O documento discute o design de som para imagens em movimento. Aborda a história do som no cinema desde os primeiros filmes até ao desenvolvimento da tecnologia. Explora também processos de produção como diálogos, efeitos sonoros e música. Por fim, analisa a mensagem transmitida através do som diegético e não diegético.
1. Design de Som para
Imagens em Movimento
Álvaro Barbosa abarbosa@porto.ucp.pt
Departamento de Som e imagem
Escola das Artes – Universidade Católica Portuguesa
Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
2. TEMAS
1. Motivação e Estudo do Som em Cinema
Caracterização e História.
2. Análise orientada ao Processo de Produção
Diálogos e Vozes, Efeitos Sonoros (SFX, Paisagem Sonora), Música.
3. Análise orientada à Mensagem Transmitida
Som Diegético, Não Diegético, Meta-Diegético e Onírico.
4. Transformação e Edição de Som
Amplitude, Tonalidade, Timbre e Espacialização.
5. Técnicas de Classicas
Silêncio, Máscara Auditiva, Som Interior, Sobreposição, Antecipação, “Split
Second”, “Mickey Mousing”, “Leit Motif”.
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3. 1. Motivação para o estudo do Som em Cinema
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4. CARACTERIZAÇÃO DO SOM
Em cinema a maioria dos sons que ouvimos produzem a sensação
de serem gerados naturalmente a partir da cena que visionamos
No entanto:
Tipicamente 80% dos sons de um filme são inseridos em Pós-
Produção (Cinema de Animação 100%). Reprodução do
fenómeno Psico-Acústico em Estúdio.
O processo de produzir a componente sonora de um filme é
extremamente demorado e tecnicamente complexo.
A produção sonora para uma obra cinematográfica implica uma
equipe de produção extensa (músicos, produtores, sound-
designers, engenheiros de som assistentes de produção,... ), uma
organização exigente e grande articulação com os criadores da
parte visual.
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5. ESTUDAR O SOM
O Estudo do som em Cinema não pretende encontrar
mecanismos definitivos ou regras universais para o processo
de produção, ou procurar a essência ou significado absoluto
para sonorização de imagens em movimento.
Pretende-se essencialmente:
Investigar e classificar trabalho existente na área,
procurando referências e linhas orientadoras para novos
criadores.
Criar uma linguagem o mais geral possível, para uma
melhor articulação, no processo de criação.
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6. ESTUDAR O SOM
As técnicas de produção sonoras são possivelmente as mais
difíceis de estudar, pois:
Estamos acostumados a ignorar (ou processar
subconscientemente) a maioria dos sons do nosso meio
ambiente.
A nossa principal fonte de informação sobre o ambiente
envolvente é tendencialmente visual.
Estamos acostumados a pensar no som em cinema apenas
como um acompanhamento para a informação visual.
Em termos de análise não é possível congelar um frame de
som e examinar a sua concepção em termos cinematográficos,
tal como fazemos para a imagem em termos de fotografia,
enquadramento, iluminação, mise-en-scene, etc.
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7. CARACTERIZAÇÃO DO SOM
Paradoxalmente os melhores efeitos sonoros/música em
Cinema, são os que passam despercebidos aos
espectadores.
As principais funções do som numa obra
cinematográfica são:
Criar predisposição para a cena.
Ajudar/Influenciar a interpretação da cena.
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8. HISTÓRIA
O Primeiro filme
O mais antigo registo fílmico conhecido foi filmado em 14 de Outubro de 1888 por Louis Le Prince
em Leeds Inglaterra.
A sequência de imagens foi registada em película fotográfica baseada em Papel (Eastman Kodak de
1885) através de uma camera-projector combi de lente única, desenvolvida por Le Prince.
Exemplo 1A
1888, Roundhay Garden Scene
Curta metragem Britânica filmada a
12 frames por segundo com a
duração total de 2,11 Segundos.
Foi Utilizada a Le Prince's single-
lens Cine Camera-Projector MkII
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9. HISTÓRIA
Edison e Lumière
Os primeiros registos a chegar ao grande público com as respectivas patentes registadas surgiram
cerca de 6 Anos após o filme pioneiro de Le Prince.
Exemplo 1C Exemplo 1D
1894, Fred Ott's Sneeze 1895 - La Sortie de l'Usine
Lumière à Lyon
Produzido nos laboratórios de Produzido pelos Celebres
Thomas Edison (Exemplo 1B). Irmãos Limuère.
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10. HISTÓRIA
Os Primeiros Passos no Som
Os laboratórios Thomas Edison criaram um dispositivo designado como Kinetoscope (1894),
considerado uma das primeiras “máquinas de filmar”.
A combinação do Kinetoscope com o gravador de cilindros cerâmicos designado por Phonograph
(1870), igualmente desenvolvido nos laboratórios de Thomas Edison, resultou num filme de 17 segundos
em que o áudio foi simultaneamente registado com a Imagem em movimento.
Exemplo 1
1894, The Dickson Experiment
A primeira gravação de áudio
sincronizada com imagem, data de 1894
com um ensaio experimental realizado
por William Dikson nos Laboratórios de
Thomas Edison.
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14. HISTÓRIA
O Kinetophone
Edison introduziu no mercado o primeiro dispositivo audiovisual em Abril de 1895, combinando o
Kinetoscope e o Phonograph num sistema único. Era assim possível visionar um vídeo
acompanhado por uma faixa sonora através de auscultadores.
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15. HISTÓRIA
The Silent Movies and the Talking Movies
Desde as primeiras experiências cinematográficas realizadas o som que
acompanhava os filmes correspondia uma performance musical ao vivo
normalmente instrumental (Orquestra ou Piano).
Exemplo 2
1927, The Jazz Singer
A Componente Sonora do Filme foi registada ao vivo por uma
orquestra com o cantor Al Jolson num Vitaphone (1926), um
processo de registo áudio baseado num gravador de discos
cerâmico, desenvolvido nos laboratórios Bell.
Houve a intenção de recriar a voz do personagem
realisticamente ao fazer corresponder a voz de cada cantor
com as do personagem do filme de forma a respeitar o timbre
correspondente à envergadura física dos personagens (o
Cantor em Criança e em adulto)
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16. HISTÓRIA
“A Severa”
Primeiro filme Sonoro Português
Produzido em 1930 e realizado
por Leitão de Barros.
Dado que na altura ainda não
havia meios para tratar o som em
Portugal, este foi trabalhado em
Paris nos estúdios da Tobis
Francesa.
Estreou no São Luíz, num
ambiente de acontecimento
nacional, em 18 de Junho de
1931, e esteve mais de 6 meses
em cartaz, tendo sido visto por
200 mil espectadores.
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17. HISTÓRIA
Efeitos Sonoros: A Essência da Animação e Comédia
A utilização de som com características mais extremas do que
normalmente existe na realidade é típico do formato Comédia ou
Cartoon. No primeiro Filme com a componente sonora integralmente
produzida em Pós-Produção (Steamboat willie -1928) esta ideia está
bem patente.
Exemplo 3A
Steamboat Willie
1928, Walt Disney
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18. HISTÓRIA
A Electrónica no Cinema
Trautonium - Freidrich Trautwein, 1930
Desenvolvido pelo Engenheiro Electrotécnico Freidrich Adolf Trautwein na Academia
de Música de Berlim , foi manufacturado e comercializado pela Telefunken entre1932
e1935.
The Trutonium interface
consisted of a resistance wire
fingerboard stretched over a
metal rail marked with a
chromatic scale and coupled to
a neon tube oscillator.
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19. HISTÓRIA
A Electrónica no Cinema
Mixtur Trautonium – Oskar Sala (1952)
O Compositor Alemão Oskar Sala conduziu o desenvolvimento to
Trautonium original para outro patamar sonoro construindo Mixtur-
Trautonium com recurso a semicondutores.
The trautonium was most
famously employed to
produce the bird calls in
Hitchcock's 1963 film. Few
people realized the
cacophonous calls on the
film were produced
electronically
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20. HISTÓRIA
A Electrónica no Cinema
The Forbidden Planet - Louis Bebe Baron, 1957
O Primeiro Filme cuja banda sonora foi totalmente concebida com electrónica.
Exemplo 3B
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21. 2. Análise orientada ao processo de produção
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22. O PROCESSO DE PRODUÇÃO
Em termos de produção existem 3 grandes categorias que
normalmente implicam equipes de trabalho especializadas.
Diálogos e Vozes
Gravados normalmente em Pós-Produção (ADR - Audio Dialogue
Replacement é uma competência requerida aos actores).
Efeitos Sonoros (Foley)
Paisagem Sonora (contextualiza a cena);
Efeitos Especiais (para criar sons que não existem na nossa realidade).
Música
Induz no espectador a carga emocional da cena.
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23. O PROCESSO DE PRODUÇÃO
Tecnologias para ADR
Microediting and Pitch Shift (Elastic Time – Protools)
synchroarts VOCALIGN (http://www.synchroarts.co.uk/)
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24. O PROCESSO DE PRODUÇÃO
Tecnologias para Efeitos Sonoros
“Semi-automatic Ambaence Generation” – 2004 DFX
“The Freesound Initiative” – ICMC 2005
“Designg Sound” By Andy Fanell 2006
Ex:
Procedural synthetic
footsteps for video
games and
animation
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25. O PROCESSO DE PRODUÇÃO
Tecnologias para Musica
pDaniM: A Case Study around Interactive Processes for Expressive
Music Generation in the Computer Animation Production Pipeline.
(João Cordeiro – 2008 ARTECH)
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26. 3. Análise orientada à mensagem transmitida
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27. A MENSAGEM TRANSMITDA
Os Modos de Audição (Michel Chion “Audio Vision” – 1990)
Audição Causal (Causal Listening)
Identificação da Fonte/Origem (Dependente do Contexto e conhecimento prévio)
Audição Semântica (Semantic Listening)
Identificação do conteúdo da mensagem transmitida
Audição Reduzida (Reduced Listening – P. Schaeffer)
Abordagem analítica e descritiva do Som (independente da fonte ou conteúdo)
A Audição também pode ser Activa ou Passiva
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28. A MENSAGEM TRANSMITDA
Olhando para o som em cinema através de uma perspectiva
mais orientada para a intenção perceptual e estética, podemos
fazer uma análise baseada em categorias sonoras diferentes.
Som Diegético* ou Objectivo
Som objectivamente produzido pelos elementos reais de uma cena
(mesmo que estes elementos se situem fora do enquadramento Off-
Screen)
Tipicamente: Som dos objectos, Som ambiente, movimentos, paisagens
sonoras, diálogos, etc.
Som Não-Diegético ou Subjectivo
Som que não é produzido pelos elementos reais de uma cena, mas
que estilisticamente ajuda à leitura do espectador.
Tipicamente: Musica, Efeitos Especiais, Voz-Off.
* A palavra Degesis tem origem grega (Platão e Aristóteles) e significa “Universo
narrado/descrito da acção de uma história”. Este conceito é contraposto a Mimesis
que significa “a representação do Universo” ... Contar VS Mostrar
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29. A MENSAGEM TRANSMITIDA
Som Diegético ???
Exemplo 10 Exemplo 11
Dogville High Anxiety
2003, Lars Von Trier 1977 , Mel Brooks
Exemplo 12
Before Sunrise
1994, Richar Linklater
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30. A MENSAGEM TRANSMITIDA
Som Não Diegético
Exemplo 13
The Watcher
2000, Joe Charbanic
Exemplo 14
Psycho
1960, Alfred Hitchcock
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31. A MENSAGEM TRANSMITDA
O espaço no ecrã (Michel Chion “Audio Vision” – 1990)
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32. A MENSAGEM TRANSMITIDA
Som Meta-Diegético
Conceito introduzido por Claudia Gorbman em 1976 na
taxionomia de som para cinema “Teaching the SoundTrack”
publicada na revista “Quarterly Review of Film Studies”.
Esta categoria sonora é definida como o som imaginado (ou
alucinado) por um personagem.
O Som Meta-Diegético refere-se ao que transcende o Som
Diegético.
Tipicamente: som que ilustra o estado de espírito alterado de um
personagem, desde o o seu próprio ponto de vista.
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33. A MENSAGEM TRANSMITDA
Claudia Gorbman no Porto em 2008
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34. A MENSAGEM TRANSMITIDA
Som Meta-Diegético
Exemplo 15
Blackmail
1929, Alfred Hitchcock
Exemplo 16
Blow Up
1966, Michelangelo Antonioni
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35. A MENSAGEM TRANSMITIDA
Som Onírico / Flash-Back
Caso particular do Som Meta-Diegético. Conceito introduzido por Michel Chion em
1994 no livro “Audio-Vision: Sound in Screen”(New York: Columbia University Press).
Um Personagem vive um momento de imersão total num evento despoletado no
universo diegético.
Onírico
Adormecer Lento Acordar Abrupto
Realidade
Realidade
Sonho:
- Imagem em câmara Lenta
- Música Não Diegética
- Ausência de efeitos sonoros
(diegéticos)
* A palavra Onírico tem origem grega na palavra Oneiros e significa “Sonho”
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36. AMENSAGEM TRANSMITIDA
Som Onírico
Exemplo 17A
The Witness
1985, James Weir
Exemplo 17B
Por um fio
2007, UCP
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37. 4. Transformação e Edição de Som
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38. TRANSFORMAÇÃO E EDIÇÃO
Parâmetros Sonoros tipicamente manipulados em Pós-Produção:
Amplitude: O volume sonoro pode ser manipulado muito facilmente e
individualmente para cada som transformando a sua curva envolvente.
Permite simular Profundidade, distância e focagem sonora.
Tonalidade: Corresponde à frequência fundamental do som que
normalmente identificamos como a nota musical.
Permite simular sons ou vozes mais graves ou agudas.
Timbre: Característica que permite distinguir dois sons com a mesma
tonalidade, mas originados por fontes com características físicas distintas.
Permite simular a reprodução do som em diferentes espaços e criar efeitos especiais.
EXEMPLO: Sound Design em “Brick” (E:X17C)
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39. TRANSFORMAÇÃO E EDIÇÃO
Parâmetros Sonoros tipicamente manipulados em Pós-Produção:
Espacialização: corresponde à simulação do posicionamento
no espaço físico da fonte sonora.
Em sistemas de som Stereo (vídeo): É possível a manipulação de
panorâmica (desvio de um som para a esquerda ou direita da audiência) e
a profundidade pode ser simulada variando apenas o volume de som
(som mais distante tem um volume mais baixo que o som mais próximo).
Em sistemas de Som Surround (produções cinematográficas
profissionais): A manipulação espacial é muito mais flexível sendo
normalmente possível o recurso a dois monitores sonoros frontais
(Esquerda e direita), dois laterais, dois na rectaguarda e um subwoffer
central (para amplificar som muito graves tipicamente abaixo dos 80hz).
Tipicamente não se actua na espacialização de diálogos mas sim em
todo o tipo de efeitos sonoros (que podem incluir voz).
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40. TRANSFORMAÇÃO E EDIÇÃO
Profundidade - Manipulação de Amplitude
Exemplo 18
Finding Nemo
2003, Andrew Stanton
Focagem Sonora - Normalmente usado para simulação de
Audição Selectiva (Cocktail Party Effect)
Exemplo 19
The Player
1992, Robert Altman
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41. TRANSFORMAÇÃO E EDIÇÃO
Manipulação de Pitch - Manipulação da tonalidade
para fazer corresponder as características físicas dos
interpretes de um overdub.
Exemplo 20
“El Mariachi”
1992, Robert Rodriguez
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42. TRANSFORMAÇÃO E EDIÇÃO
Manipulação de Timbre - Efeitos como a
reverberação podem credibilizar a aspectos cénicos.
Exemplo 21
Citizen Kane
1941, Orson Welles
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43. TRANSFORMAÇÃO E EDIÇÃO
Manipulação de Panorâmica (Stereo)
Exemplo 22
Punch-Drunk Love
2002, Paul Thomas Anderson
LEFT RIGHT CENTER
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44. 5. Técnicas Clássicas
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45. TÉCNICAS CLÁSSICAS
Silêncio
O silêncio é utilizado frequentemente como efeito de expressão
dramática, de forma a acentuar a carácter de suspense ou
apreensão que se pretende transmitir com uma cena.
Normalmente a utilização do silêncio torna-se mais eficaz através
do contraste com sons subtis (diegéticos) e de baixa intensidade
que vão surgindo ao longo da cena.
Exemplo 23
Birds
1963, Alfred Hitchcock
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46. TÉCNICAS CLÁSSICAS
Máscara Auditiva
Máscara Sonora utilizada para evitar ter que recriar som
diegético, em transições que representam uma passagem de
tempo que excede a escala tempo real.
Exemplo 24
North by Nortwest
1959, Alfred Hitchcock
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47. TÉCNICAS CLÁSSICAS
Som Interior
Simulação da percepção sonora a partir do interior de um
personagem. Este conceito foi expandido por Michel Chion
em 1994, definindo Som Interior Objectivo (respiração,
batimento cardiaco, etc) e Subjectivo (vozes ou sons
imaginários).
Exemplo 25
Lost in Tranlation
2003, Sofia Coppola
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48. TÉCNICAS CLÁSSICAS
Sobreposição
Utilização de elementos sonoros que criam uma ligação na
transição entre duas cenas .
Exemplo 26A
Girl with a Pearl Earing
2003, Peter Webber
Exemplo 26B
O Trovão
2008, UCP
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49. TÉCNICAS CLÁSSICAS
Antecipação
Um som produzido numa cena pode ser ouvido na cena
anterior antes da transição de imagem.
Exemplo 27
The Player
1992, Robert Altman
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50. TÉCNICAS CLÁSSICAS
“Split Seconod”
Introduzindo um segundo de silêncio entre uma explosão e a
acção que a vai provocar, amplifica a percepção deste efeito
especial.
Exemplo 28
Terminator 2: Judgement Day
1991, James Cameron
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51. TÉCNICAS CLÁSSICAS
“Animation Motion”
Sincronização de movimento tal como no Som Diegético, mas
utilizando excertos musicais. Muito utilizado em Cartoons.
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52. TÉCNICAS CLÁSSICAS
“Mickey Mousing”
Sincronização de movimento tal como no Som Diegético, mas
utilizando excertos musicais. Muito utilizado em Cartoons.
Exemplo 29A
Fantasia
1940, Walt Disney
Exemplo 29B
25 Anos a Cores
2007, UCP
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53. TÉCNICAS CLÁSSICAS
“LeitMotif”
Quando um som ou música está recorrentemente associado a
um determinado personagem, acção ou ideia.
Exemplo 30
???????????
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54. Documentação:
Artigo “O Som em Ficção Cinematográfica”:
http://www.abarbosa.org/docs/som_para_ficcao.pdf
Apresentação:
http://www.abarbosa.org/docs/ouvir_cinema.pdf
Obrigado!!!
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