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Há semelhanças na caracterização
das duas mulheres sobre que os poemas
se debruçam, a «libidinosa Marta» de
«Lúbrica» e a «mulher fatal» do texto de
Vasco Graça Moura. Ambas contrariam
um perfil de mulher frágil mais comum no
lirismo e evidenciam sensualidade,
irreverência, desinibição.
No entanto, enquanto, nas oito
quadras de Cesário, a mulher é o
destinatário, o «tu» a quem se dirige o
sujeito poético, no outro texto é mesmo
a figura feminina que assume a 1.ª
pessoa. Talvez por isso, a última
quintilha de «Fado da mulher fatal»
mostra um momento de inflexão, de
recuo, de súbita tristeza: «Sou a mulher
fatal [...] deixaria porém de sê-lo se
houvesse quem de amor me desse um
sinal».
décadas do passado de Afonso da Maia
e da formação e vida de Pedro
dois capítulos (I-II)
vários anos
uma única frase («Mas esse ano passou,
outros anos passaram» [l. 61 da p. 249
do nosso manual]) no início do cap. III
um dia de abril em Santa Olávia
um capítulo (III)
dois anos da vida de Carlos
catorze capítulos (IV-XVII)
vários anos (viagem de Carlos e Ega;
regresso de Ega a Lisboa)
três páginas iniciais do capítulo XVIII
(cfr. elipse nas ll. 1-2 da p. 241 do texto B
do manual)
algumas horas de Carlos regressado a
Lisboa
quase todo um capítulo (XVIII)
2 1820-1875
1 1875
3 1875-1877
4 1877-1879
5 1879-1887 (embora quase elidido)
6 1887
Isocronia — duração do tempo do
discurso igual à do tempo da história.
Anisocronia — desproporção entre tempo
do discurso e da história (sumários,
elipses).
Anacronia — alteração na ordem
cronológica (analepses, prolepses).
cfr. pp. 281-283
a A ação d'Os Maias
2 não se distribui, ao nível do discurso,
de modo ordenado nem uniforme.
b A longa analepse que relata o tempo
vivido pelos antecessores de Carlos da
Maia
5 serve fundamentalmente para explicar
o seu aparecimento em Lisboa, em 1875.
c O ritmo narrativo assumido pelo
discurso
6 relaciona-se com a valorização a que
sujeita a história contada: consoante os
factos rela-tados o sejam de forma mais
ou menos demorada, assim serão,
respetivamente, mais destacados ou
menos realçados.
d Através das elipses,
4 são omitidos, no discurso, períodos
mais ou menos longos da história, assim
desva-lorizados.
e A analepse processada por Maria
Eduarda
1 tem como função reconstituir a
existência já vivida por uma personagem
essencial para o desenrolar da intriga.
f O uso da isocronia
7 procura conferir ao tempo do discurso
uma duração idêntica à da história,
destacando acontecimentos dotados de
grande impacto na sequência da história.
g Com o recurso à técnica narrativa do
sumário, os eventos narrados
3 são comprimidos e referidos, no
discurso, de modo abreviado.
h A velocidade narrativa
8 abranda a partir de 1875, para
possibilitar a valorização dos episódios
vividos por Carlos em Lisboa.
O quadro, que procura interpretar a
estrutura global de Os Maias, tem duas
molduras horizontais («Os Maias — História
da família», em cima, e «Sociedade Lisboeta
— “Episódios da vida romântica”», em
baixo) que correspondem ao título e ao
subtítulo do romance (Os Maias; «Episódios
da vida romântica»). Com efeito, são esses
os dois objetivos enquadradores do livro:
traçar a história de uma família ao longo de
várias gerações; mostrar como era a
sociedade lisboeta à entrada no último
quartel do século XIX.
A intriga desdobra-se em duas
histórias passionais, a que o esquema
reserva colunas específicas: a intitulada
«novela» (dedicada às peripécias do
casamento de Pedro e Maria Monforte); e,
sob o título «romance», a que diz respeito
à relação de Carlos e Maria Eduarda.
Afonso é a personagem que aglutina
estes dois enredos amorosos, a que
assiste (mais do que os vive). Quanto a
Carlos, surge como a personagem que
permite a ligação aos diversos episódios
de crónica social (entre outros: jantar no
Hotel Central, corrida no hipódromo,
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Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 109-110

  • 1.
  • 2. Há semelhanças na caracterização das duas mulheres sobre que os poemas se debruçam, a «libidinosa Marta» de «Lúbrica» e a «mulher fatal» do texto de Vasco Graça Moura. Ambas contrariam um perfil de mulher frágil mais comum no lirismo e evidenciam sensualidade, irreverência, desinibição.
  • 3. No entanto, enquanto, nas oito quadras de Cesário, a mulher é o destinatário, o «tu» a quem se dirige o sujeito poético, no outro texto é mesmo a figura feminina que assume a 1.ª pessoa. Talvez por isso, a última quintilha de «Fado da mulher fatal» mostra um momento de inflexão, de recuo, de súbita tristeza: «Sou a mulher fatal [...] deixaria porém de sê-lo se houvesse quem de amor me desse um sinal».
  • 4.
  • 5. décadas do passado de Afonso da Maia e da formação e vida de Pedro dois capítulos (I-II)
  • 6. vários anos uma única frase («Mas esse ano passou, outros anos passaram» [l. 61 da p. 249 do nosso manual]) no início do cap. III
  • 7. um dia de abril em Santa Olávia um capítulo (III)
  • 8. dois anos da vida de Carlos catorze capítulos (IV-XVII)
  • 9. vários anos (viagem de Carlos e Ega; regresso de Ega a Lisboa) três páginas iniciais do capítulo XVIII (cfr. elipse nas ll. 1-2 da p. 241 do texto B do manual)
  • 10. algumas horas de Carlos regressado a Lisboa quase todo um capítulo (XVIII)
  • 11.
  • 12. 2 1820-1875 1 1875 3 1875-1877 4 1877-1879 5 1879-1887 (embora quase elidido) 6 1887
  • 13. Isocronia — duração do tempo do discurso igual à do tempo da história. Anisocronia — desproporção entre tempo do discurso e da história (sumários, elipses). Anacronia — alteração na ordem cronológica (analepses, prolepses). cfr. pp. 281-283
  • 14. a A ação d'Os Maias 2 não se distribui, ao nível do discurso, de modo ordenado nem uniforme.
  • 15. b A longa analepse que relata o tempo vivido pelos antecessores de Carlos da Maia 5 serve fundamentalmente para explicar o seu aparecimento em Lisboa, em 1875.
  • 16. c O ritmo narrativo assumido pelo discurso 6 relaciona-se com a valorização a que sujeita a história contada: consoante os factos rela-tados o sejam de forma mais ou menos demorada, assim serão, respetivamente, mais destacados ou menos realçados.
  • 17. d Através das elipses, 4 são omitidos, no discurso, períodos mais ou menos longos da história, assim desva-lorizados.
  • 18. e A analepse processada por Maria Eduarda 1 tem como função reconstituir a existência já vivida por uma personagem essencial para o desenrolar da intriga.
  • 19. f O uso da isocronia 7 procura conferir ao tempo do discurso uma duração idêntica à da história, destacando acontecimentos dotados de grande impacto na sequência da história.
  • 20. g Com o recurso à técnica narrativa do sumário, os eventos narrados 3 são comprimidos e referidos, no discurso, de modo abreviado.
  • 21. h A velocidade narrativa 8 abranda a partir de 1875, para possibilitar a valorização dos episódios vividos por Carlos em Lisboa.
  • 22.
  • 23. O quadro, que procura interpretar a estrutura global de Os Maias, tem duas molduras horizontais («Os Maias — História da família», em cima, e «Sociedade Lisboeta — “Episódios da vida romântica”», em baixo) que correspondem ao título e ao subtítulo do romance (Os Maias; «Episódios da vida romântica»). Com efeito, são esses os dois objetivos enquadradores do livro: traçar a história de uma família ao longo de várias gerações; mostrar como era a sociedade lisboeta à entrada no último quartel do século XIX.
  • 24. A intriga desdobra-se em duas histórias passionais, a que o esquema reserva colunas específicas: a intitulada «novela» (dedicada às peripécias do casamento de Pedro e Maria Monforte); e, sob o título «romance», a que diz respeito à relação de Carlos e Maria Eduarda.
  • 25. Afonso é a personagem que aglutina estes dois enredos amorosos, a que assiste (mais do que os vive). Quanto a Carlos, surge como a personagem que permite a ligação aos diversos episódios de crónica social (entre outros: jantar no Hotel Central, corrida no hipódromo, sarau da Trindade).