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Amor de Perdição Camilo Castelo Branco
Personagens:                         Simão Botelho                         Domingos Botelho(pai de Simão)                         D. Rita Preciosa (mãe de Simão)                         Rita ( irmã mais nova de Simão)                         Teresa Albuquerque                         Tadeu de Albuquerque                          Baltazar Coutinho,                         João da Cruz (ferrador)                          Mariana                          Arreeiro                          A Mendiga
No romance , o narrador-autor reproduz o registro de prisão de Simão Botelho nas cadeias da Relação do Porto. Inicialmente, fala diretamente ao leitor, imaginando a reação que tal história poderia provocar : compaixão, choro, raiva, revolta.
“ (...) Dezoito anos!... E degredado da pátria, do amor e da família! Nunca mais o céu de Portugal, nem liberdade, nem irmãos, nem mãe, nem reabilitação, nem dignidade, nenhum amigo!... É triste!          O leitor decerto se compungiria; e a leitora se lhe dissessem em menos de uma linha a história daqueles dezoito anos choraria! ”   Trecho extraído do livro Amor de Perdição.
Simão Botelho,15 anos, filho de Domingos Botelho e D. Rita, estuda em Coimbra. Em um determinado período de férias vai para Viseu, onde moram seus pais, onde por ventura se  mete numa briga em defesa de um criado que fora espancado, seu pai enfurecido o quer ver preso. Sua mãe o ajuda na fuga para Coimbra, onde aconselha que o filho aguarde aplacar a fúria do pai.
“    O discurso ia no mais acrisolado da ideia regicida, quando uma escolta de verdeais lhe aguou a escandescência.  Quis o orador resistir, aperrando as pistolas, mas de sobra sabiam os braços musculosos da corte do reitor com quem as havia. O jacobino, desarmado e cercado, entre a escolta dos arqueiros foi levado ao cárcere acadêmico, donde saiu seis meses depois, a grandes instância dos amigos de seu pai e dos parentes de D. Rita Preciosa. ”
“    No espaço de três meses fez-se maravilhosa mudança nos costumes de Simão. As companhias do relé despresou-as. Saía de casa raras vezes, ou só, ou com sua irmão mais nova, sua predileta... Em casa encerrava-se no se quarto, e saía quando o chamavam para a mesa.”
        Desconhece a esse momento Domingos Botelho a real razão da mudança de seu filho: o rapaz nos seus 17 anos está apaixonado pela filha do vizinho, um inimigo de seu pai. A inimizade tinha se concretizado quando Domingos Botelho dera sentenças contrárias aos interesses de Tadeu de Albuquerque e azedado mais uma vez quando Simão machuca empregados de Tadeu em recente briga. Por três meses, Simão e Teresa encontram-se e falam às escondidas, sem levantar nenhuma suspeita.
           Na véspera do retorno de Simão à Coimbra, os enamorados falam-se pela janela, quando subitamente Teresa é arrancada da frente de Simão. É seu pai, reagindo fortemente ao flagrante. Simão se desespera, tem febre, mas assim mesmo parte para Coimbra, com o plano de retornar secretamente para se comunicar com Teresa.
“Quando metia o pé no estribo, viu ao seu lado uma velha mendiga, estendeu-lhe a mão aberta como quem pede esmola, e, na palma da mão um pequeno papel. Sobressaltou-se o moço; e a poucos passos distante de sua casa, leu estas linhas: (...)” “     Meu pai diz que me vai encerrar num convento por tua causa. Sofrerei tudo por amor de ti. Não me esqueças tu, e achar-me-ás no convento, ou no céu, sempre tua do coração e sempre leal Parte para Coimbra. Lá irão dar as minhas cartas; e na primeira te direi em que nome hás de responder a tua pobre Teresa”
Rita, a irmã caçula de Simão, e Teresa começam a travar uma amizade secreta, com conversas sussurradas através das janelas.       Tadeu tem para consigo a convicção de que o melhor remédio para curar aquela paixão é o silêncio e a distância. Planeja secretamente casar a filha com um primo, Baltasar Coutinho. Chama logo o rapaz a Viseu, conta seus planos e lhe incentiva a cortejar a filha. Teresa, no entanto, se nega a Baltasar, que insiste em conhecer suas razões: quer ouvir a confissão da prima sobre seu rival.
                “O que ele fez foi logo chamar a Viseu o sobrinho de Castro-d’ Aire, e preveni-lo do seu desígnio, para que ele, em face de Teresa, procedesse como convinha a um enamorado de feição, e mutuamente se apaixonassem e prometessem auspicioso futuro ao casamento”
“Simão tremia sazões  e as artéria frontais  arfavam-lhe entumescidas . Nesse propósito saiu, alugou cavalo, e recolheu a vestir-se de jornada.”          “Quando o arreeiro bateuà porta, Simão Botelho(...); resolvera ir a Viseu, entrar de noite, esconder-se e ver Teresa.”
        Fica acertada uma hospedagem na casa do primo do arreeiro, o ferrador João da Cruz. O arreeiro encaminha correspondência para Teresa. Ao longe, Simão percebe que na casa de sua amada está acontecendo um festa. É uma nova investida de Tadeu, que planeja agora propiciar convívio social a Teresa, na esperança que assim ela deixe de teimar em amar o único rapaz que conhece.
“ (...)Naquela noite se festejava os seus anos, e se reuniram em casa os parentes. Disse-lhe que ás onze horas em ponto ela iria ao quintal e abriria a porta.”
         O primo Baltasar se encontra entre os convidados e observa todos os passos de Teresa. Percebe assim quando Teresa sai da sala e se dirige ao fundo do quintal. A menina volta logo, mas o primo continua a observá-la e, numa segunda escapada, a segue até o jardim. Teresa percebe seu vulto e se assusta, retornado a casa. Ao pai, Teresa alega que está sentindo dores. Mas como o primo Baltasar não é encontrado na sala, Teresa se oferece para ir procurá-lo lá fora. Aproveita a oportunidade para ir ao encontro de Simão que a esperava junto ao muro.
            Trocam os enamorados correspondência. Simão passa o dia na casa do ferrador, que lhe revela se sentir a ele unido por dever de gratidão: o ferrador escapou há três anos da forca por intermédio do pai de Simão. Coincidentemente, há mais tempo ainda, foi empregado de Baltasar Coutinho, que lhe emprestou dinheiro para se estabelecer e, há coisa de poucos meses, lhe chamou pedindo que matasse um homem: o próprio Simão.
            Trocam os enamorados correspondência. Simão passa o dia na casa do ferrador, que lhe revela se sentir a ele unido por dever de gratidão: o ferrador escapou há três anos da forca por intermédio do pai de Simão. Coincidentemente, há mais tempo ainda, foi empregado de Baltasar Coutinho, que lhe emprestou dinheiro para se estabelecer e, há coisa de poucos meses, lhe chamou pedindo que matasse um homem: o próprio Simão.
Seguem a Viseu Simão, o ferrador e o arreeiro. Baltasar Coutinho e dois homens estão preparando uma tocaia. Ambos os grupos discutem suas estratégias. Simão mal se avista com Teresa e o clima fica tão tenso e perigoso, que o grupo planeja a retirada. No caminho, encontram mesmo os homens de Baltasar; matam um e ferem o outro. Simão tenta dissuadir João da Cruz a consumar o segundo assassinato, mas o ferreiro não o escuta. Os crimes permanecem um mistério, sem testemunhas e sem ninguém em condições de denunciá-los, já que todos os envolvidos têm sua parcela de culpa e participação.
No embate, Simão fora ferido e passa por temporada de recuperação na casa do ferreiro. É cuidado por Mariana, de quem aos pouco descobre o amor. Enquanto isso, Teresa é levada provisoriamente ao convento de Viseu, enquanto não se completam os preparativos para sua transferência para o convento de Monchique, no Porto.
          No convento encontra o favor de uma das freiras, que se compromete a restabelecer sua correspondência com Simão. À noite, quase no escuro, Teresa escreve carta para Simão. O rapaz, ao receber a carta com notícias do convento, escreve resposta e pede que o ferrador se encarregue de encaminhá-la. O ferrador percebe que o rapaz está quase sem dinheiro e com a filha inventa uma forma de resolver também este problema de Simão: dizem que a mãe lhe enviou dinheiro. Prepara-se a mudança de Teresa para Monchique e cresce a desesperança dos amantes.
        Envia por Mariana uma carta, entregue em mãos a Teresa no convento. Em resposta a Simão, Teresa manda dizer que de nada adiantam os planos de fuga porque uma grande escolta a acompanha na viagem, incluindo o primo Baltasar... Simão se aflige em especial com este detalhe da notícia. Resolve assim mesmo ir ver Teresa à saída do convento e João da Cruz se prontifica a acompanhá-lo, com um grupo, para que possam proceder a um rapto. Simão não aprova o plano, mas mantém em segredo a decisão de ir ver Teresa. Noite alta, Simão aguarda nas proximidades do convento. Às quatro e meia, começa a movimentação da comitiva, formada por Tadeu de Albuquerque, criados, Baltasar e suas irmãs.
Tão logo saem todos, Simão os intercepta. Agredido verbalmente por Baltasar, reage e, quando o rival avança, responde com um tiro de pistola. Neste momento, surge o ferrador que incita Simão fugir. Simão, no entanto, se recusa. O meirinho-geral, vizinho do convento, chega rapidamente e lhe sugere novamente a fuga, que novamente é recusada.
             O crime rapidamente chega ao conhecimento da família Botelho. As irmãs choram, a mãe espera que o pai interceda favoravelmente ao filho, mas Domingos Botelho é duro: espera que a lei se cumpra com rigor. A situação de Simão é péssima: confessa tudo, sem nem alegar legítima defesa. O pai se nega inclusive a lhe financiar o conforto e as primeiras necessidades na cadeia e decide mudar com a família de Viseu, para que ninguém se sinta coagido a facilitar a situação de Simão. Já na cadeia, Simão recebe almoço mandado por sua mãe e acompanhado de uma carta. Pelos dizeres da mãe, acaba por concluir que a ajuda que recebera anteriormente não viera dela e passa a recusar qualquer auxílio materno.
Simão é condenado à forca.Mariana, tão logo sai a sentença, sofre de um ataque de loucura.Amigos, conhecidos, familiares e sobretudo sua mãe, Rita, pressionam seu pai a interceder em seu favor, mas Domingos Botelho, residindo afastado da família, resiste a fazê-lo. Até que um tio o põe contra a parede.
        Domingos Botelho age, movido também pelo prazer em se mostrar mais influente que Tadeu de Albuquerque. Consegue assim a comutação da pena do filho para um degredo de dez anos na Índia.         Enquanto isso, Teresa se encontra no convento de Monchique, no Porto. Acompanhada de uma criada, Constança, e bem tratada pela sua tia, prelada do convento. Consegue brecha para mandar carta a Simão, onde manifesta que também se sente à espera da morte.
        João da Cruz, que vem acompanhado da filha, já recuperada. Mariana quer novamente servir a Simão. Também restabelece-se a possibilidade de correspondência com Teresa. João da Cruz retorna a Viseu, deixando Mariana com Simão.          Pouco depois João da Cruz é morto em vingança de um antigo crime. Mariana então retorna a Viseu e vende tudo o que seu pai lhe deixou, com a intenção de estar livre para acompanhar Simão no seu degredo. Passam-se ainda alguns meses até que em 17 de março de 1807 Simão da Botelho embarca para a Índia. Mariana, sem maiores dificuldades, consegue um lugar à bordo.
“-Onde é Monchique ? – Perguntou Simão a Mariana.   -É acolá, senhor Simão.            Cruzou os braços Simão, e viu através do gradeamento do mirante um Vulto.            Era Teresa.” Teresa “Emaçou depois as cartas, e cintou-as com cintas de seda desenlaçadas de raminhos de flores murchas, que Simão, dois anos antes, lhe atirara da sua janela ao quarto dela.(...) Deu as cartas a Constança, e encarregou-a de uma ordem, a respeito das cartas.”
“(...)e, estendendo o braço à mendiga recebeu o pacotinho de cartas enviado por Teresa.”  Lá mesmo no mirante, Teresa morre. O capitão do navio conta a Simão detalhes da morte de Teresa e promete a esse que, caso algo lhe aconteça, reconduzira Mariana a Portugal.
      Simão lê a derradeira carta de Teresa, que lhe chegou junto ao maço de correspondência. Algum tempo depois morre Simão. Seu corpo é lançado ao mar, e algo que todos viram e ninguém já pode segurar foi Mariana que também se atirara ao mar.
Simão Amou, perdeu-se, e       morreu amando.
O amor de Simão Botelho e Teresa Albuquerque:   Amor singularmente discreto e cauteloso
Sobre  o  Autor
Amor de perdição

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  • 1. Amor de Perdição Camilo Castelo Branco
  • 2. Personagens: Simão Botelho Domingos Botelho(pai de Simão) D. Rita Preciosa (mãe de Simão) Rita ( irmã mais nova de Simão) Teresa Albuquerque Tadeu de Albuquerque Baltazar Coutinho, João da Cruz (ferrador) Mariana Arreeiro A Mendiga
  • 3. No romance , o narrador-autor reproduz o registro de prisão de Simão Botelho nas cadeias da Relação do Porto. Inicialmente, fala diretamente ao leitor, imaginando a reação que tal história poderia provocar : compaixão, choro, raiva, revolta.
  • 4. “ (...) Dezoito anos!... E degredado da pátria, do amor e da família! Nunca mais o céu de Portugal, nem liberdade, nem irmãos, nem mãe, nem reabilitação, nem dignidade, nenhum amigo!... É triste! O leitor decerto se compungiria; e a leitora se lhe dissessem em menos de uma linha a história daqueles dezoito anos choraria! ” Trecho extraído do livro Amor de Perdição.
  • 5. Simão Botelho,15 anos, filho de Domingos Botelho e D. Rita, estuda em Coimbra. Em um determinado período de férias vai para Viseu, onde moram seus pais, onde por ventura se mete numa briga em defesa de um criado que fora espancado, seu pai enfurecido o quer ver preso. Sua mãe o ajuda na fuga para Coimbra, onde aconselha que o filho aguarde aplacar a fúria do pai.
  • 6. O discurso ia no mais acrisolado da ideia regicida, quando uma escolta de verdeais lhe aguou a escandescência. Quis o orador resistir, aperrando as pistolas, mas de sobra sabiam os braços musculosos da corte do reitor com quem as havia. O jacobino, desarmado e cercado, entre a escolta dos arqueiros foi levado ao cárcere acadêmico, donde saiu seis meses depois, a grandes instância dos amigos de seu pai e dos parentes de D. Rita Preciosa. ”
  • 7. No espaço de três meses fez-se maravilhosa mudança nos costumes de Simão. As companhias do relé despresou-as. Saía de casa raras vezes, ou só, ou com sua irmão mais nova, sua predileta... Em casa encerrava-se no se quarto, e saía quando o chamavam para a mesa.”
  • 8. Desconhece a esse momento Domingos Botelho a real razão da mudança de seu filho: o rapaz nos seus 17 anos está apaixonado pela filha do vizinho, um inimigo de seu pai. A inimizade tinha se concretizado quando Domingos Botelho dera sentenças contrárias aos interesses de Tadeu de Albuquerque e azedado mais uma vez quando Simão machuca empregados de Tadeu em recente briga. Por três meses, Simão e Teresa encontram-se e falam às escondidas, sem levantar nenhuma suspeita.
  • 9. Na véspera do retorno de Simão à Coimbra, os enamorados falam-se pela janela, quando subitamente Teresa é arrancada da frente de Simão. É seu pai, reagindo fortemente ao flagrante. Simão se desespera, tem febre, mas assim mesmo parte para Coimbra, com o plano de retornar secretamente para se comunicar com Teresa.
  • 10. “Quando metia o pé no estribo, viu ao seu lado uma velha mendiga, estendeu-lhe a mão aberta como quem pede esmola, e, na palma da mão um pequeno papel. Sobressaltou-se o moço; e a poucos passos distante de sua casa, leu estas linhas: (...)” “ Meu pai diz que me vai encerrar num convento por tua causa. Sofrerei tudo por amor de ti. Não me esqueças tu, e achar-me-ás no convento, ou no céu, sempre tua do coração e sempre leal Parte para Coimbra. Lá irão dar as minhas cartas; e na primeira te direi em que nome hás de responder a tua pobre Teresa”
  • 11. Rita, a irmã caçula de Simão, e Teresa começam a travar uma amizade secreta, com conversas sussurradas através das janelas. Tadeu tem para consigo a convicção de que o melhor remédio para curar aquela paixão é o silêncio e a distância. Planeja secretamente casar a filha com um primo, Baltasar Coutinho. Chama logo o rapaz a Viseu, conta seus planos e lhe incentiva a cortejar a filha. Teresa, no entanto, se nega a Baltasar, que insiste em conhecer suas razões: quer ouvir a confissão da prima sobre seu rival.
  • 12. “O que ele fez foi logo chamar a Viseu o sobrinho de Castro-d’ Aire, e preveni-lo do seu desígnio, para que ele, em face de Teresa, procedesse como convinha a um enamorado de feição, e mutuamente se apaixonassem e prometessem auspicioso futuro ao casamento”
  • 13. “Simão tremia sazões e as artéria frontais arfavam-lhe entumescidas . Nesse propósito saiu, alugou cavalo, e recolheu a vestir-se de jornada.” “Quando o arreeiro bateuà porta, Simão Botelho(...); resolvera ir a Viseu, entrar de noite, esconder-se e ver Teresa.”
  • 14. Fica acertada uma hospedagem na casa do primo do arreeiro, o ferrador João da Cruz. O arreeiro encaminha correspondência para Teresa. Ao longe, Simão percebe que na casa de sua amada está acontecendo um festa. É uma nova investida de Tadeu, que planeja agora propiciar convívio social a Teresa, na esperança que assim ela deixe de teimar em amar o único rapaz que conhece.
  • 15. “ (...)Naquela noite se festejava os seus anos, e se reuniram em casa os parentes. Disse-lhe que ás onze horas em ponto ela iria ao quintal e abriria a porta.”
  • 16. O primo Baltasar se encontra entre os convidados e observa todos os passos de Teresa. Percebe assim quando Teresa sai da sala e se dirige ao fundo do quintal. A menina volta logo, mas o primo continua a observá-la e, numa segunda escapada, a segue até o jardim. Teresa percebe seu vulto e se assusta, retornado a casa. Ao pai, Teresa alega que está sentindo dores. Mas como o primo Baltasar não é encontrado na sala, Teresa se oferece para ir procurá-lo lá fora. Aproveita a oportunidade para ir ao encontro de Simão que a esperava junto ao muro.
  • 17. Trocam os enamorados correspondência. Simão passa o dia na casa do ferrador, que lhe revela se sentir a ele unido por dever de gratidão: o ferrador escapou há três anos da forca por intermédio do pai de Simão. Coincidentemente, há mais tempo ainda, foi empregado de Baltasar Coutinho, que lhe emprestou dinheiro para se estabelecer e, há coisa de poucos meses, lhe chamou pedindo que matasse um homem: o próprio Simão.
  • 18. Trocam os enamorados correspondência. Simão passa o dia na casa do ferrador, que lhe revela se sentir a ele unido por dever de gratidão: o ferrador escapou há três anos da forca por intermédio do pai de Simão. Coincidentemente, há mais tempo ainda, foi empregado de Baltasar Coutinho, que lhe emprestou dinheiro para se estabelecer e, há coisa de poucos meses, lhe chamou pedindo que matasse um homem: o próprio Simão.
  • 19. Seguem a Viseu Simão, o ferrador e o arreeiro. Baltasar Coutinho e dois homens estão preparando uma tocaia. Ambos os grupos discutem suas estratégias. Simão mal se avista com Teresa e o clima fica tão tenso e perigoso, que o grupo planeja a retirada. No caminho, encontram mesmo os homens de Baltasar; matam um e ferem o outro. Simão tenta dissuadir João da Cruz a consumar o segundo assassinato, mas o ferreiro não o escuta. Os crimes permanecem um mistério, sem testemunhas e sem ninguém em condições de denunciá-los, já que todos os envolvidos têm sua parcela de culpa e participação.
  • 20. No embate, Simão fora ferido e passa por temporada de recuperação na casa do ferreiro. É cuidado por Mariana, de quem aos pouco descobre o amor. Enquanto isso, Teresa é levada provisoriamente ao convento de Viseu, enquanto não se completam os preparativos para sua transferência para o convento de Monchique, no Porto.
  • 21. No convento encontra o favor de uma das freiras, que se compromete a restabelecer sua correspondência com Simão. À noite, quase no escuro, Teresa escreve carta para Simão. O rapaz, ao receber a carta com notícias do convento, escreve resposta e pede que o ferrador se encarregue de encaminhá-la. O ferrador percebe que o rapaz está quase sem dinheiro e com a filha inventa uma forma de resolver também este problema de Simão: dizem que a mãe lhe enviou dinheiro. Prepara-se a mudança de Teresa para Monchique e cresce a desesperança dos amantes.
  • 22. Envia por Mariana uma carta, entregue em mãos a Teresa no convento. Em resposta a Simão, Teresa manda dizer que de nada adiantam os planos de fuga porque uma grande escolta a acompanha na viagem, incluindo o primo Baltasar... Simão se aflige em especial com este detalhe da notícia. Resolve assim mesmo ir ver Teresa à saída do convento e João da Cruz se prontifica a acompanhá-lo, com um grupo, para que possam proceder a um rapto. Simão não aprova o plano, mas mantém em segredo a decisão de ir ver Teresa. Noite alta, Simão aguarda nas proximidades do convento. Às quatro e meia, começa a movimentação da comitiva, formada por Tadeu de Albuquerque, criados, Baltasar e suas irmãs.
  • 23. Tão logo saem todos, Simão os intercepta. Agredido verbalmente por Baltasar, reage e, quando o rival avança, responde com um tiro de pistola. Neste momento, surge o ferrador que incita Simão fugir. Simão, no entanto, se recusa. O meirinho-geral, vizinho do convento, chega rapidamente e lhe sugere novamente a fuga, que novamente é recusada.
  • 24. O crime rapidamente chega ao conhecimento da família Botelho. As irmãs choram, a mãe espera que o pai interceda favoravelmente ao filho, mas Domingos Botelho é duro: espera que a lei se cumpra com rigor. A situação de Simão é péssima: confessa tudo, sem nem alegar legítima defesa. O pai se nega inclusive a lhe financiar o conforto e as primeiras necessidades na cadeia e decide mudar com a família de Viseu, para que ninguém se sinta coagido a facilitar a situação de Simão. Já na cadeia, Simão recebe almoço mandado por sua mãe e acompanhado de uma carta. Pelos dizeres da mãe, acaba por concluir que a ajuda que recebera anteriormente não viera dela e passa a recusar qualquer auxílio materno.
  • 25. Simão é condenado à forca.Mariana, tão logo sai a sentença, sofre de um ataque de loucura.Amigos, conhecidos, familiares e sobretudo sua mãe, Rita, pressionam seu pai a interceder em seu favor, mas Domingos Botelho, residindo afastado da família, resiste a fazê-lo. Até que um tio o põe contra a parede.
  • 26. Domingos Botelho age, movido também pelo prazer em se mostrar mais influente que Tadeu de Albuquerque. Consegue assim a comutação da pena do filho para um degredo de dez anos na Índia. Enquanto isso, Teresa se encontra no convento de Monchique, no Porto. Acompanhada de uma criada, Constança, e bem tratada pela sua tia, prelada do convento. Consegue brecha para mandar carta a Simão, onde manifesta que também se sente à espera da morte.
  • 27. João da Cruz, que vem acompanhado da filha, já recuperada. Mariana quer novamente servir a Simão. Também restabelece-se a possibilidade de correspondência com Teresa. João da Cruz retorna a Viseu, deixando Mariana com Simão. Pouco depois João da Cruz é morto em vingança de um antigo crime. Mariana então retorna a Viseu e vende tudo o que seu pai lhe deixou, com a intenção de estar livre para acompanhar Simão no seu degredo. Passam-se ainda alguns meses até que em 17 de março de 1807 Simão da Botelho embarca para a Índia. Mariana, sem maiores dificuldades, consegue um lugar à bordo.
  • 28. “-Onde é Monchique ? – Perguntou Simão a Mariana. -É acolá, senhor Simão. Cruzou os braços Simão, e viu através do gradeamento do mirante um Vulto. Era Teresa.” Teresa “Emaçou depois as cartas, e cintou-as com cintas de seda desenlaçadas de raminhos de flores murchas, que Simão, dois anos antes, lhe atirara da sua janela ao quarto dela.(...) Deu as cartas a Constança, e encarregou-a de uma ordem, a respeito das cartas.”
  • 29. “(...)e, estendendo o braço à mendiga recebeu o pacotinho de cartas enviado por Teresa.” Lá mesmo no mirante, Teresa morre. O capitão do navio conta a Simão detalhes da morte de Teresa e promete a esse que, caso algo lhe aconteça, reconduzira Mariana a Portugal.
  • 30. Simão lê a derradeira carta de Teresa, que lhe chegou junto ao maço de correspondência. Algum tempo depois morre Simão. Seu corpo é lançado ao mar, e algo que todos viram e ninguém já pode segurar foi Mariana que também se atirara ao mar.
  • 31. Simão Amou, perdeu-se, e morreu amando.
  • 32. O amor de Simão Botelho e Teresa Albuquerque: Amor singularmente discreto e cauteloso
  • 33. Sobre o Autor