A influência da Liderança nos Resultados Extraordinários.pptx
Melhorias na produção de cana com mudas sadias
1. 1REVISTA CANAMIX | JULHO | 2014
Ribeirão Preto SP
Julho - 2014
Ano 7 - Nº 73
R$ 10,00
Evento da CanaMix irá discutir integração do marketing com setor de TI
Para melhorar produção, setor sucroenergético
aposta em pesquisas que resultem em
novas tecnologias para plantio e manejo
CADERNO TERRA & CIA: “Favela” promove inclusão de agricultores em quatro estados
MUDAS
SADIAS
Energias:
Eletricidade da cana pode compensar
falta de água nos reservatórios
Novos negócios:
Fenasucro lança programa para
receber principais compradores
Intensidade e foco:
95 mil pessoas movimentam
R$ 700 milhões na Agrobrasília
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3. 3REVISTA CANAMIX | JULHO | 2014
D
urante séculos, o setor sucroenergético brasileiro sustentou e conviveu com práticas ar-
caicas, como um trabalho extremamente desgastante nas lavouras e as temidas queima-
das. Temidas porque, em épocas de tempo seco, como a que estamos vivendo agora,
contribuíam para a ocorrência de problemas respiratórios.
A partir das décadas de 70 e 80, passou a ser visto, também, com mais desconfiança,
por causa da polêmica envolvendo a oferta de etanol aos consumidores, que apostaram no pro-
duto, trocando seus carros a gasolina por veículos a álcool, e acabaram ficando na mão. Não
bastasse isso, os especialistas em economia sempre alertaram para o risco de uma região ba-
sear suas atividades agrícolas na monocultura. Uma mexida no cenário financeiro mundial po-
deria abalar toda uma estrutura construída.
Pois bem. O setor chegou a um momento em que enfrenta uma das piores crises de sua
história, maior do que as críticas por todas essas questões citadas. E “crise” pode ser toma-
da, para inúmeros estudiosos, como sinônimo de “oportunidade”, “transformação”. É nas ins-
tabilidades que se concebem saídas, já que se torna urgente encontrar alternativas para enfren-
tar as adversidades.
Tanto que é possível perceber que os empresários, pesquisadores e outros agentes en-
volvidos com a produção de cana-de-açúcar e seus subprodutos nunca se mobilizaram tanto
para reposicionar seus negócios. A necessidade de reduzir custos, por exemplo, e aumentar a
produtividade são potenciais medidas a serem tomadas para que o setor não dependa tanto das
decisões administrativas governamentais. Congressos, encontros e demais iniciativas para reu-
nir os representantes do ramo canavieiro têm sido mais agitados, intensos, fervorosos.
Nessa linha de reflexão, esta edição da CanaMix traz um belo exemplo do que pode signi-
ficar a tal “oportunidade” ou “transformação”. Tida como divisor de águas no setor, a criação de
novos métodos que permitam a utilização de mudas sadias, livres de pragas e doenças, é tema
de estudos em universidades e instituições de pesquisa, para que se garanta uma matéria-pri-
ma de excelente qualidade.
O tema da reportagem especial, da capa deste exemplar que você tem em mãos, desper-
ta, ainda, para a exigência de um trabalho coletivo, colaborativo e contínuo, do setor com a es-
fera pública e com a sociedade civil, para que se elaborem não só soluções para os problemas,
mas para que seja viável a construção de uma nova história, com uma imagem de total credibi-
lidade e sem qualquer desconfiança.
O investimento em pesquisa, em avanço do conhecimento,
parece ser uma luz que a sucroenergia demanda para atravessar a
turbulência. Se os benefícios não ficarem restritos, se forem estendi-
dos a toda sociedade brasileira, não só o setor sairá ganhando, mas
uma nação sedenta de novos tempos. Olhando por esse lado, ire-
mos agradecer pelo fato de a crise ter provocado a nossa evolução.
Expediente
Diretor: Plínio César
Gerente de Comunicação: Luciana Zunfrilli
Gerente Administrativo: Paulo Cézar
Redação
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Reportagem: Marcela Servano
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caderno Marketing Canavieiro refletem ponto de vista
dos autores e não expressam a opinião da revista.
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Carta ao leitor
Igor Savenhago, editor
igor@canamix.com.br
Construirumanovahistória
AndréBoarini
Mudas sadias, com garantia de pureza genética, vigor, rastreabilidade e controle
de qualidade, estão sendo desenvolvidas para auxiliar no aumento de produtividade
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8. Sumário
10
11
18
20
28
32
40
42
46
48
50
ArquivoCanaMix
Espaço Datagro
- Clima favorável nos EUA
propicia produção recorde de milho
Energias Renováveis
- Contra a falta d’água
Espaço TI
- Vitrine para outros setores
Capa
- Melhorias na produção
Marketing & Tecnologia
- Profissional da gestão
Eventos
- Fenasucro: Espaço para compradores
- Herbishow: Controle
das plantas daninhas
- Agrobrasília: R$ 700
milhões em negócios
- Congresso Andav:
Sustentabilidade em debate
Portal CanaMix
- Canaoeste e Orplana organizam
encontro de produtores na Fenasucro
- Usina Raízen, em Caarapó, MS, está
há quase dois anos sem acidentes
- Moagem na Usina São José da Estiva
supera recorde registrado em 2013
- Vianorte organiza 1º Encontro sobre
Impactos Ambientais e de Segurança
- Novo Código Florestal será detalhado
em circuito em Não-Me-Toque, RS
Marketing Canavieiro
- Valtra apresenta soluções
em tecnologia na Feacoop,
em Bebedouro, SP
- John Deere é a marca agrícola mais
desejada pelos concessionários
- FMC anuncia novo diretor de
vendas para cana-de-açúcar e H&F
- Alltech Crop Science homenageia o
trabalho dos agricultores brasileiros
- Case IH é homenageada como uma
das marcas mais desejadas do país
Agricultura familiar
- ‘Favela’ promove inclusão
Pesquisa
- Mapa genético do Marota
Artigo
- O agro exportou quase
US$ 10 bi em julho
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10. REVISTA CANAMIX | JULHO | 201410
Clima favorável nos EUA propicia
produção recorde de milho
*Plínio Nastari
A
estimativa de safra de milho
2014/15 nos EUA, divulgada pelo
Departamento de Agricultura dos
EUA (USDA), aponta para uma produção
recorde nesta temporada, fruto das boas
condições climáticas durante o ciclo de
plantio. A produção deve alcançar 353,95
milhões de toneladas no ano comercial
2014/2015, um pouco acima do ano ante-
rior, quando foram produzidas 353,71 mi-
lhões de toneladas.
O recorde na produção se deve ao
aumento da produtividade no campo, o que
ofuscará a queda do plantio. Ao passo que
a área colhida caíra 3,9%, para 34,12 mi-
lhões de hectares, o rendimento agríco-
la crescerá 4,1%, para 10,38 toneladas
por hectare. As projeções de estoques fi-
nais domésticos na atual temporada e em
2014/15 foram mantidas, respectivamen-
te, em 29,11 e 43,84 milhões de milhões
de toneladas.
O volume de milho demandado pela
indústria de etanol em 2014/15 será o mes-
mo que o do ciclo anterior, de 128,28 mi-
lhões de toneladas, ou 36,2% da produção
padrão normal de chuvas no Centro-Oes-
te dos EUA nos próximos meses, o que
deve descartar a possibilidade de calor in-
tenso nos meses que antecedem a colhei-
ta. Além disso, a expectativa é que a umi-
dade irá contribuir para o desenvolvimento
das lavouras. Segundo dados do boletim de
acompanhamento de safras do USDA, cer-
ca de 76% das lavouras de milho estão em
boas ou excelentes condições, 20% apre-
sentam condições regulares e 4% estão em
condições ruins ou muito ruins.
O preço médio do milho CBOT no
mês de junho atingiu uma média de US$
4,478 por bushel, queda de 32,39% em
relação ao mesmo período do ano passa-
do, quando o milho foi cotado, em média, a
US$ 6,623 por bushel. As condições favo-
ráveis nas lavouras norte-americanas têm
sido o principal fator de pressão sobre os
preços de milho na bolsa de Chicago. A
tendência é que o clima favorável limite as
altas. Porém, oscilações positivas não são
descartadas, em virtude de eventuais irre-
gularidades climáticas e maior aquecimen-
to nas exportações.
*Presidente da Datagro
total, muito embora a última estimativa para
2013/14 tenha sido revisada para cima de-
vido à recuperação do ritmo de produção
de etanol no país entre setembro de 2013
e abril de 2014.
Em relação aos estoques mundiais
de milho para o ano comercial 2014/15,
a projeção subiu de 181,7 milhões para
182,62 milhões de toneladas.
Em abril, as chuvas atingiram um vo-
lume médio de 103,38 milímetros em todo
o cinturão do milho, 35,8% acima da nor-
mal histórica para o mês. As chuvas de
abril chegaram a atrasar o plantio. De acor-
do com dados do departamento norte-
-americano, o plantio com o milho havia
alcançado apenas 6% do planejado para a
temporada no mês de abril, enquanto que,
na média dos últimos 5 anos, o percentual
de área semeada com o grão era é de 28%
para o período em questão. Já em maio
choveu 79.75 milímetros, 17,31% abaixo
da média histórica. Apesar dos contratem-
pos quanto ao ritmo do plantio, a combina-
ção de chuvas foi considerada pelos espe-
cialistas como ideal para uma safra recorde
por favorecer o rendimento agrícola.
As previsões climáticas apontam um
Para Plínio Nastari, o recorde na produção
se deve ao aumento da produtividade no
campo, o que ofuscará a queda do plantio
Divulgação/Datagro
Projeções para os estoques mundiais de milho para o ano comercial 2014/15
subiram de 181,7 milhões para 182,62 milhões de toneladas
ArquivoCanaMix
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12. REVISTA CANAMIX | JULHO | 201412
Energias Renováveis
A cana-de-açúcar é uma biomassa
que pode ser transformada quase que
totalmente em energia elétrica aproveitável
através de processos industriais
Divulgação/Barralcool
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13. 13REVISTA CANAMIX | JULHO | 2014
Com informações da assessoria
de imprensa B2L Investimentos
A
crise de abastecimento no país
vem se agravando e a demanda
por água aumentou muito nos últi-
mos anos. Com isso, o risco iminente de
racionamento vem assustando os brasi-
leiros. Levantamento da Agência Nacio-
nal de Águas (ANA) revela que seis das
principais bacias hidrográficas do país
sofrem com escassez de chuva, afetan-
do cerca de 40 milhões de brasileiros –
20% da população do país –, de nove es-
tados, mais o Distrito Federal.
Diante desse cenário e da crise no
setor sucroalcooleiro – com a queda no
consumo do etanol –, surge como opor-
tunidade a produção de energia elétrica
oriunda do bagaço da cana-de-açúcar,
utilizado como biomassa.
“O Brasil está em um momento de
necessidade de diversificar sua matriz
energética, hoje concentrada nas hidrelé-
tricas, que respondem por 76% de nossa
geração. Dados comparativos mostram
que, de 2012 para 2013, houve um cres-
cimento de 35% da energia gerada pelas
usinas à biomassa, que utilizam bagaço
de cana, cavaco de madeira e biogás. As
usinas de álcool que comercializam ener-
gia elétrica estão auferindo uma recei-
ta adicional significativa neste momento
em que os valores do Preço de Liquida-
ção das Diferenças (PLD) estão em alta”,
destaca Danielle Limiro, sócia da B2L In-
vestimentos S.A, advogada especialista
em bioenergias.
A cana-de-açúcar é uma biomassa
que pode ser transformada quase que to-
talmente em energia elétrica aproveitável
através de processos industriais. Entre
abril e novembro – exatamente o perío-
do sem chuvas – é quando geralmente as
usinas estão moendo a cana para produ-
zir açúcar e etanol e, consequentemen-
te, podendo gerar energia elétrica através
da cana para produzir energia, juntas po-
deriam gerar 15.300 megawatts (MW), o
equivalente a mais do que gera a Usina de
Itaipu. Porém, a realidade é que, atualmen-
te, esse tipo de energia equivale a apenas
5% do total que é consumido no país.
O gerente em bioeletricidade da
União da Indústria de Cana-de-Açúcar
Contra a falta d’água
Eletricidade produzida a partir do bagaço da cana-de-açúcar pode compensar
baixas nos reservatórios e também é alternativa à crise do setor sucroenergético
da queima do bagaço. Este recurso po-
deria ser mais bem aproveitado, poupan-
do água das represas, no período crítico
de estiagem, evitando o risco de raciona-
mento de energia.
O Brasil tem condições de produ-
zir um volume considerável de eletricida-
de por meio da biomassa. Se hoje todas
as quase 350 usinas utilizassem o bagaço
(Unica), Zilmar de Souza, revela que só
em São Paulo a representatividade da
bioeletricidade ofertada à rede elétrica
pelas usinas paulistas poderia chegar a
quase 50%, se houvesse uma política de
incentivo para investimentos nessa fon-
te. “Se isto ocorresse, nossa oferta para
a rede seria quatro vezes superior à rea-
lizada na safra passada e tudo isso com
Divulgação/Barralcool
TadeuFessel/DivulgaçãoUnica
Diante da crise do setor sucroenergético, produção de energia
elétrica a partir do bagaço da cana surge como oportunidade
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14. REVISTA CANAMIX | JULHO | 201414
uma biomassa já existente nos canaviais,
apenas promovendo o retrofit (reforma)
das usinas e o aproveitamento parcial da
palha na geração”, explica.
Um ponto importante também a ser
considerado é o papel da bioeletricida-
de na produção de etanol, como lembra
a especialista da B2L Investimentos S.A.
“A produção do álcool combustível está
em situação temerária. A dívida do setor
já ultrapassou R$ 60 bilhões e houve de-
missão em massa de 60 mil empregados
devido ao fechamento de pelo menos 60
usinas. O congelamento do preço da ga-
solina não torna atraente para o consu-
midor a compra do álcool combustível”.
Nesta linha, energia elétrica e eta-
nol são produtos sinérgicos e uma polí-
tica para estimular a produção de eletri-
cidade através da cana-de-açúcar pode
alavancar a expansão do combustível no
país.
Entretanto, segundo Danielle, ain-
da falta a união do setor no sentido de se
ganhar maior competitividade e buscar
novas soluções para um futuro a curto
e médio prazos. Há necessidade urgen-
te de uma política setorial bem estrutura-
da para que o Brasil atinja o pleno poten-
cial dessa fonte renovável e sustentável.
“O Governo Federal deve voltar
sua atenção para o setor, como aconte-
cia há oito, dez anos atrás. É necessá-
ria a criação de um programa contendo
uma diretriz de longo prazo para a ma-
triz de combustíveis, com metas em rela-
ção à demanda e oferta das diversas fon-
tes de energia”, afirma a consultora, que
sugere, ainda, como soluções viáveis, a
criação de uma diferenciação tributária
entre os combustíveis renovável e fós-
sil, seja através do restabelecimento da
Contribuição de Intervenção no Domínio
Econômico (Cide) ou por meio da insti-
tuição de outro tributo federal de nature-
za ambiental para a gasolina; o estímulo
à busca de maior eficiência dos motores
de veículos flex no uso do etanol hidrata-
do como combustível – aumentando as-
sim a competitividade do biocombustí-
vel em relação à gasolina; a adequação
dos leilões de energia elétrica, viabilizan-
do a bioeletricidade oriunda da biomas-
sa da cana-de-açúcar através da valori-
zação dos atributos ambientais, elétricos
e econômicos.
“Desde a descoberta do pré-sal,
tem prevalecido um desprezo institucio-
nal contra o setor sucroalcooleiro, uma
incoerência populista, enquanto os bio-
combustíveis são cada vez mais levados
a sério em mercados mais livres e desen-
volvidos. O setor é muito promissor e eu
acredito que a união dos produtores é o
melhor caminho, seja para cobrar do po-
der público maior incentivo, seja para fa-
zer uma revolução na gestão agroindus-
trial”, conclui Danielle.
Senar assina acordo com Banco Mundial
O
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) assinou com o Banco
Mundial acordo de repasse de US$ 10,6 milhões do Programa de In-
vestimentos em Florestas (FIP, sigla em inglês) para o Projeto ABC Cer-
rado. O projeto, uma parceria do Senar com o Ministério da Agricultura, Pecu-
ária e Abastecimento (MAPA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa), vai incentivar e difundir a adoção de práticas sustentáveis para a
redução das emissões de gases de efeito estufa e sensibilizar o produtor para
que ele invista na sua propriedade de forma a ter retorno econômico manten-
do o meio ambiente preservado.
A equipe do banco visitou, no final de julho, duas propriedades no inte-
rior de Minas Gerais e a sede da Embrapa Cerrado, no Distrito Federal, para co-
nhecer as tecnologias que vão ser utilizadas pelo ABC Cerrado. (Com informa-
ções da assessoria de imprensa)
Energias Renováveis
Política setorial bem estruturada poderia ajudar o país a atingir o pleno
potencial da cana-de-açúcar para a produção de energia elétrica
TadeuFessel/DivulgaçãoUnica
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18. REVISTA CANAMIX | JULHO | 201418
Vitrine para outros setores
Espaço TI
*Coordenação do GATUA
O
GATUA completa 11 anos de ser-
viços prestados ao setor sucro-
energético brasileiro e é hoje um
dos grupos mais atuantes, com um rele-
vante histórico de ações em prol das usi-
nas de açúcar, considerando o uso da
informática a favor de seus diversos pro-
cessos internos.
Surgiu com a ideia de constituir um
espaço que aproximasse os profissionais
de TI das usinas para a troca de experi-
Congresso Anual do GATUA, que será em novembro, em Ribeirão Preto, SP,
quer mostrar que fórmula do grupo pode servir a outros ramos da economia
tras usinas, de outros grupos.
Essa experiência deu tão certo
que hoje começa a ser observada tam-
bém por outros setores da economia bra-
sileira. Aproximar os profissionais de TI
é tão importante, considerando a rápi-
da evolução da tecnologia e suas poten-
cialidades, que a proposta do GATUA se
apresenta como uma excelente oportuni-
dade também às demais empresas. “Por
que não poderia haver, por exemplo, um
GATIF - Grupo das Áreas de Tecnologia
das Indústrias Frigoríficas – ou um GA-
grupo –, como o Elvis Evangelista da Sil-
va; o Alexandre Plácido; o Rodrigo Soares;
o Gilvan Falcão; o Ogler do Vale; o Vinícius
Oliveira; o Reginaldo Torres; o Petrúcio Bar-
ros; o Josias Correia; o Fernando Wander;
o Eder Fantini; o Rommel Agra, e tantos
outros ‘heróis’ que abraçaram a causa do
grupo e o fizeram crescer tanto, foi deter-
minante para que chegássemos onde esta-
mos. Queremos agora alçar voos mais al-
tos, de resultados mais qualitativos a todas
as usinas associadas e a todo o mercado
brasileiro de TI”, diz Barros.
Com esse cenário, e visando ex-
pandir os serviços prestados pelo GA-
TUA, a 10ª edição do Congresso Anu-
al GATUA 2014 será, pela primeira vez,
aberta também para empresas de outros
setores da economia brasileira, que po-
derão participar como congressistas ou-
ências e o compartilhamento de conheci-
mentos, uma vez que os mesmos viviam
no mesmo isolamento que as usinas ex-
perimentam, até por questões geográfi-
cas – a usina fica em zona rural, distan-
te de outras iguais. Sem contar também
os aspectos culturais do setor, em que,
para muitas usinas, um funcionário seu
era praticamente proibido manter conta-
tos e relações com funcionários de ou-
TIC – Grupo das Áreas de Tecnologia
das Indústrias Calçadistas, nos mesmos
moldes do GATUA?” questiona Carlos
Barros, coordenador nacional do GATUA.
É claro que nada se faz sozinho. “A
sorte que tivemos no GATUA, de poder
contar com valiosas atuações de grandes
profissionais – cito alguns, na certeza de
esquecer pessoas que também trabalha-
ram arduamente para o fortalecimento do
Carlos Barros, o Bill: “Temos que entender
que a relação entre usina e fornecedor não
pode ser vista como um campo de guerra”
Edição do Congresso Anual do GATUA em 2013: grupo tem
11 anos de serviços prestados ao setor sucroenergético
Fotos:DivulgaçãoGATUA
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19. 19REVISTA CANAMIX | JULHO | 2014
vintes. “O foco será sempre apresentar o
que existe de mais moderno e as tendên-
cias de TI voltadas ao setor sucroenergé-
tico. Disso, não abrimos mão. Mas que-
remos mostrar que o GATUA pode ser
uma fórmula a ser copiada pelos demais
setores da economia, enquanto agente
que reúne os profissionais de TI para a
ajuda mútua frente a uma área de tão rá-
pida evolução”, enfatiza Bill, como é co-
nhecido Carlos Barros.
Outro grande aspecto que se mos-
tra cada vez mais fortalecido no trabalho
do GATUA é o de agente moderador entre
as diversas demandas constantemente
geradas pelas usinas e as inúmeras ofer-
tas existentes no mercado de TI. O GA-
TUA se apresenta como um intermediá-
rio que busca defender os interesses das
usinas, ajudando-as, inclusive, a enten-
derem as suas necessidades para pode-
rem apresentá-las claramente, e também
acompanhar o desempenho dos fornece-
dores, dando a estes um universo de me-
lhorias possíveis em seus produtos e ser-
viços, sempre baseado no feedback de
seus próprios clientes.
“Temos que entender que a relação
entre usina e fornecedor não pode ser
vista como um campo de guerra, onde
dois lados opostos se confrontam. De-
vem ser parceiros que se ajudam, frente
a uma necessidade da usina que deve ser
bem atendida por uma solução do forne-
cedor. A usina, sozinha, sempre se viu
em posto de inferioridade, frente a gigan-
tes do mercado de TI, mas, unidas em
grupo, ganham uma força enorme, hoje
já respeitada por esses mesmos fornece-
dores”, enfatiza Bill.
O papel do GATUA vem evoluindo
neste sentido, buscando na intermedia-
ção entre a demanda e a oferta todos os
benefícios possíveis a ambos. Fornece-
dores fortes deve ser fruto de clientes sa-
tisfeitos – esse é o lema do GATUA.
E o Congresso Anual desse ano
será um excelente local para que seja
evidenciado como essa relação vem me-
lhorando e evoluindo, pois está abrindo
espaço para produtos e serviços que an-
tes não conseguiam penetração no se-
tor sucroenergético, e também oferecen-
do oportunidades para que empresas que
já possuam usinas como clientes, mas
com desconfortos evidenciados, possam
apresentar-se com a postura de corrigir
os pontos causadores desses desconfor-
tos, em um ambiente de melhoria contí-
nua benéfico a todos.
“Teremos este ano um grande e ex-
celente evento, sem nenhuma dúvida. É
um novo tempo que se inicia para o GA-
TUA, que cresce também conceitualmen-
te rumo a um futuro de liderança nesta
prática de unir as pessoas, de construir
pontes e derrubar muros” finaliza Bill.
SERVIÇO:
10º Congresso Anual
GATUA 2014
Centro de Convenções TAIWAN
Ribeirão Preto - SP
Dias: 25, 26 e 27 de
novembro de 2014
Informações e inscrições:
www.congresso.gatua.com.br
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20. REVISTA CANAMIX | JULHO | 201420
Melhorias na
produção
Centros de pesquisas, universidades
e empresas têm se esforçado para
desenvolver e aprimorar novas tecnologias
para plantio e manejo da cana-de-açúcar
Viveiro da Basf para desenvolvimento do
AgMusa, na Estação Experimental Agrícola da
empresa, em Santo Antônio de Posse, SP
Divulgação/Basf
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21. 21REVISTA CANAMIX | JULHO | 2014
Da Redação
U
ma das mais recentes apostas do
setor sucroenergético para me-
lhorar a produtividade e a sanida-
de da produção canavieira é a criação de
novos métodos de plantio e manejo da la-
voura, utilizando mudas livres de pragas
e doenças. Grandes empresas e impor-
tantes centros de pesquisa têm unido for-
ças para isso, que está sendo considera-
do um divisor de águas na área agrícola.
Especialistas do segmento sucroenergé-
tico brasileiro, que luta para sair de uma
crise estabelecida desde 2009, esperam
uma reação que poderá ser sentida a par-
tir de 2015. A mudança no conceito de
gestão agrícola chega em boa hora. Hora
de inovar.
O Instituto Agronômico de Cam-
pinas (IAC), da Secretaria de Agricultu-
ra e Abastecimento do Estado de São
Paulo, é um dos pioneiros nas pesqui-
sas referentes ao sistema de mudas pré-
-brotadas (MPB), que integra o Progra-
ma Cana, com estudos desenvolvidos no
Centro de Cana do IAC, em Ribeirão Pre-
to, SP. A tecnologia é direcionada a au-
mentar eficiência e ganhos econômicos
na implantação de viveiros, replantio de
áreas comerciais e, possivelmente, re-
novação e expansão de áreas plantadas
com cana-de-açúcar.
O sistema de MPB permite a redu-
ção da quantidade de mudas que vai a
campo para o plantio. No sistema con-
vencional, um hectare de cana consome
de 18 a 20 toneladas de mudas. Já no
MPB, este volume cai para duas tonela-
das. “Isso significa que pelo menos 18
toneladas que seriam enterradas como
mudas irão para a indústria produzir eta-
nol e açúcar, gerando ganhos”, observa
Mauro Alexandre Xavier, pesquisador do
IAC.
O novo conceito de multiplicação
da cana-de-açúcar é considerado um
marco para o setor canavieiro, que utiliza
o método convencional de plantio desde
a chegada das primeiras canas ao Bra-
sil, na primeira metade do século XVI, por
volta de 1530. No entanto, não basta ape-
nas multiplicar. É preciso fazer isso com
sanidade. Para Xavier, o MPB restaura os
benefícios fitossanitários da formação de
mudas em viveiros, procedimento quase
esquecido por conta do crescimento do
setor. Dentro deste conceito, as gigantes
Syngenta e Basf desenvolveram novos
produtos e métodos que prometem esta-
belecer uma nova era no plantio e mane-
jo da cana-de-açúcar.
A Syngenta apresentou, no início
do ano, dois novos produtos voltados
para a cana-de-açúcar com a marca Ple-
ne. Trata-se de um aprimoramento de um
conceito que já havia sido lançado pela
empresa. O Plene Evolve (mudas desen-
volvidas para viveiros pré-primários) e
o Plene PB (mudas pré-germinadas) fo-
ram desenvolvidos para auxiliar os pro-
dutores a aumentarem a produtividade e
a qualidade dos plantios, ao proporcio-
nar mudas sadias, garantia de pureza ge-
nética, vigor, rastreabilidade, controle de
qualidade, além do tratamento exclusivo
orientado pela companhia.
Para manter os níveis de produtivi-
dade, grande parte dos produtores de ca-
na-de-açúcar optou por replantar a cana
a cada cinco anos. A maioria dos agri-
cultores ainda utiliza grandes volumes de
cana para plantio. No entanto, o canavial
formado apresenta qualidade insatisfató-
ria. O produto oferecido pela Syngenta é,
segundo a empresa, mais flexível e efi-
ciente, com qualidade superior relevan-
te para ajudar os produtores a construí-
rem viveiros de alto desempenho e suprir
suas áreas comerciais.
O Plene Evolve traz o conceito de
uma nova muda que pode ser mecanica-
mente transplantada e acelera a renova-
ção da variedade por meio de genética
de alta qualidade. Ela pode ser direta-
mente multiplicada pelo agricultor com
o aumento de pureza genética e produ-
tividade. Já a Plene PB é uma muda de
cana pré-germinada, produzida em vivei-
ros pré-primários da Syngenta, decorren-
te do próprio Plene Evolve, e desenvol-
vida para ser uma mudança decisiva na
produtividade e rendimento dos produto-
res, com ou sem viveiros estabelecidos.
De acordo com a Syngenta, o pro-
cesso de plantio com Plene PB é sim-
ples e pode cobrir áreas maiores com a
produção de mudas para serem planta-
O novo conceito de multiplicação é considerado um marco para o setor canavieiro,
que utiliza o método convencional desde a chegada das primeiras canas ao Brasil
Divulgação
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22. REVISTA CANAMIX | JULHO | 201422
das em áreas comerciais. Oferece uma
taxa de multiplicação superior, com au-
mento de produtividade, vigor e qualida-
de. Ele também representa uma solução
para falhas de plantio, que ocasiona pro-
blemas no que diz respeito ao crescimen-
to nos canaviais. Vale lembrar que falhas
de 20% em um canavial significam 6% de
perda em produtividade.
Para o diretor global de cana-de-
-açúcar da Syngenta, Daniel Bachner, a
plataforma Plene criou uma sensibiliza-
ção maior entre os produtores de cana-
-de-açúcar em relação à necessidade de
melhorar sua produtividade por meio do
investimento. “Seguindo nossos proto-
colos integrados, os produtores podem
alcançar um aumento de 10% a 20%
nos rendimentos”, afirma. Segundo ele,
as tecnologias impulsionarão um avanço
em direção ao compromisso da empresa
de aumentar a produtividade da cana em
20% até 2020, sem a utilização de mais
terras, água ou insumos.
Os investimentos em pesqui-
sas para as soluções em cana-de-açú-
car da Syngenta são sustentadas pelo in-
vestimento anual global da empresa, de
US$ 1,4 bilhão em Pesquisa & Desenvol-
vimento (P&D). O foco em cana-de-açú-
car, incluindo o desenvolvimento de um
território comercial dedicado exclusiva-
mente à cultura, possibilitou que a Syn-
genta construísse uma proximidade ini-
gualável com os clientes, que resultou no
crescimento de vendas de proteção da
colheita, acima dos 50% ao ano nos últi-
mos dois anos.
Parceiros – O projeto da Syngenta
conta com a participação de importantes
empresas e centros de pesquisa e tec-
nologia ligados ao agronegócio nacional,
como o CTC (Centro de Tecnologia Ca-
navieira), Ridesa (Rede Interuniversitária
para o Desenvolvimento do Setor Sucro-
energético) e IAC (Instituto Agronômico
de Campinas). A parceria tornou dispo-
níveis os bancos genéticos dessas ins-
tituições para toda a base de clientes da
Syngenta.
De acordo com o diretor global de
marketing da Syngenta, Adriano Vilas
Boas, as parcerias permitem que a em-
presa tenha à disposição o que ele consi-
dera “o melhor e mais completo portfólio
de variedades para o plantio de cana-de-
-açúcar do mercado. Com isso, reforça-
mos nossa oferta de soluções integra-
das com tecnologia para o aumento de
produtividade e qualidade na produção
brasileira de açúcar e etanol”, afirma o
executivo.
Entre as variedades do CTC, que
serão utilizadas exclusivamente no Ple-
ne Evolve, estão a CTC21, que confe-
re maior tolerância às principais doen-
CapaAndréBoariniDivulgação
Para Vilas Boas, a parceria da Syngenta com CTC, Ridesa e IAC permite que a
empresa tenha “o melhor portfólio de variedades para o plantio de cana do mercado”
Plene PB é uma muda de cana pré-germinada, produzida em
viveiros pré-primários da Syngenta, decorrente do Plene Evolve
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24. REVISTA CANAMIX | JULHO | 201424
ças, e a CTC7, apta ao plantio de inverno.
As opções do IAC são a IACSP95-5000,
que garante alta produtividade e adapta-
ção à mecanização, e a IACSP95-5094,
com alto teor de sacarose e floresci-
mento raro. Já a Ridesa disponibiliza a
RB965902, de alto teor de sacarose e
excelente sanidade, e a RB928064, com
alto teor de sacarose em final de safra e
menor florescimento. As variedades do
IAC e da Ridesa estão disponíveis tanto
para Plene Evolve quanto para Plene PB.
De acordo com o diretor comercial
do CTC, Osmar Figueiredo Filho, “a par-
ceria é benéfica por fortalecer ainda mais
a presença do CTC nos canaviais brasi-
leiros, isso porque teremos mais um ca-
nal para não apenas multiplicar nossas
variedades sadias, como também en-
tregá-las aos nossos clientes”. Figueire-
do afirma que as novas ofertas possibi-
litarão atender os clientes que antes não
tinham acesso a tecnologias específicas
para suas necessidades, como aque-
les localizados em ambientes produtivos
mais desafiadores.
Método Intercalar – A Basf tam-
bém apresentou, no final do primeiro se-
mestre, o aprimoramento de seu concei-
to de desenvolvimento de mudas, plantio
e manejo da lavoura de cana, que con-
siste na formação de viveiros sadios com
o sistema de produção denominado Ag-
Musa. A tecnologia objetiva o plantio de
mudas sadias com o uso de varieda-
des nobres, consorciado às culturas de
amendoim ou soja pelo plantio em Meiosi
da cana plantada com mudas sadias com
outras culturas. Neste sistema de plan-
tio, cada etapa tem sua parcela de res-
ponsabilidade pelo sucesso produtivo do
canavial.
Azenha afirma ainda que a forma-
ção de uma lavoura de cana-de-açúcar a
partir de mudas sadias elimina a possibi-
lidade de levar pragas como Sphenopho-
rus para a área do
canavial em for-
mação. O mode-
lo também garan-
te sanidade em
relação a doen-
ças como raquitis-
mo e escaldadura.
“A rotação de cul-
turas reduz a pres-
são de pragas e
“Além disso, a Meiosi possibilita ao pro-
dutor um ganho extra com o cultivo in-
tercalar e benefícios técnicos relaciona-
dos ao uso do solo, já conhecidos por
quem utiliza este método de plantio. Ou-
tra vantagem é a sinergia com os quími-
cos utilizados para o plantio da cultura de
ciclo rápido”.
O ciclo AgMusa ocorre em quatro
fases. A primeira etapa para o desenvol-
vimento de mudas sadias é a obtenção e
multiplicação de variedades em viveiros
controlados, com práticas adequadas de
manejo que garantam sua identidade ge-
nética, rastreabilidade e sanidade. Na se-
gunda fase, a muda passa por um pro-
cesso industrial de multiplicação, através
da extração e brotação de sua gema, e re-
cebe tratamento exclusivo para se adap-
tar às condições reais de plantio.
Capa
(Método Intercalar de Ocupação do Siste-
ma), ocorrendo simultaneamente.
Em princípio, não parece haver no-
vidade na tecnologia apresentada. No en-
tanto, de acordo com o gerente de ne-
gócios AgMusa da Unidade de Proteção
de Cultivos da Basf para o Brasil, Antô-
nio César Azenha, a inovação neste mo-
delo está na ideia de consorciar a cultura
também contribui para a sanidade e sus-
tentabilidade do canavial”.
A formação de viveiros e do cana-
vial em Meiosi, segundo Azenha, pode in-
crementar a rentabilidade do agricultor, já
que o custo por hectare formado é menor
e o sistema proporciona um incremen-
to de produtividade de 20% a 40% do vi-
veiro, dependendo da variedade utilizada.
Divulgação
Antônio César Azenha: “A rotação de culturas reduz a pressão de pragas
e também contribui para a sanidade e sustentabilidade do canavial”
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25. 25REVISTA CANAMIX | JULHO | 2014
Na terceira etapa, as mudas brota-
das seguem das casas de vegetação para
o transplantio sob orientação e acompa-
nhamento da Basf, com um equipamen-
to específico que confere um plantio de
alta qualidade e pegamento. Na última
fase, considerando que o manejo é feito
de forma correta, o produtor passa a con-
tar com mudas para formação de um ca-
navial de alto potencial de produtividade.
O empresário e produtor rural Is-
mael Perina utiliza o novo sistema de
plantio AgMusa desde 2013, em Jabo-
ticabal, SP. Ele acompanha o processo
de desenvolvimento do sistema desde o
início e elogia sua evolução. “Consegui-
mos trazer mudas de qualidade, isentas
de pragas, doenças e de algumas plan-
tas daninhas que vinham sendo propaga-
das quando se utilizava o sistema con-
vencional. Além disso, na Meiosi se tem
uma redução de custo espetacular. Com
a produtividade que ela tem mostrado, se
usa muito pouco material pra fazer a pro-
pagação, e de uma maneira muito mais
rápida. O benefício maior é poder fazer
um planejamento e executar exatamente
igual o que foi planejado, o que não era
possível no outro sistema”.
Ridesa/UFSCar é aliada de peso
O
sistema de mudas pré-brotadas
para a formação de viveiros sa-
dios é uma das grandes novida-
des do setor sucroenergético e tem sido
acompanhada com grande expectati-
va pelos produtores, que enxergam essa
tecnologia como um importante caminho
para o aumento da produtividade dos ca-
naviais. A formação de mudas de introdu-
ções de novas variedades pelo sistema de
gema pré-brotada não ocorre apenas no
Brasil. No México, os Grupos Piasa, En-
genhos Tres Valles e Adolfo López Ma-
teos têm estufas para receber as novas
introduções de variedades e, a partir daí,
comercializar aos seus fornecedores.
De acordo com o coordenador
do Programa de Melhoramento Genéti-
co da Ridesa/UFSCar (Rede Interuniver-
sitária para o Desenvolvimento do Setor
Sucroenergético da Universidade Federal
de São Carlos), Hermann Hoffman, essa
nova tecnologia atende uma importan-
te demanda do setor: plantio de melhor
qualidade. Em diferentes aspectos, como
quantidade de muda gasta, disseminação
de doença, sanidade dos viveiros e vigor
de desenvolvimento da planta, essa me-
todologia traz vantagens. “Ela garante a
produção de mudas sadias e, consequen-
temente, a formação de um canavial com
menos falhas, maior longevidade e mais
produtivo”.
Segundo Hoffman, é nessa área de
plantio em que mais o setor tem de se de-
senvolver. Por isso, a Ridesa/UFSCar está
aberta a firmar contratos de licenciamen-
to com as empresas que visam oferecer
mudas sadias às usinas e produtores de
Ismael Perina: “Na Meiosi se tem uma
redução de custo espetacular. Usa-se muito
pouco material pra fazer a propagação,
e de uma maneira muito mais rápida”
Divulgação
Divulgação
Segundo Hoffman, a Ridesa/UFSCar está aberta a contratos de licenciamento com
as empresas que visam oferecer mudas sadias às usinas e produtores de cana
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26. REVISTA CANAMIX | JULHO | 201426
cana-de-açúcar. “Dessa forma, estamos
colaborando para o desenvolvimento do
setor canavieiro em áreas importantes,
como formação de viveiros, o que foi dei-
xado em segundo plano por muitos pro-
dutores nos últimos anos”.
Por ter essa visão, a instituição fe-
chou parceria com a Basf e a Syngenta.
“É um serviço importante que essas duas
companhias estão prestando aos produ-
tores canavieiros”. A Ridesa/UFSCar de-
verá firmar contrato com outras empre-
sas que também possuem sistemas de
produção de mudas sadias de cana-de-
-açúcar. “Quem quiser multiplicar nosso
material, respeitando a propriedade inte-
lectual e garantindo sanidade, poderá fa-
zê-lo”, complementa Hoffman.
O coordenador assegura, também,
que qualquer produtor vinculado a asso-
ciações conveniadas à Ridesa e que es-
teja interessado em formar um viveiro a
partir de mudas sadias terá acesso às va-
riedades RB, independente do sistema
que utilize. A disponibilidade desse mate-
rial em todos os sistemas de mudas sa-
dias é fundamental porque essas varie-
dades são as mais plantadas pelo setor
sucroenergético no país.
No último censo varietal realizado
pela Ridesa/UFSCar, em 2013, nos esta-
dos de São Paulo (maior produtor nacio-
nal de cana-de-açúcar) e Mato Grosso do
Sul (5º maior produtor nacional), as varie-
dades RB são as preferidas dos produto-
Capa
res de cana. Elas ocupam 65,3% da área
total de plantio nos dois estados, além
de corresponderem a 59,6% da área de
corte e a 60,6% da área de cultivo. Nos
três levantamentos, estão à frente das va-
riedades CTC, SP, IAC e CV. A pesquisa
tem amostra significativa, sendo realiza-
da com 120 usinas de açúcar e etanol de
São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Produzindo em casa – “Os siste-
mas de mudas sadias de cana para a for-
mação de viveiros só trazem vantagens,
pois garantem sanidade, confiabilidade na
identidade do material entregue e facilitam
aos produtores a se atualizarem mais ra-
pidamente quanto as novas variedades
disponíveis”, explica Hoffman. Ele acre-
dita, inclusive, que as usinas e fornece-
dores de cana podem ter bons resultados
produzindo suas próprias mudas, adotan-
do todas as técnicas preconizadas.
“Em matéria de plantio de cana,
acreditamos que essa é a tendência”, diz
Roberto Chapola, pesquisador científi-
co da Ridesa/UFSCar. “Por isso, preten-
demos futuramente entregar os nossos
materiais do Programa de Melhoramen-
to Genético da Ridesa/UFSCar por esse
sistema, como mudas pré-brotadas. As-
sim, evitamos disseminação de pragas,
de doenças, ganha-se em confiabilidade
na identidade do material entregue”.
Segundo ele, é possível que, já
em 2015, a Ridesa/UFSCar possa ofere-
cer seus materiais para as usinas e pro-
dutores através de mudas pré-brotadas.
Pensando nesse projeto, alguns investi-
mentos em infraestrutura têm sido feitos
desde o ano passado, como na monta-
gem de estufas. “Em curto prazo, essa
tecnologia de plantio de mudas sadias vai
tomar corpo, especialmente para a for-
mação de viveiros”, diz Chapola. “Mas,
para o plantio comercial, deve demorar
um pouco mais para essa tecnologia se
estabelecer”.
Divulgação
Divulgação
As mudas pré-brotadas são produzidas a partir
de cortes de canas - minirrebolos -, onde estão
as gemas. Em seguida, passam por uma seleção
visual, são tratadas com fungicida e distribuídas
com identificação em caixas de brotação
com temperatura e umidade controladas
Chapola: “Com as mudas pré-brotadas,
evitamos disseminação de pragas, de
doenças, ganha-se em confiabilidade
na identidade do material entregue”
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28. REVISTA CANAMIX | JULHO | 201428
Marketing & Tecnologia
Profissional da gestão
Oferta de dados sobre mercados fez surgir um novo profissional, o gestor de
tecnologia de marketing, assunto que será discutido em evento da CanaMix
Da Redação
A
lgumas tendências são tão inten-
sas que não transformam apenas
uma indústria, mas todo o traba-
lho daqueles que estão inseridos em sua
dinâmica. A digitalização do marketing e
do consumo é uma dessas tendências e,
com a contínua expansão da disponibili-
dade de dados sobre mercados e consu-
mo, torna o trabalho dos gestores de mar
keting cada vez mais analítico. Opiniões
subjetivas sobre o que os clientes dese-
jam ou quais estratégias de comunicação
irão funcionar estão sendo substituídas
pela análise técnica de massivas quanti-
dades de dados.
Todo este cenário fez surgir a ne-
cessidade de um novo e multidisciplinar
profissional: o gestor de tecnologia de
marketing, que o mercado tem chamado
de Chief Marketing Technology Officer, ou
CMTO.
Em fevereiro deste ano, a mundial-
mente conhecida consultoria de negócios
GARTNER publicou uma previsão de que,
em 2017 os CMOs (Chief Marketing Offi-
cer) irão gastar mais em TI do que os pró-
prios CTOs (Chief Technology Officer).
Na realidade, os orçamentos de marke-
ting para TI já são semelhantes aos or-
çamentos exclusivos de TI para a maioria
das organizações e estão crescendo rapi-
damente. Usualmente, aceita-se o bench-
marking de aproximadamente 3,5% de in-
vestimento em TI e 10% em marketing de
todo o orçamento anual das organizações
e, atualmente, aproximadamente 5,5%
destes orçamentos já são dedicados a
ações de marketing de alta tecnologia.
Muito desse aumento de orçamento
está sendo direcionado a tecnologias que
ajudem os profissionais de marketing na
análise, automação e tomada de decisão.
O Quadro 1 mostra como os profissionais
Evento será no Hotel Taiwan, em Ribeirão Preto, SP, e irá debater a integração do marketing com o setor de Tecnologia da Informação
Divulgação
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29. 29REVISTA CANAMIX | JULHO | 2014
de marketing estão utilizando a tecnologia
em suas organizações:
Todas estas tecnologias requerem
habilidades com números e competências
em estabelecer rotinas lógicas e estrutura-
das, que tradicionalmente não eram exigi-
das dos profissionais de marketing. É dai
que vem a necessidade deste profissional
híbrido entre o marketing e a tecnologia da
Quadro 1 – Aplicação da Tecnologia da Informação no marketing das organizações
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30. REVISTA CANAMIX | JULHO | 201430
informação (CMO/CTO), que está sendo
chamado no mercado de CMTO. E, além
de esperar que esses profissionais domi-
nem toda esta tecnologia, o mercado exi-
ge que estes sejam capazes de tomar de-
cisões sobre a compra de tecnologias. O
Quadro 2 mostra o papel atual, como to-
mador de decisão de compra de tecnolo-
gia, dos profissionais de marketing.
De forma resumida, o Quadro 2 in-
dica que, em média, 30% das tecnologias
e serviços relacionados ao marketing são
comprados diretamente pelos seus ges-
tores e que estes, ao mesmo tempo, in-
fluem em pelo menos 50% das decisões.
Isto mostra que não se espera mais
que os executivos de marketing sejam
apenas tecnologicamente proficientes,
mas que eles sejam capazes de guiar es-
trategicamente a organização e não mais
apenas cuidar da execução operacio-
nal, sendo que o nível de responsabilida-
de exigido na contratação de fornecedo-
res de tecnologia para o marketing já é o
mesmo daquele relacionado às mais tra-
dicionais funções do marketing nas orga-
nizações: gestão de marketing, comuni-
cação e gestão dos fornecedores.
De forma pragmática, espera-se
que o profissional de marketing possa,
neste momento, atuar decisivamente em
dez cenários fundamentais:
1. Gestão das tecnologias
disponíveis;
2. Alinhamento dos canais
transversais de comunicação;
3. Entrega coordenada de mensagens
em canais múltiplos;
4. Entrega mais relevante
de anúncios;
5. Medir a performance de marketing;
6. Transformar os dados das mídias
sociais em estratégias reais;
7. Atender às necessidades
estratégicas da organização;
8. Integrar as ações dos
departamentos de marketing e
Tecnologia da Informação;
9. Habilitar o marketing ágil;
10. Preparar o ambiente interno para
as novas tecnologias que estão
em constante desenvolvimento.
Este é um momento de transição e,
consequentemente, de desafio, em que
a fusão entre o marketing e a tecnologia
da informação irá criar novos processos
de negócios dentro das organizações,
com muito mais abrangência e influên-
cia do que estes departamentos tinham
individualmente.
A Agroccom, entendendo este de-
safio, está modificando o seu modelo de
negócio para atender as demandas espe-
cíficas da indústria sucroenergética e de-
seja convidá-lo para o evento “O domínio
do marketing sobre a Tecnologia da Infor-
mação: uma tendência já consolidada e
que traz novos desafios e oportunidades
profissionais”, com o Prof. Dr. Nelson Ma-
rinelli Filho, um profissional com mais de
20 anos de experiência em inovação den-
tro da indústria nacional e internacional,
que, neste evento, irá contextualizar este
cenário de mudança, quais as alternativas
de ação seguras e como implementá-las.
SERVIÇO
“O domínio do marketing sobre a Tec-
nologia da Informação: uma tendên-
ciajáconsolidadaequetraznovosde-
safios e oportunidades profissionais”
Local: Hotel Taiwan – Ribeirão Pre-
to, SP
Dia: 01/10/2014
Horário: 16h
Encerramento com coquetel
Quadro 2 – O papel dos gestores de marketing na tomada de decisão para alocação de investimentos em Tecnologia da Informação
Marketing & Tecnologia
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32. REVISTA CANAMIX | JULHO | 201432
Premium Club, lançado pela Fenasucro, facilita negócios, oferece serviços
exclusivos e identifica os principais clientes da indústria sucroenergética
Espaço para compradores
Com informações da
assessoria de imprensa
F
omentar a geração de negócios, re-
ceber de forma diferenciada os visi-
tantes que pretendem fechar negó-
cios durante o evento e garantir visitação
qualificada são as principais vantagens
do Premium Club, programa que a Fena-
sucro disponibilizará aos principais com-
pradores do setor sucroenergético em sua
22ª edição, que acontece de 26 a 29 de
agosto em Sertãozinho, SP. Considerada
o maior evento do segmento do mundo,
a feira é realizada pelo Centro Nacional do
Setor Sucroenergético e Biocombustíveis
(CEISE Br) e promovida pela Reed Exhibi-
tions Alcantara Machado.
dores de alto poder de compras e trazer
um público realmente especializado para
a feira. Esperamos mais de 300 compra-
dores só com o programa”, afirma Ga-
briel Godoy, diretor da Fenasucro.
Para facilitar a negociação durante
a visita aos estandes, a credencial possui
uma cor diferenciada – preta – para que
os expositores identifiquem os potenciais
clientes para seu negócio.
A 22ª Fenasucro terá cerca de 550
expositores e espera receber mais de 33
mil visitantes. A feira é o maior even-
to mundial em tecnologia e intercâmbio
comercial para usinas e profissionais do
setor sucroenergético. Trata-se do prin-
cipal encontro que reúne toda cadeira
produtiva da cana-de-açúcar, no Pavi-
O Premium Club é um programa
mundial da Reed Exhibitions, em que as
maiores feiras recebem seus comprado-
res de modo especial. Os benefícios para
quem integrar o programa são: creden-
cial especial e antecipada, entrada exclu-
siva, estacionamento gratuito para um
dia de evento, acesso exclusivo à ceri-
mônia de abertura da Fenasucro, internet
gratuita na área reservada a eles, guarda-
-volumes e área de descanso com servi-
ços de alimentos e bebidas.
Todos os convidados receberão
sua credencial antecipadamente e serão
previamente contatados através de tele-
marketing para confirmação de sua pre-
sença. “O Premium Club é uma forma de
estreitar relacionamentos com compra-
Eventos
ArquivoCanaMix
A 22ª Fenasucro terá cerca de 550 expositores, ofertando as
novidades em máquinas e implementos para grandes compradores
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33. 33REVISTA CANAMIX | JULHO | 2014
lhão de Exposições Zanini.
O evento tem como objetivo apre-
sentar as mais novas soluções, tecno-
logias e serviços para alavancar a pro-
dutividade e elevar a eficiência do setor
sucroenergético, nas seguintes áreas: ar-
mazenamento, agricultura, produção in-
dustrial, caldeiraria, automação, logís-
tica, petróleo e gás, construção civil,
engenharia, e energias renováveis.
Outras novidades – Neste ano, a
infraestrutura do Centro de Eventos Zani-
ni foi revitalizada, acompanhando o cres-
cimento da Feira de Tecnologia Sucro-
ArquivoCanaMix
Mais de 33 mil visitantes devem passar pela feira, a maior do mundo em tecnologia
e intercâmbio comercial para usinas e profissionais do setor sucroenergético
Godoy: “O Premium
Club é uma forma
de estreitar
relacionamentos
e trazer um
público realmente
especializado
para a feira”
Divulgação/Fenasucro
energética. A 22ª edição apresentará o
Espaço de Conferências Fenasucro, ane-
xo ao pavilhão dos expositores, que se-
diará a maioria das palestras, debates,
conferências, entre outros eventos de
conteúdo, e deve atender mais de 1.600
convidados. O local conta com estrutu-
ra para coffee break, banheiros, área VIP,
deck com paisagismo e credenciamento.
Já o Espaço Orquídeas será dire-
cionado para receber os convidados VIPs
da feira e dos parceiros. Outro destaque
é o Estande das Novidades, onde estarão
concentradas as descrições e imagens
dos principais lançamentos da Fenasu-
cro, facilitando a busca dos comprado-
res junto aos estandes dos expositores.
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34. REVISTA CANAMIX | JULHO | 201434
Eventos
Controle das plantas daninhas
13ª edição do Herbishow, em Ribeirão Preto, SP, discutiu estratégias de combate
a essas invasoras dos canaviais, que podem comprometer a produtividade
Com informações da
assessoria de imprensa
P
romovida pelo Grupo IDEA, a 13ª
edição do Herbishow – Seminá-
rio sobre o Controle de Plantas Da-
ninhas na Cana-de-Açúcar –, foi realiza-
da no Centro de Convenções de Ribeirão
Preto, SP, nos dias 28 e 29 de maio. Em
pauta, como tema principal, o controle de
plantas daninhas sobre a cultura da cana,
um dos principais fatores ligados à pro-
dutividade agrícola.
A grande diversidade e adaptabi-
lidade dessas invasoras requer alta es-
pecialização para conseguir seu efetivo
controle e, para tanto, os técnicos e pro-
fissionais que militam na área precisam
sempre estar atentos e se manter atua-
lizados. As trocas de experiências cola-
boram para a importância do evento no
contexto da cana-de-açúcar.
O Herbishow apresentou, este ano,
casos de sucesso no combate a grandes
infestações em diferentes ambientes de
produção, novas pesquisas com produ-
tos químicos, biologia de plantas dani-
nhas, avanços tecnológicos em sistemas
de pulverização, além das últimas novi-
dades do mercado para o combate às
plantas nocivas aos canaviais. O evento é
conhecido por apresentar soluções bas-
tante práticas para o cotidiano dos pro-
fissionais que trabalham no controle das
plantas daninhas.
O advento da colheita de cana sem
a queima prévia (cana crua) e o impac-
to da palha sob os canaviais está favore-
cendo a seletividade e o aparecimento de
novas plantas infestantes, o que tem ge-
rado novidades nesta área todos os anos.
No primeiro dia de evento, além da
abertura, que teve o discurso do presi-
dente do Grupo IDEA, Dib Nunes Jr, os
participantes assistiram às palestras so-
bre manejo de plantas daninhas na ca-
na-de-açúcar, seletividade de herbicidas,
importância da redução do banco de se-
As trocas de experiências colaboram para a importância
do Herbishow no contexto da cana-de-açúcar
O Herbishow apresentou, este ano, casos de sucesso no combate
a grandes infestações em diferentes ambientes de produção
Fotos:ArquivoCanaMix
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35. 35REVISTA CANAMIX | JULHO | 2014
mentes para a longevidade dos canaviais,
resultados de COACT no manejo de plan-
tas daninhas no canavial, soluções da
Syngenta para a mato-competição, im-
portância de um banco de dados e como
explorar, ao máximo, informações sobre
matologia, eficiência do Flumyzin, da Iha-
ra, no controle de folhas largas e estrei-
tas com seletividade para cana de açú-
car, manejo e práticas de controle, além
da evolução e do posicionamento do her-
bicida Dinamic, da Arysta LifeScience,
nos últimos 10 anos.
Já no dia 29, os temas foram ma-
nejo de folhas largas de difícil contro-
le com o uso do Heat, da Basf, solução
inteligente para o manejo de folhas lar-
gas e folhas estreitas com aplicação de
Plateau, da mesma empresa, atualização
no manejo de plantas daninhas na cana
de açúcar, gestão estratégica do controle
de plantas daninhas, a evolução do Weed
Seeker, da Herbicat, para catação quími-
ca na cana-de-açúcar e práticas de su-
cesso para manejo e controle de plantas
daninhas.
O Herbishow foi encerrado com um
debate sobre a ajuda ou não da palha no
controle das plantas daninhas, que con-
tou com a participação de Edson Baldan
Jr. (Grupo São Martinho), Herbert Del Pe-
tri (Grupo Noble) e José Cristóvão Mo-
messo (Usina Coruripe).
O evento é conhecido por apresentar soluções bastante práticas para o cotidiano dos profissionais que trabalham no controle das plantas daninhas
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36. REVISTA CANAMIX | JULHO | 201436
Com informações de Rafael
Walendorff/Assessoria de Imprensa
Fotos: Tiago Oliveira
I
ntensidade e foco são palavras que de-
finem bem a AgroBrasília 2014, reali-
zada de 13 a 17 de maio. Foram cinco
dias de movimentação intensa do públi-
co no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci,
com interesse direto de conhecer novas
tecnologias e efetivar negócios. Segundo
balanço da organização, 95 mil pessoas
visitaram o evento. As compras de má-
quinas, equipamentos e insumos agríco-
las movimentaram cerca de R$ 700 mi-
lhões, superando as expectativas iniciais
da coordenação da feira. Intercâmbios in-
ternacionais, seminários técnicos e a agri-
cultura familiar foram destaque este ano.
O presidente da Cooperativa Agro-
pecuária da Região do Distrito Federal
(Coopa-DF), Leomar Cenci, exaltou os
números e afirmou estar surpreso com o
total de visitantes e de negócios fecha-
dos. Ele ressaltou a qualidade da organi-
zação da feira este ano, que acolheu com
segurança o público visitante, exposito-
res e trabalhadores do evento. “A Agro-
Brasília 2014 foi um sucesso. Mas a fei-
ra de 2015 já começa amanhã para nós.
A maioria dos expositores já confirmou
presença e, para o ano que vem, teremos
talvez um problema de falta de espaço”.
O levantamento feito junto às ins-
tituições financeiras que participaram
(Banco do Brasil, Banco Regional de Bra-
sília e Caixa, além das cooperativas de
crédito Sicredi e Sicoob) aponta para a
efetivação de negócios na ordem de R$
620 milhões só no decorrer do evento.
Nos dias seguintes à Agrobrasília, o vo-
lume aumenta, com a concretização de
R$ 700 milhões em negócios
Agrobrasília 2014 recebeu 95 mil visitantes em parque tecnológico e
apresentou novas tecnologias, com destaque para a agricultura familiar
Eventos
Parque Tecnológico Ivaldo Cenci ficou movimentado durante os cinco dias de evento da Agrobrasília 2014
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37. 37REVISTA CANAMIX | JULHO | 2014
Sucesso do evento foi atribuído ao governo, aos bancos,
aos agricultores e às pessoas que trabalharam na organização
vendas iniciadas na feira, devendo che-
gar a R$ 700 milhões. O número de li-
berações de financiamentos oficializadas
nesses dias, porém, não reflete a movi-
mentação total da AgroBrasília, já que
muitas empresas possuem bancos pró-
prios e alguns produtores negociam de
forma diferenciada.
O balanço parcial do Banco Regio-
nal de Brasília (BRB) indica a liberação
de R$ 9,7 milhões só para a agricultu-
ra familiar e mais R$ 280 milhões para
agricultores de médio e grande porte. O
diretor de Desenvolvimento, Governo,
Crédito Imobiliário e Agronegócio, Ro-
naldo Borges de Souza, afirmou que o
montante superou a meta, que era de R$
200 mi. Ele atribui o sucesso a três fato-
res principais: ao governo, que tem cria-
do linhas de financiamento adequadas e
atrativas, aos bancos, que têm liberado
o crédito e ampliado sua atuação junto
ao setor rural, e ao produtor. “O agricul-
tor forma um público cada vez mais es-
pecializado, mais antenado, mais interes-
sado em investir pesado. Este é o perfil
deste segmento e é um dos fatores que
movem o setor”, destacou. Souza tam-
bém elogiou o crescimento da feira. “A
AgroBrasília existe há apenas sete anos,
mas já tem uma força imensa. Isso se
deve ao trabalho das pessoas que fazem
o evento, organização, empresas, e, cla-
ro, o produtor.”
Para Cenci, o empenho dos funcio-
nários e associados da Coopa-DF, além
de todos os parceiros, contribui significa-
tivamente para garantir a grandiosidade
da AgroBrasília. “O que plantamos nes-
ses dias agora nós colhemos. Reconhe-
ço todas as pessoas que se esforçaram
pra que a feira acontecesse. Somos pou-
cos sócios, mas é uma família que traba-
lha; poucas pessoas, mas de uma com-
petência fora do sério”.
Principais empresas de máquinas e implementos agrícolas
expuseram novidades e prometeram voltar em 2015
Público conheceu a força do agronegócio do cerrado no evento,
que chegou ao seu sétimo ano de existência
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38. REVISTA CANAMIX | JULHO | 201438
Com informações da
assessoria de imprensa
O
mercado brasileiro de insumos
agrícolas, saúde e nutrição ani-
mal movimenta 60% do negócio
de proteção de cultivos, com faturamen-
to superior a R$ 21 bilhões por ano, em-
pregando mais de 10 mil funcionários di-
retos, além dos indiretos.
Eventos
Sustentabilidade em debate
Congresso da Andav debate reciclagem de embalagens vazias de defensivos
agrícolas, que soma 40 mil toneladas, quase 100% do total usado no país
Este setor, de grande potencial tec-
nológico e com olhar voltado para a inova-
ção, também prima pela sustentabilidade.
Exemplo disso é o sistema de recebimen-
to de embalagens de defensivos agrícolas,
que hoje recolhe cerca de 40 mil tonela-
das, o que representa cerca de 94% do to-
tal usado em 25 estados brasileiros.
Os agricultores adquirem os defen-
sivos agrícolas em mais de cinco mil dis-
tribuidores e se responsabilizam pela la-
vagem e inutilização das embalagens
pós-consumo para, então, enviá-las às
unidades de recebimento. De lá, as em-
balagens seguem para seu destino final,
que pode ser a incineração (8%) ou a re-
ciclagem (92%).
A sustentabilidade, assim como o
desenvolvimento do setor, sua qualifica-
ção, soluções logísticas, novas tecnolo-
gias em gestão de negócios e de pes-
soas, processos de sucessão familiar,
grandes cases de fusão e aquisição, en-
tre outros temas, serão abordados no IV
Congresso ANDAV – Fórum e Exposição,
que será realizado entre os dias 18 e 20
de agosto, no Transamerica Expo Center,
em São Paulo, SP. O evento é uma reali-
zação da Associação Nacional dos Distri-
buidores de Insumos Agrícolas e Veteri-
nários (ANDAV) e da Clarion Events.
SERVIÇO:
IV Congresso ANDAV –
Fórum e Exposição
Data: 18 a 20 de agosto de 2014
Horários de exposição: Dias
18 e 19, das 10h às 20h, e
dia 20, das 10h às 18h
Horários do congresso: Dia 18,
das 14h às 19h, dia 19, das 7h30
às 19h, e dia 20, das 7h30 às 13h
Local: Transamerica Expo Center
Endereço: Av. Dr. Mário Villas
Boas Rodrigues, 387 – Santo
Amaro – São Paulo, SP
Mais informações: http://www.
congressoandav.com.br/index.php.
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40. REVISTA CANAMIX | JULHO | 201440
Da redação
OXIV Encontro Anual de Produtores de Cana-de-Açúcar, or-
ganizado pela Associação dos Plantadores de Cana do
Oeste do Estado de São Paulo (Canaoeste) e pela Organização
de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (Orpla-
na), deverá receber mais de 500 agricultores e autoridades no
Espaço Conferências Fenasucro, no dia 29 de agosto. O even-
to tem o intuito de reunir a classe produtiva do setor canaviei-
ro, parlamentares e líderes de classe envolvidos no segmento
para debater os mecanismos estratégicos para o futuro da ca-
na-de-açúcar e seus subprodutos.
As duas entidades organizadoras do encontro repre-
sentam, juntas, cerca de 20 mil fornecedores de cana da re-
gião Centro-Sul, sendo a Orplana ligada a 34 associações de
fornecedores de cana e a Canaoeste, que tem 12 escritórios
regionais, atuação em 78 municípios, tendo 36 unidades in-
dustriais envolvidas.
A Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética (Fe-
nasucro) será realizada entre os dias 26 e 29 de agosto, em
Sertãozinho, SP.
Confira outros destaques do mês no Portal CanaMix.
Usina Raízen, em Caarapó, MS,
está há quase dois anos sem acidentes
Osetor sucroenergético, assim como outros segmentos da
economia brasileira, se mantém em constante evolução
para oferecer produtos e serviços com qualidade e eficiência.
Tendo em vista o aumento da produtividade, boas práticas
são aplicadas em todos os ambientes de trabalho – do campo
ao comércio –, fortalecendo a segurança das operações e dos
funcionários da companhia. Diante desta perspectiva é que a
Raízen ganha destaque por intermédio da unidade de produ-
ção localizada em Caarapó, MS, que se prepara para alcan-
çar um ótimo índice neste âmbito – dois anos sem acidentes.
De acordo com Eduardo Willian Rodrigues, engenhei-
ro de Segurança do Trabalho da unidade, a companhia con-
ta com o comprometimento de todos os seus funcionários
para questões de segurança do trabalho e saúde ocupacional
e afirma que este índice é resultado da aplicação do Sistema
Integrado de Gestão das Operações (SIGO), uma ferramenta
interna que tem como objetivo identificar, mitigar e registrar
ações inseguras. “Para a companhia, segurança é um valor
e trabalhamos para que ele esteja intrínseco no DNA de cada
funcionário”.
Moagem na Usina São José da Estiva
supera recorde registrado em 2013
AUsina São José da Estiva registrou novo recorde de moa-
gem de cana. A marca de 18.227 toneladas de cana mo-
ídas foi alcançada no dia 10 de agosto, depois de um regis-
tro significativo na véspera: 17.840 toneladas. A quantidade
de cana moída no dia 10 superou a melhor marca da safra
2013/2014, registrada no dia 16 de agosto do ano passado,
que foi de 18.154 toneladas esmagadas.
Segundo Edgar Tsunoda, gerente de Área de Manuten-
Canaoeste e Orplana organizam
encontro de produtores na Fenasucro
Tempo firme ajudou a unidade a atingir, no dia 10 de
agosto, um total de 18.227 toneladas de cana moídas
Índice se deve ao resultado da aplicação, na unidade,
de um sistema integrado para gestão de operações
Divulgação
Divulgação
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41. 41REVISTA CANAMIX | JULHO | 2014
Sugestões através do e-mail redacao@canamix.com.br
Para saber mais, acesse: www.canamix.com.br | twitter: @canamix
ção e Utilidades, vários fatores contribuem para este desem-
penho. “Os bons números são resultado de um trabalho de
equipes que estão no agrícola, na logística e aqui na indús-
tria”, apontou. O tempo firme, que não provoca paradas na re-
tirada de matéria-prima da lavoura, também tem ajudado no
ritmo de moagem da indústria.
Vianorte organiza 1º Encontro sobre
Impactos Ambientais e de Segurança
Abusca por ações que previnam, principalmente, acidentes
e incêndios nas rodovias e nas suas margens foi um dos
principais aspectos apontados pelos participantes do “1º En-
contro Regional sobre Impactos Ambientais e de Segurança,
Boas Práticas e Ações dos Envolvidos no Setor Sucroenergé-
tico”, como medida para minimizar o impacto do transporte
e da produção de cana-de-açúcar. O evento, organizado pela
Vianorte (Arteris), foi realizado no dia 12 de agosto, no Centro
Empresarial Zanini, em Sertãozinho, SP, e contou com mais
de 60 pessoas.
A redução de acidentes envolvendo caminhões cana-
vieiros é parte do trabalho desenvolvido pela Vianorte junto
às usinas. Os casos diminuíram cerca de 50% nos últimos
anos, passando de 33 em 2010 para 16 em 2013. O núme-
ro de vítimas fatais também caiu no período, passando de três
para um.
“Este encontro teve a função de levantar sugestões de
posturas para todos adotarmos. Mas nosso trabalho não ter-
mina aqui. Temos que manter as discussões, estreitar as rela-
ções e fazer campanhas, ações, o que avaliarmos necessário
para que haja resultados efetivos na prevenção e no combate,
seja de acidentes ou de incêndios. O que importa nisso tudo é
privilegiar a vida nas rodovias e no campo”, afirmou o gerente
de operações da Vianorte, Luciano Louzane.
Novo Código Florestal será detalhado
em circuito em Não-Me-Toque, RS
Os efeitos do Novo Código Florestal, aprovado em 2012 e
regulamentado este ano, serão sentidos a partir de 2015.
O texto traz uma série de exigências para os proprietários de
imóveis rurais, que terão de se adequar às regras até dezem-
bro. “É preciso prestar atenção para as obrigações dentro do
prazo legal. Do contrário, haverá consequências negativas
para quem não cumprir a nova lei”, diz Albenir Itaborai Queru-
bini Gonçalves, especialista em Direito Ambiental.
O detalhamento das medidas, principalmente das que
tratam sobre Áreas de Preservação Permanentes (APPs) e
dos percentuais mínimos de Reserva Legal (RL), será um dos
pontos altos da 5ª etapa do Circuito de Gestão e Inovação no
Agronegócio, que chega em 9 de setembro para os municí-
pios do Alto Jacuí, uma das mais importantes regiões produ-
toras do Rio Grande do Sul. Promovido pelo Instituto de Edu-
cação no Agronegócio (I-UMA), em parceria com lideranças
empresariais, o encontro será no auditório Expodireto/Cotrijal,
das 13h30 às 17h, em Não-Me-Toque, RS.
Etapa anterior do Circuito de Gestão de Inovação do Agronegócio:
em setembro, debate será sobre Novo Código Florestal
Iniciativa da Vianorte teve como objetivo minimizar o
impacto do transporte e da produção de cana-de-açúcar
Divulgação
Divulgação
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42. REVISTA CANAMIX | JULHO | 201442
Marketing Canavieiro
N
o momento em que o Brasil enfrenta uma alta de preços
nos insumos agrícolas, a FEACOOP (Feira de Agronegó-
cios Coopercitrus Sicoob Credicitrus) surge como um ca-
minho para o produtor interessado em ter acesso às inovações
a fim de aumentar a rentabilidade e diminuir custos operacio-
nais. Por isso, a Valtra, marca do grupo AGCO e uma das líde-
res no mercado de máquinas agrícolas nacional, leva ao evento
soluções e tecnologias que vão aprimorar o trabalho no campo,
como é o caso dos tratores da Série A Geração II e dos modelos
de segmento estreito, que fazem parte da nova Série A Fruteiro.
Os visitantes que passarem pela feira, que será realizada
entre 5 e 7 de agosto de 2014, na Estação Experimental de Ci-
tricultura de Bebedouro, SP, vão ter acesso aos lançamentos
da Série A Geração II, nas versões A650 (66cv), A750, (78cv),
A850 (85cv) e A950 (96cv). Os modelos apresentam sistema
de injeção com bomba em linha, que proporcionam menor con-
sumo de combustível e baixo custo de manutenção, além de
novo sistema de fixação dos radiadores com trilhos, que facili-
ta as limpezas periódicas. Outra novidade é a direção regulável,
com ajustes de altura e profundidade, ou seja, agora o volante é
bem mais ergonômico e garante conforto ao operador.
Também será possível conhecer a nova série A Fruteiro, que
está com design mais moderno e arrojado. Ao todo, são quatro
novos modelos do segmento estreito. São eles: A650F (66CV),
Valtra apresenta soluções em tecnologia
na Feacoop, em Bebedouro, SP
A750F (78cv), A850F (86cv) e o A950F (94cv) – este o mais
potente trator da categoria. A Série A Fruteiro também apresen-
ta novo sistema de injeção, com bomba em linha, que proporcio-
na menor consumo de combustível e baixo custo de manutenção.
Uma das novidades dessa nova linha é o sistema de acionamen-
to hidráulico da TDP, que garante suavidade na liberação da em-
breagem, evitando trancos e aumentando a vida útil dos compo-
nentes. Outro item exclusivo é a válvula de fluxo constante de até
58 litros por minuto, única no segmento que está disponível não
só para a Linha Fruteiro, mas também para a Série A Geração II.
Já para os canavieiros interessados em tratores de alta
potência, a Valtra leva à Feacoop, a Linha BH Geração III, que
possui o novo sistema hidráulico HiFlow II, com bomba de va-
zão variável de 170 litros por minuto, o maior da categoria. O
design moderno, principalmente do novo capô basculante, é um
dos diferenciais desta linha, pois facilita a manutenção, melho-
rando a rotina do produtor e oferecendo melhor visibilidade no
desenvolvimento de suas tarefas. Os modelos também estão
disponíveis na versão com cabine HiComfort, que oferecem am-
plo espaço interno, menor nível de ruído e novos acionamentos
de marchas, ergonomicamente posicionados para exigir menor
esforço e movimentação do operador. Ao todo, são 26 novos
itens na nova Geração da Linha BH.
Contato: www.valtra.com.br
DivulgaçãoAGCO/Santal
Valtra tem tradição em
tratores de alta potência para
o setor sucroenergético: novos
produtos serão apresentados
na Feira Coopercitrus
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43. 43REVISTA CANAMIX | JULHO | 2014
A
John Deere foi eleita a marca mais desejada da categoria
“Tratores e máquinas agrícolas” no prêmio “A Marca Mais
Desejada”, entregue pela Federação Nacional da Distribui-
ção de Veículos Automotores (Fenabrave), em São Paulo, SP.
Concessionários de todos os segmentos avaliaram as
marcas de maior destaque em diversas categorias, como auto-
móveis e comerciais leves, motocicletas, caminhões e ônibus,
implementos rodoviários – além do segmento agrícola.
Para a escolha dos vencedores, cada concessionário
pôde votar no segmento que representa e também em outras
categorias – elencando a primeira, segunda e terceira marcas
de sua preferência.
Para Celso Schwengber, diretor de vendas para América La-
tina, a vitória em mais este prêmio reforça sentimentos como alta
qualidade e vínculo de parceria que a John Deere estabelece com
seus clientes. “Ser a mais lembrada mostra o alcance da nossa
rede de concessionários, que cobre todas as regiões agrícolas e,
claro, presta serviços de qualidade e eficácia e que influenciam na
produtividade nos diversos setores em que a empresa atua”.
C
om o objetivo de manter o planejamento estratégico de
expansão da empresa, de crescer com qualidade e com
profissionais capacitados, Marcos Couto Gaio é o mais
novo contratado da FMC Agricultural Solutions e assume a po-
sição diretor de vendas para o segmento de cana-de-açúcar e
Marcos Couto Gaio: “Quero contribuir com a minha experiência
para alcançar os resultados de crescimento da FMC”
FMC anuncia novo diretor de vendas
para cana-de-açúcar e H&F
hortifruti (H&F). No setor de agronegócio, já atua há mais de 25
anos com lideranças de projetos no Brasil e na América Latina.
Gaio é graduado em agronomia pela Universidade Fede-
ral de Viçosa, pós-graduado em marketing pela ESPM e pos-
sui MBA pela FGV/Ohio University. “Assumi esse novo desafio e
atuar com a líder em cana e um dos principais players do mer-
cado de H&F, segmentos tão importantes para a companhia, é
uma grande oportunidade profissional na minha carreira. Quero
contribuir com a minha experiência para alcançar os resultados
de crescimento da FMC”.
O diretor geral de Negócios Brasil FMC, Walter Costa, des-
taca a importância da contratação do novo diretor. “Para aten-
dermos a capacidade de demanda dos nossos clientes e, prin-
cipalmente, entender como podemos trazer conveniência com
nossas soluções tecnológicas no dia a dia do campo, Gaio será
fundamental e contribuirá com a equipe na estratégia de expan-
são da companhia”.
Contato: www.fmcagricola.com.br
Divulgação
Divulgação
John Deere investe cerca de R$ 4 milhões por dia em pesquisas
e no desenvolvimento de novos equipamentos e serviços
John Deere é a marca agrícola mais
desejada pelos concessionários
Para ser reconhecida, a John Deere investe alto em tec-
nologias sustentáveis e fáceis de usar, para que seus clientes
obtenham cada vez mais rendimento e eficiência em suas la-
vouras, ao mesmo tempo em que preservam os recursos natu-
rais do entorno. Globalmente, cerca de US$ 4 milhões por dia
são destinados a pesquisas e desenvolvimento, o que resulta na
contínua evolução dos equipamentos e serviços.
Contato: www.johndeere.com.br
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44. REVISTA CANAMIX | JULHO | 201444
Marketing Canavieiro
E
m comemoração ao Dia do Agricultor (28 de julho), a All-
tech Crop Science presta homenagem à atividade reali-
zada por estes verdadeiros heróis do campo, que, diaria-
mente, trabalham para produzir os alimentos que vão para a
mesa dos brasileiros. Um trabalho que requer muito sacrifício,
dedicação e, acima de tudo, amor pela terra.
Em contato diário com os agricultores em diversas regi-
ões do Brasil, a Alltech Crop Science sabe como é a dura roti-
na destas pessoas, que não têm fim de semana ou feriados. Por
isso, a empresa decidiu realizar uma ação para aumentar o co-
nhecimento das pessoas sobre a vida na zona rural. Foram con-
vidados três moradores da cidade e que tinham pouco conhe-
cimento sobre o trabalho no campo para que visitassem uma
propriedade e vivenciassem um dia de agricultor.
A propriedade escolhida foi a do Sr. Onofre Juczoka, 63
anos, produtor de horticulturas em Mandirituba, PR, principal-
mente cebola. “Eu trabalho desde os 10 anos na agricultura. A
nossa rotina é puxada, são mais de oito horas, às vezes doze
horas de trabalho por dia”, diz ele.
Durante a visita, a cebola estava em processo de trans-
plante, um trabalho feito de forma totalmente manual por Ono-
A
Case IH é homenageada, no segundo ano consecutivo,
pela Fenabrave (Federação Nacional de Distribuição de
Veículos Automotores) entre as marcas mais desejadas
do Brasil. A revelação dos ganhadores aconteceu na cerimônia
de abertura do 24º Congresso Fenabrave, no Expo Unimed, em
Curitiba (PR), e posicionou a empresa como segunda colocada
na categoria “Tratores e Máquinas Agrícolas”. A condecoração
é resultado da votação online feita pela instituição com conces-
sionários de todos os segmentos.
A premiação, que foi entregue ao diretor comercial da
Colheitadeira Case IH: pelo segundo ano consecutivo,
a marca recebe o reconhecimento em Congresso da Fenabrave
Case IH é homenageada como uma
das marcas mais desejadas do país
Case IH no Brasil, César Di Luca, e ao diretor de Marketing para
América Latina da empresa, Rafael Miotto, atesta o crescimento
da Case IH no mercado nacional, além da preferência de gran-
de parte dos empresários atuantes nos mais variados setores da
indústria automobilística.
Para César Di Luca, o prêmio é um símbolo de que a empre-
sa está no caminho certo. “Ficar entre as empresas mais deseja-
das do setor agrícola pelo segundo ano seguido é uma honra muito
grande para todo o nosso time e para a nossa rede de concessio-
nários. Desde o início, acreditamos que o investimento em tecnolo-
gia seria o futuro da agricultura brasileira e, por isso, continuamos
crescendo de forma sustentável em toda a América Latina”.
Decidido por voto secreto, o prêmio, que é parte da Pesqui-
sa Fenabrave de Relacionamento de Mercado, consiste em cada
concessionário escolher as marcas de sua preferência no seg-
mento que representa e em todos os demais. Além da catego-
ria “Tratores e Máquinas Agrícolas”, os setores de “Automóveis e
Comerciais Leves”, “Caminhões e Ônibus”, “Motocicletas” e “Im-
plementos Rodoviários” foram anunciados pela Fenabrave.
Contato: www.caseih.com.br
Visitantes da propriedade de Onofre Juczoka, em Mandirituba, PR,
colocaram a mão na massa e ajudaram no transplante da cebola
Alltech Crop Science homenageia o
trabalho dos agricultores brasileiros
fre e seus filhos e que leva vários dias para ser realizado. Os
visitantes tiveram que colocar as mãos na massa e ajudar no
processo. Orientados pela família Juczoka, participaram de uma
verdadeira aula sobre agricultura e sobre como funciona uma
propriedade rural.
Depois de muito suor, o participante Cristian Dieterich, ge-
rente de produto, reconheceu como é árduo o trabalho no campo.
“Os agricultores fazem isso por amor à terra e ao trabalho. Eles
têm de ser valorizados, porque é muito bonito o que eles fazem”.
Contato: www.alltechcropscience.com.br
Divulgação
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45. 45REVISTA CANAMIX | JULHO | 2014
‘Favela’ promove inclusão
Mapa genético do Marota
O agro exportou quase US$ 10 bi em julho
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46. REVISTA CANAMIX | JULHO | 201446
Agricultura Familiar
Com informações da assessoria
de imprensa Fundação BB
U
ma leguminosa típica do cerrado,
conhecida por favela (Dimorphan-
dra molles), tem gerado renda e
inclusão social para dois mil agricultores,
assentados da reforma agrária, pescado-
res, extrativistas e guias turísticos, que vi-
vem em 74 municípios dos estados de
Goiás, Minas Gerais, Bahia e Tocantins.
A favela desperta grande interesse
na indústria farmacêutica. De seus frutos,
colhidos entre maio e junho, são extraídas
substâncias como a rutina, usada no trata-
mento do glaucoma e de doenças circula-
tórias, e a quercetina, açúcar utilizado em
complementos alimentares.
Além de garantir melhora na qualida-
de de vida dos agricultores, o projeto Agro-
extrativismo Sustentável da Favela, vence-
‘Favela’ promove inclusão
A planta, uma leguminosa muito comum no cerrado, tem sido sinônimo de
renda para agricultores de 74 municípios em quatro estados brasileiros
dor do Prêmio Fundação BB de Tecnologia
Social 2007, ajuda a preservar o bioma
Cerrado, pois não são utilizados agrotó-
xicos no manejo da planta, nem práticas
nocivas ao meio ambiente. A tecnologia
social foi concebida pelo Centro de Desen-
volvimento Agroecológico do Cerrado (Ce-
dac) e seus trabalhadores integram a Rede
de Comercialização Solidária de Agriculto-
res Familiares e Extrativistas do Cerrado
(Coopecerrado).
De acordo com a coordenadora do
Centro de Desenvolvimento Agroecológico
do Cerrado (Cedac), Alessandra Karla da
Silva, o projeto obteve, em 2013, uma su-
persafra da favela com quase 300 tonela-
das, que correspondem ao rendimento de
R$ 367,5 mil. O produto é vendido para
empresas do Maranhão e de São Paulo e
as substâncias extraídas são exportadas
para os Estados Unidos e Bélgica. O Cedac
fez um estudo sobre a estimativa do extra-
tivismo da favela e o resultado foi que, só
em 2013, o mercado internacional movi-
mentou um total de 12 bilhões de dólares.
Com investimento social da Funda-
ção BB, o Cedac implementou um centro
de formação em agroecologia, em Goi-
ânia, GO, que oferece às famílias cursos
em manejo de frutos do cerrado, beneficia-
mento, produção agroecológica e certifica-
ção orgânica. Por ano, mais de 400 pes-
soas são capacitadas. A fundação investiu,
também, na reaplicação de algumas tec-
nologias sociais e na compra de um mi-
cro-ônibus, utilizado no transporte dos co-
operados durante a realização dos cursos.
Além da favela, os agricultores trabalham
com outros vegetais do cerrado, como
baru, jatobá, pequi e sucupira. No total, são
duzentas plantas manejadas, cultivadas e
comercializadas pela Coopcerrado.
Da favela, são extraídas a rutina, usada no tratamento de doenças, e a quercetina, que é um complemento alimentar
JairFerraz
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48. REVISTA CANAMIX | JULHO | 201448
Com informações da
assessoria de imprensa
U
m mapa genético da raça capri-
na Marota, que está ameaçada de
extinção, será traçado ainda este
ano pela Empresa Brasileira de Pesqui-
sa Agropecuária (Embrapa) Meio-Norte.
A ideia desse mapeamento é conhecer
o fluxo gênico – passagem de um deter-
minado gene de uma geração a outra –,
para que os pesquisadores possam con-
duzir com mais segurança os trabalhos
de melhoramento genético e de conser-
vação da raça.
A coleta de material biológico no
plantel de conservação de caprinos Ma-
rota, formado por 105 animais e manti-
do pela Embrapa no município de Cas-
telo do Piauí, a 184 quilômetros ao norte
de Teresina, PI, começou neste segundo
semestre de 2014. Esse rebanho forma
o único banco de germoplasma oficial
da raça no Brasil. O trabalho está sen-
do conduzido pelas pesquisadoras Adria-
na Mello e Tânia Leal, o assistente Ozires
Barbosa e a estudante de doutorado Jea-
ne de Oliveira Moura, da Universidade Fe-
deral do Piauí.
O estudo, segundo Adriana, usará
modernas tecnologias de genotipagem,
como o BeadChips, que contém mais
de 50 mil marcadores moleculares. Esse
chip é fabricado pela empresa Illumina
Incorporated, de San Diego, na Califór-
nia, Estados Unidos. A genotipagem das
amostras já coletadas, de acordo com a
pesquisadora, vai ser conduzida pelo la-
boratório da empresa Deoxi Biotecnolo-
gia, com sede em Araçatuba, SP.
Adriana revela que marcado-
res moleculares SNPs – Single Nucleo-
tide Polymorphism –, como os que se-
rão usados na genotipagem dos caprinos
Marota, têm como princípio “a variação
em base única na cadeia nucleotídica de
DNA”. Segundo a pesquisadora, o desen-
volvimento de metodologias para genoti-
Caprinos Marota foram introduzidos no país pelos portugueses e são rústicos,
com boa adaptação às adversidades do semiárido nordestino
Divulgação/EmbrapaMeio-Norte
Embrapa Meio-Norte
estuda a raça de
caprinos, ameaçada
de extinção, para
traçar estratégias de
melhoramento genético
e conservação
Mapa genético do Marota
par milhares de SNPs, em um único en-
saio, ampliou o espaço para os estudos
em várias áreas. Ela lembra que chips de
genotipagem já foram produzidos para
humanos, bovinos, ovinos, equinos, su-
ínos e caninos.
Rústicos, os caprinos Marota são
nativos do Nordeste brasileiro. Eles são
descendentes dos caprinos introduzidos
no país pelos portugueses, quando por
aqui aportaram. Resistente às altas tem-
peraturas, o Marota se adapta bem às
adversidades do semiárido nordestino.
Alimenta-se de forrageiras com baixo po-
tencial nutritivo e é resistente a doenças e
a verminoses. Existem também exempla-
res da raça nos estados da Paraíba, Cea-
rá e Pernambuco.
Pesquisa
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50. REVISTA CANAMIX | JULHO | 201450
Artigo
S
eguindo a recuperação de junho
no desempenho das exportações
do agro, em julho as exportações
(US$ 9,61 bilhões), se comparadas com
o mesmo período de 2013 (US$ 9,30 bi),
aumentaram 3,3%. O saldo na balança do
agro foi de US$ 8,10 bi, um crescimento
de 4% em relação a julho de 2013.
O valor exportado acumulado no
ano (US$ 58,7 bilhões), por sua vez, teve
ligeira queda de 0,3%, quando compara-
do com o mesmo período de 2013 (US$
58,9 bilhões). O saldo positivo acumula-
do no ano foi de US$ 48,9 bilhões (0,3%
menor que o mesmo período em 2013).
Os demais produtos brasileiros
fora do agro tiveram um expressivo au-
mento de 16,6% nas exportações (US$
11,5 bi em 2013, para US$ 13,4 bi em
2014), o que levou a participação do
agronegócio nas exportações brasilei-
ras a 41,7% em relação às exportações
totais do Brasil. Devemos lembrar que
aqui tem aquele velho caso de exporta-
ção de plataforma de petróleo da Petro-
bras, contaminando os números.
Se não fosse o agronegócio, a ba-
lança comercial brasileira teria um dé-
ficit de US$ 49,8 bilhões acumulados
no ano, ou seja, mais uma vez o agro
evitou um desastre maior na economia
brasileira.
Neste julho, os 10 campeões no
aumento das exportações em relação a
2013 foram, respectivamente: café verde
(aumentou US$ 227,2 milhões em rela-
ção a julho de 2013), carne bovina in na-
tura (US$ 107,6 mi), soja em grãos (US$
91,2 mi), carne de frango in natura (US$
69,9 mi), açúcar de cana em bruto (US$
41,2 mi), couros/peles bovinos prepara-
dos (US$ 30,8 mi), carne de frango in-
dustrializada (US$ 24,1 mi), leite em pó
(US$ 19,2 mi), outros couros/peles bo-
vinos curtidos (US$ 18,8 mi) e celulo-
se (US$ 18,6 mi). Estes 10 juntos foram
responsáveis por um aumento de aproxi-
madamente US$ 649 milhões nas expor-
tações do agro de julho.
As variações dos preços médios
(US$/tonelada) foram as seguintes: café
verde (23%), outros couros/peles bovi-
nos curtidos (21,6%), couros/peles bo-
vinos preparados (13%), carne bovina in
natura (10,1%), carne de frango indus-
trializada (6,2%), leite em pó (4,3%), car-
ne de frango in natura (3,1%), soja em
grãos (-3,6%), açúcar de cana em bruto
(-4,1%) e celulose (-12,0%).
No cenário dos mercados de des-
tino dos produtos do agro brasileiro, os
10 países que mais cresceram em im-
portações foram: Rússia (US$ 179,1 mi-
lhões a mais que em julho de 2013),
Alemanha (US$ 178,7 mi), Índia (US$
149,9 mi), Egito (US$ 96,1 mi), Vietnã
(US$ 87,7 mi), Venezuela (US$ 70,2 mi),
Japão (US$ 63,2 mi), Taiwan (US$ 55,6
mi), Líbano (US$ 27,9 mi) e Paquistão
(US$ 25,3 mi). Juntos, estes dez países
que mais cresceram foram responsáveis
pelo aumento de US$ 933,7 milhões.
Mantemos um cenário otimista,
mesmo com as perdas advindas da seca
que impactou as regiões produtoras nes-
te verão e com uma anunciada grande
safra nos EUA, pois existem chances
da China aumentar as compras. Temos
grãos armazenados, a safra de cana de
açúcar já começou, temos um dólar que
parece voltar ao patamar dos R$ 2,30 e
existe a grande possibilidade de aumen-
to das importações da Rússia devido às
sanções econômicas impostas pelos Es-
tados Unidos e União Europeia. Talvez
com o efeito da Rússia, passemos pela
primeira vez dos US$ 100 bilhões em ex-
portações neste ano.
O agro exportou quase US$ 10 bi em julho
Marcos Fava Neves é Professor titular de
planejamento estratégico e cadeias alimentares
da FEA-RP/USP. Autor de 45 livros publicados
em oito países. Foi professor visitante da
Purdue University (Indiana, EUA) em 2013
Rafael Bordonal Kalaki é Engenheiro
Agrônomo e Mestrando em Administração
na FEA/USP. Pesquisador Markestrat
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