1) O documento analisa a introdução da informática na educação no Brasil, Estados Unidos e França desde os anos 1970.
2) Discute os desafios da formação de professores para o uso pedagógico de computadores, com ênfase nos programas brasileiros EDUCOM e FORMAR.
3) Conclui que as mudanças pedagógicas reais dependem de mais do que apenas a disponibilidade de tecnologia, requerendo novas abordagens de ensino-aprendizagem.
1. Universidade de Brasília-UnB
Departamento: departamento de Teorias e Fundamentos
Disciplina: Praticas Mediáticas da Educação
Professor: Pedro Ferreira de Andrade
Visão analítica da
informática no Brasil: a
questão da formação do
professor
Aluno(a): Katielen Livia Moreira de Abreu Inatomi
Turma: A
Matricula: 11/0126351
Brasília, 30 de Abril de 2012.
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2. Fichamento
Há mais de vinte anos a informática entra na historia da educação no Brasil.
A partir de interesses de educadores de Universidades motivados com os projetos de
outros países, como EUA e França, que sempre foram referência para o país. Apesar das
diferenças, os avanços tecnológicos obtidos são parecidos com os outros.Nos EUA e
França, houve uma grande presença de computadores nas escolas, porém ao que se
refere ao avanço pedagógico é quase não existe. De acordo com os autores, não há
métodos transformadores e suficientes para que mude efetivamente o processo
educacional.
Nos EUA o uso dos computadores é descentralizado. O desenvolvimento
tecnológico e competição estabelecida pelo mercado ‘obrigam’ as escolas para o avanço
de uso dos computadores. Esses avanços são perceptíveis, porem não são
acompanhados pelos avanços pedagógicos.
No inicio dos anos 70, a tecnologia existente nas escolas eram o giz e o
quadro negro. Eram poucas escolas que inseriram o uso de máquinas no âmbito
educacional. Somente Universidades tinham experiência com o manuseio de
computadores. Na década de 60, nascia à instrução auxiliada por computador ou
Computer-AidedInstruction (CAI), a partir de softwares inventados para este fim.
A presença de CAIs foi importante para a desencadear uma discussão sobre
questões pedagógicas. De um lado, os que defendiam a CAI, dizendo que era uma
ferramenta auxiliadorano processo de ensino; e outros que defendiam a utilização de
sistemas de computadores para reformar a educação. As dificuldades da inclusão da
CAI eram de ordem técnica e produção do material instrucional. E as da reforma
educacional, o problema de entender os conceitos sobre o aprendizado, preparação e
falta de conhecimento sobre a importância de tal mudança. Nesta Conferencia, os
participantes não discutiram muito a cerca da educação.
O aparecimento dos microcomputadores, principalmente o Apple, no início
dos anos 80 permitiu o espalhamento dessas maquinas nas escolas. O que incentivou
para uma grande produção e diversificação de CAIs. De acordo com pesquisas feitas na
Universidade de Columbia em 1983 foram identificados mais de 7.000 pacotes de
software educacionais no mercado, sendo que 125 eram adicionados a cada mês.
A presença dos microcomputadores permitiu divulgação de nova forma de
manusear os computadores na educação. A partir de então a máquina possuíao papel
importante nesse âmbito.Pois a completava, aperfeiçoava e mudavae isso possibilitou a
criação de ambientes de estudo e, sobretudo qualidade da educação. O Logo foi o
exemplo mais marcante dessa proposta.
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3. A metodologia do Logo foi desenvolvida com base na teoria de Piaget.
Inicialmente foi incluída em computadores de médio e grande porte.Até o surgimento
dos microcomputadores, o uso do Logo ficou restrito as universidades e laboratórios de
pesquisa. Por isso crianças e professores iam nesses centros para utilizá-lo, esse era o
único meio para o uso do computador na educação com base didática diferente. O que
provocou resultados interessantes e promissores, pois mostrava sua eficácia na
construção do conhecimento através do uso do computador.
Com a difusão dos microcomputadores, o Logo passou a ser utilizado em
muitas escolas. Era usado na produção de material de apoio, livros e publicações. Porém
a sua apropriação pelos professores não foi muito cuidadosa, o que provocou
desencantamento dos mesmos. Os escritos de Papert relataram experiências sugerindo
que o Logo fosse usado com o auxilio do aluno. Sem a preparação do professor o
resultado foi abaixo do que se propunha o projeto. O Logo ficou conhecido pelo fato de
ter prometido muito e fornecido pouco como retorno. O papel do docente é fundamental
na inserção do Logo.
No começo da década de 90, houve o crescimento do uso dos
microcomputadores em todos os níveis da educação americana. O computador é muito
utilizado na maioria das escolas de 1° e 2° graus e universidades. Porém isso não quer
dizer que isso tenha provocado ou introduzido mudanças pedagógicas. A mudança
pedagógica foi motivada pelo avanço tecnológico e não por iniciativa do setor
educacional.
No 1° e 2° graus, o computador é empregado para ensinar conceitos de
informática ou para "automação da instrução" através de software educacionais. A
mudança pedagógica tem existido com base na Internet, pois essa ferramenta permite
livre acesso dos alunos que buscam se informar, tendo em vista que este possui muitas
informações. Porém alguns críticos acreditam que essa facilidade pode prejudicar o
aluno, pois o deixará sem referências.
Já nas universidades americanas, o computador está sendo usado como
recurso para o aluno realizar tarefas. Essa ferramenta, hoje, já faz parte da lista de
material, pois seu uso tornou-se rotineiro em sala de aula e em laboratórios, consultas,
comunicações e desenvolvimento de disciplinas.Com essa experiência o universitário
conclui o curso com habilidades em informática. Porém, ainda possui o papel apenas de
transmitir informação.
A atual preocupação não é mais a produção de software cada vez mais
inteligente e capaz de automatizar a instrução, mas a produção de software que facilita o
desenvolvimento de atividades que auxilie o desenvolvimento de projetos baseados na
exploração.
O processo de formação de professores na informática, dos EUA não
aconteceu de forma sistemática e centralizada. Eles são treinados sobre as técnicas de
uso do software educativos em sala de aula. Para diminuir o analfabetismo em
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4. informática, as escolas introduziram a disciplina de informática, ministradas por
profissionais da área. Os maiores formadores de professores da área para educação são
as universidades.
Hoje nos Estados Unidos, a maioria das universidades oferecem cursos de
pós-graduação em informática e muitos estão disponíveis na internet. A preparação dos
profissionais da educação ainda é feita com o objetivo de capacitá-los para atuarem em
um sistema educacional que enfatiza a transmissão de informação. Poucas são as
escolas nos Estados Unidos que realmente sabem explorar as potencialidades do
computador e sabem criar ambientes que enfatizam a aprendizagem.
A França foi o primeiro país ocidental que se organizou para oferecer
informática na educação. Serviu de modelo para o mundo. A perda da hegemonia
cultural para os Estados Unidos e o ingresso da França no Mercado Comum Europeu
levou os políticos franceses a buscarem essa predominância através do domínio da
essência da produção, transporte e manipulação das informações encontradas na
informática.
É um país que possui forte identidade de cultura, construiu um estado
centralizador e planejador. A escola publica e forte e a particular quase inexistente. E
outros setores como a indústria, comércio, cultura, saúde interagem com o meio
educacional. A introdução da informática na educação foi planejada, no sentido de
quem seria o publico alvo, materiais necessários, software, modos de distribuição,
instalação e manutenção. Neste planejamento os dirigentes franceses julgaram ser
fundamental a preparaçãode sua inteligência-docente. E foi assim que dedicarammuitos
anos e muitos recursos à formação de professores. Implantar a informática na educação
rendeu a França bons resultados, pois é possível notar mudanças de ordem pedagógicas.
Nos anos 60 e inicio dos 70 os softwares usados na educação são chamados
de EAO (EnseignementAssisté par Ordiateur), é o mesmo que a CAI nos EUA. Este
tipo de software era adequado às características rígidas dos equipamentos disponíveis.
Contribuíram em alguns aspectos no ensino, tais como: atendimento individual no ritmo
do aluno, verificação imediata de respostas certas ou erradas, ensino em pequenas
doses. No inicio dos anos 80, a França começou com uma linguagem metodológica
sobreo Logo com fins educacionais.Os objetivos de espalhar a informática na educação
era a aquisição do domínio técnico do uso do software e a integração de ferramentas
computacionais ao processo pedagógico. Não tinha como objetivo a mudança
pedagógica, mas sim a preparação do aluno para ser capaz de usar a tecnologia da
informática.
Em 20 anos, a França possuía em todas as instituições de ensino
computadores e 5% dos professores são qualificados para a informática pedagógica e
estágios de formação continuada. Porém, não considerava ainda como evoluído. Hoje o
país é baseado em duas vertentes: a interligação dos equipamentos em redes de dados e
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5. o emprego de equipamentos portáteis. A formação de professores em informática se
iniciou a partir do Plano Informática para Todos, em 1985. Fazendo-se depois
atividades como estágios de observação e atuação.
Uma das preocupações da Educação Nacional da França era de buscar
formas de fazer com que o jovem seja capaz de se adaptar a situações que enfrentarão
no decorrer de suas vidas, que se dá de uma formação básica polivalente, que
responderia a demandas da sociedade. Aos poucos isso foi se transformando em ações
concretas e os usos de tecnologia tornando-se mais frequentes. E outra era que a
informática fosse acessível a todas as pessoas.
No Brasil a utilização de computadores na educação iniciou-se a partir de
experiências em universidades, no começo da década de 70. Porém o programa que deu
ingresso a essa nova pratica se deu com o primeiro e o segundo Seminário Nacional de
Informática, realizados na UnB em 1981 e na UFBA em 1982. Esses seminários deram
origem ao EDUCOM e uma sistemática de trabalho diferente dos apresentados pelo
MEC. As discussões e propostas eram feitos pela comunidade, o MEC não centralizou
as decisões a respeito.
A descentralização é uma diferença importante do Brasil com a França. No
Brasil o povo tem voz ativa. Outra diferença é que o Brasil antes de se submeter a
projetos, ele se certifica previamente de que o programa realmente teve bons resultados,
através de pesquisas com base em experiências concretas, usando a Escola Publica
como cobaia. Uma terceira diferença do Brasil com outros países é o conceito do
computador na escola, aqui a função do computador é provocar mudanças pedagógicas
profundas e não de "automatizar o ensino".
Embora em alguns países tenha havido algum tipo de mudança de ordem
pedagógica, isso não foi suficiente para alterar o sistema educacional.Os trabalhos
realizados no EDUCOM elevaram a informática na educação, o que nos possibilita
entender e discutir questões da área. Só é possível enxergar as mudanças analisando as
experiências realizadas.
As mudanças pedagógicas não dependem somente da instalação de
computadores nas escolas. É necessário compreende-lo num contexto estrutural e do
tempo da escola. A sala de aula tem que ser um lugar onde professor e aluno realizam
trabalho mutuo diversificado, para que resulte em interesse e assim gerando o
conhecimento. A função do professor é mediar a informação do aluno, entregando o
conteúdo de forma clara e fácil. O aluno não é mais apenas receptor de informações,
deixa de ser passivo para ser ativo aprendiz, construtor do seu conhecimento. A
educação agora não enfatiza mais a memorização e sim a construção de conhecimento
Nas escolas particulares o investimento na formação do professor ainda não
é uma realidade. Nessas escolas a informática está sendo implantada para minimizar o
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6. analfabetismo computacional dos alunos ou automatizar os processos de transmissão da
informação. A inserção da informática nas escolas não contempla as mudanças. Isso é
nitidamente observado nos programas de formação de professores para atuarem na área
da informática na educação que ainda hoje são realizados.
A formação de professores do 1º e 2º graus para usarem a informática na
educação recebeu atenção especial nos centros de pesquisa do EDUCOM. Essa
formação tem sido feita através de cursos que priorizam a presença continuada do
professor em formação. Isso significa que se deve deixar sua prática pedagógica ou
compartilhar essa atividade com as demais.Esses cursos são seadaptaram a realidade do
professor. O conteúdo dos cursos de formação e as atividades desenvolvidas são
propostas independentemente da situação física e pedagógica daquela em que o
professor vive. E também esses cursos não contribuem para a implantação das
mudanças educacionais. O professor, após terminar o curso de formação, volta para a
sua prática pedagógica encontrando obstáculos imprevistos e ambientes hostis a
mudanças.
A falta de inclusão e as consequênciascausadas nesse tipo de formação
ficaram claras nos cursos FORMAR. O FORMAR teve como objetivo o
desenvolvimento de cursos de especialização na área de informática na educação. Eram
constituídos de aulas teóricas, práticas, seminários e conferências. Os alunos foram
divididos em duas turmas de modo que enquanto uma turma assistia aula teórica a outra
turma realizava aula prática usando o computador de forma individual.
O FORMAR I e o FORMAR II= pontos positivos:
1- Favoreceram a preparação de profissionais da educação
que nunca tinham tido contato com o computador. Esses profissionais, na
maioria das vezes, são os responsáveis pela divulgação e a formação de
novos profissionais na área de informática na educação.
2- Possibilitou uma visão ampla sobre os diferentes aspectos
envolvidos na informática na educação, tanto do ponto de vista
computacional quanto pedagógico.
3- O fato de o curso ter sido ministrado por especialistas da
área de praticamente todos os centros do Brasil, isso favoreceu o
conhecimento dos múltiplos e variados tipos de pesquisa e de trabalho que
estavam sendo realizados em informática na educação no país.
Pontos negativos:
1- O curso foi realizado em local distante do local de trabalho
e de suas casas. Os participantes tiveram que interromper, por dois meses, as
atividades docentes e em alguns casos deixar a família. Para que o curso
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7. acontecesse tiveram que contar com a colaboração de algumas fábricas de
computadores.
2- Segundo, o curso foi muito denso.Tentou minimizar o
custo de manutenção do profissional no curso e o tempo, mas deixou de
oferecer o espaço e o tempo necessários para que os participantes
assimilassem os diferentes conteúdos. Os participantes não tiveram chance
de vivenciar o uso dos conhecimentos e técnicas adquiridas e receber
orientação quanto ao resultado no ambiente de aprendizado baseado na
informática.
3- Muitos participantes voltaram ao seu trabalho de origem e
não encontraram as condições necessárias para a implantação da informática
na educação. Isso aconteceu tanto por falta de estrutura e material e falta de
interesse na própria instituição.Precisou-se de um tempo para se construir
um mínimo de estrutura necessária. Não houve prática, apenas foram
instruídos teoricamente. A aplicação desse conhecimento deve ser de forma
que se aprenda na utilização em diferentes situações. Os cursos não
ensinaram os professores a usarem o computador, e isso resultou na
acomodação e abandono de seu cargo da área.
Apesar dessas dificuldades, os conteúdos e metodologia do Projeto
FORMAR passaram a ser usados como base para outros cursos de formação na área de
informática na educação. O material gerado pelo curso e as experiências acumuladas
têm sido usadas na implantação de praticamente todos os cursos nessa área. Hoje ainda
forma-se professores de forma descontextualizada.
As experiências de implantação da informática na escola têm mostrado que
a formação de professores é fundamental e exige uma abordagem totalmente diferente.
A inclusão da informática na escola não se trata apenas de ‘fazer’ um professor com
conhecimentos na área. Os assuntos desenvolvidos durante o curso devem ser
escolhidos pelos docentes de acordo com o currículo e a abordagem pedagógica adotada
pela escola. A escola, a prática dos professores e a presença dos seus alunos que
determinam o que vai ser trabalhado pelo professor do curso. O curso é a vivência de
uma experiência que contextualiza o conhecimento que o professor constrói. Esses
cursos devem estar desvinculados da estrutura de cursos de especialização. Essa é uma
estrutura rígida e arcaica para dar conta dos conhecimentos e habilidades necessárias
para preparar os professores para o uso do computador na educação.
As novas possibilidades que os computadores oferecem como multimídia,
comunicação, via rede e a grande quantidade de software disponíveis hoje no mercado
fazem com que essa formação tenha que ser mais profunda para que o professor possa
entender e ser capaz de discernir entre as inúmeras possibilidades que se apresentam.
Hoje a questão é muito mais complicada do que optar pelo uso ou não do Logo.
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8. Nos Estados Unidos a Apple foi o microcomputador espalhado nas escolas.
Era uma máquina simples, de fácil compreensão e domínio, muito flexível e
relativamente poderoso. Essa flexibilidade e fácil domínio fez com que fosse possível o
desenvolvimento de todo tipo de software e de hardware para a Apple. E isso podia ser
feito por qualquer pessoa que se interessasse pela produção do material. Já no Brasil
existia mais de 40 fabricantes de computador do tipo da Apple e muitos softwares e
hardware disponíveis, porem não foi adotado. Isso sucedeu por causa dafalta de
domínio técnico, como por exemplo: o dispositivo impossibilitava os alunos de escrever
corretamente as palavras do seu idioma no aparelho. A Apple não entrou na escola
como uma ferramenta didática.
O computador adotado pelas escolas brasileiras foi o MSX. Esse
computador foi produzido e lançado no mercado em 1986. Ele tinha inúmeras
facilidades de hardware. Essas facilidades permitiam o desenvolvimento de bons
softwares educativo.Ele não tinha a mesma flexibilidade que a Apple,não facilitava
gravar as informações em disco ou ligar-se a impressoras e outros dispositivos.Também
não possuía um processador de texto ou programas de planilha e banco de dados. Era
mais parecido com um brinquedo do que um computador.
Com todas as facilidades e dificuldades do MSX, ele foi adotado na
educação. A simplicidade do MSX e o fato de não dispor de muitas alternativas do
ponto de vista de software, reduziu a questão do uso do computador na educação.Tendo
o professor optado por essa ferramenta, a formação e o domínio dessa abordagem
educacional eram gradativos e sem muitos percalços.
Em 1994 houve ‘uma quebra’, do computador MSX pelo aparecimento do
sistema Windows. O Windows possibilitou o desenvolvimento de inúmeros programas
para praticamente todas as áreas. Surgiram também outras modalidades de uso do
computador na educação como uso de multimídia, de sistemas de autorias para
construção de multimídia e de redes.
Esse novo software ampliou as possibilidades que o professor dispõe para o
uso do computador na construção do conhecimento, eles também demandam uma
formação mais sólida e mais ampla. Sem esses conhecimentos é muito difícil o
professor saber integrar e tirar proveito do computador no desenvolvimento dos
conteúdos. Assim, as novas possibilidades tecnológicas que se apresentam hoje têm
causado certo desequilíbrio no processo de formação do professor. Sair do MSX e
passar para o sistema Windows significa um salto muito grande.
Por causa do contato dos professores e pesquisador nos centros de
informática foi possível interação, trocandoideias, respondendo dúvidas, participando de
debates, recebendo e enviando reflexões sobre o andamento do trabalho. Esse contato
poderá contribuir tanto para a formação do professor quanto para auxiliá-lo na resolução
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9. das dificuldades que encontra na implantação da informática nas atividades de sala de
aula
Na verdade, a introdução da informática na educação segundo a proposta de
mudança pedagógica, como consta no programa brasileiro, exige uma formação
bastante ampla e profunda do professor. Não se trata de criar condições para o professor
dominar o computador ou o software, mas sim auxiliá-lo a desenvolver conhecimento
sobre o próprio conteúdo e sobre como o computador pode ser integrado no
desenvolvimento desse conteúdo.
Citações Importantes
‘Fácil acesso a internet têm provocado criticas, pois a exploração da rede,
em alguns casos, deixa os alunos sem referência, com sensação de estarem perdidos’.
‘A escola pública é fortíssima e a escola particular é quase inexistente’, em
relação a implementação de recursos de informática.
‘Indústria, comércio, cultura, saúde, interagem ativamente com a rede
escolar. No Brasil, só o estado é tido como responsável e mostra efetiva interesse
(quando mostra...) pela escola pública’.
O texto fala que a mudança pedagógica foi motivada pelo avanço
tecnológico e não por iniciativa do setor educacional.
‘Embora a mudança pedagógica tenha sido o objetivo de todas as ações dos
projetos de informática na educação, os resultados obtidos não foram suficientes para
sensibilizar ou alterar o sistema educacional como um todo.’
A preocupação inicial da Educação Nacional [da França] era a de buscar
formas de tornar os jovens capazes de se adaptarem às diferentes situações que
possivelmente enfrentariam no decorrer de suas vidas.
‘O processo de repensar a escola e preparar o professor para atuar nessa
escola transformada está acontecendo de maneira mais marcante nos sistemas públicos
de educação, principalmente os sistemas municipais. Nas escolas particulares o
investimento na formação do professor ainda não é uma realidade’.
‘Através de contato dos professores e os pesquisadores dos centros de
informática na educação podem interagir e trocar ideias, responder dúvidas, participar
de debates via rede, receber e enviar reflexões sobre o andamento do trabalho’.
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10. Critica referente ao texto
A educaçao no Brasil é muito precária. Não há investimento suficiente para
oferecer educaçao de qualidade aos alunos. E com isso não há motivação de professores
para mudar esse cenário. Porem, ainda há muitos que se interessam pela pratica docente
e constantemente veem ferramentas para melhorar o processo de aprendizagem dos
alunos, tornando-o mais fácil e divertido.
Alguns críticos acreditam que a facilidade de acesso a internet pode
prejudicar o aluno, pois o deixará sem referências.Em minha opinião, o deixará sem
referencias se for somente utilizado com fins torpes e não produtivo. É uma ferramenta
que pode alavancar o interesse do aluno, pois possui uma gama de informações
importantes. Se o manusear de forma a acrescentar nos estudos, não o prejudicará.
Utilizando-o dessa forma, o discente só tende a se favorecer com a mais nova opção de
aprender.
A inclusão de computadores na educação é um grande passo para a
evolução. Mas ainda não é o suficiente. No entanto, mudando a didática, inserindo a
informática na metodologia demandaria um maior investimento por parte do governo e
qualificação dos professores na área. Mas isso não é muito frequente. Diferentemente da
França, que logo se organizou e prontificou-se a qualificar os docentes,não se
contentava com poucos resultados, queria conquistar o macro; o Brasil não se esforça
para superar seus próprios limites.
O texto diz que o processo de preparar o professor para atuar na escola está
cada vez mais presente em escolas principalmente publicas. Nas escolas particulares o
investimento na formação do professor ainda não é uma realidade. Quando li este
trecho, pensei em uma pergunta: será que o autor realmente esta falando do Brasil?
Acredito que o método de informatização na escola aconteça mais na categoria
particular. Até porque normalmente, em muitos casos, quem é servidor publico não se
preocupa com isso, tendo em vista que ele é concursado. Agora na escola particular o
importante é o produto, há investimentos para novos equipamentos, logo o discente
permanecerá no cargo se apresentar bons frutos.
A implantação de projetos dos EUA, por exemplo, dependem apenas das
ações governamentais, diferentemente do Brasil, que acontece de‘forma democrática’,
pois o povo tem voz. O que por um lado é bom, todos podem opinar; mas para outro é
uma situação que pode agravar o quadro social. Será que é por isso que outros países
evoluem rapidamente e o Brasil em progressos lentos?
O objetivo central da inclusão da informática na educaçao foi de progressos
pedagógicos no âmbito educacional. Porem os resultados não foramsuficientes para
mudar o cenário. Isso se deve a quê? Será que somente a falta de investimento tem
culpa? A qualificação de professores, não é relevante? E a infraestrutura, não é
10
11. importante? E sem contar na motivação de alunos e professores. O fato de não ter
avanços no cenário se deve a muitos motivos.
‘Através de contato dos professores e os pesquisadores dos centros de
informática na educação podem interagir e trocar ideias, responder dúvidas, participar
de debates via rede, receber e enviar reflexões sobre o andamento do trabalho’. Esse
resultado perpetua-se não somente entre professor e pesquisador, mas também entre
aluno/professor.
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