4. Personagens
O protagonista, um velho de oitenta e um
anos, era o patriarca de uma família
numerosa, que sob o teto da sua cabana se
acolhia (pelo menos, nas épocas de
escassez).
5. O seu adjuvante (na verdade, segunda
personagem, decerto mais que mero
figurante) era Cachupín, aparentemente
mais estimado pelo velho do que o resto da
família, «esses merdosos».
O velho segue um ritual repetido há
trinta anos, quando «chega o tempo das
vacas magras»: põe na boca fatias de
«charque», com que depois constitui um
6. bolo que dá ao cão a engolir, ordenando-
lhe, porém, que não o mastigasse. Uma vez
finda esta operação, velho e cão partem; e
familiares regressam à cabana.
7. Narrador
O narrador é não participante
(heterodiegético) e, na primeira parte do
conto, parece ter focalização omnisciente.
Na parte 2, quase parece que o narrador
adota uma focalização interna. Isso decorre
também da importância que ganha o
monólogo do velho, (que é, na verdade, um
diálogo em que Cachupín não chega a
intervir explicitamente).
8. Espaço
A ação situa-se na Patagónia argentina.
O centro é uma cabana, perdida na estepe,
com pergaminhos históricos que serão
relevantes na intriga: nela tinham vivido
dois bandidos famosos, Butch Cassidy e
Sundance Kid.
Quando termina a primeira parte, inicia-
se uma viagem, a Esquel, a grande cidade.
O conto irá terminar com o regresso à
cabana (que, ver-se-á, é ela mesma parte do
enredo).
12. a V
b F (era o nome dos cinco cães
anteriores)
c F (caminhavam de modo seguro,
porque conheciam bem o terreno)
d F (uma boleia que os levaria Esquel)
13. • e1 Passou pelos tempos duros em que
a produção de lã terminou porque os
ingleses abandonaram a Patagónia e
abriram novas fazendas lanares na
Austrália
14. • c2 Lembrava-se da longa caminhada
com a família de Las Heras a Cholila,
em busca de melhores condições de
vida.
15. • h3 Em Cholila tinha ouvido falar de
uma cabana vazia, que tinha sido de
bandidos estrangeiros, na qual diziam
haver fantasmas.
16. • j4 Aproximou-se um dia da cabana, que
lhe pareceu ter condições muito boas.
18. • a6 Quando procedia a algumas
reparações necessárias nas paredes,
encontrou uma fenda de rebordos
suaves.
19. • b7 Pensando inicialmente que se
trataria de botões de uniformes
militares, quando tirou a primeira peça
metálica logo percebeu que tinha
encontrado um tesouro, fruto de um
assalto realizado em 1905 pela
Quadrilha Selvagem.
20. • g8 Não resistiu a correr até à venda de
Cholila para vender aquela moeda e
passou um mau bocado.
21. • i9 O vendeiro viu a moeda em cima do
balcão e chamou o chefe da polícia,
que o levou até ao quartel.
22. • d10 Apanhou a primeira sova da sua
vida e passou vários dias pendurado
de cabeça para baixo, enquanto os
gendarmes vasculhavam a cabana em
busca do tesouro que nunca
encontraram.
23.
24. Personagens
O protagonista, Giacinto, também é o
chefe da família. O seu poder sobre os
outros provém do dinheiro que guarda,
esconde, obsessivamente. Tem como
oponentes quase todos os restantes
parentes, que crê quererem roubá-lo.
Os outros (no fundo, a personagem
coletiva ‘restante família’) conspiram contra
ele, mas Giacinto também os ataca, não se
chegando a um resultado que favoreça uma
25. Diga-se ainda que há uma personagem
um pouco à parte do confronto dos dois
polos e, ver-se-á, sua vítima, que é a
rapariga que trata das outras crianças. Só
talvez ela não seja propriamente uma
personagem-tipo (todas as outras o são, já
que os seus comportamentos são
estilizados no sentido de representarem
quase caricaturas).
26. Narrador
Não há narrador (nem voz off que faça o
seu papel). Podemos dizer que, em muitos
momentos, há focalização interna em
Giacinto, já que seguimos as peripécias
através do seu olhar e temos os retratos
das personagens filtrados pelas
observações, pelos monólogos, do
protagonista.
27. A miúda funciona um pouco como um
«narrador de focalização externa». Quando
ela surge, o que se nos mostra parece
«menos comentado», como observado por
alguém que só pudesse ver a superfície e
desconhecesse quaisquer outras
informações.
28. Espaço
A ação decorre em Roma (Itália), quase
concentrada numa barraca e nos terrenos
em redor. É um território que é disputado (o
poder do protagonista advém também de
ser o seu proprietário). Incrustado na
cidade, o espaço em causa não deixa de
estar à margem da urbe.
No final, há um regresso ao espaço
inicial, um entrincheiramento da família, e
até de outros, naquele espaço, cada vez
mais inverosímil.
29. TPC — Vai revendo os conteúdos de
gramática/teoria da literatura que temos dado:
processos morfológicos de formação de palavras
(derivação, etc.); processos irregulares de
formação de palavras (empréstim, etc.); noções de
prosódia (entoações; pausas); noções de
acentuação de palavras (tónica; aguda, grave,
esdrúxula); rudimentos de análise da variação
linguística; recursos estilísticos; métrica e rima;
contrato; declaração; regulamento; verbete;
dicionários. (Não descartes ainda a revisão
pontual de conteúdos dados em períodos
anteriores.)
30. Os finalistas da Liga Europa e da Liga
dos Campeões devem preparar as partes 3
[p. 266: vencedor do jogo 5; 267: vencedor
do jogo 6] e 4 [p. 269: vencedores de M e
N] do conto que estivemos a ler.
31. O concurso José Gomes Ferreira
decorre até 5 de Junho (têm o
regulamento em Gaveta de Nuvens).