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TÉCNICO EM ELETRÔNICA




        MTAC-1
Métodos e Técnicas de Análise de Circuitos
             Prof. Renato P. Bolsoni




                                       Ver 1 - 11/08/2009
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni                                1

                                                                          ÍNDICE
Conteúdo                                                                                                                                             Pág.
O básico da teoria atômica da matéria................................................................................................                2
Resistência......................................................................................................................................    3
Associação de resistência.................................................................................................................           4
Resistência equivalente de uma associaão de resistência....................................................................                          5
Exercícios........................................................................................................................................   9
Geradores e Receptores....................................................................................................................           15
Exercícios........................................................................................................................................   16
Associação de Geradores.................................................................................................................             19
Exercícios........................................................................................................................................   21
Divisor de Tensão e de Corrente.........................................................................................................             23
Exercícios........................................................................................................................................   24
Leis de Kirchhoff...............................................................................................................................     27
Exercícios........................................................................................................................................   29
Conversão de ligação de resistores Estrela-Triângulo..........................................................................                       31
Exercícios........................................................................................................................................   34
Equações de Maxwell.......................................................................................................................           36
Exercícios........................................................................................................................................   38
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                         O BÁSICO DA TEORIA ATÔMICA DA MATÉRIA

Matéria: tudo o que tem massa e ocupa lugar no espaço, podendo se apresentar em 4 estados
físicos distintos: sólido, líquido, gasoso ou plasma.
Corpo: é uma quantidade limitada de matéria que possui uma certa forma.
       Ex: mesa, gota d´água, etc.
       - Corpo Simples: formado por um só tipo de elemento: ouro, cobre, alumínio.
       - Corpo Composto: formado por dois ou mais elementos: água, sal de cozinha.
Molécula: menor partícula física em que pode ser dividido um corpo composto, sem que o
corpo resultante (molécula) perca suas características.
Átomo: menor partícula física em que se pode dividir um elemento (substancia fundamental)
sem alterar suas características. Pode ser dividido em várias partículas subatômicas, como o
próton, o nêutron e o elétron.

Modelo Atômico de Bohr
       O cientista neozelandês Niels Bohr imaginou, em 1915, um modelo para o átomo. Ele o
visualizou como um núcleo rodeado por elétrons em órbitas estáveis, com velocidade suficiente
para que a força centrífuga equilibrasse a atração nuclear. Hoje sabemos que as forças que
governam os átomos não são possíveis de serem explicadas segundo a física tradicional e sim
pela física quântica, que compreende o estudo das interações fortes e fracas no interior do
átomo.



                                    O átomo é formado pelo núcleo e pela elétrosfera.

                                    Núcleo : formado pelos prótons e nêutrons.
                                            Prótons = carga elétrica positiva.
                                            Nêutrons = carga elétrica nula.
                                    Elétrosfera: formada pelos elétrons em órbita
                                            Elétrons = carga elétrica negativa.




         Os elétrons se distribuem nos átomos em 7 camadas ou níveis da elétrosfera.

          Camada   Número de elétrons
            K             2
            L             8
            M             18
            N             32
            O             32
            P             18
            Q             8

      Cada camada corresponde a um nível energético. As mais afastadas do núcleo têm
energia menor. Os átomos tendem sempre a ficar com um número de 8 elétrons na sua camada
mais externa, chamada de camada de valência. Assim, os elementos condutores, que possuem
poucos átomos na última camada, têm grande tendência a ceder elétrons para outros átomos,
formando ligações iônicas. Já os elementos isolantes possuem mais elétrons na última camada,
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e têm tendência a receber elétrons. De modo geral, os elementos condutores têm 1, 2 ou 3
elétrons na última camada, enquanto os isolantes têm 5, 6 ou 7 elétrons na última camada.
       Todas as formas de energia, incluindo a térmica e a elétrica, estimulam os elétrons. A
absorção de energia, tal como calor ou luz, pode fazer com que os elétrons que estão na órbita
mais externa escapem. Esses elétrons tornam-se elétrons livres e podem vaguear até serem
atraídos por um átomo carregado positivamente.

Condutores
      Os condutores são aqueles materiais que possuem menos elétrons na última camada e,
portanto, estão mais fracamente presos ao núcleo.
Assim, nesses materiais, há uma grande quantidade de elétrons livres quando os estimulamos
com alguma forma de energia (o cobre, por exemplo, possui apenas 1 elétron na última
camada). Exemplos: cobre e alumínio.




Isolantes
      Já os isolantes são materiais que possuem elétrons livres em quantidade bem menor.
Exemplos: ar, borracha e vidro.




      A eletricidade (CORRENTE ELÉTRICA) é o movimento ordenado dos elétrons livres de
um átomo para outro da estrutura de uma material.

RESISTÊNCIAS

        Resistência ou Resistor é qualquer oposição (dificuldade) à passagem da corrente
elétrica.
        Ex.: Lâmpada, motor, equipamento eletrônico, resistência do chuveiro, componentes
eletrônicos e até mesmo um condutor fino e comprido, etc.

      Qualquer resistência pode ser representada pelos símbolos abaixo e seu valor ôhmico é
dado em Ohm representado pelo símbolo      (letra grega Ohmega):
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                                ASSOCIAÇÃO DE RESISTÊNCIAS

        As resistências entram na constituição da maioria dos circuitos eletrônicos formando
associações de resistências.
       É importante, pois, conhecer os tipos e características elétricas destas associações, que
são a base de qualquer atividade ligada à eletrônica.
       Esse capítulo vai ajuda-lo a identificar os tipos de associações e determinar suas
resistências equivalentes. Para entender uma associação de resistência, é preciso que você já
conheça o que são resistências.
        Associação de resistências é uma reunião de duas ou mais resistências em um circuito
elétrico.
        Na associação de resistência é preciso considerar duas coisas: os terminais e os nós.
Terminais são os pontos da associação conectados á fonte geradora. Nós são os pontos em
que ocorre a interligação de três ou mais resistências.

Tipos de associação de resistência
As resistências podem ser associadas de modo a formar diferentes circuitos elétricos:

          R1                                                                        R1

      V        R2                   V      R1       R2         R3              V                R2    R3


          R3

Associação em Série                 Associação em Paralelo                         Associação Mista


Associação em Série
      Nesse tipo de associação, as resistências são ligadas de forma que exista apenas um
caminho para a circulação da corrente elétrica entre os terminais.



          Caminho único                                   Caminho único




Associação em Paralelo
      Trata-se de uma associação em que os terminais das resistências estão ligadas de forma
que exista mais de um caminho para a circulação da corrente elétrica.
               Dois caminhos                                               Três caminhos




                 R1            R2                                     R1           R2            R3
  V       I1              I2                          V        I1             I2           I3
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Associação Mista
     É a associação que se compõe por grupos de resistências em série e em paralelo.




                                                       R5




        RESISTÊNCIA EQUIVALENTE DE UMA ASSOCIAÇÃO DE RESISTÊNCIAS
       Quando se associam resistências, a resistência elétrica entre os terminais é diferente das
resistências individuais. Por essa razão, a resistência de uma associação de resistência recebe
uma denominação específica: resistência total (Rt) ou resistência equivalente (Req).

Associação em Série
       Ao longo de todo o circuito, a resistência total é a soma das resistências parciais, logo a
Rt é sempre maior que a resistência de maior valor da associação.
       Matematicamente, obtém-se a Rt da associação em série pela seguinte fórmula:

      Rt = R1 + R2 + R3 + ... + Rn

      Ex.: Vamos tomar como exemplo uma associação em série formada pelo resistor R1 de
120   e pelo R2 de 270 . Qual será a resistência total ?

                         R1 120                     Rt = R1 + R2
                Rt                                  Rt = 120 + 270
                                                    Rt = 390

                         R2 270


Associação em Paralelo
     A resistência total de uma associação em paralelo é dada pela equação:


   Rt = _________1__________             DICA: 3 ou mais resistências diferentes
         _1_ + _1_ +...+ _1_
          R1 R2          Rn
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      Vamos tomar como exemplo o circuito abaixo onde o R1=10           , R2=25        e R3=20   :
                                   Rt = ______1________
                                         _1_ + _1_ + _1_
                                          R1 R2       R3
         R1      R2      R3
 Rt      10      25      20        Rt = ______1______ = ______1_______       = __1__
         Ω       Ω       Ω              _1_ + _1_ + _1_  0,1 + 0,04 + 0,05      0,19
                                         10   25    20

                                   Rt = 5,26




       Esta equação é indicada para associação em paralelo constituída por 3 ou mais
resistências com valores ôhmicos diferentes.

     Para associações em paralelo com apenas 2 (duas) resistências com valores diferentes,
podemos usar uma equação mais simples:

  Rt = R1 x R2
       R1 + R2
                      DICA: Apenas 2 resistências diferentes


      Vamos tomar como exemplo o circuito abaixo onde o R1=1,2K              (1200 ) e R2=680        :
                              Rt = R1 x R2
                                   R1 + R2

         R1    R2             Rt = 1200 x 680 = 816000
 Rt      1,2KΩ 680Ω                1200 + 680    1880

                              Rt = 434



     Para associações em paralelo com resistências de mesmo valor podemos usar uma
equação ainda mais simples:


  Rt = R      DICA: Todas as Resistências de mesmo valor
       n

Onde: R é o valor das resistências (todas têm o mesmo valor)
      n é a quantidade de resistências associadas em paralelo
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni     7

        Vamos tomar como exemplo o circuito abaixo onde todos os resistores são iguais:
                                              Rt = R
                                                   N

            R1         R2           R3        Rt = 120
 Rt         120        120          120             3

                                              Rt = 40


       De qualquer forma, valor da Rt de uma associação em paralelo sempre será menor que a
resistência de menor valor da associação.

Associação Mista
       Para determinar a resistência equivalente de uma associação mista, procede-se da
seguinte maneira:
       A partir dos nós, divide-se o circuito em pequenas partes de forma que possam ser
calculadas como associações em série ou em paralelo. Vamos tomar como exemplo o circuito
abaixo:


               R1 560Ω
                                    R2 180Ω

                                    R3 270Ω



      Os resistores R2 e R3 estão                      R4
      associados em paralelo                           1,2KΩ




      Neste circuito o R2 está em paralelo como o R3, e são de valores diferentes. Como ainda
não é a Rt do circuito, vamos chamar de RA :

   RA = R2 x R3
        R2 + R3

   RA = 180 x 270 = 48600
        180 + 270    450

   RA = 108

      Portanto, R2 em paralelo com R3 proporciona uma resistência equivalente de 108           para
a passagem da corrente elétrica por este circuito.
Se o R2 e R3 forem substituídos por um resistor de 108 (RA) o circuito não se altera.
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          R1 560Ω   RA 108Ω




     Rt                               R4
                                      1,2KΩ




 Desta forma, este circuito passa a ser uma associação final em série:

 Rt = R1 + RA + R4
 Rt = 560 + 108 + 1200
 Rt = 1868                                       Rt = 1868




       O resultado significa que toda a associação mista original tem o mesmo efeito para a
 corrente elétrica que uma única resistência de 1868 .


       A seguir, apresentamos um exemplo de circuito misto, com a seqüência de
 procedimentos para determinar a resistência equivalente.
                    R1 10K              R2 3,3KΩ
                                       R2 3,3K




                             R3 68K
Rt




        Da análise do circuito, deduz-se que as resistências R1 e R2 estão em série e ser
 substituída por uma única resistência RA :
        Rt = R1 + R2
        Rt = 10K + 3,3K
        Rt = 13,3K (13300 )
                                                             Foram substituídos por
                    R1 10K             R2 3,3K                                               RA 13,3K




                           R3 68K
                         R3 68KΩ                                                             R3 68K
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      Aplicando-se análise de circuito, deduz-se que RA e R3 estão em paralelo:
        Rt = RA x R3
             RA + R3

         Rt = 13,3K x 68K
                                       Rt = 11124Ω
              13,3K + 68K

         Rt = 11124




                                          EXERCÍCIOS

1) Qual é a característica fundamental de uma associação em série com relação aos caminhos
para a circulação da corrente elétrica?



2) Qual é a característica fundamental de uma associação em paralelo com relação aos
caminhos para a circulação da corrente elétrica?




3) Identifique os tipos de associação (série, em paralelo ou mista) nos circuitos a seguir.
      a) _______________                                b)________________




      c)________________                                d)________________




      e)_______________                                 f)_______________
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4) Determine a resistência equivalente (Rt) dos circuitos em série abaixo:
a)
                 R1
                 680

     Rt

                 R3
                 330




b)
           12



                        89
           27




c) Fazer Prática
           470




          1,5K




d) Fazer Prática

           0,1M



                        270
          1,2M




e)
          330Ω         68000Ω




          0,47MΩ       27KΩ
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5) Determine a resistência equivalente (Rt) dos circuitos em paralelo abaixo:
a)


     100      120        58




b)
           6,8KΩ


           1,2KΩ




c)


     10K      10K       10K       10K




d)


              120K       120K




e) Fazer Prática


              330        390
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6) Registre ao lado de cada circuito a equação mais apropriada para o cálculo da Rt.:
a)


      R1             R2         R3    R1 = R2 = R3




b)


      R1             R2         R3



c)


      R1             R2




d)     R1




                      R2
       R3




7) Determine a resistência equivalente (Rt) de cada circuito abaixo:
a)
           R1 6,8K
                            R3 2,7K

           R2 120K




b)                         R2 220

     R1 390KΩ

                           R3 39KΩ
                                          R4
                                          2,2K
       R5 2,7K
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c) Fazer Prática
       R1 1,2K            R2 3,3K




                 R3 10



                 R4 390




d) Fazer Prática
                      R2 150K



           R1                              R3
           0,39M                           10
                      R4 1,2M




e)
           R1 180



           R2 270



           R3 150                    R4         R5
                                     15K        10K




f)
         R1 470K                    R3 5K6



          R2 470K                   R4 2K4
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g)
        R1 5,6K



                     R2      R3     R4
                     10K     15K    12K




       Resultado dos cálculos             Resistores para Práticas
Pág.    Exercício Item Resultado                    10
 10        4        a        1010                   120
 10        4        b         128                   220
 10        4        c        1970                   270
 10        4        d    1300270                    330
 10        4        e     565330                    390
 11        5        a          28                   470
 11        5        b       1.02K                   680
 11        5        c        2500                  1.2K
 11        5        d         60K                  1.5K
 11        5        e      178.75                  2.2K
 12        7        a        2802                  2.7K
 12        7        b     395118                   3.3K
 13        7        c        4509                  39K
 13        7        d     302586                   100K
 13        7        e        6062                  150K
 13        7         f   236,68K                   390K
 14        7        g       9,61K                  1.2M
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                               GERADORES E RECEPTORES

Aparelho Elétrico:
       Denominamos de aparelho elétrico ao dispositivo que transforma uma modalidade
qualquer de energia em energia elétrica ou vice-versa.
       O aparelho elétrico podem ser classificados em geradores e receptores, ativos ou
passivos.
       É denominado gerador quando transforma uma modalidade qualquer de energia em
energia elétrica. Se ao fazer esta transformação ele impor uma ddp entre seus terminais é
gerador de tensão e se impor uma corrente é gerador de corrente.
       Ao contrário, um aparelho elétrico é denominador receptor quando transforma energia
elétrica em outra modalidade de energia. Se esta modalidade for exclusivamente térmica
será denominado receptor passivo e se envolver outra modalidade, além da térmica, será
denominado receptor ativo.
       Resumindo:

                               Tensão
               Gerador
                               Corrente


Aparelho
Elétrico                       Passivo    gera energia térmica
                                              (resistência)

               Receptor

                                           gera energia térmica
                                                      +
                               Ativo      outra forma de energia
                                          (luz, movimento, som,
                                            vídeo, etc.)


Fonte de Tensão:
       Um gerador de tensão é um bipolo, isto é, um aparelho com 2 terminais acessíveis, que
deve impor uma ddp entre seus terminais independente da carga que está alimentando. Com
seus terminais em aberto, isto é, sem estar ligados a qualquer outro componente, a ddp por
ele imposta é denominada força eletromotriz.

                   I

                       +

                           V

      OBS: Observe que a corrente e a tensão tem o mesmo sentido na fonte de tensão
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Fonte de Corrente:
      É um bipolo que deve impor uma corrente de intensidade conhecida entre seus
terminais quando ligado a outro componente (carga). Como é fonte de corrente, mesmo
variando a carga, a corrente se mantém e para isso ela muda o valor da tensão (ddp).

                      I
                               +

                           V

      OBS: Observe que a corrente e a tensão também tem o mesmo sentido na fonte de
          Corrente.


Receptor (carga):
      Equipamento ou componente que entrará em funcionamento quando for alimentado por
uma fonte de tensão ou de corrente. Em todo e qualquer receptor a corrente e a tensão terão
sentido contrário.

                    IR
           +               -

          VR

                                        EXERCÍCIOS

Calcule a tensão e a corrente em cada resistor e indicar seus sentidos.
1)
                    10V




               10




2)
                    10V


         R2
         20


              R1=20
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3)
                  10V



            R1=20




            R2=20




4) Calcular a tensão da bateria e a RT :
                        1,5

     2A
                         3V
           VT


                        1,5


                         3V




5) Calcular a tensão em R3 (VR3):

                   R1

                   3V

     12V                      R2     7V


                   R3


                         V=____
                         ___
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6) Calcule a VT e a RT :
                            4A

                            10

 VT           10 V

                           Motor



                                   24V




7) Calcule o que se pede:

       2A       R1



  VT                       R2


                R3



R1 = 10        VR1 = ______
R2 = _____     VR2 = 50V
R3 = _____     VR3 = 40V
RT = _____     VT = ______
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                             ASSOCIAÇÃO DE GERADORES

Associação de geradores de tensão em série:
       As fontes de tensão podem ser conectadas em série para aumentar ou diminuir a
tensão total aplicada a um sistema. A tensão resultante é determinada somando-se as
tensões das fontes de mesma polaridade e subtraindo-se as de polaridade oposta. A
polaridade resultante é aquela para a qual a soma é maior.
       OBS: Como o circuito é em série, a corrente é a mesma em todas as fontes, a
capacidade de fornecer corrente das fontes tem que ser de mesmo valor.
       Exemplo de aplicação: Alimentação de um rádio de 6V (3 pilhas de 1,5V em série).
       Exs.:
             V1=10V       V2=6V       V3=2V
      1)
                                                   VAB = V1 + V2 + V3
                                                   VAB = 10 + 6 + 2
                                                   VAB = 18V
                             I                     Observe que a maior força está empurrando a
            VAB
                                                   corrente para a direita.



      2)     V1=10V       V2=6V       V3=2V
                                                   VAB = (V1 + V3) – V2
                                                   VAB = (10 + 2) - 6
                                                   VAB = 6V
                             I                     Observe que a força maior está empurrando
            VAB
                                                   a corrente para a direita.

      3)     V1=10V       V2=6V       V3=2V
                                                   VAB = V1 – (V2 + V3)
                                                   VAB = 10 – (6 + 2)
                                                   VAB = 2V
                             I                     Observe que a força maior está empurrando
            VAB
                                                   a corrente para a esquerda.



Associação de geradores de tensão em paralelo:
       As fontes de tensão podem ser colocadas em paralelo, como mostra a figura abaixo,
em mesma polaridade e somente se as tensões nos seus terminais forem idênticas. A razão
principal para colocarmos duas ou mais baterias de mesma tensão em paralelo é a obtenção
de uma intensidade de corrente maior (e, portanto, de uma potência mais alta) a partir da
fonte composta.
       A capacidade total de fornecer corrente (IT) é determinada pela soma da capacidade de
cada fonte (IT = I1 + I2 + I3 + ...).
       Exemplo de aplicação: - Banco de baterias para alimentação de computadores;
                                  - Associação de baterias para som automotivo.

                                            +
     I1         I2         I3            IT=150A
    50A        50A        50A
                                                  VT=12V
             12V       12V         12V

                                              -
       Se duas baterias de tensões diferentes forem conectadas em paralelo, acabarão
ambas descarregadas, pois a tendência da bateria de tensão maior é cair rapidamente até
igualar-se à da fonte de menor tensão. Considere, por exemplo, duas baterias automotivas de
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chumbo-ácido, com diferentes valores de tensão, conectadas em paralelo, como mostra a
figura abaixo:

                              I
                                                         I=    ∑V
                Rint 1                 Rint 2                  ∑R
                0,03                   0,02
           E1                     E2                     I=     E1 – E2         =   12V – 6V =    6V
                 V1                     V2                    Rint 1 + Rint 2       0,03 + 0,02 0,05
                 12V                    6V
                                                         I = 120A

      As resistências internas relativamente pequenas das baterias são os únicos elementos
de limitação da corrente no circuito série resultante. Essa corrente excede em muito as
correntes usuais de operação da bateria de maior capacidade , resultando em uma rápida
descarga de E1 e um impacto destrutivo na bateria de menor valor E2


Associação de geradores de corrente em série:
     Todas as fontes devem ter o mesmo sentido.
     Todas as fontes devem ter o mesmo valor

       I1                I2               I3
                                                IT
                                                              IT = I1 = I2 = I3



Associação de geradores de corrente em paralelo:
Exemplos:
 1)                      IT
      I1         I2           I3
                                                     IT = I1 + I2 + I3




 2)
                                        IT
      I1         I2           I3
                                                     IT = I1 + I2 - I3




 3)
                                        IT
      I1         I2           I3
                                                     IT = I1 + I3 – I2
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                                      EXERCÍCIOS
 Calcule o que se pede em cada diagrama:
 1)      I                                2)                                                            I3

                                                                                                                        I1                I2
                              R1             V1
                              2                                                                          V1            R1                 R2
      6V                                                                   6V                 6V                                 V2
                                                                                                                       6                  3
                              R2
             6V                              V2
                              4



 3)          I2
                              V1                                     4)              V1                 6V             I1

                              4                            I1                        3                                       3
                                                                                                                   4
                                                                                6V                                                    1
                    6V
      6                                       6        3
                    6V                                                          6V                                           3
                                                                                                             I2    2




 5)                                                                                      6)
          R2=10                              R5=30
                                                                                                   IT
      R1                                                                                                      R1
      10                                                                                                      1
                        R3          R4                      R7             R8                 10V                            R3=3
                        40          40                      20             20
      300V                                                                                                    R2                 I1
                                                                                                                                                V1
                                                                                                              5

           IT                                R6=30



 7)                                                                   8)
           R2=10         R4=30                                                   R1=20                   R2=35



      R1                                                   R6               IT                          R3                       R4        R5
                         R3                       R5
      20                 60                       60       60               100V                        100                      80        80

                                  80V

          R7=30                         IT                                      R7=30                    R6=25


                                                                            V4                          V3
 9)                                                             I4

                                                                          R5=2                          R6=2
                              R4=10
V1                                                                                                                I5                  R8
           R1             R2                      R3                                                                                  8
 I1                I2                   I3                                                     R7=8                          V2
           3              3                       12            16V                                                                   I6
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RESULTADOS:

1) I    2A    2) I1   1A   3) I1 1.3A   4) I1 0.288A   5) I   8.3A   7) IT 0.89A   9) V1   16V
   V1   4V       I2   2A      I2 2A        I2 0.795A                                  V2   8V
   V2   8V       I3   3A      V1 8V        V1 2.38V    6) I1 0A      8) IT 1A         V3   4V
   VT   12V      V1   6V                                  V1 8.33V                    V4   4V
                 V2   6V                                  IT 1.66A                    I1   5.33A
                                                                                      I2   5.33A
                                                                                      I3   1.33A
                                                                                      I4   2A
                                                                                      I5   1A
                                                                                      I6   1A
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                           DIVISOR DE TENSÃO E DE CORRENTE

Divisor de corrente:

      Conforme o nome sugere, a regra do divisor de corrente nos diz como uma corrente
que entra em um conjunto de elementos em paralelos se divide entre esses elementos, porém
a tensão é a mesma para todos.
      No caso de dois elementos em paralelo com resistências iguais, a corrente se divide
igualmente.
       Ex.:        2A



         10V                    1A       10          1A         10




       No caso de 3 ou mais elementos em paralelo de mesmo valor, a corrente se dividirá
igualmente entre todos os elementos, porém a tensão é a mesma para todos.
       No caso particular de apenas duas resistências em paralelo, mesmo com valores
diferentes, podemos aplicar as seguintes formulas:

         IR1 =   R2 x IT                       IR2 =       R1 x IT
                 R1 + R2                                   R1 + R2

Ex.:             5A



       20V
                           1A          R1      4A          R2
                                       20Ω                 5Ω




        Se os elementos em paralelo tiverem resistências diferentes, o elemento de menor
resistência será percorrido pela maior fração da corrente.
        No caso de 3 ou mais elementos em paralelo de valores diferentes, a corrente se
dividirá entre todos os elementos inversamente proporcional à sua resistência, e a tensão é a
mesma para todos.
                      5A



         15V
                                1,5A     R1         2,5A        R2        1A    R3
                                         10Ω                    6Ω              15Ω
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Divisor de Tensão:

       Conforme o nome sugere, a regra do divisor de tensão nos diz como uma tensão que é
aplicada em um conjunto de elementos em série se divide entre esses elementos, porém a
corrente é a mesma em todos os elementos.
       A tensão entre os terminais dos elementos resistivos divide-se na mesma proporção
que os valores de resistência.
       Para resolução das quedas de tensão em cada resistor, pode ser usado a lei de Ohm
ou pela seguinte equação:

       Vx = Rx   x    VT
                 RT
                                                    VR1 = R1 x VT
EX.:                                                        RT
                                                    VR1 = 6 x 20
                                                            10
                                                    VR1 = 12V
                                  R1
                                  6Ω     12V
                                                    VR2 = R2 x VT
                                                             RT
                                  R2                VR2 = 3 x 20
                                         6V
       20V
                                  3Ω                         10
                                                    VR2 = 6V
                                         12V
                                  R3
                                  1Ω     2V
                                                    VR3 = R3 x VT
                                                             RT
                                                    VR3 = 1 x 20
                                                             10
                                                    VR3 = 2V



                                       EXERCÍCIOS

1) Determinar a tensão de V1 para o circuito abaixo usando a regra do divisor de tensão:

                       R1
                       20Ω   V1


  20V
                       R2
                       60Ω
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2) Usando a regra dos divisores de tensão, para um circuito série com 3 resistores (R1=2K    ,
R2=5K e R3=8K ) alimentado com 45V, determinar o valor de VR1 e VR3 :




3) Para o circuito abaixo, calcular o valor de V1 usando o método divisor de tensão :


                               R1
                               2Ω



                               R2
                               5Ω
45V
                                       V1=_______
                               R3
                               8Ω




4)    Para o circuito abaixo, calcular o valor de VR2 usando o método divisor de tensão:

            VR2 =____

       R1      R2       R3      R4
       4Ω      2Ω       3Ω      5Ω




              V = 27V




5) Calcular o valor de IR2 usando o método divisor de corrente:
     6A



                    IR2=____
              R1                R2
              4KΩ               8KΩ
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6) Determinar o valor das correntes I1 , I2 e I3 usando o método divisor de corrente:

                 R1=2Ω

                   I1

    I=12A                    I3
                 R2=4Ω

                   I2




7) Usando a regra do divisor de corrente, calcular o valor de R1:
                    R1


                I1=21mA

    I=27mA          R2

                   7Ω




8) Determinar o valor de I1 no circuito abaixo:
      42mA



IR1=_______
__               R1               R2              R3
                 6Ω               24Ω             48Ω
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                                            LEIS DE KIRCHHOFF

1ª Lei de Kirchhoff - Lei dos NÓS

  “A somatória das correntes que chegam a um nó é igual a somatória das correntes que
dele saem”.
                                          ΣI chegam = ΣI saem
                                                                                 Σ = somatória (soma ou subtração)
         Ex.:
                                I2
                                           I3

                          I1
                                                I4         I1 + I2 + I5 = I3 + I4

                                     I5



2ª Lei de Kirchhoff - Lei das MALHAS

  “A somatória das forças eletromotrizes e contra-eletromotrizes ao longo de uma malha de
um circuito é igual a soma algébrica dos produtos R x I em todos os resistores da malha”.
                                                     ΣV = ΣR*I
Ex.:

             VAB
                          V1    R1              R2    V2         R3
             A                                                             B

                          I1


         Fazendo o percurso indicado pela corrente I1, de A para B, temos:
              VAB = +V1 - R1 * I1 - R2 * I1 - V2 - R3 * I1

       ΣV        =        ΣR * I
   V1 – V2 = (R1+R2+R3) * I1


Exemplos:

1) Calcule a tensão em todos os resistores e a corrente total.
        R1=10        5V        R2=20
                                                      ΣV     =   ΣR * I

                                            R3        IT =       ΣV    =       12 – 5 – 8 + 10   =       9
                                            30
       12V                                                       ΣR            10 + 20 + 30 + 10        70

         R4=10        10V
                                                8V    IT = 128,57mA


VR1 = R1 * IR1                 VR2 = R2 * IR2                VR3 = R3 * IR3             VR4 = R4 * IR4
VR1 = 10 * 128,57m             VR2 = 20 * 128,57m            VR3 = 30 * 128,57m         VR4 = 10 * 128,57m
VR1 = 1,2857V                  VR2 = 2,5714V                 VR3 = 3,8571V              VR4 = 1,2857V
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    2) Calcule a tensão e a corrente em todos os resistores.
               5V    R1=10    11V    12V


                                                                  1° Passo: Resolver a série R2 + R3.
                                              R2                               RA = 20 + 10
                                              20
                                                                               RA = 30
          R7                                            R4
          5                                             30
                                              R3
                                              10
                             6V     R5=20
                R6=10



               5V    R1=10    11V    12V



                                                                  2° Passo: Resolver o paralelo de RA
                                                                  com R4.
         R7                                   RA        R4                  RB = R       =     30
         5                                    30        30
                                                                                   n           2
                                                                            RB = 15
                             6V     R5=20
                R6=10



               5V    R1=10    11V    12V

                                                       3° Passo: Calcular a IT pela 2ª Lei de Kirchhoff
                                                                 ΣV     =    ΣR * I
                                                        IT = Σ V = 5 + 11 – 12 + 6 __ = 10
         R7                                     RB             ΣR       10 + 15 + 20 + 10 + 5       60
         5                                      15

                                                        IT = 166,66mA
                             6V     R5=20
                R6=10




    3° Passo: Calcular a queda de tensão de cada resistor do último circuito usando a Lei de
           Ohm.
VR1 = R1 * IR1          VRB = RB * IRB       VR5 = R5 * IR5       VR6 = R6 * IR6       VR7 = R7 * IR7
VR1 = 10 * 166,66m      VRB = 15 * 166,66m   VR5 = 20 * 166,66m   VR6 = 10 * 166,66m   VR7 = 5 * 166,66m
VR1 = 1,666V            VRB = 2,499V         VR5 = 3,333V         VR6 = 1,666V         VR7 = 0,833V



    4° Passo: Como o RB foi formado pelo paralelo de RA com R4, a VRA e VR4 é a mesma de
           RB. Portanto a VR4 = 2,499V. Calcular a corrente de R4 e de RA usando a Lei de
           Ohm.
                     IRA = VRA                         IR4 = VR4
                           RA                                R4
                     IRA = 2,499                       IR4 = 2,499
                            30                                30
                     IRA = 83,3mA                      IR4 = 83,3mA


    5° Passo: Como RA foi formado pela série de R2 + R3, a IR2 e a IR3 = 83,3mA. Calcular a
           VR2 e a VR3.

                     VR2 = R2 * IR2                    VR3 = R3 * IR3
                     VR2 = 20 * 83,3m                  VR3 = 10 * 83,3m
                     VR2 = 1,666V                      VR3 = 0,833V
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6° Passo: É aconselhável montar uma tabela para termos certeza de todos valores
        calculados:
                            R1      R2                R3              R4      R5       R6       R7
                       V 1.666V   1.666V            0.833V          2.499V  3.333V   1.666V   0.833V
                       I 166.66mA 83.3mA            83.3mA          83.3mA 166.66mA 166.66mA 166.66mA


                                                               Exercícios
A) Calcular a corrente I1 e indicar seu sentido nos circuitos abaixo:
                  10V                                                                            5V
1)     I1                                                             2)               R1=10           I1


                                                                                  10V                       R2
       R1                       R2                                                                          10
       10                       20
                  5V                                                              R4
                                                                                  6
                                                                                                 10V
                                                                                        R3=6


                                                                                R5=12


__________________________________________________________________________________________________
B) Calcular a V (tensão) e I (corrente) em todos os resistores:
3)                                            4)

                        R4=10
                                                                                               R1=40

                                                                                                                         R5
                                                                                                                         10
R1                R2         R3           R5              R6                    R2=20                        R4=20
12                20         10           40              20
                                                                           R3
                                                                           10
                  20V                                                             20V
                                  R7=10                                                                          R6=10




5)
                       10V
                                R1=20          5V                       R2=5


 R5                                                            5V
 10                                                                                      20V


                  R4=20                             20V                 R3=30



___________________________________________________________________________
6) Calcule um resistor que colocado entre os pontos X e Y, faça percorrer por R2 uma
corrente de 160mA:
                       R1=30


                             160mA                        X
                                          R2
            20V                           75              Y
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni       30

7) Calcule a V e a I em todos os Resistores:
                             R1=10                              R2=20




     10V        10V
                                                 R4
                                                 10

                             R5=20                              R3=20



                             R6=20




RESPOSTAS :

1) 166.66mA    3)    V (V)      I (A)   4)    V (V)     I (A)     5)    V (V)  I (A)    6) 113,2   7)     V (V)    I (A)
               R1   10,85     0,904     R1   8,4      0,21        R1   1,17                        R1   3,75      0,375
2) 576.923mA   R2   9,12      0,456     R2   11,92    0,596       R2   0,294 0,0588                R2   2,49      0,124
               R3   9,12      0,912     R3   8,07     0,803       R3   1,76                        R3       0        0
               R4     ----       ----   R4   1,398    69,9m       R4   1,17                        R4   2,49      0,249
               R5   6,19      0,154     R5   2,1      0,21        R5   0,588                       R5   3,75      0,187
               R6   6,19      0,309     R6   1,398    139m        It   58,8mA                      R6   3,75      0,187
               R7   4,65      0,465     It   0,807A               Vt   5V                          It   0,375A
               It   1,37A               Rt   24,78                Rt   85                          Rt   26,66
               Rt   14,58
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                          CONVERSÃO DE LIGAÇÃO DE RESISTORES
                                 ESTRELA – TRIÂNGULO
   Há combinações especiais de três resistores que não podem ser simplificadas como os circuitos série,
paralelo e misto. Podemos resolve-las aplicando regras especiais. Uma destas ligações é a estrela e podemos
encontra-la das formas abaixo. Este tipo de ligação é também conhecido com Y ou T.




  Outro tipo é chamado ligação triângulo e também recebe as denominações ∆ (delta) ou π (pi).




CONVERSÃO ESTRELA-TRIÂNGULO
  É possível converter um tipo de ligação em outro. Para fazer a conversão de uma ligação em ESTRELA para
TRIÂNGULO basta:
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CONVERSÃO TRIÂNGULO-ESTRELA




Ex.:
Req entre A e B?                             O circuito ao lado possui as estrelas formadas pelos resistores:




E os triângulos formados pelos resistores:
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        Para encontrar a Req entre A e B temos que converter uma das estrelas para triângulo ou um dos
triângulos para estrela. Teoricamente, qualquer uma das conversões pode ser feita, mas temos que optar por
aquela que irá nos trazer uma maior simplificação. Vamos escolher o triângulo formado pelos resistores:




Substituindo o triângulo pela estrela no circuito teremos:




  Após a conversão, o circuito se transformou num circuito misto, que nós conhecemos bem.
Agora podemos calcular Req entre A e B com facilidade.
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Exemplo de aplicação do circuito “Ponte de Wheatstone”:

         -   Balança eletrônica

                                             + Fonte de
Ajuste de            Sensor
balanceamento                                   alimentação
                     de peso
                                             - cc




                                        Para o circuito conversor analógico / digital



         -   Detector de fumaça

                                             + Fonte de
Ajuste de
balanceamento        Detector                   alimentação
                     de fumaça               - cc




                                 NF
                                            Para o circuito de alarme
                                 C

                                 NA




EXERCÍCIOS :

Calcular a Req entre A e B :
1)                                                                         2)

     A                                                                       A
                R2                    R1                                                R1             R2
                10                    4                                                 1K             2K


                        R3 6                                                                  R3 4K7



                R4                    R5                                                R5             R4
                37                    8,8                                               3K9            3K3

     B                                                                       B
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Calcular o Req , It , a V e a I em todos os resistores:
3)                                                                           4)
                                                                                         R1 3
                 R1                      R2                                                        R2          R3
                 3                       45                                                        6           4
          50V               R3 10                                                   10V                 R4 5
                 R4
                 2                       R5                                                        R6          R5
                                         30                                                        3           2



5)

                 R1                      R2
                 3                       30
          50V               R3 10
                 R4
                 10                      R5
                                         30



Calcular a Req entre os pontos A e B dos circuitos abaixo:
6)
                              R4 4

       R1 1             R2 2                       R5 5
A                                                                  B
                R3 3


7)


       R1 6             R2 5                       R4 8
A                                                                   B
                        R3 10                      R5 8

                                                      R6
                   R7 5                               5




RESPOSTAS :

1)                 3)   V (V)   I (A)         4)    V (V)       I (A)   5)        V (V)    I (A)
Req   10           R1      30      10         R1      4,5        1,5    R1        12,7     4,23
2)                 R2      30      0,7        R2      3,7        0,6    R2        17,6      0,6
Req   2,5K         R3       0       0         R3      3,7        0,9    R3         4,9      0,5
6)                 R4      20      10         R4      0           0     R4        37,3      3,7
Req   3            R5      20      0,7        R5      1,8        0,9    R5        32,4     1,08
7)                 It       10,7A             R6      1,8        0,6    It          4,81A
Req   5            Rt       4,67              It          1,51A         Rt          10,38
                                              Rt          6,6
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                                        EQUAÇÕES DE MAXWELL
   As equações de malha de Maxwell podem ser consideradas como simplificação para soluções de problemas
de redes pelas Leis de Kirchhoff. Esse método reduz o número de equações necessárias para a resolução do
problema.
   Dado o circuito abaixo vamos exemplificar o método de resolução por Maxwell:

                          12V                R3 6


  R2                             R1
  2                              5
                                                       6V
                                10V
                                             R4 4

   1) Identificar as malhas com M1 (Malha 1) e M2 (Malha 2) como mostrado no circuito abaixo.
   2) Desenhar em cada malha um laço com seta indicando a corrente I1 e I2 no sentido horário. Se estivermos
errados em nossa estimativa, o resultado da corrente terá um sinal negativo associado.

                          12V                R3 6


  R2                I1           R1           I2
  2                              5
                                                       6V
                                10V
           M1                                R4 4       M2

   Em nosso circuito há um resistor (R1) que é comum para as duas malhas.
   Existem duas correntes fluindo pelo resistor comum R1, e sua corrente real é a soma algébrica das duas.
. Devemos notar que, para o nosso sentido horário estipulado para as correntes, I1 e I2 estão em sentidos
opostos no R1, onde deveremos subtrair a menor da maior, com isso determinamos o seu sentido real da
corrente.

   3) Agora escrevemos a equação das tensões de Kichhoff para cada malha, percorrendo no mesmo sentido
que estipulado para as correntes e fazendo a somatória das tensões e resistências.

M1
  ΣV      = ΣR x I1 – Rcomum x I2
          +12 – 10 = (R2 + R1) x I1 – R1 x I2
              2    = (2 + 5) x I1 – 5 x I2
              2    =    7     x I1 – 5 x I2

M2
  ΣV      = ΣR x I2 – Rcomum x I1
          +10 - 6        = (R1 + R3 + R4) x I2 – R1 x I1
              4          = (5 + 6 + 4) x I2 – 5 x I1
              4          =      15       x I2 – 5 x I1

4) Como temos 2 incógnita em cada expressão (I1 e I2) devemos igualar uma delas para que possamos calcular
a outra.
    M1     2 = 7 x I1 – 5 x I2
    M2     4 = 15 x I2 – 5 x I1

                Devemos inverter os termos de uma das expressões (M2).

     M1     2 = 7 x I1 – 5 x I2
     M2     4 = -5 x I1 + 15 x I2
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                    Igualar uma das incógnitas (I2).

    M1       2 = 7 x I1 – 5 x I2 (x3)
    M2       4 = -5 x I1 + 15 x I2


    M1       6 = 21 x I1 – 15 x I2
    M2       4 = -5 x I1 + 15 x I2
                    Executar a soma algébrica

    M1       6 = 21 x I1 – 15 x I2
    M2       4 = -5 x I1 + 15 x I2
            10 = 16 x I1
                    Calcular I1

     I1 = 10            I1 = 0,625A
          16

   5) Tendo agora o valor de uma das incógnitas (I1) substituí-la em uma expressão e calcular a outra (I2).
   M1       2 = 7 x I1 – 5 x I2
            2 = 7 x 0,625 – 5 x I2
            2 = 4,375 – 5 x I2
       5 x I2 = 4,375 – 2
           I2 = 2,375
                 5
           I2 = 0,475 A

    6) Como já comentado que no Rcomum (R1) teremos 2 correntes (I1 e I2), temos que calcular sua corrente
real e indicar seu sentido no circuito. No circuito exemplo, as correntes I1 e I2 calculadas são positivas portanto o
sentido horário adotado está correto e para calcular a IR1 devemos subtraí-las (Maior menos Menor) e o sentido
fica obedecendo a maior.
         IR1 = I1 – I2
         IR1 = 0,625 – 0,475
         IR1 = 0,15 A

                                  12V                  R3 6
                                                IR1
       R2                                R1
                          I1                           I2
       2                                 5
                                                              6V
                                        10V
                M1                                     R4 4     M2


   7) É possível agora identificar a corrente e a queda de tensão em cada resistor.

          IR1   =    0,15 A
          IR2   =   0,625 A
          IR3   =   0,475 A
          IR4   =   0,475 A


       VR1 = R1 x IR1                         VR2 = R2 x IR2         VR3 = R3 x IR3      VR4 = R4 x IR2
       VR1 = 5 x 0,15                         VR2 = 2 x 0,625        VR3 = 6 x 0,475     VR4 = 4 x 0,475
       VR1 = 0,75 V                           VR2 = 1,25 V           VR3 = 2,85 V        VR4 = 1,9 V
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                                             EXERCÍCIOS:

1) Determinar a corrente em todos os resistores:

           R1 12

                        R2
                        10
         100V                                           40V

                                   R3 10

                         R4 24


2) Determinar a corrente em todos os resistores:
                                   6V

                                                   R5
   R6                                  10V         1
   6                      R1 2

                 R2                                R4
                 12                                3
                                 R3 4



3) No circuito abaixo calcular VR4 e IR2:

                R1 2

                                 IR2
                                             R3                 R4       VR4
                          R2                                                   R6
                                             8                  2
 10V                      6                                                    6

                                             6V                 R5
                                                                4




4) No circuito abaixo calcular VR4 e IR2:


                R1 16                                   R5 6

                                 IR2          R3
                          R2                  8
 10V                      6                                    20V
                                              R4
                                              4          VR4
MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni       39

     5) Determinar a Tensão e a Corrente em cada resistor do circuito abaixo:
                                                          R5 2



                                 12V                12V


     R1              R2                R3               R4
     6               4                 10               8




                          R7 1                            R6 5




     6) Estando a chave CH1 aberta, o resistor R2 está submetido a uma tensão VR2 = 10V e dissipa uma
        potência de 5W. Pede-se:
        a) Calcular o valor de R2.
        b) Calcular o valor de V1.
        c) Agora, fechando a chave CH1 e utilizando o valor de V1 calculado anteriormente, calcular a nova
           potência dissipada por R2.

                     R1 10                          CH1          R4 10




      V1                                                                    40V
                                              R3
                          VR2    R2
                                              20




1)          I (A )   2)       I (A)     3)                   4)                   5)   V (V)   I (A)
R1          4,74     R1      5,426      VR4        2V        VR4    2,74V         R1   5,058   0,84 3
R2         5 ,047    R2      0,019      IR2        1A        IR2    1,37A         R2    6,04   1,51
R3         0 ,307    R3      56,5m                                                R3   5,902   0,59 0
R4         0 ,128    R4      56,5m                                                R4    6,08   0,76
                     R5      5,371                                                R5   1,686   0,84 3
6)                   R6      0,037                                                R6   4,215   0,84 3
a)         20                                                                     R7   0,843   0,84 3
b)         20V
c)        2,17W

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Técnico em Eletrônica: Associações de Resistência

  • 1. TÉCNICO EM ELETRÔNICA MTAC-1 Métodos e Técnicas de Análise de Circuitos Prof. Renato P. Bolsoni Ver 1 - 11/08/2009
  • 2. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 1 ÍNDICE Conteúdo Pág. O básico da teoria atômica da matéria................................................................................................ 2 Resistência...................................................................................................................................... 3 Associação de resistência................................................................................................................. 4 Resistência equivalente de uma associaão de resistência.................................................................... 5 Exercícios........................................................................................................................................ 9 Geradores e Receptores.................................................................................................................... 15 Exercícios........................................................................................................................................ 16 Associação de Geradores................................................................................................................. 19 Exercícios........................................................................................................................................ 21 Divisor de Tensão e de Corrente......................................................................................................... 23 Exercícios........................................................................................................................................ 24 Leis de Kirchhoff............................................................................................................................... 27 Exercícios........................................................................................................................................ 29 Conversão de ligação de resistores Estrela-Triângulo.......................................................................... 31 Exercícios........................................................................................................................................ 34 Equações de Maxwell....................................................................................................................... 36 Exercícios........................................................................................................................................ 38
  • 3. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 2 O BÁSICO DA TEORIA ATÔMICA DA MATÉRIA Matéria: tudo o que tem massa e ocupa lugar no espaço, podendo se apresentar em 4 estados físicos distintos: sólido, líquido, gasoso ou plasma. Corpo: é uma quantidade limitada de matéria que possui uma certa forma. Ex: mesa, gota d´água, etc. - Corpo Simples: formado por um só tipo de elemento: ouro, cobre, alumínio. - Corpo Composto: formado por dois ou mais elementos: água, sal de cozinha. Molécula: menor partícula física em que pode ser dividido um corpo composto, sem que o corpo resultante (molécula) perca suas características. Átomo: menor partícula física em que se pode dividir um elemento (substancia fundamental) sem alterar suas características. Pode ser dividido em várias partículas subatômicas, como o próton, o nêutron e o elétron. Modelo Atômico de Bohr O cientista neozelandês Niels Bohr imaginou, em 1915, um modelo para o átomo. Ele o visualizou como um núcleo rodeado por elétrons em órbitas estáveis, com velocidade suficiente para que a força centrífuga equilibrasse a atração nuclear. Hoje sabemos que as forças que governam os átomos não são possíveis de serem explicadas segundo a física tradicional e sim pela física quântica, que compreende o estudo das interações fortes e fracas no interior do átomo. O átomo é formado pelo núcleo e pela elétrosfera. Núcleo : formado pelos prótons e nêutrons. Prótons = carga elétrica positiva. Nêutrons = carga elétrica nula. Elétrosfera: formada pelos elétrons em órbita Elétrons = carga elétrica negativa. Os elétrons se distribuem nos átomos em 7 camadas ou níveis da elétrosfera. Camada Número de elétrons K 2 L 8 M 18 N 32 O 32 P 18 Q 8 Cada camada corresponde a um nível energético. As mais afastadas do núcleo têm energia menor. Os átomos tendem sempre a ficar com um número de 8 elétrons na sua camada mais externa, chamada de camada de valência. Assim, os elementos condutores, que possuem poucos átomos na última camada, têm grande tendência a ceder elétrons para outros átomos, formando ligações iônicas. Já os elementos isolantes possuem mais elétrons na última camada,
  • 4. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 3 e têm tendência a receber elétrons. De modo geral, os elementos condutores têm 1, 2 ou 3 elétrons na última camada, enquanto os isolantes têm 5, 6 ou 7 elétrons na última camada. Todas as formas de energia, incluindo a térmica e a elétrica, estimulam os elétrons. A absorção de energia, tal como calor ou luz, pode fazer com que os elétrons que estão na órbita mais externa escapem. Esses elétrons tornam-se elétrons livres e podem vaguear até serem atraídos por um átomo carregado positivamente. Condutores Os condutores são aqueles materiais que possuem menos elétrons na última camada e, portanto, estão mais fracamente presos ao núcleo. Assim, nesses materiais, há uma grande quantidade de elétrons livres quando os estimulamos com alguma forma de energia (o cobre, por exemplo, possui apenas 1 elétron na última camada). Exemplos: cobre e alumínio. Isolantes Já os isolantes são materiais que possuem elétrons livres em quantidade bem menor. Exemplos: ar, borracha e vidro. A eletricidade (CORRENTE ELÉTRICA) é o movimento ordenado dos elétrons livres de um átomo para outro da estrutura de uma material. RESISTÊNCIAS Resistência ou Resistor é qualquer oposição (dificuldade) à passagem da corrente elétrica. Ex.: Lâmpada, motor, equipamento eletrônico, resistência do chuveiro, componentes eletrônicos e até mesmo um condutor fino e comprido, etc. Qualquer resistência pode ser representada pelos símbolos abaixo e seu valor ôhmico é dado em Ohm representado pelo símbolo (letra grega Ohmega):
  • 5. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 4 ASSOCIAÇÃO DE RESISTÊNCIAS As resistências entram na constituição da maioria dos circuitos eletrônicos formando associações de resistências. É importante, pois, conhecer os tipos e características elétricas destas associações, que são a base de qualquer atividade ligada à eletrônica. Esse capítulo vai ajuda-lo a identificar os tipos de associações e determinar suas resistências equivalentes. Para entender uma associação de resistência, é preciso que você já conheça o que são resistências. Associação de resistências é uma reunião de duas ou mais resistências em um circuito elétrico. Na associação de resistência é preciso considerar duas coisas: os terminais e os nós. Terminais são os pontos da associação conectados á fonte geradora. Nós são os pontos em que ocorre a interligação de três ou mais resistências. Tipos de associação de resistência As resistências podem ser associadas de modo a formar diferentes circuitos elétricos: R1 R1 V R2 V R1 R2 R3 V R2 R3 R3 Associação em Série Associação em Paralelo Associação Mista Associação em Série Nesse tipo de associação, as resistências são ligadas de forma que exista apenas um caminho para a circulação da corrente elétrica entre os terminais. Caminho único Caminho único Associação em Paralelo Trata-se de uma associação em que os terminais das resistências estão ligadas de forma que exista mais de um caminho para a circulação da corrente elétrica. Dois caminhos Três caminhos R1 R2 R1 R2 R3 V I1 I2 V I1 I2 I3
  • 6. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 5 Associação Mista É a associação que se compõe por grupos de resistências em série e em paralelo. R5 RESISTÊNCIA EQUIVALENTE DE UMA ASSOCIAÇÃO DE RESISTÊNCIAS Quando se associam resistências, a resistência elétrica entre os terminais é diferente das resistências individuais. Por essa razão, a resistência de uma associação de resistência recebe uma denominação específica: resistência total (Rt) ou resistência equivalente (Req). Associação em Série Ao longo de todo o circuito, a resistência total é a soma das resistências parciais, logo a Rt é sempre maior que a resistência de maior valor da associação. Matematicamente, obtém-se a Rt da associação em série pela seguinte fórmula: Rt = R1 + R2 + R3 + ... + Rn Ex.: Vamos tomar como exemplo uma associação em série formada pelo resistor R1 de 120 e pelo R2 de 270 . Qual será a resistência total ? R1 120 Rt = R1 + R2 Rt Rt = 120 + 270 Rt = 390 R2 270 Associação em Paralelo A resistência total de uma associação em paralelo é dada pela equação: Rt = _________1__________ DICA: 3 ou mais resistências diferentes _1_ + _1_ +...+ _1_ R1 R2 Rn
  • 7. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 6 Vamos tomar como exemplo o circuito abaixo onde o R1=10 , R2=25 e R3=20 : Rt = ______1________ _1_ + _1_ + _1_ R1 R2 R3 R1 R2 R3 Rt 10 25 20 Rt = ______1______ = ______1_______ = __1__ Ω Ω Ω _1_ + _1_ + _1_ 0,1 + 0,04 + 0,05 0,19 10 25 20 Rt = 5,26 Esta equação é indicada para associação em paralelo constituída por 3 ou mais resistências com valores ôhmicos diferentes. Para associações em paralelo com apenas 2 (duas) resistências com valores diferentes, podemos usar uma equação mais simples: Rt = R1 x R2 R1 + R2 DICA: Apenas 2 resistências diferentes Vamos tomar como exemplo o circuito abaixo onde o R1=1,2K (1200 ) e R2=680 : Rt = R1 x R2 R1 + R2 R1 R2 Rt = 1200 x 680 = 816000 Rt 1,2KΩ 680Ω 1200 + 680 1880 Rt = 434 Para associações em paralelo com resistências de mesmo valor podemos usar uma equação ainda mais simples: Rt = R DICA: Todas as Resistências de mesmo valor n Onde: R é o valor das resistências (todas têm o mesmo valor) n é a quantidade de resistências associadas em paralelo
  • 8. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 7 Vamos tomar como exemplo o circuito abaixo onde todos os resistores são iguais: Rt = R N R1 R2 R3 Rt = 120 Rt 120 120 120 3 Rt = 40 De qualquer forma, valor da Rt de uma associação em paralelo sempre será menor que a resistência de menor valor da associação. Associação Mista Para determinar a resistência equivalente de uma associação mista, procede-se da seguinte maneira: A partir dos nós, divide-se o circuito em pequenas partes de forma que possam ser calculadas como associações em série ou em paralelo. Vamos tomar como exemplo o circuito abaixo: R1 560Ω R2 180Ω R3 270Ω Os resistores R2 e R3 estão R4 associados em paralelo 1,2KΩ Neste circuito o R2 está em paralelo como o R3, e são de valores diferentes. Como ainda não é a Rt do circuito, vamos chamar de RA : RA = R2 x R3 R2 + R3 RA = 180 x 270 = 48600 180 + 270 450 RA = 108 Portanto, R2 em paralelo com R3 proporciona uma resistência equivalente de 108 para a passagem da corrente elétrica por este circuito. Se o R2 e R3 forem substituídos por um resistor de 108 (RA) o circuito não se altera.
  • 9. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 8 R1 560Ω RA 108Ω Rt R4 1,2KΩ Desta forma, este circuito passa a ser uma associação final em série: Rt = R1 + RA + R4 Rt = 560 + 108 + 1200 Rt = 1868 Rt = 1868 O resultado significa que toda a associação mista original tem o mesmo efeito para a corrente elétrica que uma única resistência de 1868 . A seguir, apresentamos um exemplo de circuito misto, com a seqüência de procedimentos para determinar a resistência equivalente. R1 10K R2 3,3KΩ R2 3,3K R3 68K Rt Da análise do circuito, deduz-se que as resistências R1 e R2 estão em série e ser substituída por uma única resistência RA : Rt = R1 + R2 Rt = 10K + 3,3K Rt = 13,3K (13300 ) Foram substituídos por R1 10K R2 3,3K RA 13,3K R3 68K R3 68KΩ R3 68K
  • 10. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 9 Aplicando-se análise de circuito, deduz-se que RA e R3 estão em paralelo: Rt = RA x R3 RA + R3 Rt = 13,3K x 68K Rt = 11124Ω 13,3K + 68K Rt = 11124 EXERCÍCIOS 1) Qual é a característica fundamental de uma associação em série com relação aos caminhos para a circulação da corrente elétrica? 2) Qual é a característica fundamental de uma associação em paralelo com relação aos caminhos para a circulação da corrente elétrica? 3) Identifique os tipos de associação (série, em paralelo ou mista) nos circuitos a seguir. a) _______________ b)________________ c)________________ d)________________ e)_______________ f)_______________
  • 11. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 10 4) Determine a resistência equivalente (Rt) dos circuitos em série abaixo: a) R1 680 Rt R3 330 b) 12 89 27 c) Fazer Prática 470 1,5K d) Fazer Prática 0,1M 270 1,2M e) 330Ω 68000Ω 0,47MΩ 27KΩ
  • 12. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 11 5) Determine a resistência equivalente (Rt) dos circuitos em paralelo abaixo: a) 100 120 58 b) 6,8KΩ 1,2KΩ c) 10K 10K 10K 10K d) 120K 120K e) Fazer Prática 330 390
  • 13. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 12 6) Registre ao lado de cada circuito a equação mais apropriada para o cálculo da Rt.: a) R1 R2 R3 R1 = R2 = R3 b) R1 R2 R3 c) R1 R2 d) R1 R2 R3 7) Determine a resistência equivalente (Rt) de cada circuito abaixo: a) R1 6,8K R3 2,7K R2 120K b) R2 220 R1 390KΩ R3 39KΩ R4 2,2K R5 2,7K
  • 14. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 13 c) Fazer Prática R1 1,2K R2 3,3K R3 10 R4 390 d) Fazer Prática R2 150K R1 R3 0,39M 10 R4 1,2M e) R1 180 R2 270 R3 150 R4 R5 15K 10K f) R1 470K R3 5K6 R2 470K R4 2K4
  • 15. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 14 g) R1 5,6K R2 R3 R4 10K 15K 12K Resultado dos cálculos Resistores para Práticas Pág. Exercício Item Resultado 10 10 4 a 1010 120 10 4 b 128 220 10 4 c 1970 270 10 4 d 1300270 330 10 4 e 565330 390 11 5 a 28 470 11 5 b 1.02K 680 11 5 c 2500 1.2K 11 5 d 60K 1.5K 11 5 e 178.75 2.2K 12 7 a 2802 2.7K 12 7 b 395118 3.3K 13 7 c 4509 39K 13 7 d 302586 100K 13 7 e 6062 150K 13 7 f 236,68K 390K 14 7 g 9,61K 1.2M
  • 16. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 15 GERADORES E RECEPTORES Aparelho Elétrico: Denominamos de aparelho elétrico ao dispositivo que transforma uma modalidade qualquer de energia em energia elétrica ou vice-versa. O aparelho elétrico podem ser classificados em geradores e receptores, ativos ou passivos. É denominado gerador quando transforma uma modalidade qualquer de energia em energia elétrica. Se ao fazer esta transformação ele impor uma ddp entre seus terminais é gerador de tensão e se impor uma corrente é gerador de corrente. Ao contrário, um aparelho elétrico é denominador receptor quando transforma energia elétrica em outra modalidade de energia. Se esta modalidade for exclusivamente térmica será denominado receptor passivo e se envolver outra modalidade, além da térmica, será denominado receptor ativo. Resumindo: Tensão Gerador Corrente Aparelho Elétrico Passivo gera energia térmica (resistência) Receptor gera energia térmica + Ativo outra forma de energia (luz, movimento, som, vídeo, etc.) Fonte de Tensão: Um gerador de tensão é um bipolo, isto é, um aparelho com 2 terminais acessíveis, que deve impor uma ddp entre seus terminais independente da carga que está alimentando. Com seus terminais em aberto, isto é, sem estar ligados a qualquer outro componente, a ddp por ele imposta é denominada força eletromotriz. I + V OBS: Observe que a corrente e a tensão tem o mesmo sentido na fonte de tensão
  • 17. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 16 Fonte de Corrente: É um bipolo que deve impor uma corrente de intensidade conhecida entre seus terminais quando ligado a outro componente (carga). Como é fonte de corrente, mesmo variando a carga, a corrente se mantém e para isso ela muda o valor da tensão (ddp). I + V OBS: Observe que a corrente e a tensão também tem o mesmo sentido na fonte de Corrente. Receptor (carga): Equipamento ou componente que entrará em funcionamento quando for alimentado por uma fonte de tensão ou de corrente. Em todo e qualquer receptor a corrente e a tensão terão sentido contrário. IR + - VR EXERCÍCIOS Calcule a tensão e a corrente em cada resistor e indicar seus sentidos. 1) 10V 10 2) 10V R2 20 R1=20
  • 18. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 17 3) 10V R1=20 R2=20 4) Calcular a tensão da bateria e a RT : 1,5 2A 3V VT 1,5 3V 5) Calcular a tensão em R3 (VR3): R1 3V 12V R2 7V R3 V=____ ___
  • 19. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 18 6) Calcule a VT e a RT : 4A 10 VT 10 V Motor 24V 7) Calcule o que se pede: 2A R1 VT R2 R3 R1 = 10 VR1 = ______ R2 = _____ VR2 = 50V R3 = _____ VR3 = 40V RT = _____ VT = ______
  • 20. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 19 ASSOCIAÇÃO DE GERADORES Associação de geradores de tensão em série: As fontes de tensão podem ser conectadas em série para aumentar ou diminuir a tensão total aplicada a um sistema. A tensão resultante é determinada somando-se as tensões das fontes de mesma polaridade e subtraindo-se as de polaridade oposta. A polaridade resultante é aquela para a qual a soma é maior. OBS: Como o circuito é em série, a corrente é a mesma em todas as fontes, a capacidade de fornecer corrente das fontes tem que ser de mesmo valor. Exemplo de aplicação: Alimentação de um rádio de 6V (3 pilhas de 1,5V em série). Exs.: V1=10V V2=6V V3=2V 1) VAB = V1 + V2 + V3 VAB = 10 + 6 + 2 VAB = 18V I Observe que a maior força está empurrando a VAB corrente para a direita. 2) V1=10V V2=6V V3=2V VAB = (V1 + V3) – V2 VAB = (10 + 2) - 6 VAB = 6V I Observe que a força maior está empurrando VAB a corrente para a direita. 3) V1=10V V2=6V V3=2V VAB = V1 – (V2 + V3) VAB = 10 – (6 + 2) VAB = 2V I Observe que a força maior está empurrando VAB a corrente para a esquerda. Associação de geradores de tensão em paralelo: As fontes de tensão podem ser colocadas em paralelo, como mostra a figura abaixo, em mesma polaridade e somente se as tensões nos seus terminais forem idênticas. A razão principal para colocarmos duas ou mais baterias de mesma tensão em paralelo é a obtenção de uma intensidade de corrente maior (e, portanto, de uma potência mais alta) a partir da fonte composta. A capacidade total de fornecer corrente (IT) é determinada pela soma da capacidade de cada fonte (IT = I1 + I2 + I3 + ...). Exemplo de aplicação: - Banco de baterias para alimentação de computadores; - Associação de baterias para som automotivo. + I1 I2 I3 IT=150A 50A 50A 50A VT=12V 12V 12V 12V - Se duas baterias de tensões diferentes forem conectadas em paralelo, acabarão ambas descarregadas, pois a tendência da bateria de tensão maior é cair rapidamente até igualar-se à da fonte de menor tensão. Considere, por exemplo, duas baterias automotivas de
  • 21. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 20 chumbo-ácido, com diferentes valores de tensão, conectadas em paralelo, como mostra a figura abaixo: I I= ∑V Rint 1 Rint 2 ∑R 0,03 0,02 E1 E2 I= E1 – E2 = 12V – 6V = 6V V1 V2 Rint 1 + Rint 2 0,03 + 0,02 0,05 12V 6V I = 120A As resistências internas relativamente pequenas das baterias são os únicos elementos de limitação da corrente no circuito série resultante. Essa corrente excede em muito as correntes usuais de operação da bateria de maior capacidade , resultando em uma rápida descarga de E1 e um impacto destrutivo na bateria de menor valor E2 Associação de geradores de corrente em série: Todas as fontes devem ter o mesmo sentido. Todas as fontes devem ter o mesmo valor I1 I2 I3 IT IT = I1 = I2 = I3 Associação de geradores de corrente em paralelo: Exemplos: 1) IT I1 I2 I3 IT = I1 + I2 + I3 2) IT I1 I2 I3 IT = I1 + I2 - I3 3) IT I1 I2 I3 IT = I1 + I3 – I2
  • 22. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 21 EXERCÍCIOS Calcule o que se pede em cada diagrama: 1) I 2) I3 I1 I2 R1 V1 2 V1 R1 R2 6V 6V 6V V2 6 3 R2 6V V2 4 3) I2 V1 4) V1 6V I1 4 I1 3 3 4 6V 1 6V 6 6 3 6V 6V 3 I2 2 5) 6) R2=10 R5=30 IT R1 R1 10 1 R3 R4 R7 R8 10V R3=3 40 40 20 20 300V R2 I1 V1 5 IT R6=30 7) 8) R2=10 R4=30 R1=20 R2=35 R1 R6 IT R3 R4 R5 R3 R5 20 60 60 60 100V 100 80 80 80V R7=30 IT R7=30 R6=25 V4 V3 9) I4 R5=2 R6=2 R4=10 V1 I5 R8 R1 R2 R3 8 I1 I2 I3 R7=8 V2 3 3 12 16V I6
  • 23. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 22 RESULTADOS: 1) I 2A 2) I1 1A 3) I1 1.3A 4) I1 0.288A 5) I 8.3A 7) IT 0.89A 9) V1 16V V1 4V I2 2A I2 2A I2 0.795A V2 8V V2 8V I3 3A V1 8V V1 2.38V 6) I1 0A 8) IT 1A V3 4V VT 12V V1 6V V1 8.33V V4 4V V2 6V IT 1.66A I1 5.33A I2 5.33A I3 1.33A I4 2A I5 1A I6 1A
  • 24. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 23 DIVISOR DE TENSÃO E DE CORRENTE Divisor de corrente: Conforme o nome sugere, a regra do divisor de corrente nos diz como uma corrente que entra em um conjunto de elementos em paralelos se divide entre esses elementos, porém a tensão é a mesma para todos. No caso de dois elementos em paralelo com resistências iguais, a corrente se divide igualmente. Ex.: 2A 10V 1A 10 1A 10 No caso de 3 ou mais elementos em paralelo de mesmo valor, a corrente se dividirá igualmente entre todos os elementos, porém a tensão é a mesma para todos. No caso particular de apenas duas resistências em paralelo, mesmo com valores diferentes, podemos aplicar as seguintes formulas: IR1 = R2 x IT IR2 = R1 x IT R1 + R2 R1 + R2 Ex.: 5A 20V 1A R1 4A R2 20Ω 5Ω Se os elementos em paralelo tiverem resistências diferentes, o elemento de menor resistência será percorrido pela maior fração da corrente. No caso de 3 ou mais elementos em paralelo de valores diferentes, a corrente se dividirá entre todos os elementos inversamente proporcional à sua resistência, e a tensão é a mesma para todos. 5A 15V 1,5A R1 2,5A R2 1A R3 10Ω 6Ω 15Ω
  • 25. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 24 Divisor de Tensão: Conforme o nome sugere, a regra do divisor de tensão nos diz como uma tensão que é aplicada em um conjunto de elementos em série se divide entre esses elementos, porém a corrente é a mesma em todos os elementos. A tensão entre os terminais dos elementos resistivos divide-se na mesma proporção que os valores de resistência. Para resolução das quedas de tensão em cada resistor, pode ser usado a lei de Ohm ou pela seguinte equação: Vx = Rx x VT RT VR1 = R1 x VT EX.: RT VR1 = 6 x 20 10 VR1 = 12V R1 6Ω 12V VR2 = R2 x VT RT R2 VR2 = 3 x 20 6V 20V 3Ω 10 VR2 = 6V 12V R3 1Ω 2V VR3 = R3 x VT RT VR3 = 1 x 20 10 VR3 = 2V EXERCÍCIOS 1) Determinar a tensão de V1 para o circuito abaixo usando a regra do divisor de tensão: R1 20Ω V1 20V R2 60Ω
  • 26. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 25 2) Usando a regra dos divisores de tensão, para um circuito série com 3 resistores (R1=2K , R2=5K e R3=8K ) alimentado com 45V, determinar o valor de VR1 e VR3 : 3) Para o circuito abaixo, calcular o valor de V1 usando o método divisor de tensão : R1 2Ω R2 5Ω 45V V1=_______ R3 8Ω 4) Para o circuito abaixo, calcular o valor de VR2 usando o método divisor de tensão: VR2 =____ R1 R2 R3 R4 4Ω 2Ω 3Ω 5Ω V = 27V 5) Calcular o valor de IR2 usando o método divisor de corrente: 6A IR2=____ R1 R2 4KΩ 8KΩ
  • 27. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 26 6) Determinar o valor das correntes I1 , I2 e I3 usando o método divisor de corrente: R1=2Ω I1 I=12A I3 R2=4Ω I2 7) Usando a regra do divisor de corrente, calcular o valor de R1: R1 I1=21mA I=27mA R2 7Ω 8) Determinar o valor de I1 no circuito abaixo: 42mA IR1=_______ __ R1 R2 R3 6Ω 24Ω 48Ω
  • 28. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 27 LEIS DE KIRCHHOFF 1ª Lei de Kirchhoff - Lei dos NÓS “A somatória das correntes que chegam a um nó é igual a somatória das correntes que dele saem”. ΣI chegam = ΣI saem Σ = somatória (soma ou subtração) Ex.: I2 I3 I1 I4 I1 + I2 + I5 = I3 + I4 I5 2ª Lei de Kirchhoff - Lei das MALHAS “A somatória das forças eletromotrizes e contra-eletromotrizes ao longo de uma malha de um circuito é igual a soma algébrica dos produtos R x I em todos os resistores da malha”. ΣV = ΣR*I Ex.: VAB V1 R1 R2 V2 R3 A B I1 Fazendo o percurso indicado pela corrente I1, de A para B, temos: VAB = +V1 - R1 * I1 - R2 * I1 - V2 - R3 * I1 ΣV = ΣR * I V1 – V2 = (R1+R2+R3) * I1 Exemplos: 1) Calcule a tensão em todos os resistores e a corrente total. R1=10 5V R2=20 ΣV = ΣR * I R3 IT = ΣV = 12 – 5 – 8 + 10 = 9 30 12V ΣR 10 + 20 + 30 + 10 70 R4=10 10V 8V IT = 128,57mA VR1 = R1 * IR1 VR2 = R2 * IR2 VR3 = R3 * IR3 VR4 = R4 * IR4 VR1 = 10 * 128,57m VR2 = 20 * 128,57m VR3 = 30 * 128,57m VR4 = 10 * 128,57m VR1 = 1,2857V VR2 = 2,5714V VR3 = 3,8571V VR4 = 1,2857V
  • 29. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 28 2) Calcule a tensão e a corrente em todos os resistores. 5V R1=10 11V 12V 1° Passo: Resolver a série R2 + R3. R2 RA = 20 + 10 20 RA = 30 R7 R4 5 30 R3 10 6V R5=20 R6=10 5V R1=10 11V 12V 2° Passo: Resolver o paralelo de RA com R4. R7 RA R4 RB = R = 30 5 30 30 n 2 RB = 15 6V R5=20 R6=10 5V R1=10 11V 12V 3° Passo: Calcular a IT pela 2ª Lei de Kirchhoff ΣV = ΣR * I IT = Σ V = 5 + 11 – 12 + 6 __ = 10 R7 RB ΣR 10 + 15 + 20 + 10 + 5 60 5 15 IT = 166,66mA 6V R5=20 R6=10 3° Passo: Calcular a queda de tensão de cada resistor do último circuito usando a Lei de Ohm. VR1 = R1 * IR1 VRB = RB * IRB VR5 = R5 * IR5 VR6 = R6 * IR6 VR7 = R7 * IR7 VR1 = 10 * 166,66m VRB = 15 * 166,66m VR5 = 20 * 166,66m VR6 = 10 * 166,66m VR7 = 5 * 166,66m VR1 = 1,666V VRB = 2,499V VR5 = 3,333V VR6 = 1,666V VR7 = 0,833V 4° Passo: Como o RB foi formado pelo paralelo de RA com R4, a VRA e VR4 é a mesma de RB. Portanto a VR4 = 2,499V. Calcular a corrente de R4 e de RA usando a Lei de Ohm. IRA = VRA IR4 = VR4 RA R4 IRA = 2,499 IR4 = 2,499 30 30 IRA = 83,3mA IR4 = 83,3mA 5° Passo: Como RA foi formado pela série de R2 + R3, a IR2 e a IR3 = 83,3mA. Calcular a VR2 e a VR3. VR2 = R2 * IR2 VR3 = R3 * IR3 VR2 = 20 * 83,3m VR3 = 10 * 83,3m VR2 = 1,666V VR3 = 0,833V
  • 30. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 29 6° Passo: É aconselhável montar uma tabela para termos certeza de todos valores calculados: R1 R2 R3 R4 R5 R6 R7 V 1.666V 1.666V 0.833V 2.499V 3.333V 1.666V 0.833V I 166.66mA 83.3mA 83.3mA 83.3mA 166.66mA 166.66mA 166.66mA Exercícios A) Calcular a corrente I1 e indicar seu sentido nos circuitos abaixo: 10V 5V 1) I1 2) R1=10 I1 10V R2 R1 R2 10 10 20 5V R4 6 10V R3=6 R5=12 __________________________________________________________________________________________________ B) Calcular a V (tensão) e I (corrente) em todos os resistores: 3) 4) R4=10 R1=40 R5 10 R1 R2 R3 R5 R6 R2=20 R4=20 12 20 10 40 20 R3 10 20V 20V R7=10 R6=10 5) 10V R1=20 5V R2=5 R5 5V 10 20V R4=20 20V R3=30 ___________________________________________________________________________ 6) Calcule um resistor que colocado entre os pontos X e Y, faça percorrer por R2 uma corrente de 160mA: R1=30 160mA X R2 20V 75 Y
  • 31. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 30 7) Calcule a V e a I em todos os Resistores: R1=10 R2=20 10V 10V R4 10 R5=20 R3=20 R6=20 RESPOSTAS : 1) 166.66mA 3) V (V) I (A) 4) V (V) I (A) 5) V (V) I (A) 6) 113,2 7) V (V) I (A) R1 10,85 0,904 R1 8,4 0,21 R1 1,17 R1 3,75 0,375 2) 576.923mA R2 9,12 0,456 R2 11,92 0,596 R2 0,294 0,0588 R2 2,49 0,124 R3 9,12 0,912 R3 8,07 0,803 R3 1,76 R3 0 0 R4 ---- ---- R4 1,398 69,9m R4 1,17 R4 2,49 0,249 R5 6,19 0,154 R5 2,1 0,21 R5 0,588 R5 3,75 0,187 R6 6,19 0,309 R6 1,398 139m It 58,8mA R6 3,75 0,187 R7 4,65 0,465 It 0,807A Vt 5V It 0,375A It 1,37A Rt 24,78 Rt 85 Rt 26,66 Rt 14,58
  • 32. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 31 CONVERSÃO DE LIGAÇÃO DE RESISTORES ESTRELA – TRIÂNGULO Há combinações especiais de três resistores que não podem ser simplificadas como os circuitos série, paralelo e misto. Podemos resolve-las aplicando regras especiais. Uma destas ligações é a estrela e podemos encontra-la das formas abaixo. Este tipo de ligação é também conhecido com Y ou T. Outro tipo é chamado ligação triângulo e também recebe as denominações ∆ (delta) ou π (pi). CONVERSÃO ESTRELA-TRIÂNGULO É possível converter um tipo de ligação em outro. Para fazer a conversão de uma ligação em ESTRELA para TRIÂNGULO basta:
  • 33. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 32 CONVERSÃO TRIÂNGULO-ESTRELA Ex.: Req entre A e B? O circuito ao lado possui as estrelas formadas pelos resistores: E os triângulos formados pelos resistores:
  • 34. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 33 Para encontrar a Req entre A e B temos que converter uma das estrelas para triângulo ou um dos triângulos para estrela. Teoricamente, qualquer uma das conversões pode ser feita, mas temos que optar por aquela que irá nos trazer uma maior simplificação. Vamos escolher o triângulo formado pelos resistores: Substituindo o triângulo pela estrela no circuito teremos: Após a conversão, o circuito se transformou num circuito misto, que nós conhecemos bem. Agora podemos calcular Req entre A e B com facilidade.
  • 35. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 34 Exemplo de aplicação do circuito “Ponte de Wheatstone”: - Balança eletrônica + Fonte de Ajuste de Sensor balanceamento alimentação de peso - cc Para o circuito conversor analógico / digital - Detector de fumaça + Fonte de Ajuste de balanceamento Detector alimentação de fumaça - cc NF Para o circuito de alarme C NA EXERCÍCIOS : Calcular a Req entre A e B : 1) 2) A A R2 R1 R1 R2 10 4 1K 2K R3 6 R3 4K7 R4 R5 R5 R4 37 8,8 3K9 3K3 B B
  • 36. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 35 Calcular o Req , It , a V e a I em todos os resistores: 3) 4) R1 3 R1 R2 R2 R3 3 45 6 4 50V R3 10 10V R4 5 R4 2 R5 R6 R5 30 3 2 5) R1 R2 3 30 50V R3 10 R4 10 R5 30 Calcular a Req entre os pontos A e B dos circuitos abaixo: 6) R4 4 R1 1 R2 2 R5 5 A B R3 3 7) R1 6 R2 5 R4 8 A B R3 10 R5 8 R6 R7 5 5 RESPOSTAS : 1) 3) V (V) I (A) 4) V (V) I (A) 5) V (V) I (A) Req 10 R1 30 10 R1 4,5 1,5 R1 12,7 4,23 2) R2 30 0,7 R2 3,7 0,6 R2 17,6 0,6 Req 2,5K R3 0 0 R3 3,7 0,9 R3 4,9 0,5 6) R4 20 10 R4 0 0 R4 37,3 3,7 Req 3 R5 20 0,7 R5 1,8 0,9 R5 32,4 1,08 7) It 10,7A R6 1,8 0,6 It 4,81A Req 5 Rt 4,67 It 1,51A Rt 10,38 Rt 6,6
  • 37. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 36 EQUAÇÕES DE MAXWELL As equações de malha de Maxwell podem ser consideradas como simplificação para soluções de problemas de redes pelas Leis de Kirchhoff. Esse método reduz o número de equações necessárias para a resolução do problema. Dado o circuito abaixo vamos exemplificar o método de resolução por Maxwell: 12V R3 6 R2 R1 2 5 6V 10V R4 4 1) Identificar as malhas com M1 (Malha 1) e M2 (Malha 2) como mostrado no circuito abaixo. 2) Desenhar em cada malha um laço com seta indicando a corrente I1 e I2 no sentido horário. Se estivermos errados em nossa estimativa, o resultado da corrente terá um sinal negativo associado. 12V R3 6 R2 I1 R1 I2 2 5 6V 10V M1 R4 4 M2 Em nosso circuito há um resistor (R1) que é comum para as duas malhas. Existem duas correntes fluindo pelo resistor comum R1, e sua corrente real é a soma algébrica das duas. . Devemos notar que, para o nosso sentido horário estipulado para as correntes, I1 e I2 estão em sentidos opostos no R1, onde deveremos subtrair a menor da maior, com isso determinamos o seu sentido real da corrente. 3) Agora escrevemos a equação das tensões de Kichhoff para cada malha, percorrendo no mesmo sentido que estipulado para as correntes e fazendo a somatória das tensões e resistências. M1 ΣV = ΣR x I1 – Rcomum x I2 +12 – 10 = (R2 + R1) x I1 – R1 x I2 2 = (2 + 5) x I1 – 5 x I2 2 = 7 x I1 – 5 x I2 M2 ΣV = ΣR x I2 – Rcomum x I1 +10 - 6 = (R1 + R3 + R4) x I2 – R1 x I1 4 = (5 + 6 + 4) x I2 – 5 x I1 4 = 15 x I2 – 5 x I1 4) Como temos 2 incógnita em cada expressão (I1 e I2) devemos igualar uma delas para que possamos calcular a outra. M1 2 = 7 x I1 – 5 x I2 M2 4 = 15 x I2 – 5 x I1 Devemos inverter os termos de uma das expressões (M2). M1 2 = 7 x I1 – 5 x I2 M2 4 = -5 x I1 + 15 x I2
  • 38. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 37 Igualar uma das incógnitas (I2). M1 2 = 7 x I1 – 5 x I2 (x3) M2 4 = -5 x I1 + 15 x I2 M1 6 = 21 x I1 – 15 x I2 M2 4 = -5 x I1 + 15 x I2 Executar a soma algébrica M1 6 = 21 x I1 – 15 x I2 M2 4 = -5 x I1 + 15 x I2 10 = 16 x I1 Calcular I1 I1 = 10 I1 = 0,625A 16 5) Tendo agora o valor de uma das incógnitas (I1) substituí-la em uma expressão e calcular a outra (I2). M1 2 = 7 x I1 – 5 x I2 2 = 7 x 0,625 – 5 x I2 2 = 4,375 – 5 x I2 5 x I2 = 4,375 – 2 I2 = 2,375 5 I2 = 0,475 A 6) Como já comentado que no Rcomum (R1) teremos 2 correntes (I1 e I2), temos que calcular sua corrente real e indicar seu sentido no circuito. No circuito exemplo, as correntes I1 e I2 calculadas são positivas portanto o sentido horário adotado está correto e para calcular a IR1 devemos subtraí-las (Maior menos Menor) e o sentido fica obedecendo a maior. IR1 = I1 – I2 IR1 = 0,625 – 0,475 IR1 = 0,15 A 12V R3 6 IR1 R2 R1 I1 I2 2 5 6V 10V M1 R4 4 M2 7) É possível agora identificar a corrente e a queda de tensão em cada resistor. IR1 = 0,15 A IR2 = 0,625 A IR3 = 0,475 A IR4 = 0,475 A VR1 = R1 x IR1 VR2 = R2 x IR2 VR3 = R3 x IR3 VR4 = R4 x IR2 VR1 = 5 x 0,15 VR2 = 2 x 0,625 VR3 = 6 x 0,475 VR4 = 4 x 0,475 VR1 = 0,75 V VR2 = 1,25 V VR3 = 2,85 V VR4 = 1,9 V
  • 39. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 38 EXERCÍCIOS: 1) Determinar a corrente em todos os resistores: R1 12 R2 10 100V 40V R3 10 R4 24 2) Determinar a corrente em todos os resistores: 6V R5 R6 10V 1 6 R1 2 R2 R4 12 3 R3 4 3) No circuito abaixo calcular VR4 e IR2: R1 2 IR2 R3 R4 VR4 R2 R6 8 2 10V 6 6 6V R5 4 4) No circuito abaixo calcular VR4 e IR2: R1 16 R5 6 IR2 R3 R2 8 10V 6 20V R4 4 VR4
  • 40. MTAC 1 - Prof. Renato Bolsoni 39 5) Determinar a Tensão e a Corrente em cada resistor do circuito abaixo: R5 2 12V 12V R1 R2 R3 R4 6 4 10 8 R7 1 R6 5 6) Estando a chave CH1 aberta, o resistor R2 está submetido a uma tensão VR2 = 10V e dissipa uma potência de 5W. Pede-se: a) Calcular o valor de R2. b) Calcular o valor de V1. c) Agora, fechando a chave CH1 e utilizando o valor de V1 calculado anteriormente, calcular a nova potência dissipada por R2. R1 10 CH1 R4 10 V1 40V R3 VR2 R2 20 1) I (A ) 2) I (A) 3) 4) 5) V (V) I (A) R1 4,74 R1 5,426 VR4 2V VR4 2,74V R1 5,058 0,84 3 R2 5 ,047 R2 0,019 IR2 1A IR2 1,37A R2 6,04 1,51 R3 0 ,307 R3 56,5m R3 5,902 0,59 0 R4 0 ,128 R4 56,5m R4 6,08 0,76 R5 5,371 R5 1,686 0,84 3 6) R6 0,037 R6 4,215 0,84 3 a) 20 R7 0,843 0,84 3 b) 20V c) 2,17W