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primeira aplicação do ENEM-2016
Questões de Literatura
Manoel Neves
Em	casa,	Hideo	ainda	podia	seguir	fiel	ao	imperador	japonês	e	às	tradições	que	
trouxera	 no	 navio	 que	 aportara	 em	 Santos.	 […]	 Por	 isso,	 Hideo	 exigia	 que,	 aos	
domingos,	todos	esCvessem	juntos	durante	o	almoço.	Ele	se	sentava	à	cabeceira	
da	mesa;	à	direita,	ficara	Kanashiro,	que	era	o	primeiro	filho,	e	Hitoshi,	o	segundo,	
e	 à	 esquerda,	 Haruo,	 depois	 Hiroshi,	 que	 era	 o	 mais	 novo.	 […]	 A	 esposa,	 que	
também	era	mãe,	e	as	filhas,	que	também	era	irmãs,	aguardavam	de	pé	ao	redor	
da	 mesa	 […].	 Haruo	 reclamava,	 não	 se	 cansava	 de	 reclamar:	 que	 se	 sentassem	
também	as	mulheres	à	mesa,	que	era	um	absurdo	aquele	costume.	Quando	se	
casasse,	se	sentariam	à	mesa	a	esposa	e	o	marido,	um	em	frente	ao	outro,	porque	
não	era	o	homem	melhor	que	a	mulher	para	ser	o	primeiro	[…].	Elas	seguiam	de	
pé,	a	mãe	um	pouco	cansada	dos	protestos	do	filho,	pois	o	momento	do	almoço	
era	sagrado,	não	era	hora	de	levantar	bandeiras	inúteis	[…].	
NAKASATO,	O.	Nihonjin.	São	Paulo:	Bendirá,	2011.	Fragmento.
QUESTÃO 01
primeira aplicação do ENEM-2016
Referindo-se	 a	 práCcas	 culturais	 de	 origem	 nipônica,	 o	 narrador	 registra	 as	
reações	que	elas	provocam	na	família	e	mostra	um	contexto	em	que	
a)	a	obediência	ao	imperador	leva	ao	pres]gio	pessoal.	
b)	as	novas	gerações	abandonam	seus	anCgos	hábitos.	
c)	a	refeição	é	o	que	determina	a	agregação	familiar.	
d)	os	conflitos	de	gênero	tendem	a	ser	neutralizados.	
e)	o	lugar	à	mesa	metaforiza	uma	estrutura	de	poder.
SOLUÇÃO COMENTADA
primeira aplicação do ENEM-2016
No	fragmento	em	análise,	percebe-se	um	conflito	de	gerações	no	que	diz	respeito	
ao	 lugar	 da	 mulher	 entre	 os	 imigrantes	 japoneses	 no	 Brasil.	 Verifica-se,	 nesse	
senCdo,	 que	 a	 personagem	 Haruo	 insurge-se	 contra	 os	 costumes	 tradicionais	
nipônicos,	que	reservam	à	mulher	um	espaço	subordinado	em	relação	ao	homem.	
Sendo	assim,	deve-se	assinalar	a	alternaCva	“e”.	
conteúdos abordados na questão
quarta	geração	do	modernismo	brasileiro;	o	imigrante	na	literatura	brasileira
PINHÃO	sai	ao	mesmo	tempo	que	BENONA	entra.	
BENONA:	Eurico,	Eudoro	Vicente	está	lá	fora	e	quer	falar	com	você.	
EURICÃO:	Benona,	minha	irmã,	eu	sei	que	ele	está	lá	fora,	mas	não	quero	falar	
com	ele.	
BENONA:	Mas	Eurico,	nós	lhe	devemos	certas	atenções.	
EURICÃO:	Você,	que	foi	noiva	dele.	Eu,	não!	
BENONA:	Isso	são	coisas	passadas.	
EURICÃO:	Passadas	para	você,	mas	o	prejuízo	foi	meu.	Esperava	que	Eudoro,	com	
todo	 aquele	 dinheiro,	 se	 tornasse	 meu	 cunhado.	 Era	 uma	 boca	 a	 menos	 e	 um	
patrimônio	a	mais.	E	o	peste	me	traiu.	Agora,	parece	que	ouviu	dizer	que	eu	tenho	
um	tesouro.	E	vem	louco	atrás	dele,	sedento,	atacado	de	verdadeira	hidrofobia.	
Vive	 farejando	 ouro,	 como	 um	 cachorro	 da	 molesta,	 como	 um	 urubu,	 atrás	 do	
sangue	dos	outros.	Mas	ele	está	enganado.	Santo	Antônio	há	de	proteger	minha	
pobreza	e	minha	devoção.	
SUASSUNA,	A.	O	santo	e	a	porca.	Rio	de	Janeiro:	José	Olympio,	2013.	Fragmento.
QUESTÃO 02
primeira aplicação do ENEM-2016
Nesse	texto	teatral,	o	emprego	das	expressões	“o	peste”	e	“cachorro	da	molesta”	
contribui	para	
a)	marcar	a	classe	social	das	personagens.	
b)	caracterizar	usos	linguísCcos	de	uma	região.	
c)	enfaCzar	a	relação	familiar	entre	as	personagens.	
d)	sinalizar	a	influência	do	gênero	nas	escolhas	vocabulares.	
e)	demonstrar	o	tom	autoritário	da	fala	de	uma	das	personagens.
SOLUÇÃO COMENTADA
primeira aplicação do ENEM-2016
A	obra	de	Ariano	Suassuna,	produzida	depois	da	II	Guerra	Mundial,	insere-se	na	
corrente	 do	 regionalismo	 universalista	 da	 terceira	 geração	 do	 modernismo	
brasileiro.	Nesse	senCdo,	ambienta,	no	interior	do	Nordeste	brasileiro,	questões	
debaCdas	em	todo	o	mundo	e	por	todas	as	gerações.	
Na	 cena	 em	 análise,	 percebe-se	 o	 comportamento	 arrivista	 da	 personagem	
Euricão.	Nessa	perspecCva,	o	uso	de	expressões	como	“o	peste”	e	“cachorro	da	
molest’a”	visa	a	reforçar	a	caracterização	regional	da	peça	e	da	personagem.	
Marque-se,	pois,	a	alternaCva	“b”.	
conteúdos abordados na questão
terceira	geração	do	modernismo	brasileiro;	variação	linguís<ca
Onde	estou?	Este	síCo	desconheço:	
Quem	fez	tão	diferente	aquele	prado?	
Tudo	outra	natureza	tem	tomado;	
E	em	contemplá-lo	]mido	esmoreço.	
Uma	fonte	aqui	houve;	eu	não	me	esqueço	
De	estar	a	ela	um	dia	reclinado:	
Ali	em	vale	um	monte	está	mudado:	
Quanto	pode	dos	anos	o	progresso!	
Árvores	aqui	vi	tão	florescentes,	
Que	faziam	perpétua	a	primavera:	
Nem	troncos	vejo	agora	decadentes.	
Eu	me	engano:	a	região	esta	não	era;	
Mas	que	venho	a	estranhar,	se	estão	presentes	
Meus	males,	com	que	tudo	degenera!	
COSTA,	C.	M.	Poemas.	Disponível	em:	www.dominiopublico.gov.br.	Acesso	em:	7	jul.	2012.
QUESTÃO 03
primeira aplicação do ENEM-2016
No	soneto	de	Cláudio	Manuel	da	Costa,	a	contemplação	da	paisagem	permite	ao	
eu	lírico	uma	reflexão	em	que	transparece	uma	
a)	angúsCa	provocada	pela	sensação	de	solidão.	
b)	resignação	diante	das	mudanças	do	meio	ambiente.	
c)	dúvida	existencial	em	face	ao	espaço	desconhecido.	
d)	intenção	de	recriar	o	passado	por	meio	da	paisagem.	
e)	empaCa	entre	os	sofrimentos	do	eu	e	a	agonia	da	terra.
SOLUÇÃO COMENTADA
primeira aplicação do ENEM-2016
No	 soneto	 em	 análise,	 percebe-se	 que	 o	 locutor	 apresenta	 subjeCvamente	 a	
paisagem.	Tal	perspecCva	contraria	as	convenções	do	arcadismo,	esClo	em	que	se	
costuma	inserir	a	poesia	de	Cláudio	Manuel	da	Costa,	na	medida	em	que	os	textos	
produzidos	 nesse	 período	 primavam	 pela	 objeCvidade	 e	 pela	 ausência	 de	
envolvimento	 emocional	 na	 condução	 temáCca.	 Cumpre	 informar,	 entretanto,	
que,	 na	 obra	 do	 poeta	 mineiro,	 convivem	 aspectos	 barrocos,	 árcades	 e	 pré-
românCcos.	Nesse	senCdo,	no	poema	em	análise,	o	lugar	usico	a	que	se	refere	o	
sujeito	 poéCco	 apresenta-se	 totalmente	 contaminado	 pelas	 emoções	 do	 sujeito	
poéCco.	Evidentemente,	nada	é	mais	óbvio	que	fato	de	o	estado	emocional	do	
sujeito	 que	 fala	 alterar	 sua	 percepção	 de	 mundo.	 Por	 isso,	 deve-se	 assinalar	 a	
alternaCva	“e”.	
conteúdos abordados na questão
arcadismo
Poesia,	não	será	esse	
o	senCdo	em	que	
ainda	te	escrevo:	
flor!	(Te	escrevo:	
flor!	Não	uma	
flor,	nem	aquela	
flor-virtude	—	em	
disfarçados	urinóis).	
Flor	é	a	palavra	
flor;	verso	inscrito	
no	verso,	como	as	
manhãs	no	tempo.	
Flor	é	o	salto		
da	ave	para	o	voo:	
o	salto	fora	do	sono	
quando	teu	tecido	
se	rompe;	é	uma	explosão	
posta	a	funcionar,	
como	uma	máquina,	
uma	jura	de	flores.	
MELO NETO, J. C. Antiode. In.: Psicologia da composição. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
QUESTÃO 04
primeira aplicação do ENEM-2016
A	 poesia	 é	 marcada	 pela	 recriação	 do	 objeto	 por	 meio	 da	 linguagem,	 sem	
necessariamente	explicá-lo.	Nesse	fragmento	de	João	Cabral	de	Melo	Neto,	poeta	
da	geração	de	1945,	o	sujeito	lírico	propõe	a	recriação	poéCca	de	
a)	uma	palavra,	a	parCr	de	imagens	com	as	quais	ela	pode	ser	comparada,	a	fim	de	
assumir	novos	significados.	
b)	 um	 urinol,	 em	 referência	 às	 artes	 visuais	 ligadas	 às	 vanguardas	 do	 início	 do	
século	XX.	
c)	 uma	 ave,	 que	 compõe,	 com	 seus	 movimentos,	 uma	 imagem	 historicamente	
ligada	à	palavra	poéCca.	
d)	 uma	 máquina,	 levando	 em	 consideração	 a	 relevância	 do	 discurso	 técnico-
cien]fico	pós-Revolução	Industrial.	
e)	um	tecido,	visto	que	sua	composição	depende	de	elementos	intrínsecos	ao	eu	
lírico.
SOLUÇÃO COMENTADA
primeira aplicação do ENEM-2016
No	fragmento	em	análise	da	“AnCode”,	de	João	Cabral	de	Melo	Neto,	o	sujeito	
poéCco	propõe	a	ressemanCzação	[atribuição	de	novos	senCdos	à]	da	palavra	flor.	
Tal	constatação	pode	ser	comprovada	pelo	aparente	paradoxo	presente	nas	duas	
primeiras	 estrofes:	 em	 um	 primeiro	 momento,	 o	 locutor	 fala	 não	 será	 esse/	 o	
sen2do	em	que/	ainda	te	escrevo://	flor;	depois,	entretanto,	afirma:	Te	escrevo:/	
flor!	Em	seguida,	explica	os	novos	senCdos	que	atribui	a	tal	vocábulo:	não	uma/		
[…]	flor-virtude	[…]	Flor	é	a	palavra/flor	[…]//	Flor	é	o	salto/	da	ave	para	o	voo.	
Posto	isso,	deve-se	assinalar	a	alternaCva	“a”.	
conteúdos abordados na questão
terceira	geração	do	modernismo
O	 dono	 correu	 atrás	 de	 sua	 branquinha,	 agarrou-a,	 lhe	 examinou	 os	 olhos.	
Estavam	direiCnho,	graças	a	Deus,	e	muito	pretos.	Soltou-a	no	terreiro	e	lhe	aCrou	
mais	milho.	A	galinha	conCnuou	a	bicar	o	chão	desorientada.	ACrou	ainda	mais,	
com	paciência,	até	que	ela	se	fartasse.	Mas	não	conseguiu	com	o	gasto	de	milho,	
de	 que	 as	 outras	 se	 aproveitaram,	 aCnar	 com	 a	 origem	 daquela	 desorientação.	
Que	 é	 que	 seria	 aquilo,	 meu	 Deus	 do	 céu?	 Se	 fosse	 efeito	 de	 uma	 pedrada	 na	
cabeça	e	se	soubesse	quem	havia	mandado	a	pedra,	algum	moleque	da	vizinhança	
aí…	Nem	por	sombra	imaginou	que	era	a	cegueira	irremediável	que	principiava.	
Também	a	galinha,	coitada,	não	compreendia	nada,	absolutamente	nada	daquilo.	
Por	 que	 não	 vinham	 mais	 os	 dias	 luminosos	 em	 que	 procurava	 a	 sombra	 das	
pitangueiras?	 SenCa	 ainda	 o	 calor	 do	 sol,	 mas	 tudo	 quase	 sempre	 tão	 escuro.	
Quase	que	já	não	sabia	onde	é	que	estava	a	luz,	onde	é	que	estava	a	sombra.	
GUIMARAENS,	J.	A.	Galinha	cega.	In.:	Contos	e	novelas.	Rio	de	Janeiro:	Imago,	1978.	Fragmento.
QUESTÃO 05
primeira aplicação do ENEM-2016
Ao	apresentar	uma	cena	em	que	um	menino	aCra	milho	às	galinhas	e	observa	com	
atenção	 uma	 delas,	 o	 narrador	 explora	 um	 recurso	 que	 conduz	 a	 uma	
expressividade	fundamentada	na	
a)	captura	de	elementos	da	vida	rural,	de	feições	peculiares.	
b)	caracterização	de	um	quintal	de	síCo,	espaço	de	descobertas.	
c)	confusão	intencional	da	marcação	do	tempo,	centrado	na	infância.	
d)	apropriação	de	diferentes	pontos	de	vista,	incorporados	afeCvamente.	
e)	fragmentação	do	conflito	gerador,	distendido	como	apoio	à	emoCvidade.
SOLUÇÃO COMENTADA
primeira aplicação do ENEM-2016
No	 primeiro	 parágrafo	 do	 conto	 “Galinha	 cega”,	 percebe-se	 a	 fusão	 entre	 a	
perspecCva	 do	 narrador,	 que	 apresenta	 a	 cena	 [O	 dono	 correu	 atrás	 de	 sua	
branquinha;	 Soltou-a	 no	 terreiro	 e	 lhe	 a2rou	 mais	 milho;	 A2rou	 mais,	 com	
paciência,	até	que	ela	se	fartasse],	e	a	da	personagem,	que	se	põe	a	analisar	sob	
uma	 óCca	 bastante	 específica	 o	 que	 está	 acontecendo	 com	 uma	 galinha	
desorientada	[Estavam	direi2nho,	graças	a	Deus;	Que	é	que	seria	aquilo,	meu	Deus	
do	 céu?].	 No	 segundo	 parágrafo,	 de	 forma	 idênCca,	 a	 cena	 arCcula-se	 por	
intermédio	da	revelação	tanto	da	perspecCva	do	narrador	quanto	da	personagem	
[galinha	cega].	Deve-se,	pois,	marcar	a	alternaCva	“d”.	
conteúdos abordados na questão
segunda	geração	do	modernismo
Escrever	só	para	me	livrar	
de	escrever.	
Escrever	sem	ver,	com	riscos	
senCndo	falta	dos	acompanhamentos	
com	as	mesmas	lesmas	
e	figuras	sem	força	de	expressão.	
Mas	tudo	desafina:	
o	pensamento	pesa	
tanto	quanto	o	corpo	
enquanto	conto	os	conecCvos	
conto	as	palavras	rentes	
com	tesoura	de	jardim	
cega	e	bruta	
com	facão	de	mato.	
Mas	a	marca	deste	corte	
tem	que	ficar	
nas	palavras	que	sobraram.	
Qualquer	coisa	do	que	desapareceu	
conCnuou	nas	margens,	nos	talos	
no	atalho	aberto	a	talhe	de	foice	
no	caminho	de	rato.	
FREITAS	FILHO,	A.	Sem	acessórios	nem	som.	In.:	Máquina	de	
escrever:	poesia	reunida	e	revista.	Rio	de	Janeiro:	Nova	
Fronteira,	2003.
QUESTÃO 06
primeira aplicação do ENEM-2016
Nesse	texto,	a	reflexão	sobre	o	processo	criaCvo	aponta	para	uma	concepção	de	
aCvidade	poéCca	que	põe	em	evidência	o(a)	
a)	angusCante	necessidade	de	produção,	presente	em	“Escrever	só	para	me	livrar/	
de	escrever”.	
b)	imprevisível	percurso	da	composição,	presente	em	“no	atalho	aberto	a	talhe	de	
foice/	no	caminho	de	rato”.	
c)	agressivo	trabalho	de	supressão,	presente	em	“corto	as	palavras	rentes/	com	
tesoura	de	jardim/	cega	a	bruta”.	
d)	 inevitável	 frustração	 diante	 do	 poema,	 presente	 em	 “Mas	 tudo	 desafina:/	 o	
pensamento	pesa/	tanto	quanto	o	corpo”.	
e)	 conflituosa	 relação	 coma	 inspiração,	 presente	 em	 “senCndo	 falta	 dos	
acompanhamentos/	e	figuras	sem	força	de	expressão”.
SOLUÇÃO COMENTADA
primeira aplicação do ENEM-2016
No	poema	em	análise,	o	locutor	evidencia	a	necessidade	de	se	fazer	uma	poesia	
econômica.	Isso	pode	ser	percebido	tanto	no	]tulo	quanto	na	ideia	de	supressão	
presente	no	fragmento	transcrito	na	alternaCva	“c”.	
conteúdos abordados na questão
quarta	geração	do	modernismo	[poesia	marginal]
Marcava	seis	horas	da	manhã.	Angela	Pralini	pagou	o	táxi	e	pegou	sua	pequena	
valise.	Dona	Maria	Rita	de	Alvarenga	Chagas	Souza	Melo	desceu	do	Opala	da	filha	
e	encaminharam-se	para	os	trilhos.	A	velha	bem-vesCda	e	com	joias.	Das	rugas	
que	a	disfarçavam	saía	a	forma	pura	de	um	nariz	perdido	na	idade,	e	de	uma	boca	
que	outrora	devia	ter	sido	cheia	e	sensível.	Mas	que	importa?	Chega-se	a	um	certo	
ponto	—	e	o	que	foi	não	importa.	Começa	uma	nova	raça.	Uma	velha	não	pode	
comunicar-se.	Recebeu	o	beijo	gelado	de	sua	filha	que	foi	embora	antes	do	trem	
parCr.	Ajudara-a	antes	a	subir	no	vagão.	Sem	que	neste	houvesse	um	centro,	ela	
se	colocara	do	lado.	Quando	a	locomoCva	se	pôs	em	movimento,	surpreendeu-se	
um	pouco:	não	esperava	que	o	trem	seguisse	nessa	direção	e	sentara-se	de	costas	
para	o	caminho.	
Angela	Pralini	percebeu-lhe	o	movimento	e	perguntou:	
—	A	senhora	deseja	trocar	de	lugar	comigo?	
Dona	Maria	Rita	se	espantou	com	a	delicadeza,	disse	que	não,	obrigada,	para	ela	
dava	no	mesmo.	Mas	parecia	ter-se	perturbado.	Passou	a	mão	sobre	o	camafeu	
filigrana	de	ouro,	espetado	no	peito,	passou	a	mão	pelo	broche.	Seca.	Ofendida?	
Perguntou	afinal	a	Angela	Pralini:	
—	É	por	causa	de	mim	que	a	senhorita	deseja	trocar	de	lugar?	
LISPECTOR,	C.	A	parCda	de	trem.	In.:	Onde	es<vestes	de	noite.	Rio	de	Janeiro:	Nova	Fronteira,	1980.	Fragmento.
QUESTÃO 07
primeira aplicação do ENEM-2016
A	descoberta	de	experiências	emocionais	com	base	no	coCdiano	é	recorrente	na	
obra	de	Clarice	Lispector.	No	fragmento,	o	narrador	enfaCza	o(a)	
a)	comportamento	vaidoso	de	mulheres	de	condição	social	privilegiada.	
b)	anulação	das	diferenças	sociais	no	espaço	público	de	uma	estação.	
c)	incompaCbilidade	psicológica	entre	mulheres	de	gerações	diferentes.	
d)	constrangimento	da	aproximação	formal	de	pessoas	desconhecidas.	
e)	senCmento	de	solidão	alimentado	pelo	processo	de	envelhecimento.
SOLUÇÃO COMENTADA
primeira aplicação do ENEM-2016
No	fragmento	em	análise,	percebe-se	que	o	narrador	apresenta	uma	personagem	
idosa	 cujo	 isolamento	 é	 reforçado	 pela	 velhice,	 o	 que	 se	 pode	 constatar	 por	
fragmentos	como	Chega-se	a	um	certo	ponto	—	e	o	que	foi	não	importa.	Começa	
uma	nova	raça.	Um	a	velha	não	pode	comunicar-se.	Posto	isso,	deve-se	assinalar	a	
alternaCva	“e”.	
conteúdos abordados na questão
terceira	geração	do	modernismo
quando	a	geração	de	meu	pai	
baCa	na	minha	
a	minha	achava	que	era	normal	
que	a	geração	de	cima	
só	pode	educar	a	de	baixo	
batendo	
quando	a	minha	geração	baCa	na	de	vocês	
ainda	não	sabia	que	estava	errado	
mas	a	geração	de	vocês	já	sabia	
e	cresceu	odiando	a	geração	de	cima	
aí	chegou	esta	hora	
em	que	todas	as	gerações	já	sabem	de	tudo	
e	é	péssimo	
ter	pertencido	à	geração	do	meio	
tendo	errado	quando	apanhou	da	de	cima	
e	errado	quando	bateu	na	de	baixo	
e	sabendo	que	apesar	de	amaldiçoados	
éramos	todos	inocentes	
ESSES	CHOPES	GELADOS	
WANDERLEY,	J.	In.:	MORICONI,	I.	(Org.).	Os	cem	melhores	poemas	brasileiros	do	século.	Rio	de	Janeiro:	ObjeCva,	2001.	Fragmento.
QUESTÃO 08
primeira aplicação do ENEM-2016
Ao	 expressar	 uma	 percepção	 de	 aCtudes	 e	 valores	 situados	 na	 passagem	 do	
tempo,	o	eu	lírico	manifesta	uma	angúsCa	sinteCzada	na	
a)	compreensão	da	efemeridade	das	convicções	antes	vistas	como	sólidas.	
b)	consciência	das	imperfeições	aceitas	na	construção	do	senso	comum.	
c)	revolta	das	novas	gerações	contra	modelos	tradicionais	de	educação.	
d)	incerteza	da	expectaCva	de	mudança	por	parte	das	futuras	gerações.	
e)	crueldade	atribuída	à	forma	de	punição	praCcada	pelos	mais	velhos.
SOLUÇÃO COMENTADA
primeira aplicação do ENEM-2016
O	que	se	discute	no	poema	em	análise	é	o	conflito	de	gerações.	O	locutor	analisa	
três	momentos	disCntos	a	parCr	da	observação	do	modo	como	se	educavam	as	
crianças:	a	anterior	à	sua	achava	normal	bater	nos	filhos;	a	sua	geração	achava	
normal	que	a	educação	se	fizesse	por	meio	da	agressão	usica	—	por	isso,	tanto	
aceitou	 apanhar	 da	 anterior	 quanto	 educou	 seus	 filhos	 batendo	 —;	 por	 fim,	
apresenta-se	 a	 geração	 posterior	 àquela	 em	 que	 se	 insere	 o	 sujeito	 poéCco,	
aquela	que	sabia	ser	errado	educar	alguém	por	intermédio	de	casCgos	usicos	e	
que,	por	isso,	ressenCa-se	contra	a	geração	anterior.	ProblemaCza-se,	portanto,	o	
modo	como	as	convicções	de	cada	geração	são	perpassadas	pela	ideologia	de	cada	
época,	 ou	 seja,	 pelas	 ideias	 que	 circulam	 no	 senso	 comum.	 Por	 isso,	 deve-se	
assinalar	a	alternaCva	“b”.		
conteúdos abordados na questão
quarta	geração	do	modernismo	[poesia	marginal]
PÉROLAS	ABSOLUTAS	
Há,	no	seio	de	uma	ostra,	um	movimento	—	ainda	que	impercep]vel.	Qualquer	
coisa	imiscuiu-se	pela	fissura,	uma	par]cula	qualquer,	diminuta	e	invisível.	Venceu	
as	paredes	lacradas,	que	se	fecham	como	a	boca	que	tem	paredes	lacradas,	que	se	
fecham	como	a	boca	tem	medida	de	deixar	escapar	um	segredo.	Venceu.	E	agora	
penetra	o	núcleo	da	ostra,	contaminando-lhe	a	própria	substância.	A	ostra	reage,	
imediatamente.	E	começa	a	secretar	o	nácar.	É	um	mecanismo	de	defesa,	uma	
tentaCva	de	purificação	contra	a	par]cula	invasora.	Com	uma	paciência	do	fundo	
do	mar,	a	ostra	profanada	conCnua	seu	trabalho	incansável,	decretando	por	anos	
a	fio	o	nácar	que	os	poucos	se	vai	solidificando.	É	dessa	solidificação	que	nascem	
as	pérolas.	
As	 pérolas	 são,	 assim,	 o	 resultado	 de	 uma	 contaminação.	 A	 arte	 por	 vezes	
também.		A	arte	é	quase	sempre	a	transformação	da	dor.	[…]	Escrever	é	preciso.	É	
preciso	 conCnuar	 decretando	 o	 nácar,	 formando	 a	 pérola	 que	 talvez	 seja	
imperfeita,	que	talvez	jamais	seja	encontrada	e	viva	para	sempre	encerrada	no	
fundo	 do	 mar.	 Talvez	 estas,	 as	 pérolas	 esquecidas,	 jamais	 achadas,	 as	 pérolas	
intocadas	 e	 por	 isso	 absolutas	 em	 si	 mesmas,	 guardem	 em	 si	 uma	 parcela	
faiscante	da	eternidade.	
SEIXAS,	H.	Uma	ilha	chamada	livro.	Rio	de	Janeiro:	Record,	2009.	Fragmento.
QUESTÃO 09
primeira aplicação do ENEM-2016
Considerando	os	aspectos	estéCcos	e	semânCcos	presentes	no	texto,	a	imagem	da	
pérola	configura	uma	percepção	que	
a)	reforça	o	valor	do	sofrimento	e	do	esquecimento	para	o	processo	criaCvo.	
b)	ilustra	o	conflito	entre	a	procura	do	novo	e	a	rejeição	ao	elemento	exóCco.	
c)	concebe	a	criação	literária	como	trabalho	progressivo	e	de	autoconhecimento.	
d)	expressa	a	ideia	de	aCvidade	poéCca	como	experiência	anônima	a	involuntária.	
e)	 destaca	 o	 efeito	 introspecCvo	 pelo	 contato	 com	 o	 inusitado	 e	 com	 o	
desconhecido.
SOLUÇÃO COMENTADA
primeira aplicação do ENEM-2016
Por	intermédio	da	metáfora	da	pérola,	o	locutor	apresenta	sua	visão	acerca	da	
literatura.	 Nesse	 senCdo,	 no	 primeiro	 parágrafo,	 fica	 clara	 a	 ideia	 de	 que	 o	
trabalho	se	faz	de	forma	progressiva;	no	segundo,	por	sua	vez,	percebe-se	que	
escrever	é	uma	forma	de	conhecer.	Por	isso,	deve-se	assinalar	a	alternaCva	“c”.	
conteúdos abordados na questão
quarta	geração	do	modernismo;	figuras	de	linguagem
DE	DOMINGO	
—	Outrossim…	
—	O	quê?	
—	O	que	o	quê?	
—	O	que	você	disse.	
—	Outrossim?	
—	É.	
—	O	que	é	que	tem?	
—	Nada.	Só	achei	engraçado.	
—	Não	vejo	a	graça.	
—	Você	vai	concordar	que	não	é	uma	palavra	de	todos	os	dias.	
—	Ah,	não	é.	Aliás,	eu	só	uso	domingo.
—	Se	bem	que	parece	mais	uma	palavra	de	segunda-feira.	
—	Não.	Palavra	de	segunda-feira	é	“óbice”.	
—	“Ônus”.	
—	“Ônus”	também.	“Desiderato”.	“Resquício”.	
—	“Resquício”	é	de	domingo.	
—	Não,	não.	Segunda.	No	máximo	terça.	
—	Mas	“outrossim”,	francamente…	
—	Qual	o	problema?	
—	ReCra	o	“outrossim”.	
—	 Não	 reCro.	 É	 uma	 óCma	 palavra.	 Aliás,	 é	 uma	 palavra	 diucil	 de	 usar.	 Não	 é	
qualquer	um	que	usa	“outrossim”.	
VERÍSSIMO,	L.	V.	Comédias	da	vida	privada.	Porto	Alegre,	L&PM,	1996.	Fragmento.
QUESTÃO 10
primeira aplicação do ENEM-2016
No	texto,	á	uma	discussão	sobre	o	uso	de	algumas	palavras	da	língua	portuguesa.	
Esse	uso	promove	o(a)	
a)	marcação	temporal,	evidenciada	pela	presença	de	palavras	indicaCvas	dos	dias	
da	semana.	
b)	 tom	 humorísCco,	 ocasionado	 pela	 ocorrência	 de	 palavras	 empregadas	 em	
contextos	formais.	
c)	 caracterização	 da	 idenCdade	 linguísCca	 dos	 interlocutores,	 percebida	 pela	
recorrência	de	palavras	regionais.	
d)	distanciamento	entre	os	interlocutores,	provocado	pelo	emprego	de	palavras	
com	significados	pouco	conhecidos.	
e)	inadequação	vocabular,	demonstrada	pela	seleção	de	palavras	desconhecidas	
por	parte	de	um	dos	interlocutores	do	diálogo.
SOLUÇÃO COMENTADA
primeira aplicação do ENEM-2016
No	texto	em	análise,	há	um	debate	de	cunho	metalinguísCco	acerca	da	perCnência	
do	 uso	 de	 um	 vocabulário	 mais	 rebuscado.	 A	 discussão	 promovida	 pelos	
enunciadores,	 que	 se	 põem	 a	 debater	 o	 emprego	 de	 algumas	 palavras,	 acaba	
tendo	um	efeito	humorísCco.	Sendo	assim,	deve-se	assinalar	a	alternaCva	“b”.	
conteúdos abordados na questão
quarta	geração	do	modernismo;	efeitos	irônicos
Espetáculo	Romeu	e	Julieta.	GUTO	MUNIZ.	Disponível	em:	www.focoincena.com.br.	Acesso	em:	30	mai.	2016.
QUESTÃO 11
primeira aplicação do ENEM-2016
A	principal	razão	pela	qual	se	infere	que	o	espetáculo	retratado	na	fotografia	é	
uma	manifestação	do	teatro	de	rua	é	o	fato	de	
a)	dispensar	o	ediucio	teatral	para	a	sua	realização.	
b)	uClizar	figurinos	com	adereços	cômicos.	
c)	empregar	elementos	circenses	na	atuação.	
d)	excluir	o	uso	de	cenário	na	ambientação.	
e)	negar	o	uso	de	iluminação	arCficial.
SOLUÇÃO COMENTADA
primeira aplicação do ENEM-2016
O	que	caracteriza	a	representação	teatral	da	referida	peça	como	teatro	de	rua	é	o	
fato	de	ela	não	ter	sido	levada	ao	público	em	um	ediucio.	Marque-se,	portanto,	a	
letra	“a”.	
conteúdos abordados na questão
gêneros	literários	[o	gênero	dramáCco]
DONA	COTINHA	—	É	claro!	Só	gosta	de	solidão	quem	nasceu	pra	ser	solitário.	Só	o	
solitário	gosta	de	solidão.	Quem	vive	só	e	não	gosta	da	solidão	não	é	um	solitário,	
é	só	um	desacompanhado.	(A	reflexão	escorrega	lá	pro	fundo	da	alma.)	Solidão	é	
vocação,	besta	de	quem	pensa	que	é	sina.	Por	isso,	tem	de	ser	valorizada.	E	não	é	
qualquer	 um	 que	 pode	 ser	 solitário,	 não.	 Ah,	 mas	 não	 é	 mesmo!	 É	 preciso	 ter	
competência	pra	isso.	(De	súbito,	pedagógica,	volta-se	para	o	homem.)	É	como	
poesia,	sabe,	moço?	Tem	de	ser	recitada	em	voz	alta,	que	é	pra	gente	senCr	o	
gosto	(Faz	uma	pausa.)	Você	gosta	de	poesia?	(O	homem	torna	a	se	debater.	A	
velha	interrompe	o	discurso	e	volta	a	lhe	dar	as	costas,	como	sempre,	impassível.	
O	homem,	mais	uma	vez,	cansado,	desiste.)	Bem,	como	eu	ia	dizendo,	pra	viver	
bem	com	a	solidão	temos	de	ser	proprietários	dela	e	não	inquilinos,	me	entende?	
Quem	é	inquilino	da	solidão	não	passa	de	um	abandonado.	É	isso	aí.	
ZORZETTI,	H.	Lições	de	mo<m.	Goiânia:	Kelps,	2010.	Adaptado.
QUESTÃO 12
primeira aplicação do ENEM-2016
Nesse	trecho,	o	que	caracteriza	Lições	de	mo<m	como	texto	teatral?	
a)	o	tom	melancólico	da	cena.	
b)	as	perguntas	retóricas	da	personagem.	
c)	a	interferência	do	narrador	no	desfecho	da	cena.	
d)	o	uso	de	rubricas	para	construir	a	ação	dramáCca.	
e)	as	analogias	sobre	a	solidão	feitas	pela	personagem.
SOLUÇÃO COMENTADA
primeira aplicação do ENEM-2016
Dois	são	os	principais	elementos	que	permitem	classificar	o	texto	de	Hugo	Zorze‡	
como	 teatral,	 a	 saber:	 a	 ausência	 de	 narrador	 e	 a	 presença	 de	 rubricas	 [as	
indicações	que	aparecem	entre	parênteses	e	funcionam	como	indicações	de	como	
a	personagem	deve	se	comportar].	Assinale-se,	portanto,	a	alternaCva	“d”.	
conteúdos abordados na questão
gêneros	literários	[o	gênero	dramáCco]
PRIMEIRA	LIÇÃO	
Os	gêneros	de	poesia	são	lírico,	sa]rico,	didáCco,	épico,	ligeiro.	
O	gênero	lírico	compreende	o	lirismo.	
Lirismo	é	a	tradução	de	um	senCmento	subjeCvo,	sincero	e	pessoal.	
O	lirismo	é	assim	denominado	porque	em	outros	tempos	os	versos	senCmentais	
eram	declamados	ao	som	da	lira.	
O	lirismo	pode	ser:	
a)	Elegíaco,	quando	trata	de	assuntos	tristes,	quase	sempre	a	morte.	
b)	Bucólico,	quando	versa	sobre	assuntos	campestres.	
c)	EróCco,	quando	versa	sobre	o	amor.	
O	lirismo	elegíaco	compreende	a	elegia,	a	nênia,	a	endecha,	o	epitáfio	e	o	
epicédio.	
Elegia	é	uma	poesia	que	trata	de	assuntos	tristes.	
Nênia	é	uma	poesia	em	homenagem	a	uma	pessoa	morta.	
Era	declamada	junto	à	fogueira	onde	o	cadáver	era	incinerado.	
Endecha	é	uma	poesia	que	revela	as	dores	do	coração.	
Epitáfio	é	um	pequeno	verso	gravado	em	pedras	tumulares.	
Epicédio	é	uma	poesia	onde	o	poeta	relata	a	vida	de	uma	pessoa	morta.	
CÉSAR,	A.	C.	Poé<ca.	São	Paulo:	Companhia	das	Letras,	2013.
QUESTÃO 13
primeira aplicação do ENEM-2016
No	poema	de	Ana	CrisCna	César,	a	relação	entre	as	definições	apresentadas	e	o	
processo	de	construção	do	texto	indica	que	o(a)	
a)	caráter	descriCvo	dos	versos	assinala	uma	concepção	irônica	de	lirismo.	
b)	tom	explicaCvo	e	conCdo	consCtui	uma	forma	peculiar	de	expressão	poéCca.	
c)	seleção	e	recorte	do	tema	revelam	uma	visão	pessimista	da	criação	ar]sCca.	
d)	 enumeração	 de	 disCntas	 manifestações	 líricas	 produz	 um	 efeito	 de	
impessoalidade.	
e)	 referência	 a	 gêneros	 poéCcos	 clássicos	 expressa	 a	 adesão	 do	 eu	 lírico	 às	
tradições	literárias.
SOLUÇÃO COMENTADA
primeira aplicação do ENEM-2016
O	 poema	 de	 Ana	 CrisCna	 César,	 essencialmente	 metalinguísCco,	 arCcula-se	 a	
parCr	 de	 uma	 enumeração	 de	 espécies	 do	 gênero	 lírico.	 Devido	 ao	 fato	 de	 o	
sujeito	poéCco	construir	seu	texto	como	uma	lição,	é	possível	afirmar	que	se	trata	
de	um	texto	de	natureza	explicaCva.	Marque-se,	portanto,	a	letra	“b”.	
conteúdos abordados na questão
quarta	geração	do	modernismo	[poesia	marginal]
VOCÊ	PODE	NÃO	ACREDITAR	
Você	pode	não	acreditar:	mas	houve	um	tempo	em	que	os	leiteiros	deixavam	as	
garrafinhas	de	leite	do	lado	de	fora	das	casas,	seja	ao	pé	da	porta,	seja	na	janela.	
A	gente	ia	de	uniforme	azul	e	branco	para	o	grupo	de	manhãzinha,	passava	pelas	
casas	e	não	ocorria	que	alguém	pudesse	roubar	aquilo.	
Você	pode	não	acreditar:	mas	houve	um	tempo	em	que	os	padeiros	deixavam	o	
pão	na	soleira	da	porta	ou	na	janela	que	dava	para	a	rua.	A	gente	passava	e	via	
aquilo	como	uma	coisa	normal.	
Você	pode	não	acreditar:	mas	houve	um	tempo	em	que	você	saía	à	noite	e	voltava	
andando	pelas	ruas	da	cidade,	caminhando	displicentemente,	senCndo	cheiro	de	
jasmim	e	de	alecrim,	sem	olhar	para	trás,	sem	temer	as	sombras.
Você	 pode	 não	 acreditar:	 mas	 houve	 um	 tempo	 em	 que	 o	 namorado	 primeiro	
ficava	 andando	 com	 a	 moça	 numa	 rua	 perto	 da	 casa	 dela,	 depois	 passava	 a	
namorar	no	portão,	depois	Cnha	ingresso	na	sala	da	família.	Era	sinal	de	que	já	
estava	praCcamente	noivo	e	seguro.	
Houve	um	tempo	em	que	havia	tempo.	
Houve	um	tempo.	
Você	 pode	 não	 acreditar:	 houve	 um	 tempo	 em	 que	 as	 pessoas	 se	 visitavam	
airosamente.	Chegavam	no	meio	da	tarde	ou	à	noite,	contavam	casos,	tomavam	
café,	falavam	da	saúde,	tricotavam	sobre	a	vida	alheia	e	voltavam	de	bonde	às	
suas	casas.	
SANT’ANNA,	A.	R.	Estado	de	Minas.	5	mai.	2013.	Fragmento.
QUESTÃO 14
primeira aplicação do ENEM-2016
Nessa	crônica,	a	repeCção	do	trecho	“Você	pode	não	acreditar:	mas	houve	um	
tempo	em	que…”	configura-se	como	uma	estratégia	argumentaCva	que	visa	a	
a)	surpreender	o	leitor	com	a	descrição	do	que	as	pessoas	faziam	durante	o	seu	
tempo	livre	anCgamente.	
b)	sensibilizar	o	leitor	sobre	o	modo	como	as	pessoas	se	relacionavam	entre	si	
num	tempo	mais	aprazível.	
c)	 adverCr	 o	 leitor	 mais	 jovem	 sobre	 o	 mau	 uso	 que	 se	 faz	 do	 tempo	 nos	 dias	
atuais.	
d)	incenCvar	o	leitor	a	organizar	melhor	o	seu	tempo	sem	deixar	de	ser	nostálgico.	
e)	convencer	o	leitor	sobre	a	veracidade	de	fatos	relaCvos	à	vida	no	passado.
SOLUÇÃO COMENTADA
primeira aplicação do ENEM-2016
A	 anáfora	 destacada	 no	 comando	 da	 questão	 visa	 a	 reforçar	 para	 o	 leitor	 a	
diferença	entre	o	tempo	do	enunciado	e	o	da	enunciação,	entre	o	tempo	referido	
pelo	locutor	e	o	presente	no	qual	a	crônica	foi	construída.	Funciona,	pois,	como	
uma	reiteração,	um	reforço,	cujo	objeCvo	é	atestar	que	outrora	as	relações	eram	
agradáveis,	idílicas.	Deve-se,	portanto,	assinalar	a	alternaCva	“b”.	
conteúdos abordados na questão
quarta	geração	do	modernismo;	figuras	de	linguagem
Ler	não	é	decifrar,	como	num	jogo	de	adivinhações,	o	senCdo	de	um	texto.	É,	a	
parCr	do	texto,	ser	capaz	de	atribuir-lhe	significado,	conseguir	relacioná-lo	a	todos	
os	outros	textos	significaCvos	para	cada	um,	reconhecer	nele	o	Cpo	de	leitura	que	
o	seu	autor	pretendia	e,	dono	da	própria	vontade,	entregar-se	a	essa	leitura,	ou	
rebelar-se	contra	ela,	propondo	uma	outra	não	prevista.	
LAJOLO,	M.	Do	mundo	da	leitura	para	a	leitura	do	mundo.	São	Paulo:	ÁCca,	1993.
QUESTÃO 15
primeira aplicação do ENEM-2016
Nesse	 texto,	 a	 autora	 apresenta	 reflexões	 sobre	 o	 processo	 de	 produção	 de	
senCdos,	 valendo-se	 da	 metalinguagem.	 Essa	 função	 da	 linguagem	 torna-se	
evidente	pelo	fato	de	o	texto	
a)	ressaltar	a	importância	da	intertextualidade.	
b)	propor	leituras	diferentes	das	previsíveis.	
c)	apresentar	o	ponto	de	vista	da	autora.	
d)	discorrer	sobre	o	ato	de	leitura.	
e)	focar	a	parCcipação	do	leitor.
SOLUÇÃO COMENTADA
primeira aplicação do ENEM-2016
A	presença	da	metalinguagem	manifesta-se	pelo	fato	de	o	texto	falar	sobre	um	de	
seus	 componentes	 —	 o	 processo	 de	 decifração/leitura.	 Posto	 isso,	 deve-se	
assinalar	a	alternaCva	“d”.	
conteúdos abordados na questão
funções	da	linguagem
VISÃO GERAL DAS QUESTÕES DE LITERATURA
primeira aplicação do ENEM-2016
Esta	primeira	edição	do	ENEM-2016	foi	marcada	por	inúmeros	ilícitos	contra	os	
quais	 (até	 agora)	 o	 Ministério	 da	 Educação	 não	 tomou	 nenhuma	 providência:	
candidatos	 estavam	 com	 o	 gabarito	 da	 prova	 antes	 mesmo	 de	 começarem	 as	
aplicações	 [fonte:	 G1/2016];	 em	 dois	 estados,	 antes	 de	 as	 provas	 do	 domingo	
começarem,	 alguns	 candidatos	 já	 conheciam	 o	 tema	 da	 redação	 [Fonte:	 UOL/
2016];	um	ano	antes	desta	aplicação,	o	MEC	desmenCu	o	vazamento	do	tema	de	
redação	que	apareceu	nesta	aplicação	[Fonte:	G1/2016].	
Como	se	esses	ilícitos	não	bastassem,	houve	problema	também	na	elaboração	do	exame.	
Infelizmente,	as	questões	sobre	os	textos	de	Jorge	Wanderley	[08:	“a”	ou	“b”],	Helena	
Seixas	[09:	“c”	ou	“e”],	Ana	CrisCna	César	[13:	“b”	ou	“d”]	e	Afonso	Romano	Sant’Anna	
[14:	“b”	ou	“e”]	apresentam	distratores	ambíguos	e	admitem	duas	respostas.	
Nesta	aplicação,	desapareceram	os	textos	de	caráter	críCco	—	que	se	prestam	a	
denunciar	 os	 problemas	 sociais	 —	 e	 os	 que	 anunciam	 as	 utopias	 que	 sempre	
moveram	 os	 homens.	 O	 naturalismo,	 a	 ironia	 machadiana,	 os	 movimentos	
contestatórios	(pau-brasil,	antropofagia,	tropicalismo)	desapareceram	da	prova	de	
literatura.	 Não	 que	 eu	 conteste	 os	 autores	 presentes	 no	 exame,	 mas	 a	
desideologização,	como	já	diria	Walter	Benjamim,	está,	de	certa	forma,	a	serviço	
de	uma	ideologia.	Tristes	tempos	nos	trópicos.
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