3. HIV
HIV é a sigla em inglês de vírus da imunodeficiência humana.
Causador da AIDS, ataca o sistema imunológico, responsável
pela defesa do organismo frente a microrganismos. As células
mais atingidas são os linfócitos TCD4+. Por meio de alterações
do DNA dessa célula, o HIV produz cópias de si mesmo. Depois
de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para
continuar a infecção.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS. Há muitos soros
positivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem
desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outros por
meio de relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de
seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e
a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste se
proteger em todas as situações.
5. AIDS
A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) ocorre
em estágios mais avançados da infecção pelo vírus HIV. O
HIV ataca as células de defesa do nosso corpo, o organismo
fica mais vulnerável a diversas doenças, de um simples
resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer.
Há alguns anos, receber o diagnóstico de aids era uma
sentença de morte. Atualmente, é possível ser soropositivo e
viver com qualidade de vida. Para isso, é preciso seguir
algumas recomendações médicas e tomar os medicamentos
indicados corretamente.
8. O estigma ao HIV refere-se a
qualquer atitude desfavorável,
crenças ou comportamento
direcionados às pessoas que
sejam consideradas portadores
do HIV ou que sejam de fato HIV.
Os homossexuais geralmente já enfrentam muita discriminação por
serem considerados diferentes. Discutir sobre temas como esses
ajudam a nossa comunidade na conscientização que o estigma e a
discriminação relacionados ao HIV/AIDS podem causar, além do
medo e preocupação das pessoas em relação a transmissão da
doença.
9. As pessoas têm dificuldade em falar com outras pessoas sobre o
diagnóstico com medo de serem rejeitados.
Muitas pessoas encontram
apoio através de aconselhamento
ou participando em grupos de
apoio para pessoas com AIDS,
devido a confidencialidade
desses serviços.
Educar as pessoas em como lidar e reagir melhor à alguém que
acabou de contar sobre seu estado com relação ao HIV. Todos somos
responsáveis em eliminar o estigma e discriminação relacionados a
doença.
11. No Brasil, o diagnóstico da infecção pelo HIV é
regulamentado por meio da Portaria 29, de 17 de
dezembro de 2013, que aprova o Manual Técnico para o
Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e
Crianças. Uma vez diagnosticado como portador da
infecção pelo HIV, o indivíduo deve ser encaminhado
prontamente para atendimento em uma Unidade Básica
de Saúde do Sistema Único de Saúde ou para um Serviço
de Assistência Especializada.
Os testes para diagnóstico da infecção por HIV são
produzidos pela Fundação Oswaldo Cruz, do Ministério
da Saúde, e realizados gratuitamente nos Centros de
Testagem e Aconselhamento (CTA) e em outras unidades
das redes pública de saúde, incluindo um grande número
de maternidades. Ligue para o Disque Saúde (136) e veja
o melhor local para fazer o teste.
12. Diagnóstico do vírus HIV:
Mulheres Grávidas
A taxa de transmissão do HIV de
mãe para filho durante a gravidez, sem
qualquer tratamento, pode ser de 20%.
Mas em situações em que a grávida
segue todas as recomendações médicas, a
possibilidade de infecção do bebê reduz
para níveis menores que 1%. As
recomendações médicas são: o uso de
remédios antirretrovirais combinados na
grávida e no recém-nascido, o parto
cesáreo e a não amamentação.
13. Diagnóstico do vírus HIV:
Idosos
A fragilidade do sistema
imunológico em pessoas
com mais de 60 anos
dificulta o diagnóstico de
infecção por HIV, vírus
causador da AIDS. Isso
ocorre por que, com o
envelhecimento, algumas
doenças tornam-se comuns.
E os sintomas da
AIDS podem ser
confundidos com os dessas
outras infecções.
15. Diagnóstico do vírus HIV:
Crianças e Adolescentes
Quando a criança ou o adolescente não sabem da doença, o
atendimento médico pode ficar prejudicado, pois a equipe médica
não conversa abertamente sobre a AIDS e suas implicações na vida.
Além disso, compromete a adesão e o autocuidado, já que o paciente
não se cuida corretamente.
Os adolescentes precisam conhecer
sua sorologia e ser informados sobre os
diferentes aspectos e consequências da
infecção para se tratar de uma forma
adequada. É importante nesse processo o
apoio da família, amigos e dos médicos,
porque ajuda o jovem a compreender sua
condição e se fortalecer apesar da nova
realidade.
16. Diagnóstico do vírus HIV:
Teste rápido
Possui esse nome, pois permitem a
detecção de anticorpos anti-HIV
na amostra de sangue do paciente
em até 30 minutos. Por isso, pode
ser realizado no momento da
consulta. Os testes rápidos
permitem que o paciente, no
mesmo momento que faz o teste
tenha conhecimento do resultado e
receba o aconselhamento pré e
pós-teste. O teste rápido é
preferencialmente adotado em
populações que moram em locais
de difícil acesso, em gestantes que
não fizeram o acompanhamento
no pré-natal e em situações de
acidentes no trabalho.
17. Diagnóstico do vírus HIV:
Teste Elisa
É o mais realizado para diagnosticar a doença. Nele, profissionais de
laboratório buscam por anticorpos contra o HIV no sangue do paciente. Se
uma amostra não apresentar nenhum anticorpo, o resultado negativo é
fornecido
para o paciente. O Elisa é feito com
uma placa de plástico que contém
proteínas do HIV absorvidas ou fixadas
nas cavidades em que cada amostra de
soro ou plasma (que são frações do
sangue) será adicionada. Após uma
sequência de etapas, em que são
adicionados diferentes tipos de
reagentes, o resultado é fornecido por
meio de leitura óptica, em um equipamento denominado leitora de Elisa.
18. Diagnóstico do vírus HIV:
Fatores que causam o falso-positivo
Vacina contra influenza H1N1;
Artrite Reumatoide;
Aquisição passiva de anticorpos anti-HIV(de
mãe para filho);
Múltiplas transfusões de sangue;
Algumas doenças autoimunes;
Outras retroviroses.
20. Quando ocorre a infecção pelo vírus
causador da aids, o sistema imunológico
começa a ser atacado. E é na primeira
fase, chamada de infecção aguda,
que ocorre a incubação do HIV,
tempo da exposição ao vírus até
o surgimento dos primeiros sinais da doença.
Os primeiros sintomas são muito
parecidos com os de uma gripe,
como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebido.
A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de
defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. Mas que não
enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas doenças,
pois os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse
período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático.
21. Cansaço e fraqueza por tempo prolongado;
Febre contínua e prolongada, por mais de um mês;
Gânglios ou ínguas pelo corpo,
por mais de três meses;
Emagrecimento acentuado
(mais de 20% do peso),
ocasionando a Caquexia.
22. Tosse seca continuada, por mais
de um mês, não relacionada com
bronquite crônica nem devido
aos hábito de fumar;
Monilíase/Candidíase oral;
Por ter queda nas defesas do corpo, a pessoa contaminada como vírus
da AIDS é facilmente acometida outras doenças graves, que poderão
levá-lo à morte.
Nesta fase: AIDS.
24. Adesão ao tratamento:
Aderir ao tratamento para a AIDS, significa tomar os remédios
prescritos pelo médico nos horários corretos, manter uma boa
alimentação, praticar exercícios físicos, comparecer ao serviço de
saúde nos dias previstos, entre outros cuidados. Quando o
paciente não segue todas as recomendações médicas, o HIV,
vírus causador da doença, pode ficar resistente aos
medicamentos antirretrovirais. E isso diminui as alternativas de
tratamento. O paciente deve estar bem informado sobre o progresso
do tratamento, o resultado dos testes, os possíveis efeitos colaterais
e o que fazer para amenizá-los.
Seguir as recomendações médicas parece simples, mas é uma das
grandes dificuldades encontradas pelos pacientes, pois interfere
diretamente na sua rotina. Geralmente os esquecimentos ocorrem
nos finais de semana, férias ou outros períodos fora da rotina.
25. Quais são os antirretrovirais?
Os medicamentos antirretrovirais surgiram na década de 1980, para
impedir a multiplicação do vírus no organismo. Eles não matam o
vírus , mas ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema
imunológico. Atualmente, existem 21 medicamentos divididos em
cinco tipos:
Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase Reversa: Abacavir,
Didanosina, Estavudina, Lamivudina, Tenofovir, Zidovudina e a
combinação Lamivudina/Zidovudina.
Inibidores Não Nucleosídeos da Transcriptase Reversa:
Efavirenz, Nevirapina e Etravirina.
Inibidores de Protease: Atazanavir, Darunavir, Fosamprenavir,
Indinavir, Lopinavir/r, Nelfinavir, Ritonavir, Saquinavir e
Tipranavir.
Inibidores de fusão: Enfuvirtida.
Inibidores da Integrase: Raltegravir.
26. Quem precisa tomar:
Apesar dos benefícios já comprovados dos medicamentos
antirretrovirais, o tratamento não é indicado a todas as pessoas
que vivem com HIV. Os remédios aumentam o tempo e a
qualidade de vida de quem segue o tratamento corretamente. Mas
podem causar alguns efeitos colaterais que, em alguns casos, não
compensam os ganhos com a terapia.
O tratamento é recomendado para quem tem contagem baixa de
células de defesa (linfócitos T CD4+) no organismo. Cada caso é
único e deve ser discutido com o médico, mesmo aqueles em que
há coinfecções. Tomar qualquer medicamento sem orientação
médica é uma prática condenada pelos profissionais de saúde.
Todos os indivíduos que tomam o coquetel anti-AIDS devem ter
muito cuidado ao usar qualquer outro medicamento como álcool ou
drogas.
27. Efeitos colaterais:
O tratamento com os medicamentos antirretrovirais traz muitos
benefícios aos pacientes: aumentam a sobrevida e melhoram a
qualidade de vida de quem segue corretamente as recomendações
médicas. Mas, como os medicamentos precisam ser muito fortes
para impedir a multiplicação do vírus no organismo, mas podem
causar alguns efeitos colaterais desagradáveis.
Lipodistrofia: má distribuição da gordura do corpo.
Diabetes: resistência à insulina, e o surgimento da diabetes mellitus.
Rins: agudas ou crônicas, a mais frequente é a insuficiência renal.
Fígado: sobrecarga do metabolismo dos remédios, insuficiência.
Ossos: osteoporose, baixos níveis de cálcio no organismo.
Alterações neuropsiquiátricas: alucinações, amnésia, insônia.
Sintomas gastrointestinais: diarreia, vômito, náuseas, azia.
29. O que podem os profissionais da
saúde fazer?
Todos os esforços de prevenção reduzem ou limitam o número final
de pessoas infectadas que precisam de cuidados. O impacto mais
forte do HIV é nas crianças e adolescentes em idade sexualmente
ativa, com isso foi criado o projeto Saúde e Prevenção nas Escolas
(SPE).
Campanhas de prevenção na educação sanitária para modificar os
comportamentos sexuais ou de consumo de drogas e para incentivar
a adoção de medidas protetoras .
A detecção de outras DST, uma vez que essas doenças ajudam a
transmitir o HIV.
Cuidados pré-natais melhorados, alternativas à amamentação para
reduzir a transmissão de mãe para filho (transmissão vertical). Claro
que, a utilização desse termo médico não atribui qualquer estigma à
mulher. Os esforços de prevenção só terão sucesso num ambiente
onde as pessoas com HIV/AIDS não forem discriminadas e onde o
HIV não for estigmatizado.
31. Prevenir a transmissão
sexual:
O profissional pode proporcionar informação sobre o
HIV/AIDS e deve também proporcionar aconselhamento a
pacientes que tenham preocupações sobre os riscos da infecção
pelo HIV.
Usar preservativo;
32. Prevenir a transmissão da mãe
para o filho:
Se o teste for positivo, deve ser informada sobre os riscos de
transmissão através da amamentação e sobre métodos
alternativos de alimentação infantil.
Conselhos pré-natais sobre uma boa nutrição são importantes
para todas as futuras mães.
Se uma mulher soropositiva decidir amamentar, deve ser
apoiada na sua escolha. Os profissionais da área da saúde
devem zelar para que a mãe não seja discriminada ou acusada
de colocar o seu filho em risco. Devem-lhe ser fornecidos
apoio para a amamentação exclusiva e a opção de terminar a
amamentação assim que puder proporcionar alimentação
alternativa adequada.