Filosofia e Conhecimento 1

Jorge Barbosa
Jorge BarbosaProfessor à ESMGA
Filosofia 11º Ano
Filosofia




Jorge Barbosa, 2013
Tipos de Conhecimento

1. Saber Fazer (Atividade):
  1.1. Saber andar de bicicleta
  1.2. Saber pescar
  1.3. Saber apertar os cordões dos sapatos
Tipos de Conhecimento

2. Conhecimento por Contacto (conhecer um
   objeto):
  2.1. Conhecer uma pessoa
  2.2. Conhecer uma escola
  2.3.Conhecer uma cidade
Tipos de Conhecimento

3. Conhecimento Proposicional (o objeto de
   conhecimento é uma proposição verdadeira):
  3.1. Saber que “Lisboa é a capital de Portugal”
  3.2.Saber que “a escola é um edifício”
  3.3.Saber que “o João é tímido”
Conhecimento Proposicional

O conhecimento por contacto e o conhecimento de saber
fazer são tipos de conhecimento muito importantes.
Mas é ao conhecimento proposicional que a
Filosofia dedica a sua maior atenção.
Conhecimento Proposicional
1. Grande parte do nosso     2. O conhecimento
   conhecimento                 proposicional parece
   científico, matemático,      ser aquele que melhor
   literário, etc.... é de      distingue o
    tipo proposicional          conhecimento dos seres
                                humanos do
                                conhecimento de outros
                                animais.
Conhecimento Proposicional
1. Uma abelha pode ter   2. Mas é muito pouco
   um conhecimento          provável que saiba algo
   complexo que lhe         a respeito do mel (que
   permite fazer mel.       o mel é nutritivo, por
                            exemplo) e possa ter
                            um conhecimento
                             proposicional sobre ele ou
                             sobre como o faz.
Crítica da Linguagem e Conhecimento Proposicional

    A Crítica filosófica da linguagem pode assumir duas
    dimensões orientadoras:
   1. Pode incidir sobre a linguagem como instrumento de
      conhecimento nas ciências;
   2. Pode incidir sobre a linguagem como instrumento de
      comunicação social, isto é, sobre a degradação da linguagem
      como sinal de ume perversão das relações humanas, sintoma
      de uma relação de dominação e opressão.
Linguagem Como Instrumento de Conhecimento

    Há mais do que uma perspetiva
    filosófica contemporânea sobre a
    linguagem como instrumento de
    conhecimento:
Linguagem como Instrumento de Conhecimento
  1. Perspetiva Analítica:
    1.1. O conhecimento decorre da relação entre um sujeito que
         conhece e um objeto que é conhecido
    1.2. essa relação está na origem da crença;
    1.3. se essa crença é verdadeira e a proposição que a descreve é (ou
         está) racionalmente justificada, então o conhecimento é um
         conhecimento da verdade. (não é preciso que o indivíduo
         concreto saiba justificar a crença, basta que esteja justificada: por
         ex.: 2+2=4 é um conhecimento da verdade, mesmo que muitos
         indivíduos não saibam como justificá-lo).
Linguagem como Instrumento de Conhecimento


  2. Pragmatismo: O pragmatista diz o que é verdade
     dizendo-nos como se chega até ela (perspetiva comum,
     por exemplo, ao construtivismo): o verdadeiro decorre do
     verificável e não o contrário.
    2.1. As proposições verdadeiras (Teorias) são simplesmente
         ferramentas para agir com sucesso.
Linguagem como Instrumento de Conhecimento
3. Perspetivismo ou Relativismo:
  3.1. Não é o facto que constrói um dado, somos nós que o construímos
       simbolizando-o (designando-o e interpretando-o);
  3.2. Sempre que estamos em presença de um símbolo (uma palavra, uma letra, ou o
       sorriso da Gioconda) estamos em presença de uma forma à qual somos
       capazes de dar um sentido;
  3.3. A representação (o sentido que atribuímos aos símbolos) constrói-se como um
       ponto de vista adoptado sobre o real;
  3.4. A exploração da complexidade (nesta perspetiva) apresenta-se como o projeto
       de manter em aberto o reconhecimento da imprevisibilidade, no trabalho de
       explicação científica.
Perspetiva Analítica
A perspetiva analítica adquiriu um grande relevo no nosso
tempo, sobretudo nos países de língua inglesa;
  de certo modo, a sua divulgação e importância estão associadas ao
  predomínio da língua inglesa no próprio diálogo
  científico. Por analogia, podemos comparar o relevo que é
  atribuído a esta perspetiva ao papel da romanização face à cultura
  grega e outras culturas suas contemporâneas.
Perspetiva Analítica

Nos tempos modernos, a perspetiva analítica encontra
muitas das suas bases na tentativa de fundamentação da
matemática como ciência exata (Frege e B. Russell ).
Na antiguidade clássica, encontra as suas raízes num
diálogo de Platão (“O Teeteto”), onde se discute o que
se pode entender por conhecimento exato ou ciência exata.
Perspetiva Analítica
  Nota Importante:

Embora a perspetiva analítica encontre a sua
inspiração numa obra de Platão, a verdade é que
Platão não pode ser considerado, a partir do
conjunto da sua obra, como partidário dessa
perspetiva a respeito do conhecimento.
É necessário ler textos complementares de apoio

    Perspetiva Analítica
No “Teeteto”, Platão confronta-se com as teses
dos sofistas (e de Heraclito e seu seguidores).
  A verdade é equacionada em confronto
  com a infalibilidade. No nosso tempo,
  poderíamos dizer “da verdade com a
  ciência exata”.
  A sua pergunta é: o que é isso a que
  chamamos ciência, sendo que a ciência
  só pode ser exata, porque, não o sendo,
  só pode ser ignorância?
Perspetiva Analítica

1. A primeira Tese é: “o saber é a sensação”.
  1.1. Sócrates associa esta resposta à tese de
       Protágoras, segundo a qual aquilo que
       cada homem sente é o padrão (“a
       medida”) que lhe permite avaliar a
       realidade.
Perspetiva Analítica
   Refutação de Platão:
       Mesmo que cada homem se ache profundamente
       convencido da verdade das suas opiniões, a
       evidência proporcionada nos debates públicos não
       pode permitir-lhe ignorar que as opiniões dos
       outros discordam das dele.
       De resto, se todas as opiniões fossem verdadeiras,
       nenhuma investigação seria possível, nem nenhum
       saber teria sentido.

A refutação de Platão visa demonstrar que a possibilidade de erro é
indispensável para que possamos falar de infalibilidade.
Perspetiva Analítica
2. A segunda Tese é: “o saber é a opinião ou
   crença verdadeira”.
  2.1. a partir da identificação do saber com a
       opinião verdadeira, torna-se necessário
       definir as relações entre a verdade da
       opinião e a infalibilidade.
  2.2. como podemos distinguir as crenças
       verdadeiras das crenças falsas, se não
       soubermos já quais são umas e outras?
Perspetiva Analítica
Refutação de Platão
Mas como podemos nós explicar o erro pelo
saber? Sabendo que é um erro, como é que não o
sabemos?
Estas questões teóricas, segundo Sócrates, não impedem que, na
prática dos tribunais, os homens aceitem a substituição do saber por
qualquer opinião que considerem verdadeira, apesar de a objeção
de Sócrates contestar esta dissolução da infalibilidade na verdade.
Os juízes decidem sem ciência (leia-se: sem ciência exata).
Perspetiva Analítica
3.    A terceira Tese é: “o saber é a opinião ou crença
      verdadeira justificada pela razão”.
     3.1. Para justificar pelo discurso uma opinião
          verdadeira, seria necessário que o enunciado
          verdadeiro acerca de algo fosse composto por
          nomes (partes), a respeito dos quais não fosse
          necessária (nem possível) nenhuma explicação.
     3.2. A noção de “elemento” pretende ser esse mínimo,
          incognoscível e indeclarável, consistindo o
          enunciado (a proposição) na combinação de
          elementos, apenas nomeáveis e perceptíveis.
Perspetiva Analítica
   Refutação de Platão

Esta solução, segundo Sócrates, também é impossível,
pois a respeito daquilo que não pode ser enunciado, mas
apenas nomeado, não pode haver razão ou explicação.
O enunciado seria tão inexplicável quanto os seus
elementos.
Perspetiva Analítica
    Refutação de Platão
Por outro lado, o enunciado ou proposição não pode produzir
conhecimento porque essa possibilidade:
1. Não poderá residir simplesmente na possibilidade de falar, pois então bastaria
   dizer algo para se saber;
2. Não poderá residir na simples enumeração das partes daquilo que é descrito,
   pois o todo não é igual à soma das partes disjuntas;podemos enumerar todas as
   partes de um objeto, tendo delas só uma opinião verdadeira, mas não a ciência
3. Não poderá consistir no conhecimento da diferença que distingue uma coisa das
   outras, pois esse conhecimento teria de ser anterior à produção do enunciado,
   que assim nada lhe acrescentaria.
Perspetiva Analítica
Para Platão, a ciência não é, nem a sensação, nem a
             	
  	
  


opinião verdadeira, nem a opinião verdadeira
acompanhada de razão.
Platão reconhece que o diálogo sobre a infalibilidade
do conhecimento o conduziu a um caminho sem saída
(aporia); vai, por isso, abordar o problema, a partir
de uma outra perspetiva (Verdade/Falsidade), no
“Sofista”.
Perspetiva Analítica

O “Atomismo Lógico” de Russell e a “Teoria
Figurativa da Realidade” de Wittgenstein permitiram
que a Filosofia Analítica ganhasse alento para superar
a “aporia” em que Platão nos deixou no “Teeteto”.
Atomismo Lógico
             Perspetiva Analítica
       O mundo consta de “factos atómicos”, ou simples, que são o referente
       dos enunciados simples ou “enunciados atómicos”,
        A linguagem vem a ser como que uma pintura do mundo, ao jeito de
       um mapa que desenha um terreno ou uma determinada região.
       O mundo possui, tal como a linguagem, uma estrutura lógica, cujos
       elementos se manifestam através da análise lógica.
       Este isomorfismo entre linguagem e mundo supõe que a cada nome
       corresponda, como referente, uma entidade concreta, chamada neste
       caso dado sensorial, e que a cada predicado, de qualidade ou de
       relação, corresponda uma propriedade real.
Perspetiva Analítica
O atomismo lógico conduz a que consideremos a hipótese de uma
linguagem ideal, e que é própria exclusivamente de uma
linguagem formalizada isomorfa à realidade (positivismo lógico).
“numa linguagem logicamente perfeita, haverá uma única palavra para cada
objeto simples, e tudo o que não seja simples será expresso por uma
combinação de palavras...” B. Russell


Tanto Russell como Wittgenstein acabaram por abandonar esta
perspetiva, mas a Filosofia Analítica dedicou-se a desenvolvê-la
e a aperfeiçoá-la.
Continua: outras perspetivas




      Atenção: Vai haver exercícios no “Moodle”
                                Jorge Barbosa, 2013
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Filosofia e Conhecimento 1

  • 3. Tipos de Conhecimento 1. Saber Fazer (Atividade): 1.1. Saber andar de bicicleta 1.2. Saber pescar 1.3. Saber apertar os cordões dos sapatos
  • 4. Tipos de Conhecimento 2. Conhecimento por Contacto (conhecer um objeto): 2.1. Conhecer uma pessoa 2.2. Conhecer uma escola 2.3.Conhecer uma cidade
  • 5. Tipos de Conhecimento 3. Conhecimento Proposicional (o objeto de conhecimento é uma proposição verdadeira): 3.1. Saber que “Lisboa é a capital de Portugal” 3.2.Saber que “a escola é um edifício” 3.3.Saber que “o João é tímido”
  • 6. Conhecimento Proposicional O conhecimento por contacto e o conhecimento de saber fazer são tipos de conhecimento muito importantes. Mas é ao conhecimento proposicional que a Filosofia dedica a sua maior atenção.
  • 7. Conhecimento Proposicional 1. Grande parte do nosso 2. O conhecimento conhecimento proposicional parece científico, matemático, ser aquele que melhor literário, etc.... é de distingue o tipo proposicional conhecimento dos seres humanos do conhecimento de outros animais.
  • 8. Conhecimento Proposicional 1. Uma abelha pode ter 2. Mas é muito pouco um conhecimento provável que saiba algo complexo que lhe a respeito do mel (que permite fazer mel. o mel é nutritivo, por exemplo) e possa ter um conhecimento proposicional sobre ele ou sobre como o faz.
  • 9. Crítica da Linguagem e Conhecimento Proposicional A Crítica filosófica da linguagem pode assumir duas dimensões orientadoras: 1. Pode incidir sobre a linguagem como instrumento de conhecimento nas ciências; 2. Pode incidir sobre a linguagem como instrumento de comunicação social, isto é, sobre a degradação da linguagem como sinal de ume perversão das relações humanas, sintoma de uma relação de dominação e opressão.
  • 10. Linguagem Como Instrumento de Conhecimento Há mais do que uma perspetiva filosófica contemporânea sobre a linguagem como instrumento de conhecimento:
  • 11. Linguagem como Instrumento de Conhecimento 1. Perspetiva Analítica: 1.1. O conhecimento decorre da relação entre um sujeito que conhece e um objeto que é conhecido 1.2. essa relação está na origem da crença; 1.3. se essa crença é verdadeira e a proposição que a descreve é (ou está) racionalmente justificada, então o conhecimento é um conhecimento da verdade. (não é preciso que o indivíduo concreto saiba justificar a crença, basta que esteja justificada: por ex.: 2+2=4 é um conhecimento da verdade, mesmo que muitos indivíduos não saibam como justificá-lo).
  • 12. Linguagem como Instrumento de Conhecimento 2. Pragmatismo: O pragmatista diz o que é verdade dizendo-nos como se chega até ela (perspetiva comum, por exemplo, ao construtivismo): o verdadeiro decorre do verificável e não o contrário. 2.1. As proposições verdadeiras (Teorias) são simplesmente ferramentas para agir com sucesso.
  • 13. Linguagem como Instrumento de Conhecimento 3. Perspetivismo ou Relativismo: 3.1. Não é o facto que constrói um dado, somos nós que o construímos simbolizando-o (designando-o e interpretando-o); 3.2. Sempre que estamos em presença de um símbolo (uma palavra, uma letra, ou o sorriso da Gioconda) estamos em presença de uma forma à qual somos capazes de dar um sentido; 3.3. A representação (o sentido que atribuímos aos símbolos) constrói-se como um ponto de vista adoptado sobre o real; 3.4. A exploração da complexidade (nesta perspetiva) apresenta-se como o projeto de manter em aberto o reconhecimento da imprevisibilidade, no trabalho de explicação científica.
  • 14. Perspetiva Analítica A perspetiva analítica adquiriu um grande relevo no nosso tempo, sobretudo nos países de língua inglesa; de certo modo, a sua divulgação e importância estão associadas ao predomínio da língua inglesa no próprio diálogo científico. Por analogia, podemos comparar o relevo que é atribuído a esta perspetiva ao papel da romanização face à cultura grega e outras culturas suas contemporâneas.
  • 15. Perspetiva Analítica Nos tempos modernos, a perspetiva analítica encontra muitas das suas bases na tentativa de fundamentação da matemática como ciência exata (Frege e B. Russell ). Na antiguidade clássica, encontra as suas raízes num diálogo de Platão (“O Teeteto”), onde se discute o que se pode entender por conhecimento exato ou ciência exata.
  • 16. Perspetiva Analítica Nota Importante: Embora a perspetiva analítica encontre a sua inspiração numa obra de Platão, a verdade é que Platão não pode ser considerado, a partir do conjunto da sua obra, como partidário dessa perspetiva a respeito do conhecimento.
  • 17. É necessário ler textos complementares de apoio Perspetiva Analítica No “Teeteto”, Platão confronta-se com as teses dos sofistas (e de Heraclito e seu seguidores). A verdade é equacionada em confronto com a infalibilidade. No nosso tempo, poderíamos dizer “da verdade com a ciência exata”. A sua pergunta é: o que é isso a que chamamos ciência, sendo que a ciência só pode ser exata, porque, não o sendo, só pode ser ignorância?
  • 18. Perspetiva Analítica 1. A primeira Tese é: “o saber é a sensação”. 1.1. Sócrates associa esta resposta à tese de Protágoras, segundo a qual aquilo que cada homem sente é o padrão (“a medida”) que lhe permite avaliar a realidade.
  • 19. Perspetiva Analítica Refutação de Platão: Mesmo que cada homem se ache profundamente convencido da verdade das suas opiniões, a evidência proporcionada nos debates públicos não pode permitir-lhe ignorar que as opiniões dos outros discordam das dele. De resto, se todas as opiniões fossem verdadeiras, nenhuma investigação seria possível, nem nenhum saber teria sentido. A refutação de Platão visa demonstrar que a possibilidade de erro é indispensável para que possamos falar de infalibilidade.
  • 20. Perspetiva Analítica 2. A segunda Tese é: “o saber é a opinião ou crença verdadeira”. 2.1. a partir da identificação do saber com a opinião verdadeira, torna-se necessário definir as relações entre a verdade da opinião e a infalibilidade. 2.2. como podemos distinguir as crenças verdadeiras das crenças falsas, se não soubermos já quais são umas e outras?
  • 21. Perspetiva Analítica Refutação de Platão Mas como podemos nós explicar o erro pelo saber? Sabendo que é um erro, como é que não o sabemos? Estas questões teóricas, segundo Sócrates, não impedem que, na prática dos tribunais, os homens aceitem a substituição do saber por qualquer opinião que considerem verdadeira, apesar de a objeção de Sócrates contestar esta dissolução da infalibilidade na verdade. Os juízes decidem sem ciência (leia-se: sem ciência exata).
  • 22. Perspetiva Analítica 3. A terceira Tese é: “o saber é a opinião ou crença verdadeira justificada pela razão”. 3.1. Para justificar pelo discurso uma opinião verdadeira, seria necessário que o enunciado verdadeiro acerca de algo fosse composto por nomes (partes), a respeito dos quais não fosse necessária (nem possível) nenhuma explicação. 3.2. A noção de “elemento” pretende ser esse mínimo, incognoscível e indeclarável, consistindo o enunciado (a proposição) na combinação de elementos, apenas nomeáveis e perceptíveis.
  • 23. Perspetiva Analítica Refutação de Platão Esta solução, segundo Sócrates, também é impossível, pois a respeito daquilo que não pode ser enunciado, mas apenas nomeado, não pode haver razão ou explicação. O enunciado seria tão inexplicável quanto os seus elementos.
  • 24. Perspetiva Analítica Refutação de Platão Por outro lado, o enunciado ou proposição não pode produzir conhecimento porque essa possibilidade: 1. Não poderá residir simplesmente na possibilidade de falar, pois então bastaria dizer algo para se saber; 2. Não poderá residir na simples enumeração das partes daquilo que é descrito, pois o todo não é igual à soma das partes disjuntas;podemos enumerar todas as partes de um objeto, tendo delas só uma opinião verdadeira, mas não a ciência 3. Não poderá consistir no conhecimento da diferença que distingue uma coisa das outras, pois esse conhecimento teria de ser anterior à produção do enunciado, que assim nada lhe acrescentaria.
  • 25. Perspetiva Analítica Para Platão, a ciência não é, nem a sensação, nem a     opinião verdadeira, nem a opinião verdadeira acompanhada de razão. Platão reconhece que o diálogo sobre a infalibilidade do conhecimento o conduziu a um caminho sem saída (aporia); vai, por isso, abordar o problema, a partir de uma outra perspetiva (Verdade/Falsidade), no “Sofista”.
  • 26. Perspetiva Analítica O “Atomismo Lógico” de Russell e a “Teoria Figurativa da Realidade” de Wittgenstein permitiram que a Filosofia Analítica ganhasse alento para superar a “aporia” em que Platão nos deixou no “Teeteto”.
  • 27. Atomismo Lógico Perspetiva Analítica O mundo consta de “factos atómicos”, ou simples, que são o referente dos enunciados simples ou “enunciados atómicos”, A linguagem vem a ser como que uma pintura do mundo, ao jeito de um mapa que desenha um terreno ou uma determinada região. O mundo possui, tal como a linguagem, uma estrutura lógica, cujos elementos se manifestam através da análise lógica. Este isomorfismo entre linguagem e mundo supõe que a cada nome corresponda, como referente, uma entidade concreta, chamada neste caso dado sensorial, e que a cada predicado, de qualidade ou de relação, corresponda uma propriedade real.
  • 28. Perspetiva Analítica O atomismo lógico conduz a que consideremos a hipótese de uma linguagem ideal, e que é própria exclusivamente de uma linguagem formalizada isomorfa à realidade (positivismo lógico). “numa linguagem logicamente perfeita, haverá uma única palavra para cada objeto simples, e tudo o que não seja simples será expresso por uma combinação de palavras...” B. Russell Tanto Russell como Wittgenstein acabaram por abandonar esta perspetiva, mas a Filosofia Analítica dedicou-se a desenvolvê-la e a aperfeiçoá-la.
  • 29. Continua: outras perspetivas Atenção: Vai haver exercícios no “Moodle” Jorge Barbosa, 2013