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Eixo2 suélem almeida_relato_resumo
1. PROJETO BRINCANDO NA ESCOLA: UMA EXPERIÊNCIA COM O PRÉESCOLAR
SUÉLEM MARIA PERES ALMEIDA1; FRANCINE ALMEIDA PORCIUNCULA
BARBOSA2; ROGÉRIO COSTA WÜRDIG3
1
2
Universidade Federal de Pelotas- su_jag@hotmail.com
Universidade Federal de Pelotas- francine.porciuncula@gmail.com
3
Universidade Federal de Pelotas- rocwurdig@hotmail.com
Palavras-chave: brincar, crianças, cultura lúdica
Este trabalho é decorrente da experiência desenvolvida no Projeto de Extensão
“Brincando na Escola” com crianças da Educação Infantil e dos anos iniciais em três
escolas públicas no município de Pelotas e do Capão do Leão no ano de 2013. Tendo
em vista que o brincar é um direito (ECA, 1990) e que, muitas vezes, no ambiente
escolar, o mesmo nem sempre é garantido às crianças, este projeto visa garantir que as
mesmas usufruam plenamente deste direito. O objetivo principal do projeto é
oportunizar aos acadêmicos o exercício de brincar com as crianças dos anos iniciais e da
educação infantil, favorecendo a preservação e ampliação da cultura lúdica infantil. O
projeto iniciou em agosto de 2013 com 18 acadêmicos da Universidade Federal de
Pelotas, sendo 17 acadêmicas do curso de Pedagogia (diurno e noturno) da Faculdade
de Educação e um acadêmico do curso de Educação Física da Escola Superior de
Educação Física. O trabalho foi desenvolvido em duas escolas da rede pública estadual
do município de Pelotas-RS e uma Escola Pública Municipal de Educação Infantil do
município de Capão do Leão-RS. A primeira escola da rede estadual de ensino
fundamental, localizada no bairro Fragata, contou com a participação de 75 crianças e
envolveu três turmas: uma de pré-escolar e duas de quarto ano. A segunda escola da
rede estadual localizada no centro Pelotas atendeu 71 crianças e envolveu quatro
turmas: duas de segundo ano, uma de terceiro ano e uma de quinto ano. Já a escola
municipal de Educação Infantil do Capão do Leão atendeu 15 crianças do Pré-escolar A.
Assim, 161 crianças fizeram parte do projeto “Brincando na escola”. Os encontros
brincantes com as crianças na escola eram realizados uma vez por semana. Na
2. FaE/UFPel os encontros entre os acadêmicos do projeto e a coordenação, também
semanais, possibilitavam estudos, debates, relatos reflexivos, planejamento e avaliação
das atividades desenvolvidas nas escolas, oficinas de brincadeiras, pesquisa sobre
atividades lúdicas em diversas fontes (livros, artigos, revistas, internet, registros orais,
memórias, vídeos...), organização e desenvolvimento de uma atividade denominada
“Brincando na rua” em duas, das três escolas parceiras do projeto. Através desta
experiência de atividades lúdicas com o pré- escolar na escola do bairro Fragata foi
possível perceber que, no início, a maioria das crianças tinha dificuldades para realizar
as brincadeiras propostas, pois não estavam habituadas a brincar em grupo, nem seguir
regras e respeitar as combinações. Conforme os encontros foram acontecendo e a
confiança e afeto sendo construídos, as dificuldades foram superadas. Esta experiência
contribuiu muito para nossa formação, pois aplicamos na prática toda teoria estudada
sobre o brincar, o lúdico, culturas infantis, tipos de jogos e brincadeiras,
compreendendo assim, a importância das brincadeiras na vida das crianças e quanto elas
têm a nos ensinar sobre seus modos de brincar e agir. Entendemos quanto é importante
oportunizar momentos de brincadeiras no ambiente escolar, já que a escola ocupa
grande parte do dia-a-dia das crianças. Apesar de o espaço físico ser um fator
importante para as brincadeiras com as crianças, ele é organizado, reorganizado,
modificado e adaptado, sendo necessário planejar as atividades de acordo com as
possibilidades de cada escola. Para as crianças envolvidas no projeto, especificamente
aquelas do pré-escolar da rede pública estadual, o ato de brincar e as relações entre seus
pares é muito mais importante do que o lugar destinado para isso. As crianças não
nascem sabendo brincar, isto é aprendido, e as brincadeiras vão sendo passadas de
várias maneiras, de geração para geração e a escola tem um papel muito importante para
a construção e ampliação da cultura lúdica e, assim, deve garantir o direito de brincar
das crianças.
REFERÊNCIAS
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<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm>
FARIA, Ana Lúcia Goulart de; DEMARTINI, Zeila de Brito Fabri; PRADO, Patrícia
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Campinas: Autores Associados, 2002.
GARCIA, Rosi Marie; MARQUES, Lílian. Brincadeiras Cantadas. Porto Alegre:
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SESC/SP. As crianças e o espaço lúdico. São Paulo: SESC/SP, 1994.
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WÜRDIG, Rogério. O lugar do brincar na infância. In: PERES, Lúcia Maria Vaz (org.).
Imaginário: o “entre-saberes” do arcaico e do cotidiano. Editora e Gráfica
Universitária/UFPel, 2004.