1. FACULDADE CATÓLICA DE FEIRA DE SANTANA
BACHARELADO EM TEOLOGIA
DISCIPLINA: LITURGIA I
DOCENTE: Pe. CRISTIANO FECHINE DE HOLANDA
DISCENTES: EDISANDRO DE BARROS BEZERRA
JOSÉ MACHADO DIAS
JOSENYDE OLIVEIRA SILVA
2.
3. As atenções dos fiéis
sejam dirigidas
principalmente para
festas do Senhor, nas
quais se
celebram, durante o
ano, os mistérios da
salvação. Para que o
próprio do Tempo
obtenha seu devido
lugar acima das festas
dos santos, a fim de o
ciclo integral dos
mistérios da salvação
seja convenientemente
4.
5. Em outrora esse tempo foi chamado de:
cotidiano,
e tempo “depois da epifania”
“depois de pentecostes”
Modernamente o Tempo passou a ser chamado
de:
Tempus per annum ou “comum” e tempo ordinário”
6. Começa na segunda-feira seguinte ao domingo do
Batismo do Senhor e se prolonga até a terça-feira
anterior à quarta de cinzas, juntando-se a segundafeira depois do domingo de pentecostes, para
terminar antes das primeiras vésperas do I domingo
do advento (cf. NUALC 44)
O fato de abranger trinta e três ou trinta e quatro
semanas depende do término do ciclo Natalepifania.
7.
8. Esse tempo foi uma “verdadeira célula do ano
eclesiástico”, anterior à diversificação das festas e dos
ciclos do que mais tarde se chamou o Próprio do
Tempo. Com efeito, segundo os mais antigos
manuscritos do epistolário e do Evangeliário romanos
da missa, as séries de epístolas e de evangelhos que
ocupam os domingos que vêm depois da Epifania e de
pentecostes se encontram entre os substratos anteriores
ao século VI, quando ainda não se havia introduzido
em Roma o tempo da septuagésima.
9.
10. O Concilio Vaticano II quis restaurar a importância
do “ciclo inteiro do mistério salvífico” para que o
próprio do tempo sobressaísse devidamente acima do
santoral (cf. SC 108). Com esse princípio, o Vaticano
II propôs também a revalorização do domingo como
dia do Senhor, núcleo e fundamento do ano litúrgico
(SC 106). Isto é justamente o que pretende o tempo
“comum”. Diante dos olhos dos fiéis se desenvolvem
os episódios da vida histórica do Filho de Deus na
terra, cada uma de suas palavras, gestos ou atos, que
têm sua recapitulação na páscoa.
11. O Tempo Comum é um tempo privilegiado em que
a comunidade aprofunda o mistério pascal;
assimila e interioriza a Palavra de Deus no
contexto da história; cultiva o compromisso
batismal, lembrado e celebrado na Vigília Pascal.
Nesta perspectiva, o domingo deve ser lembrado e
cultivado como páscoa semanal, dia da assembleia
e dia da Eucaristia.
12. No tempo Comum, fazemos a leitura contínua da
Sagrada Escritura pela qual revivemos, nos diversos
domingos, os inesgotáveis aspectos do mistério pascal
de Cristo. Esses domingos recebem sua força ou sua
espiritualidade de duas fontes: dos tempos fortes e dos
próprios domingos. Assim, o Tempo Comum é vivido
como prolongamento do respectivo tempo forte. Na
primeira parte do tempo Comum, partimos da vida que
nasceu no Natal e manifestou-se na Epifania e, para
produzir frutos, necessita da ação do Espírito Santo
que age no batismo de Jesus. Batizados com o Espírito
Santo, produzimos, como Igreja, bons frutos.
15. A devoção à Santíssima Trindade teve início
na Idade Média, espalhando-se a festa na
época carolíngia. O papa João XII a
introduziu no calendário romano em
1334, embora somente tenha alcançado uma
difusão verdadeiramente universal em 1570
através do Missal promulgado por são Pio V.
16. A festa começou a ser
celebrada em Liège, em
1246. O papa Urbano IV a
estendeu
à
Igreja
Universal
em
1264, dotando-a de missa e
ofício próprio.
17. O culto litúrgico ao
Sagrado Coração de Cristo
na sexta-feira seguinte à
oitava do Corpus Christi
teve início no século XVII
com são João Eudes (+
1680) e santa Margarida
Maria Alacoque (+ 1690).
18. Embora a devoção remonte aos séculos XIII e
XIV, recebendo a primeira aprovação pontifícia
um século mais tarde. Em 1856, o papa Pio IX
estendeu a festa a toda a Igreja, e em 1928 Pio XI
lhe deu a máxima categoria litúrgica. A reforma
pós-conciliar renovou profundamente seus textos
com base no formulário da missa composto por
ordem de Pio XI.
19. A festa foi instituída para
o último domingo de
outubro pelo papa Pio
XI, na encíclica Quas
Primas,
de
11
de
dezembro de 1925.
22. As “festas fixas" são aquelas cujas datas
de
comemoração
não
variam, permanecem sempre imutáveis
conforme estabelece o Calendário
Romano Geral. São tipificadas por
festa ou solenidade.
23. MÊS
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Dia (s) comemorativo (s) e celebração
1. - Santa Maria, Mãe de Deus
6. - Epifania (com. no Domingo)
Entre 9 e 13 - Batismo do Senhor (com. no Domingo)
25. - Conversão de São Paulo Apóstolo
2. - Apresentação do Senhor
22. - Cátedra de São Pedro, Apóstolo
19. - São José, Esposo de Nossa Senhora
25. - Anunciação do Senhor
25. - São Marcos Evangelista
3. - São Filipe e São Tiago, Apóstolos
14. - São Matias, Apóstolo
Tipificação
Solenidade
Solenidade
Festa
Festa
Festa
Festa
Solenidade
Solenidade
Festa
Festa
Festa
Festa
31. - Nossa Senhora Rainha (Visitação de Nossa Senhora)
24. - Nascimento de São João Batista
29. - São Pedro e São Paulo, Apóstolos
3. - São Tomé, Apóstolo
25. - São Tiago, Apóstolo
6. - Transfiguração do Senhor
10 - São Lourenço, Diácono e Mártir
15 - Assunção de Nossa Senhora
23 - Santa Rosa de Lima, Virgem
24 - São Bartolomeu, Apóstolo
8. - Natividade de Nossa Senhora
14.- Exaltação da Santa Cruz
21. - São Mateus, Apóstolo e Evangelista
29. - São Miguel, São Gabriel e São Rafael Arcanjos
Solenidade
Solenidade
Festa
Festa
Festa
Festa
Solenidade
Festa
Festa
Festa
Festa
Festa
Festa
18. - São Lucas Evangelista
28. - São Simão e São Judas, Apóstolos
1. - Todos os Santos
2. - Comemoração dos Fiéis Defuntos (Finados)
9. - Dedicação da Basílica do Latrão
30. - Santo André, Apóstolo
Cristo, Rei do Universo (Último Domingo do tempo comum)
8. - Imaculada Conceição de Nossa Senhora
12. - Nossa Senhora de Guadalupe
25. - Natal do Senhor
26. - Santo Estevão, primeiro Mártir
27. - São João, Apóstolo e Evangelista
28. - Santos Inocentes Mártires
Sagrada Família - Dentro da Oitava do Natal, ou na sua falta, dia 30
Festa
Festa
Solenidade
Solenidade
Festa
Festa
Solenidade
Solenidade
Festa
Solenidade
Festa
Festa
Festa
Festa
24. No oriente é conhecida
como festa do Hypapante
(encontro) entre o Senhor e
seu povo.
Sua celebração no ocidente
teve inicio em Roma, no
século Vl. O papa Sérgio I
(687-701) deu-lhe um
caráter mariano e dotou-a
de uma procissão como em
outras festas marianas.
25. A festa descreve o acontecimento
narrado por Lc 2,22-40 que
destaca a entrada do Senhor no
templo e seu encontro com os
anciãos que representam o antigo
Israel.
Chama-a de “Quadragésima da
epifania” e celebrava-se em 14 de
fevereiro, dado que o natal era
celebrado em 06 de janeiro. Com
Justino l (527-565) tornou-se dia
festivo com o nome Hypapante e
foi colocada no dia 2 de fevereiro.
26. É uma festa conjunta do
Senhor e de Maria.
Com um forte acento
mariano,
é
chamada
“anunciação da Santíssima
Mãe de Deus e Sempre
Virgem Maria” pela liturgia
bizantina, e “Anunciação de
Santa Maria Mãe de Nosso
senhor Jesus Cristo” pelos
antigos sacramentos romanos.
27. A festa é posterior a do Natal, sua
intenção original foi, a comemoração da
concepção virginal de Jesus, nove meses
antes do nascimento (tempo do
advento).
Em Jerusalém é conhecida um século
mais tarde pelas homilias de São
Sofrônio, e, em Roma, pela procissão
estabelecida pelo papa Sérgio (séc. III).
A noticia da festa chegou à Espanha
durante o concilio de Toledo X (656), e
foi introduzida no dia 18 de dezembro.
28. A data 25 de março une-se á de 25 de
dezembro, enquanto correlativas (nove
messes da concepção ao nascimento). Mas
25 de março tinha outras ressonâncias:
equinócio da primavera, referencia à
criação do mundo e à comemoração da
morte de Jesus. O dia implicaria uma
perfeição simbólica, em correspondência
com a perfeição do corpo de Jesus (nele
coincidiria a data de sua concepção, a de
seu nascimento e a de sua morte).
29. As leituras do missal atual são as mesmas
de 1570: Is 7,10-14 que apresenta o
nascimento
extraordinário
do
Emmanuel, de uma virgem e o evangelho
de Lc 1,26-38 que mostra Cristo dando
cumprimento, na plenitude dos tempos, à
profecia de Isaías com a cooperação de
Maria incluindo-se atualmente também Hb
10,4-10 que exibe a vida de Jesus guiada
por obediência plena ao Pai que culmina
em si o cumprimento de todas as promessas
na oferenda da cruz.
30. Essa festa tem como base a
narração comum dos sinóticos (Mt
17,1-8; Mc 9,2-9 e Lc 9,2-28-36).
Originou-se na Igreja armênia no
tempo
de
São
Gregório
Iluminador (século lV), embora o
testemunho mais antigo venha da
Síria oriental (séc V-Vl). Na
Espanha, é celebrada desde o séc
X, espalhando-se por todo o
Ocidente por obra de São Pedro, o
Venerável.
31. O missal de 1570 apresentava duas
leituras: 2Pd 1,16-19 e Mt 17,1-9.
O lecionário atual oferece duas
leituras invariáveis : (Dn 7,9-10.
13-14 e 2Pd1,16-19) e para cada
ciclo um dos três evangelhos
sinóticos. Para o Ciclo A é Mt
17,1-9; para o B, Mc 9,2-10; para o
C, Lc 9,28-36. O tema central é o
da missão de Jesus que passa do
sofrimento e da morte à glória da
ressurreição.
32. O
acontecimento
da
transfiguração, oferecido aos fiéis
em seu caminhar para a
páscoa, derrama luz sobre sua vida
de configuração com Cristo, nos
sacramentos e no resto da vida
Cristã. Para os orientais, essa
festa, é celebrada em 6 de
agosto, tem solenidade semelhante
à de pentecostes e da epifania.
33. Os primeiros indícios de uma festa da
exaltação da cruz remontam à primeira
metade do séc. lV. Segundo a “crônica de
Alexandria”, Helena redescobre a cruz do
Senhor em 14 de setembro de 320. Em 13 de
setembro de 335 teve lugar a consagração das
basílicas da “Anastácis” (ressureição) e do
“Martirium” (da cruz), sobre o Gólgota. Em
14 de setembro do mesmo ano expôs-se
solenemente à veneração dos fiéis a cruz do
Senhor redescoberta. Sobre esse fato apoia-se
a comemoração anual, cuja celebração é
atestada para Constantinopla no séc. V e para
Roma em fins do séc. VII.
34. As Igrejas de Jerusalém, Roma e
Constantinopla, (“exaltation”) em 14 de
setembro.
O tema central é o da glória na paixão de
Jesus Cristo.
As leituras do missal de 1570 eram: Fl 2,511 e Jo 12,31-36. O lecionário atual propõe
três: Nm 21,4-9; Fl 2,6-11 e Jo 3,1317, (prefácio) de uma antítese da arvore do
paraíso (portadora da morte) à da cruz
(geradora de vida). Numa reinou a
desobediência de Adão, na outra a
obediência de Jesus. Assim se insere o
mistério da cruz na história da salvação.
35. A morte do Senhor na cruz foi
simultaneamente o seu triunfo e sacrifício.
Ele o predissera na véspera da Paixão: “É
agora que o príncipe deste mundo vai ser
lançado fora: e quando eu Me elevar da
Terra, tudo atrairei a Mim”. São Paulo
constata-o por seu lado ao salientar que a
exaltação de Cristo assenta no sofrimento e
tira para nós a consequência: “Devemos
gloriar-nos na Cruz de Nosso Senhor Jesus
Cristo”.
36. A festa da catedral de Roma, caput et
mater omnium Ecclesiarum, levantada no
local da residência da esposa de
Constantino. Foi dedicada por volta do
ano 324 ao Salvador e, posteriormente, a
São João Batista e a São João evangelista.
Desde o século Xl o aniversário foi fixado
no dia 9 de novembro e é celebrado no
âmbito da liturgia romana.
Urbe et Orbe” (Urbe = cidade e
Orbe=restante). Esta festa também é
celebrada no intuito de festejar o amor e
unidade para com a Cátedra de Pedro que
como escreveu Santo Inácio de
Antioquia, “preside a Assembleia
universal da caridade”
37. A liturgia está centrada no
simbolismo
do
edifício
eclesial (1Cor 3, 16-17; 1Pd
2,5).
Entre
os
textos
eucológicos sobressai o
prefácio sobre o mistério da
Igreja, esposa de Cristo e
templo do Espirito. O oficio
divino da dedicação é
extraordinariamente rico por
causa dos salmos próprios
alusivos
a
Jerusalém, imagem da Igreja
de Cristo, onde sobressaem
38.
39. AUGÉ, Matias. Liturgia: História, celebração, teologia e
espiritualidade. 2ª ed. São Paulo: Ave Maria, 1998.
GONZÁLEZ,
R.
Outras
festas
do
Senhor.
In:
BOROBIO, Dionisio (org). A celebração na Igreja: Ritmos e tempos
da Celebração. São Paulo: Loyola, 2000.
LÓPEZ
MARTIN,
Julián.
A
liturgia
da
Igreja:
Teologia, história, espiritualidade e pastoral. Tradução Antonio
Efro Feltrin. São Paulo: Paulinas, 2006.