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DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DE INDICADORES EPIDEMIÓGICOS SOBRE AS ÚLCERAS POR PRESSÃO 
(Doc. V- GNEAUPP) 
TRADUCCION: 
LOURDES MUÑOZ HIDALGO 
DUE. Enfermeira de Família 
Unidade de Saúde Familiar Cruz de Celas (Coimbra, Portugal) 
Responsável de Enfermagem pela Área de Diabetes e Pé Diabético 
Especialsta no Cuidado e Tratamento de UPP e Feridas Crónicas pelo GNEAUPP 
Membro do GNEAUPP, EWMA e GAIF 
Os indicadores epidemiológicos são um instrumento de grande utilidade para poder medir o âmbito atingido e a evolução temporal do problema das úlceras por pressão (UPP). 
Tendo em conta a necessidade de poder comparar ou acrescentar dados, é muito importante a utilização a mesma metodologia para a elaboração de indicadores epidemiológicos das UPP. 
Os indicadores epidemiológicos mais conhecidos e fácil cálculo são a prevalência e a incidência. 
PREVALÊNCIA 
A prebalência mede a proporção de pessoas numa população determinada que apresentam UPP num momento determinado. 
Prevalência: 
Número de utentes com UPP no momento em que se realiza o estudo x 100 
População estudada na data na que se faz o estudo 
A prevalência é um indicador de fácil elaboração apesar de aportar uma imagem estática do problema dos UPP, pelo que pode ser influenciada por uma grande quantidade de factores temporais que podem afectar a qualidade da infromação que proporcionam. Uma maneira de minimizar este problema pode ser a realização de cortes periódicos de prevalência conferindo a este indicador um dinamismo temporal.
INCIDÊNCIA 
A incidência mede a proporção de pessoas numa população determinada que inicialmente não tinham UPP e que desenvolveram num período de tempo determinado. 
Incidência: 
Número de utentes inicialmente livres de UPP 
que desenvolveram no mínimo uma UPP durante o período de estudo x 100 
Total acumulado de população durante o período em estudo 
A incidência é um indicador de mais difícil cálculo, ainda que permita ver de maneira dinâmica no tempo, o problema das UPP numa determinada instituição. Uma abordagem integral do problema das UPP passa pelo cálculo das taxas de incidência. 
Recomendações a considerar para o cálculo da incidêcia e prevalência: 
 A base do cálculo sempre é o UTENTE que apresenta UPP e não a UPP. 
 No cálculo da incidência também incluirá os utentes que tendo UPP previamente, desenvolveram novas lesões. O utente, só será incidente uma única vez durante o período do estudo. 
 Incluir nos numeradores a TODOS os utentes com UPP de qualquer grau (I, II, III ou IV) (ver Documento nº II GNEAUPP: Classificação/estadiamento das Úlceras por pressão) 
 Ao facilitar os indicadores não se calculam os denominadores só em base da pontuação de risco segundo uma determinada escala, em qualquer caso facilitar em primeiro lugar a prevalência e incidência em TODOS os utentes e como dado complementário a prevalência ou a incidência segundo o risco (especificando a Escala utilizada, quando aconteceu e quem a aplicou). 
 No caso de hospitais de agudos não monográficos excluir dos denominadores os utentes de unidades de baixo ou nulo risco de UPP; utentes pediátricos (excepto UCI pediátrica e UCI neonatal) e utentes obstétricas, tendo em consideração sempre a existência ou não de utentes internados fora das unidades (utentes ectópicos). 
 Em centros sociossanitários incluir nos denominadores só na população assistida ou dependente. 
 Para os centros de cuidados de saúde primários utilizar preferentemente como denominador, a população incluida no Programa de Assitência domiciliária.
 No caso de cortes de prevalência recomenda-se a inserção de uma ficha técnica com a seguinte informação: 
Data da realização do corte 
População do estudo incluida no corte 
Lotação (nas instituções) 
Metodologia utilizada para realizar o corte 
Classificação das lesões utilizada 
Outra informação epidemiológica 
Os indicadores supracitados podem ser complementados com outra infromação que ajuda na definição de uma maneira mais pormenorizada o problema das UPP numa determinada população. 
 Idade e sexo dos utentes 
 Número de lesãoes por utente, localização, estadiamento e antiguidade das mesmas. 
 Origem das lesões (na própria instituição indicando a unidade de origem ou em outras) 
 Dimensões das lesões. Neste caso podemos optar por: 
-comprimento x largura da lesão (nos pontos de maior valor) 
-Superfície. No caso de lesões de forma mais ou menos esférica se recomenda a utilização da seguine fórmula: comprimento x largura x 0,785 (fórmula da superfície de uma esfera) 
 Severidade das lesões. Recomendamos o Instrumento para a Monitorização da evolução de uma úlcera por pressão ( Doc. VII GNEAUPP) ou a utilização do Índice de Severidade de Braden que pode ser calculado mediante a seguinte fórmula: 
IS: comprimento + largura x estadiamento da lesão 
2 
Ambos instrumentos podem ser apresentados de diferentes formas: 
-por lesão 
-por utente (somatorio das lesões) 
-media por utente com upp (média dos IS por utente numa determinada população)

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  • 1. DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DE INDICADORES EPIDEMIÓGICOS SOBRE AS ÚLCERAS POR PRESSÃO (Doc. V- GNEAUPP) TRADUCCION: LOURDES MUÑOZ HIDALGO DUE. Enfermeira de Família Unidade de Saúde Familiar Cruz de Celas (Coimbra, Portugal) Responsável de Enfermagem pela Área de Diabetes e Pé Diabético Especialsta no Cuidado e Tratamento de UPP e Feridas Crónicas pelo GNEAUPP Membro do GNEAUPP, EWMA e GAIF Os indicadores epidemiológicos são um instrumento de grande utilidade para poder medir o âmbito atingido e a evolução temporal do problema das úlceras por pressão (UPP). Tendo em conta a necessidade de poder comparar ou acrescentar dados, é muito importante a utilização a mesma metodologia para a elaboração de indicadores epidemiológicos das UPP. Os indicadores epidemiológicos mais conhecidos e fácil cálculo são a prevalência e a incidência. PREVALÊNCIA A prebalência mede a proporção de pessoas numa população determinada que apresentam UPP num momento determinado. Prevalência: Número de utentes com UPP no momento em que se realiza o estudo x 100 População estudada na data na que se faz o estudo A prevalência é um indicador de fácil elaboração apesar de aportar uma imagem estática do problema dos UPP, pelo que pode ser influenciada por uma grande quantidade de factores temporais que podem afectar a qualidade da infromação que proporcionam. Uma maneira de minimizar este problema pode ser a realização de cortes periódicos de prevalência conferindo a este indicador um dinamismo temporal.
  • 2. INCIDÊNCIA A incidência mede a proporção de pessoas numa população determinada que inicialmente não tinham UPP e que desenvolveram num período de tempo determinado. Incidência: Número de utentes inicialmente livres de UPP que desenvolveram no mínimo uma UPP durante o período de estudo x 100 Total acumulado de população durante o período em estudo A incidência é um indicador de mais difícil cálculo, ainda que permita ver de maneira dinâmica no tempo, o problema das UPP numa determinada instituição. Uma abordagem integral do problema das UPP passa pelo cálculo das taxas de incidência. Recomendações a considerar para o cálculo da incidêcia e prevalência:  A base do cálculo sempre é o UTENTE que apresenta UPP e não a UPP.  No cálculo da incidência também incluirá os utentes que tendo UPP previamente, desenvolveram novas lesões. O utente, só será incidente uma única vez durante o período do estudo.  Incluir nos numeradores a TODOS os utentes com UPP de qualquer grau (I, II, III ou IV) (ver Documento nº II GNEAUPP: Classificação/estadiamento das Úlceras por pressão)  Ao facilitar os indicadores não se calculam os denominadores só em base da pontuação de risco segundo uma determinada escala, em qualquer caso facilitar em primeiro lugar a prevalência e incidência em TODOS os utentes e como dado complementário a prevalência ou a incidência segundo o risco (especificando a Escala utilizada, quando aconteceu e quem a aplicou).  No caso de hospitais de agudos não monográficos excluir dos denominadores os utentes de unidades de baixo ou nulo risco de UPP; utentes pediátricos (excepto UCI pediátrica e UCI neonatal) e utentes obstétricas, tendo em consideração sempre a existência ou não de utentes internados fora das unidades (utentes ectópicos).  Em centros sociossanitários incluir nos denominadores só na população assistida ou dependente.  Para os centros de cuidados de saúde primários utilizar preferentemente como denominador, a população incluida no Programa de Assitência domiciliária.
  • 3.  No caso de cortes de prevalência recomenda-se a inserção de uma ficha técnica com a seguinte informação: Data da realização do corte População do estudo incluida no corte Lotação (nas instituções) Metodologia utilizada para realizar o corte Classificação das lesões utilizada Outra informação epidemiológica Os indicadores supracitados podem ser complementados com outra infromação que ajuda na definição de uma maneira mais pormenorizada o problema das UPP numa determinada população.  Idade e sexo dos utentes  Número de lesãoes por utente, localização, estadiamento e antiguidade das mesmas.  Origem das lesões (na própria instituição indicando a unidade de origem ou em outras)  Dimensões das lesões. Neste caso podemos optar por: -comprimento x largura da lesão (nos pontos de maior valor) -Superfície. No caso de lesões de forma mais ou menos esférica se recomenda a utilização da seguine fórmula: comprimento x largura x 0,785 (fórmula da superfície de uma esfera)  Severidade das lesões. Recomendamos o Instrumento para a Monitorização da evolução de uma úlcera por pressão ( Doc. VII GNEAUPP) ou a utilização do Índice de Severidade de Braden que pode ser calculado mediante a seguinte fórmula: IS: comprimento + largura x estadiamento da lesão 2 Ambos instrumentos podem ser apresentados de diferentes formas: -por lesão -por utente (somatorio das lesões) -media por utente com upp (média dos IS por utente numa determinada população)