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OBJETIVO: Desenvolver atividades que
visam oferecer subsídios para planejar e
desenvolver práticas pedagógicas
inovadoras, com o uso das TIC, em sala de
aula.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
(1). Conhecer atividades que abordam questões
exploratórias.
(2). Refletir sobre as atividades diárias realizadas
em sala de aula.
(3). Reelaborar atividades estimulando as
questões exploratórias.
Exemplo de questões exploratórias
DESCRIÇÃO:
– Alunos do 4º ano iniciam o estudo sobre o
CALOR.
Questões Exploratórias

A professora destas crianças, ao invés de iniciar sua
aula definindo o que é calor, como usualmente fazia,
decidiu perguntar a elas o que achavam ser o calor.

Os alunos trouxeram várias ideias: (o calor vem do
sol; vem dos nossos corpos; vem dos blusões de lã)
e todos concordavam.

Um aluno lembrou que gorros e mantas também são
muito quentes e assim começaram a aparecer as
concepções ingênuas que as crianças tinham, naquele
momento.
Concepções Ingênuas

Estas concepções foram construídas ao longo de 9
ou 10 invernos, durante os quais essas crianças,
provavelmente, ouviram os adultos, inúmeras vezes,
pedindo que vestissem "roupas quentes".

Assim, cada blusão de lã ou cachecol, usados para
manterem-se aquecidas, auxiliou estas crianças a
pensarem de determinado modo sobre o que é o
calor e quando chegaram à escola já tinham algumas
ideias intuitivamente construídas sobre isso.

Essas ideias são consideradas concepções ingênuas
porque entram em choque com o conceito de calor,
cientificamente elaborado

Ao invés de contradizer essas ideias, a professora
propôs que as crianças pensassem sobre como
poderiam testá-las, para colocá-las à prova.
Testando as hipóteses

No primeiro dia, as crianças colocaram termômetros
dentro de blusões de lã, gorros e mantas, mas, mesmo
depois de 15 minutos embrulhados nestas peças, os
termômetros não acusaram mudanças.

Um dos alunos sugeriu, então, que isso poderia estar
acontecendo em função do curto tempo de permanência
deles dentro das peças e completou: "- Quando o
médico mede nossa temperatura precisamos deixar o
termômetro na boca por bastante tempo."

Os colegas, que também já haviam passado por esta
situação (experiência pessoal), concordaram
imediatamente e tiveram a ideia de deixar os termômetros
bem enrolados dentro destas roupas durante toda a noite.

Previram temperaturas altíssimas.
Novos testes

Na manhã seguinte, as crianças ficaram confusas ao
examinarem os termômetros e constatarem que suas
previsões não se cumpriram, que estavam erradas.

A professora, por sua vez, pensou que agora elas
mudariam sua forma de pensar e ela poderia, finalmente,
iniciar suas aulas sobre calor.

As crianças, no entanto, não desistiram de suas ideias e
logo encontraram outras explicações para a falha nas suas
previsões: (talvez não tenham fechado as roupas
adequadamente em volta dos termômetros; talvez um
vento frio tenha entrado na sala de aula durante a noite e
de algum modo também entrou nas roupas; os
termômetros poderiam estar estragados...)
Certezas Provisórias

No terceiro dia as crianças apressaram-se para
ver o resultado de suas experiências, mas, uma
vez mais, ao desempacotarem as peças
constataram que os termômetros marcavam
uniformemente a mesma temperatura.

A professora solicitou às crianças que
escrevessem em seus diários o que achavam
dos resultados e como poderiam explicá-los.

Após alguns momentos de discussão, a
professora percebeu que seus alunos estavam
desequilibrados: suas teorias não davam
conta de explicar os fatos e eles não tinham
nenhuma nova teoria para substituir a antiga.
Refletindo sobre suas hipotéses.

A professora, vendo crianças confusas, decidiu-se por
oferecer-lhes a possibilidade de escolherem uma
entre duas ideias possíveis:
− Escolha A : o calor pode vir de quase qualquer
coisa, incluindo blusões de lã, mantas e chapéus.
No entanto, quando queremos medir seu calor
somos, às vezes, enganados porque medimos o
ar frio que está dentro deles.
− Escolha B : o calor, em grande parte, vem do sol
e de nossos corpos e fica preso dentro da roupa
de inverno. A roupa mantém o calor do nosso
corpo dentro dela e mantém o ar frio fora.

Os alunos anotaram suas escolhas em seus diários e
depois a professora lhes perguntou como poderiam testar
esta nova teoria.
Novas possibilidades de respostas.

Uma das alunas, convencida pela experiência
de que "roupa quente" não é realmente
quente e que o calor que parece vir dela vem
do corpo, sugeriu colocarem os termômetros
em gorros, enquanto os usavam. Neste
experimento o termômetro registrou valores
mais altos, indicando que a aluna estava no
caminho certo.

Como podemos constatar, só depois de
esgotadas todas as possibilidades, as
crianças começaram a duvidar de suas ideias
e se mostraram abertas para começarem a
pensar na possibilidade de que roupas de lã
não são fonte de calor, como pensavam ser,
até então.
DESAFIOS

Ainda falando em
calor, neste, vídeo
vocês identificam
aspectos que
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contrárias as da
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REFERÊNCIAS
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Exemplo de questões

  • 1. OBJETIVO: Desenvolver atividades que visam oferecer subsídios para planejar e desenvolver práticas pedagógicas inovadoras, com o uso das TIC, em sala de aula.
  • 2. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (1). Conhecer atividades que abordam questões exploratórias. (2). Refletir sobre as atividades diárias realizadas em sala de aula. (3). Reelaborar atividades estimulando as questões exploratórias.
  • 3. Exemplo de questões exploratórias DESCRIÇÃO: – Alunos do 4º ano iniciam o estudo sobre o CALOR.
  • 4. Questões Exploratórias  A professora destas crianças, ao invés de iniciar sua aula definindo o que é calor, como usualmente fazia, decidiu perguntar a elas o que achavam ser o calor.  Os alunos trouxeram várias ideias: (o calor vem do sol; vem dos nossos corpos; vem dos blusões de lã) e todos concordavam.  Um aluno lembrou que gorros e mantas também são muito quentes e assim começaram a aparecer as concepções ingênuas que as crianças tinham, naquele momento.
  • 5. Concepções Ingênuas  Estas concepções foram construídas ao longo de 9 ou 10 invernos, durante os quais essas crianças, provavelmente, ouviram os adultos, inúmeras vezes, pedindo que vestissem "roupas quentes".  Assim, cada blusão de lã ou cachecol, usados para manterem-se aquecidas, auxiliou estas crianças a pensarem de determinado modo sobre o que é o calor e quando chegaram à escola já tinham algumas ideias intuitivamente construídas sobre isso.  Essas ideias são consideradas concepções ingênuas porque entram em choque com o conceito de calor, cientificamente elaborado  Ao invés de contradizer essas ideias, a professora propôs que as crianças pensassem sobre como poderiam testá-las, para colocá-las à prova.
  • 6. Testando as hipóteses  No primeiro dia, as crianças colocaram termômetros dentro de blusões de lã, gorros e mantas, mas, mesmo depois de 15 minutos embrulhados nestas peças, os termômetros não acusaram mudanças.  Um dos alunos sugeriu, então, que isso poderia estar acontecendo em função do curto tempo de permanência deles dentro das peças e completou: "- Quando o médico mede nossa temperatura precisamos deixar o termômetro na boca por bastante tempo."  Os colegas, que também já haviam passado por esta situação (experiência pessoal), concordaram imediatamente e tiveram a ideia de deixar os termômetros bem enrolados dentro destas roupas durante toda a noite.  Previram temperaturas altíssimas.
  • 7. Novos testes  Na manhã seguinte, as crianças ficaram confusas ao examinarem os termômetros e constatarem que suas previsões não se cumpriram, que estavam erradas.  A professora, por sua vez, pensou que agora elas mudariam sua forma de pensar e ela poderia, finalmente, iniciar suas aulas sobre calor.  As crianças, no entanto, não desistiram de suas ideias e logo encontraram outras explicações para a falha nas suas previsões: (talvez não tenham fechado as roupas adequadamente em volta dos termômetros; talvez um vento frio tenha entrado na sala de aula durante a noite e de algum modo também entrou nas roupas; os termômetros poderiam estar estragados...)
  • 8. Certezas Provisórias  No terceiro dia as crianças apressaram-se para ver o resultado de suas experiências, mas, uma vez mais, ao desempacotarem as peças constataram que os termômetros marcavam uniformemente a mesma temperatura.  A professora solicitou às crianças que escrevessem em seus diários o que achavam dos resultados e como poderiam explicá-los.  Após alguns momentos de discussão, a professora percebeu que seus alunos estavam desequilibrados: suas teorias não davam conta de explicar os fatos e eles não tinham nenhuma nova teoria para substituir a antiga.
  • 9. Refletindo sobre suas hipotéses.  A professora, vendo crianças confusas, decidiu-se por oferecer-lhes a possibilidade de escolherem uma entre duas ideias possíveis: − Escolha A : o calor pode vir de quase qualquer coisa, incluindo blusões de lã, mantas e chapéus. No entanto, quando queremos medir seu calor somos, às vezes, enganados porque medimos o ar frio que está dentro deles. − Escolha B : o calor, em grande parte, vem do sol e de nossos corpos e fica preso dentro da roupa de inverno. A roupa mantém o calor do nosso corpo dentro dela e mantém o ar frio fora.  Os alunos anotaram suas escolhas em seus diários e depois a professora lhes perguntou como poderiam testar esta nova teoria.
  • 10. Novas possibilidades de respostas.  Uma das alunas, convencida pela experiência de que "roupa quente" não é realmente quente e que o calor que parece vir dela vem do corpo, sugeriu colocarem os termômetros em gorros, enquanto os usavam. Neste experimento o termômetro registrou valores mais altos, indicando que a aluna estava no caminho certo.  Como podemos constatar, só depois de esgotadas todas as possibilidades, as crianças começaram a duvidar de suas ideias e se mostraram abertas para começarem a pensar na possibilidade de que roupas de lã não são fonte de calor, como pensavam ser, até então.
  • 11. DESAFIOS  Ainda falando em calor, neste, vídeo vocês identificam aspectos que induzem compreensões contrárias as da ciências?
  • 12. REFERÊNCIAS Imagens retiradas do Google Image Texto do curso de Formação de Professores do Projeto UCA