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AUTOR: CIRO FLAMARION S. CARDOSO
PROFº MS. JOSÉ RIBEIRO DO NASCIMENTO NETO
História: um só termo, vários
significados
O termo: História
“História do Brasil”
1) os fatos e processos sociais ocorridos no corte espacial
e institucional que chamamos “Brasil”, o qual foi variável
em seu caráter e em suas dimensões segundo as épocas.
2) uma disciplina cujo objeto é o anterior e cujos
especialistas são historiadores que se ocupam, portanto,
de História do Brasil;
3) o conjunto das obras que resultam do trabalho de tais
especialistas: assim, podemos falar na História Geral do
Brasil Antes de Sua Separação e Independência de
Portugal, escrita por Francisco Adolfo de Varnhagen.
História-disciplina
História da América
História da África Negra
História Antiga
História Medieval
História Moderna
História Contemporânea
História Agrária
História Urbana
História das Mentalidades
História das Técnicas
História Econômica
História Demográfica
História Política
História e Cidade
História e Gênero
História do Corpo
História e Imaginário e etc
História como disciplina
1) houve aqueles que tratavam de definir a matéria da
história como qualquer coisa passada: a História, neste
caso, apareceria como disciplina que ocupa do
passado;
2) outros trataram de precisar mais, esclarecendo que
a História só se interessaria por acontecimentos
“destacados”, “relevantes”, “com repercussão social”
3) outros ainda, enfim, a definiram como o estudo
científico das sociedades humanas no tempo.
A palavra “História” se reveste de um significado
específico, irredutível aos demais.
A evolução moderna da História como disciplina
Antiguidade: Tucídides, Políbio ...
Idade Média: Ibn Khaldun, monastérios e etc
1475-1575 auge do Humanismo,
Século XVI, o desenvolvimento da preocupação de só
aceitar fatos ou textos como autênticos depois de
minuciosa verificação.
Século XVII documentos medievais e preocupações
renascentistas.
Século XVIII “o caráter cíclico do desenvolvimento
das sociedades humanas”
Século XIX, o século da História
Triunfo da história
1) o desenvolvimento vigoroso das técnicas filológicas,
arqueológicas e outras a serviço da crítica externa e interna das
fontes históricas (métodos de erudição crítica), acompanhado de
abundante publicação de gigantescas coletâneas de documentos,
principalmente no campo da História Antiga e Medieval;
2) o surgimento de grandes escolas históricas nacionais européias,
com nomes como Ranke, Macaulay, Guizot, Thierry, Michelet e
outros, que gozavam de grande prestígio acadêmico e universitário
3) finalmente, fora do mundo dos historiadores “oficiais”, Marx e
Engels propuseram, com o “Materialismo Histórico”, a primeira
teoria global coerente das sociedades humanas, vistas tanto nas
suas leis estruturais quanto – e sobretudo – na suas leis dinâmicas
ou de transformação.
Positivismo x Idealismo
Comte
1) a lei dos três estágios de desenvolvimento do pensamento
humano: as fases do pensamento teológico, metafísico e
positivo;
2) a lei da subordinação da imaginação à observação;
3) a lei enciclopédica (classificação das ciências)
Hegel
1) o estabelecimento dos fatos
2) sua explicação mediante leis (no sentido de “relações
constantes de sucessão e similitude existentes entre os
fenômenos observados)
Os fenômenos culturais e históricos são, no fundo, ou
fortuitos, ou produtos do desenvolvimento da ciência.
Marxismo
1) a realidade social é mutável, dinâmica, em todos os seus níveis e
aspectos;
2) as mudanças do social são regidas por leis cognoscíveis que, num
mesmo movimento de análise, permitem explicar tanto a gênese ou o
surgimento de um determinado sistema social quanto suas posteriores
transformações e por fim a transição a um novo sistema
qualitativamente distinto.
3) o anterior implica afirmar que as mudanças do social conduzem a
equilíbrios relativos ou instáveis, ou seja, a sistemas históricos-sociais
cujas formas e relações internas (a estrutura de cada sistema) se dão
segundo leis cognoscíveis.
O marxismo admite tanto a análise de tipo dinâmico quanto de tipo
estrutural, exigindo porém que ambos os enfoques sejam vinculados
num único movimento cognoscitivo.
Pensadores:
Ranke: historiador
positivista
Annales
1) a passagem da “História-narração” para a “História-problema”, implicando o uso de
hipóteses explícitas pelos historiadores;
2) a crença no caráter científico da História, mesmo tratando-se de uma ciência em
processo de constituição;
3) o contato e debate permanentes com as outras ciências sociais, incluindo a importação
de problemáticas, métodos e técnicas de tais ciências para uso dos historiadores;
4) a ampliação dos horizontes da ciência histórica, que tem a pretensão de abarcar numa
síntese estrutural global todos os aspectos da vida social: “civilização material”, poder e
mentalidades coletivas;
5) a insistência nos aspectos sociais, coletivos e repetitivos de preferência aos biográficos,
individuais e “episódicos”: daí a ênfase na História demográficas, econômica e social;
6) a utilização de todos os tipos de documentos disponíveis – vestígios arqueológicos,
tradição oral, restos de sistemas agrários ainda visíveis na paisagem contemporânea, etc - ,
acabando com a excessiva fixação só em fontes escritas;
7) a construção de temporalidades múltiplas em lugar de limitar-se o historiador ao tempo
simples e linear característico da historiografia tradicional.
8) o reconhecimento da ligação indissolúvel e necessária entre o presente e passado no
conhecimento histórico, contra qualquer concepção que negue as reponsabilidades sociais
do historiador.
Pontos em comum entre: Marxismo e Annales
1) o reconhecimento da necessidade de uma síntese global que explique ao
mesmo tempo as articulações entre os níveis que fazem da sociedade humana uma
totalidade estruturada, e as especificidades no desenvolvimento de cada nível;
2) a convicção de que a consciência que os homens de determinada época têm da
sociedade em que vivem não coincide com a realidade social de tal época;
3) o respeito pelas especificidades históricas de cada época e sociedade (por
exemplo, as leis econômicas só têm validade necessária para o sistema econômico
em função do qual forem descobertas);
4) alguns dos membros do grupo dos Annales, - mas certamente não todos –
coincidem em atribuir um grande importância explicativa à base econômica,
aproximando-se em certos casos à noção marxista da determinação em última
instância;
5) a aceitação da inexistência de fronteiras estritas entre as ciências sociais,
embora o marxismo seja muito mais radical quanto à sua unidade;
6) a vinculação da pesquisa histórica com as preocupações e responsabilidades
do presente.
Principal diferença: o marxismo tem uma teoria da mudança social e da luta de
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  • 2. O termo: História “História do Brasil” 1) os fatos e processos sociais ocorridos no corte espacial e institucional que chamamos “Brasil”, o qual foi variável em seu caráter e em suas dimensões segundo as épocas. 2) uma disciplina cujo objeto é o anterior e cujos especialistas são historiadores que se ocupam, portanto, de História do Brasil; 3) o conjunto das obras que resultam do trabalho de tais especialistas: assim, podemos falar na História Geral do Brasil Antes de Sua Separação e Independência de Portugal, escrita por Francisco Adolfo de Varnhagen.
  • 3. História-disciplina História da América História da África Negra História Antiga História Medieval História Moderna História Contemporânea História Agrária História Urbana História das Mentalidades História das Técnicas História Econômica História Demográfica História Política História e Cidade História e Gênero História do Corpo História e Imaginário e etc
  • 4. História como disciplina 1) houve aqueles que tratavam de definir a matéria da história como qualquer coisa passada: a História, neste caso, apareceria como disciplina que ocupa do passado; 2) outros trataram de precisar mais, esclarecendo que a História só se interessaria por acontecimentos “destacados”, “relevantes”, “com repercussão social” 3) outros ainda, enfim, a definiram como o estudo científico das sociedades humanas no tempo. A palavra “História” se reveste de um significado específico, irredutível aos demais.
  • 5. A evolução moderna da História como disciplina Antiguidade: Tucídides, Políbio ... Idade Média: Ibn Khaldun, monastérios e etc 1475-1575 auge do Humanismo, Século XVI, o desenvolvimento da preocupação de só aceitar fatos ou textos como autênticos depois de minuciosa verificação. Século XVII documentos medievais e preocupações renascentistas. Século XVIII “o caráter cíclico do desenvolvimento das sociedades humanas”
  • 6. Século XIX, o século da História Triunfo da história 1) o desenvolvimento vigoroso das técnicas filológicas, arqueológicas e outras a serviço da crítica externa e interna das fontes históricas (métodos de erudição crítica), acompanhado de abundante publicação de gigantescas coletâneas de documentos, principalmente no campo da História Antiga e Medieval; 2) o surgimento de grandes escolas históricas nacionais européias, com nomes como Ranke, Macaulay, Guizot, Thierry, Michelet e outros, que gozavam de grande prestígio acadêmico e universitário 3) finalmente, fora do mundo dos historiadores “oficiais”, Marx e Engels propuseram, com o “Materialismo Histórico”, a primeira teoria global coerente das sociedades humanas, vistas tanto nas suas leis estruturais quanto – e sobretudo – na suas leis dinâmicas ou de transformação.
  • 7. Positivismo x Idealismo Comte 1) a lei dos três estágios de desenvolvimento do pensamento humano: as fases do pensamento teológico, metafísico e positivo; 2) a lei da subordinação da imaginação à observação; 3) a lei enciclopédica (classificação das ciências) Hegel 1) o estabelecimento dos fatos 2) sua explicação mediante leis (no sentido de “relações constantes de sucessão e similitude existentes entre os fenômenos observados) Os fenômenos culturais e históricos são, no fundo, ou fortuitos, ou produtos do desenvolvimento da ciência.
  • 8.
  • 9. Marxismo 1) a realidade social é mutável, dinâmica, em todos os seus níveis e aspectos; 2) as mudanças do social são regidas por leis cognoscíveis que, num mesmo movimento de análise, permitem explicar tanto a gênese ou o surgimento de um determinado sistema social quanto suas posteriores transformações e por fim a transição a um novo sistema qualitativamente distinto. 3) o anterior implica afirmar que as mudanças do social conduzem a equilíbrios relativos ou instáveis, ou seja, a sistemas históricos-sociais cujas formas e relações internas (a estrutura de cada sistema) se dão segundo leis cognoscíveis. O marxismo admite tanto a análise de tipo dinâmico quanto de tipo estrutural, exigindo porém que ambos os enfoques sejam vinculados num único movimento cognoscitivo.
  • 11. Annales 1) a passagem da “História-narração” para a “História-problema”, implicando o uso de hipóteses explícitas pelos historiadores; 2) a crença no caráter científico da História, mesmo tratando-se de uma ciência em processo de constituição; 3) o contato e debate permanentes com as outras ciências sociais, incluindo a importação de problemáticas, métodos e técnicas de tais ciências para uso dos historiadores; 4) a ampliação dos horizontes da ciência histórica, que tem a pretensão de abarcar numa síntese estrutural global todos os aspectos da vida social: “civilização material”, poder e mentalidades coletivas; 5) a insistência nos aspectos sociais, coletivos e repetitivos de preferência aos biográficos, individuais e “episódicos”: daí a ênfase na História demográficas, econômica e social; 6) a utilização de todos os tipos de documentos disponíveis – vestígios arqueológicos, tradição oral, restos de sistemas agrários ainda visíveis na paisagem contemporânea, etc - , acabando com a excessiva fixação só em fontes escritas; 7) a construção de temporalidades múltiplas em lugar de limitar-se o historiador ao tempo simples e linear característico da historiografia tradicional. 8) o reconhecimento da ligação indissolúvel e necessária entre o presente e passado no conhecimento histórico, contra qualquer concepção que negue as reponsabilidades sociais do historiador.
  • 12. Pontos em comum entre: Marxismo e Annales 1) o reconhecimento da necessidade de uma síntese global que explique ao mesmo tempo as articulações entre os níveis que fazem da sociedade humana uma totalidade estruturada, e as especificidades no desenvolvimento de cada nível; 2) a convicção de que a consciência que os homens de determinada época têm da sociedade em que vivem não coincide com a realidade social de tal época; 3) o respeito pelas especificidades históricas de cada época e sociedade (por exemplo, as leis econômicas só têm validade necessária para o sistema econômico em função do qual forem descobertas); 4) alguns dos membros do grupo dos Annales, - mas certamente não todos – coincidem em atribuir um grande importância explicativa à base econômica, aproximando-se em certos casos à noção marxista da determinação em última instância; 5) a aceitação da inexistência de fronteiras estritas entre as ciências sociais, embora o marxismo seja muito mais radical quanto à sua unidade; 6) a vinculação da pesquisa histórica com as preocupações e responsabilidades do presente. Principal diferença: o marxismo tem uma teoria da mudança social e da luta de classes.