SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  23
COMPLEXO
DE
GOLGI
INTRODUÇÃO
Nomenclaturas na biologia celular:
 Aparelho de Golgi
 Complexo de Golgi
 Dictiossoma
 Golgiossomo
 Complexo Golgiense
É uma organela encontrada em quase todas as células eucarióticas.
Constituído por dobras de membranas e vesículas, e sua função primordial é
o processamento de proteínas ribossomáticas e a sua distribuição por entre
essas vesículas. Funciona, portanto, como uma espécie de sistema central
de distribuição na célula, atuando como centro de armazenamento,
transformação, empacotamento e remessa de substâncias.
SUMÁRIO
1 Introdução................................................................................................... 4
2 Camillo Golgi...............................................................................................5
2.1 Camilo e sua História...............................................................................6
2.2 Camilo e o Complexo...............................................................................7
2.3 Nobel de Fisiologia..................................................................................8
CAMILLO
GOLGI
Camillo Golgi nasceu em Corteno – ITA no dia 7 de Julho de 1843 e faleceu
em Pavia, no dia 21 de Janeiro de 1926, foi um médico e histologista italiano.
Filho de um funcionário do departamento médico, estudou medicina
na Universidade de Pádua, graduando-se em 1865. Se interessou
pela histologia. Apesar dos escassos meios com que contava, chegou a
importantes resultados com as suas experiências, entre as quais se destaca o
método da coloração com o nitrato de prata, que provocou uma revolução no
estudo laboratorial dos tecidos nervosos. Empregando este método, identificou
uma classe de célula nervosa dotada de extensões (ou dendritos) mediante as
quais se ligam entre si outras células nervosas. Esta descoberta permitiu
a Wilhelm von Waldeyer-Haltz formular a hipótese de que as células nervosas
são as unidades estruturais básicas do sistema nervoso, hipótese que mais
tarde demonstraria Santiago Ramón y Cajal.
Em 1876, Camillo continuou o estudo das
células nervosas, obtendo provas da
existência de uma rede irregular de fibrilhas,
cavidades e grânulos (a que depois seria
dado o nome de aparelho de Golgi), que
desempenha um papel essencial em
operações celulares como a construção da
membrana, o armazenamento
de lípideos e proteínas ou o transporte de
partículas ao longo da membrana celular.
Em 1906 Golgi recebeu o Nobel de
Fisiologia ou Medicina conjuntamente
com Santiago Ramón Cajal, pelos
seus estudos sobre a estrutura do
sistema nervoso.
ESTRUTURA
DESCOBERTA
Devido ao seu tamanho relativamente grande, o complexo de Golgi foi uma
das primeiras organelas celulares a ser descrita e observada em detalhes. A
estrutura foi descoberta em 1898 pelo médico italiano Camillo Golgi, durante
uma investigação sobre o sistema nervoso. Inicialmente, logo após observar
a estrutura em seu microscópio, ele a chamou de aparelho reticular interno.
A organela foi então rebatizada em sua homenagem não muito tempo após
o anúncio de sua descoberta em 1898.
No entanto, algumas dúvidas sobre essa primeira descrição foram levantadas, argumentando-
se que a aparência da estrutura era, na verdade, apenas uma ilusão de ótica criada pela
técnica de observação utilizada por Golgi. Com o desenvolvimento de microscópios modernos
no século XX, a descoberta foi confirmada. Mas também foi descoberto que o Complexo de
Golgi também serve para ajudar o espermatozoide penetrar no ovulo.
Encontrado no interior do citoplasma de células vegetais e animais, o
Complexo de Golgi é composto de pilhas de dobras de membranas interligadas
formando estruturas conhecidas como cisternas. Uma pilha individual é muitas vezes
chamada de dictiossomo, especialmente em células vegetais. Uma célula de
um mamífero contém tipicamente 40 a 100 pilhas desse tipo. Entre seis a vinte
cisternas são normalmente presentes em uma pilha, no entanto, em
alguns protistas esse número pode chegar a sessenta. Cada cisterna compreende
um disco de membrana plana, fechada, que inclui enzimas especiais que modificam
ou ajudam a modificar proteínas que são transportadas através da estrutura
A pilha de cisternas tem quatro regiões
funcionais:
 Rede cis-Golgi
 Medial-Golgi
 Endo-Golgi
 Trans-Golgi
 Rede Golgi cis e rede Golgi
trans
 Rede Golgi cis  localiza-
se entre RE e cisternas cis
 sítio de entrada do CG 
parte convexa
 Rede Golgi trans  sítio
de saída de substâncias
(secreção)  parte côncava
 Cisternas e redes Golgi 
composição química
diferente
A face trans é a face côncava, que
libera vesículas para a membrana
plasmática, enquanto a face cis
é convexa, recebendo vesículas
transportadoras provenientes de
outras organelas intracelulares.
Cada região contém enzimas
diferentes que seletivamente
modificam o conteúdo, dependendo
de onde eles residem. As cisternas
também carregam proteínas
estruturais importantes para a
manutenção do formato da
organela: membranas achatadas
que se sobrepõem umas sobre as
outras.
Histórico
1898  Camilo Golgi  “aparelho reticular interno”
- impregnação por íons prata
- células secretoras, neurônios e células metabolicamente
ativas.
1955  M.E (M. Eletr) = aspectos ultra-estruturais confirmam a
organela
Impregnação
por íons Prata
M. de Luz
M. Eletr
Ocorrência e localização
• Na maioria das células eucarióticas (exceção: hemáceas e
espermatozoides)
• Próximo ao núcleo
• Dispersos no citoplasma
Localização do Complexo de Golgi
Microscopia de Contraste de Fase
Entre R.E e a membrana plasmática
Ultra-estrutura (ME)
 Arranjo organizado das membranas
que envolvem suas cavidades
 Sáculos achatados, aproximadamente
circulares = cisternas = dictiossomos
 Sobrepostas em corte transversal
 Número de cisternas variável  tipo e
estado fisiológico da célula (4 a 8
cisternas de 10nm)
 Sem comunicação física entre as
cisternas  espaçadas por 20 a 30nm
Face cis: cromofílica
Face trans: cromofóbica
Estudo in situ por métodos citoquímicos
• ML  resultados incertos
• ME  informações precisas
 Polissacarídeos sulfo e sialomucinas e mucopolissacarídeos: cavidades dos
dictiossomos, sáculos da face trans e nas vesículas do Golgi
 Existência de diversas enzimas  subdivisão funcional do CG de acordo
com o conteúdo enzimático de cada cisterna
Análise bioquímica das frações de Golgi
•Isolamento da organela: centrifugação diferencial e gradientes em sacarose
 microssomos
•Enzimas específicas marcadoras do CG  várias glicosiltransferases (adição
de açúcares às proteínas e aos lipídios)
Membranas
 Composição e espessura (5 e 10nm) difere entre os compartimentos
 Lipídios 35 - 40%  fosfolipídios
 Proteínas 60 - 65%  enzimas, proteínas estruturais e transferases
 Conteúdo enzimático específico para cada compartimento do CG
Composição química
Compartimento Conteúdo enzimático
Rede Gogi cis Fostatase
Cisterna cis Manosidases I
Cisterna média
Manosidases II e III
N-acetilglicosamina transferase
Cisterna trans Galactosiltransferase
Rede Golgi trans
Fosfatase ácida, tiamina pirofosfatase
(TPPase), nucleosídeo fosfatase
(NDPase), sialiltransferase,
sulfotransferase
Luz das cisternas do Complexo de Golgi
-
Carboidratos: monossacarídeos
(glicose, galactose, manose, frutose,
ácido siálico, xilose e N-
acetilglicosamina)
Polissacarídeos (pectina,
hemicelulose - células vegetais e
glicosaminoglicanas - células
animais)
Proteínas de secreção: conteúdo
varia com o tipo celular estudado
A. Célula secretora de muco
B. Célula de testículo
C. Célula da glândula adrenal
D. Célula de mucosa intestinal
Complexo de Golgi: estrutura e funções

Contenu connexe

Tendances (20)

Endomembranas
EndomembranasEndomembranas
Endomembranas
 
Embriologia básica
Embriologia básicaEmbriologia básica
Embriologia básica
 
ribossomos e síntese proteica.pptx
ribossomos e síntese proteica.pptxribossomos e síntese proteica.pptx
ribossomos e síntese proteica.pptx
 
Aula sistema imunologico
Aula sistema imunologicoAula sistema imunologico
Aula sistema imunologico
 
Aula sobre células
Aula sobre célulasAula sobre células
Aula sobre células
 
Embriologia
EmbriologiaEmbriologia
Embriologia
 
Lisossomos
LisossomosLisossomos
Lisossomos
 
Evidências da evolução
Evidências da evoluçãoEvidências da evolução
Evidências da evolução
 
Citologia e membrana celular
Citologia e membrana celularCitologia e membrana celular
Citologia e membrana celular
 
Trabalho de Biologia Geral Lisossomos e Endossomos
Trabalho de Biologia Geral Lisossomos e EndossomosTrabalho de Biologia Geral Lisossomos e Endossomos
Trabalho de Biologia Geral Lisossomos e Endossomos
 
Fungos
FungosFungos
Fungos
 
Gametogênese, Fecundação e Embriologia Humana
Gametogênese, Fecundação e Embriologia HumanaGametogênese, Fecundação e Embriologia Humana
Gametogênese, Fecundação e Embriologia Humana
 
Polissacarídeos da parede celular fúngica
Polissacarídeos da parede celular fúngicaPolissacarídeos da parede celular fúngica
Polissacarídeos da parede celular fúngica
 
Aula de gametogenese
Aula de gametogeneseAula de gametogenese
Aula de gametogenese
 
Aula gametogênese
Aula gametogêneseAula gametogênese
Aula gametogênese
 
Microscópio
MicroscópioMicroscópio
Microscópio
 
Células Procariontes e Eucariontes
Células Procariontes e EucariontesCélulas Procariontes e Eucariontes
Células Procariontes e Eucariontes
 
Replicacao e transcriçao DNA procariotos
Replicacao e transcriçao DNA procariotosReplicacao e transcriçao DNA procariotos
Replicacao e transcriçao DNA procariotos
 
Embriologia
EmbriologiaEmbriologia
Embriologia
 
Homeostase e integração
Homeostase e integraçãoHomeostase e integração
Homeostase e integração
 

En vedette (20)

Complexo completoo
Complexo completooComplexo completoo
Complexo completoo
 
Complexo golgiense
Complexo golgienseComplexo golgiense
Complexo golgiense
 
Lisossomos, retículo endoplásmático e complexo de golgi
Lisossomos, retículo endoplásmático e complexo de golgiLisossomos, retículo endoplásmático e complexo de golgi
Lisossomos, retículo endoplásmático e complexo de golgi
 
Aula 5 secreção e digestão celular
Aula 5   secreção e digestão celularAula 5   secreção e digestão celular
Aula 5 secreção e digestão celular
 
Retículo endoplasmático
Retículo endoplasmáticoRetículo endoplasmático
Retículo endoplasmático
 
Mitocondria
MitocondriaMitocondria
Mitocondria
 
Reticulo Endoplasmático
Reticulo EndoplasmáticoReticulo Endoplasmático
Reticulo Endoplasmático
 
Organelas CITOPLASMATICAS
Organelas CITOPLASMATICASOrganelas CITOPLASMATICAS
Organelas CITOPLASMATICAS
 
Aula Citologia
Aula CitologiaAula Citologia
Aula Citologia
 
Frente 3 módulo 9 Mitocôndria e Respiração
Frente 3 módulo 9 Mitocôndria e RespiraçãoFrente 3 módulo 9 Mitocôndria e Respiração
Frente 3 módulo 9 Mitocôndria e Respiração
 
Mitocôndria
MitocôndriaMitocôndria
Mitocôndria
 
Células
CélulasCélulas
Células
 
Aula De RevisõEs 2
Aula De RevisõEs 2Aula De RevisõEs 2
Aula De RevisõEs 2
 
Organelas citoplasmáticas Profª Monara Bittencourt
Organelas citoplasmáticas Profª Monara BittencourtOrganelas citoplasmáticas Profª Monara Bittencourt
Organelas citoplasmáticas Profª Monara Bittencourt
 
Síndrome de Cri Du Chat
Síndrome de Cri Du ChatSíndrome de Cri Du Chat
Síndrome de Cri Du Chat
 
Células
CélulasCélulas
Células
 
Célula (1)
Célula (1)Célula (1)
Célula (1)
 
Membrana plasmática (plasmalema)
Membrana plasmática (plasmalema)Membrana plasmática (plasmalema)
Membrana plasmática (plasmalema)
 
1EM #10 organelas - ingestão de substâncias
1EM #10 organelas - ingestão de substâncias1EM #10 organelas - ingestão de substâncias
1EM #10 organelas - ingestão de substâncias
 
Cilios flagelos
Cilios flagelosCilios flagelos
Cilios flagelos
 

Similaire à Complexo de Golgi: estrutura e funções

1S- Citoplasma completo outubro2014
1S- Citoplasma   completo  outubro20141S- Citoplasma   completo  outubro2014
1S- Citoplasma completo outubro2014Ionara Urrutia Moura
 
aula de citologia para tecnico em enfermagem
aula de citologia para tecnico em enfermagemaula de citologia para tecnico em enfermagem
aula de citologia para tecnico em enfermagemLanaMonteiro8
 
Biologia Celular – Aula I.pptx
Biologia Celular – Aula I.pptxBiologia Celular – Aula I.pptx
Biologia Celular – Aula I.pptxPedroCampani
 
Secreção e digestão celular
Secreção e digestão celularSecreção e digestão celular
Secreção e digestão celularFábio Santos
 
identificaodasorganelasesuasfunes-220717123636-544df2c9 (1).pptx
identificaodasorganelasesuasfunes-220717123636-544df2c9 (1).pptxidentificaodasorganelasesuasfunes-220717123636-544df2c9 (1).pptx
identificaodasorganelasesuasfunes-220717123636-544df2c9 (1).pptxLaianaLessaTeixeiraP
 
Aula 11 - Organelas (Complexo de Golgi, Ribossomos, Lisossomos e Mitocondria)...
Aula 11 - Organelas (Complexo de Golgi, Ribossomos, Lisossomos e Mitocondria)...Aula 11 - Organelas (Complexo de Golgi, Ribossomos, Lisossomos e Mitocondria)...
Aula 11 - Organelas (Complexo de Golgi, Ribossomos, Lisossomos e Mitocondria)...RonyVenturini1
 
Fundamentos de Citologia: células de mamíferos desde a membrana celular até d...
Fundamentos de Citologia: células de mamíferos desde a membrana celular até d...Fundamentos de Citologia: células de mamíferos desde a membrana celular até d...
Fundamentos de Citologia: células de mamíferos desde a membrana celular até d...paulosa14
 
Citoplasma e organelas citoplasmáticas
Citoplasma e organelas citoplasmáticasCitoplasma e organelas citoplasmáticas
Citoplasma e organelas citoplasmáticasaferna
 

Similaire à Complexo de Golgi: estrutura e funções (20)

Camila (salvo automaticamente)
Camila (salvo automaticamente)Camila (salvo automaticamente)
Camila (salvo automaticamente)
 
Citoplasma.ppt
Citoplasma.pptCitoplasma.ppt
Citoplasma.ppt
 
Aula 06 citoplasma
Aula 06   citoplasmaAula 06   citoplasma
Aula 06 citoplasma
 
1S- Citoplasma completo outubro2014
1S- Citoplasma   completo  outubro20141S- Citoplasma   completo  outubro2014
1S- Citoplasma completo outubro2014
 
Organelas slides
Organelas slidesOrganelas slides
Organelas slides
 
Biologia suple
Biologia supleBiologia suple
Biologia suple
 
Biologia celular
Biologia celularBiologia celular
Biologia celular
 
aula de citologia para tecnico em enfermagem
aula de citologia para tecnico em enfermagemaula de citologia para tecnico em enfermagem
aula de citologia para tecnico em enfermagem
 
Biologia Celular – Aula I.pptx
Biologia Celular – Aula I.pptxBiologia Celular – Aula I.pptx
Biologia Celular – Aula I.pptx
 
Orgânulos do citoplasma
Orgânulos do citoplasmaOrgânulos do citoplasma
Orgânulos do citoplasma
 
Citologia
CitologiaCitologia
Citologia
 
Aula celulas 8ano
Aula celulas 8anoAula celulas 8ano
Aula celulas 8ano
 
Secreção e digestão celular
Secreção e digestão celularSecreção e digestão celular
Secreção e digestão celular
 
Resumão Citologia
Resumão CitologiaResumão Citologia
Resumão Citologia
 
identificaodasorganelasesuasfunes-220717123636-544df2c9 (1).pptx
identificaodasorganelasesuasfunes-220717123636-544df2c9 (1).pptxidentificaodasorganelasesuasfunes-220717123636-544df2c9 (1).pptx
identificaodasorganelasesuasfunes-220717123636-544df2c9 (1).pptx
 
Complexo golgiense
Complexo golgienseComplexo golgiense
Complexo golgiense
 
Aula 11 - Organelas (Complexo de Golgi, Ribossomos, Lisossomos e Mitocondria)...
Aula 11 - Organelas (Complexo de Golgi, Ribossomos, Lisossomos e Mitocondria)...Aula 11 - Organelas (Complexo de Golgi, Ribossomos, Lisossomos e Mitocondria)...
Aula 11 - Organelas (Complexo de Golgi, Ribossomos, Lisossomos e Mitocondria)...
 
Fundamentos de Citologia: células de mamíferos desde a membrana celular até d...
Fundamentos de Citologia: células de mamíferos desde a membrana celular até d...Fundamentos de Citologia: células de mamíferos desde a membrana celular até d...
Fundamentos de Citologia: células de mamíferos desde a membrana celular até d...
 
Citoplasma e organelas citoplasmáticas
Citoplasma e organelas citoplasmáticasCitoplasma e organelas citoplasmáticas
Citoplasma e organelas citoplasmáticas
 
Organelas
OrganelasOrganelas
Organelas
 

Complexo de Golgi: estrutura e funções

  • 2.
  • 3. INTRODUÇÃO Nomenclaturas na biologia celular:  Aparelho de Golgi  Complexo de Golgi  Dictiossoma  Golgiossomo  Complexo Golgiense É uma organela encontrada em quase todas as células eucarióticas. Constituído por dobras de membranas e vesículas, e sua função primordial é o processamento de proteínas ribossomáticas e a sua distribuição por entre essas vesículas. Funciona, portanto, como uma espécie de sistema central de distribuição na célula, atuando como centro de armazenamento, transformação, empacotamento e remessa de substâncias.
  • 4. SUMÁRIO 1 Introdução................................................................................................... 4 2 Camillo Golgi...............................................................................................5 2.1 Camilo e sua História...............................................................................6 2.2 Camilo e o Complexo...............................................................................7 2.3 Nobel de Fisiologia..................................................................................8
  • 6. Camillo Golgi nasceu em Corteno – ITA no dia 7 de Julho de 1843 e faleceu em Pavia, no dia 21 de Janeiro de 1926, foi um médico e histologista italiano. Filho de um funcionário do departamento médico, estudou medicina na Universidade de Pádua, graduando-se em 1865. Se interessou pela histologia. Apesar dos escassos meios com que contava, chegou a importantes resultados com as suas experiências, entre as quais se destaca o método da coloração com o nitrato de prata, que provocou uma revolução no estudo laboratorial dos tecidos nervosos. Empregando este método, identificou uma classe de célula nervosa dotada de extensões (ou dendritos) mediante as quais se ligam entre si outras células nervosas. Esta descoberta permitiu a Wilhelm von Waldeyer-Haltz formular a hipótese de que as células nervosas são as unidades estruturais básicas do sistema nervoso, hipótese que mais tarde demonstraria Santiago Ramón y Cajal.
  • 7. Em 1876, Camillo continuou o estudo das células nervosas, obtendo provas da existência de uma rede irregular de fibrilhas, cavidades e grânulos (a que depois seria dado o nome de aparelho de Golgi), que desempenha um papel essencial em operações celulares como a construção da membrana, o armazenamento de lípideos e proteínas ou o transporte de partículas ao longo da membrana celular.
  • 8. Em 1906 Golgi recebeu o Nobel de Fisiologia ou Medicina conjuntamente com Santiago Ramón Cajal, pelos seus estudos sobre a estrutura do sistema nervoso.
  • 10. DESCOBERTA Devido ao seu tamanho relativamente grande, o complexo de Golgi foi uma das primeiras organelas celulares a ser descrita e observada em detalhes. A estrutura foi descoberta em 1898 pelo médico italiano Camillo Golgi, durante uma investigação sobre o sistema nervoso. Inicialmente, logo após observar a estrutura em seu microscópio, ele a chamou de aparelho reticular interno. A organela foi então rebatizada em sua homenagem não muito tempo após o anúncio de sua descoberta em 1898. No entanto, algumas dúvidas sobre essa primeira descrição foram levantadas, argumentando- se que a aparência da estrutura era, na verdade, apenas uma ilusão de ótica criada pela técnica de observação utilizada por Golgi. Com o desenvolvimento de microscópios modernos no século XX, a descoberta foi confirmada. Mas também foi descoberto que o Complexo de Golgi também serve para ajudar o espermatozoide penetrar no ovulo.
  • 11. Encontrado no interior do citoplasma de células vegetais e animais, o Complexo de Golgi é composto de pilhas de dobras de membranas interligadas formando estruturas conhecidas como cisternas. Uma pilha individual é muitas vezes chamada de dictiossomo, especialmente em células vegetais. Uma célula de um mamífero contém tipicamente 40 a 100 pilhas desse tipo. Entre seis a vinte cisternas são normalmente presentes em uma pilha, no entanto, em alguns protistas esse número pode chegar a sessenta. Cada cisterna compreende um disco de membrana plana, fechada, que inclui enzimas especiais que modificam ou ajudam a modificar proteínas que são transportadas através da estrutura A pilha de cisternas tem quatro regiões funcionais:  Rede cis-Golgi  Medial-Golgi  Endo-Golgi  Trans-Golgi
  • 12.  Rede Golgi cis e rede Golgi trans  Rede Golgi cis  localiza- se entre RE e cisternas cis  sítio de entrada do CG  parte convexa  Rede Golgi trans  sítio de saída de substâncias (secreção)  parte côncava  Cisternas e redes Golgi  composição química diferente
  • 13.
  • 14. A face trans é a face côncava, que libera vesículas para a membrana plasmática, enquanto a face cis é convexa, recebendo vesículas transportadoras provenientes de outras organelas intracelulares. Cada região contém enzimas diferentes que seletivamente modificam o conteúdo, dependendo de onde eles residem. As cisternas também carregam proteínas estruturais importantes para a manutenção do formato da organela: membranas achatadas que se sobrepõem umas sobre as outras.
  • 15. Histórico 1898  Camilo Golgi  “aparelho reticular interno” - impregnação por íons prata - células secretoras, neurônios e células metabolicamente ativas. 1955  M.E (M. Eletr) = aspectos ultra-estruturais confirmam a organela Impregnação por íons Prata M. de Luz M. Eletr
  • 16. Ocorrência e localização • Na maioria das células eucarióticas (exceção: hemáceas e espermatozoides) • Próximo ao núcleo • Dispersos no citoplasma
  • 17. Localização do Complexo de Golgi Microscopia de Contraste de Fase Entre R.E e a membrana plasmática
  • 18. Ultra-estrutura (ME)  Arranjo organizado das membranas que envolvem suas cavidades  Sáculos achatados, aproximadamente circulares = cisternas = dictiossomos  Sobrepostas em corte transversal  Número de cisternas variável  tipo e estado fisiológico da célula (4 a 8 cisternas de 10nm)  Sem comunicação física entre as cisternas  espaçadas por 20 a 30nm Face cis: cromofílica Face trans: cromofóbica
  • 19.
  • 20. Estudo in situ por métodos citoquímicos • ML  resultados incertos • ME  informações precisas  Polissacarídeos sulfo e sialomucinas e mucopolissacarídeos: cavidades dos dictiossomos, sáculos da face trans e nas vesículas do Golgi  Existência de diversas enzimas  subdivisão funcional do CG de acordo com o conteúdo enzimático de cada cisterna Análise bioquímica das frações de Golgi •Isolamento da organela: centrifugação diferencial e gradientes em sacarose  microssomos •Enzimas específicas marcadoras do CG  várias glicosiltransferases (adição de açúcares às proteínas e aos lipídios)
  • 21. Membranas  Composição e espessura (5 e 10nm) difere entre os compartimentos  Lipídios 35 - 40%  fosfolipídios  Proteínas 60 - 65%  enzimas, proteínas estruturais e transferases  Conteúdo enzimático específico para cada compartimento do CG Composição química Compartimento Conteúdo enzimático Rede Gogi cis Fostatase Cisterna cis Manosidases I Cisterna média Manosidases II e III N-acetilglicosamina transferase Cisterna trans Galactosiltransferase Rede Golgi trans Fosfatase ácida, tiamina pirofosfatase (TPPase), nucleosídeo fosfatase (NDPase), sialiltransferase, sulfotransferase
  • 22. Luz das cisternas do Complexo de Golgi - Carboidratos: monossacarídeos (glicose, galactose, manose, frutose, ácido siálico, xilose e N- acetilglicosamina) Polissacarídeos (pectina, hemicelulose - células vegetais e glicosaminoglicanas - células animais) Proteínas de secreção: conteúdo varia com o tipo celular estudado A. Célula secretora de muco B. Célula de testículo C. Célula da glândula adrenal D. Célula de mucosa intestinal