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1
ATENDIMENTO BÁSICO A VÍTIMA
DE POLITRAUMATISMO
Profa. Marion Vecina A. Vecina
INTRODUÇÃO
• "Os prontos-socorros públicos vivenciaram, na
última década, o surgimento de uma verdadeira
epidemia de acidentes de trânsito, sobretudo de
motociclistas, que lotam as emergências e são
geralmente casos muito graves.
• Esta nova realidade exige das equipes de PS dos
hospitais gerais a priorização do atendimento a
esses pacientes, que costumam chegar em estado
delicado, muitos correndo risco de morte“
Magali Vicente Proença, diretora do Conjunto Hospitalar do Mandaqui
Internações de vítimas de politrauma
triplicam em 10 anos na Grande SP
• No Estado, crescimento do número de atendimentos
em hospitais do SUS foi de 124% no período, aponta
levantamento da Secretaria
• Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São
Paulo aponta que o número de internações de vítimas
de politraumatismo na região metropolitana da Grande
São Paulo (incluindo a capital) mais do que triplicou
em um período de 10 anos.
• Em 2002 os custos com este tipo de internação foram
de R$ 8,3 milhões no Estado. Em 2011, o valor chegou
a R$ 27,7 milhões.
www.saude.sp.gov.br
INTRODUÇÃO
• A avaliação rápida e precisa de uma vítima de
trauma são de suma importância para que
medidas sejam aplicadas adequadamente ao
suporte de vida. Desta maneira, o tempo e
uma abordagem sistematizada são
indispensáveis para que este processo ocorra.
INTRODUÇÃO
• As etapas desta sistematização são divididas em:
• Preparação
• Triagem
• Exame primário (ABC da vida);
• Reanimação
• Medidas auxiliares ao exame primário e à reanimação
• Exame secundário (céfalo-caudal) e história
• Medidas auxiliares ao exame secundário
• Reavaliação e monitoração após reanimação
• Cuidados definitivos
Advanced Trauma Life Support - ATLS
Suporte de Vida Avançado ao Trauma
PREPARAÇÃO
Fase pré-hospitalar
• A estruturação do atendimento pré-hospitalar (APH), deve se dar de tal maneira que o intra-
hospitalar deverá ser notificado durante o transporte da vítima, visando a provisão de todos os
recursos humanos e materiais necessários ao atendimento.
• O APH prioriza a manutençãodas vias aéreas, controle de hemorragias, imobilização e transporte
seguro a um centro de referência ao trauma, preferencialmente.
Fase intra-hospitalar
• Com a provisão de recursos humanos e materiais antecedendo a chegada da vítima no âmbito
intra-hospitalar, o atendimento tornar-se-á mais adequado. Para que esta situação ocorra, as
instituições hospitalares devem ser dotadas de protocolosque permitam a convocaçãode mais
profissionais quando necessário laboratório e radiologia que assegurem uma resposta rápida as
solicitações, e que a própria instituição ofereça condições ideais para tal atendimento.
10/03/2014
2
TRIAGEM
• Nesta fase ter-se-á a classificação das vítimas de acordo
gravidade e recursos disponíveis, baseados no ABC da
vida. A triagem também se faz necessária para que a vítima
seja transportada para uma instituição de referência
adequada, situação esta que deverá ser avisada
previamente pela equipe do APH.
*Quando há situações onde exista um grande número de
pessoas é importante que as vítimas com risco iminente de
morte sejam removidas com prioridade ao intra-hospitalar.
EXAME PRIMÁRIO
• Na avaliação de uma vítima de trauma é importante que
sejam estabelecidas as prioridades. Este processo é
denominado avaliação primária, que visa identificar e
corrigir as condições da vítima que ofereçam risco de
morte. A seguinte sequência deve ser seguida nesta fase do
atendimento:
• A – Vias aéreas com proteção da coluna cervical
• B – Respiração e ventilação
• C – Circulação com controle da hemorragia
• D – Incapacidade, estado neurológico
• E – Exposição, controle do ambiente
EXAME PRIMÁRIO
AVALIAÇÃO REALIZADA ENTRE 2 e 5 MINUTOS
Manutenção de vias aéreas com
proteção da coluna cervical
• A avaliação das vias aéreas é a primeira ação do
profissional que primeiramente presta atendimento à
vítima, buscando se há qualquer natureza de obstrução
seja por corpo estranho, sangue ou fraturas.
• Durante todas as manobras de abordagem das vias
aéreas a estabilidade da coluna cervical deve ser
mantida por estabilização manual por outro
profissional ou o paciente deve estar com colar
cervical, coxim lateral, evitando assim a movimentação
excessiva da mesma.
Frequência ventilatória
• A frequência ventilatória é avaliada expondo o
tórax da vítima e colocando a mão sobre o
mesmo, assim o examinador pode além de
observar os movimentos da caixa torácica
pode também senti-los. Deve-se então contar
o número de inspirações em um minuto.
FREQUENCIA VENTILATÓRIA
10/03/2014
3
Avaliação da perfusão / CIRCULAÇÃO
• A perda de grandes volumes é considerada a
principal causa de mortes em vítimas de
trauma, devido este fato a hipotensão sempre
deverá ser considerada até que se descartem
todas as possibilidades de grandes
hemorragias.
CIRCULAÇÃO
• Para se avaliar indiretamente o volume
sanguíneo e débito cardíaco na abordagem
primária utilizam-se os seguintes parâmetros:
• NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
• PELE
• PULSO
• ENCHIMENTO CAPILAR
EXAME NEUROLÓGICO
• O exame neurológico durante a avaliação
primária é realizado:
• Classificando o paciente de acordo a Escala de
Coma de Glasgow (ECG),
• Examinando a pupila (diâmetro e reatividade
à luz),
• Motricidade dos membros.
EXAME NEUROLÓGICO
EXAME NEUROLÓGICO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
• E.C.G
10/03/2014
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ASSIMETRIA DAS PUPILAS
• VERIFICAR REAÇÃO DAS PUPILAS A LUZ.
EXPOSIÇÃO
• Remoção de toda vestimenta é realizada na chegada,
com exposição do tórax e membros superiores para
avaliação, monitoramento e punção venosa.
• Durante este momento é realizada a rolagem em bloco
para facilitar a remoção das vestimentas e realização
do exame do dorso, que compreende a inspeção e
palpação.
• Posteriormente faz-se a limpeza e medicação
temporária das feridas, posicionamento de talas e
tutores ortopédicos e, por fim, o paciente é coberto
com manta térmica para se prevenir a dispersão de
calor
REANIMAÇÃO
• A reanimação deve ser dotada de medidas
imediatas e agressivas promovendo o
tratamento das lesões que ofereçam risco de
morte a vítima de trauma durante a avaliação
primária.
• Esta medida pode otimizar a sobrevida da
vítima.
EXAME SECUNDÁRIO
• EVENTOS PRECEDENTES AO TRAUMA E AO AMBIENTE
EXAME SECUNDÁRIO
• O exame secundário ou avaliação secundária deve ser
iniciado imediatamente após a conclusão do exame
primário
• Exames complementares como radiografias, estudos
laboratoriais são realizados nesta fase.
• A cinemática do trauma, história pregressa e outros
dados que se ache inerente ao atendimento devem
ser colhidos da melhor forma possível, visto que esta
viabiliza um melhor esclarecimento do estado da
vítima e das possíveis lesões a que esta foi exposta
Medidas auxiliares ao exame
secundário.
• O diagnóstico por imagem especializado é um
aliado importante para um diagnóstico mais
preciso da vítima de trauma. Este inclui:
tomografia computadorizada, urografia
excretora, arteriografia, ultra-sonografia entre
outros exames diagnósticos.
• É importante lembrar que os exames citados
acima devem ser realizados com a vítima
hemodinamicamente estável.
10/03/2014
5
MEDIDAS AUXILIARES NO EXAME
SECUNDÁRIO
• Reavaliação.
• A reavaliação da vítima de trauma deve ser constante e
dinâmica, pois intercorrências podem surgir mesmo
depois da vítima estabilizada, visto que esta pode ser
portadora de patologias pré-existentes que podem
evidenciar-se tardiamente.
• Tratamento definitivo.
• A realização de uma triagem adequada viabiliza a provisão
de um tratamento definitivo para a vítima de trauma.
REFERÊNCIAS
• ATLS – Manual do curso para alunos –
Tradução da 7ª Edição.
• PHTLS – Atendimento Pré-hospitalar ao
traumatizado – Tradução da 6ª Edição
• www.saude.sp.gov.br

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0312 atendimento básico a vítima de politraumatismo - Marion

  • 1. 10/03/2014 1 ATENDIMENTO BÁSICO A VÍTIMA DE POLITRAUMATISMO Profa. Marion Vecina A. Vecina INTRODUÇÃO • "Os prontos-socorros públicos vivenciaram, na última década, o surgimento de uma verdadeira epidemia de acidentes de trânsito, sobretudo de motociclistas, que lotam as emergências e são geralmente casos muito graves. • Esta nova realidade exige das equipes de PS dos hospitais gerais a priorização do atendimento a esses pacientes, que costumam chegar em estado delicado, muitos correndo risco de morte“ Magali Vicente Proença, diretora do Conjunto Hospitalar do Mandaqui Internações de vítimas de politrauma triplicam em 10 anos na Grande SP • No Estado, crescimento do número de atendimentos em hospitais do SUS foi de 124% no período, aponta levantamento da Secretaria • Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que o número de internações de vítimas de politraumatismo na região metropolitana da Grande São Paulo (incluindo a capital) mais do que triplicou em um período de 10 anos. • Em 2002 os custos com este tipo de internação foram de R$ 8,3 milhões no Estado. Em 2011, o valor chegou a R$ 27,7 milhões. www.saude.sp.gov.br INTRODUÇÃO • A avaliação rápida e precisa de uma vítima de trauma são de suma importância para que medidas sejam aplicadas adequadamente ao suporte de vida. Desta maneira, o tempo e uma abordagem sistematizada são indispensáveis para que este processo ocorra. INTRODUÇÃO • As etapas desta sistematização são divididas em: • Preparação • Triagem • Exame primário (ABC da vida); • Reanimação • Medidas auxiliares ao exame primário e à reanimação • Exame secundário (céfalo-caudal) e história • Medidas auxiliares ao exame secundário • Reavaliação e monitoração após reanimação • Cuidados definitivos Advanced Trauma Life Support - ATLS Suporte de Vida Avançado ao Trauma PREPARAÇÃO Fase pré-hospitalar • A estruturação do atendimento pré-hospitalar (APH), deve se dar de tal maneira que o intra- hospitalar deverá ser notificado durante o transporte da vítima, visando a provisão de todos os recursos humanos e materiais necessários ao atendimento. • O APH prioriza a manutençãodas vias aéreas, controle de hemorragias, imobilização e transporte seguro a um centro de referência ao trauma, preferencialmente. Fase intra-hospitalar • Com a provisão de recursos humanos e materiais antecedendo a chegada da vítima no âmbito intra-hospitalar, o atendimento tornar-se-á mais adequado. Para que esta situação ocorra, as instituições hospitalares devem ser dotadas de protocolosque permitam a convocaçãode mais profissionais quando necessário laboratório e radiologia que assegurem uma resposta rápida as solicitações, e que a própria instituição ofereça condições ideais para tal atendimento.
  • 2. 10/03/2014 2 TRIAGEM • Nesta fase ter-se-á a classificação das vítimas de acordo gravidade e recursos disponíveis, baseados no ABC da vida. A triagem também se faz necessária para que a vítima seja transportada para uma instituição de referência adequada, situação esta que deverá ser avisada previamente pela equipe do APH. *Quando há situações onde exista um grande número de pessoas é importante que as vítimas com risco iminente de morte sejam removidas com prioridade ao intra-hospitalar. EXAME PRIMÁRIO • Na avaliação de uma vítima de trauma é importante que sejam estabelecidas as prioridades. Este processo é denominado avaliação primária, que visa identificar e corrigir as condições da vítima que ofereçam risco de morte. A seguinte sequência deve ser seguida nesta fase do atendimento: • A – Vias aéreas com proteção da coluna cervical • B – Respiração e ventilação • C – Circulação com controle da hemorragia • D – Incapacidade, estado neurológico • E – Exposição, controle do ambiente EXAME PRIMÁRIO AVALIAÇÃO REALIZADA ENTRE 2 e 5 MINUTOS Manutenção de vias aéreas com proteção da coluna cervical • A avaliação das vias aéreas é a primeira ação do profissional que primeiramente presta atendimento à vítima, buscando se há qualquer natureza de obstrução seja por corpo estranho, sangue ou fraturas. • Durante todas as manobras de abordagem das vias aéreas a estabilidade da coluna cervical deve ser mantida por estabilização manual por outro profissional ou o paciente deve estar com colar cervical, coxim lateral, evitando assim a movimentação excessiva da mesma. Frequência ventilatória • A frequência ventilatória é avaliada expondo o tórax da vítima e colocando a mão sobre o mesmo, assim o examinador pode além de observar os movimentos da caixa torácica pode também senti-los. Deve-se então contar o número de inspirações em um minuto. FREQUENCIA VENTILATÓRIA
  • 3. 10/03/2014 3 Avaliação da perfusão / CIRCULAÇÃO • A perda de grandes volumes é considerada a principal causa de mortes em vítimas de trauma, devido este fato a hipotensão sempre deverá ser considerada até que se descartem todas as possibilidades de grandes hemorragias. CIRCULAÇÃO • Para se avaliar indiretamente o volume sanguíneo e débito cardíaco na abordagem primária utilizam-se os seguintes parâmetros: • NÍVEL DE CONSCIÊNCIA • PELE • PULSO • ENCHIMENTO CAPILAR EXAME NEUROLÓGICO • O exame neurológico durante a avaliação primária é realizado: • Classificando o paciente de acordo a Escala de Coma de Glasgow (ECG), • Examinando a pupila (diâmetro e reatividade à luz), • Motricidade dos membros. EXAME NEUROLÓGICO EXAME NEUROLÓGICO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA • E.C.G
  • 4. 10/03/2014 4 ASSIMETRIA DAS PUPILAS • VERIFICAR REAÇÃO DAS PUPILAS A LUZ. EXPOSIÇÃO • Remoção de toda vestimenta é realizada na chegada, com exposição do tórax e membros superiores para avaliação, monitoramento e punção venosa. • Durante este momento é realizada a rolagem em bloco para facilitar a remoção das vestimentas e realização do exame do dorso, que compreende a inspeção e palpação. • Posteriormente faz-se a limpeza e medicação temporária das feridas, posicionamento de talas e tutores ortopédicos e, por fim, o paciente é coberto com manta térmica para se prevenir a dispersão de calor REANIMAÇÃO • A reanimação deve ser dotada de medidas imediatas e agressivas promovendo o tratamento das lesões que ofereçam risco de morte a vítima de trauma durante a avaliação primária. • Esta medida pode otimizar a sobrevida da vítima. EXAME SECUNDÁRIO • EVENTOS PRECEDENTES AO TRAUMA E AO AMBIENTE EXAME SECUNDÁRIO • O exame secundário ou avaliação secundária deve ser iniciado imediatamente após a conclusão do exame primário • Exames complementares como radiografias, estudos laboratoriais são realizados nesta fase. • A cinemática do trauma, história pregressa e outros dados que se ache inerente ao atendimento devem ser colhidos da melhor forma possível, visto que esta viabiliza um melhor esclarecimento do estado da vítima e das possíveis lesões a que esta foi exposta Medidas auxiliares ao exame secundário. • O diagnóstico por imagem especializado é um aliado importante para um diagnóstico mais preciso da vítima de trauma. Este inclui: tomografia computadorizada, urografia excretora, arteriografia, ultra-sonografia entre outros exames diagnósticos. • É importante lembrar que os exames citados acima devem ser realizados com a vítima hemodinamicamente estável.
  • 5. 10/03/2014 5 MEDIDAS AUXILIARES NO EXAME SECUNDÁRIO • Reavaliação. • A reavaliação da vítima de trauma deve ser constante e dinâmica, pois intercorrências podem surgir mesmo depois da vítima estabilizada, visto que esta pode ser portadora de patologias pré-existentes que podem evidenciar-se tardiamente. • Tratamento definitivo. • A realização de uma triagem adequada viabiliza a provisão de um tratamento definitivo para a vítima de trauma. REFERÊNCIAS • ATLS – Manual do curso para alunos – Tradução da 7ª Edição. • PHTLS – Atendimento Pré-hospitalar ao traumatizado – Tradução da 6ª Edição • www.saude.sp.gov.br