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Ø Tricomoníase
Ø  Giardíase
Ø  Amebíase
Protozooses Cavitárias
Ø Agente etiológico
Ø Epidemiologia
Ø Transmissão
Ø Ciclo de vida
Ø Diferentes formas do parasita
Ø Patogenia
Ø Diagnóstico
Ø Tratamento
Ø Controle
ü Enfoque desta aula:
Tricomoníase
Agente etiológico
ü  Taxonomia
• Reino : Protista
• Sub-reino: Protozoa
• Filo: Sarcomastigophora
• Sub-filos: Mastigophora
• Classe: Trichomonadae (Zoomastigophorea)
• Família: Trichomonadidae
• Gênero: Trichomonas
ü Tricomoníase é uma doença causada por pelo protozoário
Trichomonas vaginalis.
Estimativa de incidência global de doenças
sexualmente transmissíveis em 2005 e 2008
(milhões de casos).
STI estimates, WHO, 2008.
Epidemiologia
Ø  É uma doença sexualmente transmitida e de distribuição
mundial;
Ø  Doença não-viral mais prevalente;
Ø  Atinge principalmente mulheres (idades 16-35 anos) e
homens sexualmente ativos;
Ø  4,3 milhões de casos por ano no Brasil (SVS, 2006).
Epidemiologia
Região Incidência Prevalência
África 59,7 42,8
Américas 85,4 57,8
Sudeste Asiático 42,9 28,7
Europa 22,6 14,3
Mediterrâneo Oriental 20,2 13,2
Pacífico Ocidental 45,7 30,1
Incidência e Prevalência (em milhões de casos)
de Tricomoníase.
(2008)
STI estimates, WHO, 2008.
Ø  Fatores de risco: status socioeconômico
Ø  Sobrevive em água tratada e em piscinas
Ø  Cerca de 25 a 50% das mulheres positivas são
assintomáticas
Ø  Não é uma zoonose
Ø  Amplificação da transmissão do HIV
Epidemiologia
1.  Relação sexual (+ frequente)
2.  Durante o parto
3.  Outras formas de transmissão
ü  roupa íntima ou de cama
ü  instalações sanitárias
Mecanismos de Transmissão
Relação
sexual
Ciclo de Vida
Ø  Trofozoítos
Ø  Reproduz-se por
divisão binária
longitudinal
Ø  Não forma
cistos
Pseudocisto:
forma intraflagelar
Forma normal-flagelos
externalizados
Trofozoítos
Flagelos anteriores
axóstilo
Membrana ondulante
hidrogenossomos
núcleo
Corpo parabasal e ap.Golgi
costa
Filamento parabasal
Flagelo posterior
ü  Habita o trato genito-urinário masculino e feminino;
ü  Seu formato pode variar entre ovóides, arredondados ou elipsóides;
ü  Possui 4 flagelos anteriores desiguais, uma membrana ondulante e
emitem pseudópodes para captar alimentos;
ü  Medem em média 9,7µm de comprimento por 7 µm de largura;
A: T. vaginalis vista em meio de cultura. O axóstilo, a membrana ondulante
e os flagelos são bastante visíveis
B: T. vaginalis na superfície de uma célula epitelial vaginal
C: Morfologia amebóide da T. vaginalis aderida a uma célula de cultura.
Clin. Microbiol. Rev. 11:300
Morfologia
ü  É anaeróbio facultativo utilizando
glicose, maltose e galactose como
fontes de energia;
ü  Precisa que o hospedeiro sintetize
moléculas essenciais (nucleotídeos,
ácidos graxos, aminoácidos);
ü  Cresce bem na ausência de O2 e em
pH entre 5 e 7,5;
ü  Não possui mitocôndrias;
ü  Contém hidrogenossomos (envolvidos
no metabolismo de carboidratos).
Hidrogenases transformam piruvato
em acetato e liberam ATP e H2.
•  0.5-2 µm de tamanho com
membrana dupla
•  não contém material genético
Metabolismo no Hidrogenossomo
Piruvato
Ferrodoxina
Oxidoredutase
Hidrogenase
Acetato:succinato
CoA
Succinato
tioquinase
Mecanismos moleculares:
ü  Infecta o epitélio do trato genital
ü A capacidade de adesão tem papel muito importante na patogênese
ü Adesão dá-se através de proteínas: adesinas (tratamento com tripsina abole
adesão)
ü  Cisteíno-proteases extracelulares que digerem mucinas e imunoglobulinas
locais
ü  A adesão é dependente de temperatura, pH e tempo
Patogênese
Apoptose > Necrose secundária
Draft genome sequence of the
sexually transmitted pathogen
Trichomonas vaginalis
Science 2007, 315:207
Organização estrutural de possíveis
moléculas de superfície de T. vaginalis
envolvidas na aderência e
citotoxicidade às células hospedeiras.
Relação parasita-hospedeiro
Ø Resposta imune protetora- IgA secretora
Ø Reinfecções - ausência de imunidade adquirida
- grande variabilidade de isolados
Ø Na mulher
ü Assintomática: 25 a 50% dos casos
ü  Vaginite aguda:
• Corrimento vaginal fluido, bolhoso e abundante
de cor amarelo-esverdeada e de odor fétido
• Prurido ou irritação vulvovaginal
• Dor durante as relações sexuais
• Dor ao urinar (disúria)
• Dor pélvica
ü Vaginite crônica: sintomas leves
ü Aumenta a transmissão do HIV
Manifestações Clínicas
Ø No homem:
ü  Assintomática (a maioria)
ü  Uretrite aguda: corrimento abundante
ü  Sintomatologia leve: escasso corrimento, disúria, prurido
ü Complicações (raras): epididimite, infertilidade e
prostatite
ü Aumenta a transmissão do HIV
Manifestações Clínicas
1.  Inflamação local produzida
pela doença
2.  Rompimento dos tecidos
produzido pela doença
3.  Alta prevalência desta
d o e n ç a e m i n d i v í d u o s
infectados pelo HIV
4. Susceptibilidade à doença
pode ser resultado da
imunossupressão associada
ao HIV
Aumento da transmissão do HIV associado à
tricomoníase pode ser o resultado de:
Homens seropositivos para HIV
com uretrite sintomática e
Trichomonas tiveram 6X mais RNA
viral no sêmen do que homens HIV
positivos não infectados com
Trichomonas.
Ø Coleta da amostra
ü  Homem
• Materiais: secreção uretral, urina primeiro jato, esperma,
secreção prostática e material sub-prepucial
ü  Mulher
•  Material: secreção vaginal
Ø  Exame
• Exame microscópico de preparações a fresco ou coradas
• Imunofluorescência direta (sensível + cara)
• Cultura do parasito (resultados em 3 a 7 dias)
Diagnóstico
Tratamento
Ø  Instituído sob supervisão médica e deve incluir todos os
parceiros sexuais
Ø Derivados nitroimidazólicos:
ü  Metronidazol
•  contra-indicado para grávidas (1º trimestre)
•  linhagens de parasitas resistentes na Europa
ü  Tinidazol
ü  Ornidazol
ü  Nimorazol
Tratamento
Na presença do metronidazol, elétrons gerados pela PFO (piruvato
ferrodoxina oxidoredutase) são transportados pela ferrodoxina [2Fe–2S]
para a droga e não para o seu aceptor natural que é a hidrogenase (HY).
Metronidazol é reduzido e ocorre a formação de um nitro ânion que é um
radical livre. O radicais livres citotóxicos (R–NO2
-) são formados como
produtos intermediários da redução da droga.
Int. J. Parasitol. 1999, 29: 199
Mecanismo de Ação do Metronidazol
Inibe a síntese
de DNA
Giardíase
Agente etiológico
ü  Taxonomia
• Reino : Protista
• Sub-reino: Protozoa
• Filo: Sarcomastigophora
• Sub-filos: Mastigophora
• Classe: Zoomastigophorea
• Família: Hexamitidae
• Gênero: Giardia
ü Giardíase é uma doença causada por pelo protozoário
Giardia lamblia ou G. duodenalis ou G. intestinalis.
Espécie Hospedeiro Características Comprimento
(uM)
Largura
(uM)
G. lamblia Vários
mamíferos-
Homem
Trofozoítos em forma de
pêra
12-15 6-8
G. muris Roedores Trofozoítos arredondados 3-12 5-7
G. microti Ratos
Silvestres
Cistos contém 2
trofozoítos diferenciados
G. psittaci Aves Trofozoítos em forma de
pêra
~14 ~6
G. ardeae Aves Trofozoítos arredondados ~10 ~6,5
G. agilis Anfíbios Trofozoítos longos e
estreitos
20-29 4-5
Diferentes espécies de Giardia
Epidemiologia
Ø  Distribuição mundial (cosmopolita)
Ø OMS: 500 mil novos casos/ano
Ø Atinge principalmente crianças de 8 meses à 10-12 anos
(creches)
Ø  Surtos epidêmicos veiculados por água
Ø  Prevalência
ü  5 a 43% em países em desenvolvimento
ü  3 a 7% em países desenvolvidos
Mecanismos de Transmissão
Ø  Cistos são responsáveis pela transmissão
(sobrevivem na água)
Ø Água e alimentos contaminados
Ø Transmissão direta pelas mãos (fecal-oral)
Ø  Período de incubação
ü 1-4 semanas com média de 7-10 dias
Ciclo de Vida
Ciclo de Vida
Ø  Eucarioto dos mais primitivos (Fóssil vivo)
Ø  Características de:
ü  Eucarioto – membrana nuclear, citoesqueleto
ü  Procarioto - ausência de nucléolo e de mitocôndria. Possui
uma organela parecida com uma mitocôndria chamada
mitossoma.
Ø  Metabolismo – anaeróbio
Ø  Utiliza glicose e armazena glicogênio
Características Especiais
Formas de vida - Trofozoíto	
  
Ø Piriforme (12-15 µm de
comprimento)
Ø  simetria bilateral
Ø achatamento dorsoventral
Ø superfície ventral - disco
adesivo
Ø 2 núcleos
ü = quantidade de DNA
ü ambos ativos
transcripcionalmente
ü ambos dividem ao mesmo
tempo
Ø  4 pares de flagelos
Ø Reproduz-se por fissão
binária
Núcleo
Crista
Latera
l
Flagelo
anterolatera
l
Flagelo
posterolateral
Flagel
o
ventra
l
Flagelo
caudal
Corpos
medianos
Disco
ventral
Corpos basais
Ø  habitat: duodeno e parte do
jejuno
ü  mergulhados nas criptas
ü  aderidos mucosa - disco suctorial
Ø  metabolismo: anaeróbio (não tem
mitocôndria)
Ø  aerotolerante
Ø  nutrição: membrana e pinocitose
Ø Deslocamento rápido por
batimento dos flagelos
Ø  Reprodução: divisão binária
longitudinal
ü cultivável
Formas de vida - Trofozoíto	
  
Ø  ovóides com parede cística (quitina)
Ø  4 núcleos (duplas estruturas
internas)
Ø  eliminados com as fezes formadas
Ø  formas de resistência
água: 2 meses
Formas de vida - Cisto	
  
CISTO
núcleo
axonema
Sintomatologia	
  
Ø Variável
ü  Assintomática
ü  Sintomática (agudo-crônico)
•  Aguda, intermitente e autolimitante
•  Dores abdominais (cólicas)
•  Diarréia (líquida) - muco + gordura - ausência de
hemáceas
•  Má absorção intestinal
Incubação: 12-20 dias
Mecanismo de patogenicidade
Ø  processo “principalmente”
mecânico
Ø  parasitas em grande
quantidade aderem e
recobrem a parede do duodeno
- “tapete”
Ø  “impression prints” - marcas
deixadas quando o parasita
descola, arrancando as
microvilosidades
Adesão dos trofozoítos às células epiteliais do
intestino delgado
Mecanismos de Adesão Via
Disco Ventral	
  
Ø Ação hidrodinâmica: propulsão dos flagelos e a
força de sucção do disco ventral - processo físico
de adesão;
Ø Receptores: lectinas ligantes de manose
(superfície do parasito);
Ø Contração das proteínas do disco ventral.	
  
Mecanismos de patogenicidade
Ø  Evidências da presença de uma toxina (CRP136)
Ø  Não ocorre invasão da mucosa
Ø  O revestimento da parede do duodeno dificulta
a absorção intestinal (?) - diarréia
Ø  Grande número de trofozoítas é eliminado.
Mecanismos de Escape	
  
Relação Parasita-Hospedeiro
Ø Variação antigênica
ü VSPs - antígenos de superfície
Ø Evasão do sistema imune
Ø Sobrevivência em diferentes
condições intestinais
Ø  Resposta do hospedeiro
ü Aguda – neutrófilos e eosinófilos
ü Crônica: inflamação – atrofia das microvilosidades
ü  Participação de IgM, IgA e IgG específicos
ü HIV: não induz aumento ou gravidade de casos
ü  Nas fezes formadas – pesquisa de cistos com salina ou
lugol pelo método de Faust;
ü  No fluido duodenal – pesquisa de trofozoítos em
biópsia jejunal ou “Entero-test” (para casos de diarréia
crônica).
ü  Nas fezes diarréicas – pesquisa de trofozoítos ou
cistos– (imediatamente após a coleta ou colocar em soluções
conservantes pois os trofozoítos têm viabilidade curta);
Ø  Parasitológico
Diagnóstico
ü  No soro – pesquisa de anticorpos por ELISA ou IFI
– pouco sensível e específico;
ü  Nas fezes – pesquisa de antígenos por ELISA –
sensibilidade em torno de 85% a 95% e especificidade
de 90 a 100%.
ü  Amostras de água – pesquisa de DNA parasitário
por PCR.
Ø  Imunológico
Ø  Molecular
Diagnóstico
Cisto corado com lugol Cisto à fresco
Trofozoítos corados
com Giemsa
Diagnóstico
Profilaxia
Ø  Saneamento básico (água)
Ø  Higiene - creches, asilos
Ø  Cuidados com alimentos
Ø  Tratamento dos doentes
Ø  Tratamento dos portadores assintomáticos - muito
importante
Ø  Animais domésticos (cães e gatos) são reservatórios
Tratamento	
  
Ø Resistência
Ø Vacina para giardíase canina
Fonte: SVS, 2006
5-Nitroimidazóis	
  
Meia vida
~17-29 hs
~12-13 hs
~ 7 hs
Amebíase
Agente etiológico
ü  Taxonomia
• Reino : Protista
• Sub-reino: Protozoa
• Filo: Sarcomastigophora
• Sub-filos: Mastigophora
• Classe: Lobosea
• Família: Endamoebidae
• Gênero: Entamoeba
ü Amebíase é uma doença causada pelo protozoário
Entamoeba histolytica
Amebas
Ø Parasitas
Ø Vida livre
Ø Comensais
Ø Vida livre,
eventualmente
parasitas
Protozoários com inúmeros habitats:
Entamoeba histolytica
Acanthamoeba, Naegleria
Entamoeba coli, E. dispar,
E. hartmanni, E. gengivalis,
Endolimax nana,
Iodamoeba bütschlii
Vários gêneros e espécies
Complexo: E. histolytica /E. dispar
Ø  Aproximadamente durante um século E. histolytica foi
considerada como única espécie. Descobriu-se no entanto
outra espécie (E. dispar) que é morfologicamente idêntica
porém não patogênica.
Ø  Diferenças entre E. histolytica e E. dispar:
ü  Evidências bioquímicas: diferenças no perfil isoenzimático
(zimodemas);
ü  Padrão de crescimento em culturas axênicas (E. histolytica
cresce melhor);
ü  Capacidade de adesão a células alvo (mediada por lectinas): há
diferenças antigênicas (detectadas por anticorpos
monoclonais) e funcionais entre as lectinas de adesão;
ü  Diferenças na composição de glicoconjugados de membrana:
lipofososglicano (LPG) abundante em E. histolytica;
ü  Diferenças genéticas demonstráveis por métodos moleculares;
ü  Diferenças nas formas clínicas da doença.
Ø  Entamoeba histolytica (Schaudinn, 1903)
ü  Apresenta diversos graus de virulência, invasiva (podem
estar relacionados com diferentes cepas);
ü  Apresenta diversas formas clínicas;
ü  1 caso de doença/4 casos assintomáticos
Ø  Entamoeba dispar (Brumpt, 1925)
ü  Pode causar erosões na mucosa intestinal;
ü  Maior parte dos casos assintomáticos e colite não
disentérica.
Diferenças nas formas clínicas da doença.
Epidemiologia
Ø  Cosmopolita- varia de acordo com a região de 5 a 50%
pessoas infectadas
Região Infecção Doença Mortes
África 85 milhões 10 milhões 10-30 mil
Ásia 300
milhões
20-30
milhões
25-50 mil
Europa 20 milhões 100 mil Mínima
Américas 95 milhões 10 milhões 10-30 mil
Totais 650
milhões
40-50
milhões
40-110 mil
Ø  Ingestão de cistos
ü  Direta: fecal-oral
ü  Indireta: água ou alimentos contaminados
Ø  Cistos são viáveis por até ~ 30 dias no meio externo
•  passam pelo estômago (quitina)
•  resistem ao pH ácido
•  enzimas digestivas, pH alcalino
•  desencistamento – intestino delgado
•  ciclo: luz intestino grosso
Ø  Trofozoítas - destruídos no estômago
Mecanismos de transmissão
Ciclo de vida
Ø Formas do Parasita
ü  Cisto
ü  Metacisto
ü  Trofozoíto
ü  Pré-cisto
Eucariotos primitivos, não tem:
Ø  Mitocôndria, REG ou Aparelho de Golgi
Ø Possuem uma organela chamada mitossoma ou
cripton (exerce função de mitocôndria)
Trofozoíto
Ø  1 núcleo
Ø  citoplasma: ecto e endoplasma
Ø  ingestão pinocitose/fagocitose:
bactérias/hemáceas (forma invasiva)
Ø  multiplicação: divisão binária simples
Ø 1-4 núcleos
Ø esféricos/ovais
Ø forma de resistência
Ø eliminado nas fezes
CistoFormas de Vida
Ø  Trofozoíto: forma ativa, que se alimenta (via pinocitose,
fagocitose) e se reproduz rapidamente
Ø  Metabolismo
ü  principalmente anaeróbico
ü  aeróbico facultativo - microaerófila
ü  principal fonte energética – glicose (estoque –
vacúolos de glicogênio), metabolizada principalmente
em etanol, acetato e CO2
Trofozoíto
Ø  pleomórfico, com grande variabilidade tamanho
Ø  motilidade – pseudópodes
Ø  Cisto: forma de resistência eliminada com as fezes
Ø  Membrana plasmática + parede cística (quitina)
Ø  1-4 núcleos (N) (divisão endomitose)
Ø  Vacúolos de glicogênio (V)
Ø  Corpos cromatóides (CC) – agregados de ribossomos
N
N
V
CC
Cisto jovem Cisto maduro
Habitat trofozoíto
- luz intestino grosso
estômago
Encistamento
Luz intestino grosso
Ø  Desencistamento
intestino delgado - eclosão
ü  37 º C – ambiente anaeróbio
ü  1 Cisto 4 núcleos- divisões sucessivas
ü  8 amebas pequenas (fase metacística)
ü  Se alimentam e crescem (fase
trofozoítica)
Formas clínicas e Sintomatologia
Ø  Forma assintomática
Ø  Forma intestinal (não invasiva)
ü  dores abdominais (cólicas)
ü  diarréias - ~6 episódios/dia (pode ficar crônica)
Ø  Forma intestinal invasiva
ü  colite amebiana aguda, disenteria grave (fezes líquidas)
ü  úlceras intestinais, abscessos
Ø  Forma extra-intestinal
ü  fígado (+ comum): dor, febre, hepatomegalia – mais comum
em homens
ü  pulmão (+ raro)
ü  cérebro (+ raro)
ü  pele (região perianal e órgãos genitais)
Amebíase
Patogenicidade
Ø Mecanismos de invasão
A.  Adesão
B.  Destruição tecidual
C.  Dispersão amebóide
extra-intestinal
Mecanismo de invasão
1.  Adesão - via lectina ligadora de Gal/GalNAc às células do
epitélio intestinal
2. Processo de destruição tecidual (origem do nome -
histolytica) - ação de enzimas (hialuronidase/proteases/
mucopolissacaridases) - formação de úlcera típica
3. Dispersão – o trofozoíta cai na circulação e atinge o fígado
via sistema porta
4. Formação de abscessos, necrose e até obstrução do
sistema porta - pode levar o paciente a óbito.
Fatores líticos
1. mecanismos dependentes de
contato
ü  liberação de um proteína
formadora de poros- “amebapore”
- atividade citolítica
2. mecanismos independentes de
contato
ü  liberação de colagenase e
cisteíno-proteases - degradação
matriz extra-celular
Forma intestinal
Forma intestinal invasiva
Ø Amebíase intestinal
ü  diarréias
ü  colites
ü  úlceras
ü  perfurações
ü  peritonite
ü  apendicite
ü  amebomas
Ø Forma aguda fulminante
Adesão
Ulceração
perfuração
Abscesso
fígado
Patologia
Amebíase
Mecanismos de defesa do hospedeiro
1.  Camada Mucosa - mucinas: gel aderente, previne
adesão às células epiteliais e facilita a eliminação
do parasita
2.  Glicosidases produzidas pelas bactérias da flora
intestinal e proteases do lúmen degradam a
lectina da E. hystolyica
3. Resposta Imune
Relação Parasita-Hospedeiro
Trends in Parasitology 2007, 23 (3)
Diagnóstico	
  
Ø  Clínico – diarréia/síndrome do cólon irritável
Ø  Parasitológico de fezes
ü  Pesquisa de cistos em fezes sólidas (diferenciar
amebas não patogênicas)
ü  Trofozoítas em fezes líquidas
ü  Cultura de fezes
Ø Diagnóstico imunológico
ü  ELISA para detecção de antígeno nas fezes
ü  ELISA para detecção Acs IgG soro - amebíase invasiva
Ø Diagnóstico Molecular
ü  PCR (distingue espécies)
Ø  Problemas
ü  Diagnóstico diferencial amebas não patogênicas
• E. histolytica x E. coli
• E. histolytica x E. dispar
Diagnóstico	
  
Morfologia - trofozoítas
Entamoeba histolytica
Entamoeba coli
E. histolytica X E. coli
Diagnóstico diferencial
Morfologia (cistos)
Entamoeba histolytica
Entamoeba coli
E. histolytica X E. coli
Diagnóstico diferencial
E. histolytica: espécie patogênica com potencial
invasivo
virulência dependente
- cepa
- resposta do hospedeiro
E. dispar: espécie não patogênica que raramente
causa erosão de mucosa
10X mais frequente
portadores assintomáticos
E. histolytica X E. dispar
Tratamento
Formas intestinais
Medicamento Adulto Criança
SECNIDAZOL 2g, VO, dose
única
30mg/kg/dia,
VO
METRONIDAZOL 500mg, VO, 3x/
dia, 5 dias
35mg/kg/dia,
VO, 5 dias
TINIDAZOL 2g, VO
2 dias
TECLOZAM
(somente formas leves
ou assintomáticas)
1,5g, VO, dose
única
15mg/kg/dia,
VO, 5 dias
Tratamento
Formas graves
Medicamento Adulto Criança
METRONIDAZOL 750mg, VO, 3x/
dia, 10 dias
50mg/kg/dia,
VO, 10 dias
TINIDAZOL 50mg/kg/dia,
VO, 2-3 dias
50mg/kg/dia,
História natural da amebíase
Profilaxia e Controle
Vacinas (experimentais)
Alvos
ü  trofozoítas (via oral)
ü  cistos (impedir encistamento – bloqueio transmissão)
Portadores assintomáticos!
1.  Saneamento básico
2.  Educação sanitária
3.  Tratamento de água
4.  Controle de alimentos (lavar frutas e verduras)
5.  Tratamento das fontes de infecção
6. Cuidados com higiene pessoal (lavar as mãos)
The genome of the protist parasite
Entamoeba histolytica.
Nature 2005, 433:865
Predicted metabolism of E. histolytica based on analysis of
the genome sequence data.
Família Vahlkamphidae
Gênero Naegleria
Amebíase como doença oportunista
Família Hartmannellidae
Gênero Acanthamoeba
Amebas encontradas no solo e na água, bacteriófagas.
Parasitas facultativos em vertebrados.
Família Leptomyxiidae
Gênero Balamuthia
Meningoencefalite
amebiana primária
Úlcera de
córnea
Ceratite
Encefalite amebiana
granulomatosa
Infecção cutânea crônica
imunodeprimidos
Trofozoítos fagocitam e digerem microorganismos
Amebas de vida livre
Mecanismos de transmissão
AcanthamoebaNaegleria fowleri
Encontradas em todo o mundo no solo, água (rios, lagos,
piscinas, água encanada).
Cistos estáveis por 8 meses a temperatura ambiente.
Naegleria fowleri – contato com água, contaminação via
epitélio neurolfatório - indivíduos sadios
Acanthamoeba – contato com água, uso de lentes de contato.
Contaminação local, via epitélio olfatório, via hematogênica.
Fatores determinantes para infecção:
Temperatura, dose infectante, capacidade de persistir nas mucosas,
imunidade de mucosa, imunodeficiência
Acanthamoeba	
  
A. culbertsoni
A. polyphaga
A. hatchetti
A. castellanii
Acanthamoeba spp.
trofozoítos
cistos
Ameba de vida livre potencialmente patogênica
• Infecção ocular
(ceratites)
Acanthamoeba spp
Acanthamoeba - Patogenia
Infecção ocular
Micro-lesão ou trauma pré-existente
(lentes de contato, por exemplo)
Contato adesão
efeito citopático
lesão/morte celular
Serino e cisteíno-proteases
Fagocitose/ apoptose
Persistência de cistos
AMEBAS DE VIDA LIVRE
•  Encefalite amebiana granulomatosa
Acanthamoeba spp.
Acanthamoeba
Pacientes com imunodepressão
Encefalite amebiana
granulomatosa
Infecção cutânea crônica
Endossimbiontes – Legionella e outras bactérias
Amebíase como doença oportunista
Família Vahlkamphidae
Gênero Naegleria Naegleria fowleri
Termofílica
Meningoencefalite
amebiana primária
Família Vahlkamphidae
Gênero Naegleria
N.gruberi
N. lovaniensis
N. australiensis
Naegleria fowleri
Patogenia
Naegleria
Ø  Meningoencefalite amebiana primária, ocorre
principalmente em indivíduos jovens.
Ø  Doença rara, mas fulminante.
Ø  Meningoencefalite necrotizante hemorrágica.
Ø Mecanismos de invasão: adesão, proteína formadora
de poros, fosfolipase, outras proteases.
Diagnóstico
Ø  Exame do LCR: hemorrágico, neutrófilos, glicose
normal ou baixa, proteína elevada
Ø  Pesquisa de trofozoítos
Ø  Ceratite – raspado de córnea e cultura
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  • 2. Ø Agente etiológico Ø Epidemiologia Ø Transmissão Ø Ciclo de vida Ø Diferentes formas do parasita Ø Patogenia Ø Diagnóstico Ø Tratamento Ø Controle ü Enfoque desta aula:
  • 4. Agente etiológico ü  Taxonomia • Reino : Protista • Sub-reino: Protozoa • Filo: Sarcomastigophora • Sub-filos: Mastigophora • Classe: Trichomonadae (Zoomastigophorea) • Família: Trichomonadidae • Gênero: Trichomonas ü Tricomoníase é uma doença causada por pelo protozoário Trichomonas vaginalis.
  • 5. Estimativa de incidência global de doenças sexualmente transmissíveis em 2005 e 2008 (milhões de casos). STI estimates, WHO, 2008. Epidemiologia
  • 6. Ø  É uma doença sexualmente transmitida e de distribuição mundial; Ø  Doença não-viral mais prevalente; Ø  Atinge principalmente mulheres (idades 16-35 anos) e homens sexualmente ativos; Ø  4,3 milhões de casos por ano no Brasil (SVS, 2006). Epidemiologia
  • 7. Região Incidência Prevalência África 59,7 42,8 Américas 85,4 57,8 Sudeste Asiático 42,9 28,7 Europa 22,6 14,3 Mediterrâneo Oriental 20,2 13,2 Pacífico Ocidental 45,7 30,1 Incidência e Prevalência (em milhões de casos) de Tricomoníase. (2008) STI estimates, WHO, 2008.
  • 8. Ø  Fatores de risco: status socioeconômico Ø  Sobrevive em água tratada e em piscinas Ø  Cerca de 25 a 50% das mulheres positivas são assintomáticas Ø  Não é uma zoonose Ø  Amplificação da transmissão do HIV Epidemiologia
  • 9. 1.  Relação sexual (+ frequente) 2.  Durante o parto 3.  Outras formas de transmissão ü  roupa íntima ou de cama ü  instalações sanitárias Mecanismos de Transmissão
  • 10. Relação sexual Ciclo de Vida Ø  Trofozoítos Ø  Reproduz-se por divisão binária longitudinal Ø  Não forma cistos
  • 12. Trofozoítos Flagelos anteriores axóstilo Membrana ondulante hidrogenossomos núcleo Corpo parabasal e ap.Golgi costa Filamento parabasal Flagelo posterior ü  Habita o trato genito-urinário masculino e feminino; ü  Seu formato pode variar entre ovóides, arredondados ou elipsóides; ü  Possui 4 flagelos anteriores desiguais, uma membrana ondulante e emitem pseudópodes para captar alimentos; ü  Medem em média 9,7µm de comprimento por 7 µm de largura;
  • 13. A: T. vaginalis vista em meio de cultura. O axóstilo, a membrana ondulante e os flagelos são bastante visíveis B: T. vaginalis na superfície de uma célula epitelial vaginal C: Morfologia amebóide da T. vaginalis aderida a uma célula de cultura. Clin. Microbiol. Rev. 11:300 Morfologia
  • 14.
  • 15. ü  É anaeróbio facultativo utilizando glicose, maltose e galactose como fontes de energia; ü  Precisa que o hospedeiro sintetize moléculas essenciais (nucleotídeos, ácidos graxos, aminoácidos); ü  Cresce bem na ausência de O2 e em pH entre 5 e 7,5; ü  Não possui mitocôndrias; ü  Contém hidrogenossomos (envolvidos no metabolismo de carboidratos). Hidrogenases transformam piruvato em acetato e liberam ATP e H2. •  0.5-2 µm de tamanho com membrana dupla •  não contém material genético
  • 16.
  • 18. Mecanismos moleculares: ü  Infecta o epitélio do trato genital ü A capacidade de adesão tem papel muito importante na patogênese ü Adesão dá-se através de proteínas: adesinas (tratamento com tripsina abole adesão) ü  Cisteíno-proteases extracelulares que digerem mucinas e imunoglobulinas locais ü  A adesão é dependente de temperatura, pH e tempo Patogênese
  • 19.
  • 20.
  • 21. Apoptose > Necrose secundária
  • 22. Draft genome sequence of the sexually transmitted pathogen Trichomonas vaginalis Science 2007, 315:207 Organização estrutural de possíveis moléculas de superfície de T. vaginalis envolvidas na aderência e citotoxicidade às células hospedeiras.
  • 23. Relação parasita-hospedeiro Ø Resposta imune protetora- IgA secretora Ø Reinfecções - ausência de imunidade adquirida - grande variabilidade de isolados
  • 24. Ø Na mulher ü Assintomática: 25 a 50% dos casos ü  Vaginite aguda: • Corrimento vaginal fluido, bolhoso e abundante de cor amarelo-esverdeada e de odor fétido • Prurido ou irritação vulvovaginal • Dor durante as relações sexuais • Dor ao urinar (disúria) • Dor pélvica ü Vaginite crônica: sintomas leves ü Aumenta a transmissão do HIV Manifestações Clínicas
  • 25. Ø No homem: ü  Assintomática (a maioria) ü  Uretrite aguda: corrimento abundante ü  Sintomatologia leve: escasso corrimento, disúria, prurido ü Complicações (raras): epididimite, infertilidade e prostatite ü Aumenta a transmissão do HIV Manifestações Clínicas
  • 26. 1.  Inflamação local produzida pela doença 2.  Rompimento dos tecidos produzido pela doença 3.  Alta prevalência desta d o e n ç a e m i n d i v í d u o s infectados pelo HIV 4. Susceptibilidade à doença pode ser resultado da imunossupressão associada ao HIV Aumento da transmissão do HIV associado à tricomoníase pode ser o resultado de: Homens seropositivos para HIV com uretrite sintomática e Trichomonas tiveram 6X mais RNA viral no sêmen do que homens HIV positivos não infectados com Trichomonas.
  • 27. Ø Coleta da amostra ü  Homem • Materiais: secreção uretral, urina primeiro jato, esperma, secreção prostática e material sub-prepucial ü  Mulher •  Material: secreção vaginal Ø  Exame • Exame microscópico de preparações a fresco ou coradas • Imunofluorescência direta (sensível + cara) • Cultura do parasito (resultados em 3 a 7 dias) Diagnóstico
  • 28. Tratamento Ø  Instituído sob supervisão médica e deve incluir todos os parceiros sexuais Ø Derivados nitroimidazólicos: ü  Metronidazol •  contra-indicado para grávidas (1º trimestre) •  linhagens de parasitas resistentes na Europa ü  Tinidazol ü  Ornidazol ü  Nimorazol
  • 30. Na presença do metronidazol, elétrons gerados pela PFO (piruvato ferrodoxina oxidoredutase) são transportados pela ferrodoxina [2Fe–2S] para a droga e não para o seu aceptor natural que é a hidrogenase (HY). Metronidazol é reduzido e ocorre a formação de um nitro ânion que é um radical livre. O radicais livres citotóxicos (R–NO2 -) são formados como produtos intermediários da redução da droga. Int. J. Parasitol. 1999, 29: 199 Mecanismo de Ação do Metronidazol Inibe a síntese de DNA
  • 32. Agente etiológico ü  Taxonomia • Reino : Protista • Sub-reino: Protozoa • Filo: Sarcomastigophora • Sub-filos: Mastigophora • Classe: Zoomastigophorea • Família: Hexamitidae • Gênero: Giardia ü Giardíase é uma doença causada por pelo protozoário Giardia lamblia ou G. duodenalis ou G. intestinalis.
  • 33. Espécie Hospedeiro Características Comprimento (uM) Largura (uM) G. lamblia Vários mamíferos- Homem Trofozoítos em forma de pêra 12-15 6-8 G. muris Roedores Trofozoítos arredondados 3-12 5-7 G. microti Ratos Silvestres Cistos contém 2 trofozoítos diferenciados G. psittaci Aves Trofozoítos em forma de pêra ~14 ~6 G. ardeae Aves Trofozoítos arredondados ~10 ~6,5 G. agilis Anfíbios Trofozoítos longos e estreitos 20-29 4-5 Diferentes espécies de Giardia
  • 34. Epidemiologia Ø  Distribuição mundial (cosmopolita) Ø OMS: 500 mil novos casos/ano Ø Atinge principalmente crianças de 8 meses à 10-12 anos (creches) Ø  Surtos epidêmicos veiculados por água Ø  Prevalência ü  5 a 43% em países em desenvolvimento ü  3 a 7% em países desenvolvidos
  • 35. Mecanismos de Transmissão Ø  Cistos são responsáveis pela transmissão (sobrevivem na água) Ø Água e alimentos contaminados Ø Transmissão direta pelas mãos (fecal-oral) Ø  Período de incubação ü 1-4 semanas com média de 7-10 dias
  • 38. Ø  Eucarioto dos mais primitivos (Fóssil vivo) Ø  Características de: ü  Eucarioto – membrana nuclear, citoesqueleto ü  Procarioto - ausência de nucléolo e de mitocôndria. Possui uma organela parecida com uma mitocôndria chamada mitossoma. Ø  Metabolismo – anaeróbio Ø  Utiliza glicose e armazena glicogênio Características Especiais
  • 39.
  • 40. Formas de vida - Trofozoíto   Ø Piriforme (12-15 µm de comprimento) Ø  simetria bilateral Ø achatamento dorsoventral Ø superfície ventral - disco adesivo Ø 2 núcleos ü = quantidade de DNA ü ambos ativos transcripcionalmente ü ambos dividem ao mesmo tempo Ø  4 pares de flagelos Ø Reproduz-se por fissão binária Núcleo Crista Latera l Flagelo anterolatera l Flagelo posterolateral Flagel o ventra l Flagelo caudal Corpos medianos Disco ventral Corpos basais
  • 41. Ø  habitat: duodeno e parte do jejuno ü  mergulhados nas criptas ü  aderidos mucosa - disco suctorial Ø  metabolismo: anaeróbio (não tem mitocôndria) Ø  aerotolerante Ø  nutrição: membrana e pinocitose Ø Deslocamento rápido por batimento dos flagelos Ø  Reprodução: divisão binária longitudinal ü cultivável Formas de vida - Trofozoíto  
  • 42. Ø  ovóides com parede cística (quitina) Ø  4 núcleos (duplas estruturas internas) Ø  eliminados com as fezes formadas Ø  formas de resistência água: 2 meses Formas de vida - Cisto   CISTO núcleo axonema
  • 43. Sintomatologia   Ø Variável ü  Assintomática ü  Sintomática (agudo-crônico) •  Aguda, intermitente e autolimitante •  Dores abdominais (cólicas) •  Diarréia (líquida) - muco + gordura - ausência de hemáceas •  Má absorção intestinal Incubação: 12-20 dias
  • 44. Mecanismo de patogenicidade Ø  processo “principalmente” mecânico Ø  parasitas em grande quantidade aderem e recobrem a parede do duodeno - “tapete” Ø  “impression prints” - marcas deixadas quando o parasita descola, arrancando as microvilosidades
  • 45. Adesão dos trofozoítos às células epiteliais do intestino delgado
  • 46. Mecanismos de Adesão Via Disco Ventral   Ø Ação hidrodinâmica: propulsão dos flagelos e a força de sucção do disco ventral - processo físico de adesão; Ø Receptores: lectinas ligantes de manose (superfície do parasito); Ø Contração das proteínas do disco ventral.  
  • 47. Mecanismos de patogenicidade Ø  Evidências da presença de uma toxina (CRP136) Ø  Não ocorre invasão da mucosa Ø  O revestimento da parede do duodeno dificulta a absorção intestinal (?) - diarréia Ø  Grande número de trofozoítas é eliminado.
  • 48. Mecanismos de Escape   Relação Parasita-Hospedeiro Ø Variação antigênica ü VSPs - antígenos de superfície Ø Evasão do sistema imune Ø Sobrevivência em diferentes condições intestinais Ø  Resposta do hospedeiro ü Aguda – neutrófilos e eosinófilos ü Crônica: inflamação – atrofia das microvilosidades ü  Participação de IgM, IgA e IgG específicos ü HIV: não induz aumento ou gravidade de casos
  • 49. ü  Nas fezes formadas – pesquisa de cistos com salina ou lugol pelo método de Faust; ü  No fluido duodenal – pesquisa de trofozoítos em biópsia jejunal ou “Entero-test” (para casos de diarréia crônica). ü  Nas fezes diarréicas – pesquisa de trofozoítos ou cistos– (imediatamente após a coleta ou colocar em soluções conservantes pois os trofozoítos têm viabilidade curta); Ø  Parasitológico Diagnóstico
  • 50. ü  No soro – pesquisa de anticorpos por ELISA ou IFI – pouco sensível e específico; ü  Nas fezes – pesquisa de antígenos por ELISA – sensibilidade em torno de 85% a 95% e especificidade de 90 a 100%. ü  Amostras de água – pesquisa de DNA parasitário por PCR. Ø  Imunológico Ø  Molecular Diagnóstico
  • 51. Cisto corado com lugol Cisto à fresco Trofozoítos corados com Giemsa Diagnóstico
  • 52. Profilaxia Ø  Saneamento básico (água) Ø  Higiene - creches, asilos Ø  Cuidados com alimentos Ø  Tratamento dos doentes Ø  Tratamento dos portadores assintomáticos - muito importante Ø  Animais domésticos (cães e gatos) são reservatórios
  • 53. Tratamento   Ø Resistência Ø Vacina para giardíase canina Fonte: SVS, 2006 5-Nitroimidazóis   Meia vida ~17-29 hs ~12-13 hs ~ 7 hs
  • 55. Agente etiológico ü  Taxonomia • Reino : Protista • Sub-reino: Protozoa • Filo: Sarcomastigophora • Sub-filos: Mastigophora • Classe: Lobosea • Família: Endamoebidae • Gênero: Entamoeba ü Amebíase é uma doença causada pelo protozoário Entamoeba histolytica
  • 56. Amebas Ø Parasitas Ø Vida livre Ø Comensais Ø Vida livre, eventualmente parasitas Protozoários com inúmeros habitats: Entamoeba histolytica Acanthamoeba, Naegleria Entamoeba coli, E. dispar, E. hartmanni, E. gengivalis, Endolimax nana, Iodamoeba bütschlii Vários gêneros e espécies
  • 57. Complexo: E. histolytica /E. dispar Ø  Aproximadamente durante um século E. histolytica foi considerada como única espécie. Descobriu-se no entanto outra espécie (E. dispar) que é morfologicamente idêntica porém não patogênica. Ø  Diferenças entre E. histolytica e E. dispar: ü  Evidências bioquímicas: diferenças no perfil isoenzimático (zimodemas); ü  Padrão de crescimento em culturas axênicas (E. histolytica cresce melhor); ü  Capacidade de adesão a células alvo (mediada por lectinas): há diferenças antigênicas (detectadas por anticorpos monoclonais) e funcionais entre as lectinas de adesão; ü  Diferenças na composição de glicoconjugados de membrana: lipofososglicano (LPG) abundante em E. histolytica; ü  Diferenças genéticas demonstráveis por métodos moleculares; ü  Diferenças nas formas clínicas da doença.
  • 58. Ø  Entamoeba histolytica (Schaudinn, 1903) ü  Apresenta diversos graus de virulência, invasiva (podem estar relacionados com diferentes cepas); ü  Apresenta diversas formas clínicas; ü  1 caso de doença/4 casos assintomáticos Ø  Entamoeba dispar (Brumpt, 1925) ü  Pode causar erosões na mucosa intestinal; ü  Maior parte dos casos assintomáticos e colite não disentérica. Diferenças nas formas clínicas da doença.
  • 59. Epidemiologia Ø  Cosmopolita- varia de acordo com a região de 5 a 50% pessoas infectadas Região Infecção Doença Mortes África 85 milhões 10 milhões 10-30 mil Ásia 300 milhões 20-30 milhões 25-50 mil Europa 20 milhões 100 mil Mínima Américas 95 milhões 10 milhões 10-30 mil Totais 650 milhões 40-50 milhões 40-110 mil
  • 60. Ø  Ingestão de cistos ü  Direta: fecal-oral ü  Indireta: água ou alimentos contaminados Ø  Cistos são viáveis por até ~ 30 dias no meio externo •  passam pelo estômago (quitina) •  resistem ao pH ácido •  enzimas digestivas, pH alcalino •  desencistamento – intestino delgado •  ciclo: luz intestino grosso Ø  Trofozoítas - destruídos no estômago Mecanismos de transmissão
  • 61. Ciclo de vida Ø Formas do Parasita ü  Cisto ü  Metacisto ü  Trofozoíto ü  Pré-cisto
  • 62. Eucariotos primitivos, não tem: Ø  Mitocôndria, REG ou Aparelho de Golgi Ø Possuem uma organela chamada mitossoma ou cripton (exerce função de mitocôndria)
  • 63. Trofozoíto Ø  1 núcleo Ø  citoplasma: ecto e endoplasma Ø  ingestão pinocitose/fagocitose: bactérias/hemáceas (forma invasiva) Ø  multiplicação: divisão binária simples Ø 1-4 núcleos Ø esféricos/ovais Ø forma de resistência Ø eliminado nas fezes CistoFormas de Vida
  • 64. Ø  Trofozoíto: forma ativa, que se alimenta (via pinocitose, fagocitose) e se reproduz rapidamente Ø  Metabolismo ü  principalmente anaeróbico ü  aeróbico facultativo - microaerófila ü  principal fonte energética – glicose (estoque – vacúolos de glicogênio), metabolizada principalmente em etanol, acetato e CO2
  • 65. Trofozoíto Ø  pleomórfico, com grande variabilidade tamanho Ø  motilidade – pseudópodes
  • 66. Ø  Cisto: forma de resistência eliminada com as fezes Ø  Membrana plasmática + parede cística (quitina) Ø  1-4 núcleos (N) (divisão endomitose) Ø  Vacúolos de glicogênio (V) Ø  Corpos cromatóides (CC) – agregados de ribossomos N N V CC Cisto jovem Cisto maduro
  • 67. Habitat trofozoíto - luz intestino grosso estômago Encistamento Luz intestino grosso Ø  Desencistamento intestino delgado - eclosão ü  37 º C – ambiente anaeróbio ü  1 Cisto 4 núcleos- divisões sucessivas ü  8 amebas pequenas (fase metacística) ü  Se alimentam e crescem (fase trofozoítica)
  • 68. Formas clínicas e Sintomatologia Ø  Forma assintomática Ø  Forma intestinal (não invasiva) ü  dores abdominais (cólicas) ü  diarréias - ~6 episódios/dia (pode ficar crônica) Ø  Forma intestinal invasiva ü  colite amebiana aguda, disenteria grave (fezes líquidas) ü  úlceras intestinais, abscessos Ø  Forma extra-intestinal ü  fígado (+ comum): dor, febre, hepatomegalia – mais comum em homens ü  pulmão (+ raro) ü  cérebro (+ raro) ü  pele (região perianal e órgãos genitais)
  • 69. Amebíase Patogenicidade Ø Mecanismos de invasão A.  Adesão B.  Destruição tecidual C.  Dispersão amebóide extra-intestinal
  • 70. Mecanismo de invasão 1.  Adesão - via lectina ligadora de Gal/GalNAc às células do epitélio intestinal 2. Processo de destruição tecidual (origem do nome - histolytica) - ação de enzimas (hialuronidase/proteases/ mucopolissacaridases) - formação de úlcera típica 3. Dispersão – o trofozoíta cai na circulação e atinge o fígado via sistema porta 4. Formação de abscessos, necrose e até obstrução do sistema porta - pode levar o paciente a óbito.
  • 71. Fatores líticos 1. mecanismos dependentes de contato ü  liberação de um proteína formadora de poros- “amebapore” - atividade citolítica 2. mecanismos independentes de contato ü  liberação de colagenase e cisteíno-proteases - degradação matriz extra-celular
  • 72. Forma intestinal Forma intestinal invasiva Ø Amebíase intestinal ü  diarréias ü  colites ü  úlceras ü  perfurações ü  peritonite ü  apendicite ü  amebomas Ø Forma aguda fulminante
  • 74. Amebíase Mecanismos de defesa do hospedeiro 1.  Camada Mucosa - mucinas: gel aderente, previne adesão às células epiteliais e facilita a eliminação do parasita 2.  Glicosidases produzidas pelas bactérias da flora intestinal e proteases do lúmen degradam a lectina da E. hystolyica 3. Resposta Imune Relação Parasita-Hospedeiro Trends in Parasitology 2007, 23 (3)
  • 75. Diagnóstico   Ø  Clínico – diarréia/síndrome do cólon irritável Ø  Parasitológico de fezes ü  Pesquisa de cistos em fezes sólidas (diferenciar amebas não patogênicas) ü  Trofozoítas em fezes líquidas ü  Cultura de fezes Ø Diagnóstico imunológico ü  ELISA para detecção de antígeno nas fezes ü  ELISA para detecção Acs IgG soro - amebíase invasiva Ø Diagnóstico Molecular ü  PCR (distingue espécies)
  • 76. Ø  Problemas ü  Diagnóstico diferencial amebas não patogênicas • E. histolytica x E. coli • E. histolytica x E. dispar Diagnóstico  
  • 77.
  • 78. Morfologia - trofozoítas Entamoeba histolytica Entamoeba coli E. histolytica X E. coli Diagnóstico diferencial
  • 79. Morfologia (cistos) Entamoeba histolytica Entamoeba coli E. histolytica X E. coli Diagnóstico diferencial
  • 80.
  • 81. E. histolytica: espécie patogênica com potencial invasivo virulência dependente - cepa - resposta do hospedeiro E. dispar: espécie não patogênica que raramente causa erosão de mucosa 10X mais frequente portadores assintomáticos E. histolytica X E. dispar
  • 82. Tratamento Formas intestinais Medicamento Adulto Criança SECNIDAZOL 2g, VO, dose única 30mg/kg/dia, VO METRONIDAZOL 500mg, VO, 3x/ dia, 5 dias 35mg/kg/dia, VO, 5 dias TINIDAZOL 2g, VO 2 dias TECLOZAM (somente formas leves ou assintomáticas) 1,5g, VO, dose única 15mg/kg/dia, VO, 5 dias
  • 83. Tratamento Formas graves Medicamento Adulto Criança METRONIDAZOL 750mg, VO, 3x/ dia, 10 dias 50mg/kg/dia, VO, 10 dias TINIDAZOL 50mg/kg/dia, VO, 2-3 dias 50mg/kg/dia,
  • 84. História natural da amebíase
  • 85. Profilaxia e Controle Vacinas (experimentais) Alvos ü  trofozoítas (via oral) ü  cistos (impedir encistamento – bloqueio transmissão) Portadores assintomáticos! 1.  Saneamento básico 2.  Educação sanitária 3.  Tratamento de água 4.  Controle de alimentos (lavar frutas e verduras) 5.  Tratamento das fontes de infecção 6. Cuidados com higiene pessoal (lavar as mãos)
  • 86. The genome of the protist parasite Entamoeba histolytica. Nature 2005, 433:865 Predicted metabolism of E. histolytica based on analysis of the genome sequence data.
  • 87. Família Vahlkamphidae Gênero Naegleria Amebíase como doença oportunista Família Hartmannellidae Gênero Acanthamoeba Amebas encontradas no solo e na água, bacteriófagas. Parasitas facultativos em vertebrados. Família Leptomyxiidae Gênero Balamuthia Meningoencefalite amebiana primária Úlcera de córnea Ceratite Encefalite amebiana granulomatosa Infecção cutânea crônica imunodeprimidos
  • 88. Trofozoítos fagocitam e digerem microorganismos Amebas de vida livre
  • 89. Mecanismos de transmissão AcanthamoebaNaegleria fowleri Encontradas em todo o mundo no solo, água (rios, lagos, piscinas, água encanada). Cistos estáveis por 8 meses a temperatura ambiente. Naegleria fowleri – contato com água, contaminação via epitélio neurolfatório - indivíduos sadios Acanthamoeba – contato com água, uso de lentes de contato. Contaminação local, via epitélio olfatório, via hematogênica. Fatores determinantes para infecção: Temperatura, dose infectante, capacidade de persistir nas mucosas, imunidade de mucosa, imunodeficiência
  • 90. Acanthamoeba   A. culbertsoni A. polyphaga A. hatchetti A. castellanii
  • 91. Acanthamoeba spp. trofozoítos cistos Ameba de vida livre potencialmente patogênica
  • 93. Acanthamoeba - Patogenia Infecção ocular Micro-lesão ou trauma pré-existente (lentes de contato, por exemplo) Contato adesão efeito citopático lesão/morte celular Serino e cisteíno-proteases Fagocitose/ apoptose Persistência de cistos
  • 94. AMEBAS DE VIDA LIVRE •  Encefalite amebiana granulomatosa Acanthamoeba spp.
  • 95. Acanthamoeba Pacientes com imunodepressão Encefalite amebiana granulomatosa Infecção cutânea crônica Endossimbiontes – Legionella e outras bactérias
  • 96. Amebíase como doença oportunista Família Vahlkamphidae Gênero Naegleria Naegleria fowleri Termofílica
  • 97. Meningoencefalite amebiana primária Família Vahlkamphidae Gênero Naegleria N.gruberi N. lovaniensis N. australiensis Naegleria fowleri
  • 98. Patogenia Naegleria Ø  Meningoencefalite amebiana primária, ocorre principalmente em indivíduos jovens. Ø  Doença rara, mas fulminante. Ø  Meningoencefalite necrotizante hemorrágica. Ø Mecanismos de invasão: adesão, proteína formadora de poros, fosfolipase, outras proteases.
  • 99. Diagnóstico Ø  Exame do LCR: hemorrágico, neutrófilos, glicose normal ou baixa, proteína elevada Ø  Pesquisa de trofozoítos Ø  Ceratite – raspado de córnea e cultura Ø  Exame direto Ø  Cultura