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Design de Som para
Imagens em Movimento
           Álvaro Barbosa                      abarbosa@porto.ucp.pt

                  Departamento de Som e imagem
         Escola das Artes – Universidade Católica Portuguesa




    Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
TEMAS




1.  Motivação e Estudo do Som em Cinema
   Caracterização e História.

2.  Análise orientada ao Processo de Produção
   Diálogos e Vozes, Efeitos Sonoros (SFX, Paisagem Sonora), Música.

3.  Análise orientada à Mensagem Transmitida
   Som Diegético, Não Diegético, Meta-Diegético e Onírico.

4.  Transformação e Edição de Som
   Amplitude, Tonalidade, Timbre e Espacialização.

5.  Técnicas de Classicas
   Silêncio, Máscara Auditiva, Som Interior, Sobreposição, Antecipação, “Split
   Second”, “Mickey Mousing”, “Leit Motif”.


               Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
1. Motivação para o estudo do Som em Cinema




        Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
CARACTERIZAÇÃO DO SOM



Em cinema a maioria dos sons que ouvimos produzem a sensação
  de serem gerados naturalmente a partir da cena que visionamos
No entanto:
    Tipicamente 80% dos sons de um filme são inseridos em Pós-
     Produção (Cinema de Animação 100%). Reprodução do
     fenómeno Psico-Acústico em Estúdio.
    O processo de produzir a componente sonora de um filme é
     extremamente demorado e tecnicamente complexo.
    A produção sonora para uma obra cinematográfica implica uma
     equipe de produção extensa (músicos, produtores, sound-
     designers, engenheiros de som assistentes de produção,... ), uma
     organização exigente e grande articulação com os criadores da
     parte visual. 

              Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
ESTUDAR O SOM



 O Estudo do som em Cinema não pretende encontrar
mecanismos definitivos ou regras universais para o processo
de produção, ou procurar a essência ou significado absoluto
para sonorização de imagens em movimento.
Pretende-se essencialmente:
 Investigar e classificar trabalho existente na área,
  procurando referências e linhas orientadoras para novos
  criadores.
 Criar uma linguagem o mais geral possível, para uma
  melhor articulação, no processo de criação.


           Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
ESTUDAR O SOM



As técnicas de produção sonoras são possivelmente as mais
difíceis de estudar, pois:
 Estamos acostumados a ignorar (ou processar
  subconscientemente) a maioria dos sons do nosso meio
  ambiente.
 A nossa principal fonte de informação sobre o ambiente
  envolvente é tendencialmente visual.
 Estamos acostumados a pensar no som em cinema apenas
  como um acompanhamento para a informação visual.
 Em termos de análise não é possível congelar um frame de
  som e examinar a sua concepção em termos cinematográficos,
  tal como fazemos para a imagem em termos de fotografia,
  enquadramento, iluminação, mise-en-scene, etc.
           Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
CARACTERIZAÇÃO DO SOM



Paradoxalmente os melhores efeitos sonoros/música em
Cinema, são os que passam despercebidos aos
espectadores.
As principais funções do som numa obra
cinematográfica são:
 Criar predisposição para a cena.
 Ajudar/Influenciar a interpretação da cena.




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HISTÓRIA



O Primeiro filme
O mais antigo registo fílmico conhecido foi filmado em 14 de Outubro de 1888 por Louis Le Prince
em Leeds Inglaterra.

A sequência de imagens foi registada em película fotográfica baseada em Papel (Eastman Kodak de
1885) através de uma camera-projector combi de lente única, desenvolvida por Le Prince.


Exemplo 1A
1888, Roundhay Garden Scene

Curta metragem Britânica filmada a
12 frames por segundo com a
duração total de 2,11 Segundos.

Foi Utilizada a Le Prince's single-
lens Cine Camera-Projector MkII




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HISTÓRIA



Edison e Lumière
Os primeiros registos a chegar ao grande público com as respectivas patentes registadas surgiram
cerca de 6 Anos após o filme pioneiro de Le Prince.




            Exemplo 1C                                                            Exemplo 1D
            1894, Fred Ott's Sneeze                                               1895 - La Sortie de l'Usine
                                                                                  Lumière à Lyon
            Produzido nos laboratórios de                                         Produzido pelos Celebres
            Thomas Edison (Exemplo 1B).                                           Irmãos Limuère.

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HISTÓRIA



Os Primeiros Passos no Som
 Os laboratórios Thomas Edison criaram um dispositivo designado como Kinetoscope (1894),
considerado uma das primeiras “máquinas de filmar”.

 A combinação do Kinetoscope com o gravador de cilindros cerâmicos designado por Phonograph
(1870), igualmente desenvolvido nos laboratórios de Thomas Edison, resultou num filme de 17 segundos
em que o áudio foi simultaneamente registado com a Imagem em movimento.                                 
    Exemplo 1
    1894, The Dickson Experiment

    A primeira gravação de áudio
    sincronizada com imagem, data de 1894
    com um ensaio experimental realizado
    por William Dikson nos Laboratórios de
    Thomas Edison.




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HISTÓRIA




Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
HISTÓRIA




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HISTÓRIA




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HISTÓRIA



O Kinetophone
Edison introduziu no mercado o primeiro dispositivo audiovisual em Abril de 1895, combinando o
Kinetoscope e o Phonograph num sistema único. Era assim possível visionar um vídeo
acompanhado por uma faixa sonora através de auscultadores.




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HISTÓRIA



The Silent Movies and the Talking Movies
Desde as primeiras experiências cinematográficas realizadas o som que
acompanhava os filmes correspondia uma performance musical ao vivo
normalmente instrumental (Orquestra ou Piano).


Exemplo 2
1927, The Jazz Singer
A Componente Sonora do Filme foi registada ao vivo por uma
orquestra com o cantor Al Jolson num Vitaphone (1926), um
processo de registo áudio baseado num gravador de discos
cerâmico, desenvolvido nos laboratórios Bell.
Houve a intenção de recriar a voz do personagem
realisticamente ao fazer corresponder a voz de cada cantor
com as do personagem do filme de forma a respeitar o timbre
correspondente à envergadura física dos personagens (o
Cantor em Criança e em adulto)




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HISTÓRIA




“A Severa”
Primeiro filme Sonoro Português
Produzido em 1930 e realizado
por Leitão de Barros.
Dado que na altura ainda não
havia meios para tratar o som em
Portugal, este foi trabalhado em
Paris nos estúdios da Tobis
Francesa.
Estreou no São Luíz, num
ambiente de acontecimento
nacional, em 18 de Junho de
1931, e esteve mais de 6 meses
em cartaz, tendo sido visto por
200 mil espectadores.




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HISTÓRIA



Efeitos Sonoros: A Essência da Animação e Comédia

A utilização de som com características mais extremas do que
normalmente existe na realidade é típico do formato Comédia ou
Cartoon. No primeiro Filme com a componente sonora integralmente
produzida em Pós-Produção (Steamboat willie -1928) esta ideia está
bem patente.



        Exemplo 3A
             Steamboat Willie
            1928, Walt Disney


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HISTÓRIA



A Electrónica no Cinema

Trautonium - Freidrich Trautwein, 1930
   Desenvolvido pelo Engenheiro Electrotécnico Freidrich Adolf Trautwein na Academia
   de Música de Berlim , foi manufacturado e comercializado pela Telefunken entre1932
   e1935.



      The Trutonium interface
      consisted of a resistance wire
      fingerboard stretched over a
      metal rail marked with a
      chromatic scale and coupled to
      a neon tube oscillator.




               Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
HISTÓRIA



A Electrónica no Cinema

Mixtur Trautonium – Oskar Sala (1952)
   O Compositor Alemão Oskar Sala conduziu o desenvolvimento to
   Trautonium original para outro patamar sonoro construindo Mixtur-
   Trautonium com recurso a semicondutores.

   The trautonium was most
   famously employed to
   produce the bird calls in
   Hitchcock's 1963 film. Few
   people realized the
   cacophonous calls on the
   film were produced
   electronically



               Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
HISTÓRIA



A Electrónica no Cinema

The Forbidden Planet - Louis  Bebe Baron, 1957
   O Primeiro Filme cuja banda sonora foi totalmente concebida com electrónica.




                                    Exemplo 3B
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2. Análise orientada ao processo de produção




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O PROCESSO DE PRODUÇÃO



Em termos de produção existem 3 grandes categorias que
normalmente implicam equipes de trabalho especializadas.
  Diálogos e Vozes
   Gravados normalmente em Pós-Produção (ADR - Audio Dialogue
   Replacement é uma competência requerida aos actores).
  Efeitos Sonoros (Foley)
   Paisagem Sonora (contextualiza a cena);
   Efeitos Especiais (para criar sons que não existem na nossa realidade).

  Música
   Induz no espectador a carga emocional da cena.




            Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
O PROCESSO DE PRODUÇÃO



Tecnologias para ADR
  Microediting and Pitch Shift (Elastic Time – Protools)
  synchroarts VOCALIGN (http://www.synchroarts.co.uk/)




            Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
O PROCESSO DE PRODUÇÃO



Tecnologias para Efeitos Sonoros
  “Semi-automatic Ambaence Generation” – 2004 DFX
  “The Freesound Initiative” – ICMC 2005
  “Designg Sound” By Andy Fanell 2006


Ex:
Procedural synthetic
footsteps for video
games and
animation




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O PROCESSO DE PRODUÇÃO



Tecnologias para Musica
  pDaniM: A Case Study around Interactive Processes for Expressive
   Music Generation in the Computer Animation Production Pipeline.
   (João Cordeiro – 2008 ARTECH)




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3. Análise orientada à mensagem transmitida




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A MENSAGEM TRANSMITDA




Os Modos de Audição (Michel Chion “Audio Vision” – 1990)
  Audição Causal (Causal Listening)
   Identificação da Fonte/Origem (Dependente do Contexto e conhecimento prévio)

  Audição Semântica (Semantic Listening)
   Identificação do conteúdo da mensagem transmitida

  Audição Reduzida (Reduced Listening – P. Schaeffer)
   Abordagem analítica e descritiva do Som (independente da fonte ou conteúdo)


   A Audição também pode ser Activa ou Passiva



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A MENSAGEM TRANSMITDA



 Olhando para o som em cinema através de uma perspectiva
mais orientada para a intenção perceptual e estética, podemos
fazer uma análise baseada em categorias sonoras diferentes.
  Som Diegético* ou Objectivo
   Som objectivamente produzido pelos elementos reais de uma cena
   (mesmo que estes elementos se situem fora do enquadramento Off-
   Screen)
   Tipicamente: Som dos objectos, Som ambiente, movimentos, paisagens
   sonoras, diálogos, etc.

  Som Não-Diegético ou Subjectivo
   Som que não é produzido pelos elementos reais de uma cena, mas
   que estilisticamente ajuda à leitura do espectador.
   Tipicamente: Musica, Efeitos Especiais, Voz-Off.

 * A palavra Degesis tem origem grega (Platão e Aristóteles) e significa “Universo
    narrado/descrito da acção de uma história”. Este conceito é contraposto a Mimesis
    que significa “a representação do Universo” ... Contar VS Mostrar
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A MENSAGEM TRANSMITIDA



  Som Diegético ???


Exemplo 10                                                    Exemplo 11
   Dogville                                                           High Anxiety
   2003, Lars Von Trier                                               1977 , Mel Brooks




                     Exemplo 12
                              Before Sunrise
                             1994, Richar Linklater



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A MENSAGEM TRANSMITIDA




  Som Não Diegético

        Exemplo 13
                The Watcher
                2000, Joe Charbanic



        Exemplo 14
                 Psycho
                1960, Alfred Hitchcock




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A MENSAGEM TRANSMITDA




O espaço no ecrã (Michel Chion “Audio Vision” – 1990)




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A MENSAGEM TRANSMITIDA




  Som Meta-Diegético
    Conceito introduzido por Claudia Gorbman em 1976 na
  taxionomia de som para cinema “Teaching the SoundTrack”
  publicada na revista “Quarterly Review of Film Studies”.
  Esta categoria sonora é definida como o som imaginado (ou
  alucinado) por um personagem.
   O Som Meta-Diegético refere-se ao que transcende o Som
  Diegético.
   Tipicamente: som que ilustra o estado de espírito alterado de um
  personagem, desde o o seu próprio ponto de vista.




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A MENSAGEM TRANSMITDA



Claudia Gorbman no Porto em 2008




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A MENSAGEM TRANSMITIDA



  Som Meta-Diegético


         Exemplo 15
                   Blackmail
                  1929, Alfred Hitchcock



         Exemplo 16
                  Blow Up
                 1966, Michelangelo Antonioni




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A MENSAGEM TRANSMITIDA



Som Onírico / Flash-Back
Caso particular do Som Meta-Diegético. Conceito introduzido por Michel Chion em
1994 no livro “Audio-Vision: Sound in Screen”(New York: Columbia University Press).
Um Personagem vive um momento de imersão total num evento despoletado no
universo diegético.


                                                       Onírico
                          Adormecer Lento                                           Acordar Abrupto




                Realidade
                                                                                         Realidade

                                                          Sonho:
                                                          - Imagem em câmara Lenta
                                                          - Música Não Diegética
                                                          - Ausência de efeitos sonoros
                                                           (diegéticos)

    * A palavra Onírico tem origem grega na palavra Oneiros e significa “Sonho”

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AMENSAGEM TRANSMITIDA




  Som Onírico


       Exemplo 17A
              The Witness
              1985, James Weir

       Exemplo 17B
              Por um fio
              2007, UCP




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4. Transformação e Edição de Som




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TRANSFORMAÇÃO E EDIÇÃO



Parâmetros Sonoros tipicamente manipulados em Pós-Produção:

 Amplitude: O volume sonoro pode ser manipulado muito facilmente e
   individualmente para cada som transformando a sua curva envolvente.
   Permite simular Profundidade, distância e focagem sonora.
 Tonalidade: Corresponde à frequência fundamental do som que
   normalmente identificamos como a nota musical.
   Permite simular sons ou vozes mais graves ou agudas.
 Timbre: Característica que permite distinguir dois sons com a mesma
   tonalidade, mas originados por fontes com características físicas distintas.
   Permite simular a reprodução do som em diferentes espaços e criar efeitos especiais.

           EXEMPLO: Sound Design em “Brick” (E:X17C)



               Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
TRANSFORMAÇÃO E EDIÇÃO



Parâmetros Sonoros tipicamente manipulados em Pós-Produção:

  Espacialização: corresponde à simulação do posicionamento
    no espaço físico da fonte sonora.
  Em sistemas de som Stereo (vídeo): É possível a manipulação de
   panorâmica (desvio de um som para a esquerda ou direita da audiência) e
   a profundidade pode ser simulada variando apenas o volume de som
   (som mais distante tem um volume mais baixo que o som mais próximo).
  Em sistemas de Som Surround (produções cinematográficas
   profissionais): A manipulação espacial é muito mais flexível sendo
   normalmente possível o recurso a dois monitores sonoros frontais
   (Esquerda e direita), dois laterais, dois na rectaguarda e um subwoffer
   central (para amplificar som muito graves tipicamente abaixo dos 80hz).
  Tipicamente não se actua na espacialização de diálogos mas sim em
   todo o tipo de efeitos sonoros (que podem incluir voz).

             Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
TRANSFORMAÇÃO E EDIÇÃO



  Profundidade - Manipulação de Amplitude

              Exemplo 18
                       Finding Nemo
                      2003, Andrew Stanton

  Focagem Sonora - Normalmente usado para simulação de
   Audição Selectiva (Cocktail Party Effect)


              Exemplo 19
                       The Player
                      1992, Robert Altman


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TRANSFORMAÇÃO E EDIÇÃO




  Manipulação de Pitch - Manipulação da tonalidade
   para fazer corresponder as características físicas dos
   interpretes de um overdub.


          Exemplo 20
                  “El Mariachi”
                  1992, Robert Rodriguez




          Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
TRANSFORMAÇÃO E EDIÇÃO




  Manipulação de Timbre - Efeitos como a
   reverberação podem credibilizar a aspectos cénicos.



          Exemplo 21
                  Citizen Kane
                  1941, Orson Welles




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TRANSFORMAÇÃO E EDIÇÃO



  Manipulação de Panorâmica (Stereo)

         Exemplo 22
                 Punch-Drunk Love
                 2002, Paul Thomas Anderson




  LEFT                                      RIGHT                                                CENTER
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5. Técnicas Clássicas




Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
TÉCNICAS CLÁSSICAS



  Silêncio
O silêncio é utilizado frequentemente como efeito de expressão
dramática, de forma a acentuar a carácter de suspense ou
apreensão que se pretende transmitir com uma cena.
Normalmente a utilização do silêncio torna-se mais eficaz através
do contraste com sons subtis (diegéticos) e de baixa intensidade
que vão surgindo ao longo da cena.


          Exemplo 23
                 Birds
                 1963, Alfred Hitchcock


          Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
TÉCNICAS CLÁSSICAS



  Máscara Auditiva
   Máscara Sonora utilizada para evitar ter que recriar som
  diegético, em transições que representam uma passagem de
  tempo que excede a escala tempo real.



          Exemplo 24
                  North by Nortwest
                  1959, Alfred Hitchcock




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TÉCNICAS CLÁSSICAS



  Som Interior
   Simulação da percepção sonora a partir do interior de um
   personagem. Este conceito foi expandido por Michel Chion
   em 1994, definindo Som Interior Objectivo (respiração,
   batimento cardiaco, etc) e Subjectivo (vozes ou sons
   imaginários).


         Exemplo 25
                Lost in Tranlation
                2003, Sofia Coppola




         Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
TÉCNICAS CLÁSSICAS



  Sobreposição
  Utilização de elementos sonoros que criam uma ligação na
  transição entre duas cenas .

         Exemplo 26A
                 Girl with a Pearl Earing
                 2003, Peter Webber

         Exemplo 26B
                 O Trovão
                 2008, UCP


         Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
TÉCNICAS CLÁSSICAS



  Antecipação
  Um som produzido numa cena pode ser ouvido na cena
  anterior antes da transição de imagem.




          Exemplo 27
                   The Player
                   1992, Robert Altman




         Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
TÉCNICAS CLÁSSICAS




  “Split Seconod”
   Introduzindo um segundo de silêncio entre uma explosão e a
   acção que a vai provocar, amplifica a percepção deste efeito
   especial.




        Exemplo 28
            Terminator 2: Judgement Day
            1991, James Cameron




          Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
TÉCNICAS CLÁSSICAS



  “Animation Motion”
  Sincronização de movimento tal como no Som Diegético, mas
  utilizando excertos musicais. Muito utilizado em Cartoons.




         Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
TÉCNICAS CLÁSSICAS



  “Mickey Mousing”
  Sincronização de movimento tal como no Som Diegético, mas
  utilizando excertos musicais. Muito utilizado em Cartoons.

         Exemplo 29A
                 Fantasia
                 1940, Walt Disney


         Exemplo 29B
                 25 Anos a Cores
                 2007, UCP

         Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
TÉCNICAS CLÁSSICAS



  “LeitMotif”
   Quando um som ou música está recorrentemente associado a
   um determinado personagem, acção ou ideia.



          Exemplo 30
                                                         ???????????




          Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
Documentação:
  Artigo “O Som em Ficção Cinematográfica”:
  http://www.abarbosa.org/docs/som_para_ficcao.pdf

  Apresentação:
  http://www.abarbosa.org/docs/ouvir_cinema.pdf



       Obrigado!!!
          Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes

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Design de som (PhD Lecture) 3h00

  • 1. Design de Som para Imagens em Movimento Álvaro Barbosa abarbosa@porto.ucp.pt Departamento de Som e imagem Escola das Artes – Universidade Católica Portuguesa Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 2. TEMAS 1.  Motivação e Estudo do Som em Cinema Caracterização e História. 2.  Análise orientada ao Processo de Produção Diálogos e Vozes, Efeitos Sonoros (SFX, Paisagem Sonora), Música. 3.  Análise orientada à Mensagem Transmitida Som Diegético, Não Diegético, Meta-Diegético e Onírico. 4.  Transformação e Edição de Som Amplitude, Tonalidade, Timbre e Espacialização. 5.  Técnicas de Classicas Silêncio, Máscara Auditiva, Som Interior, Sobreposição, Antecipação, “Split Second”, “Mickey Mousing”, “Leit Motif”. Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 3. 1. Motivação para o estudo do Som em Cinema Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 4. CARACTERIZAÇÃO DO SOM Em cinema a maioria dos sons que ouvimos produzem a sensação de serem gerados naturalmente a partir da cena que visionamos No entanto:  Tipicamente 80% dos sons de um filme são inseridos em Pós- Produção (Cinema de Animação 100%). Reprodução do fenómeno Psico-Acústico em Estúdio.  O processo de produzir a componente sonora de um filme é extremamente demorado e tecnicamente complexo.  A produção sonora para uma obra cinematográfica implica uma equipe de produção extensa (músicos, produtores, sound- designers, engenheiros de som assistentes de produção,... ), uma organização exigente e grande articulação com os criadores da parte visual. Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 5. ESTUDAR O SOM O Estudo do som em Cinema não pretende encontrar mecanismos definitivos ou regras universais para o processo de produção, ou procurar a essência ou significado absoluto para sonorização de imagens em movimento. Pretende-se essencialmente:  Investigar e classificar trabalho existente na área, procurando referências e linhas orientadoras para novos criadores.  Criar uma linguagem o mais geral possível, para uma melhor articulação, no processo de criação. Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 6. ESTUDAR O SOM As técnicas de produção sonoras são possivelmente as mais difíceis de estudar, pois:  Estamos acostumados a ignorar (ou processar subconscientemente) a maioria dos sons do nosso meio ambiente.  A nossa principal fonte de informação sobre o ambiente envolvente é tendencialmente visual.  Estamos acostumados a pensar no som em cinema apenas como um acompanhamento para a informação visual.  Em termos de análise não é possível congelar um frame de som e examinar a sua concepção em termos cinematográficos, tal como fazemos para a imagem em termos de fotografia, enquadramento, iluminação, mise-en-scene, etc. Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 7. CARACTERIZAÇÃO DO SOM Paradoxalmente os melhores efeitos sonoros/música em Cinema, são os que passam despercebidos aos espectadores. As principais funções do som numa obra cinematográfica são:  Criar predisposição para a cena.  Ajudar/Influenciar a interpretação da cena. Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 8. HISTÓRIA O Primeiro filme O mais antigo registo fílmico conhecido foi filmado em 14 de Outubro de 1888 por Louis Le Prince em Leeds Inglaterra. A sequência de imagens foi registada em película fotográfica baseada em Papel (Eastman Kodak de 1885) através de uma camera-projector combi de lente única, desenvolvida por Le Prince. Exemplo 1A 1888, Roundhay Garden Scene Curta metragem Britânica filmada a 12 frames por segundo com a duração total de 2,11 Segundos. Foi Utilizada a Le Prince's single- lens Cine Camera-Projector MkII Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 9. HISTÓRIA Edison e Lumière Os primeiros registos a chegar ao grande público com as respectivas patentes registadas surgiram cerca de 6 Anos após o filme pioneiro de Le Prince. Exemplo 1C Exemplo 1D 1894, Fred Ott's Sneeze 1895 - La Sortie de l'Usine Lumière à Lyon Produzido nos laboratórios de Produzido pelos Celebres Thomas Edison (Exemplo 1B). Irmãos Limuère. Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 10. HISTÓRIA Os Primeiros Passos no Som Os laboratórios Thomas Edison criaram um dispositivo designado como Kinetoscope (1894), considerado uma das primeiras “máquinas de filmar”. A combinação do Kinetoscope com o gravador de cilindros cerâmicos designado por Phonograph (1870), igualmente desenvolvido nos laboratórios de Thomas Edison, resultou num filme de 17 segundos em que o áudio foi simultaneamente registado com a Imagem em movimento. Exemplo 1 1894, The Dickson Experiment A primeira gravação de áudio sincronizada com imagem, data de 1894 com um ensaio experimental realizado por William Dikson nos Laboratórios de Thomas Edison. Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 11. HISTÓRIA Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 12. HISTÓRIA Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 13. HISTÓRIA Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 14. HISTÓRIA O Kinetophone Edison introduziu no mercado o primeiro dispositivo audiovisual em Abril de 1895, combinando o Kinetoscope e o Phonograph num sistema único. Era assim possível visionar um vídeo acompanhado por uma faixa sonora através de auscultadores. Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 15. HISTÓRIA The Silent Movies and the Talking Movies Desde as primeiras experiências cinematográficas realizadas o som que acompanhava os filmes correspondia uma performance musical ao vivo normalmente instrumental (Orquestra ou Piano). Exemplo 2 1927, The Jazz Singer A Componente Sonora do Filme foi registada ao vivo por uma orquestra com o cantor Al Jolson num Vitaphone (1926), um processo de registo áudio baseado num gravador de discos cerâmico, desenvolvido nos laboratórios Bell. Houve a intenção de recriar a voz do personagem realisticamente ao fazer corresponder a voz de cada cantor com as do personagem do filme de forma a respeitar o timbre correspondente à envergadura física dos personagens (o Cantor em Criança e em adulto) Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 16. HISTÓRIA “A Severa” Primeiro filme Sonoro Português Produzido em 1930 e realizado por Leitão de Barros. Dado que na altura ainda não havia meios para tratar o som em Portugal, este foi trabalhado em Paris nos estúdios da Tobis Francesa. Estreou no São Luíz, num ambiente de acontecimento nacional, em 18 de Junho de 1931, e esteve mais de 6 meses em cartaz, tendo sido visto por 200 mil espectadores. Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 17. HISTÓRIA Efeitos Sonoros: A Essência da Animação e Comédia A utilização de som com características mais extremas do que normalmente existe na realidade é típico do formato Comédia ou Cartoon. No primeiro Filme com a componente sonora integralmente produzida em Pós-Produção (Steamboat willie -1928) esta ideia está bem patente. Exemplo 3A Steamboat Willie 1928, Walt Disney Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 18. HISTÓRIA A Electrónica no Cinema Trautonium - Freidrich Trautwein, 1930 Desenvolvido pelo Engenheiro Electrotécnico Freidrich Adolf Trautwein na Academia de Música de Berlim , foi manufacturado e comercializado pela Telefunken entre1932 e1935. The Trutonium interface consisted of a resistance wire fingerboard stretched over a metal rail marked with a chromatic scale and coupled to a neon tube oscillator. Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 19. HISTÓRIA A Electrónica no Cinema Mixtur Trautonium – Oskar Sala (1952) O Compositor Alemão Oskar Sala conduziu o desenvolvimento to Trautonium original para outro patamar sonoro construindo Mixtur- Trautonium com recurso a semicondutores. The trautonium was most famously employed to produce the bird calls in Hitchcock's 1963 film. Few people realized the cacophonous calls on the film were produced electronically Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 20. HISTÓRIA A Electrónica no Cinema The Forbidden Planet - Louis Bebe Baron, 1957 O Primeiro Filme cuja banda sonora foi totalmente concebida com electrónica. Exemplo 3B Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 21. 2. Análise orientada ao processo de produção Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 22. O PROCESSO DE PRODUÇÃO Em termos de produção existem 3 grandes categorias que normalmente implicam equipes de trabalho especializadas.   Diálogos e Vozes Gravados normalmente em Pós-Produção (ADR - Audio Dialogue Replacement é uma competência requerida aos actores).   Efeitos Sonoros (Foley) Paisagem Sonora (contextualiza a cena); Efeitos Especiais (para criar sons que não existem na nossa realidade).   Música Induz no espectador a carga emocional da cena. Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 23. O PROCESSO DE PRODUÇÃO Tecnologias para ADR   Microediting and Pitch Shift (Elastic Time – Protools)   synchroarts VOCALIGN (http://www.synchroarts.co.uk/) Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 24. O PROCESSO DE PRODUÇÃO Tecnologias para Efeitos Sonoros   “Semi-automatic Ambaence Generation” – 2004 DFX   “The Freesound Initiative” – ICMC 2005   “Designg Sound” By Andy Fanell 2006 Ex: Procedural synthetic footsteps for video games and animation Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 25. O PROCESSO DE PRODUÇÃO Tecnologias para Musica   pDaniM: A Case Study around Interactive Processes for Expressive Music Generation in the Computer Animation Production Pipeline. (João Cordeiro – 2008 ARTECH) Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 26. 3. Análise orientada à mensagem transmitida Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 27. A MENSAGEM TRANSMITDA Os Modos de Audição (Michel Chion “Audio Vision” – 1990)   Audição Causal (Causal Listening) Identificação da Fonte/Origem (Dependente do Contexto e conhecimento prévio)   Audição Semântica (Semantic Listening) Identificação do conteúdo da mensagem transmitida   Audição Reduzida (Reduced Listening – P. Schaeffer) Abordagem analítica e descritiva do Som (independente da fonte ou conteúdo) A Audição também pode ser Activa ou Passiva Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 28. A MENSAGEM TRANSMITDA Olhando para o som em cinema através de uma perspectiva mais orientada para a intenção perceptual e estética, podemos fazer uma análise baseada em categorias sonoras diferentes.   Som Diegético* ou Objectivo Som objectivamente produzido pelos elementos reais de uma cena (mesmo que estes elementos se situem fora do enquadramento Off- Screen) Tipicamente: Som dos objectos, Som ambiente, movimentos, paisagens sonoras, diálogos, etc.   Som Não-Diegético ou Subjectivo Som que não é produzido pelos elementos reais de uma cena, mas que estilisticamente ajuda à leitura do espectador. Tipicamente: Musica, Efeitos Especiais, Voz-Off. * A palavra Degesis tem origem grega (Platão e Aristóteles) e significa “Universo narrado/descrito da acção de uma história”. Este conceito é contraposto a Mimesis que significa “a representação do Universo” ... Contar VS Mostrar Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 29. A MENSAGEM TRANSMITIDA   Som Diegético ??? Exemplo 10 Exemplo 11 Dogville High Anxiety 2003, Lars Von Trier 1977 , Mel Brooks Exemplo 12 Before Sunrise 1994, Richar Linklater Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 30. A MENSAGEM TRANSMITIDA   Som Não Diegético Exemplo 13 The Watcher 2000, Joe Charbanic Exemplo 14 Psycho 1960, Alfred Hitchcock Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 31. A MENSAGEM TRANSMITDA O espaço no ecrã (Michel Chion “Audio Vision” – 1990) Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 32. A MENSAGEM TRANSMITIDA   Som Meta-Diegético Conceito introduzido por Claudia Gorbman em 1976 na taxionomia de som para cinema “Teaching the SoundTrack” publicada na revista “Quarterly Review of Film Studies”. Esta categoria sonora é definida como o som imaginado (ou alucinado) por um personagem. O Som Meta-Diegético refere-se ao que transcende o Som Diegético. Tipicamente: som que ilustra o estado de espírito alterado de um personagem, desde o o seu próprio ponto de vista. Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 33. A MENSAGEM TRANSMITDA Claudia Gorbman no Porto em 2008 Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 34. A MENSAGEM TRANSMITIDA   Som Meta-Diegético Exemplo 15 Blackmail 1929, Alfred Hitchcock Exemplo 16 Blow Up 1966, Michelangelo Antonioni Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 35. A MENSAGEM TRANSMITIDA Som Onírico / Flash-Back Caso particular do Som Meta-Diegético. Conceito introduzido por Michel Chion em 1994 no livro “Audio-Vision: Sound in Screen”(New York: Columbia University Press). Um Personagem vive um momento de imersão total num evento despoletado no universo diegético. Onírico Adormecer Lento Acordar Abrupto Realidade Realidade Sonho: - Imagem em câmara Lenta - Música Não Diegética - Ausência de efeitos sonoros (diegéticos) * A palavra Onírico tem origem grega na palavra Oneiros e significa “Sonho” Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 36. AMENSAGEM TRANSMITIDA   Som Onírico Exemplo 17A The Witness 1985, James Weir Exemplo 17B Por um fio 2007, UCP Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 37. 4. Transformação e Edição de Som Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 38. TRANSFORMAÇÃO E EDIÇÃO Parâmetros Sonoros tipicamente manipulados em Pós-Produção:  Amplitude: O volume sonoro pode ser manipulado muito facilmente e individualmente para cada som transformando a sua curva envolvente. Permite simular Profundidade, distância e focagem sonora.  Tonalidade: Corresponde à frequência fundamental do som que normalmente identificamos como a nota musical. Permite simular sons ou vozes mais graves ou agudas.  Timbre: Característica que permite distinguir dois sons com a mesma tonalidade, mas originados por fontes com características físicas distintas. Permite simular a reprodução do som em diferentes espaços e criar efeitos especiais. EXEMPLO: Sound Design em “Brick” (E:X17C) Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 39. TRANSFORMAÇÃO E EDIÇÃO Parâmetros Sonoros tipicamente manipulados em Pós-Produção:   Espacialização: corresponde à simulação do posicionamento no espaço físico da fonte sonora.   Em sistemas de som Stereo (vídeo): É possível a manipulação de panorâmica (desvio de um som para a esquerda ou direita da audiência) e a profundidade pode ser simulada variando apenas o volume de som (som mais distante tem um volume mais baixo que o som mais próximo).   Em sistemas de Som Surround (produções cinematográficas profissionais): A manipulação espacial é muito mais flexível sendo normalmente possível o recurso a dois monitores sonoros frontais (Esquerda e direita), dois laterais, dois na rectaguarda e um subwoffer central (para amplificar som muito graves tipicamente abaixo dos 80hz).   Tipicamente não se actua na espacialização de diálogos mas sim em todo o tipo de efeitos sonoros (que podem incluir voz). Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 40. TRANSFORMAÇÃO E EDIÇÃO   Profundidade - Manipulação de Amplitude Exemplo 18 Finding Nemo 2003, Andrew Stanton   Focagem Sonora - Normalmente usado para simulação de Audição Selectiva (Cocktail Party Effect) Exemplo 19 The Player 1992, Robert Altman Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 41. TRANSFORMAÇÃO E EDIÇÃO   Manipulação de Pitch - Manipulação da tonalidade para fazer corresponder as características físicas dos interpretes de um overdub. Exemplo 20 “El Mariachi” 1992, Robert Rodriguez Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 42. TRANSFORMAÇÃO E EDIÇÃO   Manipulação de Timbre - Efeitos como a reverberação podem credibilizar a aspectos cénicos. Exemplo 21 Citizen Kane 1941, Orson Welles Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 43. TRANSFORMAÇÃO E EDIÇÃO   Manipulação de Panorâmica (Stereo) Exemplo 22 Punch-Drunk Love 2002, Paul Thomas Anderson LEFT RIGHT CENTER Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 44. 5. Técnicas Clássicas Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 45. TÉCNICAS CLÁSSICAS   Silêncio O silêncio é utilizado frequentemente como efeito de expressão dramática, de forma a acentuar a carácter de suspense ou apreensão que se pretende transmitir com uma cena. Normalmente a utilização do silêncio torna-se mais eficaz através do contraste com sons subtis (diegéticos) e de baixa intensidade que vão surgindo ao longo da cena. Exemplo 23 Birds 1963, Alfred Hitchcock Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 46. TÉCNICAS CLÁSSICAS   Máscara Auditiva Máscara Sonora utilizada para evitar ter que recriar som diegético, em transições que representam uma passagem de tempo que excede a escala tempo real. Exemplo 24 North by Nortwest 1959, Alfred Hitchcock Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 47. TÉCNICAS CLÁSSICAS   Som Interior Simulação da percepção sonora a partir do interior de um personagem. Este conceito foi expandido por Michel Chion em 1994, definindo Som Interior Objectivo (respiração, batimento cardiaco, etc) e Subjectivo (vozes ou sons imaginários). Exemplo 25 Lost in Tranlation 2003, Sofia Coppola Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 48. TÉCNICAS CLÁSSICAS   Sobreposição Utilização de elementos sonoros que criam uma ligação na transição entre duas cenas . Exemplo 26A Girl with a Pearl Earing 2003, Peter Webber Exemplo 26B O Trovão 2008, UCP Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 49. TÉCNICAS CLÁSSICAS   Antecipação Um som produzido numa cena pode ser ouvido na cena anterior antes da transição de imagem. Exemplo 27 The Player 1992, Robert Altman Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 50. TÉCNICAS CLÁSSICAS   “Split Seconod” Introduzindo um segundo de silêncio entre uma explosão e a acção que a vai provocar, amplifica a percepção deste efeito especial. Exemplo 28 Terminator 2: Judgement Day 1991, James Cameron Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 51. TÉCNICAS CLÁSSICAS   “Animation Motion” Sincronização de movimento tal como no Som Diegético, mas utilizando excertos musicais. Muito utilizado em Cartoons. Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 52. TÉCNICAS CLÁSSICAS   “Mickey Mousing” Sincronização de movimento tal como no Som Diegético, mas utilizando excertos musicais. Muito utilizado em Cartoons. Exemplo 29A Fantasia 1940, Walt Disney Exemplo 29B 25 Anos a Cores 2007, UCP Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 53. TÉCNICAS CLÁSSICAS   “LeitMotif” Quando um som ou música está recorrentemente associado a um determinado personagem, acção ou ideia. Exemplo 30 ??????????? Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes
  • 54. Documentação:   Artigo “O Som em Ficção Cinematográfica”: http://www.abarbosa.org/docs/som_para_ficcao.pdf   Apresentação: http://www.abarbosa.org/docs/ouvir_cinema.pdf Obrigado!!! Álvaro Barbosa [abarbosa@porto.ucp.pt] - Universidade Católica Portuguesa, Escola das Artes