3. Refletir de forma argumentativa os
temas relacionados ao componente de
Formação Geral, ligados aos temas arte,
cultura e filosofia, considerando a sua
formação como um profissional ético,
competente e comprometido com a
sociedade em que vive; e que, evidencie
a sua compreensão de temas que
transcendam ao seu ambiente próprio de
formação e importantes para a realidade
contemporânea.
OBJETIVOS DO NOSSO
ENCONTRO
4
4. Por que é preciso entender um pouco de
arte, cultura e filosofia?
5
5. CULTURA
• É toda forma de intervenção humana na
natureza.
• Transmitida de geração a geração, nas
diferentes sociedades;
• Criação exclusiva dos seres humanos;
• Múltipla e variável, no tempo e no espaço,
de sociedade para sociedade.
6. CULTURA
A cultura se desenvolveu da
possibilidade da
comunicação oral e de
fabricação de instrumentos,
capazes de tornar mais
eficiente o aparato biológico
humano. Então, que tudo o
que o homem faz, aprendeu
com os seus semelhantes e
não decorre de imposições
originadas fora da cultura.
A cultura é coisa nossa!
7. O conceito de cultura e o conceito de
humanidade
• Uma vez parte da estrutura humana, a cultura define a vida,
e o faz não através das pressões de ordem material, mas de
acordo com um sistema simbólico definido, que nunca é o
único possível.
6
Dancers and Flutists
8. A cultura, portanto, constitui
a utilidade, serve de lente
através da qual o homem vê
o mundo e interfere na
satisfação das
necessidades fisiológicas
básicas.
Embora nenhum indivíduo
conheça totalmente o seu
sistema cultural, é
necessário ter um
conhecimento mínimo para
operar dentro do mesmo.
Diversidade_cultural.jpg
9. Vale a pena saber não só para o Enade:
• Diversidade cultural -são as diferenças culturais
entre as pessoas, como a linguagem, vestimenta e
tradições, bem como a forma como sociedades
organizam-se, a sua concepção da moral e da religião, a
forma como eles interagem com o ambiente, etc.
• Negar a diversidade cultural humana (como se uma só
cor fosse preferível ao arco-íris) foi o que levou, entre
outros, aos crimes, massacres e extermínios que a
conjugação dessa atitude ilegítima, com ambições
econômicas, provocou ao longo da História.
10. Relativismo cultural
• É uma ideologia político-social
que defende a validade e a
riqueza de qualquer sistema
cultural e nega qualquer
valorização moral e ética dos
mesmos por elementos externos
a estes sistemas.
• Defende que o bem e o mal são
relativos a cada cultura.
11. Universalismo ou relativismo
cultural?
• Os universalistas
argumentam que é possível
identificar traços comuns em
qualquer sociedade, como,
por exemplo, a valorização da
dignidade da pessoa humana
e a proteção contra opressão
ou arbítrio. Nessa esteira,
afirma-se a idéia de um
núcleo mínimo de direitos os
quais merecem a salvaguarda
em nível global.
12. • Contra a crítica da imposição da cultura
ocidental aos demais povos, como
expressão imperialista, os universalistas
reagem à postura relativista afirmando
que vários Estados promovem graves e
generalizadas violações aos direitos
humanos, sob a justificativa da
manutenção da identidade cultural.
13. UM NOVO PARADIGMA: O
MULTICULTURALISMO
Para Boaventura de Sousa Santos, em ambas as
concepções (universalistas e relativistas) o conceito de
dignidade humana está incompleto, uma vez que a noção
esta atrelada a cada uma das pré-compreensões culturais.
Assim, torna-se impossível estender à universalidade,
noções de direitos humanos sem considerar a diversidade
conceitual oriunda da multiplicidade cultural existente.
É preciso criar um novo paradigma comunicativo que
propicie uma mediação e conciliação dos valores de cada
cultura. Nos dizeres do autor: um diálogo intercultural.
14. ARTE
• Desde que o mundo é mundo o ser humano
constrói seus próprios objetos, suas coisas.
pintura+rupestre-animais.jpg
15. • A arte é uma forma criativa de como a humanidade
expressa suas emoções, sua história e sua cultura
através de alguns valores estéticos, como beleza,
harmonia, equilíbrio. A arte pode ser representada
através de várias formas, em especial na música, na
escultura, na pintura, no cinema, na dança, entre tantas
outras.
Arte rupestre
16. Em algum momento já sentimos o
efeito de uma obra de arte sobre nós,
que pode ser:
Admiração.
Estranheza.
Encanto.
Repúdio.
Prazer.
Contemplação.
Bem-estar.
Van_Gogh2.jpg
17. “Mulher com sombrinha”
(1875), é uma das mais
famosas obras do pintor
francês impressionista
Claude Monet.
O que mais nos encanta
neste quadro não são as
jovens retratadas, mas o
modo sutil pelo qual a luz e
a brisa conservam-se na
tela como que para sempre
aos nossos olhos.
18. A arte também manifesta
fatos, acontecimentos,
expressa ideias e, nesse
sentido, possui também a
função formativa, ou seja,
educativa.
O livro OS SERTÕES, escrito
por Euclides da Cunha,
conta a história da Guerra
de Canudos, uma revolta
ocorrida no interior da
Bahia, entre 1896 e 1897,
liderada por Antonio
Conselheiro.
19. • VAMOS FAZER UMA RÁPIDA VIAGEM
ATRAVÉS DA HISTÓRIA DA ARTE
27. ARTE ROMÂNICA
Em 476, com a tomada de Roma pelos povos bárbaros,
começa o período histórico conhecido por Idade Média.
Na Idade Média, com o Cristianismo a arte se voltou para a
valorização do espírito. Os valores da religião cristã vão
impregnar todos os aspectos da vida medieval. A visão de
mundo dominada pela figura de Deus proposto pelo
cristianismo é chamada de teocentrismo (teos = Deus).
Deus é o centro do universo e a medida de todas as coisas.
A igreja como representante de Deus na Terra, tinha
poderes ilimitados.
29. ARTE GÓTICA
A arquitetura expressa a grandiosidade, a crença na
existência de um Deus que vive num plano superior; tudo se
volta para o alto, projetando-se na direção do céu, como se
vê nas pontas agulhadas das torres de algumas igrejas
góticas.
A rosácea é um elemento arquitetônico muito característico
do estilo gótico e está presente em quase todas as igrejas
construídas entre os séculos XII e XIV.
Outros elementos característicos da arquitetura gótica são
os arcos góticos ou ogivais e os vitrais coloridíssimos que
filtram a luminosidade para o interior da igreja.
As catedrais góticas mais conhecidas são: Catedral de Notre
Dame de Paris e a Catedral de Notre Dame de Chartres.
32. RENASCIMENTO
O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização européia que se
desenvolveu entre 1300 e 1650. Além de reviver a antiga cultura greco-romana,
ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das
artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do
humanismo foi sem dúvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito
do Renascimento. Trata-se de uma volta deliberada, que propunha a ressurreição
consciente (o re-nascimento) do passado, considerado agora como fonte de
inspiração e modelo de civilização. Num sentido amplo, esse ideal pode ser
entendido como a valorização do Iníciom (Humanismo) e da natureza, em oposição
ao divino e ao sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade
Média.
Características gerais:
• Racionalidade
• Dignidade do Ser Humano
• Rigor Científico
• Ideal Humanista
• Reutilização das artes greco-romana
34. BARROCO
A arte barroca originou-se na Itália (séc. XVII) mas não
tardou a irradiar-se por outros países da Europa e a
chegar também ao continente americano, trazida pelos
colonizadores portugueses e espanhóis. As obras
barrocas romperam o equilíbrio entre o sentimento e a
razão ou entre a arte e a ciência, que os artistas
renascentistas procuram realizar de forma muito
consciente; na arte barroca predominam as emoções e
não o racionalismo da arte renascentista. É uma época
de conflitos espirituais e religiosos. O estilo barroco
traduz a tentativa angustiante de conciliar forças
antagônicas: bem e mal; Deus e Diabo; céu e terra;
pureza e pecado; alegria e tristeza; paganismo e
cristianismo; espírito e matéria.
38. ROMANTISMO
O século XIX foi agitado por fortes mudanças sociais, políticas e culturais
causadas por acontecimentos do final do século XVIII que foram a Revolução
Industrial que gerou novos inventos com o objetivo de solucionar os problemas
técnicos decorrentes do aumento de produção, provocando a divisão do trabalho
e o início da especialização da mão-de-obra, e pela Revolução Francesa que
lutava por uma sociedade mais harmônica, em que os direitos individuais fossem
respeitados, traduziu-se essa expectativa na Declaração dos Direitos do Iníciom e
do Cidadão. Do mesmo modo, a atividade artística tornou-se complexa.
Os artistas românticos procuraram se libertar das convenções acadêmicas em
favor da livre expressão da personalidade do artista.
Características gerais:
• a valorização dos sentimentos e da imaginação;
• o nacionalismo;
• a valorização da natureza como princípios da criação artística; e
• os sentimentos do presente tais como: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
40. • A canção do africano
Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão ...
De um lado, uma negra escrava
Os olhos no filho crava,
Que tem no colo a embalar...
E à meia voz lá responde
Ao canto, e o filhinho esconde,
Talvez pra não o escutar!
"Minha terra é lá bem longe,
Das bandas de onde o sol vem;
Esta terra é mais bonita,
Mas à outra eu quero bem!
"0 sol faz lá tudo em fogo,
Faz em brasa toda a areia;
Ninguém sabe como é belo
Ver de tarde a papa-ceia!
Aquelas terras tão grandes,
Tão compridas como o mar,
Com suas poucas palmeiras
Dão vontade de pensar ...
"Lá todos vivem felizes,
Todos dançam no terreiro;
A gente lá não se vende
Como aqui, só por dinheiro".
O escravo calou a fala,
Porque na úmida sala
O fogo estava a apagar;
E a escrava acabou seu canto,
Pra não acordar com o pranto
O seu filhinho a sonhar!
.......................
O escravo então foi deitar-se,
Pois tinha de levantar-se
Bem antes do sol nascer,
E se tardasse, coitado,
Teria de ser surrado,
Pois bastava escravo ser.
E a cativa desgraçada
Deita seu filho, calada,
E põe-se triste a beijá-lo,
Talvez temendo que o dono
Não viesse, em meio do sono,
De seus braços arrancá-lo!
A Canção do Africano – Castro Alves
41. REALISMO
Entre 1850 e 1900 surge nas artes européias, sobretudo na
pintura francesa, uma nova tendência estética chamada
Realismo, que se desenvolveu ao lado da crescente
industrialização das sociedades. O Iníciom europeu, que tinha
aprendido a utilizar o conhecimento científico e a técnica para
interpretar e dominar a natureza, convenceu-se de que
precisava ser realista, inclusive em suas criações artísticas,
deixando de lado as visões subjetivas e emotivas da
realidade.
São características gerais:
• o cientificismo
• a valorização do objeto
• o sóbrio e o minucioso
• a expressão da realidade e dos aspectos descritivos
43. IMPRESSIONISMO
Principais características da pintura:
• A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz
solar num determinado momento, pois as cores da natureza se modificam
constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.
• As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do
ser humano para representar imagens.
• As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual
que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam
representá-las no passado.
• Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das
cores complementares. Assim, um amarelo próximo a um violeta produz uma
impressão de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro tão
valorizado pelos pintores barrocos.
• As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta
do pintor. Pelo contrário, devem ser puras e dissociadas nos quadros em
pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as
várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica
para se óptica.
45. EXPRESSIONISMO
O Expressionismo é a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática,
subjetiva, “expressando” sentimentos humanos. Utilizando cores irreais,
dá forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria
humana, à prostituição. Deforma-se a figura, para ressaltar o sentimento.
Predominância dos valores emocionais sobre os intelectuais. Corrente
artística concentrada especialmente na Alemanha entre 1905 e 1930.
Principais características:
• pesquisa no domínio psicológico;
• cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas;
• dinamismo improvisado, abrupto, inesperado;
• pasta grossa, martelada, áspera;
• técnica violenta: o pincel ou espátula vai e vem, fazendo e refazendo,
empastando ou provocando explosões;
• preferência pelo patético, trágico e sombrio
47. CUBISMO
Historicamente o Cubismo originou-se na obra de
Cézanne, pois para ele a pintura deveria tratar as formas
da natureza como se fossem cones, esferas e cilindros.
Para Cézanne, a pintura não podia desvincular-se da
natureza, tampouco copiava a natureza; de fato, a
transformava. Ele dizia: “Mudo a água em vinho, o mundo
em pintura”. E era verdade. Em suas telas, a árvore da
paisagem ou a fruta da natureza morte não eram a árvore
e a fruta que conhecemos – eram pintura. Preservavam-
se as referências exteriores que as identificavam como
árvore ou fruta, adquiriam outra substância: eram seres do
mundo pictórico e não do mundo natural. Por isso, é
correto dizer que Cézanne pintava numa zona limite, na
fronteira da natureza e da arte.
50. • A Filosofia possui data e local de
nascimento: final do séc. VII e início do
séc VI a.C. nas colônias gregas da Ásia
menor na cidade de Mileto – o primeiro
filósofo foi Tales de Mileto.
• Surge pela necessidade de um outro tipo
de explicação para a ordem do mundo –
explicação racional.
51. Filosofia
• Explicação racional: coerente, justificada,
por argumentos (lógicos e não
contraditórios) – formando
PENSAMENTOS, IDÉIAS E
CONCEITOS.
• Atividade filosófica ou Proposta da
filosofia: formação do Pensamento –
crítico, justificado, sistemático.
Como? QUESTIONANDO.
52. Razões para filosofar
Luiz Sayão elenca três razões que dão
importância ao ato de filosofar:
1.detectarmos o nosso próprio sistema de
valores;
2.adquirimos capacidade crítica para filtrar o
que nos é apresentado;
3.entendermos nossa época, as tendências
da sociedade e interpretar o mundo.
53. Por hoje é só.
A partir dos conceitos que trabalhamos
procure resolver algumas questões das
provas do ENADE.
Até o próximo encontro!