou
mudando as regras.


-Construindo resistência anaeróbia acíclica

O treino para velocidade merece uma atenção especial. Mesmo sabendo
que os atletas utilizam o sistema lático de forma regular durante o jogo,
não ocorre acidez considerável. O sistema lático nunca é ativado por
mais de 20 a 30 segundos de forma sucessiva.


Então, somente uma quantidade limitada de ácido lático é produzida.
Portanto não é particularmente importante realizar treinos para
condicionamento de atletas de velocidade em jogadores de futebol
(como exemplo: 8 x 400 metros ou 5 x 800 metros). Isto também
aplicado durante o período de preparação.


O propósito deste tipo de condicionamento é criar uma acidez e levar ao
limite. Não se levando em consideração o aspecto mental para aprender
a conviver com este tipo de situação, este condicionamento não
apresenta influência específica para melhorar o condicionamento no
futebol.


Intensidade máxima não é necessária neste estágio. Um bom exercício
para a primeira semana de treinamento de velocidade é a corrida acima
de 100 metros (duas a três séries, seis a dez repetições). Cada corrida
deve levar de 18 a 20 segundos. As corridas não precisam ser realizadas
em linha reta.


Algumas movimentações do futebol, como desacelerações, mudança de
direção e aceleração, podem ser realizadas de forma específica.
-Força para o futebol

Realizar o fortalecimento muscular é tão importante quanto trabalhar o
condicionamento. Talvez já tenha sido ensinado que muitas horas de
treinamento com peso são necessárias, mas este não é o caso.


O treinamento com peso só é válido quando ele for realizado
regularmente durante um longo período de tempo e não somente
durante algumas semanas de preparação na pré temporada.


Durante a temporada, apenas uma quantidade pequena de tempo pode
ser utilizada para o condicionamento e é melhor que se realize um
trabalho relacionado ao futebol.


O treinamento com peso pode ser importante no futebol, mas
freqüentemente vale mais a pena para os atletas realizar o treinamento
de força no campo.


Todos os tipos de exercícios gerais e específicos são realizados e de
extrema importância no período de preparação.


São exercícios que utilizam o próprio peso do corpo, realizando em
duplas, utilizando materiais simples e realizar com bola um circuito de
treinamento.


O treinamento de força pode ser incluído nas sessões de treinamento
desde o começo do período de preparação.


Inicialmente o foco é no treinamento básico. Assim que os jogadores
adquirirem um nível básico de fortalecimento, devemos trocar o
treinamento para exercícios específicos relacionados às ações do
futebol.


-Trabalhando velocidade

A velocidade deve ser trabalhada em paralelo com o fortalecimento.
Velocidade e força têm muito em comum e podem ser trabalhadas com
mais eficiência juntas (só pense no condicionamento para iniciar o
     fortalecimento).


     Depois de semanas de inatividade, tiros podem levar a um grande
     estiramento nos músculos e tendões resultando em lesões. O sistema
     muscular deve ser acostumado gradualmente a realizar os tiros. Eles
     podem ser melhor realizados se fizermos os exercícios de preparação.
     Isto inclui exercícios de corrida e intensificação.


     Os jogadores são orientados a correr uma certa distância, na qual eles
     devem atingir velocidade máxima. No início não tem razão para realizar
     uma largada explosiva. Durante a primeira sessão de treinamento a
     distância deve ser de 50 metros.


     Em cada sessão de treinamento a distância pode ser diminuída em 10
     metros, para que em cada sessão os jogadores possam atingir a sua
     velocidade máxima em um tempo menor. Portanto os exercícios se
     tornam gradualmente mais de explosão.


     A partir da quarta sessão os jogadores podem dar tiros completos de 5,
     10 e 20 metros relacionados ao trabalho geral que irão realizar no
     campo. A partir deste ponto o corpo já está preparado suficientemente e
     acostumado aos exercícios de explosão. Na terceira semana pode ser
     realizada uma transição para os exercícios específicos relacionados ao
     futebol com resistência.




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Vantagens
- Fortalecimento da musculatura das pernas e do tronco.
- Aumento da massa muscular das pernas e aumento do tecido ósseo dos membros inferiores.
- Como o futebol é um esporte que envolve competição, o nível de adrenalina aumenta em alguns
momentos do jogo. Dessa maneira, aumentam também os batimentos cardíacos e a capacidade física.

Riscos
- Quem joga futebol está propenso a ter lesões nas articulações dos membros inferiores, principalmente
do tornozelo e do joelho.
- Lesões também podem ocorrer na musculatura da coxa e da panturrilha.
- Caso a pessoa não tenha um condicionamento físico de base - treinamento da musculatura esquelética
e exercícios aeróbicos - a proteção às articulações fica reduzida, assim como o condicionamento físico.
- Os "jogadores de fim-de-semana" podem passar por sérios problemas na coluna, já que não fortalecem
a musculatura do abdômen durante a semana.

Período mínimo para fazer efeito
- Condicionamento físico 3 vezes por semana e treino de futebol 2 vezes por semana, em dias
alternados.
- A freqüência cardíaca, no caso do futebol, é variada, pois o esporte é acíclico. Neste caso, é difícil
manter uma freqüência equilibrada.
- Quanto mais jovem for o jogador, maior a sua atuação em campo e maior a sua pulsação.
- A habilidade vem muito das experiências quando criança. Portanto, a habilidade será melhor
administrada quanto mais o jogador treinar. Dessa maneira, ele saberá o momento certo para aplicar a
experiência adqüirida.

Gasto calórico médio
- De 450 a 600 kcal/hora (fonte: Academia Runner)
- A queima calórica é proporcional à motivação do jogador. Se ele participar ativamente do jogo, ela será
alta. Caso ele não participe muito das jogadas e não entre na 'atmosfera' do jogo, a queima será bem
pequena. Observação: A queima das gordurinhas depende do sexo, idade, metabolismo e
condicionamento físico da pessoa, além das condições climáticas, do piso e tamanho do campo.

Quem deve fazer
- Pessoas que tenham passado por uma avaliação médica e que façam acompanhamento de um
programa de condicionamento físico apropriado.
- O futebol tem uma deficiência em relação aos membros inferiores. A musculatura dos braços quase não
é trabalhada. Por isso, deve-se haver exercícios complementares para os braços, tanto para um bom
resultado estético, quanto para o equilíbrio da massa corporal.

                                            Dicas do especialista
                                            Antes de tudo, é preciso fazer um programa de condicionamento
físico, principalmente aqueles que estão começando ou recomeçando a treinar.
Outra coisa importante é a escolha do piso do campo. Muitos desses campos com grama sintética são
duros e prejudicam a articulação do joelho. Depois, na hora do jogo, tentar escolher grupos bem
equilibrados para jogar entre si. Para a competição ser boa, é preciso haver um equilíbrio de qualidade
técnica e de idade.
Nos dias mais quentes, a hidratação do corpo é essencial. Portanto, tome bastante água. Em relação à
alimentação, evitar refeições de difícil digestão em horário próximo ao jogo.
Para aqueles que jogam apenas de fim-de-semana, um aviso especial: não ingerir bebida alcoólica e
fumar depois das partidas. Após qualquer exercício físico, o pulmão trabalha para captar mais oxigêncio
e, se você fumar, ele vai captar mais fumaça, puro veneno.

José Alberto Aguilar Cortez (Professor da disciplina de futebol do Departamento de Esporte da Escola de
Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo - EEFEUSP)

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Dor e fadiga auxiliam na dosagem do esforço compatível com o condicionamento físico

  • 1. Dor e fadiga auxiliam na dosagem do esforço compatível com o condicionamento físico REVISTA ESCOLA ACESSOS: 34 Nos últimos minutos de uma partida de futebol, no trecho final de uma longa corrida ou depois de seguidas subidas ao bloqueio num jogo de vôlei, pernas e braços parecem fracos, como se não mais obedecessem aos comandos do cérebro. Cansados, os músculos pedem para parar: eles estão entrando em fadiga. No dia seguinte, se o esforço foi demasiado, a dor entra em ação. Pesadas, coxas e antebraços "reclamam" a cada movimento, nos deixando prostrados. Felizmente, esse quadro costuma durar pouco: basta voltar a exercitar o grupo muscular afetado depois de um período de pelo menos 24 horas de descanso. Todo mundo que faz ou já fez atividade física sabe que a dor e a fadiga são duas sensações normais. Elas funcionam como um alarme do organismo, informando que nosso corpo está operando em sua capacidade máxima e precisa de uma folga. Ignorar esse alerta biológico pode ser bastante perigoso e acabar levando a uma lesão séria, que pode demorar meses para ser curada. Nas aulas de Educação Física, a turma deve trabalhar essa importante lição. "Entender e analisar os limites do corpo é um conteúdo importante, que deve ser abordado nas séries finais do Ensino Fundamental", ressalta Fábio D'Angelo, coordenador pedagógico do Instituto Esporte e Educação, em São Paulo, e selecionador do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), o tema faz parte do bloco Conhecimento sobre o Corpo. O estudo dessa área tem como objetivo permitir a cada aluno gerenciar suas atividades corporais de maneira autônoma, escolhendo as mais saudáveis, e perceber o organismo como uma estrutura integrada - que ganha força com os estímulos corretos, que pode se lesionar quando a atividade não é adequada e que precisa se nutrir para funcionar a contento. Observar o próprio corpo para ajudar a entender o tema
  • 2. A abordagem desses conteúdos começa com a percepção do próprio corpo. Por exemplo, quando uma nova prática corporal está sendo realizada, a fadiga e a dor geralmente dão as caras. Cabe a você aproveitar as sensações dos alunos para se aprofundar nos estudos a respeito dos efeitos da atividade física sobre os tecidos musculares. Para analisar e compreender as alterações que ocorrem durante e depois dos exercícios, a turma precisa ter contato com uma série de conhecimentos básicos de anatomia, fisiologia, biomecânica e bioquímica. Na hora dessa troca de ideias, uma primeira providência é mostrar que dor e fadiga não são a mesma coisa. A fadiga não chega a ser um problema sério, mas é preciso respeitá- la e interromper o exercício. "A fadiga pode ser aguda, no caso de um exercício com intensidade maior do que o indivíduo está acostumado, ou crônica, quando a sensação de cansaço é frequente, causada por treinamento em excesso, anemia ou problemas respiratórios", explica Marcelo Bichels Leitão, cardiologista e médico do esporte da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, em São Paulo. Vale mostrar para a turma que avançar esse sinal pode ser bem dolorido: uma consequência imediata da fadiga em excesso são as temidas cãimbras (movimentos de contração musculares involuntários) fortíssimas, que doem bem mais do que as corriqueiras. "Sem dor, sem ganho": debata se essa ideia é mesmo válida Já com a dor, é preciso ter mais atenção. Como alerta, ela mostra que existe um processo fisiológico não natural do organismo. Ela também é dividida em dois tipos, a do dia seguinte e a dor intermitente. A primeira, mais comum, ocorre depois de trabalhar um grupo de músculos não acostumados ao exercício ou exigidos em excesso. "Ela é resultado de uma pequena inflamação na musculatura e de microrrupturas nas células musculares. Mas, se continuamos nos exercitando regularmente, a dor passa, pois a musculatura se fortalece e se acostuma ao esforço", conta Leitão. Apesar disso, é preciso desmistificar a ideia comum entre os jovens de que, se uma pessoa não sentir dor, não está ganhando força na malhação. "Por pensarem assim, muitas vezes eles exageram na intensidade e na frequência da atividade física. É exatamente aí que surgem os casos mais sérios, como as lesões musculares", argumenta o especialista. Faz parte desse quadro a dor intermitente, aquela que demora a passar. Quando isso ocorre, a musculatura foi lesionada e é necessário procurar um médico. Sua orientação é importante para evitar esse tipo de problema: além da explicação fisiológica propriamente dita, vale incentivar o debate sobre rotinas de exercícios e hábitos nutricionais para tornar as práticas corporais mais seguras e saudáveis. Três maneiras de prevenir lesões musculares Alongamento Quando Antes de qualquer prática esportiva. Tempo de prática No mínimo 15 minutos. Por quê O alongamento aquece a musculatura e prepara o organismo para a prática esportiva. Quando bem feito, ele aumenta a resistência do corpo. É preciso alongar todos os grupos musculares e não apenas os que serão mais exigidos no exercício. O que aumenta: fluxo sanguíneo O que diminui: dor Atividades aeróbicas Quando No mínimo três vezes por semana. Tempo de prática No mínimo 40 minutos. Por quê Praticadas regularmente, atividades aeróbicas (que consomem mais oxigênio),
  • 3. como jogar futebol, correr e andar de bicicleta, são a melhor forma de ganhar resistência, pois elas trabalham a capacidade cardiorrespiratória. O que aumenta: força muscular O que diminui: dor e fadiga Ingestão de água e frutas Quando Antes de qualquer prática esportiva. Horário de consumo Uma hora antes de fazer exercícios. Por quê Um corpo bem nutrido consegue se recuperar do esforço físico muito mais rápido. A falta de nutrientes como o potássio (presente na banana e em castanhas, por exemplo) é uma das causas mais comuns da fadiga e da cãimbra. O que aumenta: energia O que diminui: fadiga Conteúdo pode ser ampliado com discussão sobre doping A discussão sobre prevenção a lesões vai encaminhar a aula para uma reflexão mais ampla: o que é uma boa prática corporal? Quais tipos de esporte são mais saudáveis? Quantas vezes por semana praticá-los? Como devemos atuar antes, durante e depois do exercício? Com base nesses questionamentos, novas pautas de estudo podem surgir, abrindo a oportunidade de abordá-las como decorrência natural do conteúdo. Alguns exemplos são o doping (aplicação de substâncias ilegais para melhorar a performance física, problema que cresce muito entre os adolescentes), a sobrecarga de exercícios em nome de um corpo "perfeito" e a influência da mídia nesses padrões de beleza atlética. Num trabalho bem feito dentro desses temas, a garotada reflete sobre os efeitos da atividade física de acordo com a intensidade e passa a respeitar melhor os próprios limites. +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ Preparação Física -Programa de preparação física Os jogadores de futebol já se acostumaram com o período de preparação física que chamamos de pré-temporada, realizada após um período de férias (um ou dois meses), que garantirá a condição técnica, tática e um condicionamento físico necessário para a competição. O treinador tem de quatro a oito semanas de pré-temporada para preparar seus jogadores. Por isso, a escolha do tipo de treino é de fundamental importância.
  • 4. Ele deve planejar o número de sessões, o volume, a intensidade e a capacidade de cada atleta, colocando no papel seus objetivos para a próxima temporada. Falaremos sobre o programa de preparação física que tem o aspecto de transição do geral para o específico, a resistência de força, o condicionamento para corridas de curtas distâncias e os fatores para o sucesso ou não da preparação. -O propósito da preparação · O intervalo de férias As férias entre as temporadas variam entre 4 e 10 semanas e dão ao jogador a oportunidade de descansar, ficar mais tempo com a família, recuperar-se do desgaste físico e de pequenas lesões etc. Um outro benefício é que o jogador poderá pensar em outras coisas sem ser em futebol. Esse período dará ao atleta a oportunidade de recarregar suas energias, possibilitando um melhor aproveitamento para a próxima temporada. Nesse período, a condição física diminui, por isso é importante um bom planejamento para o recondicionamento na pré-temporada. · Construindo a aptidão para o jogo No período de férias ocorre uma diminuição da condição de jogo do atleta e, com isso, o condicionamento deverá ser feito de forma gradativa. A preparação não deverá ter uma intensidade maior que a necessária, até porque, pela diminuição de seu condicionamento, qualquer carga aplicada dará ao atleta a sensação de dificuldade. · Mudanças na equipe ou no estilo de jogo
  • 5. No início da temporada sempre ocorrem mudanças - jogadores novos, mudança de técnico ou saída de jogadores - isso requer muita dedicação da comissão técnica para estabelecer um novo modelo de trabalho e para que o período de preparação seja aproveitado. · Um bom início economiza tempo Os jogadores não resistem às tentações, alguns comem e bebem muito e combinado com pouco exercício, ganham peso. Isso acarreta uma sobrecarga nas atividades, dificultando o seu retorno ao condicionamento físico ideal. Por isso os jogadores devem fazer a "lição de casa", não perdendo muito tempo com essa parte na pré-temporada. · O quê os jogadores podem fazer nas férias? Os jogadores devem se manter ativos durante as férias. Muitos treinam corridas de longa distância, conseguindo manter o peso e o mínimo de condicionamento físico, mas sempre é necessário algum aviso. Os atletas deixam para fazer estas corridas no final das férias, o que acumulará um cansaço, pois estes não têm um período de recuperação adequado entre o final das férias e o início da pré-temporada. Além disso, muitas vezes essas corridas são realizadas em pisos inadequados e usando calçados impróprios, o que pode causar muitas lesões. Na prática do jogo, em grande parte, os movimentos são acíclicos, utilizando as fibras de contração rápida. Já nas corridas longas, feitas nas férias, o movimento é cíclico, utilizando-se na maior parte as fibras de contração lenta. Portanto, é apropriado que nas férias os jogadores pratiquem esportes como tênis, squash, futevôlei e vôlei de areia, que são atividades caracterizadas por movimentos acíclicos.
  • 6. -Estrutura do programa de preparação Muitos treinadores utilizam a forma de preparação convencional, no qual o trabalho contínuo é seguido pelo trabalho de velocidade e, então o de arranque. Há uma visão tradicional de que a endurance é a base para participação em muitos esportes. Porém, a habilidade de arranque é vista como a mais importante base motora para um jogador de futebol. Isto explica o programa abaixo, porque a teoria do estado de treinamento que deveria partir da progressão do geral para o específico e do volume para a intensidade. -Condicionamento do geral para o específico Na teoria de condicionamento, do geral para o específico significa que o trabalho de condicionamento deve se iniciar de forma geral e, gradualmente, tornar-se mais próxima da realidade do esporte em questão. A base física deve ser estabelecida antes da introdução dos aspectos específicos. No futebol, isto significa que o treinamento deve se iniciar com aspectos gerais relacionados ao condicionamento para jogo e seguir posteriormente para o condicionamento específico. A visão moderna de condicionamento para o futebol é aquela que dá ênfase na fase de preparação ao desenvolvimento da resistência aeróbia geral, força geral e velocidade. Subseqüentemente, há o uso de movimentos e habilidades específicas do futebol. Durante a fase geral as características do esporte devem ser introduzidas de gradual e, a partir do condicionamento da resistência aeróbia e anaeróbia de forma acíclica.
  • 7. A habilidade específica de força deve ser primariamente desenvolvida a partir da explosão e as habilidades de velocidade a partir de distâncias entre cinco e 30 metros, com giros e mudanças de direção. A base geral do condicionamento para o futebol só é desenvolvida se estes ingredientes estiverem presentes. -A construção para o condicionamento moderno -Resistência aeróbia acíclica · Treinamento contínuo e intervalado geral; · Treinamento contínuo e intervalado específico. Resistência anaeróbia acíclica · Treinamento geral de velocidade; · Treinamento específico de velocidade. -Força · Treinamento geral de força; · Treinamento específico de força. -Velocidade · Treinamento geral de corrida de curta distância; · Treinamento específico de corrida de curta distância. Do volume para a intensidade Volume e intensidade são de difícil conciliação. Os trabalhos intensos resultam em fadiga e os volumosos impossibilitam uma execução com qualidade técnica. No entanto os dois fazem parte do treinamento.
  • 8. O jogo tem duração de 90 minutos e o atleta tem que estar treinado para agüentar todo o tempo. De acordo com a metodologia do treinamento, é mais sensato trabalhar volume e depois aumentar a intensidade. Durante a primeira semana de preparação, as sessões de treinamento deverão ser longas (90 a 120 minutos), com poucos momentos intensivos. Na segunda semana as sessões podem ser um pouco mais intensas com uma duração de 90 minutos. Na terceira e quarta semana as sessões de treinamento serão de 75 minutos e a intensidade terá atingido o mesmo nível. -A proporção treino-descanso No início da pré-temporada, tanto os atletas quanto o treinador querem provar algo, os atletas querem assegurar uma vaga no time e o treinador se assegurar que seu time começará no mesmo nível ou melhor que os outros. A relação treino-descanso (esforço-recuperação) é cada vez mais valorizada. Inicialmente, há uma tendência de trabalhar exaustivamente e, muitas vezes, se perde a noção entre volume e intensidade. Se as sessões de treinamento tiverem características muito intensas, sem uma recuperação satisfatória, pode ocorrer um efeito negativo no condicionamento - músculos doloridos e lesionados, prejudicando os resultados. A relação treino-descanso é muito importante entre as sessões e também dentro de uma única sessão. Depois de um treino forte é importante o atleta descansar para se recuperar da carga imposta pelo treino.
  • 9. Deve ser sucedido por uma sessão mais relaxada ou por uma sessão que enfoca um sistema energético diferente. Exemplo: no intervalo de um treino intenso, um treino moderado com ênfase na parte técnica. A proporção entre treino e descanso deve ser de 1:3 ou 1:2 nas primeiras fases. Nos últimos estágios já terá progredido para 1:1,5 ou 1:1, dependendo do nível de condicionamento do grupo. O preparador físico deve ter atenção e verificar constantemente a carga de trabalho. É sempre difícil para um treinador cancelar um treino. Ele quer sempre trabalhar mais. Porém, um período de descanso para os jogadores se recuperarem muitas vezes é mais importante do que um treino adicional. Como não existem regras, a intuição do treinador é a mais importante delas. -Construindo resistência aeróbia acíclica A primeira fase do período de preparação: as duas primeiras semanas são usadas para condicionamento geral com característica contínua. Este trabalho de corrida deve ser dirigido ao caráter acíclico do esporte. Corridas de 5 a 10 quilômetros no mesmo ritmo (tabu no futebol) deveriam ser banidas, pois geram efeitos negativos no sistema nervoso e muscular. Durante o jogo, os atletas correm muito e em intensidade variada. O trabalho de corrida é utilizado na primeira semana da temporada com objetivo de construir um condicionamento básico, com corridas relativamente pequenas (dois a três quilômetros), com variação de ritmo, aumentando e diminuindo a velocidade a cada 30 até 60 segundos. Esta variação na intensidade é o aspecto mais importante neste tipo de treinamento. Corridas curtas e com intensidade baixa também tem um papel importante nas sessões de treinamento, permitindo que ocorra a
  • 10. recuperação dos atletas otimizando o aporte sangüíneo aos músculos promovendo a recuperação. Durante a segunda semana devemos dar ênfase nos exercícios relacionados ao futebol para aprimorar a resistência aeróbia acíclica. Como exemplo, podemos realizar jogos de 11 contra 11, 10 contra 10 ou 8 contra 8 em um campo inteiro. O treinador pode controlar a carga de trabalho aumentando ou diminuindo o espaço do campo ou mudando as regras. -Construindo resistência anaeróbia acíclica O treino para velocidade merece uma atenção especial. Mesmo sabendo que os atletas utilizam o sistema lático de forma regular durante o jogo, não ocorre acidez considerável. O sistema lático nunca é ativado por mais de 20 a 30 segundos de forma sucessiva. Então, somente uma quantidade limitada de ácido lático é produzida. Portanto não é particularmente importante realizar treinos para condicionamento de atletas de velocidade em jogadores de futebol (como exemplo: 8 x 400 metros ou 5 x 800 metros). Isto também aplicado durante o período de preparação. O propósito deste tipo de condicionamento é criar uma acidez e levar ao limite. Não se levando em consideração o aspecto mental para aprender a conviver com este tipo de situação, este condicionamento não apresenta influência específica para melhorar o condicionamento no futebol. Intensidade máxima não é necessária neste estágio. Um bom exercício para a primeira semana de treinamento de velocidade é a corrida acima de 100 metros (duas a três séries, seis a dez repetições). Cada corrida deve levar de 18 a 20 segundos. As corridas não precisam ser realizadas em linha reta. Algumas movimentações do futebol, como desacelerações, mudança de direção e aceleração, podem ser realizadas de forma específica.
  • 11. -Força para o futebol Realizar o fortalecimento muscular é tão importante quanto trabalhar o condicionamento. Talvez já tenha sido ensinado que muitas horas de treinamento com peso são necessárias, mas este não é o caso. O treinamento com peso só é válido quando ele for realizado regularmente durante um longo período de tempo e não somente durante algumas semanas de preparação na pré temporada. Durante a temporada, apenas uma quantidade pequena de tempo pode ser utilizada para o condicionamento e é melhor que se realize um trabalho relacionado ao futebol. O treinamento com peso pode ser importante no futebol, mas freqüentemente vale mais a pena para os atletas realizar o treinamento de força no campo. Todos os tipos de exercícios gerais e específicos são realizados e de extrema importância no período de preparação. São exercícios que utilizam o próprio peso do corpo, realizando em duplas, utilizando materiais simples e realizar com bola um circuito de treinamento. O treinamento de força pode ser incluído nas sessões de treinamento desde o começo do período de preparação. Inicialmente o foco é no treinamento básico. Assim que os jogadores adquirirem um nível básico de fortalecimento, devemos trocar o treinamento para exercícios específicos relacionados às ações do futebol. -Trabalhando velocidade A velocidade deve ser trabalhada em paralelo com o fortalecimento. Velocidade e força têm muito em comum e podem ser trabalhadas com
  • 12. mais eficiência juntas (só pense no condicionamento para iniciar o fortalecimento). Depois de semanas de inatividade, tiros podem levar a um grande estiramento nos músculos e tendões resultando em lesões. O sistema muscular deve ser acostumado gradualmente a realizar os tiros. Eles podem ser melhor realizados se fizermos os exercícios de preparação. Isto inclui exercícios de corrida e intensificação. Os jogadores são orientados a correr uma certa distância, na qual eles devem atingir velocidade máxima. No início não tem razão para realizar uma largada explosiva. Durante a primeira sessão de treinamento a distância deve ser de 50 metros. Em cada sessão de treinamento a distância pode ser diminuída em 10 metros, para que em cada sessão os jogadores possam atingir a sua velocidade máxima em um tempo menor. Portanto os exercícios se tornam gradualmente mais de explosão. A partir da quarta sessão os jogadores podem dar tiros completos de 5, 10 e 20 metros relacionados ao trabalho geral que irão realizar no campo. A partir deste ponto o corpo já está preparado suficientemente e acostumado aos exercícios de explosão. Na terceira semana pode ser realizada uma transição para os exercícios específicos relacionados ao futebol com resistência. Futebol 1. Reduzir 2. Normal 3. Aumentar Imprimir A. Notícia Comentar0
  • 13. Vantagens - Fortalecimento da musculatura das pernas e do tronco. - Aumento da massa muscular das pernas e aumento do tecido ósseo dos membros inferiores. - Como o futebol é um esporte que envolve competição, o nível de adrenalina aumenta em alguns momentos do jogo. Dessa maneira, aumentam também os batimentos cardíacos e a capacidade física. Riscos - Quem joga futebol está propenso a ter lesões nas articulações dos membros inferiores, principalmente do tornozelo e do joelho. - Lesões também podem ocorrer na musculatura da coxa e da panturrilha. - Caso a pessoa não tenha um condicionamento físico de base - treinamento da musculatura esquelética e exercícios aeróbicos - a proteção às articulações fica reduzida, assim como o condicionamento físico. - Os "jogadores de fim-de-semana" podem passar por sérios problemas na coluna, já que não fortalecem a musculatura do abdômen durante a semana. Período mínimo para fazer efeito - Condicionamento físico 3 vezes por semana e treino de futebol 2 vezes por semana, em dias alternados. - A freqüência cardíaca, no caso do futebol, é variada, pois o esporte é acíclico. Neste caso, é difícil manter uma freqüência equilibrada. - Quanto mais jovem for o jogador, maior a sua atuação em campo e maior a sua pulsação. - A habilidade vem muito das experiências quando criança. Portanto, a habilidade será melhor administrada quanto mais o jogador treinar. Dessa maneira, ele saberá o momento certo para aplicar a experiência adqüirida. Gasto calórico médio - De 450 a 600 kcal/hora (fonte: Academia Runner) - A queima calórica é proporcional à motivação do jogador. Se ele participar ativamente do jogo, ela será alta. Caso ele não participe muito das jogadas e não entre na 'atmosfera' do jogo, a queima será bem pequena. Observação: A queima das gordurinhas depende do sexo, idade, metabolismo e condicionamento físico da pessoa, além das condições climáticas, do piso e tamanho do campo. Quem deve fazer - Pessoas que tenham passado por uma avaliação médica e que façam acompanhamento de um programa de condicionamento físico apropriado. - O futebol tem uma deficiência em relação aos membros inferiores. A musculatura dos braços quase não é trabalhada. Por isso, deve-se haver exercícios complementares para os braços, tanto para um bom resultado estético, quanto para o equilíbrio da massa corporal. Dicas do especialista Antes de tudo, é preciso fazer um programa de condicionamento físico, principalmente aqueles que estão começando ou recomeçando a treinar. Outra coisa importante é a escolha do piso do campo. Muitos desses campos com grama sintética são duros e prejudicam a articulação do joelho. Depois, na hora do jogo, tentar escolher grupos bem equilibrados para jogar entre si. Para a competição ser boa, é preciso haver um equilíbrio de qualidade técnica e de idade. Nos dias mais quentes, a hidratação do corpo é essencial. Portanto, tome bastante água. Em relação à alimentação, evitar refeições de difícil digestão em horário próximo ao jogo. Para aqueles que jogam apenas de fim-de-semana, um aviso especial: não ingerir bebida alcoólica e fumar depois das partidas. Após qualquer exercício físico, o pulmão trabalha para captar mais oxigêncio e, se você fumar, ele vai captar mais fumaça, puro veneno. José Alberto Aguilar Cortez (Professor da disciplina de futebol do Departamento de Esporte da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo - EEFEUSP)