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Perfil dos alunos à saída da 
Escolaridade Obrigatória 
 
 
 
 
 
 
Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho criado nos termos 
do Despacho n.º 9311/2016, de 21 de julho 
 
 
 
1 
 
 
 
 
Índice 
Prefácio  2 
1. Nota Introdutória  4 
2. Princípios  6 
3.Visão  8 
4. Valores  9 
5. Competências chave  10 
6. Implicações Práticas  16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Prefácio 
A  educação  para  todos,  consagrada  como  primeiro  objetivo  mundial  da 
UNESCO, obriga à consideração da diversidade e da complexidade como fatores a ter 
em conta ao definir o que se pretende para a aprendizagem dos alunos à saída dos 12 
anos da escolaridade obrigatória. A referência a um perfil não visa, porém, qualquer 
tentativa uniformizadora, mas sim criar um quadro de referência que pressuponha a 
liberdade, a responsabilidade, a valorização do trabalho, a consciência de si próprio, a 
inserção familiar e comunitária e a participação na sociedade que nos rodeia. 
Perante os outros e a diversidade do mundo, a mudança e a incerteza, importa 
criar condições de equilíbrio entre o conhecimento, a compreensão, a criatividade e o 
sentido  crítico.  Trata‐se  de  formar  pessoas  autónomas  e  responsáveis  e  cidadãos 
ativos. 
Não falamos de um mínimo nem de um ideal – mas do que se pode considerar 
desejável,  com  necessária  flexibilidade.  Daí  a  preocupação  de  definir  um  perfil  que 
todos possam partilhar e que incentive e cultive a qualidade. Havendo desigualdades e 
sendo a sociedade humana imperfeita, não se adota uma fórmula única, mas favorece‐
se a complementaridade e o enriquecimento mútuo entre os cidadãos.  
O que distingue o desenvolvimento do atraso é a aprendizagem. O aprender a 
conhecer, o aprender a fazer, o aprender a viver juntos e a viver com os outros e o 
aprender a ser constituem elementos que devem ser vistos nas suas diversas relações 
e implicações. Isto mesmo obriga a colocar a educação durante toda a vida no coração 
da sociedade – pela compreensão das múltiplas tensões que condicionam a evolução 
humana. O global e o local, o universal e o singular, a tradição e a modernidade, o 
curto e o longo prazos, a concorrência e a igual consideração e respeito por todos, a 
rotina e o progresso, as ideias e a realidade – tudo nos obriga à recusa de receitas ou 
da  rigidez  e  a  um  apelo  a  pensar  e  a  criar  um  destino  comum  humanamente 
emancipador. 
Devemos, assim, compreender os sete pilares que Edgar Morin considera numa 
cultura de autonomia e responsabilidade: prevenção do conhecimento contra o erro e 
a ilusão; ensino de métodos que permitam ver o contexto e o conjunto, em lugar do 
conhecimento  fragmentado;  o  reconhecimento  do  elo  indissolúvel  entre  unidade  e 
3 
 
diversidade  da  condição  humana;  aprendizagem  duma  identidade  planetária 
considerando  a  humanidade  como  comunidade  de  destino;  exigência  de  apontar  o 
inesperado e o incerto como marcas do nosso tempo; educação para a compreensão 
mútua  entre  as  pessoas,  de  pertenças  e  culturas  diferentes;  e  desenvolvimento  de 
uma ética do género humano, de acordo com uma cidadania inclusiva. 
As humanidades hoje têm de ligar educação, cultura e ciência, saber e saber 
fazer. O processo da criação e da inovação tem de ser visto relativamente ao poeta, ao 
artista,  ao  artesão,  ao  cientista,  ao  desportista,  ao  técnico  –  em  suma  à  pessoa 
concreta que todos somos. 
 Um  perfil  de  base  humanista  significa  a  consideração  de  uma  sociedade 
centrada  na  pessoa  e  na  dignidade  humana  como  valores  fundamentais.  Daí 
considerarmos as aprendizagens como centro do processo educativo, a inclusão como 
exigência,  a  contribuição  para  o  desenvolvimento  sustentável  como  desafio,  já  que 
temos  de  criar  condições  de  adaptabilidade  e  de  estabilidade,  visando  valorizar  o 
saber.  E  a  compreensão  da  realidade  obriga  a  uma  referência  comum  de  rigor  e 
atenção às diferenças. 
 
 
              Guilherme d’Oliveira Martins 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
1. Nota Introdutória  
 
O século XXI coloca desafios fundamentais aos sistemas educativos. Atravessamos um 
período  em  que  o  conhecimento  científico  e  tecnológico  se  desenvolve  a  um  ritmo  de  tal 
forma intenso que a quantidade de informação disponível cresce exponencialmente todos os 
dias. Apesar de tantos avanços científicos, este século tem vindo a ser marcado pela incerteza, 
por debates sobre identidade e segurança e por uma maior proximidade dos riscos colocados à 
sustentabilidade do planeta e da humanidade. 
A educação permite fazer conexões entre o passado e o futuro, entre o indivíduo e a 
sociedade, entre o desenvolvimento de competências e a formação de identidades. A escola é, 
assim,  um  lugar  privilegiado  para  os  jovens  adquirirem  as  aprendizagens  essenciais, 
equacionadas em função da evolução do conhecimento e dos contextos histórico‐sociais.  
Ao longo dos últimos 30 anos, os planos de estudo para os ensinos básico e secundário e 
os  programas  das  disciplinas  foram  sofrendo  alterações  individualizadas  e  desiguais.  Este 
trabalho atomizado e sectorial sacrificou uma visão integrada dos documentos curriculares e, 
consequentemente, das aprendizagens a desenvolver ao longo da escolaridade. 
Desde  a  aprovação  da  Lei  de  Bases  do  Sistema  Educativo  Português,  em  1986,  as 
medidas  de  política  educativa  foram  sendo  tomadas  com  um  duplo  objetivo:  (i)  alargar  o 
número de anos da escolaridade obrigatória, assegurando a equidade no acesso à escola de 
todas  as  crianças  e  jovens  em  idade  escolar;  (ii)  garantir  uma  educação  de  qualidade, 
assegurando  as  melhores  oportunidades  educativas  para  todos.  Em  2009,  a  escolaridade 
obrigatória alargou‐se para todas as crianças e jovens com idades compreendidas entre os seis 
e os dezoito anos. Uma escolaridade obrigatória de doze anos constitui um desafio na medida 
em que implica a consideração de percursos educativos diversificados, atendendo à variedade 
de  públicos  e  respetivos  objetivos  formativos.  Por  esta  razão,  constitui  um  imperativo 
estabelecer  um  perfil  de  aluno  à  saída  da  escolaridade  obrigatória,  de  modo  a  explicitar  o 
referencial educativo que oriente todas as decisões inerentes ao processo educativo. 
Ao explicitar princípios, visão, valores, competências e as decorrentes aprendizagens dos 
alunos  ao  longo  de  doze  anos  de  escolaridade,  este  referencial1
 convoca  os  esforços  e  a 
                                                            
1 European Union’s Recommendation on Key Competences for Lifelong Learning: http://eur‐lex.europa.eu/legal‐
content/EN/TXT/PDF/?uri=CELEX:32006H0962&from=EN 
5 
 
convergência  da  sociedade  –  pais,  encarregados  de  educação,  famílias,  professores, 
educadores e restante comunidade educativa – para o desenvolvimento de iniciativas e ações 
orientadas  para  assegurar  o  acesso  a  uma  educação  de  qualidade  para  todas  as  crianças  e 
jovens.  
O perfil dos alunos no final da escolaridade obrigatória estabelece uma visão de escola e 
um  compromisso  da  escola,  constituindo‐se  para  a  sociedade  em  geral  como  um  guia  que 
enuncia  os  princípios  fundamentais  em  que  assenta  uma  educação  que  se  quer  inclusiva. 
Apresenta  uma  visão  daquilo  que  se  pretende  que  os  jovens  alcancem,  sendo,  para  tal, 
determinante o compromisso da escola, a ação dos professores e o empenho das famílias e 
encarregados de educação. Professores, educadores, gestores, decisores políticos e também 
todos os que direta ou indiretamente têm responsabilidades na educação encontram neste 
documento a matriz para a tomada de decisão sobre as opções de desenvolvimento curricular, 
consistentes com a visão de futuro definida como relevante para os jovens portugueses do 
nosso tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
                                                                                                                                                                              
OECD, Future of Education and Skills: Education2030. http://www.oecd.org/edu/school/education‐2030.htm 
UNESCO, Education 2030 Framework for Action, http://www.unesco.org/new/en/education/themes/leading‐the‐international‐
agenda/education‐for‐all/sdg4‐education‐2030/ 
 
 
 
6 
 
 
 
 
2. Princípios 
A melhor educação é a que se desenvolve como construtora de postura no mundo. Hoje 
mais  do  que  nunca  a  escola  deve  preparar  para  o  imprevisto,  o  novo,  a  complexidade  e, 
sobretudo, desenvolver em cada indivíduo a vontade, a capacidade e o conhecimento que lhe 
permitirá  aprender  ao  longo  da  vida.  Aquele  que  reconhece  o  valor  da  educação  estuda 
sempre e quer sempre aprender mais. 
 
Estes  são  os  princípios  que  subjazem  ao  trabalho  de  natureza  curricular  que  aqui  se 
apresenta. 
 
A. Um perfil de base humanista – a ciência evolui, cabendo à escola o dever de dotar os 
jovens de conhecimento para a construção de uma sociedade mais justa e para agirem sobre o 
mundo enquanto bem a preservar. Entende‐se o conhecimento como fundamental para uma 
sociedade centrada na pessoa e na dignidade humana como valores inestimáveis.  
 
B. Educar ensinando para a consecução efetiva das aprendizagens – as aprendizagens 
são  o  centro  do  processo  educativo.  Sem  boas  aprendizagens,  não  há  bons  resultados.  A 
educação  deve  promover  intencionalmente  o  desenvolvimento  da  capacidade  de  aprender, 
base da aprendizagem ao longo da vida. O perfil do aluno prevê domínio de competências e 
saberes  que  sustentem  o  desenvolvimento  da  sua  capacidade  de  aprender  e  valorizar  a 
educação ao longo da sua vida.  
 
C. Incluir  como  requisito  de  educação  –  a  escolaridade  obrigatória  é  de  todos  e  para 
todos.  A  escola  contemporânea  agrega  uma  diversidade  de  alunos  tanto  do  ponto  de  vista 
socioeconómico e cultural como também do ponto de vista cognitivo e motivacional. A adoção 
do perfil é crítica para que todos possam ser incluídos e para que todos possam entender que 
a exclusão é incompatível com o conceito de equidade e democracia. 
 
7 
 
D. Contribuir  para  o  desenvolvimento  sustentável  – há riscos de sustentabilidade que 
afetam o planeta e o ser humano. O cidadão do século XXI age num contexto de emergência 
da ação para o desenvolvimento, numa perspetiva globalizante, mas assente numa ação local. 
 
E. Educar ensinando com coerência e flexibilidade – a flexibilidade é instrumental para 
se dar a oportunidade a cada um de atingir o perfil proposto, de forma coerente, garantindo a 
todos  o  acesso  às  aprendizagens.  É  através  da  gestão  flexível  do  currículo,  do  trabalho 
conjunto dos professores sobre o currículo, do acesso e participação dos alunos no seu próprio 
processo  de  formação  e  construção  de  vida,  que  é  possível  explorar  temas  diferenciados, 
trazer a realidade para o centro das aprendizagens visadas. 
 
F. Agir com adaptabilidade e ousadia– a incerteza do século XXI passa pela perceção de 
que,  hoje,  é  fundamental  conseguir  moldar‐se  a  novos  contextos  e  novas  estruturas, 
mobilizando  as  competências  chave,  mas  também  estando  preparado  para  atualizar 
conhecimento e desempenhar novas funções. 
 
G. Garantir  a  estabilidade  –  educar  para  um  perfil  de  competências  alargado  requer 
tempo  e  persistência.  Um  perfil  de  competências  assente  numa  matriz  de  conhecimentos, 
capacidades e atitudes deve ter as características que permitam fazer face a uma revolução 
numa qualquer área do saber e ter estabilidade para que o sistema se adeque e as orientações 
introduzidas produzam efeito. 
 
H. Valorizar  o  saber  –  toda  a  ação,  de  forma  reflexiva,  deve  ser  sustentada  num 
conhecimento  efetivo.  A  escola  tem  como  missão  despertar  e  promover  a  curiosidade 
intelectual e criar cidadãos que, ao longo da sua vida, valorizam o saber.  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
 
3. Visão  
 
 
Pretende‐se que o jovem, à saída da escolaridade obrigatória, seja um cidadão: 
 
 dotado  de  literacia  cultural,  científica  e  tecnológica  que  lhe  permita  analisar  e 
questionar  criticamente  a  realidade,  avaliar  e  selecionar  a  informação,  formular 
hipóteses e tomar decisões fundamentadas no seu dia a dia; 
 livre, autónomo, responsável e consciente de si próprio e do mundo que o rodeia; 
 capaz de lidar com a mudança e a incerteza num mundo em rápida transformação; 
 que  reconheça  a  importância  e  o  desafio  oferecidos  conjuntamente  pelas  Artes,  as 
Humanidades,  a  Ciência  e Tecnologia  para  a  sustentabilidade  social,  cultural, 
económica e ambiental de Portugal e do mundo; 
 capaz  de  pensar  critica  e  autonomamente,  criativo,  com  competência  de  trabalho 
colaborativo e capacidade de comunicação;  
 apto a continuar a sua aprendizagem ao longo da vida,  como  fator decisivo do seu 
desenvolvimento pessoal e da sua intervenção social; 
 que  conheça  e  respeite  os  princípios  fundamentais  da  sociedade  democrática  e  os 
direitos, garantias e liberdades em que esta assenta; 
 que valorize o respeito pela dignidade humana, pelo exercício da  cidadania plena, pela 
solidariedade  para  com  os  outros,  pela  diversidade  cultural  e  pelo  debate 
democrático; 
 que rejeite todas as formas de discriminação e de exclusão social. 
 
Estes desígnios complementam‐se, interpenetram‐se e reforçam‐se entre si num modelo 
de  escolaridade  orientado  para  a  aprendizagem  dos  alunos,  que  visa,  simultaneamente,  a 
qualificação individual e a cidadania democrática. 
   
9 
 
4. Valores 
 
Entende‐se  por  valores  as  orientações  segundo  as  quais  determinadas  crenças, 
comportamentos e ações são definidos como adequados e desejáveis. Os valores são, assim, 
entendidos como os elementos e as características éticas, expressos através da forma como as 
pessoas atuam e justificam o seu modo de estar e agir. 
Os  valores  não  são  o  resultado  de  uma  compreensão,  e  ainda  menos  de  uma 
compreensão passiva de informações, nem de atitudes apreendidas, sem significado para o 
próprio  sujeito.  O  processo  é  mais  complexo  e  multilateral.  Trata‐se  da  relação  construída 
entre a realidade objetiva, os componentes da personalidade e os fatores de contexto, relação 
essa que se exprime através de atitudes, condutas e comportamentos. 
Todas as crianças e jovens devem ser encorajados a pôr em prática, nas suas atividades 
de  aprendizagem,  os  valores  que  devem  pautar  a  cultura  de  escola,  mais  ainda  o  ethos  da 
escola. 
 
 Responsabilidade  e  integridade  –  Respeitar‐se a si mesmo e aos outros; saber 
agir  eticamente,  consciente  da  obrigação  de  responder  pelas  próprias  ações; 
ponderar as ações próprias e alheias em função do bem comum. 
 Excelência e exigência – Aspirar ao trabalho bem feito, ao rigor e à superação; ser 
perseverante  perante  as  dificuldades;  ter  consciência  de  si  e  dos  outros;  ter 
sensibilidade e ser solidário para com os outros. 
 Curiosidade,  reflexão  e  inovação  –  Querer  aprender  mais;  desenvolver  o 
pensamento reflexivo, crítico e criativo; procurar novas soluções e aplicações. 
 Cidadania  e  participação  –  Demonstrar  respeito  pela  diversidade  humana  e 
cultural  e  agir  de  acordo  com  os  princípios  dos  direitos  humanos;  negociar  a 
solução de conflitos em prol da solidariedade e da sustentabilidade ecológica; ser 
interventivo, tomando a iniciativa e sendo empreendedor. 
 Liberdade – Manifestar a autonomia pessoal centrada nos direitos humanos, na 
democracia, na cidadania, na equidade, no respeito mútuo, na livre escolha e no 
bem comum. 
 
Ao  longo  da  sua  escolarização,  e  em  todas  as  áreas  do  saber,  deverão  ser 
proporcionadas aos alunos oportunidades que permitam desenvolver competências e exprimir 
10 
 
valores, analisando criticamente as ações que deles derivam, e tomar decisões com base em 
critérios éticos.  
5. Competências chave 
 
A  evolução  social  e  tecnológica  da  sociedade  do  século  XXI  apela  à  necessidade  de 
preparar os jovens para uma vida em  constante e  rápida mudança.  Os sistemas educativos 
têm, por isso, vindo a mudar de paradigmas centrados exclusivamente no conhecimento para 
outros  que  se  focam  no  desenvolvimento  de  competências  ・  mobilizadoras  de 
conhecimentos,  de  capacidades  e  de  atitudes  ・  adequadas  aos  exigentes  desafios  destes 
tempos, que requerem cidadãos educados e socialmente integrados: jovens adultos capazes 
de pensar crítica e criativamente, adaptados a uma sociedade das multiliteracias, habilitados 
para a ação quer autónoma quer em colaboração com os outros, num mundo global e que se 
quer sustentável2
.  
Competências são combinações complexas de conhecimentos, capacidades e atitudes 
que permitem uma efetiva ação humana em contextos diversificados. As competências são de 
natureza  cognitiva  e  metacognitiva,  social  e  emocional,  física  e  prática.  Podem  ser 
representadas em termos visuais como uma construção integrada, de acordo com o esquema 
seguinte: 
 
Figura 1: Esquema conceptual de definição de competência (Adaptado de: Progress report on 
the Draft OECD EDUCATION 2030 Conceptual Framework ‐ 3rd Informal Working Group (IWG) 
on the Future of Education and Skills: OECD Education 2030) 
 
As  competências  são  determinantes  no  perfil  dos  alunos,  numa  perspetiva  de 
construção  coletiva  que  lhes  permitirá  apropriarem‐se  da  vida,  nas  dimensões  do  belo,  da 
verdade, do bem, do justo e do sustentável, no final de 12 anos de escolaridade obrigatória. 
Consideram‐se as seguintes áreas de desenvolvimento e aquisição das competências chave:  
                                                            
2 European Union’s Recommendation on Key Competences for Lifelong Learning: http://eur‐lex.europa.eu/legal‐
content/EN/TXT/PDF/?uri=CELEX:32006H0962&from=EN 
11 
 
- Linguagens e textos. 
- Informação e comunicação. 
- Raciocínio e resolução de problemas. 
- Pensamento crítico e pensamento criativo. 
- Relacionamento interpessoal. 
- Autonomia e desenvolvimento pessoal. 
- Bem‐estar e saúde. 
- Sensibilidade estética e artística.  
- Saber técnico e tecnologias. 
- Consciência e domínio do corpo. 
 
Estas competências são complementares e a sua enumeração não pressupõe qualquer 
hierarquia interna entre as mesmas. Nenhuma delas, por outro lado, corresponde a uma área 
curricular  específica.  Sendo  que  em  cada  área  curricular  estão  necessariamente  envolvidas 
múltiplas  competências,  teóricas  e  práticas.  Pressupõem  o  desenvolvimento  de  literacias 
múltiplas,  tais  como  a  leitura  e  a  escrita,  a  numeracia  e  a  utilização  das  tecnologias  de 
informação e comunicação, que são alicerces para aprender e continuar a aprender ao longo 
da vida. 
 
Linguagens e textos   
As competências na área de linguagens e textos remetem para a utilização eficaz dos 
códigos  que  permitem  exprimir  e  representar  conhecimento  em  várias  áreas  do  saber, 
conduzindo  a  produtos  linguísticos,  musicais,  artísticos,  tecnológicos,  matemáticos  e 
científicos. 
As  competências  associadas  às  linguagens  e  textos  implicam  que  os  alunos  sejam 
capazes de: 
‐ utilizar de  modo proficiente diferentes linguagens simbólicas  associadas às línguas 
(língua  materna  e  línguas  estrangeiras),  à  literatura,  à  música,  às  artes,  às  tecnologias,  à 
matemática e à ciência; 
‐  aplicar  estas  linguagens  de  modo  adequado  aos  diferentes  contextos  de 
comunicação, em ambientes analógico e digital; 
‐  dominar  capacidades  nucleares  de  compreensão  e  de  expressão  nas  modalidades 
oral, escrita, visual e multimodal. 
 
12 
 
Informação e comunicação 
As  competências  na  área  de  informação  e  comunicação  dizem  respeito  à  seleção, 
análise  produção  e  divulgação  de  produtos,  experiências  e  conhecimento  em  diferentes 
formatos.  
As  competências  associadas  à  informação  e  comunicação  implicam  que  os  alunos 
sejam capazes de: 
‐  utilizar  e  dominar  instrumentos  diversificados  para  pesquisar,  descrever,  avaliar, 
validar  e  mobilizar  informação  de  forma  crítica  e  autónoma,  verificando  diferentes  fontes 
documentais e a sua credibilidade; 
‐ transformar a informação em conhecimento; 
‐ comunicar e colaborar de forma adequada e segura, utilizando diferentes tipos de 
ferramentas (analógicas e digitais), seguindo as regras de conduta próprias de cada ambiente. 
 
Raciocínio e resolução de problemas 
As competências na área de raciocínio dizem respeito ao processo lógico que permite 
aceder à informação, interpretar experiências e produzir conhecimento. As competências na 
área de resolução de problemas dizem respeito à capacidade de encontrar respostas para uma 
nova  situação,  mobilizando  o  raciocínio  com  vista  à  tomada  de  decisão  e  à  eventual 
formulação de novas questões.  
As competências associadas ao raciocínio e resolução de problemas implicam que os 
alunos sejam capazes de: 
‐ planear e conduzir pesquisas; 
‐ gerir projetos e tomar decisões para resolver problemas; 
‐ desenvolver processos conducentes à construção de produtos e de conhecimento, 
usando recursos diversificados. 
 
Pensamento crítico e pensamento criativo 
As  competências  na  área  de  Pensamento  crítico  requerem  observar,  identificar, 
analisar  e  dar  sentido  à  informação,  às  experiências  e  às  ideias  e  argumentar  a  partir  de 
diferentes  premissas  e  variáveis.  Exigem  o  desenho  de  algoritmos  e  de  cenários  que 
considerem  várias  opções,  assim  como  o  estabelecimento  de  critérios  de  análise  para  tirar 
13 
 
conclusões fundamentadas e proceder à avaliação de resultados. O processo de construção do 
pensamento ou da ação pode implicar a revisão do racional desenhado. 
As competências na área de Pensamento criativo envolvem gerar e aplicar novas ideias 
em  contextos  específicos,  abordando  as  situações  a  partir  de  diferentes  perspetivas, 
identificando soluções alternativas e estabelecendo novos cenários. 
As competências associadas ao Pensamento crítico Pensamento criativo implicam que 
os alunos sejam capazes de: 
‐  pensar  de  modo  abrangente  e  em  profundidade,  de  forma  lógica,  observando, 
analisando  informação,  experiências  ou  ideias,  argumentando  com  recurso  a  critérios 
implícitos ou explícitos, com vista à tomada de posição fundamentada; 
‐  convocar  diferentes  conhecimentos,  utilizando  diferentes  metodologias  e 
ferramentas para pensarem criticamente; 
‐ prever e avaliar o impacto das suas decisões; 
‐desenvolver  novas  ideias  e  soluções,  de  forma  imaginativa  e  inovadora,  como 
resultado da interação com outros ou da reflexão pessoal, aplicando‐as a diferentes contextos 
e áreas de aprendizagem. 
 
  
Relacionamento interpessoal  
As competências na área de relacionamento interpessoal dizem respeito à interação 
com  os  outros,  que  ocorre  em  diferentes  contextos  sociais  e  emocionais.  Permitem 
reconhecer,  expressar  e  gerir  emoções,  construir  relações,  estabelecer  objetivos  e  dar 
resposta a necessidades pessoais e sociais. 
As competências associadas ao relacionamento interpessoal implicam que os alunos 
sejam capazes de: 
‐  adequar  comportamentos  em  contextos  de  cooperação,  partilha,  colaboração  e 
competição; 
‐  trabalhar  em  equipa  e  usar  diferentes  meios  para  comunicar  e  trabalhar 
presencialmente e em rede; 
‐ ouvir, interagir, argumentar, negociar e aceitar diferentes pontos de vista, ganhando 
novas formas de estar, olhar e participar na sociedade. 
14 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento pessoal e autonomia  
As competências na área de desenvolvimento pessoal e autonomia dizem respeito ao 
processo  através  do  qual  o  aluno  desenvolve  a  sua  capacidade  de  integrar  pensamento, 
emoção e comportamento, construindo a confiança em si próprio, a motivação para aprender, 
a  autorregulação,  a  capacidade  de  iniciativa  e  tomada  de  decisões  fundamentadas,  que 
possibilitam uma autonomia crescente nas diversas dimensões do saber, do saber fazer, do 
saber ser e do agir.  
As competências associadas ao desenvolvimento pessoal e autonomia implicam que os 
alunos sejam capazes de: 
‐ identificar áreas de interesse e de necessidade de aquisição de novas competências; 
‐ consolidar e aprofundar as que já possuem, numa perspetiva de aprendizagem ao 
longo da vida; 
‐  estabelecer  objetivos,  traçar  planos  e  projetos  e  serem  autónomos  na  sua 
concretização.  
 
 
Bem‐estar e saúde  
As competências na área de bem‐estar e saúde dizem respeito à qualidade de vida do 
indivíduo e da comunidade. 
As  competências  associadas  ao  bem‐estar  e  saúde  implicam  que  os  alunos  sejam 
capazes de: 
‐ adotar comportamentos que promovem a saúde e o bem‐estar, designadamente nos 
hábitos quotidianos, na alimentação, na prática de exercício físico, na sexualidade e nas suas 
relações com o ambiente e a sociedade; 
15 
 
‐  manifestar  consciência  e  responsabilidade  ambiental  e  social,  trabalhando 
colaborativamente para o bem comum, com vista à construção de um futuro sustentável. 
 
 
 
 
Sensibilidade estética e artística  
As competências na área de sensibilidade estética e artística dizem respeito à fruição 
das diferentes realidades culturais e ao desenvolvimento da expressividade de cada indivíduo. 
Integram  um  conjunto  de  capacidades  relativas  à  formação  do  gosto  individual  e  do  juízo 
crítico, bem  como ao domínio  de  processos técnicos e performativos envolvidos na  criação 
artística,  possibilitando  o  desenvolvimento  de  critérios  estéticos  para  uma  vivência  cultural 
informada.  
As competências associadas à sensibilidade estética e artística implicam que os alunos 
sejam capazes de: 
‐ apreciar  criticamente as realidades artísticas  e tecnológicas,  pelo contacto  com os 
diferentes universos culturais; 
‐ entender a importância da integração das várias formas de arte nas comunidades e 
na cultura; 
‐ compreender os processos próprios à experimentação, à improvisação e à criação nas 
diferentes artes, tanto em relação ao património cultural material e imaterial, como à criação 
contemporânea. 
 
Saber técnico e tecnologias 
As competências na área de saber técnico e tecnologias dizem respeito à mobilização 
da compreensão de fenómenos técnicos e científicos e da sua aplicação para dar resposta aos 
desejos  e  necessidades  humanas,  com  consciência  das  consequências  éticas,  sociais, 
económicas e ecológicas. 
As  competências  associadas  ao  saber  técnico  e  tecnologias  implicam  que  os  alunos 
sejam capazes de: 
16 
 
‐ manipular e manusear materiais e instrumentos diversificados para controlar, utilizar, 
transformar, imaginar e criar produtos e sistemas; 
‐ executar operações técnicas, segundo uma metodologia de trabalho adequada, para 
atingir  um  objetivo  ou  chegar  a  uma  decisão  ou  conclusão  fundamentada,  adequando  os 
meios materiais e técnicos à ideia ou intenção expressa;  
‐  adequar  a  ação  de  transformação  e  criação  de  produtos  aos  diferentes  contextos 
naturais, tecnológicos e socioculturais, em atividades experimentais e aplicações práticas em 
projetos desenvolvidos em ambientes físicos e digitais. 
 
Consciência e domínio do corpo 
As  competências  na  área  de  consciência  e  domínio  do  corpo,  dizem  respeito  à 
capacidade  de  perceber  e  mobilizar  o  corpo  de  múltiplas  formas  para  a  realização  de 
atividades  motoras,  de  modo  ajustado  à  finalidade  das  ações  a  realizar,  em  diferentes 
contextos. 
As competências associadas à consciência e domínio do corpo implicam que os alunos 
sejam capazes de: 
‐ ter consciência do seu próprio corpo;  
‐ ajustar o tipo de comportamento motor a adotar, face à ação desejada; 
‐ controlar e dominar o corpo segundo a natureza da atividade e os contextos em que 
ocorrem. 
 
 
6.Implicações Práticas 
 
A assunção de princípios, valores e competências chave para o perfil dos alunos à saída 
da escolaridade obrigatória implica alterações de práticas pedagógicas e didáticas de forma a 
adequar a globalidade da ação educativa às finalidades do perfil de competências dos alunos. 
Apresentam‐se, de seguida, um conjunto de ações relacionadas com a prática docente 
e que são determinantes para o desenvolvimento do perfil dos alunos. 
17 
 
•  Abordar os conteúdos de cada área do saber associando‐os a situações e problemas 
presentes no quotidiano da vida do aluno ou presentes no meio sociocultural e geográfico em 
que se insere, recorrendo a materiais e recursos diversificados. 
•  Organizar o ensino prevendo a experimentação de técnicas, instrumentos e formas 
de  trabalho  diversificados,  promovendo  intencionalmente,  na  sala  de  aula  ou  fora  dela, 
atividades de observação, questionamento da realidade e integração de saberes. 
•  Organizar e desenvolver atividades cooperativas de aprendizagem, orientadas para 
a  integração  e  troca  de  saberes,  a  tomada  de  consciência  de  si,  dos  outros  e  do  meio  e  a 
realização de projetos intra ou extraescolares. 
•  Organizar o ensino prevendo a utilização crítica de fontes de informação diversas e 
das tecnologias da informação e comunicação. 
•  Promover de modo sistemático e intencional, na sala de aula e fora dela, atividades 
que permitam ao aluno fazer escolhas, confrontar pontos de vista, resolver problemas e tomar 
decisões com base em valores. 
•   Criar  na  escola  espaços  e  tempos  para  que  os  alunos  intervenham  livre  e 
responsavelmente. 
•   Valorizar, na avaliação das aprendizagens do aluno, o trabalho de livre iniciativa, 
incentivando a intervenção positiva no meio escolar e na comunidade. 
A  ação  educativa  é,  pois,  compreendida  como  uma  ação  formativa  especializada, 
fundada no ensino, que implica a adoção de princípios e estratégias pedagógicas e didáticas 
que  visam  a  concretização  da  aprendizagem.  Trata‐se  de  encontrar  a  melhor  forma  e  os 
recursos  mais  eficazes  para  todos  os  alunos  aprenderem,  isto  é,  para  que  se  produza  uma 
apropriação  efetiva  dos  conhecimentos,  capacidades  e  atitudes  que  se  trabalharam,  em 
conjunto e individualmente, e que permitem desenvolver as competências chave ao longo da 
escolaridade obrigatória.  
18 
 
Descritores operativos 
Descritores  operativos  que  enunciam  e  ilustram,  sem  se esgotarem,  o desenvolvimento do  aluno no 
final dos 12 anos de escolaridade obrigatória. 
 
   
  Descritores operativos 
Competências na área de linguagens e 
textos 
Os  alunos  usam  linguagens  verbais  e  não‐verbais  para 
significar e comunicar, recorrendo a gestos, sons, palavras, 
números  e  imagens.  Usam‐nas  para  construir 
conhecimento, compartilhar sentidos nas diferentes áreas 
do saber e exprimir mundividências. 
 
Os alunos reconhecem e usam linguagens simbólicas como 
elementos  representativos  do  real  e  do  imaginário, 
essenciais aos processos de expressão e comunicação em 
diferentes contextos, pessoais, sociais, de aprendizagem e 
pré‐profissionais. 
 
Os  alunos  dominam  os  códigos  que  os  capacitam  para  a 
leitura  e  para  a  escrita  (da  língua  materna  e  de  línguas 
estrangeiras).  Compreendem,  interpretam  e  expressam 
factos,  opiniões,  conceitos,  pensamentos  e  sentimentos, 
quer oralmente, quer por escrito, quer através de outras 
codificações.  Identificam,  utilizam  e  criam  diversos 
produtos  linguísticos,  literários,  musicais,  artísticos, 
tecnológicos, matemáticos e científicos, reconhecendo os 
significados neles contidos e gerando novos sentidos. 
 
19 
 
 
 
 
  Descritores operativos 
Competências na área de raciocínio e 
resolução de problemas 
Os  alunos  colocam  e  analisam  questões  a  investigar, 
distinguindo  o  que  se  sabe  do  que  se  pretende  descobrir.
Estabelecem  estratégias  adequadas  para  investigar  e
responder  às  questões  iniciais.  Analisam  criticamente  as
conclusões a que chegam, reformulando, se necessário, as
estratégias adotadas. 
  
 
Generalizam  as  conclusões  de  uma  pesquisa,  criando
modelos e produtos para representar situações hipotéticas
ou  da  vida  real.  Testam  a  consistência  dos  modelos,
analisando  diferentes  referenciais  e  condicionantes.  Usam
modelos  para  explicar  um  determinado  sistema,  para 
estudar os efeitos das variáveis e para fazer previsões acerca
do  comportamento  do  sistema  em  estudo.  Avaliam
diferentes produtos de acordo com critérios de qualidade e
utilidade em diversos contextos significativos para o aluno. 
 
 
 
 
  Descritores operativos 
 
 
Competências  na área de informação e 
comunicação 
Os alunos pesquisam sobre matérias escolares e temas do 
seu  interesse.  Recorrem  à  informação  disponível  em 
fontes documentais físicas e digitais ‐ em redes sociais, na 
Internet,  nos  media,  livros,  revistas,  jornais.  Avaliam  e 
validam  a  informação  recolhida,  cruzando  diferentes 
fontes,  para  testar  a  sua  credibilidade.  Organizam  a 
informação recolhida de acordo com um plano, com vista 
à  elaboração  e  à  apresentação  de  um  novo  produto  ou 
experiência. Desenvolvem estes procedimentos de forma 
crítica e autónoma. 
 
Apresentam  e  explicam  conceitos  em  grupos, 
apresentam ideias e projetos diante de audiências reais, 
presencialmente  ou  a  distância.  Expõem  o  trabalho 
resultante  das  pesquisas  feitas,  de  acordo  com  os 
objetivos  definidos,  junto  de  diferentes  públicos, 
concretizados  em  produtos  discursivos,  textuais, 
audiovisuais  e/ou  multimédia,  respeitando  as  regras 
próprias de cada ambiente. 
20 
 
  Descritores operativos 
Competências na área de pensamento 
crítico e pensamento criativo 
Os alunos observam, analisam e discutem ideias, processos
ou  produtos  centrando‐se  em  evidências.  Usam  critérios 
para  apreciar  essas  ideias,  processos  ou  produtos, 
construindo  argumentos  para  a  fundamentação  das
tomadas de posição. 
Os  alunos  conceptualizam  cenários  de  aplicação  das  suas
ideias  e  testam  e  decidem  sobre  a  sua  exequibilidade.
Avaliam o impacto das decisões adotadas. 
 
Os  alunos  desenvolvem  ideias  e  projetos  criativos  com 
sentido  no  contexto  a  que  dizem  respeito,  recorrendo  à
imaginação,  inventividade,  desenvoltura  e  flexibilidade  e
estão  dispostos  a  assumir  riscos  para  imaginar  além  do
conhecimento  existente,  com  o  objetivo  de  promover  a
criatividade e a inovação.  
 
 
  Descritores operativos 
Competências na área de relacionamento 
interpessoal 
Os  alunos  juntam  esforços  para  atingir  objetivos,
valorizando a diversidade de perspetivas sobre as questões
em causa, tanto lado a lado como através de meios digitais.
Desenvolvem e mantêm relações diversas e positivas entre
si  e  com  os  outros  (comunidade,  escola  e  família)  em 
contextos  de  colaboração,  de  cooperação  e  interajuda.
Resolvem  problemas  de  natureza  relacional  de  forma
pacífica, com empatia e com sentido crítico.  
 
Envolvem‐se em conversas, trabalhos e experiências formais 
e  informais:  debatem,  negoceiam,  acordam,  colaboram. 
Aprendem  a  considerar  diversas  perspetivas  e  a  construir
consensos.  Relacionam‐se  em  grupos  lúdicos,  desportivos, 
musicais, artísticos, literários, políticos e outros, em espaços
de discussão e partilha, presenciais ou a distância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
  Descritores operativos 
Competências na área de desenvolvimento 
pessoal e autonomia 
Os  alunos  reconhecem  os  seus  pontos  fracos  e  fortes  e 
consideram  estes  últimos  como  ativos  em  diferentes 
aspetos  da  vida.  Têm  consciência  da  importância  de 
crescerem  e  evoluírem.  São capazes  de  expressar  as  suas 
necessidades e de procurar as ajudas e apoios mais eficazes 
para alcançarem os seus objetivos.  
 
Os  alunos  desenham,  implementam  e  avaliam,  com 
autonomia, estratégias para conseguir as metas e desafios 
que  estabelecem  para  si  próprios.  São  confiantes, 
resilientes  e  persistentes,  construindo  caminhos
personalizados de aprendizagem, com base nas vivências e 
em liberdade. 
 
 
 
  Descritores operativos 
  Os alunos são responsáveis e estão conscientes de que os 
seus atos e as suas decisões afetam a sua saúde e o seu 
bem‐estar.  Assumem  uma  crescente  responsabilidade 
para cuidarem de si, dos outros e do ambiente e para se 
integrarem ativamente na sociedade. 
 
Fazem escolhas que contribuem para a sua segurança e a 
das comunidades onde estão inseridos. Estão conscientes 
da importância da construção de um futuro sustentável e 
envolvem‐se em projetos de cidadania ativa. 
Competências na área de bem‐estar e 
saúde  
 
  Descritores operativos 
Competências na área Sensibilidade 
estética e artística 
Os alunos desenvolvem o sentido estético, mobilizando os 
processos de reflexão, comparação, argumentação em 
relação às produções artísticas e tecnológicas, integradas 
nos contextos sociais, geográficos, históricos e políticos.   
Os alunos valorizam as manifestações culturais das 
comunidades e participam autonomamente em 
atividades artísticas e culturais, como público, criador ou 
intérprete, consciencializando‐se das possibilidades 
criativas. 
Os alunos percebem o valor estético das experimentações 
e criações, a partir de intencionalidades artísticas e 
tecnológicas, mobilizando técnicas e recursos de acordo 
com diferentes finalidades e contextos socioculturais.   
 
22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  Descritores operativos 
Competências na área de saberes 
técnicos e tecnologias 
Os  alunos  trabalham  com  recurso  a  materiais, 
instrumentos,  ferramentas,  máquinas  e  equipamentos 
tecnológicos,  relacionando  conhecimentos  técnicos, 
científicos e socioculturais. 
 
Os alunos consolidam hábitos de planeamento das etapas 
do  trabalho,  identificando  os  requisitos  técnicos, 
condicionalismos  e  recursos  para  a  concretização  de 
projetos.  Identificam  necessidades  e  oportunidades 
tecnológicas  numa  diversidade  de  propostas  e  fazem 
escolhas fundamentadas. 
  Descritores operativos 
Competências na área de consciência e 
domínio do corpo 
Os alunos realizam atividades motoras integradas nas 
diferentes circunstâncias por eles vivenciadas na relação 
do seu próprio corpo com o espaço. 
 
Os alunos reconhecem a importância das atividades 
motoras para o seu desenvolvimento físico, psicossocial, 
estético e emocional.   
 
Os alunos aproveitam e exploram a oportunidade de 
realização de experiências motoras que, 
independentemente do nível de habilidade de cada um, 
favorece aprendizagens globais e integradas. 
 

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Perfil dos alunos à saída da Escolaridade Obrigatória

  • 2. 1          Índice  Prefácio  2  1. Nota Introdutória  4  2. Princípios  6  3.Visão  8  4. Valores  9  5. Competências chave  10  6. Implicações Práticas  16                                 
  • 3. 2    Prefácio  A  educação  para  todos,  consagrada  como  primeiro  objetivo  mundial  da  UNESCO, obriga à consideração da diversidade e da complexidade como fatores a ter  em conta ao definir o que se pretende para a aprendizagem dos alunos à saída dos 12  anos da escolaridade obrigatória. A referência a um perfil não visa, porém, qualquer  tentativa uniformizadora, mas sim criar um quadro de referência que pressuponha a  liberdade, a responsabilidade, a valorização do trabalho, a consciência de si próprio, a  inserção familiar e comunitária e a participação na sociedade que nos rodeia.  Perante os outros e a diversidade do mundo, a mudança e a incerteza, importa  criar condições de equilíbrio entre o conhecimento, a compreensão, a criatividade e o  sentido  crítico.  Trata‐se  de  formar  pessoas  autónomas  e  responsáveis  e  cidadãos  ativos.  Não falamos de um mínimo nem de um ideal – mas do que se pode considerar  desejável,  com  necessária  flexibilidade.  Daí  a  preocupação  de  definir  um  perfil  que  todos possam partilhar e que incentive e cultive a qualidade. Havendo desigualdades e  sendo a sociedade humana imperfeita, não se adota uma fórmula única, mas favorece‐ se a complementaridade e o enriquecimento mútuo entre os cidadãos.   O que distingue o desenvolvimento do atraso é a aprendizagem. O aprender a  conhecer, o aprender a fazer, o aprender a viver juntos e a viver com os outros e o  aprender a ser constituem elementos que devem ser vistos nas suas diversas relações  e implicações. Isto mesmo obriga a colocar a educação durante toda a vida no coração  da sociedade – pela compreensão das múltiplas tensões que condicionam a evolução  humana. O global e o local, o universal e o singular, a tradição e a modernidade, o  curto e o longo prazos, a concorrência e a igual consideração e respeito por todos, a  rotina e o progresso, as ideias e a realidade – tudo nos obriga à recusa de receitas ou  da  rigidez  e  a  um  apelo  a  pensar  e  a  criar  um  destino  comum  humanamente  emancipador.  Devemos, assim, compreender os sete pilares que Edgar Morin considera numa  cultura de autonomia e responsabilidade: prevenção do conhecimento contra o erro e  a ilusão; ensino de métodos que permitam ver o contexto e o conjunto, em lugar do  conhecimento  fragmentado;  o  reconhecimento  do  elo  indissolúvel  entre  unidade  e 
  • 4. 3    diversidade  da  condição  humana;  aprendizagem  duma  identidade  planetária  considerando  a  humanidade  como  comunidade  de  destino;  exigência  de  apontar  o  inesperado e o incerto como marcas do nosso tempo; educação para a compreensão  mútua  entre  as  pessoas,  de  pertenças  e  culturas  diferentes;  e  desenvolvimento  de  uma ética do género humano, de acordo com uma cidadania inclusiva.  As humanidades hoje têm de ligar educação, cultura e ciência, saber e saber  fazer. O processo da criação e da inovação tem de ser visto relativamente ao poeta, ao  artista,  ao  artesão,  ao  cientista,  ao  desportista,  ao  técnico  –  em  suma  à  pessoa  concreta que todos somos.   Um  perfil  de  base  humanista  significa  a  consideração  de  uma  sociedade  centrada  na  pessoa  e  na  dignidade  humana  como  valores  fundamentais.  Daí  considerarmos as aprendizagens como centro do processo educativo, a inclusão como  exigência,  a  contribuição  para  o  desenvolvimento  sustentável  como  desafio,  já  que  temos  de  criar  condições  de  adaptabilidade  e  de  estabilidade,  visando  valorizar  o  saber.  E  a  compreensão  da  realidade  obriga  a  uma  referência  comum  de  rigor  e  atenção às diferenças.                    Guilherme d’Oliveira Martins                   
  • 5. 4        1. Nota Introdutória     O século XXI coloca desafios fundamentais aos sistemas educativos. Atravessamos um  período  em  que  o  conhecimento  científico  e  tecnológico  se  desenvolve  a  um  ritmo  de  tal  forma intenso que a quantidade de informação disponível cresce exponencialmente todos os  dias. Apesar de tantos avanços científicos, este século tem vindo a ser marcado pela incerteza,  por debates sobre identidade e segurança e por uma maior proximidade dos riscos colocados à  sustentabilidade do planeta e da humanidade.  A educação permite fazer conexões entre o passado e o futuro, entre o indivíduo e a  sociedade, entre o desenvolvimento de competências e a formação de identidades. A escola é,  assim,  um  lugar  privilegiado  para  os  jovens  adquirirem  as  aprendizagens  essenciais,  equacionadas em função da evolução do conhecimento e dos contextos histórico‐sociais.   Ao longo dos últimos 30 anos, os planos de estudo para os ensinos básico e secundário e  os  programas  das  disciplinas  foram  sofrendo  alterações  individualizadas  e  desiguais.  Este  trabalho atomizado e sectorial sacrificou uma visão integrada dos documentos curriculares e,  consequentemente, das aprendizagens a desenvolver ao longo da escolaridade.  Desde  a  aprovação  da  Lei  de  Bases  do  Sistema  Educativo  Português,  em  1986,  as  medidas  de  política  educativa  foram  sendo  tomadas  com  um  duplo  objetivo:  (i)  alargar  o  número de anos da escolaridade obrigatória, assegurando a equidade no acesso à escola de  todas  as  crianças  e  jovens  em  idade  escolar;  (ii)  garantir  uma  educação  de  qualidade,  assegurando  as  melhores  oportunidades  educativas  para  todos.  Em  2009,  a  escolaridade  obrigatória alargou‐se para todas as crianças e jovens com idades compreendidas entre os seis  e os dezoito anos. Uma escolaridade obrigatória de doze anos constitui um desafio na medida  em que implica a consideração de percursos educativos diversificados, atendendo à variedade  de  públicos  e  respetivos  objetivos  formativos.  Por  esta  razão,  constitui  um  imperativo  estabelecer  um  perfil  de  aluno  à  saída  da  escolaridade  obrigatória,  de  modo  a  explicitar  o  referencial educativo que oriente todas as decisões inerentes ao processo educativo.  Ao explicitar princípios, visão, valores, competências e as decorrentes aprendizagens dos  alunos  ao  longo  de  doze  anos  de  escolaridade,  este  referencial1  convoca  os  esforços  e  a                                                               1 European Union’s Recommendation on Key Competences for Lifelong Learning: http://eur‐lex.europa.eu/legal‐ content/EN/TXT/PDF/?uri=CELEX:32006H0962&from=EN 
  • 6. 5    convergência  da  sociedade  –  pais,  encarregados  de  educação,  famílias,  professores,  educadores e restante comunidade educativa – para o desenvolvimento de iniciativas e ações  orientadas  para  assegurar  o  acesso  a  uma  educação  de  qualidade  para  todas  as  crianças  e  jovens.   O perfil dos alunos no final da escolaridade obrigatória estabelece uma visão de escola e  um  compromisso  da  escola,  constituindo‐se  para  a  sociedade  em  geral  como  um  guia  que  enuncia  os  princípios  fundamentais  em  que  assenta  uma  educação  que  se  quer  inclusiva.  Apresenta  uma  visão  daquilo  que  se  pretende  que  os  jovens  alcancem,  sendo,  para  tal,  determinante o compromisso da escola, a ação dos professores e o empenho das famílias e  encarregados de educação. Professores, educadores, gestores, decisores políticos e também  todos os que direta ou indiretamente têm responsabilidades na educação encontram neste  documento a matriz para a tomada de decisão sobre as opções de desenvolvimento curricular,  consistentes com a visão de futuro definida como relevante para os jovens portugueses do  nosso tempo.                                                                                                                                                                                                     OECD, Future of Education and Skills: Education2030. http://www.oecd.org/edu/school/education‐2030.htm  UNESCO, Education 2030 Framework for Action, http://www.unesco.org/new/en/education/themes/leading‐the‐international‐ agenda/education‐for‐all/sdg4‐education‐2030/       
  • 7. 6          2. Princípios  A melhor educação é a que se desenvolve como construtora de postura no mundo. Hoje  mais  do  que  nunca  a  escola  deve  preparar  para  o  imprevisto,  o  novo,  a  complexidade  e,  sobretudo, desenvolver em cada indivíduo a vontade, a capacidade e o conhecimento que lhe  permitirá  aprender  ao  longo  da  vida.  Aquele  que  reconhece  o  valor  da  educação  estuda  sempre e quer sempre aprender mais.    Estes  são  os  princípios  que  subjazem  ao  trabalho  de  natureza  curricular  que  aqui  se  apresenta.    A. Um perfil de base humanista – a ciência evolui, cabendo à escola o dever de dotar os  jovens de conhecimento para a construção de uma sociedade mais justa e para agirem sobre o  mundo enquanto bem a preservar. Entende‐se o conhecimento como fundamental para uma  sociedade centrada na pessoa e na dignidade humana como valores inestimáveis.     B. Educar ensinando para a consecução efetiva das aprendizagens – as aprendizagens  são  o  centro  do  processo  educativo.  Sem  boas  aprendizagens,  não  há  bons  resultados.  A  educação  deve  promover  intencionalmente  o  desenvolvimento  da  capacidade  de  aprender,  base da aprendizagem ao longo da vida. O perfil do aluno prevê domínio de competências e  saberes  que  sustentem  o  desenvolvimento  da  sua  capacidade  de  aprender  e  valorizar  a  educação ao longo da sua vida.     C. Incluir  como  requisito  de  educação  –  a  escolaridade  obrigatória  é  de  todos  e  para  todos.  A  escola  contemporânea  agrega  uma  diversidade  de  alunos  tanto  do  ponto  de  vista  socioeconómico e cultural como também do ponto de vista cognitivo e motivacional. A adoção  do perfil é crítica para que todos possam ser incluídos e para que todos possam entender que  a exclusão é incompatível com o conceito de equidade e democracia.   
  • 8. 7    D. Contribuir  para  o  desenvolvimento  sustentável  – há riscos de sustentabilidade que  afetam o planeta e o ser humano. O cidadão do século XXI age num contexto de emergência  da ação para o desenvolvimento, numa perspetiva globalizante, mas assente numa ação local.    E. Educar ensinando com coerência e flexibilidade – a flexibilidade é instrumental para  se dar a oportunidade a cada um de atingir o perfil proposto, de forma coerente, garantindo a  todos  o  acesso  às  aprendizagens.  É  através  da  gestão  flexível  do  currículo,  do  trabalho  conjunto dos professores sobre o currículo, do acesso e participação dos alunos no seu próprio  processo  de  formação  e  construção  de  vida,  que  é  possível  explorar  temas  diferenciados,  trazer a realidade para o centro das aprendizagens visadas.    F. Agir com adaptabilidade e ousadia– a incerteza do século XXI passa pela perceção de  que,  hoje,  é  fundamental  conseguir  moldar‐se  a  novos  contextos  e  novas  estruturas,  mobilizando  as  competências  chave,  mas  também  estando  preparado  para  atualizar  conhecimento e desempenhar novas funções.    G. Garantir  a  estabilidade  –  educar  para  um  perfil  de  competências  alargado  requer  tempo  e  persistência.  Um  perfil  de  competências  assente  numa  matriz  de  conhecimentos,  capacidades e atitudes deve ter as características que permitam fazer face a uma revolução  numa qualquer área do saber e ter estabilidade para que o sistema se adeque e as orientações  introduzidas produzam efeito.    H. Valorizar  o  saber  –  toda  a  ação,  de  forma  reflexiva,  deve  ser  sustentada  num  conhecimento  efetivo.  A  escola  tem  como  missão  despertar  e  promover  a  curiosidade  intelectual e criar cidadãos que, ao longo da sua vida, valorizam o saber.                    
  • 9. 8            3. Visão       Pretende‐se que o jovem, à saída da escolaridade obrigatória, seja um cidadão:     dotado  de  literacia  cultural,  científica  e  tecnológica  que  lhe  permita  analisar  e  questionar  criticamente  a  realidade,  avaliar  e  selecionar  a  informação,  formular  hipóteses e tomar decisões fundamentadas no seu dia a dia;   livre, autónomo, responsável e consciente de si próprio e do mundo que o rodeia;   capaz de lidar com a mudança e a incerteza num mundo em rápida transformação;   que  reconheça  a  importância  e  o  desafio  oferecidos  conjuntamente  pelas  Artes,  as  Humanidades,  a  Ciência  e Tecnologia  para  a  sustentabilidade  social,  cultural,  económica e ambiental de Portugal e do mundo;   capaz  de  pensar  critica  e  autonomamente,  criativo,  com  competência  de  trabalho  colaborativo e capacidade de comunicação;    apto a continuar a sua aprendizagem ao longo da vida,  como  fator decisivo do seu  desenvolvimento pessoal e da sua intervenção social;   que  conheça  e  respeite  os  princípios  fundamentais  da  sociedade  democrática  e  os  direitos, garantias e liberdades em que esta assenta;   que valorize o respeito pela dignidade humana, pelo exercício da  cidadania plena, pela  solidariedade  para  com  os  outros,  pela  diversidade  cultural  e  pelo  debate  democrático;   que rejeite todas as formas de discriminação e de exclusão social.    Estes desígnios complementam‐se, interpenetram‐se e reforçam‐se entre si num modelo  de  escolaridade  orientado  para  a  aprendizagem  dos  alunos,  que  visa,  simultaneamente,  a  qualificação individual e a cidadania democrática.     
  • 10. 9    4. Valores    Entende‐se  por  valores  as  orientações  segundo  as  quais  determinadas  crenças,  comportamentos e ações são definidos como adequados e desejáveis. Os valores são, assim,  entendidos como os elementos e as características éticas, expressos através da forma como as  pessoas atuam e justificam o seu modo de estar e agir.  Os  valores  não  são  o  resultado  de  uma  compreensão,  e  ainda  menos  de  uma  compreensão passiva de informações, nem de atitudes apreendidas, sem significado para o  próprio  sujeito.  O  processo  é  mais  complexo  e  multilateral.  Trata‐se  da  relação  construída  entre a realidade objetiva, os componentes da personalidade e os fatores de contexto, relação  essa que se exprime através de atitudes, condutas e comportamentos.  Todas as crianças e jovens devem ser encorajados a pôr em prática, nas suas atividades  de  aprendizagem,  os  valores  que  devem  pautar  a  cultura  de  escola,  mais  ainda  o  ethos  da  escola.     Responsabilidade  e  integridade  –  Respeitar‐se a si mesmo e aos outros; saber  agir  eticamente,  consciente  da  obrigação  de  responder  pelas  próprias  ações;  ponderar as ações próprias e alheias em função do bem comum.   Excelência e exigência – Aspirar ao trabalho bem feito, ao rigor e à superação; ser  perseverante  perante  as  dificuldades;  ter  consciência  de  si  e  dos  outros;  ter  sensibilidade e ser solidário para com os outros.   Curiosidade,  reflexão  e  inovação  –  Querer  aprender  mais;  desenvolver  o  pensamento reflexivo, crítico e criativo; procurar novas soluções e aplicações.   Cidadania  e  participação  –  Demonstrar  respeito  pela  diversidade  humana  e  cultural  e  agir  de  acordo  com  os  princípios  dos  direitos  humanos;  negociar  a  solução de conflitos em prol da solidariedade e da sustentabilidade ecológica; ser  interventivo, tomando a iniciativa e sendo empreendedor.   Liberdade – Manifestar a autonomia pessoal centrada nos direitos humanos, na  democracia, na cidadania, na equidade, no respeito mútuo, na livre escolha e no  bem comum.    Ao  longo  da  sua  escolarização,  e  em  todas  as  áreas  do  saber,  deverão  ser  proporcionadas aos alunos oportunidades que permitam desenvolver competências e exprimir 
  • 11. 10    valores, analisando criticamente as ações que deles derivam, e tomar decisões com base em  critérios éticos.   5. Competências chave    A  evolução  social  e  tecnológica  da  sociedade  do  século  XXI  apela  à  necessidade  de  preparar os jovens para uma vida em  constante e  rápida mudança.  Os sistemas educativos  têm, por isso, vindo a mudar de paradigmas centrados exclusivamente no conhecimento para  outros  que  se  focam  no  desenvolvimento  de  competências  ・  mobilizadoras  de  conhecimentos,  de  capacidades  e  de  atitudes  ・  adequadas  aos  exigentes  desafios  destes  tempos, que requerem cidadãos educados e socialmente integrados: jovens adultos capazes  de pensar crítica e criativamente, adaptados a uma sociedade das multiliteracias, habilitados  para a ação quer autónoma quer em colaboração com os outros, num mundo global e que se  quer sustentável2 .   Competências são combinações complexas de conhecimentos, capacidades e atitudes  que permitem uma efetiva ação humana em contextos diversificados. As competências são de  natureza  cognitiva  e  metacognitiva,  social  e  emocional,  física  e  prática.  Podem  ser  representadas em termos visuais como uma construção integrada, de acordo com o esquema  seguinte:    Figura 1: Esquema conceptual de definição de competência (Adaptado de: Progress report on  the Draft OECD EDUCATION 2030 Conceptual Framework ‐ 3rd Informal Working Group (IWG)  on the Future of Education and Skills: OECD Education 2030)    As  competências  são  determinantes  no  perfil  dos  alunos,  numa  perspetiva  de  construção  coletiva  que  lhes  permitirá  apropriarem‐se  da  vida,  nas  dimensões  do  belo,  da  verdade, do bem, do justo e do sustentável, no final de 12 anos de escolaridade obrigatória.  Consideram‐se as seguintes áreas de desenvolvimento e aquisição das competências chave:                                                                2 European Union’s Recommendation on Key Competences for Lifelong Learning: http://eur‐lex.europa.eu/legal‐ content/EN/TXT/PDF/?uri=CELEX:32006H0962&from=EN 
  • 12. 11    - Linguagens e textos.  - Informação e comunicação.  - Raciocínio e resolução de problemas.  - Pensamento crítico e pensamento criativo.  - Relacionamento interpessoal.  - Autonomia e desenvolvimento pessoal.  - Bem‐estar e saúde.  - Sensibilidade estética e artística.   - Saber técnico e tecnologias.  - Consciência e domínio do corpo.    Estas competências são complementares e a sua enumeração não pressupõe qualquer  hierarquia interna entre as mesmas. Nenhuma delas, por outro lado, corresponde a uma área  curricular  específica.  Sendo  que  em  cada  área  curricular  estão  necessariamente  envolvidas  múltiplas  competências,  teóricas  e  práticas.  Pressupõem  o  desenvolvimento  de  literacias  múltiplas,  tais  como  a  leitura  e  a  escrita,  a  numeracia  e  a  utilização  das  tecnologias  de  informação e comunicação, que são alicerces para aprender e continuar a aprender ao longo  da vida.    Linguagens e textos    As competências na área de linguagens e textos remetem para a utilização eficaz dos  códigos  que  permitem  exprimir  e  representar  conhecimento  em  várias  áreas  do  saber,  conduzindo  a  produtos  linguísticos,  musicais,  artísticos,  tecnológicos,  matemáticos  e  científicos.  As  competências  associadas  às  linguagens  e  textos  implicam  que  os  alunos  sejam  capazes de:  ‐ utilizar de  modo proficiente diferentes linguagens simbólicas  associadas às línguas  (língua  materna  e  línguas  estrangeiras),  à  literatura,  à  música,  às  artes,  às  tecnologias,  à  matemática e à ciência;  ‐  aplicar  estas  linguagens  de  modo  adequado  aos  diferentes  contextos  de  comunicação, em ambientes analógico e digital;  ‐  dominar  capacidades  nucleares  de  compreensão  e  de  expressão  nas  modalidades  oral, escrita, visual e multimodal.   
  • 13. 12    Informação e comunicação  As  competências  na  área  de  informação  e  comunicação  dizem  respeito  à  seleção,  análise  produção  e  divulgação  de  produtos,  experiências  e  conhecimento  em  diferentes  formatos.   As  competências  associadas  à  informação  e  comunicação  implicam  que  os  alunos  sejam capazes de:  ‐  utilizar  e  dominar  instrumentos  diversificados  para  pesquisar,  descrever,  avaliar,  validar  e  mobilizar  informação  de  forma  crítica  e  autónoma,  verificando  diferentes  fontes  documentais e a sua credibilidade;  ‐ transformar a informação em conhecimento;  ‐ comunicar e colaborar de forma adequada e segura, utilizando diferentes tipos de  ferramentas (analógicas e digitais), seguindo as regras de conduta próprias de cada ambiente.    Raciocínio e resolução de problemas  As competências na área de raciocínio dizem respeito ao processo lógico que permite  aceder à informação, interpretar experiências e produzir conhecimento. As competências na  área de resolução de problemas dizem respeito à capacidade de encontrar respostas para uma  nova  situação,  mobilizando  o  raciocínio  com  vista  à  tomada  de  decisão  e  à  eventual  formulação de novas questões.   As competências associadas ao raciocínio e resolução de problemas implicam que os  alunos sejam capazes de:  ‐ planear e conduzir pesquisas;  ‐ gerir projetos e tomar decisões para resolver problemas;  ‐ desenvolver processos conducentes à construção de produtos e de conhecimento,  usando recursos diversificados.    Pensamento crítico e pensamento criativo  As  competências  na  área  de  Pensamento  crítico  requerem  observar,  identificar,  analisar  e  dar  sentido  à  informação,  às  experiências  e  às  ideias  e  argumentar  a  partir  de  diferentes  premissas  e  variáveis.  Exigem  o  desenho  de  algoritmos  e  de  cenários  que  considerem  várias  opções,  assim  como  o  estabelecimento  de  critérios  de  análise  para  tirar 
  • 14. 13    conclusões fundamentadas e proceder à avaliação de resultados. O processo de construção do  pensamento ou da ação pode implicar a revisão do racional desenhado.  As competências na área de Pensamento criativo envolvem gerar e aplicar novas ideias  em  contextos  específicos,  abordando  as  situações  a  partir  de  diferentes  perspetivas,  identificando soluções alternativas e estabelecendo novos cenários.  As competências associadas ao Pensamento crítico Pensamento criativo implicam que  os alunos sejam capazes de:  ‐  pensar  de  modo  abrangente  e  em  profundidade,  de  forma  lógica,  observando,  analisando  informação,  experiências  ou  ideias,  argumentando  com  recurso  a  critérios  implícitos ou explícitos, com vista à tomada de posição fundamentada;  ‐  convocar  diferentes  conhecimentos,  utilizando  diferentes  metodologias  e  ferramentas para pensarem criticamente;  ‐ prever e avaliar o impacto das suas decisões;  ‐desenvolver  novas  ideias  e  soluções,  de  forma  imaginativa  e  inovadora,  como  resultado da interação com outros ou da reflexão pessoal, aplicando‐as a diferentes contextos  e áreas de aprendizagem.       Relacionamento interpessoal   As competências na área de relacionamento interpessoal dizem respeito à interação  com  os  outros,  que  ocorre  em  diferentes  contextos  sociais  e  emocionais.  Permitem  reconhecer,  expressar  e  gerir  emoções,  construir  relações,  estabelecer  objetivos  e  dar  resposta a necessidades pessoais e sociais.  As competências associadas ao relacionamento interpessoal implicam que os alunos  sejam capazes de:  ‐  adequar  comportamentos  em  contextos  de  cooperação,  partilha,  colaboração  e  competição;  ‐  trabalhar  em  equipa  e  usar  diferentes  meios  para  comunicar  e  trabalhar  presencialmente e em rede;  ‐ ouvir, interagir, argumentar, negociar e aceitar diferentes pontos de vista, ganhando  novas formas de estar, olhar e participar na sociedade. 
  • 15. 14                Desenvolvimento pessoal e autonomia   As competências na área de desenvolvimento pessoal e autonomia dizem respeito ao  processo  através  do  qual  o  aluno  desenvolve  a  sua  capacidade  de  integrar  pensamento,  emoção e comportamento, construindo a confiança em si próprio, a motivação para aprender,  a  autorregulação,  a  capacidade  de  iniciativa  e  tomada  de  decisões  fundamentadas,  que  possibilitam uma autonomia crescente nas diversas dimensões do saber, do saber fazer, do  saber ser e do agir.   As competências associadas ao desenvolvimento pessoal e autonomia implicam que os  alunos sejam capazes de:  ‐ identificar áreas de interesse e de necessidade de aquisição de novas competências;  ‐ consolidar e aprofundar as que já possuem, numa perspetiva de aprendizagem ao  longo da vida;  ‐  estabelecer  objetivos,  traçar  planos  e  projetos  e  serem  autónomos  na  sua  concretização.       Bem‐estar e saúde   As competências na área de bem‐estar e saúde dizem respeito à qualidade de vida do  indivíduo e da comunidade.  As  competências  associadas  ao  bem‐estar  e  saúde  implicam  que  os  alunos  sejam  capazes de:  ‐ adotar comportamentos que promovem a saúde e o bem‐estar, designadamente nos  hábitos quotidianos, na alimentação, na prática de exercício físico, na sexualidade e nas suas  relações com o ambiente e a sociedade; 
  • 16. 15    ‐  manifestar  consciência  e  responsabilidade  ambiental  e  social,  trabalhando  colaborativamente para o bem comum, com vista à construção de um futuro sustentável.          Sensibilidade estética e artística   As competências na área de sensibilidade estética e artística dizem respeito à fruição  das diferentes realidades culturais e ao desenvolvimento da expressividade de cada indivíduo.  Integram  um  conjunto  de  capacidades  relativas  à  formação  do  gosto  individual  e  do  juízo  crítico, bem  como ao domínio  de  processos técnicos e performativos envolvidos na  criação  artística,  possibilitando  o  desenvolvimento  de  critérios  estéticos  para  uma  vivência  cultural  informada.   As competências associadas à sensibilidade estética e artística implicam que os alunos  sejam capazes de:  ‐ apreciar  criticamente as realidades artísticas  e tecnológicas,  pelo contacto  com os  diferentes universos culturais;  ‐ entender a importância da integração das várias formas de arte nas comunidades e  na cultura;  ‐ compreender os processos próprios à experimentação, à improvisação e à criação nas  diferentes artes, tanto em relação ao património cultural material e imaterial, como à criação  contemporânea.    Saber técnico e tecnologias  As competências na área de saber técnico e tecnologias dizem respeito à mobilização  da compreensão de fenómenos técnicos e científicos e da sua aplicação para dar resposta aos  desejos  e  necessidades  humanas,  com  consciência  das  consequências  éticas,  sociais,  económicas e ecológicas.  As  competências  associadas  ao  saber  técnico  e  tecnologias  implicam  que  os  alunos  sejam capazes de: 
  • 17. 16    ‐ manipular e manusear materiais e instrumentos diversificados para controlar, utilizar,  transformar, imaginar e criar produtos e sistemas;  ‐ executar operações técnicas, segundo uma metodologia de trabalho adequada, para  atingir  um  objetivo  ou  chegar  a  uma  decisão  ou  conclusão  fundamentada,  adequando  os  meios materiais e técnicos à ideia ou intenção expressa;   ‐  adequar  a  ação  de  transformação  e  criação  de  produtos  aos  diferentes  contextos  naturais, tecnológicos e socioculturais, em atividades experimentais e aplicações práticas em  projetos desenvolvidos em ambientes físicos e digitais.    Consciência e domínio do corpo  As  competências  na  área  de  consciência  e  domínio  do  corpo,  dizem  respeito  à  capacidade  de  perceber  e  mobilizar  o  corpo  de  múltiplas  formas  para  a  realização  de  atividades  motoras,  de  modo  ajustado  à  finalidade  das  ações  a  realizar,  em  diferentes  contextos.  As competências associadas à consciência e domínio do corpo implicam que os alunos  sejam capazes de:  ‐ ter consciência do seu próprio corpo;   ‐ ajustar o tipo de comportamento motor a adotar, face à ação desejada;  ‐ controlar e dominar o corpo segundo a natureza da atividade e os contextos em que  ocorrem.      6.Implicações Práticas    A assunção de princípios, valores e competências chave para o perfil dos alunos à saída  da escolaridade obrigatória implica alterações de práticas pedagógicas e didáticas de forma a  adequar a globalidade da ação educativa às finalidades do perfil de competências dos alunos.  Apresentam‐se, de seguida, um conjunto de ações relacionadas com a prática docente  e que são determinantes para o desenvolvimento do perfil dos alunos. 
  • 18. 17    •  Abordar os conteúdos de cada área do saber associando‐os a situações e problemas  presentes no quotidiano da vida do aluno ou presentes no meio sociocultural e geográfico em  que se insere, recorrendo a materiais e recursos diversificados.  •  Organizar o ensino prevendo a experimentação de técnicas, instrumentos e formas  de  trabalho  diversificados,  promovendo  intencionalmente,  na  sala  de  aula  ou  fora  dela,  atividades de observação, questionamento da realidade e integração de saberes.  •  Organizar e desenvolver atividades cooperativas de aprendizagem, orientadas para  a  integração  e  troca  de  saberes,  a  tomada  de  consciência  de  si,  dos  outros  e  do  meio  e  a  realização de projetos intra ou extraescolares.  •  Organizar o ensino prevendo a utilização crítica de fontes de informação diversas e  das tecnologias da informação e comunicação.  •  Promover de modo sistemático e intencional, na sala de aula e fora dela, atividades  que permitam ao aluno fazer escolhas, confrontar pontos de vista, resolver problemas e tomar  decisões com base em valores.  •   Criar  na  escola  espaços  e  tempos  para  que  os  alunos  intervenham  livre  e  responsavelmente.  •   Valorizar, na avaliação das aprendizagens do aluno, o trabalho de livre iniciativa,  incentivando a intervenção positiva no meio escolar e na comunidade.  A  ação  educativa  é,  pois,  compreendida  como  uma  ação  formativa  especializada,  fundada no ensino, que implica a adoção de princípios e estratégias pedagógicas e didáticas  que  visam  a  concretização  da  aprendizagem.  Trata‐se  de  encontrar  a  melhor  forma  e  os  recursos  mais  eficazes  para  todos  os  alunos  aprenderem,  isto  é,  para  que  se  produza  uma  apropriação  efetiva  dos  conhecimentos,  capacidades  e  atitudes  que  se  trabalharam,  em  conjunto e individualmente, e que permitem desenvolver as competências chave ao longo da  escolaridade obrigatória.  
  • 19. 18    Descritores operativos  Descritores  operativos  que  enunciam  e  ilustram,  sem  se esgotarem,  o desenvolvimento do  aluno no  final dos 12 anos de escolaridade obrigatória.          Descritores operativos  Competências na área de linguagens e  textos  Os  alunos  usam  linguagens  verbais  e  não‐verbais  para  significar e comunicar, recorrendo a gestos, sons, palavras,  números  e  imagens.  Usam‐nas  para  construir  conhecimento, compartilhar sentidos nas diferentes áreas  do saber e exprimir mundividências.    Os alunos reconhecem e usam linguagens simbólicas como  elementos  representativos  do  real  e  do  imaginário,  essenciais aos processos de expressão e comunicação em  diferentes contextos, pessoais, sociais, de aprendizagem e  pré‐profissionais.    Os  alunos  dominam  os  códigos  que  os  capacitam  para  a  leitura  e  para  a  escrita  (da  língua  materna  e  de  línguas  estrangeiras).  Compreendem,  interpretam  e  expressam  factos,  opiniões,  conceitos,  pensamentos  e  sentimentos,  quer oralmente, quer por escrito, quer através de outras  codificações.  Identificam,  utilizam  e  criam  diversos  produtos  linguísticos,  literários,  musicais,  artísticos,  tecnológicos, matemáticos e científicos, reconhecendo os  significados neles contidos e gerando novos sentidos.   
  • 20. 19            Descritores operativos  Competências na área de raciocínio e  resolução de problemas  Os  alunos  colocam  e  analisam  questões  a  investigar,  distinguindo  o  que  se  sabe  do  que  se  pretende  descobrir. Estabelecem  estratégias  adequadas  para  investigar  e responder  às  questões  iniciais.  Analisam  criticamente  as conclusões a que chegam, reformulando, se necessário, as estratégias adotadas.       Generalizam  as  conclusões  de  uma  pesquisa,  criando modelos e produtos para representar situações hipotéticas ou  da  vida  real.  Testam  a  consistência  dos  modelos, analisando  diferentes  referenciais  e  condicionantes.  Usam modelos  para  explicar  um  determinado  sistema,  para  estudar os efeitos das variáveis e para fazer previsões acerca do  comportamento  do  sistema  em  estudo.  Avaliam diferentes produtos de acordo com critérios de qualidade e utilidade em diversos contextos significativos para o aluno.            Descritores operativos      Competências  na área de informação e  comunicação  Os alunos pesquisam sobre matérias escolares e temas do  seu  interesse.  Recorrem  à  informação  disponível  em  fontes documentais físicas e digitais ‐ em redes sociais, na  Internet,  nos  media,  livros,  revistas,  jornais.  Avaliam  e  validam  a  informação  recolhida,  cruzando  diferentes  fontes,  para  testar  a  sua  credibilidade.  Organizam  a  informação recolhida de acordo com um plano, com vista  à  elaboração  e  à  apresentação  de  um  novo  produto  ou  experiência. Desenvolvem estes procedimentos de forma  crítica e autónoma.    Apresentam  e  explicam  conceitos  em  grupos,  apresentam ideias e projetos diante de audiências reais,  presencialmente  ou  a  distância.  Expõem  o  trabalho  resultante  das  pesquisas  feitas,  de  acordo  com  os  objetivos  definidos,  junto  de  diferentes  públicos,  concretizados  em  produtos  discursivos,  textuais,  audiovisuais  e/ou  multimédia,  respeitando  as  regras  próprias de cada ambiente. 
  • 21. 20      Descritores operativos  Competências na área de pensamento  crítico e pensamento criativo  Os alunos observam, analisam e discutem ideias, processos ou  produtos  centrando‐se  em  evidências.  Usam  critérios  para  apreciar  essas  ideias,  processos  ou  produtos,  construindo  argumentos  para  a  fundamentação  das tomadas de posição.  Os  alunos  conceptualizam  cenários  de  aplicação  das  suas ideias  e  testam  e  decidem  sobre  a  sua  exequibilidade. Avaliam o impacto das decisões adotadas.    Os  alunos  desenvolvem  ideias  e  projetos  criativos  com  sentido  no  contexto  a  que  dizem  respeito,  recorrendo  à imaginação,  inventividade,  desenvoltura  e  flexibilidade  e estão  dispostos  a  assumir  riscos  para  imaginar  além  do conhecimento  existente,  com  o  objetivo  de  promover  a criatividade e a inovação.         Descritores operativos  Competências na área de relacionamento  interpessoal  Os  alunos  juntam  esforços  para  atingir  objetivos, valorizando a diversidade de perspetivas sobre as questões em causa, tanto lado a lado como através de meios digitais. Desenvolvem e mantêm relações diversas e positivas entre si  e  com  os  outros  (comunidade,  escola  e  família)  em  contextos  de  colaboração,  de  cooperação  e  interajuda. Resolvem  problemas  de  natureza  relacional  de  forma pacífica, com empatia e com sentido crítico.     Envolvem‐se em conversas, trabalhos e experiências formais  e  informais:  debatem,  negoceiam,  acordam,  colaboram.  Aprendem  a  considerar  diversas  perspetivas  e  a  construir consensos.  Relacionam‐se  em  grupos  lúdicos,  desportivos,  musicais, artísticos, literários, políticos e outros, em espaços de discussão e partilha, presenciais ou a distância.                       
  • 22. 21      Descritores operativos  Competências na área de desenvolvimento  pessoal e autonomia  Os  alunos  reconhecem  os  seus  pontos  fracos  e  fortes  e  consideram  estes  últimos  como  ativos  em  diferentes  aspetos  da  vida.  Têm  consciência  da  importância  de  crescerem  e  evoluírem.  São capazes  de  expressar  as  suas  necessidades e de procurar as ajudas e apoios mais eficazes  para alcançarem os seus objetivos.     Os  alunos  desenham,  implementam  e  avaliam,  com  autonomia, estratégias para conseguir as metas e desafios  que  estabelecem  para  si  próprios.  São  confiantes,  resilientes  e  persistentes,  construindo  caminhos personalizados de aprendizagem, com base nas vivências e  em liberdade.          Descritores operativos    Os alunos são responsáveis e estão conscientes de que os  seus atos e as suas decisões afetam a sua saúde e o seu  bem‐estar.  Assumem  uma  crescente  responsabilidade  para cuidarem de si, dos outros e do ambiente e para se  integrarem ativamente na sociedade.    Fazem escolhas que contribuem para a sua segurança e a  das comunidades onde estão inseridos. Estão conscientes  da importância da construção de um futuro sustentável e  envolvem‐se em projetos de cidadania ativa.  Competências na área de bem‐estar e  saúde       Descritores operativos  Competências na área Sensibilidade  estética e artística  Os alunos desenvolvem o sentido estético, mobilizando os  processos de reflexão, comparação, argumentação em  relação às produções artísticas e tecnológicas, integradas  nos contextos sociais, geográficos, históricos e políticos.    Os alunos valorizam as manifestações culturais das  comunidades e participam autonomamente em  atividades artísticas e culturais, como público, criador ou  intérprete, consciencializando‐se das possibilidades  criativas.  Os alunos percebem o valor estético das experimentações  e criações, a partir de intencionalidades artísticas e  tecnológicas, mobilizando técnicas e recursos de acordo  com diferentes finalidades e contextos socioculturais.     
  • 23. 22                        Descritores operativos  Competências na área de saberes  técnicos e tecnologias  Os  alunos  trabalham  com  recurso  a  materiais,  instrumentos,  ferramentas,  máquinas  e  equipamentos  tecnológicos,  relacionando  conhecimentos  técnicos,  científicos e socioculturais.    Os alunos consolidam hábitos de planeamento das etapas  do  trabalho,  identificando  os  requisitos  técnicos,  condicionalismos  e  recursos  para  a  concretização  de  projetos.  Identificam  necessidades  e  oportunidades  tecnológicas  numa  diversidade  de  propostas  e  fazem  escolhas fundamentadas.    Descritores operativos  Competências na área de consciência e  domínio do corpo  Os alunos realizam atividades motoras integradas nas  diferentes circunstâncias por eles vivenciadas na relação  do seu próprio corpo com o espaço.    Os alunos reconhecem a importância das atividades  motoras para o seu desenvolvimento físico, psicossocial,  estético e emocional.      Os alunos aproveitam e exploram a oportunidade de  realização de experiências motoras que,  independentemente do nível de habilidade de cada um,  favorece aprendizagens globais e integradas.