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Determinação da Área de
Floresta Laurissilva da Ilha da
  Madeira por Métodos de
     Detecção Remota




                            Luís Correia Antunes

                                   Aluno nº6128

           Mestrado de Georrecursos – 2004/2005

                              Detecção Remota
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                               Métodos de Detecção Remota




                                             Índice


1.     Introdução..................................................................................... 7

     1.1.    Floresta Laurissilva .................................................................... 7

     1.2.    Objectivos .............................................................................. 9

2.     Material Utilizado .......................................................................... 11

     2.1.    Metadados da Imagem de Satélite ................................................ 11

     2.2.    Cartografia e Ortofotomapas ...................................................... 12

     2.3.    Software .............................................................................. 12

3.     Processamento dos Dados................................................................. 13

     3.1.    Pré-processamento .................................................................. 15

     3.2.    Estatística da Imagem .............................................................. 19

       3.2.1.      Análise dos dados estatísticos ............................................... 19

       3.2.2.      Análise do Scattergram ....................................................... 22

     3.3.    Realce ................................................................................. 24

       3.3.1.      Transformação do Histograma ............................................... 24

       3.3.2.      Filtros............................................................................ 30

     3.4.    Transformações Multiespectrais................................................... 33

       3.4.1.      Quocientes Espectrais......................................................... 33
                                                                                                       2
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                               Métodos de Detecção Remota




       3.4.2.      Análise em Componente Principal .......................................... 36

       3.4.3.      Transformação Tasseled Cap (TTC)......................................... 40

     3.5.    Classificação.......................................................................... 42

       3.5.1.      Classificação Assistida ........................................................ 43

       3.5.2.      Classificação Automática ..................................................... 51

     3.6.    Validação da Classificação ......................................................... 54

       3.6.1.      Validação da Classificação Assistida ........................................ 54

4.     Conclusões .................................................................................. 58

5.     Bibliografia .................................................................................. 59

Anexo I ............................................................................................ 60

Anexo II ........................................................................................... 72

Anexo III .......................................................................................... 84




                                                                                                       3
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                             Índice de Imagens


Figura 1 – Figura ilustrativa do tipo de vegetação existente na Floresta Laurissiva .... 8

Figura 2 – Mapa da Ilha da Madeira com a zona da Floresta Laurissilva .................. 9

Figura 3 – Esquema com a metodologia aplicada à imagem de satélite ................ 14

Figura 4 – Exemplo da rectificação Geométrica ............................................ 15

Figura 5 – Sistema de Coordenadas criado no ERMapper para o projecto .............. 16

Figura 6 – Reamostragem da uma imagem após a aplicação do método de Vizinho Mais
Próximo ........................................................................................... 17

Figura 7 – Reamostragem da uma imagem após a aplicação do método de
Interpolação Bilinear............................................................................ 18

Figura 8 – Reamostragem da uma imagem após a aplicação do método de
Interpolação Bicúbica ........................................................................... 19

Figura 9 – Apresentação dos 4 histogramas obtidos nas bandas 1, 2, 3 e 4
respectivamente ................................................................................. 21

Figura 10 – Exemplo do Scattergram com a banda 4 e a banda 2. ...................... 22

Figura 11 – Resultado da primeira selecção de dados no Scattergram.................. 23

Figura 12 – Resultado da segunda selecção de dados no Scattergram .................. 23

Figura 13 – Exemplo da transformação radiométrica efectuada numa das bandas ... 24

Figura 14 – Resultado final da transformação efectuado sobre o histograma da
imagem............................................................................................ 25
                                                                                                    4
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Figura 15 – Realce das 4 bandas obtida pela transformação da Expansão Linear
(Linearização) do Histograma ................................................................. 27

Figura 16 – Exemplo da aplicação da técnica de Equalização ............................ 28

Figura 17 – Realce das 4 bandas obtida pela transformação da Equalização do
Histograma........................................................................................ 29

Figura 18 – Execução da filtragem sobre uma imagem [Carvalho, J.; 2004] ........... 31

Figura 19 – Resultado obtido com a aplicação de um Filtro passa-baixo Avg5 numa
imagem de cor ver verdadeira ................................................................ 31

Figura 20 – Resultado obtido com a aplicação de um Filtro Mediana numa imagem de
cor ver verdadeira............................................................................... 32

Figura 21 – Resultado obtido com a aplicação de um filtro passa-alto ................. 33

Figura 22 – Resultado da aplicação do Índice de Vegetação NDVI ....................... 34

Figura 23 – Resultado obtido na divisão do histograma em 3 Classes. .................. 35

Figura 24 – Resultado da aplicação do Índice de Vegetação TVI ......................... 36

Figura 25 – Transformação processada na Análise de Componentes Principais........ 37

Figura 26 – Resultado obtido na componente principal da ACP .......................... 38

Figura 27 – Resultado obtido na segunda componente principal da ACP ............... 38

Figura 28 – Resultado obtido na terceira componente principal da ACP ............... 39

Figura 29 – Transformação “Tasseled Cap” [Carvalho, J.; 2004] ........................ 40

Figura 30 – Resultado da componente “Brilho” da TTC ................................... 41

Figura 31 – Resultado da componente “Verde” da TTC ................................... 41

Figura 32 – Resultado da componente “Humidade” da TTC .............................. 42

                                                                                                   5
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Figura 33 – Localização das várias áreas treinos através dos Ortofotomapas .......... 44

Figura 34 – Imagem com as áreas de treino criadas para a Classificação Assistida ... 45

Figura 35 – Resultado do Scattergram para a região Oceano............................. 48

Figura 36 – Resultado do Scattergram para a região Costa ............................... 48

Figura 37 – Resultado do Scattergram para a região do LSilva ........................... 49

Figura 38 – Resultado do Scattergram para a região da Vegetação Seca e Pasto ..... 49

Figura 39 – Resultado obtido na Classificação Assistida ................................... 51

Figura 40 – Parâmetros utilizados na Classificação Não Supervisionada ................ 52

Figura 41 – Número de iterações necessárias para atingir a classificação os
parâmetros definidos ........................................................................... 52

Figura 42 – Características dos Clusters obtidos na Classificação Auntomática ....... 53

Figura 43 – Imagem do resultado obtido com a Classificação Automática ............. 54

Figura 44 – Scattergram com elipse de um pixel pertencer a cada uma das regiões com
um nível de confianças de 95 % e a média de cada área treino nadas bandas 2 e 3. 55

Figura 45– Exemplo da incorrecta classificação no cidade do Funchal................. 56




                                                                                                 6
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                         Métodos de Detecção Remota




     1.        Introdução

O relatório aqui apresentado diz respeito à realização do trabalho da caracterização
do uso do solo na Ilha da Madeira, em especial da Floresta de Laurissilva, respeitante
à cadeira de Detecção Remota, do Mestrado Georrecursos, do Instituto Superior
Técnico (IST), Departamento de Minas e Georrecursos.

O objectivo principal do trabalho é a delimitação da região respeitante da Floresta
Laurissilva e cálculo da respectiva área. Com o limite determinado, podemos
sobrepor à cartografia e ortofotomapas existente da Ilha da Madeira e poder localiza-
la de uma forma mais expedita e automática. Outra das áreas de interesse é
determinar as áreas urbanas das principais cedes de concelho. A Imagem de Satélite
utilizada para o estudo é de 1998 e foi obtida pelo satélite SPOT4.

Futuramente, pretende-se monitorizar estas duas áreas detectadas remotamente, e
poder compará-la com a existente actualmente.




     1.1. Floresta Laurissilva

Laurissilva é o nome pelo qual é conhecida a floresta original da Madeira, aquela que
já aqui existia aquando da chegada dos descobridores portugueses. Esta designação
provem do latim, Laurus (loureiro, lauráceas) e Silva (floresta, bosque). Esta ocupou
outrora vastas extensões no Continente europeu, nomeadamente toda a bacia do
Mediterrâneo, europa meridional e norte de África, tendo-se aí extinguido devido às
glaciações. Os arquipélagos do Atlântico Norte, nomeadamente, Açores, Madeira,
Canárias e Cabo Verde conseguiram manter grande parte dessa ancestral vegetação
graças à capacidade termo-reguladora do oceano que os envolve.

Na Madeira, pela altura das descobertas, a Laurissilva cobria a quase totalidade da
Ilha; hoje em dia vamos encontrá-la principalmente na vertente de exposição norte

                                     Introdução                                     7
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                           Métodos de Detecção Remota




da Ilha, ocupando os profundos e remotos vales do interior, distribuída entre os 300 e
os 1300 metros de altitude, podendo considerar-se uma floresta relíquia.

Esta floresta de características higrófilas, sub-tropical húmida, representa um
ecossistema de extrema importância sob o ponto de vista botânico e científico: trata-
se de um património raro a nível mundial, onde, para além da Madeira, apenas
ocorre com significado em algumas ilhas do grupo ocidental do Arquipélago das
Canárias, dado que nos Açores e em Cabo Verde não terá resistido à ocupação
humana. A Laurissilva é caracterizada por árvores de grande porte, maioritariamente
pertencentes à família das Lauráceas (o til, o loureiro, o vinhático e o barbusano),
para além de outras como o pau branco, o folhado, o aderno, o perado ou o cedro da
Madeira. Por debaixo da copa das grandes árvores abundam arbustos (quase todos de
folha perene, à semelhança das árvores) como as urzes, a uveira, o piorno e o
sanguinho, encontrando-se, ainda, um estrato mais baixo rico em fetos, musgos,
líquenes, hepáticas e outras plantas de pequeno porte, com numerosos endemismos.




      Figura 1 – Figura ilustrativa do tipo de vegetação existente na Floresta Laurissiva


A Madeira detém a mais extensa e bem conservada Laurissilva do mundo, ocupando
uma área de 14.953,7 ha, como mostra a Figura 2, totalmente incluída no Parque
Natural da Madeira como Reserva Natural Parcial e Reserva Natural Integral. É uma
Zona de Protecção Especial no âmbito da Directiva Aves Selvagens e um Sítio de

                                         Introdução                                         8
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                         Métodos de Detecção Remota




Interesse Comunitário ao abrigo da Directiva Habitats. É Reserva Biogenética do
Conselho da Europa desde 1992 e foi incluída na Lista do Património Natural Mundial
da UNESCO em Dezembro de 1999.




                                                                    Área de
                                                                   Laurissilva

           Figura 2 – Mapa da Ilha da Madeira com a zona da Floresta Laurissilva


     1.2. Objectivos

O objectivo inicial do trabalho apresentado é o de aplicar os conhecimentos
adquiridos na cadeira de Mestrado numa imagem SPOT da Madeira, e poder, com a
aplicação de técnicas de Classificação Assistida e Automática, poder delimitar as
várias áreas que pretendemos caracterizar.

Futuramente, com os resultados obtidos, pretende-se realizar uma monitorização da
orla costeira e da floresta Laurissilva, e a determinação do aumento das zonas
urbanas. Será também interessante determinar o aumento e distribuição das
florestas introduzidas, como o eucalipto e/ou pinheiro.

O trabalho é constituído pelas seguintes fases:

       Capítulo 2 – Descrição dos vários elementos utilizados durante a execução
do trabalho;

       Capítulo 3 – Descrição das várias fases do processamento dos dados onde se
expõe as várias metodologias utilizadas e os resultado de cada uma delas. Este
capítulo é devido pelas seguintes fases:

                                       Introdução                                  9
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                   Métodos de Detecção Remota




               . Pré-processamento dos dados;
               . Estatística da Imagem;
               . Realce da Imagem
               . Transformação Multiespectrais;
               . Classificação da Imagem;
               . Verificação/Validação dos resultados obtidos;

   Capítulo 4 – Conclusões sobre os resultados obtidos.




                               Introdução                             10
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                         Métodos de Detecção Remota




     2.        Material Utilizado

Neste capítulo vamos descrever e caracterizar todos os elementos utilizados para a
execução do referido trabalho. Haverá referência dos softwares e em que fase do
processo foram utilizados, a descrição de outra informação geográfica de auxílio e
uma descrição dos Metadados da imagem de satélite.


     2.1. Metadados da Imagem de Satélite

A imagem utilizada foi capturada pelo Satélite SPOT4 em Agosto de 1998, ou seja, foi
adquirida no pico do Verão. Isto pode influenciar os valores existentes na banda
infra-vermelhos. Se houvesse vegetação de folhagem caduca, estas apareceriam com
os valores elevados nestas bandas. Mas a floresta em estudo não tem folhagem
sazonal, não influenciando com a época de captura da imagem.

Uma característica deste satélite em relação aos antecessores satélites SPOT é a
introdução de uma nova banda Infra-Vermelho médio (SWIR), dedicado a estudar a
vegetação e interpretar com maior detalhe as várias características do solo. Devido a
captar comprimentos de ondas maiores, esta banda não é tão influenciada pelos
ruídos provocados pela atmosfera terrestre, melhorando assim o contraste e a
claridade textual da imagem. Esta banda SWIR fornece maior detalhe do conteúdo de
água e humidade, e fases do crescimento das plantas na altura que o SPOT 4 passa
sobre esta área.

As características gerais deste satélite são descritas no Quadro 1.

  Lançamento        24 Março 1998
  Lançador          Ariane 4
  Orbita            822 km de altitude
  Inclinação        98.7 graus heliosíncrono
  Largura do
                    60 km
  swath
  Sensor HRVIR      Pancromático: Resolução espacial: 10 metros; Banda espectral 510-

                                    Material Utilizado                                  11
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                          Métodos de Detecção Remota




                    730 nm)
                    Multi-espectral: Resolução espacial: 20 metros; Bandas espectrais:
                    Banda1 (500-590 nm) -> Banda visível verde;
                    Banda2 (610-680 nm) -> Banda visível vermelho;
                    Banda3 (780-890 nm) -> Banda Infra-Vermelho Próximo;
                    Banda4 (1580-1750) -> Banda Infra-vermelho Médio.
                    Multi-espectral: Resolução espacial: 1000 metros; Bandas espectrais:
  Sensor VGT
                    1 (430-470 nm); 2 (610-680 nm); 3 (780-890 nm); 4 (1580-1750)
  Dinâmica          8 bits/pixel
                    Quadro 1 – Características básicas do Satélite SPOT


     2.2. Cartografia e Ortofotomapas

Para auxílio à localização e delimitação das áreas treino para a Classificação Assistida
foram utilizadas a Cartografia Base 1:5000 de 1994 e Ortofotomapas à escala 1:2000
e 1:5000 de 2004. Estando esta informação com sistema de coordenadas uniforme,
UTM – 28 N, Datum Porto Santo Base SE, é possível fazer a transição dos vectores
delimitadores das várias zonas entre software.

Esta Informação Geográfica é da propriedade da Direcção Regional da Geografia e
Cadastro (DRGC) da Região Autónoma da Madeira.


     2.3. Software

Para a elaboração do trabalho de Classificação da imagem foi utilizado o software de
manuseamento e tratamento de imagens de satélite ER Mapper V6.4. Este programa
demonstrou ser dotado de todas as funcionalidade necessárias para a execução do
estudo em causa.

Para o tratamento da restante informação geográfica, foi utilizado o software da
Bentley/Intergraph o MicroStation V8.0. Este programa permite carregar e sobrepor
os diversos Ortofotomapas e a Cartografia Base e, se for necessário, fazer a
delimitação das várias áreas treino.




                                   Material Utilizado                                      12
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                          Métodos de Detecção Remota




     3.       Processamento dos Dados

Neste capítulo será descrito toda a metodologia aplicada à imagem de satélite de
modo a se proceder à classificação da imagem. Para tal, o trabalho é iniciado por um
pré-processamento da imagem, um minucioso estudo da mesma, seguido de uma
classificação, e finalizando com uma validação da mesmo. A Figura 3 esquematiza a
metodologia aplicada à imagem de satélite, desde o pré-processamento até à
validação final da classificação.




                               Processamento dos Dados                           13
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                      Métodos de Detecção Remota




        Imagem
        Original



                      Correcções
                              Correcção
                            Radiométricas



                                                                TIN
                              Correcção
                              Geométrica

                                                              Pontos de
        Imagem                                                 Controlo
       Corrigida




                     Classificação
                                                              Cartografia

                             Interpretação                     Vectorial

                                  Visual



                                Áreas de
                                  Treino
                                                             Ortofotomapas
                              Algoritmo de
                             Classificação


        Imagem
      Classificada



                      Validação
                                Áreas de
                                  Amostra


                               Matriz de
                               Confusão



     Classificação
         Final
       Figura 3 – Esquema com a metodologia aplicada à imagem de satélite


                           Processamento dos Dados                           14
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                            Métodos de Detecção Remota




     3.1. Pré-processamento

O objectivo desta fase do trabalho é corrigir as distorções radiométricas e
geométricas existentes na imagem.

A correcção geométrica (Figura 4) pode vir executada já na aquisição da imagem. As
imagens SPOT4 podem ser adquiridas com quatro níveis de rectificação. Neste caso,
foi necessário proceder-se à correcção geométrica. Sempre que se obtém uma
imagem    por    scanning    ou    por   imagens   aéreas,   é   necessário   proceder   à
georreferênciação ou/e Ortorrectificação. O processo de correcção geométrico inclui
os seguintes passos:
                . Escolha do Sistema de Coordenadas;
                . Escolha dos Pontos de Controlo;
                . Escolha do modelo de transformação da reamostragem;
                . Execução da correcção.




                       Figura 4 – Exemplo da rectificação Geométrica


O Sistema de Coordenadas em vigor na Região Autónoma da Madeira é a Projecção
UTM – Fuso 28N com Datum Porto Santo, Base Astronómica SE. Como o ERMapper não
tinha este Sistema de Coordenadas incluído na lista existente foi necessário
acrescenta-lo, inserindo todos os parâmetros requisitados pelo software. A Figura 5
mostra a definição do sistema de coordenadas utilizado.




                                  Processamento dos Dados                                15
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      Figura 5 – Sistema de Coordenadas criado no ERMapper para o projecto em estudo


Para a transformação, utilizaram 5 Pontos de Controlo (ver Quadro 2) com
coordenadas UTM 28N retiradas da Carta Militar 1:25000. Escolheram pontos bem
distribuídos pela área de trabalho (madeira) e pontos bem definidos na imagem e na
cartografia (cruzamentos de estrada, cantos de edifícios, por exemplo).

         X                     Y                    N (m)                E (m)
1        1669.729032           1003.767742          308322.5936          3631557.8357
2        723.870968            1138.890323          288371.5488          3631772.3630
3        2374.296774           1911.019355          318190.8523          3611177.7361
4        3387.716129           1119.587097          340287.1707          3623620.3232
5        2654.193548       965.16129             325699.3100             3630699.7262
                  Quadro 2 – Coordenadas dos 5 Pontos de Controlo


Existem três tipos de métodos de reamostragem:

       Vizinho Mais Próximo: Este método recolhe o valor do pixel da imagem
original para o fazer corresponder ao pixel da imagem final. Tem como vantagem o
de não criar valores novos e como desvantagem o de se poderem perder valores ou
duplicar. A imagem tende a ficar com uma aparência disjunta. Ver Figura 6.




                               Processamento dos Dados                                 16
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   Figura 6 – Reamostragem da uma imagem após a aplicação do método de Vizinho Mais
                                       Próximo


      Interpolação Bilinear:

A interpolação Bilinear é mais sofisticado que o método do Vizinho Mais Próximo,
utilizando a média dos 4 pixies vizinhos para produzir um novo valor de cinzento na
reamostragem. A vantagem deste método é que todos os pixeis originais contribuem
para a criação da nova imagem. O aspecto da imagem fica mais suavizada do que o
método anterior.

Tem a desvantagem de “picos” de contraste na imagem original, ao serem
processados com a média dos pixeis vizinhos, aparecerem mais “borrados” na
imagem final. A nível computacional, demora mais tempo a processar que o primeiro
método. A Figura 7 exemplifica a aplicação deste método e demonstra, assim, o que
foi dito, em contraste com o Método do Vizinho Mais Próximo.




                               Processamento dos Dados                                17
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   Figura 7 – Reamostragem da uma imagem após a aplicação do método de Interpolação
                                       Bilinear


       Interpolação Bicúbica:

Com este método a imagem é dividida numa malha (ou matriz) de 4x4 pixeis,
aproveitando-se assim média dos Níves Digitais (ND) dos 16 pixeis para o cálculo do
novo valor do pixel. A imagem criada na reamostragem é mais suavizada que a
anterior, perdendo assim ainda mais o contraste. É também o método mais lento dos
três no que se refere a processamento devido ao cálculo da média dos 16 valores.

Como este método cria uma imagem mais “borrada”, eleminando os “picos” de
contraste. É usual utilizar um filtro passa-alto (ver Capítulo 3.3.2) após a execução
da reamostragem de por Interpolação Bicúbica.

O resultado da aplicação deste Método de Interpolação Bicúbica pode ser visto na
Figura 8 onde se confirma o maior suavização dos contaste.




                              Processamento dos Dados                                 18
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   Figura 8 – Reamostragem da uma imagem após a aplicação do método de Interpolação
                                       Bicúbica




     3.2. Estatística da Imagem

O primeiro estudo que é feito com a imagem é a análise estatística da mesma. Desta
maneira podemos conhecer as suas características espectrais de uma maneira mais
aprofundada.

          3.2.1. Análise dos dados estatísticos
O software ERMapper permite obter os dados estatísticos das bandas existentes no
conjunto de dados. Neste caso, analisaram-se as 4 bandas da imagem SPOT em
estudo.

As características estatísticas descritivas obtidas estão anunciadas no Quadro 3.




                              Processamento dos Dados                                 19
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      STATISTICS FOR DATASET: madeira_Luis.ers
      REGION: All
                              Band1      Band2               Band3        Band4
                              -----      -----               -----        -----
      Null Cells             4377152    4377152             4377152      4377152

      Non-Null Cells          11111552   11111552   11111552   11111552
      Area In Hectares       444462.080 444462.080 444462.080     444462.080
      Area In Acres         1098289.801 1098289.801 1098289.801 1098289.801

      Minimum                    65.000          37.000         1.000         1.000
      Maximum                   254.000         254.000       254.000       254.000
      Mean                      105.786          63.065        23.941        31.796
      Median                    100.000          51.000         7.000         6.000
      Std. Dev.                  20.172          30.515        40.068        61.507
      Std. Dev. (n-1)            20.172          30.515        40.068        61.507



           Quadro 3 – Análise estatística descritiva (de localização e dispersão)


Dos valores de localização mínimo e máximo, podemos apreender que a banda 3 e 4
ocupam a maior parte do histograma, visto que têm 1 e 254 respectivamente em
mínimo e máximo. Acontece o inverso na banda 1 e na banda 2, visto que temos os
valores mínimos e máximos de 65 e 254 na primeira banda e 37 e 254 na segunda
banda. Neste caso, a será importante executar uma expansão linear para se
conseguir preencher a totalidade dos valores espectrais.

Uma característica comum às quatro bandas é um certo enviesamento do histograma
à esquerda (assimetria positiva), isto porque a média tem valores mais elevados ao
da mediana. Esta característica pode ser mais visível nas duas bandas de Infra-
vermelho. Estas duas bandas têm valores de mediana muito baixos, 7 e 6, o que
significa que metade dos valores é inferior ou igual a esse valor. No caso da Banda4 a
média chega a 31.796, o que nos indica haver uma grande disparidade entre valores
baixos (pixeis situados no mar ou em zona urbana) e valores altos (pixeis situados em
zona de vegetação). Esta teoria pode ser confirmada pelo valor de dispersão Desvio
Padrão, com 61.507 nessa banda. Os histogramas apresentados na Figura 9
demonstram o explicado atrás. Nos eixos dos XX temos os valores das bandas (0-255)
e nos eixos dos YY temos o total de pixeis com o respectivo valor de cinzento.




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 Figura 9 – Apresentação dos 4 histogramas obtidos nas bandas 1, 2, 3 e 4 respectivamente



        Correlation Matrix          Band1        Band2        Band3        Band4
        ------------------          -----        -----        -----        -----
        Band1                       1.000        0.966        0.669        0.793
        Band2                       0.966        1.000        0.740        0.878
        Band3                       0.669        0.740        1.000        0.928
        Band4                       0.793        0.878        0.928        1.000
        Determinant                 0.001

        Covariance Matrix          Band1      Band2            Band3      Band4
        -----------------          -----      -----            -----      -----
        Band1                    406.892    594.446          540.618    984.007
        Band2                    594.446    931.180          904.721   1647.553
        Band3                    540.618    904.721         1605.447   2286.070
        Band4                    984.007   1647.553         2286.070   3783.171
        Determinant           3094060090.834


           Quadro 4 – Descrição dos resultados obtidos na Matriz de Correlação
                               e Covariância entre bandas


Os resultados obtidos na Matriz de Correlação e de Covariância, descritos no Quadro
4, são os esperados para a imagem em estudo. Existe uma forte correlação entre a
Banda 1 e Banda 2, as duas Bandas Visíveis, com um valor próximo do 1
(aproximadamente 0.966) e uma forte correlação entre a Banda 3 e Banda 4, as duas
Bandas do Infra-vermelho, obtendo 0.928. As restantes correlações são todas
positivas e acima de 0.669.

Em relação à Matriz de Covariância, os resultados obtidos indicam que os maiores
valores de covariância são entre a Banda 4, com 3783.171, sendo o valor mais
reduzido obtido na Banda 1, com 406.892.




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        3.2.2. Análise do Scattergram
Uma das maneiras de determinação das áreas de estudo é através do Scattergram.
Esta técnica compara os ND entre duas bandas, relacionando-os num gráfico XY,
estando cada uma das bandas associadas a cada eixo. Associámos a banda 2 e a
banda 4 nos dois eixos e obtemos o gráfico apresentado na Figura 10. Com a
associação destas duas bandas, conseguimos seleccionar a área associada ao mar.
Isto acontece porque o mar não reflecte o infra-vermelhor e reflecte pouco nas cores
visíveis e é o que esta representado no scattergram. Em Y (banda 4) os valores são
baixos, próximos de zero, e em X (banda 2) os valores varia de 40 e 70.




                         Água
                         2
                             1




             Figura 10 – Exemplo do Scattergram com a banda 4 e a banda 2.


Se seleccionarmos no Scattergram os pixeis correspondentes à água (1), obtemos o
resultado ilustrado na Figura 11. A vermelho está representado os elementos
seleccionados no Scattergram e podemos confirmar que, efectivamente, foram
seleccionados pixeis associados ao mar.

Fazendo uma segunda selecção aos pixeis associados à água, agora somente com os
valores de Infra-Vermelho mais elevados (2), o resultado é o representado na Figura
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12. Foram seleccionados os pixeis da água perto da costa. Isto porque são águas com
alguma poluição e sedimentos de elementos trazidos das ribeiras. Podemos ainda
concluir que estas águas são mais quentes e menos profundas.




           Figura 11 – Resultado da primeira selecção de dados no Scattergram




           Figura 12 – Resultado da segunda selecção de dados no Scattergram


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     3.3. Realce

        3.3.1. Transformação do Histograma
De modo a sobressair a informação radiométrica existente na imagem de satélite,
podemos usar técnicas de realce e de contraste dos histogramas. Desta maneira,
facilitamos a interpretação e classificação das várias áreas treino.




                 Figura 13 – Exemplo da transformação radiométrica
                             efectuada numa das bandas


A Figura 13 mostra o histograma com uma transformação efectuada na banda azul.
Neste caso, podemos ver que os valores-cinzento input da imagem original se situam
entre 70-254. Para aproveitarmos ao máximo a banda dos valores, maximizamos o
histograma, passando o 75 para 0 e o 200 para 255. Assim é alargado o histograma,
uma expansão linear havendo um aumento do contraste. Depois de fazer a mesma
transformação para as restantes duas bandas, obtemos uma imagem com maior
contraste e mais “luminosa”, ajudando a interpretação visual da mesma, como
demonstra a Figura 14.




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   Figura 14 – Resultado final da transformação efectuado sobre o histograma da imagem


Para se retirar o máximo de informação das imagens por bandas, pode efectuar este
realce e manipular o histograma de cada banda. E para além do realce manual
efectuado na figura anterior, existe uma “biblioteca” de transformações automáticas
no ERMapper que permitem uma análise exaustiva das bandas e das composições
coloridas.

A transformação mais usual é a Expansão Linear, autoclip transform, que nos
possibilita entrar com uma percentagem de autoclip. Esta transformação faz uma
transformação de 99% dos dados iniciais, excluindo os primeiros e os últimos 0,5%.
Estes valores residuais vão ser acumulados para o primeiro (0) e último (255) nível de
cinzento da imagem final. A percentagem do corte pode ser alterado consoante a
característica espectral da imagem. Assim, a técnica de Expansão Linear consiste em
identificar os limites inferiores e superiores da imagem inicial (através do
histograma) e fazer corresponder o valor 0 ao valor mais baixo e 255 ao valor mais
alto, expandindo assim a amplitude inicial para os restantes níveis. Os restantes
níveis são expandidos através da fórmula [Carvalho, J; 2004]:


                                       ⎛ ND − Min ⎞
                                 ND' = ⎜           ⎟ * 255
                                       ⎝ Máx − Min ⎠




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Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                         Métodos de Detecção Remota




onde: ND’ é o nível digital da imagem final
       ND é o nível digital da imagem inicial
       Min é o nível digital mínimo da imagem inicial
       Max é o nível digital máximo da imagem inicial.

O resultado obtido na Expansão Linear está apresentado na Figura 15.




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Figura 15 – Realce das 4 bandas obtida pela transformação da Expansão Linear (Linearização)
                                      do Histograma


Outra técnica de realce é a transformação de Equalização, que faz corresponder mais
níveis de cizento às classes com mais frequência, expandido assim os níveis com
grandes frequências e agrupando os níveis com menor representação. A Figura 16
exemplifica a aplicação desta técnica numa imagem onde se consegue um aumento
significativo de contraste.




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              Figura 16 – Exemplo da aplicação da técnica de Equalização


Na Figura 17 estão representadas as quatro imagens onde foram aplicadas a
transformação de Equalização.




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  Figura 17 – Realce das 4 bandas obtida pela transformação da Equalização do Histograma


Do resultado obtido nas duas transformações de realce podemos concluir que no que
se refere à Expansão Linear conseguiu-se obter mais contraste da imagem. Assim, nas
quatro bandas, o mar ficou mais escuro devido à expansão dos valores baixos da

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Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                           Métodos de Detecção Remota




imagem inicial para o valor 0 e os valores altos para 255. Foi conseguido o aumento
do contraste pretendido inicialmente.

Em relação à transformação por Equalização do histograma os resultados obtidos não
foram os desejados. Como grande parte da imagem é constituída por mar, ao se
equalizar esta área do histograma ganha contraste mas perde contraste na restante.
Conseguiu-se assim um aumento de contraste na zona com maior frequência do
histograma inicial, o mar, mas diminui nas restantes zonas (Ilha da Madeira). Para
contrariar este característica da transformação, poderíamos equalizar unicamente a
zona do histograma correspondente à Ilha da Madeira.




          3.3.2. Filtros
A utilização de filtros tem como objecto o realçar/eliminar determinados objectos
que existem nas imagens. Com a aplicação de determinados filtros, os ND originais
são alterados de modo a se realçar pixeis em relação aos seus vizinhos. Desta
maneira, podemos conseguir uma melhoria na interpretação visual, eliminando ruídos
e realçando estruturas importantes na imagem. A aplicação de filtros pode ter um
lado negativo. Quando se tem uma estrutura importante mas de dimensões reduzidas
(por exemplo estradas), essa estrutura pode ser incorrectamente eliminada com a
aplicação de certos filtros. Por esta razão convém ter atenção na aplicação dos
filtros e saber de antemão o que temos na imagem e o que queremos fazer
sobressair/atenuar. Quando se pretende realizar uma classificação da imagem
convém utilizar imagens sem filtragens, contendo os ND originais.

Os filtros são divididos por duas categorias consoante o tipo de aplicação. Podemos
classifica-los como:

              - Filtros aplicados sobre as frequências (Transformação de Fourie);

              - Filtros aplicados sobre o domínio espacial (filtros passa-alto e passa-
baixo).



                              Processamento dos Dados                               30
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Estes últimos são aplicados com uma matriz sobre os pixeis que pretendemos alterar
com a informação dos ND dos próprio e com as dos seus vizinhos, com exemplifica a
Figura 18.




        Figura 18 – Execução da filtragem sobre uma imagem [Carvalho, J.; 2004]


O filtro passa-baixo é um dos exemplos deste tipo de transformações em que se
pretende suavizar estruturas na imagem, podendo assim perder o contraste inicial
visto que reduz a diferença entre de ND entre pixeis vizinhos. É utilizado para
eliminar ruídos existente nas imagens. Para a imagem em estudo, com as cores
naturais, foi utilizado o filtro Avg5.ker que calcula a média dos pixeis numa matriz
5x5. O resultado está exposto na Figura 19. Podemos verificar que se perdeu algum
do contraste inicial.




Figura 19 – Resultado obtido com a aplicação de um Filtro passa-baixo Avg5 numa imagem de
                                   cor ver verdadeira




                               Processamento dos Dados                                31
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Um outro filtro que tem ganho grande expressão é o filtro que transforma o pixel
através do cálculo da mediana dos pixeis vizinhos. A mediana é menos sensível a
valores extremos e não cria novos valores de ND, mantendo os originais preservando
assim melhor os contornos dos objectos. A aplicação deste filtro pode ser visualizado
na Figura 20.




Figura 20 – Resultado obtido com a aplicação de um Filtro Mediana numa imagem de cor ver
                                      verdadeira


Os outros tipos de filtros executados sobre o domínio espacial da imagem são os
filtros passa-alto. Ao contrário do anterior, este tende a realçar os fenómenos de
alta-frequência como fronteiras entre usos do solo e estradas, por exemplo. Isso
acontece na aplicação de um filtro passa-alto (Quadro 5) na imagem da Madeira,
como é demonstrado na Figura 21. Conseguimos um maior contraste entre os vários
limites da vegetação, de estradas e de estruturas existentes na vegetação.

                                  0       -1        0
                                 -1        5       -1
                                  0       -1        0
                    Quadro 5 – Filtro passa-alto aplicado na imagem




                              Processamento dos Dados                                 32
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           Figura 21 – Resultado obtido com a aplicação de um filtro passa-alto




     3.4. Transformações Multiespectrais

        3.4.1. Quocientes Espectrais
O Quociente Espectral (QE) tem como objectivo salientar e sobressair elementos
existentes nas várias bandas espectrais. Assim, ao efectuarmos um quociente entre
duas bandas espectrais diferentes a imagem final evidencia as variações nos declives
das curvas de resposta espectral entre as duas amplitudes espectrais.




              3.4.1.1    Índice de Vegetação

Os quocientes de Índice de Vegetação (IV) aproveitam a diferença de valores
espectrais existentes nas áreas florestais ou de densa vegetação. Como se sabe, a
curva espectral da vegetação começa a subir a partir do infra-vermelho. Se
aplicarmos um quociente, por exemplo, com a Banda vermelha, com valores baixos
na vegetação, e a banda infra-vermelho, com valores altos nessa mesma área,
conseguimos fazer um mapeamento das áreas florestais. Isso pode ser demonstrado

                               Processamento dos Dados                            33
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com os dois quocientes de IV apresentados de seguida que têm como numerador a
subtracção da banda3 e banda2 no quociente. Assim, se obtivermos valores altos
significa que estamos perante um zona com vegetação.

O primeiro quociente IV a estudar é o NDVI, representado na Figura 22 com uma
palete de cores brown_green e que apresenta a castanho os valores baixos a verde os
valores altos de ND. O NDVI obedece à seguinte formula:


                                        Banda 3 − Banda 2
                            ND NDVI =
                                        Banda 3 + Banda 2




              Figura 22 – Resultado da aplicação do Índice de Vegetação NDVI


Desta nova imagem podemos concluir que a zona norte da Ilha da Madeira tem uma
vegetação mais densa, sendo esta a localização da maior área da vegetação de
Laurissilva, como pode ser verificado na Figura 2. Por outro lado, podemos também
verificar que as zonas altas e a ponta Este da ilha são zonas secas e conseguimos
distinguir ainda as zonas urbanas e as ribeiras.
                               Processamento dos Dados                          34
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Utilizando três valores de corte na imagem de IV do tipo NDVI conseguimos uma
“classificação” da imagem. Um dos cortes foi obtido de modo a agrupar a área
respeitante ao mar (cor castanha). As restantes duas cores agrupam as zonas de
vegetação seca, ausência de vegetação, zonas urbanas e ribeiras com a cor verde-
escuro, e representada com a cor verde-claro as zonas com vegetação mais densa e
viva. O resultado está apresentado pela Figura 23.




           Figura 23 – Resultado obtido na divisão do histograma em 3 Classes.


Outro quociente de IV estudado foi o TVI para o satélite SPOT. Para este caso foi
usado a tabela de cores com níveis de cinzento, como está ilustrado na Figura 24.
Este quociente utiliza de novo as Bandas 2 e 3, obedecendo à seguinte fórmula:


                                    ( Banda 3 − Banda 2 )
                         NDTVI =                          + 0 ,5
                                    ( Banda 3 + Banda 2 )


                              Processamento dos Dados                            35
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              Figura 24 – Resultado da aplicação do Índice de Vegetação TVI


Neste IV conseguiu-se um maior contraste dos vários níveis mas, de uma maneira
geral, as zonas de vegetação mantêm-se.




        3.4.2. Análise em Componente Principal
A Análise em Componentes Principal (ACP) é um estudo estatístico sobre a imagem
de satélite com o objectivo de reduzir e/ou remover redundância de informação. Ao
existir uma elevada correlação entre bandas, com informação similar obtida nos
diferentes comprimentos de onda, a primeira componente principal contém,
normalmente, a maior parte da informação necessária. Por exemplo, nas imagens
SPOT4, a ideia é reduzir a informação das quatro bandas para uma ou duas (conforme
a correlação existente entre elas). Quanto maior a correlação entre as várias bandas,
maior concentração de informação se consegue na direcção principal. A Figura 25
representa a transformação dos dados executados na ACP, onde I p corresponde à

imagem obtida numa direcção das componentes principais p, VPp , k o Vector Próprio


                              Processamento dos Dados                             36
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da componente p em cada uma das K imagens e NDk os níveis de cinzento para as K
imagens.




       <              Banda 1

<<<<
                 Banda 2                    ..                                            CP2
                                          ...
               Banda 3                   ..
                                          .                                            CP1

             Banda 4



  4 Bandas Do SPOT4                 A. Componente Principal       Duas direcções principais
                                            n
                                      I p = ∑VPp , k * NDk
                                           k =1

        Figura 25 – Transformação processada na Análise de Componentes Principais


Por norma, as primeiras direcções são as mais importantes por evidenciarem as
(dis)semelhanças entre bandas. Mas, de uma maneira geral, a segunda e a terceira
direcção apresentam os maiores contraste. As interpretações que podemos fazer das
principais direcções são:
               CP1: representa o albedo (medida da reflectividade de um corpo ou de
uma superfície. É a razão entre a radiação electromagnética reflectida e a
quantidade incidente). Para o estudo, esta componente principal tem pouco
significado visto que ela representa a semelhança entre as várias bandas e nos
queremos o contrário;
               CP2: Representa muitas vezes características da vegetação.

Existem interpretações específicas para cada caso em função da cobertura do solo,
da estação do ano, das condições climatéricas próximas (precipitações nos dias
anteriores, etc).

O resultado em cada uma das componentes pode ser visto na Figura 26 (primeira
componente CP1), Figura 27 (segunda componente CP2) e Figura 28 (terceira
componente CP3). A última componente, a quarta, foi analisada e não acrescentava



                                Processamento dos Dados                                  37
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grande informação. Normalmente, esta última componente faz sobressair o ruído da
imagem.




              Figura 26 – Resultado obtido na componente principal da ACP




          Figura 27 – Resultado obtido na segunda componente principal da ACP

                              Processamento dos Dados                           38
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          Figura 28 – Resultado obtido na terceira componente principal da ACP


Analisando as três componente apresentadas chegou-se às seguintes conclusões:

      CP1: Imagem idêntica à original. Não acrescenta informação à inicial;

      CP2: Imagem com resultados interessantes visto que apresenta uma
distribuição bem conseguida da presença/ausência de vegetação. Mais uma vez, o
norte da ilha com grandes valores de vegetação e onde se consegue distinguir
perfeitamente as estradas e ribeiras no meio desta zona. Sobressai ainda as zonas
urbanas com valores muito baixos nesta componente;

      CP3: A terceira componente parece representar as zonas húmidas da ilha da
Madeira. Nesta componente salientam-se as várias ribeiras, as zonas de costa com a
rebentação das ondas. Do lado oposto, com valores reduzidos vemos as zonas
montanhosas com vegetação seca, a ponta este, uma das zonas mais áridas da Ilha.




                              Processamento dos Dados                              39
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                         Métodos de Detecção Remota




Podemos concluir que os resultados obtidos nesta análise foram positivos,
conseguindo fazer novas discriminações entre espaços geográficos.




        3.4.3. Transformação Tasseled Cap (TTC)
A Transformação “Tasseled Cap” (TTC) é outra das transformações multiespectrais
que tenta a distinguir e monitorizar as características da vegetação através das
bandas visíveis e infra-vermelho. Esta transformação foi inicialmente elaborada para
o Satélite LandSat, pelo Dep. de Agricultura dos EUA com o intuito de melhorar a
precisão de colheitas. O objectivo é assim, a partir de 4 novos eixos de dados
espectrais poder obter mais informações da vegetação.




              Figura 29 – Transformação “Tasseled Cap” [Carvalho, J.; 2004]


Os novos eixos/componente criados pela TTC são:

          •   Brilho (Brightness): nesta componente é executada com a soma
              ponderada de cada um dos canais (com excepção feita ao canal
              térmico) e pode ser vista na Figura 30;

          •   Verde (Greeness): contraste entre as bandas do vísivel e do infra-
              vermelho próximo (Figura 31);




                              Processamento dos Dados                            40
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      •   Humidade (wetness): é a componente que relaciona o conteúdo da
          água na vegetação e no solo (Figura 32).




             Figura 30 – Resultado da componente “Brilho” da TTC




             Figura 31 – Resultado da componente “Verde” da TTC

                         Processamento dos Dados                      41
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                 Figura 32 – Resultado da componente “Humidade” da TTC




       3.5. Classificação

Neste capítulo do processamento dos dados é feita a Classificação Semi-Automática
(ou Assistida) e a Classificação Automática (ou Não Assistida) da imagem de satélite a
partir da informação radiométrica existente nas várias bandas.

Apesar de o objectivo principal do trabalho ser a delimitação da Floresta Laurissilva,
optou-se pela criação de um total de 8 grupos para a Classificação Assitida. No total,
foram criados os seguintes regiões de treino, com as respectivas cores associadas na
classificação:

Nome da Região       Descrição da Região                                       Cor
Laurissilva          Vegetação do tipo Laurissilva
Pasto e Vegetação
                     Vegetação Seca usual nas zonas altas
Seca

                              Processamento dos Dados                                42
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                              Métodos de Detecção Remota




Agricultura             Zonas agrícolas, como bananal, vinhas, etc
Zona urbana             Áreas urbanas e suas periferias
Oceano                  Zonas de alto mar, afastado da costa
Zona Seca               Zonas áridas sem vegetação
                        Vegetação introduzida pelo humano, com especial
Vegetação
                        incidência nos anos 80/90 com a arborização de
Introduzida
                        Eucaliptos e Pinheiros
Costa Litoral           Zonas próximas à costa



Foram escolhidas regiões suficientes para haver uma discriminação de um
determinado número de usos de solos para, assim, ser mais fácil a delimitação da
Floresta Laurissilva. Foi tido ainda em conta regiões com possíveis estudos futuros em
monitorizações e evoluções do seu uso.




         3.5.1. Classificação Assistida
A classificação Assistida (ou Semi-Automática) consiste na classificação da imagem a
partir de áreas treino. Estas foram escolhidas e delimitadas com a ajuda de todas as
imagens criadas até este ponto, com as técnicas de Realce (Capítulo 3.3 acima) e as
Transformações Multiespectrais (Capítulo 3.4) e recorrendo ao auxilio dos
Ortofotomapas e Cartografia Base. Assim, podemos dividirr esta classificação pelas
seguintes fases de produção::
              1. Definir as regiões ou classes temáticas que queremos discriminar;
              2. Estudo estatístico e reconhecimento dos padrões espectrais através de
                   técnicas de realce e transformações espectrais;
              3. Localizar na Cartografia Base e Ortofotomapas (Figura 33) exemplos
                   das regiões em estudo;
              4. Delimitação das áreas treinos através de vectores;
              5.   Análise estatística das áreas treinos obtidos para cada uma das
                   regiões;



                                 Processamento dos Dados                             43
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                         Métodos de Detecção Remota




           6. Executar a Classificação com a definição do método de Classificação
              Assistida (Máxima Verosimilhança Melhorada e Standard, Distância
              Mínima, Distância Mínima ao Desvio Padrão, etc) e o filtro agregação;
           7. Validação da Classificação executada;




        Figura 33 – Localização das várias áreas treinos através dos Ortofotomapas


Com os valores estatísticos determinados nas áreas treino, a restante imagem será
classificada por regiões tendo por base esses valores estatísticos definidos
anteriormente nessas áreas. A Figura 34 ilustra a imagem em coloração RGB, com as
Bandas 3, 2 e 1 respectivamente, e com as 8 regiões definidas.




                               Processamento dos Dados                               44
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                          Métodos de Detecção Remota




      Figura 34 – Imagem com as áreas de treino criadas para a Classificação Assistida




              3.5.1.1     Estudo Estatístico das Áreas Treino

Foram calculados os Estatísticos de todas as áreas treinos das regiões em estudo. Da
totalidade dos valores descritivos, apresentada no Anexo II, podemos salientar os
seguintes:

                                Processamento dos Dados                                  45
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                       Métodos de Detecção Remota




-Região Agricultura:

                          Band1       Band2       Band3     Band4
Minimum                 134.000      96.000     128.000   133.000
Maximum                 178.000     158.000     222.000   246.000
Mean                    149.536     113.928     185.228   177.232
Median                  149.000     112.000     186.000   171.000



- Região Zona Seca

                          Band1       Band2       Band3     Band4
Minimum                 149.000     128.000      49.000    98.000
Maximum                 254.000     254.000     254.000   254.000
Mean                    209.406     224.544      90.942   202.871
Median                  207.000     226.000      86.000   203.000
Std. Dev.                19.248      21.237      21.306    40.131



- Região Oceano

                          Band1       Band2       Band3    Band4
Minimum                  94.000      47.000       5.000    1.000
Maximum                 122.000      72.000      11.000   14.000
Mean                     98.521      50.908       6.651    5.102
Median                   99.000      51.000       7.000    5.000
Std. Dev.                 1.166       1.386       0.501    0.809



- Região Vegetação Introduzida

                          Band1       Band2       Band3     Band4
Minimum                  87.000      51.000      25.000    29.000
Maximum                 180.000     204.000     254.000   254.000
Mean                    115.729      87.764     117.989   126.879
Median                  114.000      84.000     113.000   114.000
Std. Dev.                10.399      15.190      28.642    40.770



- Região Costa

                          Band1       Band2       Band3    Band4
Minimum                  98.000      51.000       8.000   10.000
Maximum                 153.000     115.000      18.000   28.000
Mean                    111.601      60.554      10.543   16.445

                            Processamento dos Dados                     46
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                          Métodos de Detecção Remota




Median                     109.000       59.000        11.000    17.000
Std. Dev.                    9.168        7.589         1.305     3.920



- Região Urbano

                             Band1        Band2         Band3      Band4
Minimum                    119.000       87.000        45.000     97.000
Maximum                    254.000      254.000       222.000    254.000
Mean                       189.080      191.870       115.158    209.008
Median                     189.000      195.000       115.000    212.000
Std. Dev.                   30.335       42.136        19.533     33.884



- Região Veg Seca/Pasto

                             Band1        Band2         Band3      Band4
Minimum                     98.000       77.000        43.000     93.000
Maximum                    227.000      254.000       149.000    254.000
Mean                       151.722      159.722        88.904    250.636
Median                     152.000      159.000        87.000    253.000
Std. Dev.                   14.927       19.199        13.499     11.551



- Região LSilva

                             Band1        Band2         Band3      Band4
Minimum                     74.000       40.000         6.000     10.000
Maximum                    168.000      153.000       243.000    253.000
Mean                       101.811       65.587       102.997     99.158
Median                     101.000       64.000       102.000     95.000
Std. Dev.                   12.426       13.224        45.176     43.466



Para além dos valores descritivos atrás, podemos ainda analisar o Scattergram de
cada uma das regiões, escolhendo qual das bandas a utilizar no gráfico. Para esta
análise, foram definidos a Banda2 para o eixo dos XX e a Banda3 para o eixo dos YY.
As regiões em estudo foram o Oceano (Figura 35), a Costa (Figura 36), a Floresta
Laurissilva (Figura 37), a Vegetação Seca e Pasto (Figura 38).




                              Processamento dos Dados                           47
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                    Métodos de Detecção Remota




           Figura 35 – Resultado do Scattergram para a região Oceano




           Figura 36 – Resultado do Scattergram para a região Costa



                          Processamento dos Dados                      48
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                      Métodos de Detecção Remota




           Figura 37 – Resultado do Scattergram para a região do LSilva




   Figura 38 – Resultado do Scattergram para a região da Vegetação Seca e Pasto



                           Processamento dos Dados                                49
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                           Métodos de Detecção Remota




Para além da análise estatística atrás descrita, podemos ainda estudar as regiões
pelas áreas totais respeitantes a cada área treino (Quadro 6) e a distância entre cada
classe (Quadro 7).


  Class/Region             Hectares            Sq. Km            Acres           Sq. Miles
  ------------             --------            ------            -----           ---------
  Agricultura                11.040            0.110            27.280                0.043
  Costa                     285.36             2.854           705.140                1.102
  LSilva                   1599.160           15.992          3951.611                6.174
  Oceano                  44076.880          440.769        108916.351              170.182
  Urban                     151.640            1.516           374.711                0.585
  Veg introduzida           334.640            3.346           826.914                1.292
  Veg Seca/Pasto            471.760            4.718          1165.744                1.821
  Zona Seca                 130.920            1.309          323.510                0.505
  All                    619030.720         6190.307      1529658.337             2390.091



Quadro 6 – Quadro com os valores das áreas utilizadas para a definição das várias áreas treino

                                                               Veget.       Veget.     Zona
           Agricult      Costa     LSilva    Oceano    Urbano
                                                               Introd       Seca       Seca
AgriCult   0.000     42.360 8.287        78.137 6.447          6.056        8.525      11.027
Costa      42.360    0.000      14.106 9.412        27.996 19.791           40.483     25.967
LSilva     8.287     14.106 0.000        26.795 7.728          2.174        9.892      12.318
Oceano     78.137    9.412      26.795 0.000        57.378 37.455           89.768     58.672
Urbano     6.447     27.996 7.728        57.378 0.000          6.235        3.376      1.827
V Introd   6.056     19.791 2.174        37.455 6.235          0.000        7.798      10.322
V Seca     8.525     40.483 9.892        89.768 3.376          7.798        0.000      5.179
Z. Seca    11.027    25.967 12.318 58.672 1.827                10.322       5.179      0.000
                  Quadro 7 – Distância média entre as diversas regiões


               3.5.1.2     Resultados Obtidos

Depois de testados os vários métodos de Classificação Assistida, escolheu-se o
método de Máxima Verosimilhança Standard visto ter sido o que obteve melhores
resultados de classificação das regiões. Há classificação final aplicou-se o filtro
Majoraty.c com uma matriz de 5x5, ficando a imagem com as regiões mais
homogéneas e eliminando as estruturas de pequenas dimensões. O resultado obtido
pode ser visto na Figura 39.




                                 Processamento dos Dados                                   50
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                        Métodos de Detecção Remota




                 Figura 39 – Resultado obtido na Classificação Assistida


Todos os valores estatísticos da classificação realizada podem ser visualizada no
Anexo II.

        3.5.2. Classificação Automática
O outro tipo de classificação é a Automática ou Não supervisionada, que como o
próprio nome indica, deixa de ser supervisionada pelo analista ou operador.
Deixamos assim de definir as áreas treinos especificando unicamente o número de
Clusters ou grupos que queremos obter no final da classificação, podendo ainda
definir os parâmetros relativos à distância entre os grupos e a variação dentro de
cada grupo.

Os parâmetros utilizados na Classificação Não Supervisionada podem ser visto na
Figura 40. Podemos ressaltar o número de classes iniciais iguais aos da classificação


                              Processamento dos Dados                             51
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                          Métodos de Detecção Remota




Assistida, ou seja 8 regiões, número máximo de iterações 20, percentagem de
elementos não alterados 98% e o número máximo de classes 10. A classificação foi
atingida após valor de elementos não alterado ter sido alcançado (98.17%) após 8
iterações e com o número de classes máximo atingido (como pode ser visto na Figura
41).




           Figura 40 – Parâmetros utilizados na Classificação Não Supervisionada




   Figura 41 – Número de iterações necessárias para atingir a classificação os parâmetros
                                         definidos


                                Processamento dos Dados                                     52
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                          Métodos de Detecção Remota




              3.5.2.1     Resultados Obtidos

Após realização da classificação passou-se à denominação de cada cluster e fazer
corresponder uma cor. Os grupos obtidos e as suas características estão descritas na
Figura 42.




        Figura 42 – Características dos Clusters obtidos na Classificação Automática


A imagem da classificação está apresentada na Figura 43. Esta imagem tem a
aplicação do filtro Majoraty.c e o resultado obtido não foi o melhor, isto porque a
vegetação Laurissilva não foi, de todo, delimitada com esta técnica. Um resultado
interessante foi a obtenção de uma linha de costa bem definida (a amarelo) que
contorna a costa do lado Sul. No lado norte essa delimitação não aconteceu, isto
talvez por existir maior ondulação desse lado ou o próprio limite ser de natureza
diferente. No Clusters da agricultura obteve-se bom resultado, assim como na


                                Processamento dos Dados                                53
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                        Métodos de Detecção Remota




vegetação seca. O Anexo III descreve os estatísticos obtidos na Classificação
Automática




         Figura 43 – Imagem do resultado obtido com a Classificação Automática


     3.6. Validação da Classificação

        3.6.1. Validação da Classificação Assistida
A primeira técnica que podemos utilizar é verificar se as áreas de treino foram bem
definidas. Juntamente com o scattergram podemos desenhar a elipse da
probabilidade de um pixel ser associado a uma região com um nível de confiança de
95% e a média de cada uma das áreas treino. Esta informação pode ser vista na
Figura 44, utilizando novamente a Banda 2 e a Banda 3.




                              Processamento dos Dados                            54
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                          Métodos de Detecção Remota




  Figura 44 – Scattergram com elipse de um pixel pertencer a cada uma das regiões com um
       nível de confianças de 95 % e a média de cada área treino nadas bandas 2 e 3


Podemos concluir a área treino da região “Urbano” tem uma elipse grande demais,
podendo ser melhorada. Mas tem a sua lógica ser assim, visto que a zona urbana
contempla vegetação (como jardins), ribeiras, zonas industriais, casas, ect. A região
“Zonas secas” também merecia uma melhoria de delimitação das áreas treino. Em
relação as duas vegetações definidas (Laurissilva e a Introduzida), apesar de existir
diferença na elipse e na média, talvez se pudesse melhorar a sua definição nas
respectivas áreas treinos.




                               Processamento dos Dados                                 55
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                         Métodos de Detecção Remota




Uma das alterações que podia ser feita era uma diminuição da área das áreas treinos
mas um aumento do seu número. Desta forma, talvez se conseguisse discriminar
melhor cada uma das regiões em estudo.

Para validar a classificação podemos utilizar a matriz de confusão que compara o
resultado da classificação com uma amostra de pontos terrenos “verdadeiros” ou
com outra classificação. Podemos, desta maneira, usar a matriz de confusão para
obtermos um indicador de precisão da classificação. Nesta matriz as linhas
representa as classes reais e as colunas representam as classes deduzidas da
classificação.

Na Figura 45 temos um exemplo de uma associação mal feita na Classificação
Automática. Temos a cidade do Funchal classificada como zona seca e as redondezas
classificadas (e bem) como zonas urbanas. Esta classificação errónea talvez se tenha
dado pela ausência ou reduzidas áreas de jardins na zona do centro enquanto que nas
redondezas haja as casas com os quintais e casas mais dispersas.




           Figura 45– Exemplo da incorrecta classificação no cidade do Funchal



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Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                         Métodos de Detecção Remota




     4.       Conclusões

Como conclusão do trabalho realizado, podemos considerar que atingimos os
objectivos a que nos propusemos. Conseguimos obter um GRID que, para além de
discriminar a floresta Laurissilva, delimita ainda outras regiões de interesse para
futura monitorização e estudo. Conseguiu-se obter duas Classificações, a Assistida e a
Automática. Em relação à primeira o resultado foi, de um modo geral, positivo. No
que diz respeito à Classificação Automática, o resultado obtido na delimitação da
Floresta Laurissilva foi muito negativo visto que não se conseguiu uma zona
homogénea dessa floresta, havendo muita “confusão” com a Floresta Introduzida,
isto porque as duas regiões têm características espectrais idênticas. Mas por outro
lado, conseguimos criar uma nova região que é a linha de costa.

No que diz respeito à área da Floresta Laurissilva, a Classificação Assistida obteve um
total de 20679.640 Ha (ver em Anexo II), não muito longe do “oficialmente”
estipulado, perto de 15 Ha. Mas não se sabe qual o método utilizado neste cálculo e
qual a sua data.

Em relação as restantes regiões, estas poderiam merecer melhor discussão e uma
melhoria das áreas treino. Principalmente áreas tão difíceis de definir como as zonas
urbanas.

Conseguiu-se ainda fazer uma análise pormenorizada dos dados estatísticos e da
imagem inicial, o que nos permitiu executar a classificação de um modo mais
expedito e eficaz.

Assim, penso que foi conseguido a implementação de um estudo a partir dos
conceitos teóricos e práticos estudados e desenvolvidos durante as aulas da cadeira
de Detecção Remota.




                                     Conclusões                                     58
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                         Métodos de Detecção Remota




     5.       Bibliografia

Carvalho, Júlia. Introdução ao ER Mapper. Documento não Editado;

Carvalho, Júlia. (2004 ) Detecção Remota. Documento não Editado;

Reis, Elizabeth. (2001, 2º edição) Estatística Multivariada Aplicada. Edições Sílabo,
   343p.;

Rosário, Lúcios; Pereira, Maria João. (1999) Caracterização Espacial da Laurissilva da
   Ilha da Madeira com Recurso às Imagens SPOT. Seminário Interno do CMRP

http://www.cartesia.org/ Site acedido em Março de 2006;

http://rst.gsfc.nasa.gov/ Site acedido em Março de 2006;

http://ccrs.nrcan.gc.ca/index_e.php Site acedido em Março de 2006;




                                     Conclusões                                    59
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                  Métodos de Detecção Remota




                         Anexo I




              Descrição dos Estatísticos
                    das Áreas Treino




                              Anexo I                                 60
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                      Métodos de Detecção Remota




STATISTICS FOR DATASET: madeira_Luis.ers
REGION: Agricultura
                        Band1      Band2        Band3      Band4
                        -----      -----        -----      -----

Non-Null Cells             276          276       276        276
Area In Hectares        11.040       11.040    11.040     11.040
Area In Acres           27.280       27.280    27.280     27.280

Minimum                134.000       96.000   128.000    133.000
Maximum                178.000      158.000   222.000    246.000
Mean                   149.536      113.928   185.228    177.232
Median                 149.000      112.000   186.000    171.000
Std. Dev.                5.611        9.358    15.773     26.648
Std. Dev. (n-1)          5.622        9.375    15.802     26.696
Corr. Eigenval.          2.428        0.915     0.546      0.112
Cov. Eigenval.         809.621      185.799    80.965      5.509


Correlation Matrix       Band1        Band2     Band3      Band4
------------------       -----        -----     -----      -----
Band1                    1.000        0.863    -0.258      0.319
Band2                    0.863        1.000    -0.435      0.463
Band3                   -0.258       -0.435     1.000     -0.452
Band4                    0.319        0.463    -0.452      1.000
Determinant              0.136

Corr. Eigenvectors         PC1          PC2       PC3        PC4
------------------       -----        -----     -----      -----
Band1                    0.531        0.540     0.033     -0.652
Band2                    0.591        0.311     0.059      0.742
Band3                   -0.416        0.607    -0.665      0.130
Band4                    0.442       -0.493    -0.744     -0.086

Inv. of Corr. Ev.          PC1          PC2       PC3        PC4
-----------------        -----        -----     -----      -----
Band1                    0.531        0.591    -0.416      0.442
Band2                    0.540        0.311     0.607     -0.493
Band3                    0.033        0.059    -0.665     -0.744
Band4                   -0.652        0.742     0.130     -0.086


Covariance Matrix         Band1       Band2      Band3      Band4
-----------------         -----       -----      -----      -----
Band1                    31.602      45.464    -22.948     47.912
Band2                    45.464      87.886    -64.387    115.810
Band3                   -22.948     -64.387    249.704   -190.631
Band4                    47.912     115.810   -190.631    712.702
Determinant          67099219.579

Cov. Eigenvectors          PC1          PC2       PC3        PC4
-----------------        -----        -----     -----      -----
Band1                    0.077        0.073    -0.519     -0.848
Band2                    0.183        0.186    -0.809      0.528
Band3                   -0.337       -0.905    -0.254      0.047
                                    Anexo I                            61
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                     Métodos de Detecção Remota




Band4                  0.920     -0.375      0.111     -0.016

Inv. of Cov. Ev.          PC1       PC2        PC3        PC4
----------------        -----     -----      -----      -----
Band1                   0.077     0.183     -0.337      0.920
Band2                   0.073     0.186     -0.905     -0.375
Band3                  -0.519    -0.809     -0.254      0.111
Band4                  -0.848     0.528      0.047     -0.016


REGION: Zona Seca
                       Band1      Band2      Band3      Band4
                       -----      -----      -----      -----

Non-Null Cells           3273      3273       3273       3273
Area In Hectares      130.920   130.920    130.920    130.920
Area In Acres         323.510   323.510    323.510    323.510

Minimum               149.000   128.000     49.000     98.000
Maximum               254.000   254.000    254.000    254.000
Mean                  209.406   224.544     90.942    202.871
Median                207.000   226.000     86.000    203.000
Std. Dev.              19.248    21.237     21.306     40.131
Std. Dev. (n-1)        19.251    21.240     21.309     40.137
Corr. Eigenval.         2.629     0.747      0.496      0.128
Cov. Eigenval.       2062.485   490.021    280.247     54.028


Correlation Matrix     Band1      Band2      Band3      Band4
------------------     -----      -----      -----      -----
Band1                  1.000      0.830      0.526      0.432
Band2                  0.830      1.000      0.383      0.522
Band3                  0.526      0.383      1.000      0.544
Band4                  0.432      0.522      0.544      1.000
Determinant            0.125

Corr. Eigenvectors       PC1        PC2        PC3        PC4
------------------     -----      -----      -----      -----
Band1                  0.541     -0.424      0.274     -0.672
Band2                  0.532     -0.493     -0.194      0.661
Band3                  0.455      0.584      0.623      0.252
Band4                  0.466      0.486     -0.706     -0.220

Inv. of Corr. Ev.         PC1       PC2        PC3        PC4
-----------------       -----     -----      -----      -----
Band1                   0.541     0.532      0.455      0.466
Band2                  -0.424    -0.493      0.584      0.486
Band3                   0.274    -0.194      0.623     -0.706
Band4                  -0.672     0.661      0.252     -0.220


Covariance Matrix       Band1     Band2      Band3      Band4
-----------------       -----     -----      -----      -----
Band1                 370.603   339.245    215.647    333.438
Band2                 339.245   451.144    173.313    444.596
                                Anexo I                                62
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                      Métodos de Detecção Remota




Band3                   215.647    173.313   454.066    464.867
Band4                   333.438    444.596   464.867   1610.968
Determinant          15302577678.077

Cov. Eigenvectors          PC1        PC2        PC3        PC4
-----------------        -----      -----      -----      -----
Band1                    0.273     -0.619      0.033     -0.736
Band2                    0.326     -0.586      0.392      0.630
Band3                    0.317     -0.181     -0.902      0.229
Band4                    0.848      0.491      0.176     -0.091

Inv. of Cov. Ev.           PC1        PC2        PC3        PC4
----------------         -----      -----      -----      -----
Band1                    0.273      0.326      0.317      0.848
Band2                   -0.619     -0.586     -0.181      0.491
Band3                    0.033      0.392     -0.902      0.176
Band4                   -0.736      0.630      0.229     -0.091


REGION: Oceano
                         Band1      Band2      Band3      Band4
                         -----      -----      -----      -----

Non-Null Cells          1101922    1101922    1101922    1101922
Area In Hectares      44076.880 44076.880 44076.880 44076.880
Area In Acres        108916.351 108916.351 108916.351 108916.351

Minimum                 94.000     47.000      5.000      1.000
Maximum                122.000     72.000     11.000     14.000
Mean                    98.521     50.908      6.651      5.102
Median                  99.000     51.000      7.000      5.000
Std. Dev.                1.166      1.386      0.501      0.809
Std. Dev. (n-1)          1.166      1.386      0.501      0.809
Corr. Eigenval.          2.632      0.758      0.366      0.243
Cov. Eigenval.           3.124      0.546      0.405      0.110


Correlation Matrix       Band1      Band2      Band3      Band4
------------------       -----      -----      -----      -----
Band1                    1.000      0.730      0.629      0.411
Band2                    0.730      1.000      0.715      0.359
Band3                    0.629      0.715      1.000      0.334
Band4                    0.411      0.359      0.334      1.000
Determinant              0.178

Corr. Eigenvectors         PC1        PC2        PC3        PC4
------------------       -----      -----      -----      -----
Band1                    0.539     -0.102      0.680      0.487
Band2                    0.550     -0.248      0.093     -0.792
Band3                    0.523     -0.275     -0.719      0.366
Band4                    0.364      0.923     -0.114     -0.050

Inv. of Corr. Ev.          PC1        PC2        PC3        PC4
-----------------        -----      -----      -----      -----
Band1                    0.539      0.550      0.523      0.364
                                  Anexo I                              63
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                     Métodos de Detecção Remota




Band2                  -0.102      -0.248    -0.275     0.923
Band3                   0.680       0.093    -0.719    -0.114
Band4                   0.487      -0.792     0.366    -0.050


Covariance Matrix         Band1     Band2     Band3     Band4
-----------------         -----     -----     -----     -----
Band1                     1.361     1.179     0.367     0.388
Band2                     1.179     1.920     0.496     0.403
Band3                     0.367     0.496     0.251     0.135
Band4                     0.388     0.403     0.135     0.655
Determinant               0.076

Cov. Eigenvectors           PC1       PC2       PC3       PC4
-----------------         -----     -----     -----     -----
Band1                     0.592     0.199     0.777    -0.080
Band2                     0.744    -0.415    -0.482    -0.208
Band3                     0.215    -0.044    -0.051     0.974
Band4                     0.226     0.887    -0.402    -0.031

Inv. of Cov. Ev.          PC1         PC2       PC3       PC4
----------------        -----       -----     -----     -----
Band1                   0.592       0.744     0.215     0.226
Band2                   0.199      -0.415    -0.044     0.887
Band3                   0.777      -0.482    -0.051    -0.402
Band4                  -0.080      -0.208     0.974    -0.031


REGION: Veg introduzida
                          Band1     Band2     Band3     Band4
                          -----     -----     -----     -----

Non-Null Cells           8366        8366       8366      8366
Area In Hectares      334.640     334.640    334.640   334.640
Area In Acres         826.914     826.914    826.914   826.914

Minimum                87.000      51.000     25.000    29.000
Maximum               180.000     204.000    254.000   254.000
Mean                  115.729      87.764    117.989   126.879
Median                114.000      84.000    113.000   114.000
Std. Dev.              10.399      15.190     28.642    40.770
Std. Dev. (n-1)        10.399      15.191     28.643    40.772
Corr. Eigenval.         3.069       0.783      0.104     0.044
Cov. Eigenval.       2312.601     446.955     55.659     6.525


Correlation Matrix        Band1     Band2     Band3     Band4
------------------        -----     -----     -----     -----
Band1                     1.000     0.931     0.480     0.874
Band2                     0.931     1.000     0.283     0.810
Band3                     0.480     0.283     1.000     0.651
Band4                     0.874     0.810     0.651     1.000
Determinant               0.011

Corr. Eigenvectors         PC1         PC2      PC3       PC4
                                  Anexo I                              64
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                      Métodos de Detecção Remota




------------------       -----         -----    -----      -----
Band1                    0.548        -0.224    0.428     -0.683
Band2                    0.512        -0.466    0.205      0.692
Band3                    0.370         0.852    0.306      0.209
Band4                    0.548         0.084   -0.825     -0.104

Inv. of Corr. Ev.          PC1           PC2      PC3        PC4
-----------------        -----         -----    -----      -----
Band1                    0.548         0.512    0.370      0.548
Band2                   -0.224        -0.466    0.852      0.084
Band3                    0.428         0.205    0.306     -0.825
Band4                   -0.683         0.692    0.209     -0.104


Covariance Matrix         Band1        Band2     Band3      Band4
-----------------         -----        -----     -----      -----
Band1                   108.149      147.084   142.883    370.417
Band2                   147.084      230.776   123.338    501.910
Band3                   142.883      123.338   820.439    760.493
Band4                   370.417      501.910   760.493   1662.376
Determinant          375377583.543

Cov. Eigenvectors          PC1           PC2      PC3        PC4
-----------------        -----         -----    -----      -----
Band1                    0.186         0.162   -0.456     -0.855
Band2                    0.241         0.381   -0.730      0.514
Band3                    0.462        -0.850   -0.242      0.069
Band4                    0.833         0.325    0.448      0.004

Inv. of Cov. Ev.           PC1           PC2      PC3        PC4
----------------         -----         -----    -----      -----
Band1                    0.186         0.241    0.462      0.833
Band2                    0.162         0.381   -0.850      0.325
Band3                   -0.456        -0.730   -0.242      0.448
Band4                   -0.855         0.514    0.069      0.004


REGION: Costa
                         Band1         Band2    Band3      Band4
                         -----         -----    -----      -----

Non-Null Cells            7134          7134      7134      7134
Area In Hectares       285.360       285.360   285.360   285.360
Area In Acres          705.140       705.140   705.140   705.140

Minimum                 98.000        51.000    8.000     10.000
Maximum                153.000       115.000   18.000     28.000
Mean                   111.601        60.554   10.543     16.445
Median                 109.000        59.000   11.000     17.000
Std. Dev.                9.168         7.589    1.305      3.920
Std. Dev. (n-1)          9.168         7.590    1.305      3.920
Corr. Eigenval.          2.928         0.909    0.095      0.068
Cov. Eigenval.         138.486        14.869    5.172      0.205



                                     Anexo I                           65
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                     Métodos de Detecção Remota




Correlation Matrix     Band1      Band2      Band3      Band4
------------------     -----      -----      -----      -----
Band1                  1.000      0.907      0.593      0.313
Band2                  0.907      1.000      0.715      0.440
Band3                  0.593      0.715      1.000      0.855
Band4                  0.313      0.440      0.855      1.000
Determinant            0.017

Corr. Eigenvectors       PC1        PC2        PC3        PC4
------------------     -----      -----      -----      -----
Band1                  0.486     -0.543     -0.568     -0.383
Band2                  0.529     -0.390      0.391      0.644
Band3                  0.540      0.328      0.530     -0.566
Band4                  0.439      0.667     -0.494      0.344

Inv. of Corr. Ev.         PC1       PC2        PC3        PC4
-----------------       -----     -----      -----      -----
Band1                   0.486     0.529      0.540      0.439
Band2                  -0.543    -0.390      0.328      0.667
Band3                  -0.568     0.391      0.530     -0.494
Band4                  -0.383     0.644     -0.566      0.344


Covariance Matrix       Band1     Band2      Band3      Band4
-----------------       -----     -----      -----      -----
Band1                  84.061    63.120      7.095     11.258
Band2                  63.120    57.601      7.079     13.082
Band3                   7.095     7.079      1.704      4.374
Band4                  11.258    13.082      4.374     15.367
Determinant          2185.069

Cov. Eigenvectors        PC1        PC2        PC3        PC4
-----------------      -----      -----      -----      -----
Band1                  0.764     -0.332     -0.553      0.001
Band2                  0.625      0.179      0.756      0.068
Band3                  0.076      0.216     -0.027     -0.973
Band4                  0.139      0.900     -0.348      0.221

Inv. of Cov. Ev.          PC1       PC2        PC3        PC4
----------------        -----     -----      -----      -----
Band1                   0.764     0.625      0.076      0.139
Band2                  -0.332     0.179      0.216      0.900
Band3                  -0.553     0.756     -0.027     -0.348
Band4                   0.001     0.068     -0.973      0.221


REGION: Urbano
                       Band1      Band2      Band3      Band4
                       -----      -----      -----      -----

Non-Null Cells           3791      3791       3791       3791
Area In Hectares      151.640   151.640    151.640    151.640
Area In Acres         374.711   374.711    374.711    374.711

Minimum               119.000    87.000     45.000     97.000
                                Anexo I                                66
Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por
                      Métodos de Detecção Remota




Maximum                254.000    254.000    222.000   254.000
Mean                   189.080    191.870    115.158   209.008
Median                 189.000    195.000    115.000   212.000
Std. Dev.               30.335     42.136     19.533    33.884
Std. Dev. (n-1)         30.339     42.141     19.535    33.888
Corr. Eigenval.          2.591      1.085      0.243     0.081
Cov. Eigenval.        3340.866    584.166    199.060   102.288


Correlation Matrix       Band1      Band2     Band3      Band4
------------------       -----      -----     -----      -----
Band1                    1.000      0.903     0.026      0.686
Band2                    0.903      1.000    -0.011      0.754
Band3                    0.026     -0.011     1.000      0.351
Band4                    0.686      0.754     0.351      1.000
Determinant              0.055

Corr. Eigenvectors         PC1        PC2       PC3        PC4
------------------       -----      -----     -----      -----
Band1                    0.575     -0.203     0.546     -0.575
Band2                    0.588     -0.221     0.110      0.770
Band3                    0.128      0.926     0.335      0.120
Band4                    0.555      0.231    -0.760     -0.249

Inv. of Corr. Ev.          PC1        PC2       PC3        PC4
-----------------        -----      -----     -----      -----
Band1                    0.575      0.588     0.128      0.555
Band2                   -0.203     -0.221     0.926      0.231
Band3                    0.546      0.110     0.335     -0.760
Band4                   -0.575      0.770     0.120     -0.249


Covariance Matrix         Band1      Band2     Band3      Band4
-----------------         -----      -----     -----      -----
Band1                   920.449   1154.413    15.396    705.600
Band2                  1154.413   1775.888    -8.771   1076.399
Band3                    15.396     -8.771   381.634    232.649
Band4                   705.600   1076.399   232.649   1148.409
Determinant          39737899989.568

Cov. Eigenvectors          PC1        PC2       PC3        PC4
-----------------        -----      -----     -----      -----
Band1                    0.487     -0.240     0.489     -0.683
Band2                    0.709     -0.310     0.026      0.633
Band3                    0.040      0.692     0.670      0.266
Band4                    0.509      0.606    -0.557     -0.250

Inv. of Cov. Ev.           PC1        PC2       PC3        PC4
----------------         -----      -----     -----      -----
Band1                    0.487      0.709     0.040      0.509
Band2                   -0.240     -0.310     0.692      0.606
Band3                    0.489      0.026     0.670     -0.557
Band4                   -0.683      0.633     0.266     -0.250



                                  Anexo I                              67
Determinação da Área de Floresta Laurissilva por Detecção Remota
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Determinação da Área de Floresta Laurissilva por Detecção Remota

  • 1. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Luís Correia Antunes Aluno nº6128 Mestrado de Georrecursos – 2004/2005 Detecção Remota
  • 2. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Índice 1. Introdução..................................................................................... 7 1.1. Floresta Laurissilva .................................................................... 7 1.2. Objectivos .............................................................................. 9 2. Material Utilizado .......................................................................... 11 2.1. Metadados da Imagem de Satélite ................................................ 11 2.2. Cartografia e Ortofotomapas ...................................................... 12 2.3. Software .............................................................................. 12 3. Processamento dos Dados................................................................. 13 3.1. Pré-processamento .................................................................. 15 3.2. Estatística da Imagem .............................................................. 19 3.2.1. Análise dos dados estatísticos ............................................... 19 3.2.2. Análise do Scattergram ....................................................... 22 3.3. Realce ................................................................................. 24 3.3.1. Transformação do Histograma ............................................... 24 3.3.2. Filtros............................................................................ 30 3.4. Transformações Multiespectrais................................................... 33 3.4.1. Quocientes Espectrais......................................................... 33 2
  • 3. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota 3.4.2. Análise em Componente Principal .......................................... 36 3.4.3. Transformação Tasseled Cap (TTC)......................................... 40 3.5. Classificação.......................................................................... 42 3.5.1. Classificação Assistida ........................................................ 43 3.5.2. Classificação Automática ..................................................... 51 3.6. Validação da Classificação ......................................................... 54 3.6.1. Validação da Classificação Assistida ........................................ 54 4. Conclusões .................................................................................. 58 5. Bibliografia .................................................................................. 59 Anexo I ............................................................................................ 60 Anexo II ........................................................................................... 72 Anexo III .......................................................................................... 84 3
  • 4. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Índice de Imagens Figura 1 – Figura ilustrativa do tipo de vegetação existente na Floresta Laurissiva .... 8 Figura 2 – Mapa da Ilha da Madeira com a zona da Floresta Laurissilva .................. 9 Figura 3 – Esquema com a metodologia aplicada à imagem de satélite ................ 14 Figura 4 – Exemplo da rectificação Geométrica ............................................ 15 Figura 5 – Sistema de Coordenadas criado no ERMapper para o projecto .............. 16 Figura 6 – Reamostragem da uma imagem após a aplicação do método de Vizinho Mais Próximo ........................................................................................... 17 Figura 7 – Reamostragem da uma imagem após a aplicação do método de Interpolação Bilinear............................................................................ 18 Figura 8 – Reamostragem da uma imagem após a aplicação do método de Interpolação Bicúbica ........................................................................... 19 Figura 9 – Apresentação dos 4 histogramas obtidos nas bandas 1, 2, 3 e 4 respectivamente ................................................................................. 21 Figura 10 – Exemplo do Scattergram com a banda 4 e a banda 2. ...................... 22 Figura 11 – Resultado da primeira selecção de dados no Scattergram.................. 23 Figura 12 – Resultado da segunda selecção de dados no Scattergram .................. 23 Figura 13 – Exemplo da transformação radiométrica efectuada numa das bandas ... 24 Figura 14 – Resultado final da transformação efectuado sobre o histograma da imagem............................................................................................ 25 4
  • 5. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Figura 15 – Realce das 4 bandas obtida pela transformação da Expansão Linear (Linearização) do Histograma ................................................................. 27 Figura 16 – Exemplo da aplicação da técnica de Equalização ............................ 28 Figura 17 – Realce das 4 bandas obtida pela transformação da Equalização do Histograma........................................................................................ 29 Figura 18 – Execução da filtragem sobre uma imagem [Carvalho, J.; 2004] ........... 31 Figura 19 – Resultado obtido com a aplicação de um Filtro passa-baixo Avg5 numa imagem de cor ver verdadeira ................................................................ 31 Figura 20 – Resultado obtido com a aplicação de um Filtro Mediana numa imagem de cor ver verdadeira............................................................................... 32 Figura 21 – Resultado obtido com a aplicação de um filtro passa-alto ................. 33 Figura 22 – Resultado da aplicação do Índice de Vegetação NDVI ....................... 34 Figura 23 – Resultado obtido na divisão do histograma em 3 Classes. .................. 35 Figura 24 – Resultado da aplicação do Índice de Vegetação TVI ......................... 36 Figura 25 – Transformação processada na Análise de Componentes Principais........ 37 Figura 26 – Resultado obtido na componente principal da ACP .......................... 38 Figura 27 – Resultado obtido na segunda componente principal da ACP ............... 38 Figura 28 – Resultado obtido na terceira componente principal da ACP ............... 39 Figura 29 – Transformação “Tasseled Cap” [Carvalho, J.; 2004] ........................ 40 Figura 30 – Resultado da componente “Brilho” da TTC ................................... 41 Figura 31 – Resultado da componente “Verde” da TTC ................................... 41 Figura 32 – Resultado da componente “Humidade” da TTC .............................. 42 5
  • 6. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Figura 33 – Localização das várias áreas treinos através dos Ortofotomapas .......... 44 Figura 34 – Imagem com as áreas de treino criadas para a Classificação Assistida ... 45 Figura 35 – Resultado do Scattergram para a região Oceano............................. 48 Figura 36 – Resultado do Scattergram para a região Costa ............................... 48 Figura 37 – Resultado do Scattergram para a região do LSilva ........................... 49 Figura 38 – Resultado do Scattergram para a região da Vegetação Seca e Pasto ..... 49 Figura 39 – Resultado obtido na Classificação Assistida ................................... 51 Figura 40 – Parâmetros utilizados na Classificação Não Supervisionada ................ 52 Figura 41 – Número de iterações necessárias para atingir a classificação os parâmetros definidos ........................................................................... 52 Figura 42 – Características dos Clusters obtidos na Classificação Auntomática ....... 53 Figura 43 – Imagem do resultado obtido com a Classificação Automática ............. 54 Figura 44 – Scattergram com elipse de um pixel pertencer a cada uma das regiões com um nível de confianças de 95 % e a média de cada área treino nadas bandas 2 e 3. 55 Figura 45– Exemplo da incorrecta classificação no cidade do Funchal................. 56 6
  • 7. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota 1. Introdução O relatório aqui apresentado diz respeito à realização do trabalho da caracterização do uso do solo na Ilha da Madeira, em especial da Floresta de Laurissilva, respeitante à cadeira de Detecção Remota, do Mestrado Georrecursos, do Instituto Superior Técnico (IST), Departamento de Minas e Georrecursos. O objectivo principal do trabalho é a delimitação da região respeitante da Floresta Laurissilva e cálculo da respectiva área. Com o limite determinado, podemos sobrepor à cartografia e ortofotomapas existente da Ilha da Madeira e poder localiza- la de uma forma mais expedita e automática. Outra das áreas de interesse é determinar as áreas urbanas das principais cedes de concelho. A Imagem de Satélite utilizada para o estudo é de 1998 e foi obtida pelo satélite SPOT4. Futuramente, pretende-se monitorizar estas duas áreas detectadas remotamente, e poder compará-la com a existente actualmente. 1.1. Floresta Laurissilva Laurissilva é o nome pelo qual é conhecida a floresta original da Madeira, aquela que já aqui existia aquando da chegada dos descobridores portugueses. Esta designação provem do latim, Laurus (loureiro, lauráceas) e Silva (floresta, bosque). Esta ocupou outrora vastas extensões no Continente europeu, nomeadamente toda a bacia do Mediterrâneo, europa meridional e norte de África, tendo-se aí extinguido devido às glaciações. Os arquipélagos do Atlântico Norte, nomeadamente, Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde conseguiram manter grande parte dessa ancestral vegetação graças à capacidade termo-reguladora do oceano que os envolve. Na Madeira, pela altura das descobertas, a Laurissilva cobria a quase totalidade da Ilha; hoje em dia vamos encontrá-la principalmente na vertente de exposição norte Introdução 7
  • 8. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota da Ilha, ocupando os profundos e remotos vales do interior, distribuída entre os 300 e os 1300 metros de altitude, podendo considerar-se uma floresta relíquia. Esta floresta de características higrófilas, sub-tropical húmida, representa um ecossistema de extrema importância sob o ponto de vista botânico e científico: trata- se de um património raro a nível mundial, onde, para além da Madeira, apenas ocorre com significado em algumas ilhas do grupo ocidental do Arquipélago das Canárias, dado que nos Açores e em Cabo Verde não terá resistido à ocupação humana. A Laurissilva é caracterizada por árvores de grande porte, maioritariamente pertencentes à família das Lauráceas (o til, o loureiro, o vinhático e o barbusano), para além de outras como o pau branco, o folhado, o aderno, o perado ou o cedro da Madeira. Por debaixo da copa das grandes árvores abundam arbustos (quase todos de folha perene, à semelhança das árvores) como as urzes, a uveira, o piorno e o sanguinho, encontrando-se, ainda, um estrato mais baixo rico em fetos, musgos, líquenes, hepáticas e outras plantas de pequeno porte, com numerosos endemismos. Figura 1 – Figura ilustrativa do tipo de vegetação existente na Floresta Laurissiva A Madeira detém a mais extensa e bem conservada Laurissilva do mundo, ocupando uma área de 14.953,7 ha, como mostra a Figura 2, totalmente incluída no Parque Natural da Madeira como Reserva Natural Parcial e Reserva Natural Integral. É uma Zona de Protecção Especial no âmbito da Directiva Aves Selvagens e um Sítio de Introdução 8
  • 9. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Interesse Comunitário ao abrigo da Directiva Habitats. É Reserva Biogenética do Conselho da Europa desde 1992 e foi incluída na Lista do Património Natural Mundial da UNESCO em Dezembro de 1999. Área de Laurissilva Figura 2 – Mapa da Ilha da Madeira com a zona da Floresta Laurissilva 1.2. Objectivos O objectivo inicial do trabalho apresentado é o de aplicar os conhecimentos adquiridos na cadeira de Mestrado numa imagem SPOT da Madeira, e poder, com a aplicação de técnicas de Classificação Assistida e Automática, poder delimitar as várias áreas que pretendemos caracterizar. Futuramente, com os resultados obtidos, pretende-se realizar uma monitorização da orla costeira e da floresta Laurissilva, e a determinação do aumento das zonas urbanas. Será também interessante determinar o aumento e distribuição das florestas introduzidas, como o eucalipto e/ou pinheiro. O trabalho é constituído pelas seguintes fases: Capítulo 2 – Descrição dos vários elementos utilizados durante a execução do trabalho; Capítulo 3 – Descrição das várias fases do processamento dos dados onde se expõe as várias metodologias utilizadas e os resultado de cada uma delas. Este capítulo é devido pelas seguintes fases: Introdução 9
  • 10. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota . Pré-processamento dos dados; . Estatística da Imagem; . Realce da Imagem . Transformação Multiespectrais; . Classificação da Imagem; . Verificação/Validação dos resultados obtidos; Capítulo 4 – Conclusões sobre os resultados obtidos. Introdução 10
  • 11. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota 2. Material Utilizado Neste capítulo vamos descrever e caracterizar todos os elementos utilizados para a execução do referido trabalho. Haverá referência dos softwares e em que fase do processo foram utilizados, a descrição de outra informação geográfica de auxílio e uma descrição dos Metadados da imagem de satélite. 2.1. Metadados da Imagem de Satélite A imagem utilizada foi capturada pelo Satélite SPOT4 em Agosto de 1998, ou seja, foi adquirida no pico do Verão. Isto pode influenciar os valores existentes na banda infra-vermelhos. Se houvesse vegetação de folhagem caduca, estas apareceriam com os valores elevados nestas bandas. Mas a floresta em estudo não tem folhagem sazonal, não influenciando com a época de captura da imagem. Uma característica deste satélite em relação aos antecessores satélites SPOT é a introdução de uma nova banda Infra-Vermelho médio (SWIR), dedicado a estudar a vegetação e interpretar com maior detalhe as várias características do solo. Devido a captar comprimentos de ondas maiores, esta banda não é tão influenciada pelos ruídos provocados pela atmosfera terrestre, melhorando assim o contraste e a claridade textual da imagem. Esta banda SWIR fornece maior detalhe do conteúdo de água e humidade, e fases do crescimento das plantas na altura que o SPOT 4 passa sobre esta área. As características gerais deste satélite são descritas no Quadro 1. Lançamento 24 Março 1998 Lançador Ariane 4 Orbita 822 km de altitude Inclinação 98.7 graus heliosíncrono Largura do 60 km swath Sensor HRVIR Pancromático: Resolução espacial: 10 metros; Banda espectral 510- Material Utilizado 11
  • 12. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota 730 nm) Multi-espectral: Resolução espacial: 20 metros; Bandas espectrais: Banda1 (500-590 nm) -> Banda visível verde; Banda2 (610-680 nm) -> Banda visível vermelho; Banda3 (780-890 nm) -> Banda Infra-Vermelho Próximo; Banda4 (1580-1750) -> Banda Infra-vermelho Médio. Multi-espectral: Resolução espacial: 1000 metros; Bandas espectrais: Sensor VGT 1 (430-470 nm); 2 (610-680 nm); 3 (780-890 nm); 4 (1580-1750) Dinâmica 8 bits/pixel Quadro 1 – Características básicas do Satélite SPOT 2.2. Cartografia e Ortofotomapas Para auxílio à localização e delimitação das áreas treino para a Classificação Assistida foram utilizadas a Cartografia Base 1:5000 de 1994 e Ortofotomapas à escala 1:2000 e 1:5000 de 2004. Estando esta informação com sistema de coordenadas uniforme, UTM – 28 N, Datum Porto Santo Base SE, é possível fazer a transição dos vectores delimitadores das várias zonas entre software. Esta Informação Geográfica é da propriedade da Direcção Regional da Geografia e Cadastro (DRGC) da Região Autónoma da Madeira. 2.3. Software Para a elaboração do trabalho de Classificação da imagem foi utilizado o software de manuseamento e tratamento de imagens de satélite ER Mapper V6.4. Este programa demonstrou ser dotado de todas as funcionalidade necessárias para a execução do estudo em causa. Para o tratamento da restante informação geográfica, foi utilizado o software da Bentley/Intergraph o MicroStation V8.0. Este programa permite carregar e sobrepor os diversos Ortofotomapas e a Cartografia Base e, se for necessário, fazer a delimitação das várias áreas treino. Material Utilizado 12
  • 13. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota 3. Processamento dos Dados Neste capítulo será descrito toda a metodologia aplicada à imagem de satélite de modo a se proceder à classificação da imagem. Para tal, o trabalho é iniciado por um pré-processamento da imagem, um minucioso estudo da mesma, seguido de uma classificação, e finalizando com uma validação da mesmo. A Figura 3 esquematiza a metodologia aplicada à imagem de satélite, desde o pré-processamento até à validação final da classificação. Processamento dos Dados 13
  • 14. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Imagem Original Correcções Correcção Radiométricas TIN Correcção Geométrica Pontos de Imagem Controlo Corrigida Classificação Cartografia Interpretação Vectorial Visual Áreas de Treino Ortofotomapas Algoritmo de Classificação Imagem Classificada Validação Áreas de Amostra Matriz de Confusão Classificação Final Figura 3 – Esquema com a metodologia aplicada à imagem de satélite Processamento dos Dados 14
  • 15. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota 3.1. Pré-processamento O objectivo desta fase do trabalho é corrigir as distorções radiométricas e geométricas existentes na imagem. A correcção geométrica (Figura 4) pode vir executada já na aquisição da imagem. As imagens SPOT4 podem ser adquiridas com quatro níveis de rectificação. Neste caso, foi necessário proceder-se à correcção geométrica. Sempre que se obtém uma imagem por scanning ou por imagens aéreas, é necessário proceder à georreferênciação ou/e Ortorrectificação. O processo de correcção geométrico inclui os seguintes passos: . Escolha do Sistema de Coordenadas; . Escolha dos Pontos de Controlo; . Escolha do modelo de transformação da reamostragem; . Execução da correcção. Figura 4 – Exemplo da rectificação Geométrica O Sistema de Coordenadas em vigor na Região Autónoma da Madeira é a Projecção UTM – Fuso 28N com Datum Porto Santo, Base Astronómica SE. Como o ERMapper não tinha este Sistema de Coordenadas incluído na lista existente foi necessário acrescenta-lo, inserindo todos os parâmetros requisitados pelo software. A Figura 5 mostra a definição do sistema de coordenadas utilizado. Processamento dos Dados 15
  • 16. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Figura 5 – Sistema de Coordenadas criado no ERMapper para o projecto em estudo Para a transformação, utilizaram 5 Pontos de Controlo (ver Quadro 2) com coordenadas UTM 28N retiradas da Carta Militar 1:25000. Escolheram pontos bem distribuídos pela área de trabalho (madeira) e pontos bem definidos na imagem e na cartografia (cruzamentos de estrada, cantos de edifícios, por exemplo). X Y N (m) E (m) 1 1669.729032 1003.767742 308322.5936 3631557.8357 2 723.870968 1138.890323 288371.5488 3631772.3630 3 2374.296774 1911.019355 318190.8523 3611177.7361 4 3387.716129 1119.587097 340287.1707 3623620.3232 5 2654.193548 965.16129 325699.3100 3630699.7262 Quadro 2 – Coordenadas dos 5 Pontos de Controlo Existem três tipos de métodos de reamostragem: Vizinho Mais Próximo: Este método recolhe o valor do pixel da imagem original para o fazer corresponder ao pixel da imagem final. Tem como vantagem o de não criar valores novos e como desvantagem o de se poderem perder valores ou duplicar. A imagem tende a ficar com uma aparência disjunta. Ver Figura 6. Processamento dos Dados 16
  • 17. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Figura 6 – Reamostragem da uma imagem após a aplicação do método de Vizinho Mais Próximo Interpolação Bilinear: A interpolação Bilinear é mais sofisticado que o método do Vizinho Mais Próximo, utilizando a média dos 4 pixies vizinhos para produzir um novo valor de cinzento na reamostragem. A vantagem deste método é que todos os pixeis originais contribuem para a criação da nova imagem. O aspecto da imagem fica mais suavizada do que o método anterior. Tem a desvantagem de “picos” de contraste na imagem original, ao serem processados com a média dos pixeis vizinhos, aparecerem mais “borrados” na imagem final. A nível computacional, demora mais tempo a processar que o primeiro método. A Figura 7 exemplifica a aplicação deste método e demonstra, assim, o que foi dito, em contraste com o Método do Vizinho Mais Próximo. Processamento dos Dados 17
  • 18. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Figura 7 – Reamostragem da uma imagem após a aplicação do método de Interpolação Bilinear Interpolação Bicúbica: Com este método a imagem é dividida numa malha (ou matriz) de 4x4 pixeis, aproveitando-se assim média dos Níves Digitais (ND) dos 16 pixeis para o cálculo do novo valor do pixel. A imagem criada na reamostragem é mais suavizada que a anterior, perdendo assim ainda mais o contraste. É também o método mais lento dos três no que se refere a processamento devido ao cálculo da média dos 16 valores. Como este método cria uma imagem mais “borrada”, eleminando os “picos” de contraste. É usual utilizar um filtro passa-alto (ver Capítulo 3.3.2) após a execução da reamostragem de por Interpolação Bicúbica. O resultado da aplicação deste Método de Interpolação Bicúbica pode ser visto na Figura 8 onde se confirma o maior suavização dos contaste. Processamento dos Dados 18
  • 19. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Figura 8 – Reamostragem da uma imagem após a aplicação do método de Interpolação Bicúbica 3.2. Estatística da Imagem O primeiro estudo que é feito com a imagem é a análise estatística da mesma. Desta maneira podemos conhecer as suas características espectrais de uma maneira mais aprofundada. 3.2.1. Análise dos dados estatísticos O software ERMapper permite obter os dados estatísticos das bandas existentes no conjunto de dados. Neste caso, analisaram-se as 4 bandas da imagem SPOT em estudo. As características estatísticas descritivas obtidas estão anunciadas no Quadro 3. Processamento dos Dados 19
  • 20. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota STATISTICS FOR DATASET: madeira_Luis.ers REGION: All Band1 Band2 Band3 Band4 ----- ----- ----- ----- Null Cells 4377152 4377152 4377152 4377152 Non-Null Cells 11111552 11111552 11111552 11111552 Area In Hectares 444462.080 444462.080 444462.080 444462.080 Area In Acres 1098289.801 1098289.801 1098289.801 1098289.801 Minimum 65.000 37.000 1.000 1.000 Maximum 254.000 254.000 254.000 254.000 Mean 105.786 63.065 23.941 31.796 Median 100.000 51.000 7.000 6.000 Std. Dev. 20.172 30.515 40.068 61.507 Std. Dev. (n-1) 20.172 30.515 40.068 61.507 Quadro 3 – Análise estatística descritiva (de localização e dispersão) Dos valores de localização mínimo e máximo, podemos apreender que a banda 3 e 4 ocupam a maior parte do histograma, visto que têm 1 e 254 respectivamente em mínimo e máximo. Acontece o inverso na banda 1 e na banda 2, visto que temos os valores mínimos e máximos de 65 e 254 na primeira banda e 37 e 254 na segunda banda. Neste caso, a será importante executar uma expansão linear para se conseguir preencher a totalidade dos valores espectrais. Uma característica comum às quatro bandas é um certo enviesamento do histograma à esquerda (assimetria positiva), isto porque a média tem valores mais elevados ao da mediana. Esta característica pode ser mais visível nas duas bandas de Infra- vermelho. Estas duas bandas têm valores de mediana muito baixos, 7 e 6, o que significa que metade dos valores é inferior ou igual a esse valor. No caso da Banda4 a média chega a 31.796, o que nos indica haver uma grande disparidade entre valores baixos (pixeis situados no mar ou em zona urbana) e valores altos (pixeis situados em zona de vegetação). Esta teoria pode ser confirmada pelo valor de dispersão Desvio Padrão, com 61.507 nessa banda. Os histogramas apresentados na Figura 9 demonstram o explicado atrás. Nos eixos dos XX temos os valores das bandas (0-255) e nos eixos dos YY temos o total de pixeis com o respectivo valor de cinzento. Processamento dos Dados 20
  • 21. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Figura 9 – Apresentação dos 4 histogramas obtidos nas bandas 1, 2, 3 e 4 respectivamente Correlation Matrix Band1 Band2 Band3 Band4 ------------------ ----- ----- ----- ----- Band1 1.000 0.966 0.669 0.793 Band2 0.966 1.000 0.740 0.878 Band3 0.669 0.740 1.000 0.928 Band4 0.793 0.878 0.928 1.000 Determinant 0.001 Covariance Matrix Band1 Band2 Band3 Band4 ----------------- ----- ----- ----- ----- Band1 406.892 594.446 540.618 984.007 Band2 594.446 931.180 904.721 1647.553 Band3 540.618 904.721 1605.447 2286.070 Band4 984.007 1647.553 2286.070 3783.171 Determinant 3094060090.834 Quadro 4 – Descrição dos resultados obtidos na Matriz de Correlação e Covariância entre bandas Os resultados obtidos na Matriz de Correlação e de Covariância, descritos no Quadro 4, são os esperados para a imagem em estudo. Existe uma forte correlação entre a Banda 1 e Banda 2, as duas Bandas Visíveis, com um valor próximo do 1 (aproximadamente 0.966) e uma forte correlação entre a Banda 3 e Banda 4, as duas Bandas do Infra-vermelho, obtendo 0.928. As restantes correlações são todas positivas e acima de 0.669. Em relação à Matriz de Covariância, os resultados obtidos indicam que os maiores valores de covariância são entre a Banda 4, com 3783.171, sendo o valor mais reduzido obtido na Banda 1, com 406.892. Processamento dos Dados 21
  • 22. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota 3.2.2. Análise do Scattergram Uma das maneiras de determinação das áreas de estudo é através do Scattergram. Esta técnica compara os ND entre duas bandas, relacionando-os num gráfico XY, estando cada uma das bandas associadas a cada eixo. Associámos a banda 2 e a banda 4 nos dois eixos e obtemos o gráfico apresentado na Figura 10. Com a associação destas duas bandas, conseguimos seleccionar a área associada ao mar. Isto acontece porque o mar não reflecte o infra-vermelhor e reflecte pouco nas cores visíveis e é o que esta representado no scattergram. Em Y (banda 4) os valores são baixos, próximos de zero, e em X (banda 2) os valores varia de 40 e 70. Água 2 1 Figura 10 – Exemplo do Scattergram com a banda 4 e a banda 2. Se seleccionarmos no Scattergram os pixeis correspondentes à água (1), obtemos o resultado ilustrado na Figura 11. A vermelho está representado os elementos seleccionados no Scattergram e podemos confirmar que, efectivamente, foram seleccionados pixeis associados ao mar. Fazendo uma segunda selecção aos pixeis associados à água, agora somente com os valores de Infra-Vermelho mais elevados (2), o resultado é o representado na Figura Processamento dos Dados 22
  • 23. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota 12. Foram seleccionados os pixeis da água perto da costa. Isto porque são águas com alguma poluição e sedimentos de elementos trazidos das ribeiras. Podemos ainda concluir que estas águas são mais quentes e menos profundas. Figura 11 – Resultado da primeira selecção de dados no Scattergram Figura 12 – Resultado da segunda selecção de dados no Scattergram Processamento dos Dados 23
  • 24. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota 3.3. Realce 3.3.1. Transformação do Histograma De modo a sobressair a informação radiométrica existente na imagem de satélite, podemos usar técnicas de realce e de contraste dos histogramas. Desta maneira, facilitamos a interpretação e classificação das várias áreas treino. Figura 13 – Exemplo da transformação radiométrica efectuada numa das bandas A Figura 13 mostra o histograma com uma transformação efectuada na banda azul. Neste caso, podemos ver que os valores-cinzento input da imagem original se situam entre 70-254. Para aproveitarmos ao máximo a banda dos valores, maximizamos o histograma, passando o 75 para 0 e o 200 para 255. Assim é alargado o histograma, uma expansão linear havendo um aumento do contraste. Depois de fazer a mesma transformação para as restantes duas bandas, obtemos uma imagem com maior contraste e mais “luminosa”, ajudando a interpretação visual da mesma, como demonstra a Figura 14. Processamento dos Dados 24
  • 25. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Figura 14 – Resultado final da transformação efectuado sobre o histograma da imagem Para se retirar o máximo de informação das imagens por bandas, pode efectuar este realce e manipular o histograma de cada banda. E para além do realce manual efectuado na figura anterior, existe uma “biblioteca” de transformações automáticas no ERMapper que permitem uma análise exaustiva das bandas e das composições coloridas. A transformação mais usual é a Expansão Linear, autoclip transform, que nos possibilita entrar com uma percentagem de autoclip. Esta transformação faz uma transformação de 99% dos dados iniciais, excluindo os primeiros e os últimos 0,5%. Estes valores residuais vão ser acumulados para o primeiro (0) e último (255) nível de cinzento da imagem final. A percentagem do corte pode ser alterado consoante a característica espectral da imagem. Assim, a técnica de Expansão Linear consiste em identificar os limites inferiores e superiores da imagem inicial (através do histograma) e fazer corresponder o valor 0 ao valor mais baixo e 255 ao valor mais alto, expandindo assim a amplitude inicial para os restantes níveis. Os restantes níveis são expandidos através da fórmula [Carvalho, J; 2004]: ⎛ ND − Min ⎞ ND' = ⎜ ⎟ * 255 ⎝ Máx − Min ⎠ Processamento dos Dados 25
  • 26. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota onde: ND’ é o nível digital da imagem final ND é o nível digital da imagem inicial Min é o nível digital mínimo da imagem inicial Max é o nível digital máximo da imagem inicial. O resultado obtido na Expansão Linear está apresentado na Figura 15. Processamento dos Dados 26
  • 27. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Figura 15 – Realce das 4 bandas obtida pela transformação da Expansão Linear (Linearização) do Histograma Outra técnica de realce é a transformação de Equalização, que faz corresponder mais níveis de cizento às classes com mais frequência, expandido assim os níveis com grandes frequências e agrupando os níveis com menor representação. A Figura 16 exemplifica a aplicação desta técnica numa imagem onde se consegue um aumento significativo de contraste. Processamento dos Dados 27
  • 28. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Figura 16 – Exemplo da aplicação da técnica de Equalização Na Figura 17 estão representadas as quatro imagens onde foram aplicadas a transformação de Equalização. Processamento dos Dados 28
  • 29. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Figura 17 – Realce das 4 bandas obtida pela transformação da Equalização do Histograma Do resultado obtido nas duas transformações de realce podemos concluir que no que se refere à Expansão Linear conseguiu-se obter mais contraste da imagem. Assim, nas quatro bandas, o mar ficou mais escuro devido à expansão dos valores baixos da Processamento dos Dados 29
  • 30. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota imagem inicial para o valor 0 e os valores altos para 255. Foi conseguido o aumento do contraste pretendido inicialmente. Em relação à transformação por Equalização do histograma os resultados obtidos não foram os desejados. Como grande parte da imagem é constituída por mar, ao se equalizar esta área do histograma ganha contraste mas perde contraste na restante. Conseguiu-se assim um aumento de contraste na zona com maior frequência do histograma inicial, o mar, mas diminui nas restantes zonas (Ilha da Madeira). Para contrariar este característica da transformação, poderíamos equalizar unicamente a zona do histograma correspondente à Ilha da Madeira. 3.3.2. Filtros A utilização de filtros tem como objecto o realçar/eliminar determinados objectos que existem nas imagens. Com a aplicação de determinados filtros, os ND originais são alterados de modo a se realçar pixeis em relação aos seus vizinhos. Desta maneira, podemos conseguir uma melhoria na interpretação visual, eliminando ruídos e realçando estruturas importantes na imagem. A aplicação de filtros pode ter um lado negativo. Quando se tem uma estrutura importante mas de dimensões reduzidas (por exemplo estradas), essa estrutura pode ser incorrectamente eliminada com a aplicação de certos filtros. Por esta razão convém ter atenção na aplicação dos filtros e saber de antemão o que temos na imagem e o que queremos fazer sobressair/atenuar. Quando se pretende realizar uma classificação da imagem convém utilizar imagens sem filtragens, contendo os ND originais. Os filtros são divididos por duas categorias consoante o tipo de aplicação. Podemos classifica-los como: - Filtros aplicados sobre as frequências (Transformação de Fourie); - Filtros aplicados sobre o domínio espacial (filtros passa-alto e passa- baixo). Processamento dos Dados 30
  • 31. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Estes últimos são aplicados com uma matriz sobre os pixeis que pretendemos alterar com a informação dos ND dos próprio e com as dos seus vizinhos, com exemplifica a Figura 18. Figura 18 – Execução da filtragem sobre uma imagem [Carvalho, J.; 2004] O filtro passa-baixo é um dos exemplos deste tipo de transformações em que se pretende suavizar estruturas na imagem, podendo assim perder o contraste inicial visto que reduz a diferença entre de ND entre pixeis vizinhos. É utilizado para eliminar ruídos existente nas imagens. Para a imagem em estudo, com as cores naturais, foi utilizado o filtro Avg5.ker que calcula a média dos pixeis numa matriz 5x5. O resultado está exposto na Figura 19. Podemos verificar que se perdeu algum do contraste inicial. Figura 19 – Resultado obtido com a aplicação de um Filtro passa-baixo Avg5 numa imagem de cor ver verdadeira Processamento dos Dados 31
  • 32. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Um outro filtro que tem ganho grande expressão é o filtro que transforma o pixel através do cálculo da mediana dos pixeis vizinhos. A mediana é menos sensível a valores extremos e não cria novos valores de ND, mantendo os originais preservando assim melhor os contornos dos objectos. A aplicação deste filtro pode ser visualizado na Figura 20. Figura 20 – Resultado obtido com a aplicação de um Filtro Mediana numa imagem de cor ver verdadeira Os outros tipos de filtros executados sobre o domínio espacial da imagem são os filtros passa-alto. Ao contrário do anterior, este tende a realçar os fenómenos de alta-frequência como fronteiras entre usos do solo e estradas, por exemplo. Isso acontece na aplicação de um filtro passa-alto (Quadro 5) na imagem da Madeira, como é demonstrado na Figura 21. Conseguimos um maior contraste entre os vários limites da vegetação, de estradas e de estruturas existentes na vegetação. 0 -1 0 -1 5 -1 0 -1 0 Quadro 5 – Filtro passa-alto aplicado na imagem Processamento dos Dados 32
  • 33. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Figura 21 – Resultado obtido com a aplicação de um filtro passa-alto 3.4. Transformações Multiespectrais 3.4.1. Quocientes Espectrais O Quociente Espectral (QE) tem como objectivo salientar e sobressair elementos existentes nas várias bandas espectrais. Assim, ao efectuarmos um quociente entre duas bandas espectrais diferentes a imagem final evidencia as variações nos declives das curvas de resposta espectral entre as duas amplitudes espectrais. 3.4.1.1 Índice de Vegetação Os quocientes de Índice de Vegetação (IV) aproveitam a diferença de valores espectrais existentes nas áreas florestais ou de densa vegetação. Como se sabe, a curva espectral da vegetação começa a subir a partir do infra-vermelho. Se aplicarmos um quociente, por exemplo, com a Banda vermelha, com valores baixos na vegetação, e a banda infra-vermelho, com valores altos nessa mesma área, conseguimos fazer um mapeamento das áreas florestais. Isso pode ser demonstrado Processamento dos Dados 33
  • 34. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota com os dois quocientes de IV apresentados de seguida que têm como numerador a subtracção da banda3 e banda2 no quociente. Assim, se obtivermos valores altos significa que estamos perante um zona com vegetação. O primeiro quociente IV a estudar é o NDVI, representado na Figura 22 com uma palete de cores brown_green e que apresenta a castanho os valores baixos a verde os valores altos de ND. O NDVI obedece à seguinte formula: Banda 3 − Banda 2 ND NDVI = Banda 3 + Banda 2 Figura 22 – Resultado da aplicação do Índice de Vegetação NDVI Desta nova imagem podemos concluir que a zona norte da Ilha da Madeira tem uma vegetação mais densa, sendo esta a localização da maior área da vegetação de Laurissilva, como pode ser verificado na Figura 2. Por outro lado, podemos também verificar que as zonas altas e a ponta Este da ilha são zonas secas e conseguimos distinguir ainda as zonas urbanas e as ribeiras. Processamento dos Dados 34
  • 35. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Utilizando três valores de corte na imagem de IV do tipo NDVI conseguimos uma “classificação” da imagem. Um dos cortes foi obtido de modo a agrupar a área respeitante ao mar (cor castanha). As restantes duas cores agrupam as zonas de vegetação seca, ausência de vegetação, zonas urbanas e ribeiras com a cor verde- escuro, e representada com a cor verde-claro as zonas com vegetação mais densa e viva. O resultado está apresentado pela Figura 23. Figura 23 – Resultado obtido na divisão do histograma em 3 Classes. Outro quociente de IV estudado foi o TVI para o satélite SPOT. Para este caso foi usado a tabela de cores com níveis de cinzento, como está ilustrado na Figura 24. Este quociente utiliza de novo as Bandas 2 e 3, obedecendo à seguinte fórmula: ( Banda 3 − Banda 2 ) NDTVI = + 0 ,5 ( Banda 3 + Banda 2 ) Processamento dos Dados 35
  • 36. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Figura 24 – Resultado da aplicação do Índice de Vegetação TVI Neste IV conseguiu-se um maior contraste dos vários níveis mas, de uma maneira geral, as zonas de vegetação mantêm-se. 3.4.2. Análise em Componente Principal A Análise em Componentes Principal (ACP) é um estudo estatístico sobre a imagem de satélite com o objectivo de reduzir e/ou remover redundância de informação. Ao existir uma elevada correlação entre bandas, com informação similar obtida nos diferentes comprimentos de onda, a primeira componente principal contém, normalmente, a maior parte da informação necessária. Por exemplo, nas imagens SPOT4, a ideia é reduzir a informação das quatro bandas para uma ou duas (conforme a correlação existente entre elas). Quanto maior a correlação entre as várias bandas, maior concentração de informação se consegue na direcção principal. A Figura 25 representa a transformação dos dados executados na ACP, onde I p corresponde à imagem obtida numa direcção das componentes principais p, VPp , k o Vector Próprio Processamento dos Dados 36
  • 37. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota da componente p em cada uma das K imagens e NDk os níveis de cinzento para as K imagens. < Banda 1 <<<< Banda 2 .. CP2 ... Banda 3 .. . CP1 Banda 4 4 Bandas Do SPOT4 A. Componente Principal Duas direcções principais n I p = ∑VPp , k * NDk k =1 Figura 25 – Transformação processada na Análise de Componentes Principais Por norma, as primeiras direcções são as mais importantes por evidenciarem as (dis)semelhanças entre bandas. Mas, de uma maneira geral, a segunda e a terceira direcção apresentam os maiores contraste. As interpretações que podemos fazer das principais direcções são: CP1: representa o albedo (medida da reflectividade de um corpo ou de uma superfície. É a razão entre a radiação electromagnética reflectida e a quantidade incidente). Para o estudo, esta componente principal tem pouco significado visto que ela representa a semelhança entre as várias bandas e nos queremos o contrário; CP2: Representa muitas vezes características da vegetação. Existem interpretações específicas para cada caso em função da cobertura do solo, da estação do ano, das condições climatéricas próximas (precipitações nos dias anteriores, etc). O resultado em cada uma das componentes pode ser visto na Figura 26 (primeira componente CP1), Figura 27 (segunda componente CP2) e Figura 28 (terceira componente CP3). A última componente, a quarta, foi analisada e não acrescentava Processamento dos Dados 37
  • 38. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota grande informação. Normalmente, esta última componente faz sobressair o ruído da imagem. Figura 26 – Resultado obtido na componente principal da ACP Figura 27 – Resultado obtido na segunda componente principal da ACP Processamento dos Dados 38
  • 39. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Figura 28 – Resultado obtido na terceira componente principal da ACP Analisando as três componente apresentadas chegou-se às seguintes conclusões: CP1: Imagem idêntica à original. Não acrescenta informação à inicial; CP2: Imagem com resultados interessantes visto que apresenta uma distribuição bem conseguida da presença/ausência de vegetação. Mais uma vez, o norte da ilha com grandes valores de vegetação e onde se consegue distinguir perfeitamente as estradas e ribeiras no meio desta zona. Sobressai ainda as zonas urbanas com valores muito baixos nesta componente; CP3: A terceira componente parece representar as zonas húmidas da ilha da Madeira. Nesta componente salientam-se as várias ribeiras, as zonas de costa com a rebentação das ondas. Do lado oposto, com valores reduzidos vemos as zonas montanhosas com vegetação seca, a ponta este, uma das zonas mais áridas da Ilha. Processamento dos Dados 39
  • 40. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Podemos concluir que os resultados obtidos nesta análise foram positivos, conseguindo fazer novas discriminações entre espaços geográficos. 3.4.3. Transformação Tasseled Cap (TTC) A Transformação “Tasseled Cap” (TTC) é outra das transformações multiespectrais que tenta a distinguir e monitorizar as características da vegetação através das bandas visíveis e infra-vermelho. Esta transformação foi inicialmente elaborada para o Satélite LandSat, pelo Dep. de Agricultura dos EUA com o intuito de melhorar a precisão de colheitas. O objectivo é assim, a partir de 4 novos eixos de dados espectrais poder obter mais informações da vegetação. Figura 29 – Transformação “Tasseled Cap” [Carvalho, J.; 2004] Os novos eixos/componente criados pela TTC são: • Brilho (Brightness): nesta componente é executada com a soma ponderada de cada um dos canais (com excepção feita ao canal térmico) e pode ser vista na Figura 30; • Verde (Greeness): contraste entre as bandas do vísivel e do infra- vermelho próximo (Figura 31); Processamento dos Dados 40
  • 41. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota • Humidade (wetness): é a componente que relaciona o conteúdo da água na vegetação e no solo (Figura 32). Figura 30 – Resultado da componente “Brilho” da TTC Figura 31 – Resultado da componente “Verde” da TTC Processamento dos Dados 41
  • 42. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Figura 32 – Resultado da componente “Humidade” da TTC 3.5. Classificação Neste capítulo do processamento dos dados é feita a Classificação Semi-Automática (ou Assistida) e a Classificação Automática (ou Não Assistida) da imagem de satélite a partir da informação radiométrica existente nas várias bandas. Apesar de o objectivo principal do trabalho ser a delimitação da Floresta Laurissilva, optou-se pela criação de um total de 8 grupos para a Classificação Assitida. No total, foram criados os seguintes regiões de treino, com as respectivas cores associadas na classificação: Nome da Região Descrição da Região Cor Laurissilva Vegetação do tipo Laurissilva Pasto e Vegetação Vegetação Seca usual nas zonas altas Seca Processamento dos Dados 42
  • 43. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Agricultura Zonas agrícolas, como bananal, vinhas, etc Zona urbana Áreas urbanas e suas periferias Oceano Zonas de alto mar, afastado da costa Zona Seca Zonas áridas sem vegetação Vegetação introduzida pelo humano, com especial Vegetação incidência nos anos 80/90 com a arborização de Introduzida Eucaliptos e Pinheiros Costa Litoral Zonas próximas à costa Foram escolhidas regiões suficientes para haver uma discriminação de um determinado número de usos de solos para, assim, ser mais fácil a delimitação da Floresta Laurissilva. Foi tido ainda em conta regiões com possíveis estudos futuros em monitorizações e evoluções do seu uso. 3.5.1. Classificação Assistida A classificação Assistida (ou Semi-Automática) consiste na classificação da imagem a partir de áreas treino. Estas foram escolhidas e delimitadas com a ajuda de todas as imagens criadas até este ponto, com as técnicas de Realce (Capítulo 3.3 acima) e as Transformações Multiespectrais (Capítulo 3.4) e recorrendo ao auxilio dos Ortofotomapas e Cartografia Base. Assim, podemos dividirr esta classificação pelas seguintes fases de produção:: 1. Definir as regiões ou classes temáticas que queremos discriminar; 2. Estudo estatístico e reconhecimento dos padrões espectrais através de técnicas de realce e transformações espectrais; 3. Localizar na Cartografia Base e Ortofotomapas (Figura 33) exemplos das regiões em estudo; 4. Delimitação das áreas treinos através de vectores; 5. Análise estatística das áreas treinos obtidos para cada uma das regiões; Processamento dos Dados 43
  • 44. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota 6. Executar a Classificação com a definição do método de Classificação Assistida (Máxima Verosimilhança Melhorada e Standard, Distância Mínima, Distância Mínima ao Desvio Padrão, etc) e o filtro agregação; 7. Validação da Classificação executada; Figura 33 – Localização das várias áreas treinos através dos Ortofotomapas Com os valores estatísticos determinados nas áreas treino, a restante imagem será classificada por regiões tendo por base esses valores estatísticos definidos anteriormente nessas áreas. A Figura 34 ilustra a imagem em coloração RGB, com as Bandas 3, 2 e 1 respectivamente, e com as 8 regiões definidas. Processamento dos Dados 44
  • 45. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Figura 34 – Imagem com as áreas de treino criadas para a Classificação Assistida 3.5.1.1 Estudo Estatístico das Áreas Treino Foram calculados os Estatísticos de todas as áreas treinos das regiões em estudo. Da totalidade dos valores descritivos, apresentada no Anexo II, podemos salientar os seguintes: Processamento dos Dados 45
  • 46. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota -Região Agricultura: Band1 Band2 Band3 Band4 Minimum 134.000 96.000 128.000 133.000 Maximum 178.000 158.000 222.000 246.000 Mean 149.536 113.928 185.228 177.232 Median 149.000 112.000 186.000 171.000 - Região Zona Seca Band1 Band2 Band3 Band4 Minimum 149.000 128.000 49.000 98.000 Maximum 254.000 254.000 254.000 254.000 Mean 209.406 224.544 90.942 202.871 Median 207.000 226.000 86.000 203.000 Std. Dev. 19.248 21.237 21.306 40.131 - Região Oceano Band1 Band2 Band3 Band4 Minimum 94.000 47.000 5.000 1.000 Maximum 122.000 72.000 11.000 14.000 Mean 98.521 50.908 6.651 5.102 Median 99.000 51.000 7.000 5.000 Std. Dev. 1.166 1.386 0.501 0.809 - Região Vegetação Introduzida Band1 Band2 Band3 Band4 Minimum 87.000 51.000 25.000 29.000 Maximum 180.000 204.000 254.000 254.000 Mean 115.729 87.764 117.989 126.879 Median 114.000 84.000 113.000 114.000 Std. Dev. 10.399 15.190 28.642 40.770 - Região Costa Band1 Band2 Band3 Band4 Minimum 98.000 51.000 8.000 10.000 Maximum 153.000 115.000 18.000 28.000 Mean 111.601 60.554 10.543 16.445 Processamento dos Dados 46
  • 47. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Median 109.000 59.000 11.000 17.000 Std. Dev. 9.168 7.589 1.305 3.920 - Região Urbano Band1 Band2 Band3 Band4 Minimum 119.000 87.000 45.000 97.000 Maximum 254.000 254.000 222.000 254.000 Mean 189.080 191.870 115.158 209.008 Median 189.000 195.000 115.000 212.000 Std. Dev. 30.335 42.136 19.533 33.884 - Região Veg Seca/Pasto Band1 Band2 Band3 Band4 Minimum 98.000 77.000 43.000 93.000 Maximum 227.000 254.000 149.000 254.000 Mean 151.722 159.722 88.904 250.636 Median 152.000 159.000 87.000 253.000 Std. Dev. 14.927 19.199 13.499 11.551 - Região LSilva Band1 Band2 Band3 Band4 Minimum 74.000 40.000 6.000 10.000 Maximum 168.000 153.000 243.000 253.000 Mean 101.811 65.587 102.997 99.158 Median 101.000 64.000 102.000 95.000 Std. Dev. 12.426 13.224 45.176 43.466 Para além dos valores descritivos atrás, podemos ainda analisar o Scattergram de cada uma das regiões, escolhendo qual das bandas a utilizar no gráfico. Para esta análise, foram definidos a Banda2 para o eixo dos XX e a Banda3 para o eixo dos YY. As regiões em estudo foram o Oceano (Figura 35), a Costa (Figura 36), a Floresta Laurissilva (Figura 37), a Vegetação Seca e Pasto (Figura 38). Processamento dos Dados 47
  • 48. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Figura 35 – Resultado do Scattergram para a região Oceano Figura 36 – Resultado do Scattergram para a região Costa Processamento dos Dados 48
  • 49. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Figura 37 – Resultado do Scattergram para a região do LSilva Figura 38 – Resultado do Scattergram para a região da Vegetação Seca e Pasto Processamento dos Dados 49
  • 50. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Para além da análise estatística atrás descrita, podemos ainda estudar as regiões pelas áreas totais respeitantes a cada área treino (Quadro 6) e a distância entre cada classe (Quadro 7). Class/Region Hectares Sq. Km Acres Sq. Miles ------------ -------- ------ ----- --------- Agricultura 11.040 0.110 27.280 0.043 Costa 285.36 2.854 705.140 1.102 LSilva 1599.160 15.992 3951.611 6.174 Oceano 44076.880 440.769 108916.351 170.182 Urban 151.640 1.516 374.711 0.585 Veg introduzida 334.640 3.346 826.914 1.292 Veg Seca/Pasto 471.760 4.718 1165.744 1.821 Zona Seca 130.920 1.309 323.510 0.505 All 619030.720 6190.307 1529658.337 2390.091 Quadro 6 – Quadro com os valores das áreas utilizadas para a definição das várias áreas treino Veget. Veget. Zona Agricult Costa LSilva Oceano Urbano Introd Seca Seca AgriCult 0.000 42.360 8.287 78.137 6.447 6.056 8.525 11.027 Costa 42.360 0.000 14.106 9.412 27.996 19.791 40.483 25.967 LSilva 8.287 14.106 0.000 26.795 7.728 2.174 9.892 12.318 Oceano 78.137 9.412 26.795 0.000 57.378 37.455 89.768 58.672 Urbano 6.447 27.996 7.728 57.378 0.000 6.235 3.376 1.827 V Introd 6.056 19.791 2.174 37.455 6.235 0.000 7.798 10.322 V Seca 8.525 40.483 9.892 89.768 3.376 7.798 0.000 5.179 Z. Seca 11.027 25.967 12.318 58.672 1.827 10.322 5.179 0.000 Quadro 7 – Distância média entre as diversas regiões 3.5.1.2 Resultados Obtidos Depois de testados os vários métodos de Classificação Assistida, escolheu-se o método de Máxima Verosimilhança Standard visto ter sido o que obteve melhores resultados de classificação das regiões. Há classificação final aplicou-se o filtro Majoraty.c com uma matriz de 5x5, ficando a imagem com as regiões mais homogéneas e eliminando as estruturas de pequenas dimensões. O resultado obtido pode ser visto na Figura 39. Processamento dos Dados 50
  • 51. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Figura 39 – Resultado obtido na Classificação Assistida Todos os valores estatísticos da classificação realizada podem ser visualizada no Anexo II. 3.5.2. Classificação Automática O outro tipo de classificação é a Automática ou Não supervisionada, que como o próprio nome indica, deixa de ser supervisionada pelo analista ou operador. Deixamos assim de definir as áreas treinos especificando unicamente o número de Clusters ou grupos que queremos obter no final da classificação, podendo ainda definir os parâmetros relativos à distância entre os grupos e a variação dentro de cada grupo. Os parâmetros utilizados na Classificação Não Supervisionada podem ser visto na Figura 40. Podemos ressaltar o número de classes iniciais iguais aos da classificação Processamento dos Dados 51
  • 52. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Assistida, ou seja 8 regiões, número máximo de iterações 20, percentagem de elementos não alterados 98% e o número máximo de classes 10. A classificação foi atingida após valor de elementos não alterado ter sido alcançado (98.17%) após 8 iterações e com o número de classes máximo atingido (como pode ser visto na Figura 41). Figura 40 – Parâmetros utilizados na Classificação Não Supervisionada Figura 41 – Número de iterações necessárias para atingir a classificação os parâmetros definidos Processamento dos Dados 52
  • 53. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota 3.5.2.1 Resultados Obtidos Após realização da classificação passou-se à denominação de cada cluster e fazer corresponder uma cor. Os grupos obtidos e as suas características estão descritas na Figura 42. Figura 42 – Características dos Clusters obtidos na Classificação Automática A imagem da classificação está apresentada na Figura 43. Esta imagem tem a aplicação do filtro Majoraty.c e o resultado obtido não foi o melhor, isto porque a vegetação Laurissilva não foi, de todo, delimitada com esta técnica. Um resultado interessante foi a obtenção de uma linha de costa bem definida (a amarelo) que contorna a costa do lado Sul. No lado norte essa delimitação não aconteceu, isto talvez por existir maior ondulação desse lado ou o próprio limite ser de natureza diferente. No Clusters da agricultura obteve-se bom resultado, assim como na Processamento dos Dados 53
  • 54. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota vegetação seca. O Anexo III descreve os estatísticos obtidos na Classificação Automática Figura 43 – Imagem do resultado obtido com a Classificação Automática 3.6. Validação da Classificação 3.6.1. Validação da Classificação Assistida A primeira técnica que podemos utilizar é verificar se as áreas de treino foram bem definidas. Juntamente com o scattergram podemos desenhar a elipse da probabilidade de um pixel ser associado a uma região com um nível de confiança de 95% e a média de cada uma das áreas treino. Esta informação pode ser vista na Figura 44, utilizando novamente a Banda 2 e a Banda 3. Processamento dos Dados 54
  • 55. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Figura 44 – Scattergram com elipse de um pixel pertencer a cada uma das regiões com um nível de confianças de 95 % e a média de cada área treino nadas bandas 2 e 3 Podemos concluir a área treino da região “Urbano” tem uma elipse grande demais, podendo ser melhorada. Mas tem a sua lógica ser assim, visto que a zona urbana contempla vegetação (como jardins), ribeiras, zonas industriais, casas, ect. A região “Zonas secas” também merecia uma melhoria de delimitação das áreas treino. Em relação as duas vegetações definidas (Laurissilva e a Introduzida), apesar de existir diferença na elipse e na média, talvez se pudesse melhorar a sua definição nas respectivas áreas treinos. Processamento dos Dados 55
  • 56. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Uma das alterações que podia ser feita era uma diminuição da área das áreas treinos mas um aumento do seu número. Desta forma, talvez se conseguisse discriminar melhor cada uma das regiões em estudo. Para validar a classificação podemos utilizar a matriz de confusão que compara o resultado da classificação com uma amostra de pontos terrenos “verdadeiros” ou com outra classificação. Podemos, desta maneira, usar a matriz de confusão para obtermos um indicador de precisão da classificação. Nesta matriz as linhas representa as classes reais e as colunas representam as classes deduzidas da classificação. Na Figura 45 temos um exemplo de uma associação mal feita na Classificação Automática. Temos a cidade do Funchal classificada como zona seca e as redondezas classificadas (e bem) como zonas urbanas. Esta classificação errónea talvez se tenha dado pela ausência ou reduzidas áreas de jardins na zona do centro enquanto que nas redondezas haja as casas com os quintais e casas mais dispersas. Figura 45– Exemplo da incorrecta classificação no cidade do Funchal Processamento dos Dados 56
  • 57. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Processamento dos Dados 57
  • 58. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota 4. Conclusões Como conclusão do trabalho realizado, podemos considerar que atingimos os objectivos a que nos propusemos. Conseguimos obter um GRID que, para além de discriminar a floresta Laurissilva, delimita ainda outras regiões de interesse para futura monitorização e estudo. Conseguiu-se obter duas Classificações, a Assistida e a Automática. Em relação à primeira o resultado foi, de um modo geral, positivo. No que diz respeito à Classificação Automática, o resultado obtido na delimitação da Floresta Laurissilva foi muito negativo visto que não se conseguiu uma zona homogénea dessa floresta, havendo muita “confusão” com a Floresta Introduzida, isto porque as duas regiões têm características espectrais idênticas. Mas por outro lado, conseguimos criar uma nova região que é a linha de costa. No que diz respeito à área da Floresta Laurissilva, a Classificação Assistida obteve um total de 20679.640 Ha (ver em Anexo II), não muito longe do “oficialmente” estipulado, perto de 15 Ha. Mas não se sabe qual o método utilizado neste cálculo e qual a sua data. Em relação as restantes regiões, estas poderiam merecer melhor discussão e uma melhoria das áreas treino. Principalmente áreas tão difíceis de definir como as zonas urbanas. Conseguiu-se ainda fazer uma análise pormenorizada dos dados estatísticos e da imagem inicial, o que nos permitiu executar a classificação de um modo mais expedito e eficaz. Assim, penso que foi conseguido a implementação de um estudo a partir dos conceitos teóricos e práticos estudados e desenvolvidos durante as aulas da cadeira de Detecção Remota. Conclusões 58
  • 59. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota 5. Bibliografia Carvalho, Júlia. Introdução ao ER Mapper. Documento não Editado; Carvalho, Júlia. (2004 ) Detecção Remota. Documento não Editado; Reis, Elizabeth. (2001, 2º edição) Estatística Multivariada Aplicada. Edições Sílabo, 343p.; Rosário, Lúcios; Pereira, Maria João. (1999) Caracterização Espacial da Laurissilva da Ilha da Madeira com Recurso às Imagens SPOT. Seminário Interno do CMRP http://www.cartesia.org/ Site acedido em Março de 2006; http://rst.gsfc.nasa.gov/ Site acedido em Março de 2006; http://ccrs.nrcan.gc.ca/index_e.php Site acedido em Março de 2006; Conclusões 59
  • 60. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Anexo I Descrição dos Estatísticos das Áreas Treino Anexo I 60
  • 61. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota STATISTICS FOR DATASET: madeira_Luis.ers REGION: Agricultura Band1 Band2 Band3 Band4 ----- ----- ----- ----- Non-Null Cells 276 276 276 276 Area In Hectares 11.040 11.040 11.040 11.040 Area In Acres 27.280 27.280 27.280 27.280 Minimum 134.000 96.000 128.000 133.000 Maximum 178.000 158.000 222.000 246.000 Mean 149.536 113.928 185.228 177.232 Median 149.000 112.000 186.000 171.000 Std. Dev. 5.611 9.358 15.773 26.648 Std. Dev. (n-1) 5.622 9.375 15.802 26.696 Corr. Eigenval. 2.428 0.915 0.546 0.112 Cov. Eigenval. 809.621 185.799 80.965 5.509 Correlation Matrix Band1 Band2 Band3 Band4 ------------------ ----- ----- ----- ----- Band1 1.000 0.863 -0.258 0.319 Band2 0.863 1.000 -0.435 0.463 Band3 -0.258 -0.435 1.000 -0.452 Band4 0.319 0.463 -0.452 1.000 Determinant 0.136 Corr. Eigenvectors PC1 PC2 PC3 PC4 ------------------ ----- ----- ----- ----- Band1 0.531 0.540 0.033 -0.652 Band2 0.591 0.311 0.059 0.742 Band3 -0.416 0.607 -0.665 0.130 Band4 0.442 -0.493 -0.744 -0.086 Inv. of Corr. Ev. PC1 PC2 PC3 PC4 ----------------- ----- ----- ----- ----- Band1 0.531 0.591 -0.416 0.442 Band2 0.540 0.311 0.607 -0.493 Band3 0.033 0.059 -0.665 -0.744 Band4 -0.652 0.742 0.130 -0.086 Covariance Matrix Band1 Band2 Band3 Band4 ----------------- ----- ----- ----- ----- Band1 31.602 45.464 -22.948 47.912 Band2 45.464 87.886 -64.387 115.810 Band3 -22.948 -64.387 249.704 -190.631 Band4 47.912 115.810 -190.631 712.702 Determinant 67099219.579 Cov. Eigenvectors PC1 PC2 PC3 PC4 ----------------- ----- ----- ----- ----- Band1 0.077 0.073 -0.519 -0.848 Band2 0.183 0.186 -0.809 0.528 Band3 -0.337 -0.905 -0.254 0.047 Anexo I 61
  • 62. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Band4 0.920 -0.375 0.111 -0.016 Inv. of Cov. Ev. PC1 PC2 PC3 PC4 ---------------- ----- ----- ----- ----- Band1 0.077 0.183 -0.337 0.920 Band2 0.073 0.186 -0.905 -0.375 Band3 -0.519 -0.809 -0.254 0.111 Band4 -0.848 0.528 0.047 -0.016 REGION: Zona Seca Band1 Band2 Band3 Band4 ----- ----- ----- ----- Non-Null Cells 3273 3273 3273 3273 Area In Hectares 130.920 130.920 130.920 130.920 Area In Acres 323.510 323.510 323.510 323.510 Minimum 149.000 128.000 49.000 98.000 Maximum 254.000 254.000 254.000 254.000 Mean 209.406 224.544 90.942 202.871 Median 207.000 226.000 86.000 203.000 Std. Dev. 19.248 21.237 21.306 40.131 Std. Dev. (n-1) 19.251 21.240 21.309 40.137 Corr. Eigenval. 2.629 0.747 0.496 0.128 Cov. Eigenval. 2062.485 490.021 280.247 54.028 Correlation Matrix Band1 Band2 Band3 Band4 ------------------ ----- ----- ----- ----- Band1 1.000 0.830 0.526 0.432 Band2 0.830 1.000 0.383 0.522 Band3 0.526 0.383 1.000 0.544 Band4 0.432 0.522 0.544 1.000 Determinant 0.125 Corr. Eigenvectors PC1 PC2 PC3 PC4 ------------------ ----- ----- ----- ----- Band1 0.541 -0.424 0.274 -0.672 Band2 0.532 -0.493 -0.194 0.661 Band3 0.455 0.584 0.623 0.252 Band4 0.466 0.486 -0.706 -0.220 Inv. of Corr. Ev. PC1 PC2 PC3 PC4 ----------------- ----- ----- ----- ----- Band1 0.541 0.532 0.455 0.466 Band2 -0.424 -0.493 0.584 0.486 Band3 0.274 -0.194 0.623 -0.706 Band4 -0.672 0.661 0.252 -0.220 Covariance Matrix Band1 Band2 Band3 Band4 ----------------- ----- ----- ----- ----- Band1 370.603 339.245 215.647 333.438 Band2 339.245 451.144 173.313 444.596 Anexo I 62
  • 63. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Band3 215.647 173.313 454.066 464.867 Band4 333.438 444.596 464.867 1610.968 Determinant 15302577678.077 Cov. Eigenvectors PC1 PC2 PC3 PC4 ----------------- ----- ----- ----- ----- Band1 0.273 -0.619 0.033 -0.736 Band2 0.326 -0.586 0.392 0.630 Band3 0.317 -0.181 -0.902 0.229 Band4 0.848 0.491 0.176 -0.091 Inv. of Cov. Ev. PC1 PC2 PC3 PC4 ---------------- ----- ----- ----- ----- Band1 0.273 0.326 0.317 0.848 Band2 -0.619 -0.586 -0.181 0.491 Band3 0.033 0.392 -0.902 0.176 Band4 -0.736 0.630 0.229 -0.091 REGION: Oceano Band1 Band2 Band3 Band4 ----- ----- ----- ----- Non-Null Cells 1101922 1101922 1101922 1101922 Area In Hectares 44076.880 44076.880 44076.880 44076.880 Area In Acres 108916.351 108916.351 108916.351 108916.351 Minimum 94.000 47.000 5.000 1.000 Maximum 122.000 72.000 11.000 14.000 Mean 98.521 50.908 6.651 5.102 Median 99.000 51.000 7.000 5.000 Std. Dev. 1.166 1.386 0.501 0.809 Std. Dev. (n-1) 1.166 1.386 0.501 0.809 Corr. Eigenval. 2.632 0.758 0.366 0.243 Cov. Eigenval. 3.124 0.546 0.405 0.110 Correlation Matrix Band1 Band2 Band3 Band4 ------------------ ----- ----- ----- ----- Band1 1.000 0.730 0.629 0.411 Band2 0.730 1.000 0.715 0.359 Band3 0.629 0.715 1.000 0.334 Band4 0.411 0.359 0.334 1.000 Determinant 0.178 Corr. Eigenvectors PC1 PC2 PC3 PC4 ------------------ ----- ----- ----- ----- Band1 0.539 -0.102 0.680 0.487 Band2 0.550 -0.248 0.093 -0.792 Band3 0.523 -0.275 -0.719 0.366 Band4 0.364 0.923 -0.114 -0.050 Inv. of Corr. Ev. PC1 PC2 PC3 PC4 ----------------- ----- ----- ----- ----- Band1 0.539 0.550 0.523 0.364 Anexo I 63
  • 64. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Band2 -0.102 -0.248 -0.275 0.923 Band3 0.680 0.093 -0.719 -0.114 Band4 0.487 -0.792 0.366 -0.050 Covariance Matrix Band1 Band2 Band3 Band4 ----------------- ----- ----- ----- ----- Band1 1.361 1.179 0.367 0.388 Band2 1.179 1.920 0.496 0.403 Band3 0.367 0.496 0.251 0.135 Band4 0.388 0.403 0.135 0.655 Determinant 0.076 Cov. Eigenvectors PC1 PC2 PC3 PC4 ----------------- ----- ----- ----- ----- Band1 0.592 0.199 0.777 -0.080 Band2 0.744 -0.415 -0.482 -0.208 Band3 0.215 -0.044 -0.051 0.974 Band4 0.226 0.887 -0.402 -0.031 Inv. of Cov. Ev. PC1 PC2 PC3 PC4 ---------------- ----- ----- ----- ----- Band1 0.592 0.744 0.215 0.226 Band2 0.199 -0.415 -0.044 0.887 Band3 0.777 -0.482 -0.051 -0.402 Band4 -0.080 -0.208 0.974 -0.031 REGION: Veg introduzida Band1 Band2 Band3 Band4 ----- ----- ----- ----- Non-Null Cells 8366 8366 8366 8366 Area In Hectares 334.640 334.640 334.640 334.640 Area In Acres 826.914 826.914 826.914 826.914 Minimum 87.000 51.000 25.000 29.000 Maximum 180.000 204.000 254.000 254.000 Mean 115.729 87.764 117.989 126.879 Median 114.000 84.000 113.000 114.000 Std. Dev. 10.399 15.190 28.642 40.770 Std. Dev. (n-1) 10.399 15.191 28.643 40.772 Corr. Eigenval. 3.069 0.783 0.104 0.044 Cov. Eigenval. 2312.601 446.955 55.659 6.525 Correlation Matrix Band1 Band2 Band3 Band4 ------------------ ----- ----- ----- ----- Band1 1.000 0.931 0.480 0.874 Band2 0.931 1.000 0.283 0.810 Band3 0.480 0.283 1.000 0.651 Band4 0.874 0.810 0.651 1.000 Determinant 0.011 Corr. Eigenvectors PC1 PC2 PC3 PC4 Anexo I 64
  • 65. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota ------------------ ----- ----- ----- ----- Band1 0.548 -0.224 0.428 -0.683 Band2 0.512 -0.466 0.205 0.692 Band3 0.370 0.852 0.306 0.209 Band4 0.548 0.084 -0.825 -0.104 Inv. of Corr. Ev. PC1 PC2 PC3 PC4 ----------------- ----- ----- ----- ----- Band1 0.548 0.512 0.370 0.548 Band2 -0.224 -0.466 0.852 0.084 Band3 0.428 0.205 0.306 -0.825 Band4 -0.683 0.692 0.209 -0.104 Covariance Matrix Band1 Band2 Band3 Band4 ----------------- ----- ----- ----- ----- Band1 108.149 147.084 142.883 370.417 Band2 147.084 230.776 123.338 501.910 Band3 142.883 123.338 820.439 760.493 Band4 370.417 501.910 760.493 1662.376 Determinant 375377583.543 Cov. Eigenvectors PC1 PC2 PC3 PC4 ----------------- ----- ----- ----- ----- Band1 0.186 0.162 -0.456 -0.855 Band2 0.241 0.381 -0.730 0.514 Band3 0.462 -0.850 -0.242 0.069 Band4 0.833 0.325 0.448 0.004 Inv. of Cov. Ev. PC1 PC2 PC3 PC4 ---------------- ----- ----- ----- ----- Band1 0.186 0.241 0.462 0.833 Band2 0.162 0.381 -0.850 0.325 Band3 -0.456 -0.730 -0.242 0.448 Band4 -0.855 0.514 0.069 0.004 REGION: Costa Band1 Band2 Band3 Band4 ----- ----- ----- ----- Non-Null Cells 7134 7134 7134 7134 Area In Hectares 285.360 285.360 285.360 285.360 Area In Acres 705.140 705.140 705.140 705.140 Minimum 98.000 51.000 8.000 10.000 Maximum 153.000 115.000 18.000 28.000 Mean 111.601 60.554 10.543 16.445 Median 109.000 59.000 11.000 17.000 Std. Dev. 9.168 7.589 1.305 3.920 Std. Dev. (n-1) 9.168 7.590 1.305 3.920 Corr. Eigenval. 2.928 0.909 0.095 0.068 Cov. Eigenval. 138.486 14.869 5.172 0.205 Anexo I 65
  • 66. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Correlation Matrix Band1 Band2 Band3 Band4 ------------------ ----- ----- ----- ----- Band1 1.000 0.907 0.593 0.313 Band2 0.907 1.000 0.715 0.440 Band3 0.593 0.715 1.000 0.855 Band4 0.313 0.440 0.855 1.000 Determinant 0.017 Corr. Eigenvectors PC1 PC2 PC3 PC4 ------------------ ----- ----- ----- ----- Band1 0.486 -0.543 -0.568 -0.383 Band2 0.529 -0.390 0.391 0.644 Band3 0.540 0.328 0.530 -0.566 Band4 0.439 0.667 -0.494 0.344 Inv. of Corr. Ev. PC1 PC2 PC3 PC4 ----------------- ----- ----- ----- ----- Band1 0.486 0.529 0.540 0.439 Band2 -0.543 -0.390 0.328 0.667 Band3 -0.568 0.391 0.530 -0.494 Band4 -0.383 0.644 -0.566 0.344 Covariance Matrix Band1 Band2 Band3 Band4 ----------------- ----- ----- ----- ----- Band1 84.061 63.120 7.095 11.258 Band2 63.120 57.601 7.079 13.082 Band3 7.095 7.079 1.704 4.374 Band4 11.258 13.082 4.374 15.367 Determinant 2185.069 Cov. Eigenvectors PC1 PC2 PC3 PC4 ----------------- ----- ----- ----- ----- Band1 0.764 -0.332 -0.553 0.001 Band2 0.625 0.179 0.756 0.068 Band3 0.076 0.216 -0.027 -0.973 Band4 0.139 0.900 -0.348 0.221 Inv. of Cov. Ev. PC1 PC2 PC3 PC4 ---------------- ----- ----- ----- ----- Band1 0.764 0.625 0.076 0.139 Band2 -0.332 0.179 0.216 0.900 Band3 -0.553 0.756 -0.027 -0.348 Band4 0.001 0.068 -0.973 0.221 REGION: Urbano Band1 Band2 Band3 Band4 ----- ----- ----- ----- Non-Null Cells 3791 3791 3791 3791 Area In Hectares 151.640 151.640 151.640 151.640 Area In Acres 374.711 374.711 374.711 374.711 Minimum 119.000 87.000 45.000 97.000 Anexo I 66
  • 67. Determinação da Área de Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira por Métodos de Detecção Remota Maximum 254.000 254.000 222.000 254.000 Mean 189.080 191.870 115.158 209.008 Median 189.000 195.000 115.000 212.000 Std. Dev. 30.335 42.136 19.533 33.884 Std. Dev. (n-1) 30.339 42.141 19.535 33.888 Corr. Eigenval. 2.591 1.085 0.243 0.081 Cov. Eigenval. 3340.866 584.166 199.060 102.288 Correlation Matrix Band1 Band2 Band3 Band4 ------------------ ----- ----- ----- ----- Band1 1.000 0.903 0.026 0.686 Band2 0.903 1.000 -0.011 0.754 Band3 0.026 -0.011 1.000 0.351 Band4 0.686 0.754 0.351 1.000 Determinant 0.055 Corr. Eigenvectors PC1 PC2 PC3 PC4 ------------------ ----- ----- ----- ----- Band1 0.575 -0.203 0.546 -0.575 Band2 0.588 -0.221 0.110 0.770 Band3 0.128 0.926 0.335 0.120 Band4 0.555 0.231 -0.760 -0.249 Inv. of Corr. Ev. PC1 PC2 PC3 PC4 ----------------- ----- ----- ----- ----- Band1 0.575 0.588 0.128 0.555 Band2 -0.203 -0.221 0.926 0.231 Band3 0.546 0.110 0.335 -0.760 Band4 -0.575 0.770 0.120 -0.249 Covariance Matrix Band1 Band2 Band3 Band4 ----------------- ----- ----- ----- ----- Band1 920.449 1154.413 15.396 705.600 Band2 1154.413 1775.888 -8.771 1076.399 Band3 15.396 -8.771 381.634 232.649 Band4 705.600 1076.399 232.649 1148.409 Determinant 39737899989.568 Cov. Eigenvectors PC1 PC2 PC3 PC4 ----------------- ----- ----- ----- ----- Band1 0.487 -0.240 0.489 -0.683 Band2 0.709 -0.310 0.026 0.633 Band3 0.040 0.692 0.670 0.266 Band4 0.509 0.606 -0.557 -0.250 Inv. of Cov. Ev. PC1 PC2 PC3 PC4 ---------------- ----- ----- ----- ----- Band1 0.487 0.709 0.040 0.509 Band2 -0.240 -0.310 0.692 0.606 Band3 0.489 0.026 0.670 -0.557 Band4 -0.683 0.633 0.266 -0.250 Anexo I 67