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A Ciência e as
           ciências

        Olga Pombo




 • Se olharmos hoje para a ciência,
   o que vemos são as ciências.




 • Vemos      as    disciplinas,   as
   subdisciplinas, as especialidades.




       situação
• Trata-se de uma

 recente.
• teve a sua origem no século XIX e a sua
  máxima potenciação em meados do
  século XX.
• a National Science Foundation dava
  conta na década de quarenta, nos
  EUA, cerca de 54 especialidades.




                                            1
• em 1954, dava conta, só na
  Física, de 74 especialidades
• e, em 1969, também só na
  Física, de 154.
• A partir da década de
 oitenta, as especialidades
 passam a contar-se aos
 milhares.




•a   especialização – ainda que
 necessária ao progresso do conhecimento




•altera a própria natureza da
 actividade científica.




• a especialização
• tem como efeito paralelo o compromisso
  da ciência com uma razão instrumental
• reduz a ciência ao cálculo de entidades
  quantificáveis
• ao abandono da tentativa de explicação
  do Mundo
• ao abandono da ideia reguladora de
  Unidade da Ciência




                                            2
• a Unidade        da Ciência
    • corresponde ao

     projecto
     compreensivo
    • que está subjacente a toda a
      actividade científica.




• a partir das últimas décadas do século XX,
  começaram a aparecer uma série de
•   sinais:

• 1º sinal – A emergência de novos
  tipos de arranjos disciplinares
  resultantes da reorganização
    interna da cartografia dos
    saberes.




• Disciplinas híbridas: Bioquímica, Biofísica,
  Geofísica, Geobotânica ou Biomatemática)

• nas ciências sociais e humanas:
• (Psicolinguística, Psicossociologia,
  História Económica)
• no cruzamento das ciências da natureza e
  das ciências sociais e humanas:
  (Biologia Social, Etologia, Geografia
  Económica).




                                                 3
• Inter-disciplinas - resultam da
  confluência entre ciências puras e
  ciências aplicadas, entre a ciência e as
  áreas da indústria e da organização.
• O caso mais eloquente é o da
  engenharia genética.
• estamos perante áreas cuja
  mistura era impensável há 60 ou
  70 anos.




• Inter-ciências
• são conjuntos de disciplinas que se ligam, de
  forma descentrada, assimétrica, irregular, numa
  espécie de patchwork combinatório visando
  resolver um problema preciso.

• O melhor exemplo é o das ciências
  cognitivas.
• Elas não são especialmente a Psicologia e a
  Linguística ou a Inteligência artificial;
• são as Neurociências, a Filosofia, a Matemática, a
  Biologia molecular, as Ciências da computação.




• 2º sinal
• O apelo à
 interdisciplinaridade que se
  começa a fazer sentir nas três últimas
  décadas do século XX entre as diversas
  comunidades científicas.
• atravessa a actividade científica e
  constitui condição do próprio progresso
  especializado e da criatividade dos seus
  investigadores.




                                                       4
• 3º sinal
• diversos tipos de fenómenos
  civilizacionais a que hoje
  assistimos,
• tais como a integração política e
  económica, os efeitos de
  internacionalização e globalização
  produzidos pelas novas tecnologias de
  comunicação.




• Se, desde os gregos, o homem faz
  ciência é para, em última análise,
  compreender o mundo em que vive e
  compreender-se a si como habitante
  desse mundo.



• o que está em causa é, em todos os
  casos, a
      sua relação com um
  mesmo e único mundo.




• Um mundo que é um sistema
  coerente:



• as partes que o compõem
  não estão isoladas umas das
  outras.




                                          5
• Um mundo que é estruturado,
  dotado de regularidades,




         não é um
• simetrias –

    caos mas um
    cosmos.



•   para lá de as ciências      ,



• continua a fazer sentido
  falar de


•a   Ciência              .




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  • 1. A Ciência e as ciências Olga Pombo • Se olharmos hoje para a ciência, o que vemos são as ciências. • Vemos as disciplinas, as subdisciplinas, as especialidades. situação • Trata-se de uma recente. • teve a sua origem no século XIX e a sua máxima potenciação em meados do século XX. • a National Science Foundation dava conta na década de quarenta, nos EUA, cerca de 54 especialidades. 1
  • 2. • em 1954, dava conta, só na Física, de 74 especialidades • e, em 1969, também só na Física, de 154. • A partir da década de oitenta, as especialidades passam a contar-se aos milhares. •a especialização – ainda que necessária ao progresso do conhecimento •altera a própria natureza da actividade científica. • a especialização • tem como efeito paralelo o compromisso da ciência com uma razão instrumental • reduz a ciência ao cálculo de entidades quantificáveis • ao abandono da tentativa de explicação do Mundo • ao abandono da ideia reguladora de Unidade da Ciência 2
  • 3. • a Unidade da Ciência • corresponde ao projecto compreensivo • que está subjacente a toda a actividade científica. • a partir das últimas décadas do século XX, começaram a aparecer uma série de • sinais: • 1º sinal – A emergência de novos tipos de arranjos disciplinares resultantes da reorganização interna da cartografia dos saberes. • Disciplinas híbridas: Bioquímica, Biofísica, Geofísica, Geobotânica ou Biomatemática) • nas ciências sociais e humanas: • (Psicolinguística, Psicossociologia, História Económica) • no cruzamento das ciências da natureza e das ciências sociais e humanas: (Biologia Social, Etologia, Geografia Económica). 3
  • 4. • Inter-disciplinas - resultam da confluência entre ciências puras e ciências aplicadas, entre a ciência e as áreas da indústria e da organização. • O caso mais eloquente é o da engenharia genética. • estamos perante áreas cuja mistura era impensável há 60 ou 70 anos. • Inter-ciências • são conjuntos de disciplinas que se ligam, de forma descentrada, assimétrica, irregular, numa espécie de patchwork combinatório visando resolver um problema preciso. • O melhor exemplo é o das ciências cognitivas. • Elas não são especialmente a Psicologia e a Linguística ou a Inteligência artificial; • são as Neurociências, a Filosofia, a Matemática, a Biologia molecular, as Ciências da computação. • 2º sinal • O apelo à interdisciplinaridade que se começa a fazer sentir nas três últimas décadas do século XX entre as diversas comunidades científicas. • atravessa a actividade científica e constitui condição do próprio progresso especializado e da criatividade dos seus investigadores. 4
  • 5. • 3º sinal • diversos tipos de fenómenos civilizacionais a que hoje assistimos, • tais como a integração política e económica, os efeitos de internacionalização e globalização produzidos pelas novas tecnologias de comunicação. • Se, desde os gregos, o homem faz ciência é para, em última análise, compreender o mundo em que vive e compreender-se a si como habitante desse mundo. • o que está em causa é, em todos os casos, a sua relação com um mesmo e único mundo. • Um mundo que é um sistema coerente: • as partes que o compõem não estão isoladas umas das outras. 5
  • 6. • Um mundo que é estruturado, dotado de regularidades, não é um • simetrias – caos mas um cosmos. • para lá de as ciências , • continua a fazer sentido falar de •a Ciência . 6