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José Cláudio Terra   Beto do Valle
Prefácio

O
          dia a dia das organizações que encaram os desafios da colaboração,
          da Gestão do Conhecimento e da Inovação pode ser tudo, menos
          monótono. A diversidade dos desafios e atores envolvidos, o
dinamismo característico das iniciativas, a necessidade de combinar diretrizes
estratégicas do negócio com questões técnicas e operacionais, tudo isso faz dos
projetos de Gestão do Conhecimento e Inovação um contexto efervescente
de descobertas, aprendizagem e criatividade.

Uma pequena parte dessas experiências, e das ideias que borbulham
nesse ambiente, é registrada diariamente no Blog da TerraForum
(http://www.terraforum.com.br/blog) – e agora compartilhada com vocês
nesta compilação especialmente organizada por nossa equipe.

Criado em fevereiro de 2010 com o objetivo de compartilhar e discutir
os estudos e experiências das equipes envolvidas nessas iniciativas junto a
organizações líderes no Brasil e no mundo, o Blog da TerraForum vem reunindo
opiniões e experiências significativas em torno de temas relevantes para as
empresas públicas e privadas, e contando cada vez mais com comentários e
contribuições de leitores. Com essa conversa paralela entre a TerraForum
e seus stakeholders, emerge uma segunda narrativa que permeia a evolução
desses aprendizados.

Esta compilação busca dar visibilidade a isso: as publicações de 2010 e 2011
foram reordenadas em torno de temas de destaque, buscando reforçar o
pragmatismo da leitura.

Aproveite cada post e conheça nosso blog para participar de novos diálogos:
www.terraforum.com.br/blog

Você vai ver e comentar aprendizados e questionamentos, experiências
equivocadas e bem sucedidas, ideias e opiniões. Mas não vai ver monotonia.




          José Cláudio Terra                     Beto do Valle
               Presidente                            Sócio
Sumário
Introdução                                 5


Gestão do Conhecimento                     7


Gestão da Inovação                        34


Educação e Aprendizagem                   78


Educação Corporativa                      92


Gestão de Stakeholders                    111


Gestão Pública                            122


Planejamento Estratégico                  139


Web 2.0                                   151




                           © TerraForum         3
© TerraForum   4
Introdução




G
         estão do Conhecimento e Inovação. E mídias sociais. Mais do que
         marketing, posicionamento de marca ou canal de comunicação, a
         TerraForum tem estes conceitos arraigados no seu DNA. Antes
mesmo do surgimento de ferramentas como blogs, comunidades de prática,
microblogging, redes sociais e afins, já vínhamos praticando aqui na TerraForum
o que está por trás de todos estes conceitos: uma nova maneira de entender
(e aprimorar) a gestão de empresas e organizações - Gestão 2.0.

Para a TerraForum, este termo está não apenas ligado aos conceitos de Web
2.0 e Enterprise 2.0. Ele vai muito além. Falamos não apenas de ferramentas
e plataformas tecnológicas utilizadas para estimular a colaboração horizontal
entre os atores internos e externos de uma empresa (clientes, fornecedores,
colaboradores, sociedade, stakeholders, lideranças, etc). Tratamos também
das novas relações destas tecnologias com o ser humano, a sociedade e
as empresas: o impacto que isso já significa para relacionamentos entre os
indivíduos, dentro e fora do ambiente corporativo.

Se no dia a dia já percebemos novas maneiras de interação entre os “nativos
digitais”, estamos pensando em como essas interações irão refletir dentro das
empresas assim que essa nova força de trabalho entrar no mercado. Além de
tudo mudar muito rapidamente - outra característica dos tempos 2.0 -, ainda é
cedo para cravar uma opinião ou uma certeza, mas claramente vislumbramos
desafios para os empreendedores do futuro. Desafios de relacionamento com
seus colaboradores, de mudança de cultura organizacional, de governança,
de processos, de sustentabilidade. Enfim, de tudo que envolve a gestão
de uma empresa, seja ela uma gigante global da “velha” economia ou uma
representante da “novíssima” economia de serviços digitais.




                                                           © TerraForum           5
Introdução




E este é o principal objetivo deste blog, criado e mantido pelos especialistas
da empresa. Ser uma plataforma de discussão aberta em torno dos principais
temas que permeiam o cotidiano de trabalho dos profissionais de RH,
Comunicação, TI, Planejamento Estratégico, Educação Corporativa e demais
áreas de negócio de uma empresa. Um espaço criado para gerar discussões
colaborativas em torno do que há de novo e relevante sobre temas totalmente
estratégicos, como Gestão do Conhecimento e Inovação, Portais, Gestão 2.0,
Sustentabilidade, Mídias Sociais e afins.

Está feito o convite. Leia nosso blog. Faça sugestões. Provoque. Colabore.
Questione. Aprenda e ensine. Este espaço é nosso.




                                                          © TerraForum           6
Gestão do Conhecimento




CONHECIMENTO: ATIVO
COMPARTILHADO ENTRE
EMPRESA E COLABORADORES
Publicado em: 28.08.2010 10:38
Categoria: Gestão do Conhecimento




N
        o passado relativamente recente, quando as pessoas que estão em
        cargos de chefia começaram a trabalhar, o conhecimento evoluía
        mais lentamente, as tecnologias tinham ciclos muito mais longos, etc.
Nesse contexto, as pessoas tinham tempo para desenvolver suas competências
com tranquilidade e para realmente dominar suas tarefas.

Hoje, o chefe já não consegue substituir o empregado. Os conhecimentos
são muito específicos e evoluem mais rápido. Nesse novo cenário, trabalhar
de forma coletiva compartilhando experiências, talentos, conhecimentos
gerenciais e técnicos -- é uma condição fundamental para enfrentar os desafios
complexos, na velocidade necessária para que as organizações sejam efetivas.

Esse ambiente e cultura organizacional, no entanto, só pode acontecer
quando a liderança e os colaboradoresperceberem juntos que o modelo
e os paradigmas antigos já não funcionam mais. As empresas têm muito a
ganhar quando os funcionários trabalham de forma realmente colaborativa,
transparente e com a disciplina necessária para compartilhar conhecimento
de maneira efetiva. Os funcionários também podem se beneficiar: aqueles
que compartilham seu conhecimento criam redes sólidas de aprendizado
recíproco e redes de sustentação profissional e pessoal que lhes permitem
avançar em suas áreas de conhecimento e em suas carreiras.

Resumindo: o conhecimento é um ativo intangível cuja posse é compartilhada
entre empresa e funcionários. É um ativo com alto potencial de reuso e
alavancagem, mas também com potencial de rápida depreciação. Conhecimento
visto como estoque perde valor constantemente. Conhecimento visto como
fluxo, por sua vez, pode evoluir e trazer benefícios de forma muito rápida.
Cabe à empresa, a seus líderes e colaboradores entenderem este cenário.



@claudioterra



                                                          © TerraForum           8
Gestão do Conhecimento




O QUE LEVA UMA ORGANIZAÇÃO
A INVESTIR EM GESTÃO DO
CONHECIMENTO?
Publicado em: 17.02.2010 15:11
Categorias: Gestão do Conhecimento; Gestão de Inovação;
Educação Corporativa; Web 2.0; Planejamento Estratégico




O
          K, muitos vão dizer que o conhecimento é essencial para as
          organizações nesta chamada “era do conhecimento”. Mas,
          vamos além: o que realmente faz empresas e organizações
investirem em Gestão do Conhecimento (GC)? O que leva gestores e
profissionais a dedicarem seu tempo, esforço e reputação a práticas de
Knowledge Management?

Temos visto centenas de organizações dos mais diversos setores se dedicarem
a iniciativas de GC com diferentes objetivos, mas alguns fatores de motivação
são recorrentes:

  ¥¥ Perda de capital intelectual: detentores de conhecimentos relevantes
     se aposentando ou deixando a empresa;

  ¥¥ Intenção de melhor aproveitamento do conhecimento existente:
     otimização de esforços, diminuição do retrabalho, menos “reinvenção
     da roda”;

  ¥¥ Busca de inovação: coordenar atividades e conhecimentos da
     companhia para gerar inovações em produtos, serviços ou processos.

No primeiro caso, a preocupação dos gestores normalmente começa quando
profissionais experientes estão prestes a se aposentar. E agora? Como “reter”
esse capital intelectual acumulado em décadas de experiência? Essas empresas
têm implementado práticas de GC em que os profissionais (e não só aqueles
prestes a deixar a empresa) dedicam parte do seu tempo a atividades de
educação e de compartilhamento estruturado de conhecimentos.




                                                          © TerraForum          9
Gestão do Conhecimento




Nos casos em que a motivação é aproveitar melhor o conhecimento existente,
o impulso inicial frequentemente é o de multiplicar práticas e aprendizados que
se encontram limitados a uma área ou unidade da empresa. Organizações que
assumem esse desafio muitas vezes encontram nas comunidades de prática
ou nos programas de lições aprendidas – com apoio de ambientes virtuais,
portais corporativos e ferramentas Web 2.0 – a porta de entrada para GC.

Já entre as organizações que direcionam seus esforços para a inovação, é
comum a percepção de que essa responsabilidade não deve mais limitar-se à
área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), mas tornar-se um imperativo para
o negócio como um todo. Programas de Ideias, estruturação do processo de
gestão da inovação e elaboração de roadmaps tecnológicos estão entre os
principais caminhos adotados por essas companhias.

E você? Que desafios identifica como os principais motivadores para sua
organização investir em Gestão do Conhecimento? Comente aqui!



@betodovalleTF




                                                           © TerraForum           10
Gestão do Conhecimento




COMO DEFINIR OS CONHECIMENTO
CRÍTICOS DA ORGANIZAÇÃO?
Publicado em: 23.02.2010 18:42
Categoria: Gestão do Conhecimento



Conhecimento está sempre associado a pessoas. Não é apenas uma questão
retórica, por mais que façamos um esforço de abstração e discutamos o
conhecimento organizacional.

Sim, podemos dizer que o conhecimento crítico é aquele associado à
estratégia empresarial. Mas, na prática, para gerenciá-lo temos que levar em
consideração o seguinte cenário:

“O meu conhecimento é crítico. Claro que está relacionado à estratégia da empresa”

Será mesmo?

Quem numa organização está disposto a admitir que seu conhecimento
pode ser facilmente adquirido no mercado? A assumir que, quando sair da
empresa, ela encontrará alguém melhor preparado, mais atualizado e mais
empreendedor?

A discussão acadêmica do tema é muito mais simples do que a discussão
prática e direcionadora para resultados objetivos nas organizações.

As organizações que conseguem fazer isto de maneira estruturada e profissional
estão, no entanto, dando passos significativos para competir no século XXI.



@claudioterra




                                                             © TerraForum            11
Gestão do Conhecimento




GESTÃO DO CONHECIMENTO:
PERGUNTAS SIMPLES, RESPOSTAS
FUNDAMENTAIS
Publicado em: 27.11.2011 08:54
Categorias: Educação Corporativa; Gestão de Competências;
Gestão do Conhecimento




D
          epois de muitos (e muitos anos) trabalhando com Gestão do
          Conhecimento ainda fico perplexo com o desafio brutal que é
          colocar esta prática no dia a dia das empresas. Qualquer um que
falar algo diferente nunca tentou, só ficou filosofando ou teorizando.

Acadêmicos puros: não me levem a mal, a teoria é fundamental. Todos têm de
certa maneira uma teoria sobre como as coisas funcionam. Os modelos têm
vários papéis: de um lado, ajudam a representar parcialmente a complexidade;
de outro, são uma base para qual o raciocínio e capacidade de interpretação
pode agregar, evoluir ou mesmo questionar. Neste sentido, são marcos. Além
disso, organizar modelos têm o crítico papel de alinhar centenas ou milhares
de indivíduos segundo uma lógica de pensamento, ajudando a direcionar e
priorizar esforços.

Feitos o ponto e o contraponto, aqui vou eu propor mais um modelo simples
para tratar a Gestão do Conhecimento nas organizações. Ele se baseia em
sete perguntas-chave:

Por que?

As organizações não podem embarcar em esforços de Gestão de Conhecimento
simplesmente porque está na moda ou por conta de chavões. Porque Gestão
do Conhecimento deve ser bastante prático e tangível, com respostas do tipo:
estamos expandindo regionalmente e temos gaps de performance; estamos
contratando muitas pessoas e não conseguimos treiná-los rapidamente,
precisamos dominar tal tecnologia essencial para nossa competitividade etc.




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Gestão do Conhecimento




Quem?

É óbvio, não? Mas como tratar do assunto Gestão do Conhecimento sem pensar
em quem são os atores envolvidos – de dentro e de fora da empresa. Quem
são as pessoas que já detêm parcialmente ou fortemente os conhecimentos
críticos para a empresa? Quem são aqueles que deveriam dominar este
conhecimento? Quais as características destes grupos de indivíduos?

Quais?

Conhecimentos não são herméticos. As fronteiras, relacionamentos e
sobreposições não são tão óbvios, nem estáticos. Apesar disso, a gestão
estratégica do conhecimento resulta de um bom entendimento das
disciplinas, escolas, taxonomias, ontologias e semânticas associadas a tipos
de conhecimentos. Defina um conhecimento de maneira muito estreita e os
resultados serão muito limitados; defina de maneira muito aberta e a ausência
de foco pode gerar uma enorme perda de recursos.

Como?

Uma das coisas que muitos sabem é que o conhecimento pode se apresentar
de várias formas: tácito, implícito ou explícito. Ele pode ainda evoluir de
maneira muito rápida ou ter uma dinâmica previsível. Quanto mais sistêmico
o conhecimento, mais difícil é compreender como ele evolui. À medida em
que a complexidade aumenta, aumentam também os mecanismos e práticas
de Gestão do Conhecimento, assim como a incerteza quanto aos resultados
que serão efetivamente obtidos.

Quando?

Em todos os assuntos de gestão, a dimensão “tempo” é fundamental. Em
Gestão do Conhecimento não poderia ser diferente. Mais ainda, investir
em conhecimento é sempre uma aposta no futuro, tanto do ponto de vista
individual, como organizacional. Na prática, significa trocar um pouco o
presente e as demandas urgentes para investir na construção de um capital
intelectual próprio ou da organização. Não que não estejamos aprendendo o
tempo todo, pois estamos. Contudo, à medida que ampliamos o leque e número
de pessoas envolvidas no aprendizado e transferência de conhecimento,
precisamos dedicar tempo específico para isso.



                                                          © TerraForum          13
Gestão do Conhecimento




Além disso, precisamos saber quando desejamos obter algum tipo de resultado:
uma coisa é aprender algo ou transferir algum conhecimento em semanas,
outra em meses e outra ainda em anos.

Onde?

Um dos dilemas crescentes quando falamos de aprendizado e conhecimento
é o quanto deveremos nos valer do presencial ou do virtual. Embora haja
avanços significativos nas formas como utilizamos os ambientes virtuais como
forma de acesso à informação de alto valor e como forma de comunicação
entre indivíduos, o contato presencial ainda tem uma “largura de banda”
infinitamente maior. Presencialmente aprendemos com todos os nossos
sentidos e podemos influenciar no contexto entendendo de maneira mais
interativa e muitas vezes subconsciente nosso aprendizado. Dentro ou fora
da empresa, no nosso entorno ou ainda com nossos pares ou pessoas de
outras áreas e culturas completamente diferentes? São perguntas que também
precisam de bastante reflexão em alguns casos.

Quanto?

Finalmente o que poucos gostam de ouvir: quanto custa? Valendo-nos da
conhecida expressão “there´s no free lunch” é responsável destacar que
conhecimento pode, em alguns contextos, custar muito para ser adquirido,
transferido ou mantido. Não é óbvio isto quando pagamos para um curso?
Por que seria diferente em outros contextos? Quanto mais raro, sofisticado
ou complexo o conhecimento, maiores serão os investimentos. Isto não quer
dizer que as metodologias, práticas e tecnologias relacionadas à Gestão do
Conhecimento sejam sempre caras e difíceis de implementar. Pelo contrário,
no dia a dia as organizações já suportam uma cultura organizacional e adotam
uma série de práticas que permitem que o conhecimento e o aprendizado
fluam como parte do próprio processo de trabalho.

Vejam: é apenas mais um modelo. A realidade – quando o assunto é
conhecimento – continua maravilhosamente desafiadora. Espero, no entanto,
que seja mais um referencial útil. Perguntas?



@claudioterra




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Gestão do Conhecimento




MASLOW E A ECONOMIA
DO INTANGÍVEL
Publicado em: 09.04.2010 09:46
Categoria: Gestão do Conhecimento




A
        inda estamos distantes da situação econômica dos países mais
        desenvolvidos, nos quais problemas relacionados a fome, segurança, e
        conforto são mínimos. Contudo, já podemos afirmar que, apesar dos
bolsões de pobreza extrema, uma parte significativa da população brasileira
precisa sobretudo de alimento para a alma. Assim como na pirâmide de
Maslow, a economia também se move em direção ao intangível à medida em
que se desenvolve.

E então, o que as pessoas demandam? Elas precisam de experiências sensoriais,
intelectuais, emotivas, estéticas e de relacionamento. Cresce o intangível,
traduzido na incorporação dos intangíveis nos produtos físicos (alimentos,
bebidas, carros, roupas, etc) e o surgimento de produtos puramente intangíveis
como redes sociais, Web 2.0, turismo de aventura, atividades hedonísticas,
produtos culturais, etc.

A questão não é mais se estamos ou não na Economia do Intangível. Esses
produtos já estão por todo lado que olhamos. No mundo dos negócios é
importante ter em mente que os intangíveis serão cada vez mais valorizados e
adquiridos, incorporados ou não a artigos físicos. Simples não?



@claudioterra




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Gestão do Conhecimento




GESTÃO DO CONHECIMENTO
COMO “FOGO DE PALHA”?
Publicado em: 28.08.2010 12:02
Categoria: Gestão do Conhecimento




O
           erro mais comum associado à Gestão do Conhecimento é o “fogo
           de palha”. É tratar o conhecimento como um projeto simples, com
           data para começar e terminar. É confundi-la com algum sistema ou
programa de software. É achar que evoluir o conhecimento organizacional
de maneira sustentável ocorre por meio de ações espetaculares e
pirotécnicas. Conhecimento, seja ele individual ou coletivo, é coisa profunda
e séria. Pensem bem: quais são os ativos efetivamente importantes de uma
empresa: Terrenos? Prédios? Computadores? Dinheiro? No que estas coisas
diferenciam empresas exemplares de empresas ordinárias?

Para iniciar um programa de Gestão do Conhecimento, é crítico que a empresa
tenha uma boa noção, melhor ainda, faça uma boa seleção e caracterização do
conhecimento que a permite operar, evoluir e atingir seus objetivos estratégicos.
Tipicamente, não estamos falando de um conhecimento, mas de diversos tipos
de conhecimentos com características bastante distintas. Com essa perspectiva
estratégica, uma série de ações relacionadas à busca, criação, compartilhamento,
codificação, retenção e proteção podem ser colocadas em marcha.

Também, é fundamental que no mínimo os gestores em todos os níveis insiram
as práticas da Gestão do Conhecimento no dia a dia, na rotina de suas áreas
e no comportamento das pessoas que detém ou buscam conhecimento para
atingir os objetivos organizacionais.

A disciplina e a prática da Gestão do Conhecimento tem se beneficado
muito da evolução recente nas Tecnologias da Informação, colaboração e
comunicação e também de uma série de novos métodos gerenciais (boas
práticas, lições aprendidas, programa de ideias, etc.) e mesmo de indicadores
(comoBalanço de Ativos Intelectuais e Intangíveis). Cada uma destas iniciativas,
no entanto, embora úteis e, em alguns casos, essenciais, não podem ser vistas
isoladamente como sinônimo de Gestão do Conhecimento.



@claudioterra


                                                             © TerraForum           16
Gestão do Conhecimento




COMPARTILHAMENTO DE
CONHECIMENTO: A OUTRA
FACE DA MOEDA
Publicado em: 03.07.2010 15:30
Categorias: Gestão de Inovação; Gestão do Conhecimento; Web 2.0




D
       epois de trabalhar e pesquisar tanto tempo com Gestão do
       Conhecimento fico surpreso como quão frequente ainda me
       perguntam por que as pessoas não compartilham conhecimento e
como vencer a conhecida síndrome do “Conhecimento é Poder”.

É interessante, mas pouca gente pergunta: por que as pessoas não buscam
a opinião, expertise, e conhecimento de outras pessoas, departamentos e
organizações. Talvez, este seja, em várias circunstâncias, a maior barreira para
o compartilhamento.

Você conhece indivíduos que:

Acreditam tanto no próprio conhecimento e experiência que nunca pedem
opinião ou ajuda de outros? Só conversam com pessoas do seu nível hierárquico?
Raramente saem de suas empresas e mantém um círculo super restrito de
contatos ao longo de sua vida profissional? Estão sempre super atrasados?
Nunca tem tempo para conversar com outros? Têm problema de auto-estima
e, portanto, medo de se mostrar incompetentes? Tentam resolver problemas
e desafios até o último momento, deixando os problemas estourarem em suas
próprias caras? Tem medo da competição com colegas e não perguntam nada
para ninguém por medo de mostrar suas fragilidades?

Você conhece empresas nas quais:

   ¥¥ Os funcionários não tem ambiente ou mecanismos para contribuir com
      suas ideias? Raramente pedem opinião para clientes e fornecedores?

   ¥¥ Não se dão conta do que a Web 2.0 significa em termos de modelos
      colaborativos de negócios?

   ¥¥ Incentivam a desconfiança de pessoas de fora da empresa?



                                                            © TerraForum           17
Gestão do Conhecimento




  ¥¥ Acreditam que todos os melhores talentos de seu setor trabalham
     necessariamente dentro da empresa?

  ¥¥ São incapazes de compartilhar qualquer tipo de propriedade
     intelectual?

  ¥¥ Raramente conseguem estabelecer alianças?

  ¥¥ Acreditam que todas as boas ideias vem de dentro da empresa?

Muita gente não quer compartilhar conhecimento, mas muita gente não
tem nenhuma abertura ou receptividade para compartilhar suas ideias,
conhecimentos e experiências.



@claudioterra




                                                    © TerraForum       18
Gestão do Conhecimento




GESTÃO DO CONHECIMENTO
EM GRANDE ESCALA !
Publicado em: 13.02.2010 16:23
Categorias: Educação Corporativa; Battle of Concepts; Comunidades;
Gestão de Inovação; Gestão do Conhecimento; Web 2.0




S
      egundo estudo do Institute for the Future, “Engagement Economy:
      the future of massively scaled collaboration and participation”, se cada
      americano deixasse de assistir 2 horas de televisão por semana e
participasse de iniciativas tipo Wikipedia, os Estados Unidos sozinho poderia
produzir 20 projetos equivalentes à Wikipedia por ano!

Aqui no Brasil um velho ditado diz: “se você precisa da ajuda para algo
realmente importante, peça para alguém que está bem ocupado. Ele vai
encontrar tempo”. Exageros à parte, é evidente que na sociedade atual,
gerenciar o próprio tempo e ser produtivo de forma independente é um dos
grandes desafios para todos que trabalham na Economia do Conhecimento e
na Economia Criativa.

E se cada brasileiro deixasse de assistir 2 horas de TV por semana e se dedicasse
a adquirir e produzir conhecimento, compartilhar o que sabe e contribuir com
ideias para projetos de amplo impacto econômico e social?

Numa conta rápida, isto significa cerca de 2 x 52 x 100 milhões (descontando
crianças muito pequenas, pessoas sem TV e outras exclusões óbvias) = algo
próximo a 10,4 bilhões de horas produtivas adicionais por ano. Quanto vale isto?

Já nos demos conta do que isto significa? E o estrago que alguns programas de
TV causam para nosso país? Lemos apenas 2 livros em média por habitante por
ano. Em alguns países europeus, a média é de 40 livros por ano por habitante.
Que bom que passamos mais tempo na Internet e menos tempo assistindo
televisão! Aumentar a penetração da Internet e diminuir o tempo na frente
da televisão é questão séria e de enorme impacto econômico e social para
nosso país.




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Gestão do Conhecimento




O estudo do Instituto for the Future destaca ainda o papel fundamental da
motivação como elemento crítico para o sucesso de qualquer iniciativa de
crowdsourcing. Difícil não concordar com isso. Já sabemos há muito tempo
que incentivos financeiros, em geral, não dão certo no contexto da Gestão do
Conhecimento e, pelo que tudo indica, esta é a realidade também em esforços
de crowdsourcing de grande escala .

Neste sentido, fica aqui um último pensamento: será que nossas organizações
e nosso sistema educacional não seriam muito mais efetivos se soubessem
como engajar mentes e corações? Por que trabalhar e aprender precisam ser
vistos como algo duro e desagradável? Por que não podem ser encarados e
organizados como desafiadores e divertidos? Na Economia do Conhecimento
e Criativa, estas não são questões periféricas. São questões centrais e
estratégicas.

Vamos mudar essa realidade?



@claudioterra




                                                         © TerraForum          20
Gestão do Conhecimento




A RELAÇÃO “TEMPO X BENEFÍCIO”
NA GESTÃO DO CONHECIMENTO
Publicado em: 27.04.2011 17:36
Categoria: Gestão do Conhecimento




M
         al damos conta das nossas atribuições atuais, como vamos arrumar
         tempo pra mais essas atividades de Gestão do Conhecimento?” Dez,
         cinquenta, cem... Já perdi a conta de quantas vezes ouvi afirmações
ou questionamentos semelhantes à frase acima.

Essa costuma ser a primeira angústia quando se trata da implantação de
iniciativas de Gestão do Conhecimento e inovação: a conciliação da carga de
trabalho existente com novas atividades de aprendizagem, compartilhamento
de conhecimento e colaboração, como uma preocupação generalizada, da alta
administração às equipes operacionais ou de especialistas.

Essa angústia se justifica? Há basicamente quatro razões pelas quais acredito
que não. Se tiver tempo, faça seus comentários!

Fator 1: Atividades estruturadas de Gestão do Conhecimento não são
atividades “adicionais”, mas sim uma forma muito mais efetiva de fazer algo que
já era feita, mas de forma não estruturada. Todos desempenhamos uma série
de atividades, buscamos entender e solucionar problemas, desenvolvemos
novas soluções, eventualmente geramos inovações. Para isso, dedicamos
algum (ou muito) tempo à busca, aprendizagem e aplicação de conhecimentos
ou mesmo para a criação de novos conhecimentos. No entanto, fazemos
de forma predominantemente individual, fragmentada e não sistematizada.
Atividades estruturadas de Gestão do Conhecimento (ou seja, orientadas por
uma estratégia e organizadas em torno de processos, ferramentas e práticas
organizacionais) permitem que essas atividades sejam melhor orientadas e
apoiadas por colegas e pela organização, o que garante maior efetividade.




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Gestão do Conhecimento




Fator 2: Atividades estruturadas de Gestão do Conhecimento permitem
diminuir o tempo dedicado a atividades repetitivas, além de evitar problemas
recorrentes. Fornecer a mesma orientação muitas vezes a diferentes profissionais,
gerar novas versões dos mesmos materiais e conteúdos indefinidamente,
duplicar esforços ou repetir erros do passado desavisadamente, reincidir na
famosa “reinvenção da roda”: esses inflacionadores de agenda são um problema
típico de organizações que não possuem uma gestão do conhecimento efetiva.
Pequenos esforços bem estruturados de Gestão do Conhecimento permitem
grandes ganhos nesta área – por meio de mecanismos de reaproveitamento
de conteúdos e aprendizados, que vão desde um simples FAQ (perguntas
frequentes) até fóruns de discussão, comunidades de prática e murais que
possibilitam o registro, a busca, o resgate e a atualização de conteúdos e
aprendizados.

Fator 3: O melhor aproveitamento do conhecimento disponível permite saltos
de eficiência, otimizando o tempo e gerando benefícios organizacionais (até
mesmo para quem não participa diretamente das atividades de GC). Práticas
efetivas de Gestão do Conhecimento criam condições para que conhecimentos
e práticas adotadas em uma região ou departamento possam ser aproveitadas
em outros contextos, gerando ganhos de escala que beneficiam várias áreas
ou mesmo toda a organização, participantes ou não das atividades de GC.
Aqui, além da otimização do tempo, existem os benefícios diretos.

Fator 4: Ao longo do tempo as atividades de GC criam condições para
melhor desempenho e para inovação, gerando grande retorno para o tempo
investido. Com o melhor fluxo de conhecimento na organização, melhoram
muito as condições para a inovação. Um simples programa de gestão de
ideias, por exemplo, costuma gerar retornos financeiros muito maiores que
o investimento. Esse ciclo virtuoso se realimenta, e os benefícios potenciais
– melhor desempenho, comprometimento, produtividade, qualidade,
reputação, diferenciação, novos produtos ou negócios – são tão positivos que
justificam investimentos mais significativos de tempo e recursos em Gestão
do Conhecimento.

Resumidamente, podemos dizer que a adoção da GC pode ser analisada
conforme o valor que é capaz de gerar em relação ao tempo investido:




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Gestão do Conhecimento




DE                         PARA                        RELAÇÃO
(sem uma Gestão            (com processos e práticas   “TEMPO x
do Conhecimento            estruturados de GC)         BENEFÍCIO”
estruturada)

Busca, aprendizagem        Atividades estruturadas
e aplicação de             de busca, aprendizagem      Otimização do tempo
conhecimentos não          e aplicação de
estruturados               conhecimentos

Atividades repetitivas,    Registro, busca, resgate,
problemas recorrentes,     reaproveitamento
duplicação de esforços,    e atualização             Otimização do tempo
práticas obsoletas         de conteúdos e
                           aprendizados

Aproveitamento             Conhecimentos com
localizado e limitado de   alcance ampliado e          Impacto positivo
conhecimentos              potenciais ganhos de
                           escala

Baixo fluxo de             Ciclo virtuoso: fluxos
conhecimentos, com         de conhecimento             Impacto altamente
baixa contribuição para    retroaliamentando           positivo
a inovação                 processos de inovação



Com base na experiência de muitos projetos, nas mais variadas organizações,
sintetizada nas reflexões acima, podemos afirmar, sem sombra de dúvida: a
adoção de práticas de Gestão do Conhecimento não significa necessariamente
maior consumo de tempo, mas sim a substituição de práticas pouco eficientes
por outras muito efetivas.

E ainda que se decida por um investimento maior de tempo e recursos, eis um
grande investimento. O fato de estarmos investindo tempo neste post é uma
grande prova disso!



@betodovalleTF



                                                          © TerraForum        23
Gestão do Conhecimento




BENCHMARKING... COMO
FERRAMENTA DE GESTÃO
DO CONHECIMENTO!!!
Publicado em: 30.08.2010 23:40
Categoria: Gestão do Conhecimento




A
        s empresas hoje sabem da importância de olhar para fora da
        organização para conseguir avaliar suas próprias práticas e processos.
        No entanto, estruturar esse olhar ainda é uma dificuldade que vemos
com frequência e, como consequência, as dispendiosas visitas de benchmarking
não são aproveitadas como deveriam.

O Benchmarking é uma maneira de pesquisar práticas com enfoque especial,
aquelas que o mercado reconhece como diferenciadas, dentro da sua área de
atuação. Como uma pesquisa, é importante ter metodologia estruturada para
orientar o olhar daqueles que conduzirão o projeto.

Outro ponto muito importante para que a iniciativa mostre resultados efetivos
é a preocupação com a aderência do estudo aos processos e à realidade da
organização. O foco é aprender efetivamente com a pesquisa, e não copiar o
que é feito de melhor.

Muitas vezes, a cópia não é aplicável a todos os contextos, gerando grande
frustração na sua implantação.

E qual a sua opinião sobre isso? Tem algum outro ponto para compartilhar?

Colabore!



@claudioterra




                                                          © TerraForum           24
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COLABORAÇÃO NAS
ORGANIZAÇÕES: O QUE FUNCIONA
E O QUE NÃO FUNCIONA
Publicado em: 12.04.2010 12:36
Categoria: Gestão do Conhecimento




A
        questão da colaboração é uma das mais relevantes para a competitividade
        das empresas em contextos nos quais a inovação e a competição
        ocorrem em escala mundial. Apesar disso, sabemos que, na prática,
soluções aparentemente semelhantes para gestão do conhecimento dão
resultados muito distintos. Estamos falando de comunidades de prática, fóruns
de boas práticas, mecanismos de lições aprendidas, blogs corporativos, etc.

Nos últimos dez anos tive a oportunidade de trabalhar em dezenas de
organizações com esses temas. Minha conclusão é de que há vários aspectos
que parecem separar as organizações que colaboram com efetividade daquelas
que dizem que colaboram. Alguns dos aspectos mais importantes são:

   ¥¥ Alta administração que instaura o medo e a competição acirrada entre
      corpo gerencial versus alta administração que fomenta o diálogo e
      a colaboração entre diferentes áreas da empresa: evidentemente, a
      posturacolocada em prática afeta profundamente comportamentos
      em toda a organização;
   ¥¥ Colaborar por colaborar ou colaborar como um meio para atingir
      objetivos específicos: tenho visto melhores resultados naquelas
      organizações nas quais os objetivos são traçados de forma clara e
      esforços para mensurá-los são perseguidos de forma sistemática;
   ¥¥ Vontade versus método: colaborar com efetividade demandadisciplina,
      métodos, sistematização e ferramentas adequadas e fáceis de usar
      Colaborar de maneira significativa e relevante demanda tempo das
      pessoas, artigo precioso para as empresas. Portanto, a colaboração
      não vai acontecer apenas porque está entre valores da empresa ou
      porque alguém disse que é importante.

Certamente, existem outras razões que separam as organizações que colaboram
com efetividade daquelas que ficam apenas no discurso. O que mais as separa?

@claudioterra


                                                           © TerraForum           25
Gestão do Conhecimento




MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS E
GESTÃO DO CONHECIMENTO
Publicado em: 11.03.2010 18:32
Categoria: Gestão do Conhecimento




A
        Teoria das Múltiplas Inteligências de Howard Gardner é quase um
        consenso atualmente. Por outro lado, individualmente, “gente faz
        diferença”. O conceito de Gardner e esta frase bastante óbvia passam,
muitas vezes, desapercebidos em esforços de Gestão do Conhecimento.

Vocês já repararam na prática que tem GENTE que faz uma enorme
diferença nas empresas? No entanto, muitas dessas pessoas não tem aquele
conhecimento mais técnico ou específico, que tende a ser o foco da Gestão
do Conhecimento.

Gente que encanta o cliente. Gente que torna o complexo simples. Gente que
agrega as competências técnicas de outros, etc.Sabem de quem estou falando?
Acho que precisamos de modelos mais sofisticados para realmente inserir o
fator Gente nas soluções de Gestão do Conhecimento. O que vocês acham?


@claudioterra




                                                          © TerraForum          26
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VALUE NETWORKS, INDICADORES E
CAFÉ: HABILITADORES DA DINÂMICA DO
CONHECIMENTO NO KM BRASIL 2010
Publicado em 27.04.2011 17:36
Categoria: Gestão do Conhecimento




A
       notei várias impressões e ideias durante o KM Brasil 2010, o mais
       importante evento sobre Gestão do Conhecimento do país, que
       aconteceu esse ano (2010) em Gramado, no Rio Grande do Sul.

Segue uma visão macro no formato microblog:

       * É a décima edição do evento: salas cheias. O tema Gestão do
       Conhecimento ainda tem muito a ser discutido. Por muito tempo.

       * A americana Verna Allee fala sobre a evolução da GC, passando por
       temas como capital intelectual, learning organizations e systems thinking.

       * Para Verna Allee, comunidades de prática são uma das iniciativas
       mais efetivas para GC, mas não devem ser gerenciadas. Concordo parcialmente.

       * Sobre o comentário de Allee sobre comunidades de prática: temos
       que cultivar as comunidades emergentes, mas a ideia “build it and
       they will come” parece ingênuo.

       * Allee mostrou aplicações do conceito de “value networks”,
       representando fluxos de ativos tangíveis e intangíveis em redes de negócio.

       * Trocas de ideias nos coffee breaks continuam sendo ótimos momentos.
       Eventos presenciais, café e bolo são ótimas ferramenta de GC!

       * Muitos casos de GC interessantes, em diversos setores e níveis de
       maturidade. Mais organizações fazendo GC na prática.

       * Muita gente do setor elétrico participando do KM Brasil 2010. Interessante!

       * Mais de 100 pessoas no Tutorial de GC até as 7 da noite. Bom sinal!



                                                               © TerraForum            27
Gestão do Conhecimento




     * Perguntas da plateia: menos básicas e mais interessantes que outrora.

     * Indicadores de ativos intangíveis e métricas de Gestão do
     Conhecimento continuam gerando muito interesse.

     * Mensagem: GC tem que se preocupar menos com PROVAR seu
     valor, e se dedicar mais a GERAR valor.

     * Todd Revolt: práticas interessantes da Atlassian. 24 h para funcionários
     fazerem o que quisessem e depois mostrar os resultados. Deu em inovação.

     * Novos conceitos aparecendo com força: inovação aberta, design
     thinking, redes de valor (Verna Allee) e sustentabilidade (tema do evento).

     * Tema que curiosamente foi pouco discutido até agora: uso de
     ferramentas web 2.0 e redes sociais em GC.

     * Temas emergentes que aparecem como sinais fracos: diálogo (para
     construção de conhecimentos), abordagem sistêmica e coordenação
     (ações de GC).

     * KM Brasil 2011 será em São Paulo. Promissor!

     * Felizmente não precisamos esperar 12 meses pelo próximo #KMBR.
     Podemos continuar discutindo via blogs e tweets. Comente! RT!



@betodovalleTF




                                                           © TerraForum            28
Gestão do Conhecimento




GESTÃO DO CONHECIMENTO
CONTRIBUI PARA INOVAÇÃO?
Publicado em: 02.05.2010 22:39
Categorias: Educação; Gestão de Inovação; Gestão do Conhecimento




I
   novação depende de conhecimento novo aplicado, gerando valor para
   algum indivíduo, sociedade ou planeta. Dito isto, como a disciplina - ainda
   relativamente recente - da Gestão do Conhecimento pode contribuir
para a Inovação?

De muitas maneiras:

   ¥¥ Inovação depende com frequência da combinação de conhecimentos
      preexistentes. Assim, mecanismos que facilitam o acesso a vários
      tipos de informação e a um amplo leque de especialistas de dentro ou
      fora da organização podem contribuir para a inovação corporativa.

   ¥¥ Inovação depende de talentos que ao longo de sua carreira tiveram seus
      conhecimentos e habilidades polidos e ampliados constantemente.

   ¥¥ Inovação requer respeito à dinâmica e ao processo de trabalho do
      trabalhador do conhecimento. Eles precisam e se beneficiam de
      ferramentas e métodos que otimizam seu tempo e aumentam sua
      produtividade.

   ¥¥ Inovaçao se beneficia de métodos estruturados para recebe inputs
      de qualquer pessoa de dentro ou fora da empresa;

   ¥¥ Inovação se beneficia de ambientes de trabalho onde impera
      a confiança e transparência e que estimulam a criatividade, a
      colaboração e a flexibilidade.

Você conhece outras maneiras como a Gestão do Conhecimento impacta a
Inovação nas organizações?



@claudioterra



                                                          © TerraForum           29
Gestão do Conhecimento




20 COISAS QUE APRENDEMOS
SOBRE GESTÃO DO CONHECIMENTO
Publicado em: 27.08.2011 18:22
Categoria: Gestão do Conhecimento




I   nspirados pelo vídeo “20 Coisas que aprendemos para Inovar”, resolvemos
    compilar e compartilhar aprendizados sobre Gestão do Conhecimento:

       1.     É impossível fazer a gestão de todos os conhecimentos da
              organização; é preciso ser seletivo.

       2.     Conhecimento é perecível. Ele ganha valor quando
              compartilhado e aplicado.

       3.     Não dá para “arrancar” o conhecimento das pessoas. Elas têm
              que compartilhar porque querem.

       4.     Quem compartilha conhecimento de valor precisa ser
              reconhecido por isso.

       5.     A maior parte das pessoas resiste a mudar de ferramentas.
              Novas ferramentas precisam ser fáceis de usar.

       6.     O mais importante é conectar as pessoas; não a informação.

       7.     Qualidade de conteúdo é mais importante que quantidade de conteúdo.

       8.     É importante saber como valorizar o informal como estratégia
              de aprendizado.

       9.     O compartilhamento de conhecimento deve entrar na rotina,
              no calendário da empresa.

       10.    Os silos, hierarquias e símbolos de status são inimigos da
              Gestão do Conhecimento.

       11.    A liderança deve não apenas apoiar, mas principalmente dar o exemplo



                                                             © TerraForum            30
Gestão do Conhecimento




       12.    Quando Gestão do Conhecimento funciona bem, todos saem
              ganhando – empresa e funcionários!

       13.    Governança funciona bem quando o foco é a articulação e o
              engajamento da empresa. Não confundir governança com
              órgão regulador.

       14.    Taxonomia tem que fazer sentido para os colaboradores, não
              para o especialista em classificação.

       15.    A proteção de informação, conhecimento e ativos intangíveis
              começa pela ética.

       16.    Tão importante quanto os que sabem são aqueles que articulam
              conhecimentos internos e externos à organização.

       17.    O futuro se constrói no presente. Compartilhar não é fazer
              download; é abrir oportunidades para cocriação

       18.    Quando compartilhamos também aprendemos.

       19.    As pessoas precisam cada vez mais de redes para enfrentar
              desafios complexos.

       20.    Quem pouco compartilha tende a ficar com seu próprio e
              defasado conhecimento.

Que lições você acrescentaria?



@claudioterra




                                                        © TerraForum         31
Gestão do Conhecimento




PRÁTICAS INDIVIDUAIS DE GESTÃO
DO CONHECIMENTO: O QUE VOCÊ
PODE FAZER JÁ!
Publicado em: 21.07.2010 08:12
Categoria: Gestão do Conhecimento




U
         m cliente me fez uma pergunta muito interessante nos últimos
         dias: o que podemos fazer, cada um de nós, para fazer a Gestão
         do Conhecimento acontecer em nosso dia a dia? Estabelecer um
direcionamento estratégico, mapear os conhecimentos críticos, definir
processos e ferramentas para captura e compartilhamento de conhecimentos,
tudo isso é importante, porém exige iniciativa da organização. Mas, o que
cada profissional pode fazer imediatamente e diariamente para ajudar a fazer
acontecer a Gestão do Conhecimento?

A partir da oportuna provocação, anotei estas singelas dicas que, praticadas
dia após dia, não só trazem benefícios diretos a quem pratica como são
capazes de impulsionar grandes transformações. Experimente:

  ¥¥ Cultivando uma cultura de GC: seus conhecimentos, experiências,
     lições aprendidas e ideias podem ser mais úteis do que você imagina
     para o trabalho de colegas da sua e de outras áreas. Registre e
     compartilhe.

  ¥¥ Faça perguntas, aprenda com os outros e com a organização: pense em
     quanto conhecimento e experiência existe disponível na organização.
     Antes de iniciar um novo projeto ou atividade, procure saber: quem
     já participou de atividades similares? Como foi o projeto? Quais as
     lições aprendidas? Que documentos estão disponíveis sobre o tema?
     Aproveite o conhecimento acumulado.

  ¥¥ Entenda as prioridades da organização no curto e longo prazo: busque
     sempre se atualizar a respeito das diretrizes estratégicas da organização.
     Assim você saberá que conhecimentos vale a pena mobilizar.

  ¥¥ Colabore: fazer junto é uma das melhores formas de aprender e
     trocar conhecimentos. Organize seu tempo para poder participar
     de atividades e projetos com colegas da sua e de outras áreas. Assim
     você poderá adquirir e disseminar conhecimentos.


                                                           © TerraForum           32
Gestão do Conhecimento




  ¥¥ Valorize as iniciativas de colaboração e compartilhamento dos colegas:
     seja proativo tanto no compartilhamento quanto na valorização
     das atitudes dos colegas e líderes que contribuam para fomentar
     o fluxo de conhecimentos. Crie uma energia positiva em torno da
     colaboração.

  ¥¥ Mantenha-se antenado: acompanhe o que acontece no mundo, em
     outros setores e na própria empresa em relação aos conhecimentos
     de interesse. Leia, escute, assista, informe-se: fontes de informação
     e conhecimento não faltam. Você pode contribuir para manter a
     empresa atualizada com os melhores conceitos e práticas.

  ¥¥ Conecte-se às redes de conhecimento: elas são essenciais para o fluxo
     de conhecimentos. Diz o ditado que “mais importante do que ‘saber’
     é ‘saber quem sabe’”. Mantenha contatos e interaja frequentemente
     com profissionais de dentro e de fora da organização para ter acesso
     e participar das redes de conhecimento.

  ¥¥ Tenha visão de futuro: não se preocupe se, no início, apenas você
     estiver compartilhando conhecimentos e continue sendo proativo.
     Mudanças culturais levam tempo e dependem de pequenos gestos
     dia após dia.

Sim, de certa forma estamos falando de uma mudança cultural. Mas a cultura
organizacional se muda com a prática, e não o contrário. Práticas como estas,
adotadas dia após dia, são a base para a adoção dos conceitos de Gestão do
Conhecimento pela cultura da organização.

E você, tem mais alguma dica para praticar a gestão do conhecimento no
dia a dia? Compartilhe! Comece já a adotar essas práticas deixando aqui seu
comentário.



@betodovalleTF




                                                          © TerraForum          33
Gestão da Inovação




GESTÃO DO CONHECIMENTO E
INOVAÇÃO: INTEGRANDO O QUE
NUNCA DEVIA SER SEPARADO
Publicado em: 08.09.2010 09:31
Categorias: Gestão da Inovação; Gestão do Conhecimento




C
        onhecimento e inovação são “duas faces da mesma moeda”. Concorda?
        O conceito não é novo, mas ainda assim é pouco assimilado. Os
        temas têm relevância estratégica para qualquer organização, mas são
tratados, em sua maioria, de forma desarticulada. Com isso, são desperdiçadas
grandes oportunidades, tanto para o presente quanto para o futuro.

Muito já foi – e continua sendo – escrito sobre inovação. Criatividade,
invenção e inovação; cultura de inovação; estratégias e modelos de gestão
para a inovação; inovação em produtos, processos e modelos de negócio;
inovação aberta – esses e muitos outros assuntos relacionados à inovação
poderiam ser comparados a celebridades, pois são figurinhas carimbadas na
mídia e sucesso instantâneo nos livros e artigos de administração. O tema
conhecimento não é tão “hype” hoje, mas já teve seu apogeu com as citações
à “era do conhecimento”, e ainda tem forte presença tanto na produção
intelectual quanto nos discursos corporativos.

O curioso é que “conhecimento” e “inovação” não são tratados juntos com
muita frequência, o que pode ser comprovado por uma verificação empírica:
faça uma busca no Google e veja que os dois termos aparecem mais separados
do que juntos. Se a busca for feita em inglês (“knowledge” e “innovation”)
a proporção é ainda menor: o número de resultados em que os termos
aparecem combinados representa apenas cerca geralmente 10% da soma das
citações em separado.

Essa distância no discurso pode ser verificada também na prática das
organizações. A maioria das empresas têm algum processo ou prática de
capacitação, educação, ou mesmo Gestão do Conhecimento. Muitas delas
contam também com iniciativas e áreas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D),

Programas de Ideias ou processos mais estruturados de gestão de inovação.
Mas pouquíssimas tratam conhecimento e inovação de forma realmente
articulada, e direcionados por uma estratégia clara.


                                                          © TerraForum          35
Gestão da Inovação




Mas por que haveriam de ser tratados juntos?

Primeiro, por uma questão de conceito. O que hoje é conhecido (conhecimento)
um dia já foi desconhecido (descoberta) ou criado (inovação). Em uma metáfora,
poderíamos dizer que o conhecimento é o que se vê pelo retrovisor, enquanto
o que se descortina à frente – ou o caminho que fazemos – é a inovação.
Até mesmo os grandes autores japoneses I. Nonaka e H. Takeuchi, em seu
livro “A Criação do Conhecimento na Empresa” (1995), demonstram como as
organizações covertem conhecimento em inovação, que pode ser vista como
a combinação e aplicação de conhecimentos existentes de uma forma nova,
resultando na geração de valor. “Enxergar” o conhecimento e a inovação
como um mesmo elemento em momentos diferentes de um ciclo pode fazer
toda a diferença no entendimento da dinâmica aprendizagem-inovação.

Segundo, por uma questão de resultados. O conhecimento pode ser
visto como uma das principais matérias-primas da inovação, devidamente
combinado com elementos como atitude empreendedora, gestão de riscos e
processos de gestão da inovação. Organizações que conseguem agregar essas
duas capacidades, relacionadas à aprendizagem (Gestão do Conhecimento)
e à criação e implementação do novo (geração de inovações) em um ciclo
único e continuado, orientadas por uma estratégia consistente, certamente
têm condições de gerar resultados superiores. Hoje e no futuro. Por que você
não tenta na sua empresa?


@betodovalleTF




                                                          © TerraForum           36
Gestão da Inovação




CRIAMOS A DIRETORIA DE
INOVAÇÃO: E AGORA?
Publicado em: 08.08.2010 11:53
Categoria: Gestão de Inovação




C
        onselhos e CEOs de todos os setores da economia parecem ser os
        novos champions da inovação. Isto é bom. E qual a primeira coisa
        que eles tipicamente fazem? Alocam orçamento e colocam alguém,
uma área existente ou nova, como responsável pela inovação na empresa. E
agora? Agora é só esperar, cobrar de tempos em tempo, os resultados: novos
processos, produtos, breakthroughs e novos negócios.

Apple, Google, 3M e BMW permeiam o ideal imaginário da alta administração
que apostou na inovação. A implementação também é obvia: contrate alguns
profissionais bem espertos, criativos e com bom track record e além disso,
dê-lhes um bom orçamento, alto grau de liberdade e acesso aos enormes
ativos de produção, laboratorial e distribuição da empresa. O que pode dar
errado? Cedo ou tarde ideias maravilhosas vão começar a encher o pipeline
de projetos inovadores da empresa.

Os tempos são de vacas gordas, muitas ideias surgem, nada ainda muito
aplicável, mas não importa, o importante é que o grupo criativo está
preparando o futuro da empresa. Algum tempo passa, rumores começam
a surgir na empresa que o grupo de inovação está torrando dinheiro sem
produzir nada de concreto. Até mesmo o CEO, o grande sponsor do grupo
inovador, começa a se preocupar. Daí ele ouve também do grupo inovador
que eles se sentem isolados, que não conseguem atenção das demais áreas
da empresa, o quanto é difícil seguir as normas de compliance e orçamento,
que a empresa é muito burocrática, que todos só se preocupam com o curto
prazo, etc, etc.

Mas o apoio vem lá de cima e o grupo inovador segue sua caminhada. Aos
primeiros sinais de recessão, o apoio continua, mas os sinais de mercado
pioram, não são nada animadores. E finalmente a decisão difícil ocorre:
terminar com o grupo de inovação. O foco é o curto prazo, fluxo de caixa e
segurar os clientes atuais.




                                                       © TerraForum          37
Gestão da Inovação




O que aconteceu de errado? Como o Conselho e o CEO falharam? Deram
o máximo de apoio até que realmente nada mais podia ser feito. Era, no
final, uma questão de sobrevivência. Alguém já ouviu alguma história parecida?
Estamos em momento de abundância, no entanto, é bom saber que vacas
magras esperam na virada da esquina.

No final das contas, o que temos é um problema de expectativas exageradas
e DNA. O problema de expectativas tem a ver com uma missão quase
impossível quando se imagina que um pequeno grupo, por mais capacitado
que esteja, seja capaz de gerar toda a inovação e consequente altas margens e
cash flow que uma grande empresa precisa. O segundo problema está em não
entender que a questão não é criar um time, um grupo, um departamento ou
uma diretoria de inovação. O que realmente se faz necessário é ter a inovação
como parte do DNA da empresa. Isto é uma outra história. Um desafio
completamente diferente de apontar ou criar responsáveis pela inovação.

Quando a inovação está inserida no DNA da empresa e a inovação, tendo
ou não uma área responsável, é uma estratégia competitiva central, não há
recessão que “acabe” com a inovação da empresa. Todos sabem que podem
contribuir para os resultados, sejam de curto ou longo prazo, com ideias,
ações e projetos inovadores. Na verdade, mais que contribuir, todos sabem
que não inovar não é uma condição possível seja no contexto individual ou
organizacional.

Como caminhar nesta última direção? Bom, fica para um próximo post.



@claudioterra




                                                          © TerraForum           38
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NOVOS PARADIGMAS DE
GESTÃO – INOVAÇÃO NO DNA
Publicado em: 02.03.2011 08:58
Categorias: Gestão de Inovação; Gestão do Conhecimento; Sustentabilidade




A
        ciência administrativa talvez seja uma das áreas do saber humano com
        o maior impacto no desenvolvimento econômico, social e mesmo
        tecnológico e ambiental. A ciência administrativa, embora muitas
vezes nem seja vista como ciência, tem proporcionado verdadeiros saltos à
capacidade humana de prover bens (produtos e serviços) em grande escala,
para atender às aspirações da sociedade ao mesmo tempo em que fornece
os padrões segundo os quais as pessoas reunidas em organizações de toda
ordem atendem às restrições impostas pela legislação, hábitos e códigos de
ética de cada período.

Sem paradigmas específicos de organização do trabalho pouca coisa de grande
impacto para a humanidade acontece. Métodos de organização do trabalho,
coordenação de indivíduos trabalhando lado a lado e estilos de liderança para
alinhar e motivar indivíduos em torno de missões, causas, objetivos e visões
específicos são os grandes responsáveis por acontecimentos tão diversos como
explorações marítimas e espaciais, revolução industrial, ajuda humanitária em
grande escala, revolução da informática ou aplicação prática da microbiologia.

Exagero? Modismos? Teorias irrelevantes de acadêmicos? Novos jargões de
consultores? Conspiração das revistas de negócios e gestão?

Creio que não. Imaginem administrar uma empresa ou corporação com
aspirações de liderança mundial com as técnicas, tecnologias e métodos de
uma empresa de 10, 20 ou 50 anos atrás? Essa simples pergunta retórica
mostra que novos paradigmas de gestão são constantemente concebidos e
implementados.

Inovação, em particular, sempre pareceu algo muito distante da maior
parte das empresas, principalmente aqui pelas bandas de países periféricos
como o Brasil. O negócio principal que movimentava a economia parecia
ser atender às demandas de uma população carente de tudo, com
tecnologias e modelos de gestão desenvolvidos alhures. No máximo, valia
uma adaptação e tropicalização.


                                                           © TerraForum          39
Gestão da Inovação




Mas o mundo mudou muito. Estamos de fato muito mais hiperconectados
com o mundo por meio de redes sociais, Internet e diversas outras formas
de comunicação cuja ubiquidade seriam difíceis de prever, por exemplo, na
década de 80.

O mantra atual parece ser inovação e conexão, com estes dois termos se
alimentando de forma constante. Inovação beneficia-se de múltiplas conexões
entre paradigmas, disciplinas, formação, organização e pontos de vista. Por
outro lado, as conexões ocorrem porque hoje há uma sede quase insaciável
por informação e conhecimento, assim como pelo novo, pela novidade e pela
inovação. São pessoas conectadas via redes, redes conectadas com redes e
computadores ampliando de maneira inexorável o seu papel na sociedade.
Como dizem alguns, os computadores irão eventualmente fazer tudo o que
os computadores têm potencial para fazer.

Uau! Nesse cenário, a velha ciência administrativa torna-se ainda mais relevante.
São necessários novos paradigmas, novos modelos mentais e mesmo novas
normas e leis para fazer frente a essa constante exponencial de crescimento
da inovação e das conexões. Inovação no DNA das empresas significa muito
mais do que simplesmente desenvolver um processo de inovação de produtos
ou serviços. Significa também saber lidar com as contradições embebidas
na lógica da mudança que domina o paradigma da inovação em convivência
com a necessidade e obstinação pela eficiência que dominou os paradigmas
administrativos do século XX.



@claudioterra




                                                             © TerraForum           40
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DE ONDE VÊM AS IDEIAS (E POR
QUE NEM SEMPRE ELAS VÊM)
Publicado em: 27.09.2010 17:36
Categorias: Gestão de Inovação; Gestão do Conhecimento




J
  á li muitas listas, receitas e mandamentos sobre “como ser criativo”, mas a
  palestra do ator, comediante e escritor inglês John Cleese sobre criatividade
  (gravada em vídeo durante o World Creative Forum) se destaca pela
  simplicidade e objetividade. E, claro, pelo toque de humor inglês.

Cleese é famoso por sua atuação na trupe Monty Python e em filmes
como A Vida de Brian, O Sentido da Vida, Um Peixe Chamado Wanda
e em episódios de Harry Potter. Talentoso e experiente, ao relatar sua
experiência de artista no lidar com a criatividade, revela alguns aspectos
menos óbvios e compartilha dicas interessantes. Curiosamente, algumas
delas são exatamente as mesmas que aprendi há 20 anos quando atuava na
equipe de criação de uma agência de publicidade – tanto com a experiência
prática como com o ótimo livro “Criatividade em Propaganda”, do Roberto
Menna Barretto. Dicas úteis inclusive para aqueles que pretendem se utilizar
da criatividade em atividades não-artísticas

Uma história contada por Cleese é a base da mensagem: certa vez ele trabalhou
horas a fio no roteiro de um programa humorístico. No dia seguinte, não
conseguiu encontrar os manuscritos. Contrariado, começou a reescrever o
roteiro de memória, e desta vez o trabalho fluiu mais rápido. Dias depois
ele encontrou o manuscrito original que havia perdido e, por curiosidade,
comparou as duas versões. Surpresa: a segunda versão estava bem melhor
que a primeira. A possível explicação: entre a primeira e a segunda versões,
seu inconsciente continuou trabalhando e aperfeiçoando a ideia. Quer
experimentar, sem ter que “perder” o que você produz?

Veja algumas dicas deste gentleman:




                                                           © TerraForum           41
Gestão da Inovação




  ¥¥ Deixe seu inconsciente trabalhar: após entender e se informar muito
     bem sobre o problema ou desafio que está tentando superar, dê um
     tempo para seu cérebro. Distraia-se, divirta-se, ou mesmo tenha uma
     boa noite de sono. Depois volte a se concentrar determinadamente
     no problema. A solução criativa virá muito mais facilmente – e
     provavelmente melhor resolvida. Mas não se iluda: mergulhar no
     desafio antes e dedicar-se depois são passos fundamentais. Funciona:
     foi testado e aprovado por criativos em regiões e épocas diferentes,
     como o próprio John Cleese na Inglaterra e Menna Barretto no Brasil.

  ¥¥ Crie fronteiras de tempo e espaço para trabalhar criativamente: para
     Cleese, em meio ao estresse de lidar com vários problemas e prazos
     ao mesmo tempo é muito difícil ter boas ideias e soluções criativas.
     Ele recomenda criar pequenos “oásis” ao longo do dia, em que seja
     possível se dedicar ao trabalho e à busca de melhores soluções.

  ¥¥ Não seja interrompido: não é frustrante quando estamos
     “embalados” em um trabalho e somos bruscamente interrompidos?
     É difícil retomar o “fio da meada”, certo? Pois o ator inglês é bastante
     enfático ao relembrar que levamos um bom tempo de concentração
     e esforço para criar um “fluxo de ideias”, um estado de espírito
     criativo. Por isso, é um desperdício permitir interrupções quando se
     atinge esse estágio. A recomendação é que o seu “oásis” seja à prova
     de interrupções, ou mesmo contar com fiéis guardiões que impeçam
     intrusos “exceto quando o incêndio já estiver consumindo o edifício
     por uma hora e meia”.

Bem, seguindo as dicas de John Cleese, posso ir dormir e revisar este post
amanhã cedo – ou quem sabe “perdê-lo” e reescrever tudo antes de publicar!
Se você preferir métodos menos radicais, pode simplesmente combinar
essas singelas dicas com tudo o mais que você já leu sobre ter uma atitude
criativa: encarar os problemas por ângulos diferentes, pensar fora da caixa,
testar ideias com “advogados do diabo”, assumir riscos etc., e assim entender
melhor de onde vêm as ideias – e por que frequentemente, em nossos
mundinhos de laptops, distrações, noites mal dormidas e correrias infinitas,
elas simplesmente não dão as caras.



@betodovalleTF



                                                          © TerraForum          42
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DE ONDE VÊM AS (GRANDES) IDEIAS?
QUAL A RELAÇÃO ENTRE INFORMAÇÃO,
CONHECIMENTO E IDEIAS?
Publicado em: 05.11.2011 08:20
Categorias: Gestão de Competências; Gestão de Inovação; Gestão do Conhecimento




Q
          uase toda empresa hoje em dia tem um programa de ideias. Alguns
          estão bem estruturados, outros ainda relegados a um profissional
          em início de carreira, quase como um programa motivacional. A
hipótese, em geral, é criar um canal democrático no qual as ideias de todos os
funcionários são válidas. E é papel dos especialistas e níveis gerenciais avaliar a
pertinência e viabilidade das ideias capturadas. Difícil ser contra tais iniciativas.

Além dos programas de ideias muitas empresas também estabelecem
processos bastante estruturados de inovação – estes para “gente grande”,
muitas vezes segundo uma lógica bem estabelecida de “stage-gates” e com
toda a parafernália típica de “controle” dos PMOs corporativos. E daí fica
faltando apenas as boas ideias para serem processadas no funil estabelecido.

O que mais me surpreende em grande parte de todos estes esforços é o
quão pouco as pessoas realmente conhecem sobre de onde vêm as (grandes)
ideias. Será que todos podem trazer grandes ideias? Será que as ideias que
permitem à empresa mudar o rumo dos seus negócios ou posicionamento
virão naturalmente? Como, de fato, pode a empresa facilitar o aparecimento
e sobrevivência das grandes ideias?

Para responder estas perguntas é preciso reconhecer que toda nova ideia é uma
combinação diferenciada e original de informações e conhecimentos existentes.
Desta definição simples, mas precisa, segue que é difícil imaginar novas (grandes)
ideias surgindo, se o contexto de informação e conhecimento permanece o
mesmo. Lógico, não? Sim, mas é impressionante como esta pequena sequência
lógica é relegada a um segundo plano por aqui em “terras brasilis”.

Capturar, coletar e receber ideias parece muito mais simples e rápido. Melhor
ainda, exige pouco esforço, investimento e paciência. É um “negócio da China”:
investe-se muito pouco, monta-se um formulário na intranet ou mesmo no
site da empresa e daí é só esperar: cedo ou tarde, entre as milhares de ideias
surgidas, uma delas trará os resultados de grande impacto esperados.


                                                                © TerraForum            43
Gestão da Inovação




Cada vez que saio do Brasil volto um pouco baqueado com este negócio
de inovação por aqui. É tão brutal a diferença de seriedade com que
algumas economias avançadas tratam a questão da geração de informação e
conhecimento como base para o processo de inovação, que chego a desanimar.
Mas então lembro como éramos atrasados há 10, 20 ou 30 anos atrás e volto
a olhar o copo meio cheio ao invés de meio vazio.

Para gerar (grandes) ideias e nos tornarmos players mundiais no negócio
de inovação, como nação, é preciso profundidade, é preciso entender que
várias das grandes inovações mundiais são resultados de dezenas de anos
de formação e investimento na aquisição de uma base bastante sólida de
informação e conhecimento. No contexto empresarial, se falta de paciência e
visão de longo prazo não permitem que muitas empresas invistam em inovação
visando resultados mais radicais, é fundamental, ao menos, que as mesmas, ao
desenharem seus programas de ideias, mecanismos de ideação e processos
de inovação, não deixem de prestar atenção à fase que antecede as ideias: a
aquisição de informação e conhecimento.

Algumas poucas empresas nacionais já entenderam esta lógica e unificaram
ou estão fazendo esforços significativos de coordenação de seus esforços de
Gestão do Conhecimento e de Gestão de Inovação segundo uma mesma
direção. Vemos isto com muito bons olhos.


@claudioterra




                                                         © TerraForum          44
Gestão da Inovação




IDEIAS CRIATIVAS EM EMPRESAS
EFICIENTES?
Publicado em: 14.02.2010 15:01
Categorias: Educação Corporativa; Gestão do Conhecimento; Gestão de Inovação




T
       odo novo conhecimento surge da combinação de conhecimentos prévios.
       Se aceitarmos esse postulado, qual a consequência para uma empresa que
       deseja que seus funcionários tragam cada vez mais ideias criativas?

Acredito que existam duas frentes bem claras e que se auto-reforçam:
       1.    Aquisição de novos conhecimentos e experiências;
       2.    combinação destes conhecimentos e experiências.

Empresas com paradigmas da revolução industrial e busca desenfreada pela
eficiência criam ciladas ou modelos mentais que levam seus colaboradores
a serem cada vez mais focados. Acabam por conhecer seus processos,
tecnologias, mercados, concorrentes nos mínimos detalhes, mas a aquisição
de conhecimento é cada vez mais restrita paradoxalmente tanto em
profundidade, como em amplitude.

Em termos de profundidade, é atingido um nível raso porque investe-se tempo
e dinheiro apenas para adquirir conhecimento com aplicação imediata; e, em
amplitude, vemos um baixo alcance porque nada que não seja ligado diretamente
ao negócio corrente é descartado. Este é certamente o caminho para a eficiência,
mas é para a inovação? Principalmente a inovação de alto impacto?

Outra questão relevante para esse tema é a conectividade dos conhecimentos da
empresa. A maior parte das empresas não cria condições para a combinação de
conhecimentos não diretamente correlacionados seja numa perspectiva individual,
seja numa perspectiva coletiva. Para que isto seja feito é preciso: estimular um
ambiente descontraído no qual as pessoas sejam estimuladas a pensar: “e se?”;
criar encontros não óbvios; trazer gente de fora; sair do dia a dia; desafiar
constantemente os colaboradores a criar o novo e trazer ideias inusitadas.

Simples, não? Ou extremamente difícil no contexto do paradigma da eficiência?



@claudioterra


                                                            © TerraForum           45
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COLABORAÇÃO RIMA COM
DIRECIONAMENTO OU COM
ESPONTANEIDADE?
Publicado em: 16.04.2010 11:23
Categorias: Comunidades; Educação Corporativa; Gestão de
Inovação; Gestão do Conhecimento




D
         uas posições aparentemente antagônicas surgem frequentemente
         nas discussões sobre Gestão do Conhecimento: “para que as
         pessoas compartilhem conhecimento, são necessários estímulos e
metas claras” ou “o compartilhamento de conhecimentos exige liberdade e
espontaneidade”.

Qual das posições é a mais efetiva? Qual a melhor maneira de promover
o compartilhamento de conhecimentos, a colaboração, e alavancar a
aprendizagem, os resultados e a geração de inovações?

Ambas as posições contam com argumentos fortes e realistas. Todos
trabalhamos em organizações que foram estruturadas buscando a máxima
produtividade e o mínimo de interação, incerteza e risco. Estes fatores,
inerentes à busca da aprendizagem e da inovação, sempre foram evitados a
todo custo pelas empresas. Em ambientes assim, intercambiar conhecimentos
e experiências, trocar idéias, discutir hipóteses, experimentar novas formas
de atuação é pouco estimulado, quase considerado “improdutivo”.

Por outro lado, as iniciativas de sucesso em termos de compartilhamento de
conhecimentos e construção coletiva de ideias sempre acontecem com alto
grau de liberdade, com as pessoas dedicando-se com paixão aos temas de
interesse, pelo puro prazer de compartilhar, discutir, aprender, aplicar e inovar.
Objetivos, metas, regras, incentivos? São vistos como venenos mortais para a
espontaneidade. Papéis definidos? Somente quando emergem naturalmente da
dinâmica das comunidades, grupos de discussão, fóruns, “think tanks” e afins.

E aí? Devo apostar no direcionamento ou na espontaneidade?




                                                             © TerraForum            46
Gestão da Inovação




Em nossa experiência ajudando organizações dos mais diversos setores
a aprender, colaborar e inovar de forma mais efetiva, devemos buscar a
melhor dosagem de ambos. Por que participar dessa iniciativa de Gestão do
Conhecimento? Como participar? O que eu ganho com isso? Na maioria das
vezes, é necessário dar uma direção aos profissionais, facilitar a adoção de
novas práticas colaborativas, quebrar resistências, estabelecer algum ritmo
e tangibilizar benefícios. Prêmios, remuneração? Apenas se vinculados aos
resultados da colaboração, não pela colaboração em si.

Mas é fundamental fazer isso criando um ambiente de abertura, de confiança,
uma dinâmica construtiva. Serei julgado por minha participação? Serei visto
como um especialista ou um ignorante? Será que meus questionamentos ou
minhas práticas são muito básicos? Um ambiente de confiança, que tenha a
dosagem adequada de espontaneidade, deve ser construído e sustentado dia
após dia, com o estímulo aos questionamentos abertos, a valorização das
contribuições de cada um, a busca por convergência, o exemplo dos líderes
ou influenciadores, até que essa dinâmica ganhe ritmo próprio.

Qual a sua experiência?



@betodovalleTF




                                                         © TerraForum          47
Gestão da Inovação




É FÁCIL: BASTA MUDAR A CULTURA!
Publicado em: 14.08.2011 20:39
Categorias: Comunicação Interna; Gestão de Inovação; Gestão do Conhecimento




V
       ocê também já deve ter ouvido – ou falado! – algumas vezes em
       discussões sobre a adoção de iniciativas inovadoras em uma organização:
       “isso exige uma mudança de cultura!”.

Particularmente, a questão da cultura organizacional sempre surge nas
conversas sobre a implantação de estratégias e adoção das práticas de Gestão
do Conhecimento e Inovação, seja com a alta administração, seja com a média
gerência ou profissionais das áreas de negócio. Será que a empresa está
pronta para a adoção de novas práticas de aprendizagem, compartilhamento e
inovação? Como mobilizar as pessoas para a participação efetiva nas iniciativas
de GC? Como conseguir a mudança de cultura necessária para que a gestão
do conhecimento realmente funcione?

Não há dúvida de que a cultura é um fator relevante em qualquer iniciativa
de alcance organizacional. Além disso, em muitas empresas, a cultura é tão
evidente que parece que podemos “apanhá-la no ar”, em comportamentos,
jargões, modelos mentais e jeitos de fazer as coisas. Mas, as pessoas em geral
não compreendem como funciona a cultura de uma organização. Daí a pensar
que é algo inatingível e imutável é um passo. “Ah, mas a cultura aqui é assim
ou assado, nunca vai mudar, isso não vai funcionar”; essa é a tônica de muitos
comentários.

A cultura organizacional é formada por valores e crenças e se reflete em
artefatos simbólicos, rituais e práticas. Aquela frase emblemática do fundador,
a forma como o espaço físico é organizado, os costumes de relacionamento
entre pessoas e departamentos, o que é valorizado e o que é mal visto, são
artefatos e rituais que refletem e realimentam a cultura, continuadamente.
Estudiosos como o americano Edgar Schein e o holandês Geert Hofstede
(veja na Wikipedia ou no site do autor) são autores interessantes para quem
deseja entender melhor a questão da cultura organizacional.




                                                           © TerraForum           48
Gestão da Inovação




Quando se trata de Gestão do Conhecimento e Inovação, invariavelmente
estamos falando da intenção da organização em mobilizar conhecimentos e
criatividade em novas direções, provocando mudanças que desafiam o “status
quo”, a forma consagrada de fazer as coisas – ou seja, podem “bater de frente”
com a cultura da organização. Para exemplificar: de maneira geral, as pessoas:

   ¥¥ não consultam os colegas para aproveitar conhecimento preexistente;

   ¥¥ não trabalham colaborativamente;

   ¥¥ não buscam soluções inovadoras;

   ¥¥ não registram ou compartilham o que aprendem.

Salvo raras exceções, essas características fazem parte da “cultura” da
maioria das organizações. Se você pensar na empresa ou na instituição em
que trabalha, certamente vai se lembrar de outras práticas que fazem parte
do comportamento geral, tão arraigadas que quase não são percebidas, ou
são vistas como imutáveis.

É aí que surge o paradoxo da cultura: as pessoas estão apegadas a certas
práticas porque isso faz parte da cultura, ou isso faz parte da cultura porque
as pessoas estão acostumadas a determinadas práticas?

Pode parecer contraintuitivo, mas nossa experiência mostra que é plenamente
possível influenciar a cultura organizacional por meio da mudança de algumas
práticas de forma consistente e continuada. Até que uma nova prática seja
adotada e passe a fazer parte da cultura, é preciso combinar alguns elementos
(cuja dosagem varia de uma organização para outra):

   ¥¥ conseguir a adesão inicial e continuada de profissionais capazes de
      servir de exemplo, os “heróis” da organização;

   ¥¥ valorizar a adoção das práticas por meio do reconhecimento aberto,
      inclusive com “artefatos” simbólicos já valorizados pela organização;

   ¥¥ promover o “endosso” das novas práticas, tanto por líderes e
      gestores quanto por profissionais da operação;




                                                          © TerraForum           49
Gestão da Inovação




  ¥¥ romper claramente com as práticas que conflitam com os novos
     comportamentos desejados;

   ¥¥ evidenciar e comemorar os avanços e resultados associados às novas práticas;

   ¥¥ institucionalizar as novas práticas por meio de políticas, processos, indicadores
      e metas, que também podem ser vistos como “artefatos” da cultura.

Ou seja: ao invés de começar promovendo a mudança cultural de forma
abstrata, é preciso começar mudando as práticas. Se as novas formas de atuar
forem adotadas de forma consistente, continuada, fazendo uso de rituais já
consagrados na própria organização, elas devem ser adotadas gradualmente,
até que sejam incorporadas pela cultura.

É necessário promover uma verdadeira transformação cultural na sua
organização para que uma iniciativa gere resultados? Basta mudar as práticas!



@betodovalleTF




                                                                 © TerraForum             50
Gestão da Inovação




INOVAÇÃO ABERTA E ABERTURA
PARA A INOVAÇÃO
Publicado em: 27.04.2011 17:36
Categorias: Gestão da Inovação; Gestão do Conhecimento




M
         uitos insights interessantes surgiram no evento Open Innovation In
         Brazil, que ocorre essa semana, em uma realização conjunta da P&G
         (Procter & Gamble) com a TerraForum e com Stefan Lindegaard.
O tema central do evento - inovação aberta - é particularmente estimulante,
pois enquanto as empresas estão quebrando a cabeça (e às vezes “batendo
cabeças”) para se tornarem mais inovadoras dentro do modelo vigente, o
conceito de open innovation convida a inovar na própria prática da inovação –
expandindo as fronteiras para incorporar atores, ideias e tecnologias externos
ao processo de inovação.

A P&G saiu na frente e adota práticas interessantes em inovação aberta.
Vale a pena conhecer o programa Connect + Develop, criado pela empresa
especialmente para “acessar e incorporar propriedade intelectual desenvolvida
externamente ao seu próprio negócio, e permitir o acesso externo a seu
know-how interno”. Os casos apresentados mostraram que não se trata
apenas de um conceito sem aplicação prática – muito pelo contrário. Sim, eles
já fazem isso na prática há mais de 10 anos: desenvolvimento de tecnologias
e de produtos em conjunto com empresas dos mais variados setores. Até
mesmo com concorrentes, ou usando marcas de parceiros.

Diante dessa inspiradora realidade, não dá pra fugir de alguns questionamentos
interessantes pra encararmos a inovação aberta de frente. Pra começar: se a
inovação aberta está surgindo (ou ganhando força), isso significa que até hoje as
organizações em geral estavam fazendo “inovação fechada”? Pode soar como
uma pergunta boba, mas será que mesmo com todo esse esforço de busca pelo
Santo Graal da inovação não percebemos que as competências necessárias
não precisam estar 100% dentro da empresa? Somos tão pretensiosos a ponto
de achar que nossas organizações podem ser totalmente autossuficientes em
inovação? Talvez tenhamos que admitir que não podemos ser totalmente
autosuficientes e inovadores ao mesmo tempo. Assim, podemos imaginar
o mar de oportunidades quando nos abrimos externamente e aceitamos
combinar nossos conhecimentos, competências e ideias com os de outras
organizações interessadas em inovar pra valer. A P&G já enxergou isso.


                                                             © TerraForum           51
Gestão da Inovação




Ao pensar no imenso potencial dessas parcerias e redes externas para inovação,
surge uma nova questão: o quanto fazemos inovação aberta internamente?
Em que medida buscamos parcerias internas para gerar ideias e conceitos
ou viabilizar iniciativas inovadoras? Se podemos fazer inovação aberta
envolvendo parceiros externos, por que não fazemos também internamente?
A abertura interna certamente pode trazer muitas oportunidades e benefícios
para a inovação – e teoricamente podem ser aproveitadas com um grau de
complexidade menor.

Pois é: aparentemente temos pensado em inovação com uma mentalidade
limitada pelas experiências pregressas, e a partir dos modelos organizacionais
vigentes. Os recursos essenciais para a inovação – conhecimento, insights e
competências – estão, em sua maioria, ao alcance de nossas mãos, nas redes
das quais participamos, dentro e fora da organização. Pode ser que estejamos
precisando não só de inovação aberta, mas também de um pouco mais de
abertura para inovação.



@betodovalleTF




                                                          © TerraForum           52
Gestão da Inovação




ALFAJORES, STARBUCKS, AGÊNCIA
DE PUBLICIDADE, CONSULTORIAS E
BURGER KING
Publicado em: 07.09.2010 19:04
Categorias: Gestão de Inovação; Planejamento Estratégico;
Inteligência Competitiva; Sustentabilidade




N
          esta semana que passou aprendemos sobre a aquisição da rede
          mundial do Burger King por um grupo de brasileiros, altamente
          inovadores, arrojados e com atuação mundial. Estamos falando dos
brasileiros Marcel Telles, Jorge Paulo Lemann e Carlos Alberto Sicupira, que
também são acionistas da ABInBev, maior cervejaria do mundo e que controla
a AmBev aqui no Brasil.

Ontem vi um especial na televisão sobre os Alfajores Havanna da Argentina já
presentes em dezenas de países, uma multinacional em rápida expansão. E daí
eu fiquei pensando nos nossos amigos mineiros e seus fantásticos e saborosos
doces de leite.

Também tomei um café esta semana no Starbucks e fiquei pensando nos
excelentes cafés do Octavio e do Suplicy. Também fiz o meu café na minha
máquina da SAECO e fiquei por fim pensando no porto de Santos e nas
centenas de milhões de sacas de café que saíram por ali nos últimos 100 anos.
Esta semana também chegou até a minha casa uma dúzia de livros que
comprei da Amazon e, em particular, no livro que comprei para um amigo,
cujo aniversário me foi lembrado pelo plaxo, um serviço de relacionamento e
contatos. E pensei ainda um pouco mais: por que nenhum destes serviços com
escala mundial foi criado no Brasil e se expandiu mundialmente?

E que tal as grandes empresas de consultoria de porte mundial com centenas
de milhares de profissionais bem pagos. E por que a criatividade das melhores
agências de publicidade brasileiras estão sendo compradas por grandes grupos
internacionais? A criatividade não é nosso diferencial? O que estamos fazendo
para fomentar o fortalecimentos de empresas brasileiras de classe mundial na
área de “professional services”?




                                                            © TerraForum        53
Gestão da Inovação




Daí bateu que descobri que estamos presos no Século XX, na era industrial.
Basta ver, por exemplo, todos os mecanismos de incentivo à inovação no
Brasil. É evidente o viés para o setor industrial apesar de alguma abertura para
apoio à inovação no desenvolvimento de software.

Mas o Brasil, assim como outras economias avançadas tem no setor de
serviços a maior contribuição para o seu PIB. Ano a ano cai a participação do
setor industrial. Em economias mais avançadas, exporta-se cada vez menos
coisas. A balança comercial invariavelmente é negativa, enquanto a balança de
serviços é altamente positiva.

Já é hora de colocar o setor de serviços como estratégia para o país no
Século XXI. Sabemos como fomentar e desenvolver, por exemplo, inovação
em serviços?



@claudioterra




                                                            © TerraForum           54
Gestão da Inovação




CONCEITO DE PRODUTO: ONDE
EMBRAER E APPLE SE ENCONTRAM
Publicado em: 06.10.2011 08:44
Categorias: Design; Gestão de Inovação




A
        famosa doença holandesa tem sido uma grande realidade aqui no
        Brasil – puxada por muitos ciclos de commodities ao longo de nossa
        história. Esta nossa riqueza de recursos naturais criou no país uma
cultura extrativista, exploratória e mercantilista. Apesar de termos empresas
gigantescas, que faturam muitos bilhões de reais e um BNDES com recursos
extraordinários mesmo para padrões das economias mais avançadas, é
praticamente um sonho inatingível que um dia uma empresa brasileira crie
um novo conceito de produto global – não estou falando de copiar, adaptar e
eventualmente ser mais competitivo em razão de custos de produção.

Além da famosa doença holandesa, tenho outra hipótese: o desconhecimento
do meio do caminho para inovação. O que quero dizer com isso? Dirigentes
que dizem apoiar a inovação, mas na verdade, imaginam que basta criar um
ambiente “mais amigável para a inovação” no qual todos os funcionários
participam enviando ideias. Dá para ser contra isto? De jeito nenhum. Sou a
favor, mas não nos levará “produtos globalmente inovadores”.

E daí: o que fazer? Investir em pesquisa básica, desenvolver tecnologia de
ponta? Bom...a União Soviética e agora a Rússia sempre tiveram muita ciência
e tecnologia. Vocês comprariam algum produto soviético? Ou russo? Talvez
um avião militar... ou míssil teleguiado...

Mas as coisas parecem estar mudando por aqui: atualmente, toda empresa
quer inovar, de maneira aberta, participativa e mesmo genial. Na sombra da
despedida de Steve Jobs, algumas reflexões são bem pertinentes. São raras as
empresas, muito menos líderes empresariais, que parecem ter noção apurada
de como criar produtos que possam ser referências mundiais um dia – não me
venham falar de Havaianas!

Talvez a EMBRAER seja o único caso... Alguém consegue lembrar de mais
alguma empresa?




                                                          © TerraForum          55
Gestão da Inovação




Não sei se muitos sabem, mas tanto a EMBRAER como a Apple são grandes
integradoras de tecnologia. Ambas as empresas têm cadeias mundiais de
fornecimento de tecnologia – verdadeiros parceiros que cocriam seus
produtos.

Isto não quer dizer que as duas empresas não detenham tecnologias e mesmo
patentes – embora não sejam as que mais possuem patentes em seus setores.
O fato é que ambas trabalham muito fortemente o conceito de produto – por
meio de pesquisas de mercado, análises de tendências, avaliação de maturidade
de diferentes tecnologias e evidentemente, com a criatividade e ousadia de
suas lideranças e equipes.

Quer inovar em padrões globais? Invista em conceito, monitore o mundo para
saber o estado da arte das tecnologias disponíveis. Seja ousado no marketing
e lançamento. Simples não?

Dinheiro? Ajuda, mas não me parece ser o gargalo no Brasil.



@claudioterra




                                                          © TerraForum          56
Gestão da Inovação




BATTLE OF CONCEPTS:
CONHECIMENTO GERANDO
RESULTADOS
Publicado em: 16.02.2010 13:29
Categorias: Battle of Concepts; Gestão de Inovação;
Gestão do Conhecimento.




H
          á alguns meses conhecemos a Battle of Concepts –
          www.battleofconcepts.com.br – empresa com a qual pudemos
          rapidamente nos identificar e estabelecer uma parceria de trabalho.
Esta empresa, que foi fundada há pouco mais de três anos na Holanda, é
uma febre entre os melhores estudantes de lá. No Brasil, também já vem
apresentando resultados interessantíssimos para empresas nacionais
e multinacionais aqui instaladas. Milhares de estudantes das melhores
universidades brasileiras também já estão participando e resolvendo desafios
reais das organizações brasileiras conforme modelo de competição gerenciado
pela Battle of Concepts.

Aproximar as universidades brasileiras das empresas é um dos objetivos
permanentes de várias instâncias do poder público, das universidades mais
progressistas e também de empresas melhor sintonizadas com os desafios da
competição baseada em inovação. A Battle of Concepts é uma contribuição
efetiva neste sentido.

Mas esta não é a única contribuição!

Qual a melhor forma de aprender algo novo? Que tal mobilizando a inteligência,
experiência e motivação de jovens talentosos a partir de batalhas criativas de
conhecimento? E se isto ainda ajudasse as organizações público e privadas a
resolver desafios reais da sociedade, de tecnologia e de negócios?

Estamos muito contentes na TerraForum com a contribuição que a Battle of
Concepts começa a trazer para o aprendizado de alto nível e para a cultura de
inovação no Brasil. Assim como na Holanda, esta é uma iniciativa empresarial
que valoriza o conhecimento, a criatividade e a mobilização para a inovação.



@claudioterra


                                                          © TerraForum           57
Gestão da Inovação




CAIXA DE SUGESTÕES X GESTÃO DE IDEIAS
Publicado em: 26.05.2010 06:30
Categoria: Gestão de Inovação




Q
          uem não ouviu falar da velha caixa de sugestões? É uma prática
          muito antiga, principalmente no setor industrial - manufatura e
          mesmo em repartições públicas.

Resultados desta prática? Em geral, pífios ou irrelevantes. Ninguém nunca deu bola ou
foi assunto da capa de revista importante de negócios. Mas hoje em dia todo mundo
fala de inovação. Mas inovação não depende - para começar - de sugestões e ideias?

Neste sentido, acho importante diferenciar o que significa ter uma caixa de
sugestão (mesmo que seja virtual - um formulário eletrônico) e um programa
corporativo de gestão de ideias.

Diferentemente de uma simples caixa de sugestão, programas de gestão de
ideias podem envolver, entre outras coisas: direcionamento constante quanto
a oportunidades e desafios do negócio; esforços sistemáticos para aumentar
o potencial cognitivo dos colaboradores; várias metodologias para construção
de conceitos, recebimento de inputs do ambiente externo da empresa
(pessoas, dados, etc); reconhecimento que diferentes tipos de ideias precisam
de diferentes processos de avaliação, enriquecimento, tempo de maturação,
etc; mecanismos de colaboração para enriquecimento de ideias. Tirando o
foco estreito do “passa - não passa”; mecanismo de gestão que permitem
visualizar o ciclo de vida de uma ideia; governança super atenta e motivadora
dos vários níveis da organização; vários mecanismos de reconhecimento que
contemplem os vários atores envolvidos no processo de inovação, como os
exploradores, os facilitadores, os apoiadores, os testadores, etc.

Estes são apenas alguns exemplos das muitas diferenças.

Caixa de sugestão, em geral, tem baixo impacto e não será capa de revista de
negócio - já programas estruturados e estratégicos de gestão de ideias é uma
disciplina ainda emergente - temos muito que aprender sobre isso - e com
enorme potencial para os negócios.

@claudioterra


                                                                © TerraForum            58
Gestão da Inovação




CORAGEM PARA MUDAR DE CAMINHO
Publicado em: 04.04.2011 07:18
Categoria: Gestão de Inovação




E
       m São Paulo tem gente que fica horas parado no trânsito. Outros
       raramente pegam algum tipo de congestionamento. Os primeiros
       tipicamente chegam e saem no mesmo horário do trabalho, pegam as
mesmas ruas de sempre e sequer cogitam mudar de casa ou de emprego.
Preferem reclamar da vida, do prefeito ou mesmo da porcaria do rádio que
não toca nada decente enquanto ele jaz no trânsito. Já aqueles que saem
relativamente ilesos ao trânsito têm coragem de mudar: mudam tudo.
Às vezes até de esposo ou esposa.

Inovação não é muito diferente. É necessário ter coragem. Iniciativa. Precisa
buscar alternativas pra valer. Em muitas organizações em que escuto falar de
inovação, dá a impressão que vão ocorrer naturalmente porque foi colocado
(escrito) algo a respeito nos valores da empresa, porque os concorrentes
também estão fazendo ou porque foi criada uma área para cuidar disso.

Para inovar não é necessário contratar super-heróis corajosos, mas também
não dá para querer contribuições significativas da inovação para o negócio
sem que a empresa e indivíduos-chave saiam da zona de conforto. Inovação,
de impacto principalmente, requer trilhar estradas pouco conhecidas ou
mesmo em construção e liderar muita gente por esse caminho. Inovadores
têm coragem de convidar outros a segui-lo, mesmo que muitas vezes o
caminho possa ser tortuoso, cheio de armadilhas, etc. Liderar neste
contexto muitas vezes significa ser brutalmente honesto sobre os desafios
do trajeto, ao mesmo tempo em que se irradia otimismo e uma visão do
futuro no ponto de chegada.

Como você vê a liderança para a inovação nas organizações que conhece?



@claudioterra




                                                          © TerraForum          59
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  • 1. José Cláudio Terra Beto do Valle
  • 2. Prefácio O dia a dia das organizações que encaram os desafios da colaboração, da Gestão do Conhecimento e da Inovação pode ser tudo, menos monótono. A diversidade dos desafios e atores envolvidos, o dinamismo característico das iniciativas, a necessidade de combinar diretrizes estratégicas do negócio com questões técnicas e operacionais, tudo isso faz dos projetos de Gestão do Conhecimento e Inovação um contexto efervescente de descobertas, aprendizagem e criatividade. Uma pequena parte dessas experiências, e das ideias que borbulham nesse ambiente, é registrada diariamente no Blog da TerraForum (http://www.terraforum.com.br/blog) – e agora compartilhada com vocês nesta compilação especialmente organizada por nossa equipe. Criado em fevereiro de 2010 com o objetivo de compartilhar e discutir os estudos e experiências das equipes envolvidas nessas iniciativas junto a organizações líderes no Brasil e no mundo, o Blog da TerraForum vem reunindo opiniões e experiências significativas em torno de temas relevantes para as empresas públicas e privadas, e contando cada vez mais com comentários e contribuições de leitores. Com essa conversa paralela entre a TerraForum e seus stakeholders, emerge uma segunda narrativa que permeia a evolução desses aprendizados. Esta compilação busca dar visibilidade a isso: as publicações de 2010 e 2011 foram reordenadas em torno de temas de destaque, buscando reforçar o pragmatismo da leitura. Aproveite cada post e conheça nosso blog para participar de novos diálogos: www.terraforum.com.br/blog Você vai ver e comentar aprendizados e questionamentos, experiências equivocadas e bem sucedidas, ideias e opiniões. Mas não vai ver monotonia. José Cláudio Terra Beto do Valle Presidente Sócio
  • 3. Sumário Introdução 5 Gestão do Conhecimento 7 Gestão da Inovação 34 Educação e Aprendizagem 78 Educação Corporativa 92 Gestão de Stakeholders 111 Gestão Pública 122 Planejamento Estratégico 139 Web 2.0 151 © TerraForum 3
  • 5. Introdução G estão do Conhecimento e Inovação. E mídias sociais. Mais do que marketing, posicionamento de marca ou canal de comunicação, a TerraForum tem estes conceitos arraigados no seu DNA. Antes mesmo do surgimento de ferramentas como blogs, comunidades de prática, microblogging, redes sociais e afins, já vínhamos praticando aqui na TerraForum o que está por trás de todos estes conceitos: uma nova maneira de entender (e aprimorar) a gestão de empresas e organizações - Gestão 2.0. Para a TerraForum, este termo está não apenas ligado aos conceitos de Web 2.0 e Enterprise 2.0. Ele vai muito além. Falamos não apenas de ferramentas e plataformas tecnológicas utilizadas para estimular a colaboração horizontal entre os atores internos e externos de uma empresa (clientes, fornecedores, colaboradores, sociedade, stakeholders, lideranças, etc). Tratamos também das novas relações destas tecnologias com o ser humano, a sociedade e as empresas: o impacto que isso já significa para relacionamentos entre os indivíduos, dentro e fora do ambiente corporativo. Se no dia a dia já percebemos novas maneiras de interação entre os “nativos digitais”, estamos pensando em como essas interações irão refletir dentro das empresas assim que essa nova força de trabalho entrar no mercado. Além de tudo mudar muito rapidamente - outra característica dos tempos 2.0 -, ainda é cedo para cravar uma opinião ou uma certeza, mas claramente vislumbramos desafios para os empreendedores do futuro. Desafios de relacionamento com seus colaboradores, de mudança de cultura organizacional, de governança, de processos, de sustentabilidade. Enfim, de tudo que envolve a gestão de uma empresa, seja ela uma gigante global da “velha” economia ou uma representante da “novíssima” economia de serviços digitais. © TerraForum 5
  • 6. Introdução E este é o principal objetivo deste blog, criado e mantido pelos especialistas da empresa. Ser uma plataforma de discussão aberta em torno dos principais temas que permeiam o cotidiano de trabalho dos profissionais de RH, Comunicação, TI, Planejamento Estratégico, Educação Corporativa e demais áreas de negócio de uma empresa. Um espaço criado para gerar discussões colaborativas em torno do que há de novo e relevante sobre temas totalmente estratégicos, como Gestão do Conhecimento e Inovação, Portais, Gestão 2.0, Sustentabilidade, Mídias Sociais e afins. Está feito o convite. Leia nosso blog. Faça sugestões. Provoque. Colabore. Questione. Aprenda e ensine. Este espaço é nosso. © TerraForum 6
  • 7.
  • 8. Gestão do Conhecimento CONHECIMENTO: ATIVO COMPARTILHADO ENTRE EMPRESA E COLABORADORES Publicado em: 28.08.2010 10:38 Categoria: Gestão do Conhecimento N o passado relativamente recente, quando as pessoas que estão em cargos de chefia começaram a trabalhar, o conhecimento evoluía mais lentamente, as tecnologias tinham ciclos muito mais longos, etc. Nesse contexto, as pessoas tinham tempo para desenvolver suas competências com tranquilidade e para realmente dominar suas tarefas. Hoje, o chefe já não consegue substituir o empregado. Os conhecimentos são muito específicos e evoluem mais rápido. Nesse novo cenário, trabalhar de forma coletiva compartilhando experiências, talentos, conhecimentos gerenciais e técnicos -- é uma condição fundamental para enfrentar os desafios complexos, na velocidade necessária para que as organizações sejam efetivas. Esse ambiente e cultura organizacional, no entanto, só pode acontecer quando a liderança e os colaboradoresperceberem juntos que o modelo e os paradigmas antigos já não funcionam mais. As empresas têm muito a ganhar quando os funcionários trabalham de forma realmente colaborativa, transparente e com a disciplina necessária para compartilhar conhecimento de maneira efetiva. Os funcionários também podem se beneficiar: aqueles que compartilham seu conhecimento criam redes sólidas de aprendizado recíproco e redes de sustentação profissional e pessoal que lhes permitem avançar em suas áreas de conhecimento e em suas carreiras. Resumindo: o conhecimento é um ativo intangível cuja posse é compartilhada entre empresa e funcionários. É um ativo com alto potencial de reuso e alavancagem, mas também com potencial de rápida depreciação. Conhecimento visto como estoque perde valor constantemente. Conhecimento visto como fluxo, por sua vez, pode evoluir e trazer benefícios de forma muito rápida. Cabe à empresa, a seus líderes e colaboradores entenderem este cenário. @claudioterra © TerraForum 8
  • 9. Gestão do Conhecimento O QUE LEVA UMA ORGANIZAÇÃO A INVESTIR EM GESTÃO DO CONHECIMENTO? Publicado em: 17.02.2010 15:11 Categorias: Gestão do Conhecimento; Gestão de Inovação; Educação Corporativa; Web 2.0; Planejamento Estratégico O K, muitos vão dizer que o conhecimento é essencial para as organizações nesta chamada “era do conhecimento”. Mas, vamos além: o que realmente faz empresas e organizações investirem em Gestão do Conhecimento (GC)? O que leva gestores e profissionais a dedicarem seu tempo, esforço e reputação a práticas de Knowledge Management? Temos visto centenas de organizações dos mais diversos setores se dedicarem a iniciativas de GC com diferentes objetivos, mas alguns fatores de motivação são recorrentes: ¥¥ Perda de capital intelectual: detentores de conhecimentos relevantes se aposentando ou deixando a empresa; ¥¥ Intenção de melhor aproveitamento do conhecimento existente: otimização de esforços, diminuição do retrabalho, menos “reinvenção da roda”; ¥¥ Busca de inovação: coordenar atividades e conhecimentos da companhia para gerar inovações em produtos, serviços ou processos. No primeiro caso, a preocupação dos gestores normalmente começa quando profissionais experientes estão prestes a se aposentar. E agora? Como “reter” esse capital intelectual acumulado em décadas de experiência? Essas empresas têm implementado práticas de GC em que os profissionais (e não só aqueles prestes a deixar a empresa) dedicam parte do seu tempo a atividades de educação e de compartilhamento estruturado de conhecimentos. © TerraForum 9
  • 10. Gestão do Conhecimento Nos casos em que a motivação é aproveitar melhor o conhecimento existente, o impulso inicial frequentemente é o de multiplicar práticas e aprendizados que se encontram limitados a uma área ou unidade da empresa. Organizações que assumem esse desafio muitas vezes encontram nas comunidades de prática ou nos programas de lições aprendidas – com apoio de ambientes virtuais, portais corporativos e ferramentas Web 2.0 – a porta de entrada para GC. Já entre as organizações que direcionam seus esforços para a inovação, é comum a percepção de que essa responsabilidade não deve mais limitar-se à área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), mas tornar-se um imperativo para o negócio como um todo. Programas de Ideias, estruturação do processo de gestão da inovação e elaboração de roadmaps tecnológicos estão entre os principais caminhos adotados por essas companhias. E você? Que desafios identifica como os principais motivadores para sua organização investir em Gestão do Conhecimento? Comente aqui! @betodovalleTF © TerraForum 10
  • 11. Gestão do Conhecimento COMO DEFINIR OS CONHECIMENTO CRÍTICOS DA ORGANIZAÇÃO? Publicado em: 23.02.2010 18:42 Categoria: Gestão do Conhecimento Conhecimento está sempre associado a pessoas. Não é apenas uma questão retórica, por mais que façamos um esforço de abstração e discutamos o conhecimento organizacional. Sim, podemos dizer que o conhecimento crítico é aquele associado à estratégia empresarial. Mas, na prática, para gerenciá-lo temos que levar em consideração o seguinte cenário: “O meu conhecimento é crítico. Claro que está relacionado à estratégia da empresa” Será mesmo? Quem numa organização está disposto a admitir que seu conhecimento pode ser facilmente adquirido no mercado? A assumir que, quando sair da empresa, ela encontrará alguém melhor preparado, mais atualizado e mais empreendedor? A discussão acadêmica do tema é muito mais simples do que a discussão prática e direcionadora para resultados objetivos nas organizações. As organizações que conseguem fazer isto de maneira estruturada e profissional estão, no entanto, dando passos significativos para competir no século XXI. @claudioterra © TerraForum 11
  • 12. Gestão do Conhecimento GESTÃO DO CONHECIMENTO: PERGUNTAS SIMPLES, RESPOSTAS FUNDAMENTAIS Publicado em: 27.11.2011 08:54 Categorias: Educação Corporativa; Gestão de Competências; Gestão do Conhecimento D epois de muitos (e muitos anos) trabalhando com Gestão do Conhecimento ainda fico perplexo com o desafio brutal que é colocar esta prática no dia a dia das empresas. Qualquer um que falar algo diferente nunca tentou, só ficou filosofando ou teorizando. Acadêmicos puros: não me levem a mal, a teoria é fundamental. Todos têm de certa maneira uma teoria sobre como as coisas funcionam. Os modelos têm vários papéis: de um lado, ajudam a representar parcialmente a complexidade; de outro, são uma base para qual o raciocínio e capacidade de interpretação pode agregar, evoluir ou mesmo questionar. Neste sentido, são marcos. Além disso, organizar modelos têm o crítico papel de alinhar centenas ou milhares de indivíduos segundo uma lógica de pensamento, ajudando a direcionar e priorizar esforços. Feitos o ponto e o contraponto, aqui vou eu propor mais um modelo simples para tratar a Gestão do Conhecimento nas organizações. Ele se baseia em sete perguntas-chave: Por que? As organizações não podem embarcar em esforços de Gestão de Conhecimento simplesmente porque está na moda ou por conta de chavões. Porque Gestão do Conhecimento deve ser bastante prático e tangível, com respostas do tipo: estamos expandindo regionalmente e temos gaps de performance; estamos contratando muitas pessoas e não conseguimos treiná-los rapidamente, precisamos dominar tal tecnologia essencial para nossa competitividade etc. © TerraForum 12
  • 13. Gestão do Conhecimento Quem? É óbvio, não? Mas como tratar do assunto Gestão do Conhecimento sem pensar em quem são os atores envolvidos – de dentro e de fora da empresa. Quem são as pessoas que já detêm parcialmente ou fortemente os conhecimentos críticos para a empresa? Quem são aqueles que deveriam dominar este conhecimento? Quais as características destes grupos de indivíduos? Quais? Conhecimentos não são herméticos. As fronteiras, relacionamentos e sobreposições não são tão óbvios, nem estáticos. Apesar disso, a gestão estratégica do conhecimento resulta de um bom entendimento das disciplinas, escolas, taxonomias, ontologias e semânticas associadas a tipos de conhecimentos. Defina um conhecimento de maneira muito estreita e os resultados serão muito limitados; defina de maneira muito aberta e a ausência de foco pode gerar uma enorme perda de recursos. Como? Uma das coisas que muitos sabem é que o conhecimento pode se apresentar de várias formas: tácito, implícito ou explícito. Ele pode ainda evoluir de maneira muito rápida ou ter uma dinâmica previsível. Quanto mais sistêmico o conhecimento, mais difícil é compreender como ele evolui. À medida em que a complexidade aumenta, aumentam também os mecanismos e práticas de Gestão do Conhecimento, assim como a incerteza quanto aos resultados que serão efetivamente obtidos. Quando? Em todos os assuntos de gestão, a dimensão “tempo” é fundamental. Em Gestão do Conhecimento não poderia ser diferente. Mais ainda, investir em conhecimento é sempre uma aposta no futuro, tanto do ponto de vista individual, como organizacional. Na prática, significa trocar um pouco o presente e as demandas urgentes para investir na construção de um capital intelectual próprio ou da organização. Não que não estejamos aprendendo o tempo todo, pois estamos. Contudo, à medida que ampliamos o leque e número de pessoas envolvidas no aprendizado e transferência de conhecimento, precisamos dedicar tempo específico para isso. © TerraForum 13
  • 14. Gestão do Conhecimento Além disso, precisamos saber quando desejamos obter algum tipo de resultado: uma coisa é aprender algo ou transferir algum conhecimento em semanas, outra em meses e outra ainda em anos. Onde? Um dos dilemas crescentes quando falamos de aprendizado e conhecimento é o quanto deveremos nos valer do presencial ou do virtual. Embora haja avanços significativos nas formas como utilizamos os ambientes virtuais como forma de acesso à informação de alto valor e como forma de comunicação entre indivíduos, o contato presencial ainda tem uma “largura de banda” infinitamente maior. Presencialmente aprendemos com todos os nossos sentidos e podemos influenciar no contexto entendendo de maneira mais interativa e muitas vezes subconsciente nosso aprendizado. Dentro ou fora da empresa, no nosso entorno ou ainda com nossos pares ou pessoas de outras áreas e culturas completamente diferentes? São perguntas que também precisam de bastante reflexão em alguns casos. Quanto? Finalmente o que poucos gostam de ouvir: quanto custa? Valendo-nos da conhecida expressão “there´s no free lunch” é responsável destacar que conhecimento pode, em alguns contextos, custar muito para ser adquirido, transferido ou mantido. Não é óbvio isto quando pagamos para um curso? Por que seria diferente em outros contextos? Quanto mais raro, sofisticado ou complexo o conhecimento, maiores serão os investimentos. Isto não quer dizer que as metodologias, práticas e tecnologias relacionadas à Gestão do Conhecimento sejam sempre caras e difíceis de implementar. Pelo contrário, no dia a dia as organizações já suportam uma cultura organizacional e adotam uma série de práticas que permitem que o conhecimento e o aprendizado fluam como parte do próprio processo de trabalho. Vejam: é apenas mais um modelo. A realidade – quando o assunto é conhecimento – continua maravilhosamente desafiadora. Espero, no entanto, que seja mais um referencial útil. Perguntas? @claudioterra © TerraForum 14
  • 15. Gestão do Conhecimento MASLOW E A ECONOMIA DO INTANGÍVEL Publicado em: 09.04.2010 09:46 Categoria: Gestão do Conhecimento A inda estamos distantes da situação econômica dos países mais desenvolvidos, nos quais problemas relacionados a fome, segurança, e conforto são mínimos. Contudo, já podemos afirmar que, apesar dos bolsões de pobreza extrema, uma parte significativa da população brasileira precisa sobretudo de alimento para a alma. Assim como na pirâmide de Maslow, a economia também se move em direção ao intangível à medida em que se desenvolve. E então, o que as pessoas demandam? Elas precisam de experiências sensoriais, intelectuais, emotivas, estéticas e de relacionamento. Cresce o intangível, traduzido na incorporação dos intangíveis nos produtos físicos (alimentos, bebidas, carros, roupas, etc) e o surgimento de produtos puramente intangíveis como redes sociais, Web 2.0, turismo de aventura, atividades hedonísticas, produtos culturais, etc. A questão não é mais se estamos ou não na Economia do Intangível. Esses produtos já estão por todo lado que olhamos. No mundo dos negócios é importante ter em mente que os intangíveis serão cada vez mais valorizados e adquiridos, incorporados ou não a artigos físicos. Simples não? @claudioterra © TerraForum 15
  • 16. Gestão do Conhecimento GESTÃO DO CONHECIMENTO COMO “FOGO DE PALHA”? Publicado em: 28.08.2010 12:02 Categoria: Gestão do Conhecimento O erro mais comum associado à Gestão do Conhecimento é o “fogo de palha”. É tratar o conhecimento como um projeto simples, com data para começar e terminar. É confundi-la com algum sistema ou programa de software. É achar que evoluir o conhecimento organizacional de maneira sustentável ocorre por meio de ações espetaculares e pirotécnicas. Conhecimento, seja ele individual ou coletivo, é coisa profunda e séria. Pensem bem: quais são os ativos efetivamente importantes de uma empresa: Terrenos? Prédios? Computadores? Dinheiro? No que estas coisas diferenciam empresas exemplares de empresas ordinárias? Para iniciar um programa de Gestão do Conhecimento, é crítico que a empresa tenha uma boa noção, melhor ainda, faça uma boa seleção e caracterização do conhecimento que a permite operar, evoluir e atingir seus objetivos estratégicos. Tipicamente, não estamos falando de um conhecimento, mas de diversos tipos de conhecimentos com características bastante distintas. Com essa perspectiva estratégica, uma série de ações relacionadas à busca, criação, compartilhamento, codificação, retenção e proteção podem ser colocadas em marcha. Também, é fundamental que no mínimo os gestores em todos os níveis insiram as práticas da Gestão do Conhecimento no dia a dia, na rotina de suas áreas e no comportamento das pessoas que detém ou buscam conhecimento para atingir os objetivos organizacionais. A disciplina e a prática da Gestão do Conhecimento tem se beneficado muito da evolução recente nas Tecnologias da Informação, colaboração e comunicação e também de uma série de novos métodos gerenciais (boas práticas, lições aprendidas, programa de ideias, etc.) e mesmo de indicadores (comoBalanço de Ativos Intelectuais e Intangíveis). Cada uma destas iniciativas, no entanto, embora úteis e, em alguns casos, essenciais, não podem ser vistas isoladamente como sinônimo de Gestão do Conhecimento. @claudioterra © TerraForum 16
  • 17. Gestão do Conhecimento COMPARTILHAMENTO DE CONHECIMENTO: A OUTRA FACE DA MOEDA Publicado em: 03.07.2010 15:30 Categorias: Gestão de Inovação; Gestão do Conhecimento; Web 2.0 D epois de trabalhar e pesquisar tanto tempo com Gestão do Conhecimento fico surpreso como quão frequente ainda me perguntam por que as pessoas não compartilham conhecimento e como vencer a conhecida síndrome do “Conhecimento é Poder”. É interessante, mas pouca gente pergunta: por que as pessoas não buscam a opinião, expertise, e conhecimento de outras pessoas, departamentos e organizações. Talvez, este seja, em várias circunstâncias, a maior barreira para o compartilhamento. Você conhece indivíduos que: Acreditam tanto no próprio conhecimento e experiência que nunca pedem opinião ou ajuda de outros? Só conversam com pessoas do seu nível hierárquico? Raramente saem de suas empresas e mantém um círculo super restrito de contatos ao longo de sua vida profissional? Estão sempre super atrasados? Nunca tem tempo para conversar com outros? Têm problema de auto-estima e, portanto, medo de se mostrar incompetentes? Tentam resolver problemas e desafios até o último momento, deixando os problemas estourarem em suas próprias caras? Tem medo da competição com colegas e não perguntam nada para ninguém por medo de mostrar suas fragilidades? Você conhece empresas nas quais: ¥¥ Os funcionários não tem ambiente ou mecanismos para contribuir com suas ideias? Raramente pedem opinião para clientes e fornecedores? ¥¥ Não se dão conta do que a Web 2.0 significa em termos de modelos colaborativos de negócios? ¥¥ Incentivam a desconfiança de pessoas de fora da empresa? © TerraForum 17
  • 18. Gestão do Conhecimento ¥¥ Acreditam que todos os melhores talentos de seu setor trabalham necessariamente dentro da empresa? ¥¥ São incapazes de compartilhar qualquer tipo de propriedade intelectual? ¥¥ Raramente conseguem estabelecer alianças? ¥¥ Acreditam que todas as boas ideias vem de dentro da empresa? Muita gente não quer compartilhar conhecimento, mas muita gente não tem nenhuma abertura ou receptividade para compartilhar suas ideias, conhecimentos e experiências. @claudioterra © TerraForum 18
  • 19. Gestão do Conhecimento GESTÃO DO CONHECIMENTO EM GRANDE ESCALA ! Publicado em: 13.02.2010 16:23 Categorias: Educação Corporativa; Battle of Concepts; Comunidades; Gestão de Inovação; Gestão do Conhecimento; Web 2.0 S egundo estudo do Institute for the Future, “Engagement Economy: the future of massively scaled collaboration and participation”, se cada americano deixasse de assistir 2 horas de televisão por semana e participasse de iniciativas tipo Wikipedia, os Estados Unidos sozinho poderia produzir 20 projetos equivalentes à Wikipedia por ano! Aqui no Brasil um velho ditado diz: “se você precisa da ajuda para algo realmente importante, peça para alguém que está bem ocupado. Ele vai encontrar tempo”. Exageros à parte, é evidente que na sociedade atual, gerenciar o próprio tempo e ser produtivo de forma independente é um dos grandes desafios para todos que trabalham na Economia do Conhecimento e na Economia Criativa. E se cada brasileiro deixasse de assistir 2 horas de TV por semana e se dedicasse a adquirir e produzir conhecimento, compartilhar o que sabe e contribuir com ideias para projetos de amplo impacto econômico e social? Numa conta rápida, isto significa cerca de 2 x 52 x 100 milhões (descontando crianças muito pequenas, pessoas sem TV e outras exclusões óbvias) = algo próximo a 10,4 bilhões de horas produtivas adicionais por ano. Quanto vale isto? Já nos demos conta do que isto significa? E o estrago que alguns programas de TV causam para nosso país? Lemos apenas 2 livros em média por habitante por ano. Em alguns países europeus, a média é de 40 livros por ano por habitante. Que bom que passamos mais tempo na Internet e menos tempo assistindo televisão! Aumentar a penetração da Internet e diminuir o tempo na frente da televisão é questão séria e de enorme impacto econômico e social para nosso país. © TerraForum 19
  • 20. Gestão do Conhecimento O estudo do Instituto for the Future destaca ainda o papel fundamental da motivação como elemento crítico para o sucesso de qualquer iniciativa de crowdsourcing. Difícil não concordar com isso. Já sabemos há muito tempo que incentivos financeiros, em geral, não dão certo no contexto da Gestão do Conhecimento e, pelo que tudo indica, esta é a realidade também em esforços de crowdsourcing de grande escala . Neste sentido, fica aqui um último pensamento: será que nossas organizações e nosso sistema educacional não seriam muito mais efetivos se soubessem como engajar mentes e corações? Por que trabalhar e aprender precisam ser vistos como algo duro e desagradável? Por que não podem ser encarados e organizados como desafiadores e divertidos? Na Economia do Conhecimento e Criativa, estas não são questões periféricas. São questões centrais e estratégicas. Vamos mudar essa realidade? @claudioterra © TerraForum 20
  • 21. Gestão do Conhecimento A RELAÇÃO “TEMPO X BENEFÍCIO” NA GESTÃO DO CONHECIMENTO Publicado em: 27.04.2011 17:36 Categoria: Gestão do Conhecimento M al damos conta das nossas atribuições atuais, como vamos arrumar tempo pra mais essas atividades de Gestão do Conhecimento?” Dez, cinquenta, cem... Já perdi a conta de quantas vezes ouvi afirmações ou questionamentos semelhantes à frase acima. Essa costuma ser a primeira angústia quando se trata da implantação de iniciativas de Gestão do Conhecimento e inovação: a conciliação da carga de trabalho existente com novas atividades de aprendizagem, compartilhamento de conhecimento e colaboração, como uma preocupação generalizada, da alta administração às equipes operacionais ou de especialistas. Essa angústia se justifica? Há basicamente quatro razões pelas quais acredito que não. Se tiver tempo, faça seus comentários! Fator 1: Atividades estruturadas de Gestão do Conhecimento não são atividades “adicionais”, mas sim uma forma muito mais efetiva de fazer algo que já era feita, mas de forma não estruturada. Todos desempenhamos uma série de atividades, buscamos entender e solucionar problemas, desenvolvemos novas soluções, eventualmente geramos inovações. Para isso, dedicamos algum (ou muito) tempo à busca, aprendizagem e aplicação de conhecimentos ou mesmo para a criação de novos conhecimentos. No entanto, fazemos de forma predominantemente individual, fragmentada e não sistematizada. Atividades estruturadas de Gestão do Conhecimento (ou seja, orientadas por uma estratégia e organizadas em torno de processos, ferramentas e práticas organizacionais) permitem que essas atividades sejam melhor orientadas e apoiadas por colegas e pela organização, o que garante maior efetividade. © TerraForum 21
  • 22. Gestão do Conhecimento Fator 2: Atividades estruturadas de Gestão do Conhecimento permitem diminuir o tempo dedicado a atividades repetitivas, além de evitar problemas recorrentes. Fornecer a mesma orientação muitas vezes a diferentes profissionais, gerar novas versões dos mesmos materiais e conteúdos indefinidamente, duplicar esforços ou repetir erros do passado desavisadamente, reincidir na famosa “reinvenção da roda”: esses inflacionadores de agenda são um problema típico de organizações que não possuem uma gestão do conhecimento efetiva. Pequenos esforços bem estruturados de Gestão do Conhecimento permitem grandes ganhos nesta área – por meio de mecanismos de reaproveitamento de conteúdos e aprendizados, que vão desde um simples FAQ (perguntas frequentes) até fóruns de discussão, comunidades de prática e murais que possibilitam o registro, a busca, o resgate e a atualização de conteúdos e aprendizados. Fator 3: O melhor aproveitamento do conhecimento disponível permite saltos de eficiência, otimizando o tempo e gerando benefícios organizacionais (até mesmo para quem não participa diretamente das atividades de GC). Práticas efetivas de Gestão do Conhecimento criam condições para que conhecimentos e práticas adotadas em uma região ou departamento possam ser aproveitadas em outros contextos, gerando ganhos de escala que beneficiam várias áreas ou mesmo toda a organização, participantes ou não das atividades de GC. Aqui, além da otimização do tempo, existem os benefícios diretos. Fator 4: Ao longo do tempo as atividades de GC criam condições para melhor desempenho e para inovação, gerando grande retorno para o tempo investido. Com o melhor fluxo de conhecimento na organização, melhoram muito as condições para a inovação. Um simples programa de gestão de ideias, por exemplo, costuma gerar retornos financeiros muito maiores que o investimento. Esse ciclo virtuoso se realimenta, e os benefícios potenciais – melhor desempenho, comprometimento, produtividade, qualidade, reputação, diferenciação, novos produtos ou negócios – são tão positivos que justificam investimentos mais significativos de tempo e recursos em Gestão do Conhecimento. Resumidamente, podemos dizer que a adoção da GC pode ser analisada conforme o valor que é capaz de gerar em relação ao tempo investido: © TerraForum 22
  • 23. Gestão do Conhecimento DE PARA RELAÇÃO (sem uma Gestão (com processos e práticas “TEMPO x do Conhecimento estruturados de GC) BENEFÍCIO” estruturada) Busca, aprendizagem Atividades estruturadas e aplicação de de busca, aprendizagem Otimização do tempo conhecimentos não e aplicação de estruturados conhecimentos Atividades repetitivas, Registro, busca, resgate, problemas recorrentes, reaproveitamento duplicação de esforços, e atualização Otimização do tempo práticas obsoletas de conteúdos e aprendizados Aproveitamento Conhecimentos com localizado e limitado de alcance ampliado e Impacto positivo conhecimentos potenciais ganhos de escala Baixo fluxo de Ciclo virtuoso: fluxos conhecimentos, com de conhecimento Impacto altamente baixa contribuição para retroaliamentando positivo a inovação processos de inovação Com base na experiência de muitos projetos, nas mais variadas organizações, sintetizada nas reflexões acima, podemos afirmar, sem sombra de dúvida: a adoção de práticas de Gestão do Conhecimento não significa necessariamente maior consumo de tempo, mas sim a substituição de práticas pouco eficientes por outras muito efetivas. E ainda que se decida por um investimento maior de tempo e recursos, eis um grande investimento. O fato de estarmos investindo tempo neste post é uma grande prova disso! @betodovalleTF © TerraForum 23
  • 24. Gestão do Conhecimento BENCHMARKING... COMO FERRAMENTA DE GESTÃO DO CONHECIMENTO!!! Publicado em: 30.08.2010 23:40 Categoria: Gestão do Conhecimento A s empresas hoje sabem da importância de olhar para fora da organização para conseguir avaliar suas próprias práticas e processos. No entanto, estruturar esse olhar ainda é uma dificuldade que vemos com frequência e, como consequência, as dispendiosas visitas de benchmarking não são aproveitadas como deveriam. O Benchmarking é uma maneira de pesquisar práticas com enfoque especial, aquelas que o mercado reconhece como diferenciadas, dentro da sua área de atuação. Como uma pesquisa, é importante ter metodologia estruturada para orientar o olhar daqueles que conduzirão o projeto. Outro ponto muito importante para que a iniciativa mostre resultados efetivos é a preocupação com a aderência do estudo aos processos e à realidade da organização. O foco é aprender efetivamente com a pesquisa, e não copiar o que é feito de melhor. Muitas vezes, a cópia não é aplicável a todos os contextos, gerando grande frustração na sua implantação. E qual a sua opinião sobre isso? Tem algum outro ponto para compartilhar? Colabore! @claudioterra © TerraForum 24
  • 25. Gestão do Conhecimento COLABORAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES: O QUE FUNCIONA E O QUE NÃO FUNCIONA Publicado em: 12.04.2010 12:36 Categoria: Gestão do Conhecimento A questão da colaboração é uma das mais relevantes para a competitividade das empresas em contextos nos quais a inovação e a competição ocorrem em escala mundial. Apesar disso, sabemos que, na prática, soluções aparentemente semelhantes para gestão do conhecimento dão resultados muito distintos. Estamos falando de comunidades de prática, fóruns de boas práticas, mecanismos de lições aprendidas, blogs corporativos, etc. Nos últimos dez anos tive a oportunidade de trabalhar em dezenas de organizações com esses temas. Minha conclusão é de que há vários aspectos que parecem separar as organizações que colaboram com efetividade daquelas que dizem que colaboram. Alguns dos aspectos mais importantes são: ¥¥ Alta administração que instaura o medo e a competição acirrada entre corpo gerencial versus alta administração que fomenta o diálogo e a colaboração entre diferentes áreas da empresa: evidentemente, a posturacolocada em prática afeta profundamente comportamentos em toda a organização; ¥¥ Colaborar por colaborar ou colaborar como um meio para atingir objetivos específicos: tenho visto melhores resultados naquelas organizações nas quais os objetivos são traçados de forma clara e esforços para mensurá-los são perseguidos de forma sistemática; ¥¥ Vontade versus método: colaborar com efetividade demandadisciplina, métodos, sistematização e ferramentas adequadas e fáceis de usar Colaborar de maneira significativa e relevante demanda tempo das pessoas, artigo precioso para as empresas. Portanto, a colaboração não vai acontecer apenas porque está entre valores da empresa ou porque alguém disse que é importante. Certamente, existem outras razões que separam as organizações que colaboram com efetividade daquelas que ficam apenas no discurso. O que mais as separa? @claudioterra © TerraForum 25
  • 26. Gestão do Conhecimento MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS E GESTÃO DO CONHECIMENTO Publicado em: 11.03.2010 18:32 Categoria: Gestão do Conhecimento A Teoria das Múltiplas Inteligências de Howard Gardner é quase um consenso atualmente. Por outro lado, individualmente, “gente faz diferença”. O conceito de Gardner e esta frase bastante óbvia passam, muitas vezes, desapercebidos em esforços de Gestão do Conhecimento. Vocês já repararam na prática que tem GENTE que faz uma enorme diferença nas empresas? No entanto, muitas dessas pessoas não tem aquele conhecimento mais técnico ou específico, que tende a ser o foco da Gestão do Conhecimento. Gente que encanta o cliente. Gente que torna o complexo simples. Gente que agrega as competências técnicas de outros, etc.Sabem de quem estou falando? Acho que precisamos de modelos mais sofisticados para realmente inserir o fator Gente nas soluções de Gestão do Conhecimento. O que vocês acham? @claudioterra © TerraForum 26
  • 27. Gestão do Conhecimento VALUE NETWORKS, INDICADORES E CAFÉ: HABILITADORES DA DINÂMICA DO CONHECIMENTO NO KM BRASIL 2010 Publicado em 27.04.2011 17:36 Categoria: Gestão do Conhecimento A notei várias impressões e ideias durante o KM Brasil 2010, o mais importante evento sobre Gestão do Conhecimento do país, que aconteceu esse ano (2010) em Gramado, no Rio Grande do Sul. Segue uma visão macro no formato microblog: * É a décima edição do evento: salas cheias. O tema Gestão do Conhecimento ainda tem muito a ser discutido. Por muito tempo. * A americana Verna Allee fala sobre a evolução da GC, passando por temas como capital intelectual, learning organizations e systems thinking. * Para Verna Allee, comunidades de prática são uma das iniciativas mais efetivas para GC, mas não devem ser gerenciadas. Concordo parcialmente. * Sobre o comentário de Allee sobre comunidades de prática: temos que cultivar as comunidades emergentes, mas a ideia “build it and they will come” parece ingênuo. * Allee mostrou aplicações do conceito de “value networks”, representando fluxos de ativos tangíveis e intangíveis em redes de negócio. * Trocas de ideias nos coffee breaks continuam sendo ótimos momentos. Eventos presenciais, café e bolo são ótimas ferramenta de GC! * Muitos casos de GC interessantes, em diversos setores e níveis de maturidade. Mais organizações fazendo GC na prática. * Muita gente do setor elétrico participando do KM Brasil 2010. Interessante! * Mais de 100 pessoas no Tutorial de GC até as 7 da noite. Bom sinal! © TerraForum 27
  • 28. Gestão do Conhecimento * Perguntas da plateia: menos básicas e mais interessantes que outrora. * Indicadores de ativos intangíveis e métricas de Gestão do Conhecimento continuam gerando muito interesse. * Mensagem: GC tem que se preocupar menos com PROVAR seu valor, e se dedicar mais a GERAR valor. * Todd Revolt: práticas interessantes da Atlassian. 24 h para funcionários fazerem o que quisessem e depois mostrar os resultados. Deu em inovação. * Novos conceitos aparecendo com força: inovação aberta, design thinking, redes de valor (Verna Allee) e sustentabilidade (tema do evento). * Tema que curiosamente foi pouco discutido até agora: uso de ferramentas web 2.0 e redes sociais em GC. * Temas emergentes que aparecem como sinais fracos: diálogo (para construção de conhecimentos), abordagem sistêmica e coordenação (ações de GC). * KM Brasil 2011 será em São Paulo. Promissor! * Felizmente não precisamos esperar 12 meses pelo próximo #KMBR. Podemos continuar discutindo via blogs e tweets. Comente! RT! @betodovalleTF © TerraForum 28
  • 29. Gestão do Conhecimento GESTÃO DO CONHECIMENTO CONTRIBUI PARA INOVAÇÃO? Publicado em: 02.05.2010 22:39 Categorias: Educação; Gestão de Inovação; Gestão do Conhecimento I novação depende de conhecimento novo aplicado, gerando valor para algum indivíduo, sociedade ou planeta. Dito isto, como a disciplina - ainda relativamente recente - da Gestão do Conhecimento pode contribuir para a Inovação? De muitas maneiras: ¥¥ Inovação depende com frequência da combinação de conhecimentos preexistentes. Assim, mecanismos que facilitam o acesso a vários tipos de informação e a um amplo leque de especialistas de dentro ou fora da organização podem contribuir para a inovação corporativa. ¥¥ Inovação depende de talentos que ao longo de sua carreira tiveram seus conhecimentos e habilidades polidos e ampliados constantemente. ¥¥ Inovação requer respeito à dinâmica e ao processo de trabalho do trabalhador do conhecimento. Eles precisam e se beneficiam de ferramentas e métodos que otimizam seu tempo e aumentam sua produtividade. ¥¥ Inovaçao se beneficia de métodos estruturados para recebe inputs de qualquer pessoa de dentro ou fora da empresa; ¥¥ Inovação se beneficia de ambientes de trabalho onde impera a confiança e transparência e que estimulam a criatividade, a colaboração e a flexibilidade. Você conhece outras maneiras como a Gestão do Conhecimento impacta a Inovação nas organizações? @claudioterra © TerraForum 29
  • 30. Gestão do Conhecimento 20 COISAS QUE APRENDEMOS SOBRE GESTÃO DO CONHECIMENTO Publicado em: 27.08.2011 18:22 Categoria: Gestão do Conhecimento I nspirados pelo vídeo “20 Coisas que aprendemos para Inovar”, resolvemos compilar e compartilhar aprendizados sobre Gestão do Conhecimento: 1. É impossível fazer a gestão de todos os conhecimentos da organização; é preciso ser seletivo. 2. Conhecimento é perecível. Ele ganha valor quando compartilhado e aplicado. 3. Não dá para “arrancar” o conhecimento das pessoas. Elas têm que compartilhar porque querem. 4. Quem compartilha conhecimento de valor precisa ser reconhecido por isso. 5. A maior parte das pessoas resiste a mudar de ferramentas. Novas ferramentas precisam ser fáceis de usar. 6. O mais importante é conectar as pessoas; não a informação. 7. Qualidade de conteúdo é mais importante que quantidade de conteúdo. 8. É importante saber como valorizar o informal como estratégia de aprendizado. 9. O compartilhamento de conhecimento deve entrar na rotina, no calendário da empresa. 10. Os silos, hierarquias e símbolos de status são inimigos da Gestão do Conhecimento. 11. A liderança deve não apenas apoiar, mas principalmente dar o exemplo © TerraForum 30
  • 31. Gestão do Conhecimento 12. Quando Gestão do Conhecimento funciona bem, todos saem ganhando – empresa e funcionários! 13. Governança funciona bem quando o foco é a articulação e o engajamento da empresa. Não confundir governança com órgão regulador. 14. Taxonomia tem que fazer sentido para os colaboradores, não para o especialista em classificação. 15. A proteção de informação, conhecimento e ativos intangíveis começa pela ética. 16. Tão importante quanto os que sabem são aqueles que articulam conhecimentos internos e externos à organização. 17. O futuro se constrói no presente. Compartilhar não é fazer download; é abrir oportunidades para cocriação 18. Quando compartilhamos também aprendemos. 19. As pessoas precisam cada vez mais de redes para enfrentar desafios complexos. 20. Quem pouco compartilha tende a ficar com seu próprio e defasado conhecimento. Que lições você acrescentaria? @claudioterra © TerraForum 31
  • 32. Gestão do Conhecimento PRÁTICAS INDIVIDUAIS DE GESTÃO DO CONHECIMENTO: O QUE VOCÊ PODE FAZER JÁ! Publicado em: 21.07.2010 08:12 Categoria: Gestão do Conhecimento U m cliente me fez uma pergunta muito interessante nos últimos dias: o que podemos fazer, cada um de nós, para fazer a Gestão do Conhecimento acontecer em nosso dia a dia? Estabelecer um direcionamento estratégico, mapear os conhecimentos críticos, definir processos e ferramentas para captura e compartilhamento de conhecimentos, tudo isso é importante, porém exige iniciativa da organização. Mas, o que cada profissional pode fazer imediatamente e diariamente para ajudar a fazer acontecer a Gestão do Conhecimento? A partir da oportuna provocação, anotei estas singelas dicas que, praticadas dia após dia, não só trazem benefícios diretos a quem pratica como são capazes de impulsionar grandes transformações. Experimente: ¥¥ Cultivando uma cultura de GC: seus conhecimentos, experiências, lições aprendidas e ideias podem ser mais úteis do que você imagina para o trabalho de colegas da sua e de outras áreas. Registre e compartilhe. ¥¥ Faça perguntas, aprenda com os outros e com a organização: pense em quanto conhecimento e experiência existe disponível na organização. Antes de iniciar um novo projeto ou atividade, procure saber: quem já participou de atividades similares? Como foi o projeto? Quais as lições aprendidas? Que documentos estão disponíveis sobre o tema? Aproveite o conhecimento acumulado. ¥¥ Entenda as prioridades da organização no curto e longo prazo: busque sempre se atualizar a respeito das diretrizes estratégicas da organização. Assim você saberá que conhecimentos vale a pena mobilizar. ¥¥ Colabore: fazer junto é uma das melhores formas de aprender e trocar conhecimentos. Organize seu tempo para poder participar de atividades e projetos com colegas da sua e de outras áreas. Assim você poderá adquirir e disseminar conhecimentos. © TerraForum 32
  • 33. Gestão do Conhecimento ¥¥ Valorize as iniciativas de colaboração e compartilhamento dos colegas: seja proativo tanto no compartilhamento quanto na valorização das atitudes dos colegas e líderes que contribuam para fomentar o fluxo de conhecimentos. Crie uma energia positiva em torno da colaboração. ¥¥ Mantenha-se antenado: acompanhe o que acontece no mundo, em outros setores e na própria empresa em relação aos conhecimentos de interesse. Leia, escute, assista, informe-se: fontes de informação e conhecimento não faltam. Você pode contribuir para manter a empresa atualizada com os melhores conceitos e práticas. ¥¥ Conecte-se às redes de conhecimento: elas são essenciais para o fluxo de conhecimentos. Diz o ditado que “mais importante do que ‘saber’ é ‘saber quem sabe’”. Mantenha contatos e interaja frequentemente com profissionais de dentro e de fora da organização para ter acesso e participar das redes de conhecimento. ¥¥ Tenha visão de futuro: não se preocupe se, no início, apenas você estiver compartilhando conhecimentos e continue sendo proativo. Mudanças culturais levam tempo e dependem de pequenos gestos dia após dia. Sim, de certa forma estamos falando de uma mudança cultural. Mas a cultura organizacional se muda com a prática, e não o contrário. Práticas como estas, adotadas dia após dia, são a base para a adoção dos conceitos de Gestão do Conhecimento pela cultura da organização. E você, tem mais alguma dica para praticar a gestão do conhecimento no dia a dia? Compartilhe! Comece já a adotar essas práticas deixando aqui seu comentário. @betodovalleTF © TerraForum 33
  • 34.
  • 35. Gestão da Inovação GESTÃO DO CONHECIMENTO E INOVAÇÃO: INTEGRANDO O QUE NUNCA DEVIA SER SEPARADO Publicado em: 08.09.2010 09:31 Categorias: Gestão da Inovação; Gestão do Conhecimento C onhecimento e inovação são “duas faces da mesma moeda”. Concorda? O conceito não é novo, mas ainda assim é pouco assimilado. Os temas têm relevância estratégica para qualquer organização, mas são tratados, em sua maioria, de forma desarticulada. Com isso, são desperdiçadas grandes oportunidades, tanto para o presente quanto para o futuro. Muito já foi – e continua sendo – escrito sobre inovação. Criatividade, invenção e inovação; cultura de inovação; estratégias e modelos de gestão para a inovação; inovação em produtos, processos e modelos de negócio; inovação aberta – esses e muitos outros assuntos relacionados à inovação poderiam ser comparados a celebridades, pois são figurinhas carimbadas na mídia e sucesso instantâneo nos livros e artigos de administração. O tema conhecimento não é tão “hype” hoje, mas já teve seu apogeu com as citações à “era do conhecimento”, e ainda tem forte presença tanto na produção intelectual quanto nos discursos corporativos. O curioso é que “conhecimento” e “inovação” não são tratados juntos com muita frequência, o que pode ser comprovado por uma verificação empírica: faça uma busca no Google e veja que os dois termos aparecem mais separados do que juntos. Se a busca for feita em inglês (“knowledge” e “innovation”) a proporção é ainda menor: o número de resultados em que os termos aparecem combinados representa apenas cerca geralmente 10% da soma das citações em separado. Essa distância no discurso pode ser verificada também na prática das organizações. A maioria das empresas têm algum processo ou prática de capacitação, educação, ou mesmo Gestão do Conhecimento. Muitas delas contam também com iniciativas e áreas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), Programas de Ideias ou processos mais estruturados de gestão de inovação. Mas pouquíssimas tratam conhecimento e inovação de forma realmente articulada, e direcionados por uma estratégia clara. © TerraForum 35
  • 36. Gestão da Inovação Mas por que haveriam de ser tratados juntos? Primeiro, por uma questão de conceito. O que hoje é conhecido (conhecimento) um dia já foi desconhecido (descoberta) ou criado (inovação). Em uma metáfora, poderíamos dizer que o conhecimento é o que se vê pelo retrovisor, enquanto o que se descortina à frente – ou o caminho que fazemos – é a inovação. Até mesmo os grandes autores japoneses I. Nonaka e H. Takeuchi, em seu livro “A Criação do Conhecimento na Empresa” (1995), demonstram como as organizações covertem conhecimento em inovação, que pode ser vista como a combinação e aplicação de conhecimentos existentes de uma forma nova, resultando na geração de valor. “Enxergar” o conhecimento e a inovação como um mesmo elemento em momentos diferentes de um ciclo pode fazer toda a diferença no entendimento da dinâmica aprendizagem-inovação. Segundo, por uma questão de resultados. O conhecimento pode ser visto como uma das principais matérias-primas da inovação, devidamente combinado com elementos como atitude empreendedora, gestão de riscos e processos de gestão da inovação. Organizações que conseguem agregar essas duas capacidades, relacionadas à aprendizagem (Gestão do Conhecimento) e à criação e implementação do novo (geração de inovações) em um ciclo único e continuado, orientadas por uma estratégia consistente, certamente têm condições de gerar resultados superiores. Hoje e no futuro. Por que você não tenta na sua empresa? @betodovalleTF © TerraForum 36
  • 37. Gestão da Inovação CRIAMOS A DIRETORIA DE INOVAÇÃO: E AGORA? Publicado em: 08.08.2010 11:53 Categoria: Gestão de Inovação C onselhos e CEOs de todos os setores da economia parecem ser os novos champions da inovação. Isto é bom. E qual a primeira coisa que eles tipicamente fazem? Alocam orçamento e colocam alguém, uma área existente ou nova, como responsável pela inovação na empresa. E agora? Agora é só esperar, cobrar de tempos em tempo, os resultados: novos processos, produtos, breakthroughs e novos negócios. Apple, Google, 3M e BMW permeiam o ideal imaginário da alta administração que apostou na inovação. A implementação também é obvia: contrate alguns profissionais bem espertos, criativos e com bom track record e além disso, dê-lhes um bom orçamento, alto grau de liberdade e acesso aos enormes ativos de produção, laboratorial e distribuição da empresa. O que pode dar errado? Cedo ou tarde ideias maravilhosas vão começar a encher o pipeline de projetos inovadores da empresa. Os tempos são de vacas gordas, muitas ideias surgem, nada ainda muito aplicável, mas não importa, o importante é que o grupo criativo está preparando o futuro da empresa. Algum tempo passa, rumores começam a surgir na empresa que o grupo de inovação está torrando dinheiro sem produzir nada de concreto. Até mesmo o CEO, o grande sponsor do grupo inovador, começa a se preocupar. Daí ele ouve também do grupo inovador que eles se sentem isolados, que não conseguem atenção das demais áreas da empresa, o quanto é difícil seguir as normas de compliance e orçamento, que a empresa é muito burocrática, que todos só se preocupam com o curto prazo, etc, etc. Mas o apoio vem lá de cima e o grupo inovador segue sua caminhada. Aos primeiros sinais de recessão, o apoio continua, mas os sinais de mercado pioram, não são nada animadores. E finalmente a decisão difícil ocorre: terminar com o grupo de inovação. O foco é o curto prazo, fluxo de caixa e segurar os clientes atuais. © TerraForum 37
  • 38. Gestão da Inovação O que aconteceu de errado? Como o Conselho e o CEO falharam? Deram o máximo de apoio até que realmente nada mais podia ser feito. Era, no final, uma questão de sobrevivência. Alguém já ouviu alguma história parecida? Estamos em momento de abundância, no entanto, é bom saber que vacas magras esperam na virada da esquina. No final das contas, o que temos é um problema de expectativas exageradas e DNA. O problema de expectativas tem a ver com uma missão quase impossível quando se imagina que um pequeno grupo, por mais capacitado que esteja, seja capaz de gerar toda a inovação e consequente altas margens e cash flow que uma grande empresa precisa. O segundo problema está em não entender que a questão não é criar um time, um grupo, um departamento ou uma diretoria de inovação. O que realmente se faz necessário é ter a inovação como parte do DNA da empresa. Isto é uma outra história. Um desafio completamente diferente de apontar ou criar responsáveis pela inovação. Quando a inovação está inserida no DNA da empresa e a inovação, tendo ou não uma área responsável, é uma estratégia competitiva central, não há recessão que “acabe” com a inovação da empresa. Todos sabem que podem contribuir para os resultados, sejam de curto ou longo prazo, com ideias, ações e projetos inovadores. Na verdade, mais que contribuir, todos sabem que não inovar não é uma condição possível seja no contexto individual ou organizacional. Como caminhar nesta última direção? Bom, fica para um próximo post. @claudioterra © TerraForum 38
  • 39. Gestão da Inovação NOVOS PARADIGMAS DE GESTÃO – INOVAÇÃO NO DNA Publicado em: 02.03.2011 08:58 Categorias: Gestão de Inovação; Gestão do Conhecimento; Sustentabilidade A ciência administrativa talvez seja uma das áreas do saber humano com o maior impacto no desenvolvimento econômico, social e mesmo tecnológico e ambiental. A ciência administrativa, embora muitas vezes nem seja vista como ciência, tem proporcionado verdadeiros saltos à capacidade humana de prover bens (produtos e serviços) em grande escala, para atender às aspirações da sociedade ao mesmo tempo em que fornece os padrões segundo os quais as pessoas reunidas em organizações de toda ordem atendem às restrições impostas pela legislação, hábitos e códigos de ética de cada período. Sem paradigmas específicos de organização do trabalho pouca coisa de grande impacto para a humanidade acontece. Métodos de organização do trabalho, coordenação de indivíduos trabalhando lado a lado e estilos de liderança para alinhar e motivar indivíduos em torno de missões, causas, objetivos e visões específicos são os grandes responsáveis por acontecimentos tão diversos como explorações marítimas e espaciais, revolução industrial, ajuda humanitária em grande escala, revolução da informática ou aplicação prática da microbiologia. Exagero? Modismos? Teorias irrelevantes de acadêmicos? Novos jargões de consultores? Conspiração das revistas de negócios e gestão? Creio que não. Imaginem administrar uma empresa ou corporação com aspirações de liderança mundial com as técnicas, tecnologias e métodos de uma empresa de 10, 20 ou 50 anos atrás? Essa simples pergunta retórica mostra que novos paradigmas de gestão são constantemente concebidos e implementados. Inovação, em particular, sempre pareceu algo muito distante da maior parte das empresas, principalmente aqui pelas bandas de países periféricos como o Brasil. O negócio principal que movimentava a economia parecia ser atender às demandas de uma população carente de tudo, com tecnologias e modelos de gestão desenvolvidos alhures. No máximo, valia uma adaptação e tropicalização. © TerraForum 39
  • 40. Gestão da Inovação Mas o mundo mudou muito. Estamos de fato muito mais hiperconectados com o mundo por meio de redes sociais, Internet e diversas outras formas de comunicação cuja ubiquidade seriam difíceis de prever, por exemplo, na década de 80. O mantra atual parece ser inovação e conexão, com estes dois termos se alimentando de forma constante. Inovação beneficia-se de múltiplas conexões entre paradigmas, disciplinas, formação, organização e pontos de vista. Por outro lado, as conexões ocorrem porque hoje há uma sede quase insaciável por informação e conhecimento, assim como pelo novo, pela novidade e pela inovação. São pessoas conectadas via redes, redes conectadas com redes e computadores ampliando de maneira inexorável o seu papel na sociedade. Como dizem alguns, os computadores irão eventualmente fazer tudo o que os computadores têm potencial para fazer. Uau! Nesse cenário, a velha ciência administrativa torna-se ainda mais relevante. São necessários novos paradigmas, novos modelos mentais e mesmo novas normas e leis para fazer frente a essa constante exponencial de crescimento da inovação e das conexões. Inovação no DNA das empresas significa muito mais do que simplesmente desenvolver um processo de inovação de produtos ou serviços. Significa também saber lidar com as contradições embebidas na lógica da mudança que domina o paradigma da inovação em convivência com a necessidade e obstinação pela eficiência que dominou os paradigmas administrativos do século XX. @claudioterra © TerraForum 40
  • 41. Gestão da Inovação DE ONDE VÊM AS IDEIAS (E POR QUE NEM SEMPRE ELAS VÊM) Publicado em: 27.09.2010 17:36 Categorias: Gestão de Inovação; Gestão do Conhecimento J á li muitas listas, receitas e mandamentos sobre “como ser criativo”, mas a palestra do ator, comediante e escritor inglês John Cleese sobre criatividade (gravada em vídeo durante o World Creative Forum) se destaca pela simplicidade e objetividade. E, claro, pelo toque de humor inglês. Cleese é famoso por sua atuação na trupe Monty Python e em filmes como A Vida de Brian, O Sentido da Vida, Um Peixe Chamado Wanda e em episódios de Harry Potter. Talentoso e experiente, ao relatar sua experiência de artista no lidar com a criatividade, revela alguns aspectos menos óbvios e compartilha dicas interessantes. Curiosamente, algumas delas são exatamente as mesmas que aprendi há 20 anos quando atuava na equipe de criação de uma agência de publicidade – tanto com a experiência prática como com o ótimo livro “Criatividade em Propaganda”, do Roberto Menna Barretto. Dicas úteis inclusive para aqueles que pretendem se utilizar da criatividade em atividades não-artísticas Uma história contada por Cleese é a base da mensagem: certa vez ele trabalhou horas a fio no roteiro de um programa humorístico. No dia seguinte, não conseguiu encontrar os manuscritos. Contrariado, começou a reescrever o roteiro de memória, e desta vez o trabalho fluiu mais rápido. Dias depois ele encontrou o manuscrito original que havia perdido e, por curiosidade, comparou as duas versões. Surpresa: a segunda versão estava bem melhor que a primeira. A possível explicação: entre a primeira e a segunda versões, seu inconsciente continuou trabalhando e aperfeiçoando a ideia. Quer experimentar, sem ter que “perder” o que você produz? Veja algumas dicas deste gentleman: © TerraForum 41
  • 42. Gestão da Inovação ¥¥ Deixe seu inconsciente trabalhar: após entender e se informar muito bem sobre o problema ou desafio que está tentando superar, dê um tempo para seu cérebro. Distraia-se, divirta-se, ou mesmo tenha uma boa noite de sono. Depois volte a se concentrar determinadamente no problema. A solução criativa virá muito mais facilmente – e provavelmente melhor resolvida. Mas não se iluda: mergulhar no desafio antes e dedicar-se depois são passos fundamentais. Funciona: foi testado e aprovado por criativos em regiões e épocas diferentes, como o próprio John Cleese na Inglaterra e Menna Barretto no Brasil. ¥¥ Crie fronteiras de tempo e espaço para trabalhar criativamente: para Cleese, em meio ao estresse de lidar com vários problemas e prazos ao mesmo tempo é muito difícil ter boas ideias e soluções criativas. Ele recomenda criar pequenos “oásis” ao longo do dia, em que seja possível se dedicar ao trabalho e à busca de melhores soluções. ¥¥ Não seja interrompido: não é frustrante quando estamos “embalados” em um trabalho e somos bruscamente interrompidos? É difícil retomar o “fio da meada”, certo? Pois o ator inglês é bastante enfático ao relembrar que levamos um bom tempo de concentração e esforço para criar um “fluxo de ideias”, um estado de espírito criativo. Por isso, é um desperdício permitir interrupções quando se atinge esse estágio. A recomendação é que o seu “oásis” seja à prova de interrupções, ou mesmo contar com fiéis guardiões que impeçam intrusos “exceto quando o incêndio já estiver consumindo o edifício por uma hora e meia”. Bem, seguindo as dicas de John Cleese, posso ir dormir e revisar este post amanhã cedo – ou quem sabe “perdê-lo” e reescrever tudo antes de publicar! Se você preferir métodos menos radicais, pode simplesmente combinar essas singelas dicas com tudo o mais que você já leu sobre ter uma atitude criativa: encarar os problemas por ângulos diferentes, pensar fora da caixa, testar ideias com “advogados do diabo”, assumir riscos etc., e assim entender melhor de onde vêm as ideias – e por que frequentemente, em nossos mundinhos de laptops, distrações, noites mal dormidas e correrias infinitas, elas simplesmente não dão as caras. @betodovalleTF © TerraForum 42
  • 43. Gestão da Inovação DE ONDE VÊM AS (GRANDES) IDEIAS? QUAL A RELAÇÃO ENTRE INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO E IDEIAS? Publicado em: 05.11.2011 08:20 Categorias: Gestão de Competências; Gestão de Inovação; Gestão do Conhecimento Q uase toda empresa hoje em dia tem um programa de ideias. Alguns estão bem estruturados, outros ainda relegados a um profissional em início de carreira, quase como um programa motivacional. A hipótese, em geral, é criar um canal democrático no qual as ideias de todos os funcionários são válidas. E é papel dos especialistas e níveis gerenciais avaliar a pertinência e viabilidade das ideias capturadas. Difícil ser contra tais iniciativas. Além dos programas de ideias muitas empresas também estabelecem processos bastante estruturados de inovação – estes para “gente grande”, muitas vezes segundo uma lógica bem estabelecida de “stage-gates” e com toda a parafernália típica de “controle” dos PMOs corporativos. E daí fica faltando apenas as boas ideias para serem processadas no funil estabelecido. O que mais me surpreende em grande parte de todos estes esforços é o quão pouco as pessoas realmente conhecem sobre de onde vêm as (grandes) ideias. Será que todos podem trazer grandes ideias? Será que as ideias que permitem à empresa mudar o rumo dos seus negócios ou posicionamento virão naturalmente? Como, de fato, pode a empresa facilitar o aparecimento e sobrevivência das grandes ideias? Para responder estas perguntas é preciso reconhecer que toda nova ideia é uma combinação diferenciada e original de informações e conhecimentos existentes. Desta definição simples, mas precisa, segue que é difícil imaginar novas (grandes) ideias surgindo, se o contexto de informação e conhecimento permanece o mesmo. Lógico, não? Sim, mas é impressionante como esta pequena sequência lógica é relegada a um segundo plano por aqui em “terras brasilis”. Capturar, coletar e receber ideias parece muito mais simples e rápido. Melhor ainda, exige pouco esforço, investimento e paciência. É um “negócio da China”: investe-se muito pouco, monta-se um formulário na intranet ou mesmo no site da empresa e daí é só esperar: cedo ou tarde, entre as milhares de ideias surgidas, uma delas trará os resultados de grande impacto esperados. © TerraForum 43
  • 44. Gestão da Inovação Cada vez que saio do Brasil volto um pouco baqueado com este negócio de inovação por aqui. É tão brutal a diferença de seriedade com que algumas economias avançadas tratam a questão da geração de informação e conhecimento como base para o processo de inovação, que chego a desanimar. Mas então lembro como éramos atrasados há 10, 20 ou 30 anos atrás e volto a olhar o copo meio cheio ao invés de meio vazio. Para gerar (grandes) ideias e nos tornarmos players mundiais no negócio de inovação, como nação, é preciso profundidade, é preciso entender que várias das grandes inovações mundiais são resultados de dezenas de anos de formação e investimento na aquisição de uma base bastante sólida de informação e conhecimento. No contexto empresarial, se falta de paciência e visão de longo prazo não permitem que muitas empresas invistam em inovação visando resultados mais radicais, é fundamental, ao menos, que as mesmas, ao desenharem seus programas de ideias, mecanismos de ideação e processos de inovação, não deixem de prestar atenção à fase que antecede as ideias: a aquisição de informação e conhecimento. Algumas poucas empresas nacionais já entenderam esta lógica e unificaram ou estão fazendo esforços significativos de coordenação de seus esforços de Gestão do Conhecimento e de Gestão de Inovação segundo uma mesma direção. Vemos isto com muito bons olhos. @claudioterra © TerraForum 44
  • 45. Gestão da Inovação IDEIAS CRIATIVAS EM EMPRESAS EFICIENTES? Publicado em: 14.02.2010 15:01 Categorias: Educação Corporativa; Gestão do Conhecimento; Gestão de Inovação T odo novo conhecimento surge da combinação de conhecimentos prévios. Se aceitarmos esse postulado, qual a consequência para uma empresa que deseja que seus funcionários tragam cada vez mais ideias criativas? Acredito que existam duas frentes bem claras e que se auto-reforçam: 1. Aquisição de novos conhecimentos e experiências; 2. combinação destes conhecimentos e experiências. Empresas com paradigmas da revolução industrial e busca desenfreada pela eficiência criam ciladas ou modelos mentais que levam seus colaboradores a serem cada vez mais focados. Acabam por conhecer seus processos, tecnologias, mercados, concorrentes nos mínimos detalhes, mas a aquisição de conhecimento é cada vez mais restrita paradoxalmente tanto em profundidade, como em amplitude. Em termos de profundidade, é atingido um nível raso porque investe-se tempo e dinheiro apenas para adquirir conhecimento com aplicação imediata; e, em amplitude, vemos um baixo alcance porque nada que não seja ligado diretamente ao negócio corrente é descartado. Este é certamente o caminho para a eficiência, mas é para a inovação? Principalmente a inovação de alto impacto? Outra questão relevante para esse tema é a conectividade dos conhecimentos da empresa. A maior parte das empresas não cria condições para a combinação de conhecimentos não diretamente correlacionados seja numa perspectiva individual, seja numa perspectiva coletiva. Para que isto seja feito é preciso: estimular um ambiente descontraído no qual as pessoas sejam estimuladas a pensar: “e se?”; criar encontros não óbvios; trazer gente de fora; sair do dia a dia; desafiar constantemente os colaboradores a criar o novo e trazer ideias inusitadas. Simples, não? Ou extremamente difícil no contexto do paradigma da eficiência? @claudioterra © TerraForum 45
  • 46. Gestão da Inovação COLABORAÇÃO RIMA COM DIRECIONAMENTO OU COM ESPONTANEIDADE? Publicado em: 16.04.2010 11:23 Categorias: Comunidades; Educação Corporativa; Gestão de Inovação; Gestão do Conhecimento D uas posições aparentemente antagônicas surgem frequentemente nas discussões sobre Gestão do Conhecimento: “para que as pessoas compartilhem conhecimento, são necessários estímulos e metas claras” ou “o compartilhamento de conhecimentos exige liberdade e espontaneidade”. Qual das posições é a mais efetiva? Qual a melhor maneira de promover o compartilhamento de conhecimentos, a colaboração, e alavancar a aprendizagem, os resultados e a geração de inovações? Ambas as posições contam com argumentos fortes e realistas. Todos trabalhamos em organizações que foram estruturadas buscando a máxima produtividade e o mínimo de interação, incerteza e risco. Estes fatores, inerentes à busca da aprendizagem e da inovação, sempre foram evitados a todo custo pelas empresas. Em ambientes assim, intercambiar conhecimentos e experiências, trocar idéias, discutir hipóteses, experimentar novas formas de atuação é pouco estimulado, quase considerado “improdutivo”. Por outro lado, as iniciativas de sucesso em termos de compartilhamento de conhecimentos e construção coletiva de ideias sempre acontecem com alto grau de liberdade, com as pessoas dedicando-se com paixão aos temas de interesse, pelo puro prazer de compartilhar, discutir, aprender, aplicar e inovar. Objetivos, metas, regras, incentivos? São vistos como venenos mortais para a espontaneidade. Papéis definidos? Somente quando emergem naturalmente da dinâmica das comunidades, grupos de discussão, fóruns, “think tanks” e afins. E aí? Devo apostar no direcionamento ou na espontaneidade? © TerraForum 46
  • 47. Gestão da Inovação Em nossa experiência ajudando organizações dos mais diversos setores a aprender, colaborar e inovar de forma mais efetiva, devemos buscar a melhor dosagem de ambos. Por que participar dessa iniciativa de Gestão do Conhecimento? Como participar? O que eu ganho com isso? Na maioria das vezes, é necessário dar uma direção aos profissionais, facilitar a adoção de novas práticas colaborativas, quebrar resistências, estabelecer algum ritmo e tangibilizar benefícios. Prêmios, remuneração? Apenas se vinculados aos resultados da colaboração, não pela colaboração em si. Mas é fundamental fazer isso criando um ambiente de abertura, de confiança, uma dinâmica construtiva. Serei julgado por minha participação? Serei visto como um especialista ou um ignorante? Será que meus questionamentos ou minhas práticas são muito básicos? Um ambiente de confiança, que tenha a dosagem adequada de espontaneidade, deve ser construído e sustentado dia após dia, com o estímulo aos questionamentos abertos, a valorização das contribuições de cada um, a busca por convergência, o exemplo dos líderes ou influenciadores, até que essa dinâmica ganhe ritmo próprio. Qual a sua experiência? @betodovalleTF © TerraForum 47
  • 48. Gestão da Inovação É FÁCIL: BASTA MUDAR A CULTURA! Publicado em: 14.08.2011 20:39 Categorias: Comunicação Interna; Gestão de Inovação; Gestão do Conhecimento V ocê também já deve ter ouvido – ou falado! – algumas vezes em discussões sobre a adoção de iniciativas inovadoras em uma organização: “isso exige uma mudança de cultura!”. Particularmente, a questão da cultura organizacional sempre surge nas conversas sobre a implantação de estratégias e adoção das práticas de Gestão do Conhecimento e Inovação, seja com a alta administração, seja com a média gerência ou profissionais das áreas de negócio. Será que a empresa está pronta para a adoção de novas práticas de aprendizagem, compartilhamento e inovação? Como mobilizar as pessoas para a participação efetiva nas iniciativas de GC? Como conseguir a mudança de cultura necessária para que a gestão do conhecimento realmente funcione? Não há dúvida de que a cultura é um fator relevante em qualquer iniciativa de alcance organizacional. Além disso, em muitas empresas, a cultura é tão evidente que parece que podemos “apanhá-la no ar”, em comportamentos, jargões, modelos mentais e jeitos de fazer as coisas. Mas, as pessoas em geral não compreendem como funciona a cultura de uma organização. Daí a pensar que é algo inatingível e imutável é um passo. “Ah, mas a cultura aqui é assim ou assado, nunca vai mudar, isso não vai funcionar”; essa é a tônica de muitos comentários. A cultura organizacional é formada por valores e crenças e se reflete em artefatos simbólicos, rituais e práticas. Aquela frase emblemática do fundador, a forma como o espaço físico é organizado, os costumes de relacionamento entre pessoas e departamentos, o que é valorizado e o que é mal visto, são artefatos e rituais que refletem e realimentam a cultura, continuadamente. Estudiosos como o americano Edgar Schein e o holandês Geert Hofstede (veja na Wikipedia ou no site do autor) são autores interessantes para quem deseja entender melhor a questão da cultura organizacional. © TerraForum 48
  • 49. Gestão da Inovação Quando se trata de Gestão do Conhecimento e Inovação, invariavelmente estamos falando da intenção da organização em mobilizar conhecimentos e criatividade em novas direções, provocando mudanças que desafiam o “status quo”, a forma consagrada de fazer as coisas – ou seja, podem “bater de frente” com a cultura da organização. Para exemplificar: de maneira geral, as pessoas: ¥¥ não consultam os colegas para aproveitar conhecimento preexistente; ¥¥ não trabalham colaborativamente; ¥¥ não buscam soluções inovadoras; ¥¥ não registram ou compartilham o que aprendem. Salvo raras exceções, essas características fazem parte da “cultura” da maioria das organizações. Se você pensar na empresa ou na instituição em que trabalha, certamente vai se lembrar de outras práticas que fazem parte do comportamento geral, tão arraigadas que quase não são percebidas, ou são vistas como imutáveis. É aí que surge o paradoxo da cultura: as pessoas estão apegadas a certas práticas porque isso faz parte da cultura, ou isso faz parte da cultura porque as pessoas estão acostumadas a determinadas práticas? Pode parecer contraintuitivo, mas nossa experiência mostra que é plenamente possível influenciar a cultura organizacional por meio da mudança de algumas práticas de forma consistente e continuada. Até que uma nova prática seja adotada e passe a fazer parte da cultura, é preciso combinar alguns elementos (cuja dosagem varia de uma organização para outra): ¥¥ conseguir a adesão inicial e continuada de profissionais capazes de servir de exemplo, os “heróis” da organização; ¥¥ valorizar a adoção das práticas por meio do reconhecimento aberto, inclusive com “artefatos” simbólicos já valorizados pela organização; ¥¥ promover o “endosso” das novas práticas, tanto por líderes e gestores quanto por profissionais da operação; © TerraForum 49
  • 50. Gestão da Inovação ¥¥ romper claramente com as práticas que conflitam com os novos comportamentos desejados; ¥¥ evidenciar e comemorar os avanços e resultados associados às novas práticas; ¥¥ institucionalizar as novas práticas por meio de políticas, processos, indicadores e metas, que também podem ser vistos como “artefatos” da cultura. Ou seja: ao invés de começar promovendo a mudança cultural de forma abstrata, é preciso começar mudando as práticas. Se as novas formas de atuar forem adotadas de forma consistente, continuada, fazendo uso de rituais já consagrados na própria organização, elas devem ser adotadas gradualmente, até que sejam incorporadas pela cultura. É necessário promover uma verdadeira transformação cultural na sua organização para que uma iniciativa gere resultados? Basta mudar as práticas! @betodovalleTF © TerraForum 50
  • 51. Gestão da Inovação INOVAÇÃO ABERTA E ABERTURA PARA A INOVAÇÃO Publicado em: 27.04.2011 17:36 Categorias: Gestão da Inovação; Gestão do Conhecimento M uitos insights interessantes surgiram no evento Open Innovation In Brazil, que ocorre essa semana, em uma realização conjunta da P&G (Procter & Gamble) com a TerraForum e com Stefan Lindegaard. O tema central do evento - inovação aberta - é particularmente estimulante, pois enquanto as empresas estão quebrando a cabeça (e às vezes “batendo cabeças”) para se tornarem mais inovadoras dentro do modelo vigente, o conceito de open innovation convida a inovar na própria prática da inovação – expandindo as fronteiras para incorporar atores, ideias e tecnologias externos ao processo de inovação. A P&G saiu na frente e adota práticas interessantes em inovação aberta. Vale a pena conhecer o programa Connect + Develop, criado pela empresa especialmente para “acessar e incorporar propriedade intelectual desenvolvida externamente ao seu próprio negócio, e permitir o acesso externo a seu know-how interno”. Os casos apresentados mostraram que não se trata apenas de um conceito sem aplicação prática – muito pelo contrário. Sim, eles já fazem isso na prática há mais de 10 anos: desenvolvimento de tecnologias e de produtos em conjunto com empresas dos mais variados setores. Até mesmo com concorrentes, ou usando marcas de parceiros. Diante dessa inspiradora realidade, não dá pra fugir de alguns questionamentos interessantes pra encararmos a inovação aberta de frente. Pra começar: se a inovação aberta está surgindo (ou ganhando força), isso significa que até hoje as organizações em geral estavam fazendo “inovação fechada”? Pode soar como uma pergunta boba, mas será que mesmo com todo esse esforço de busca pelo Santo Graal da inovação não percebemos que as competências necessárias não precisam estar 100% dentro da empresa? Somos tão pretensiosos a ponto de achar que nossas organizações podem ser totalmente autossuficientes em inovação? Talvez tenhamos que admitir que não podemos ser totalmente autosuficientes e inovadores ao mesmo tempo. Assim, podemos imaginar o mar de oportunidades quando nos abrimos externamente e aceitamos combinar nossos conhecimentos, competências e ideias com os de outras organizações interessadas em inovar pra valer. A P&G já enxergou isso. © TerraForum 51
  • 52. Gestão da Inovação Ao pensar no imenso potencial dessas parcerias e redes externas para inovação, surge uma nova questão: o quanto fazemos inovação aberta internamente? Em que medida buscamos parcerias internas para gerar ideias e conceitos ou viabilizar iniciativas inovadoras? Se podemos fazer inovação aberta envolvendo parceiros externos, por que não fazemos também internamente? A abertura interna certamente pode trazer muitas oportunidades e benefícios para a inovação – e teoricamente podem ser aproveitadas com um grau de complexidade menor. Pois é: aparentemente temos pensado em inovação com uma mentalidade limitada pelas experiências pregressas, e a partir dos modelos organizacionais vigentes. Os recursos essenciais para a inovação – conhecimento, insights e competências – estão, em sua maioria, ao alcance de nossas mãos, nas redes das quais participamos, dentro e fora da organização. Pode ser que estejamos precisando não só de inovação aberta, mas também de um pouco mais de abertura para inovação. @betodovalleTF © TerraForum 52
  • 53. Gestão da Inovação ALFAJORES, STARBUCKS, AGÊNCIA DE PUBLICIDADE, CONSULTORIAS E BURGER KING Publicado em: 07.09.2010 19:04 Categorias: Gestão de Inovação; Planejamento Estratégico; Inteligência Competitiva; Sustentabilidade N esta semana que passou aprendemos sobre a aquisição da rede mundial do Burger King por um grupo de brasileiros, altamente inovadores, arrojados e com atuação mundial. Estamos falando dos brasileiros Marcel Telles, Jorge Paulo Lemann e Carlos Alberto Sicupira, que também são acionistas da ABInBev, maior cervejaria do mundo e que controla a AmBev aqui no Brasil. Ontem vi um especial na televisão sobre os Alfajores Havanna da Argentina já presentes em dezenas de países, uma multinacional em rápida expansão. E daí eu fiquei pensando nos nossos amigos mineiros e seus fantásticos e saborosos doces de leite. Também tomei um café esta semana no Starbucks e fiquei pensando nos excelentes cafés do Octavio e do Suplicy. Também fiz o meu café na minha máquina da SAECO e fiquei por fim pensando no porto de Santos e nas centenas de milhões de sacas de café que saíram por ali nos últimos 100 anos. Esta semana também chegou até a minha casa uma dúzia de livros que comprei da Amazon e, em particular, no livro que comprei para um amigo, cujo aniversário me foi lembrado pelo plaxo, um serviço de relacionamento e contatos. E pensei ainda um pouco mais: por que nenhum destes serviços com escala mundial foi criado no Brasil e se expandiu mundialmente? E que tal as grandes empresas de consultoria de porte mundial com centenas de milhares de profissionais bem pagos. E por que a criatividade das melhores agências de publicidade brasileiras estão sendo compradas por grandes grupos internacionais? A criatividade não é nosso diferencial? O que estamos fazendo para fomentar o fortalecimentos de empresas brasileiras de classe mundial na área de “professional services”? © TerraForum 53
  • 54. Gestão da Inovação Daí bateu que descobri que estamos presos no Século XX, na era industrial. Basta ver, por exemplo, todos os mecanismos de incentivo à inovação no Brasil. É evidente o viés para o setor industrial apesar de alguma abertura para apoio à inovação no desenvolvimento de software. Mas o Brasil, assim como outras economias avançadas tem no setor de serviços a maior contribuição para o seu PIB. Ano a ano cai a participação do setor industrial. Em economias mais avançadas, exporta-se cada vez menos coisas. A balança comercial invariavelmente é negativa, enquanto a balança de serviços é altamente positiva. Já é hora de colocar o setor de serviços como estratégia para o país no Século XXI. Sabemos como fomentar e desenvolver, por exemplo, inovação em serviços? @claudioterra © TerraForum 54
  • 55. Gestão da Inovação CONCEITO DE PRODUTO: ONDE EMBRAER E APPLE SE ENCONTRAM Publicado em: 06.10.2011 08:44 Categorias: Design; Gestão de Inovação A famosa doença holandesa tem sido uma grande realidade aqui no Brasil – puxada por muitos ciclos de commodities ao longo de nossa história. Esta nossa riqueza de recursos naturais criou no país uma cultura extrativista, exploratória e mercantilista. Apesar de termos empresas gigantescas, que faturam muitos bilhões de reais e um BNDES com recursos extraordinários mesmo para padrões das economias mais avançadas, é praticamente um sonho inatingível que um dia uma empresa brasileira crie um novo conceito de produto global – não estou falando de copiar, adaptar e eventualmente ser mais competitivo em razão de custos de produção. Além da famosa doença holandesa, tenho outra hipótese: o desconhecimento do meio do caminho para inovação. O que quero dizer com isso? Dirigentes que dizem apoiar a inovação, mas na verdade, imaginam que basta criar um ambiente “mais amigável para a inovação” no qual todos os funcionários participam enviando ideias. Dá para ser contra isto? De jeito nenhum. Sou a favor, mas não nos levará “produtos globalmente inovadores”. E daí: o que fazer? Investir em pesquisa básica, desenvolver tecnologia de ponta? Bom...a União Soviética e agora a Rússia sempre tiveram muita ciência e tecnologia. Vocês comprariam algum produto soviético? Ou russo? Talvez um avião militar... ou míssil teleguiado... Mas as coisas parecem estar mudando por aqui: atualmente, toda empresa quer inovar, de maneira aberta, participativa e mesmo genial. Na sombra da despedida de Steve Jobs, algumas reflexões são bem pertinentes. São raras as empresas, muito menos líderes empresariais, que parecem ter noção apurada de como criar produtos que possam ser referências mundiais um dia – não me venham falar de Havaianas! Talvez a EMBRAER seja o único caso... Alguém consegue lembrar de mais alguma empresa? © TerraForum 55
  • 56. Gestão da Inovação Não sei se muitos sabem, mas tanto a EMBRAER como a Apple são grandes integradoras de tecnologia. Ambas as empresas têm cadeias mundiais de fornecimento de tecnologia – verdadeiros parceiros que cocriam seus produtos. Isto não quer dizer que as duas empresas não detenham tecnologias e mesmo patentes – embora não sejam as que mais possuem patentes em seus setores. O fato é que ambas trabalham muito fortemente o conceito de produto – por meio de pesquisas de mercado, análises de tendências, avaliação de maturidade de diferentes tecnologias e evidentemente, com a criatividade e ousadia de suas lideranças e equipes. Quer inovar em padrões globais? Invista em conceito, monitore o mundo para saber o estado da arte das tecnologias disponíveis. Seja ousado no marketing e lançamento. Simples não? Dinheiro? Ajuda, mas não me parece ser o gargalo no Brasil. @claudioterra © TerraForum 56
  • 57. Gestão da Inovação BATTLE OF CONCEPTS: CONHECIMENTO GERANDO RESULTADOS Publicado em: 16.02.2010 13:29 Categorias: Battle of Concepts; Gestão de Inovação; Gestão do Conhecimento. H á alguns meses conhecemos a Battle of Concepts – www.battleofconcepts.com.br – empresa com a qual pudemos rapidamente nos identificar e estabelecer uma parceria de trabalho. Esta empresa, que foi fundada há pouco mais de três anos na Holanda, é uma febre entre os melhores estudantes de lá. No Brasil, também já vem apresentando resultados interessantíssimos para empresas nacionais e multinacionais aqui instaladas. Milhares de estudantes das melhores universidades brasileiras também já estão participando e resolvendo desafios reais das organizações brasileiras conforme modelo de competição gerenciado pela Battle of Concepts. Aproximar as universidades brasileiras das empresas é um dos objetivos permanentes de várias instâncias do poder público, das universidades mais progressistas e também de empresas melhor sintonizadas com os desafios da competição baseada em inovação. A Battle of Concepts é uma contribuição efetiva neste sentido. Mas esta não é a única contribuição! Qual a melhor forma de aprender algo novo? Que tal mobilizando a inteligência, experiência e motivação de jovens talentosos a partir de batalhas criativas de conhecimento? E se isto ainda ajudasse as organizações público e privadas a resolver desafios reais da sociedade, de tecnologia e de negócios? Estamos muito contentes na TerraForum com a contribuição que a Battle of Concepts começa a trazer para o aprendizado de alto nível e para a cultura de inovação no Brasil. Assim como na Holanda, esta é uma iniciativa empresarial que valoriza o conhecimento, a criatividade e a mobilização para a inovação. @claudioterra © TerraForum 57
  • 58. Gestão da Inovação CAIXA DE SUGESTÕES X GESTÃO DE IDEIAS Publicado em: 26.05.2010 06:30 Categoria: Gestão de Inovação Q uem não ouviu falar da velha caixa de sugestões? É uma prática muito antiga, principalmente no setor industrial - manufatura e mesmo em repartições públicas. Resultados desta prática? Em geral, pífios ou irrelevantes. Ninguém nunca deu bola ou foi assunto da capa de revista importante de negócios. Mas hoje em dia todo mundo fala de inovação. Mas inovação não depende - para começar - de sugestões e ideias? Neste sentido, acho importante diferenciar o que significa ter uma caixa de sugestão (mesmo que seja virtual - um formulário eletrônico) e um programa corporativo de gestão de ideias. Diferentemente de uma simples caixa de sugestão, programas de gestão de ideias podem envolver, entre outras coisas: direcionamento constante quanto a oportunidades e desafios do negócio; esforços sistemáticos para aumentar o potencial cognitivo dos colaboradores; várias metodologias para construção de conceitos, recebimento de inputs do ambiente externo da empresa (pessoas, dados, etc); reconhecimento que diferentes tipos de ideias precisam de diferentes processos de avaliação, enriquecimento, tempo de maturação, etc; mecanismos de colaboração para enriquecimento de ideias. Tirando o foco estreito do “passa - não passa”; mecanismo de gestão que permitem visualizar o ciclo de vida de uma ideia; governança super atenta e motivadora dos vários níveis da organização; vários mecanismos de reconhecimento que contemplem os vários atores envolvidos no processo de inovação, como os exploradores, os facilitadores, os apoiadores, os testadores, etc. Estes são apenas alguns exemplos das muitas diferenças. Caixa de sugestão, em geral, tem baixo impacto e não será capa de revista de negócio - já programas estruturados e estratégicos de gestão de ideias é uma disciplina ainda emergente - temos muito que aprender sobre isso - e com enorme potencial para os negócios. @claudioterra © TerraForum 58
  • 59. Gestão da Inovação CORAGEM PARA MUDAR DE CAMINHO Publicado em: 04.04.2011 07:18 Categoria: Gestão de Inovação E m São Paulo tem gente que fica horas parado no trânsito. Outros raramente pegam algum tipo de congestionamento. Os primeiros tipicamente chegam e saem no mesmo horário do trabalho, pegam as mesmas ruas de sempre e sequer cogitam mudar de casa ou de emprego. Preferem reclamar da vida, do prefeito ou mesmo da porcaria do rádio que não toca nada decente enquanto ele jaz no trânsito. Já aqueles que saem relativamente ilesos ao trânsito têm coragem de mudar: mudam tudo. Às vezes até de esposo ou esposa. Inovação não é muito diferente. É necessário ter coragem. Iniciativa. Precisa buscar alternativas pra valer. Em muitas organizações em que escuto falar de inovação, dá a impressão que vão ocorrer naturalmente porque foi colocado (escrito) algo a respeito nos valores da empresa, porque os concorrentes também estão fazendo ou porque foi criada uma área para cuidar disso. Para inovar não é necessário contratar super-heróis corajosos, mas também não dá para querer contribuições significativas da inovação para o negócio sem que a empresa e indivíduos-chave saiam da zona de conforto. Inovação, de impacto principalmente, requer trilhar estradas pouco conhecidas ou mesmo em construção e liderar muita gente por esse caminho. Inovadores têm coragem de convidar outros a segui-lo, mesmo que muitas vezes o caminho possa ser tortuoso, cheio de armadilhas, etc. Liderar neste contexto muitas vezes significa ser brutalmente honesto sobre os desafios do trajeto, ao mesmo tempo em que se irradia otimismo e uma visão do futuro no ponto de chegada. Como você vê a liderança para a inovação nas organizações que conhece? @claudioterra © TerraForum 59