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João Araújo
Nota: Procura-se no final de cada treino fazer uma “peladinha” entre a equipa e também
contra outros escalões. A duração do treino acima descrita não contempla o tempo
dessas mesmas “peladinhas”, que vão tendo tempos diferentes a cada dia da semana.
PS: Não esquecer o que traz as crianças e jovens aos treinos, a Paixão pelo jogo e cabe
a nós treinadores dá-lo com “diferentes doses”
Criação de Contextos de Exercitação – Sub12
2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S
Escalas do Jogar Subprincípios
e
SubSubPrincípios
Subprincípios
e
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Dominante
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João Araújo
Neste contexto vivenciado no clube pode haver necessidade para alterações
no morfociclo padrão ou seja, estamos sempre dependentes de vários fatores
no futebol de formação desde o número de atletas presentes nos treinos, os
espaços para treinar, o haver treino nesse dia ou não e em que condições,
situações urgentes a corrigir que aconteceram no jogo anterior. É por isso
também uma operacionalização bem estruturada mas sempre aberta a novas
condicionantes, que vão surgindo no decorrer das semanas de trabalho.
O mais importante é haver um fio condutor que nos permita estar sempre
orientados e conscientes do que devemos fazer a cada dia de trabalho. Tudo
isto só faz sentido se estiver assente numa Ideia de Jogo Prévia, é ela que nos
guia.
É obrigatório o espaço para o Lúdico em todos os treinos sempre bem
doseado, o jogador ganhando ou perdendo tem de ter prazer naquilo que mais
gosta de fazer, e no treino há sempre “timing” para isso.
Sou totalmente contra aquela frase “do perder e ganhar é desporto”, quem está
em competição pressupõe-se que luta por algo, para mim o mais importante é
dar o melhor de si independentemente do resultado, é acabar o jogo e dizer
“estou satisfeito porque dei tudo que tinha pela equipa e por mim.” JA
Princípios Metodológicos
SupraPrincípio da Especificidade: o que orienta todo o Processo e deve
estar sempre intrínseco em todos os outros Princípios Metodológicos. É o
responsável de que tudo o que se realize esteja de acordo com o jogo
pretendido. É considerado específico tudo aquilo que está relacionado com o
Modelo de Jogo que estamos a criar.
Princípio da Progressão Complexa: Relaciona-se com o crescimento da
forma de jogar, com a distribuição semanal dos conteúdos, com a próxima
equipa adversária, com a alteração à nossa equipa por alguma lesão ou
castigo. Estes são alguns dos motivos que a tornam complexa, porque a
progressão ao longo dos dias, das semanas, dos meses, não é linear, tem a
ver com muitas situações.
João Araújo
Princípio das Propensões: É o contexto estar mais propício a uma coisa do
que a outras. Está relacionado com a criação de contextos de exercitação para
que aconteça o que queremos e não definir previamente os comportamentos,
os comportamentos nunca sabemos, nem é bom que saibamos o que vai
suceder. O facto de criarmos contextos e não comportamentos beneficia a
criatividade.
Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade: É o que nos refere
que devemos a todo o momento treinar a nossa forma de jogar, mas não sobre
o mesmo da nossa forma de jogar. Este Princípio até aos 14/15 anos não faz
muito sentido ter em conta rigidamente, no entanto deve cumprir-se, por causa
do crescimento e do desenvolvimento normal que os jovens deverão ter.
 Trata-se então de uma alternância horizontal por referir-se á
necessidade de variarmos o nosso jogar e de gerirmos os binómios
EsforçoDesempenho e EsforçoRecuperação, que devem ser verificados
ao longo dos vários dias que compõem o Morfociclo.
MetaPrincípio da Divina Proporção: Refere-nos que Divina vem de Deus e
Proporção vem do facto de uns a terem e outros não, Depende da arte de cada
treinador gerir com Ciência uma realidade de grande complexidade e
dinamismo, e que pressupõe que o treinador tenha muito saber, faça muita
reflexão e tenha uma grande intuição.
Morfociclo Padrão: Morfo (forma) porque o que queremos é que aconteçam
determinadas configurações geométricas (formas), mas em função do modo
que queremos que os jogadores se relacionem para levarem a cabo a nossa
Ideia de Jogo. Padrão porque devemos garantir sempre e a todos os instantes
a presença da nossa Ideia de Jogo (o Padrão).
 Fractal é a forma que mantém as suas características quando dividida
em partes menores. Devemos fraccionar a Ideia de Jogo mas nunca
perdendo a sua configuração, o Morfociclo.
Referências
(Frade, V. 2013; Tamarit, X. 2013; Maciel, J. 2011)

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Documento Orientador

  • 1. João Araújo Nota: Procura-se no final de cada treino fazer uma “peladinha” entre a equipa e também contra outros escalões. A duração do treino acima descrita não contempla o tempo dessas mesmas “peladinhas”, que vão tendo tempos diferentes a cada dia da semana. PS: Não esquecer o que traz as crianças e jovens aos treinos, a Paixão pelo jogo e cabe a nós treinadores dá-lo com “diferentes doses” Criação de Contextos de Exercitação – Sub12 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S Escalas do Jogar Subprincípios e SubSubPrincípios Subprincípios e SubSubPrincípios Treinodedicadoátécnicaindividualcominteraçãodejogadoresdesdesub10asub13 MacroPrincípios e Subprincípios FOLGA Jogo Níveis de Organização da Equipa Individual e Sectorial Individual, Sectorial e Intersectorial Coletivo Padrão de Contração Muscular Dominante Recuperação Tensão Duração Espaços Reduzidos Reduzidos Grandes Nº de Jogadores Implicados Reduzido Reduzido Elevado Complexidade Baixa Moderada Alta Duração da Exercitação Curta Curta “Longa” Tempo de Exercitação 1-2 minutos 1-2 minutos 8-12 minutos Tipo de Metabolismo Dominante Anaeróbio Alático ou Lático Residual Anaeróbio Alático ou Lático Residual Aeróbio de alta intensidade Tipo de situações Semelhantes às de competição As que constituem mais esforço (saltos, travagens, mudanças de direção..) Muito semelhantes às do Jogo Tipo de Contexto Com muito entusiasmo Com muito estorvo Interação de muitos jogadores Duração da Sessão de Treino 35 a 45 minutos 60 minutos 60 minutos
  • 2. João Araújo Neste contexto vivenciado no clube pode haver necessidade para alterações no morfociclo padrão ou seja, estamos sempre dependentes de vários fatores no futebol de formação desde o número de atletas presentes nos treinos, os espaços para treinar, o haver treino nesse dia ou não e em que condições, situações urgentes a corrigir que aconteceram no jogo anterior. É por isso também uma operacionalização bem estruturada mas sempre aberta a novas condicionantes, que vão surgindo no decorrer das semanas de trabalho. O mais importante é haver um fio condutor que nos permita estar sempre orientados e conscientes do que devemos fazer a cada dia de trabalho. Tudo isto só faz sentido se estiver assente numa Ideia de Jogo Prévia, é ela que nos guia. É obrigatório o espaço para o Lúdico em todos os treinos sempre bem doseado, o jogador ganhando ou perdendo tem de ter prazer naquilo que mais gosta de fazer, e no treino há sempre “timing” para isso. Sou totalmente contra aquela frase “do perder e ganhar é desporto”, quem está em competição pressupõe-se que luta por algo, para mim o mais importante é dar o melhor de si independentemente do resultado, é acabar o jogo e dizer “estou satisfeito porque dei tudo que tinha pela equipa e por mim.” JA Princípios Metodológicos SupraPrincípio da Especificidade: o que orienta todo o Processo e deve estar sempre intrínseco em todos os outros Princípios Metodológicos. É o responsável de que tudo o que se realize esteja de acordo com o jogo pretendido. É considerado específico tudo aquilo que está relacionado com o Modelo de Jogo que estamos a criar. Princípio da Progressão Complexa: Relaciona-se com o crescimento da forma de jogar, com a distribuição semanal dos conteúdos, com a próxima equipa adversária, com a alteração à nossa equipa por alguma lesão ou castigo. Estes são alguns dos motivos que a tornam complexa, porque a progressão ao longo dos dias, das semanas, dos meses, não é linear, tem a ver com muitas situações.
  • 3. João Araújo Princípio das Propensões: É o contexto estar mais propício a uma coisa do que a outras. Está relacionado com a criação de contextos de exercitação para que aconteça o que queremos e não definir previamente os comportamentos, os comportamentos nunca sabemos, nem é bom que saibamos o que vai suceder. O facto de criarmos contextos e não comportamentos beneficia a criatividade. Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade: É o que nos refere que devemos a todo o momento treinar a nossa forma de jogar, mas não sobre o mesmo da nossa forma de jogar. Este Princípio até aos 14/15 anos não faz muito sentido ter em conta rigidamente, no entanto deve cumprir-se, por causa do crescimento e do desenvolvimento normal que os jovens deverão ter.  Trata-se então de uma alternância horizontal por referir-se á necessidade de variarmos o nosso jogar e de gerirmos os binómios EsforçoDesempenho e EsforçoRecuperação, que devem ser verificados ao longo dos vários dias que compõem o Morfociclo. MetaPrincípio da Divina Proporção: Refere-nos que Divina vem de Deus e Proporção vem do facto de uns a terem e outros não, Depende da arte de cada treinador gerir com Ciência uma realidade de grande complexidade e dinamismo, e que pressupõe que o treinador tenha muito saber, faça muita reflexão e tenha uma grande intuição. Morfociclo Padrão: Morfo (forma) porque o que queremos é que aconteçam determinadas configurações geométricas (formas), mas em função do modo que queremos que os jogadores se relacionem para levarem a cabo a nossa Ideia de Jogo. Padrão porque devemos garantir sempre e a todos os instantes a presença da nossa Ideia de Jogo (o Padrão).  Fractal é a forma que mantém as suas características quando dividida em partes menores. Devemos fraccionar a Ideia de Jogo mas nunca perdendo a sua configuração, o Morfociclo. Referências (Frade, V. 2013; Tamarit, X. 2013; Maciel, J. 2011)