1) A globalização é um fenômeno socioeconômico que afeta todas as classes e esferas da sociedade, incluindo a econômica, política, social e cultural.
2) No Brasil, a globalização levou a um aumento do desemprego e da pobreza, prejudicando as classes médias, enquanto as classes detentoras do poder foram beneficiadas.
3) O texto critica os efeitos negativos da globalização no Brasil, como o aumento do desemprego e da pobreza, em contraste com os benef
1. GLOBALIZAÇÃO: TEXTO E ATIVIDADES/ E.J.A MÉDIO...
A GLOBALIZAÇÃO
A globalização é um fenômeno sócio-político-econômico que permeia
todas as classes de poder. Este se encontra presente nas mais diversas
esferas (econômica, política, social, ambiental, religiosa, cultural etc.), afetando
constantemente o desenvolvimento da sociedade.
O Brasil passou ao longo das últimas décadas por um aumento
significativo no grau de globalização, sendo lamentável a situação de como o
fenômeno atingiu a população, tendo este se manifestado através de suas vias
mais perversas. Assim, é possível perceber que o desemprego crescente
tornou-se crônico, o que ocasionou o aumento da pobreza e a perda da
qualidade de vida das classes médias, sendo que somente as classes
detentoras do poder foram beneficiadas.
O processo globalitário não é um elemento estático e permanente, mas
sim, um estágio de desenvolvimento do modelo capitalista de produção. Sua
solução não depende somente de medidas governamentais, mas também de
iniciativas individuais e coletivas.
As questões 1,2 e 3 são referentes ao texto acima e aos conhecimentos
que você já possui:
1 – O que é globalização?
2 – De que maneira podemos ver e sentir o processo da globalização no
Brasil? Exemplifique.
3 – De qual dos lados da globalização o texto se refere? O lado bom ou ruim?
Por quê?
4 – Associe a primeira coluna de acordo com a segunda:
a- (1) É o ato de comprar ou adquirir produtos ou serviços sem haver
necessidade ou ter real consciência do que está fazendo.
b- (2) São empresas com sedes em países ricos, que espalham suas filias pelo
mundo.
c- (3) Produto da ciência e da engenharia que envolve um conjunto de
instrumentos, métodos e técnicas que visam à resolução de problemas.
d- (4) União de países com interesses mútuos de crescimento econômico e,
em alguns casos, se estende também á integração social desses países.
e- (5) Estado da pessoa que se submete cegamente aos valores e instituições
dadas, perdendo assim a consciência de suas verdadeiras consequências.
( ) Alienação
( ) Blocos Econômicos
( ) Tecnologia
( ) Consumismo
( ) Multinacionais
2. 6 – Assinale V (se Verdadeiro) ou F (se Falso) nas afirmativas abaixo: 5 –
Marque com um X a alternativa correta. Apenas uma alternativa está correta:
a- A globalização está provocando melhoras nas condições de vida de todas as
pessoas do planeta.
b- As formas de produzir e informar ocorre numa velocidade lenta nos dias de
hoje.
c- As distâncias entre os lugares no atual período técnico e científico
aumentaram relativamente.
d- Os problemas ambientais se acentuaram na atual sociedade do consumo ou
sociedade globalizada.
( ) O Brasil faz parte de um bloco econômico chamado Mercosul (Mercado
Comum do Sul).
( ) A eliminação da tarifas alfandegárias entre os países-membros é uma
desvantagem da formação dos blocos econômicos.
( ) A formação de um bloco econômico pode resultar na livre circulação de
mercadorias, pessoas e até na adoção de uma moeda única.
( ) A União Europeia (EU) é o bloco que contém o maior número de países.
Profº: Marciano Vieira.
3. UM POUCO DOS BLOCOS ECONÔMICOS
Com o fenômeno da globalização, o mercado internacional tornou-se bastante
competitivo, diante disso, somente os mais fortes prevalecem. O que acontece é uma
disputa por mercados em âmbito global. Muitos países, com o intuito de se fortalecer
economicamente, unem-se para alcançar mercados e verticalizar a sua participação e
influência comercial no mundo. Essa união denomina-se blocos econômicos – os quais
estreitaram as relações econômicas, financeiras e comerciais entre os países que os
compõem. Atualmente existem muitos blocos econômicos, formados há décadas como a
União Europeia, o Mercosul, o NAFTA, Pacto Andino, Apec, etc. Tais blocos têm se
fortalecido cada vez mais, e chegam até a se relacionar entre si. Com isso, cada país, ao
se tornar integrante de um bloco econômico, obtém mais força nas relações comerciais
internacionais.
Conclui-se que o instituir de um bloco econômico apresenta pontos positivos e
negativos. Como princípio geral, um bloco, dependendo de seu grau de integração,
tende a fortalecer os países membros desse mesmo bloco, pois a limitação de fatores de
produção de um dos países membros pode ser complementada pela abundância
encontrada no outro país parceiro. Além disso, possibilita a circulação de mercadorias,
pessoas, à redução de tarifas, entre outras vantagens.
Como fatore negativo fica evidente a perda de soberania do país que não fizer
parte de um determinado grupo, sendo capaz de ser excluído do concorrente mercado
econômico-financeiro que se apresenta hoje no mundo aumentando assim o desnível
entre as economias e sociedades.
1) a ) Explique os motivos que levaram os países a formarem os Blocos
Econômicos atuais.
b) Cite o nome de 3 blocos econômicos e dê exemplos de países que os
compõem.
c) A formação desses blocos gera vantagens ou desvantagens? Explique.
2) Sobre as organizações internacionais resolva:
a) Organização que tem como objetivos principais a defesa da paz e da
segurança mundiais e a cooperação econômica, cultural e social entre seus membros.
a) OMC b) ONU c) OMS d) FAO
b) Organização que atua na ciência, cultura e educação, prioriza a difusão do
conhecimento, preservação das culturas e qualificação da comunicação entre os países e
entre as pessoas:
a) OIT b) ONU c) OMS d) UNESCO
4. 3) Mecanismo formado por países chamados “emergentes”, o BRICS ( Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul ) possui um grande peso econômico e político e
pode desafiar as grandes potências mundiais. Sobre esses países, é correto afirmar que:
a) formam um bloco econômico que, a exemplo do Mercosul e da União
Europeia, estão estabelecendo um conjunto de tratados e acordos visando a integração
da economia.
b) são considerados países emergentes, embora possuam diferenças expressivas
entre si, no que diz respeito à população, território, recursos naturais e industrialização.
c) sua importância como bloco econômico e político tem reformulado a
geopolítica mundial e rivalizado com outras entidades supranacionais, a exemplo da
ONU.
d) Uma das suas características é a semelhança no regime político adotado,
mostrando que o mundo ainda se divide por questões de natureza ideológica.
e) sua emergência como bloco foi consequência da alta capacidade em articular
necessidades globais com interesses regionais, acima dos interesses econômicos e
políticos.
4) Considerando as discussões já feitas, assinale a alternativa correta:
a) Os países da União Europeia, diferentemente dos Estados Unidos e do Japão,
são os mais dinâmicos economicamente, porque são os únicos a se organizar em blocos
regionais.
b) Não são somente os países que se organizam em blocos regionais que atuam
no comércio em escala mundial. Esse é o caso da China, que de forma independente é
uma potência comercial.
c) Com a constituição do Mercosul, a América do Sul está se isolando do
processo de globalização, visto que essa organização restringe as relações com a escala
mundial.
d) Os países que estão se organizando em blocos regionais veem diminuir os
investimentos internacionais em seus territórios. Isso se dá inclusive na Europa.
e) Não é correto se falar em mundo multipolar tendo como referência os blocos
regionais, visto que eles não são suficientes para concorrer com o polo dos Estados
Unidos, o verdadeiro e único polo da ordem mundial atual.
6) A iniciativa para as Américas, lançada pelo presidente George Bush em junho de
1990, se inseria na orientação reformista: a sua meta consistia na formação de uma zona
de livre comércio em todo o continente americano, com a exclusão de Cuba. Essa zona
de integração econômica é conhecida como:
a) Mercado Comum do Sul (Mercosul).
b) União Europeia.
c) Área de Livre Comércio das Américas (ALCA).
d) Zona da Bacia do Pacífico.
e) Novos Países Industrializados (NPIs).
5. Os Estados nacionais frente à globalização
Há quinze anos o mundo parecia haver alcançado um ponto de estabilização para
Estados, nações e fronteiras por causa do duplo efeito da Guerra Fria e uma
descolonização que estava terminando. Mas a queda do Muro de Berlim, com o
desmoronamento do Império Soviético, e os processos de globalização e
regionalização em curso mudaram radicalmente a situação.
Uma das principais questões que economistas e cientistas políticos e sociais
discutem atualmente é a do "debilitamento" ou possível "desaparecimento" do
Estado-Nação, baseados na idéia de que até o fim da bipolaridade teria dominado,
no cenário internacional, o "paradigma" do Estado-Nação soberano e autárquico.
Com o triunfo do capitalismo liberal e a globalização econômica, estaríamos
presenciando um processo de diminuição progressiva da esfera de ação dos
Estados, fato em relação ao qual concordam tanto apologistas quanto críticos do
neoliberalismo.
Por exemplo, Richard Falk e Gilles Breton desenvolveram o conceito de "evasões do
Estado" para mostrar como dentro e fora das fronteiras de um Estado-Nação
existem forças internas e externas que estabelecem redes ou efetuam ações que,
sem inserir-se necessariamente em uma lógica de oposição aos Estados,
prescindem de seus marcos ou normas institucionais. Mencionam, assim, as redes
que atuam "por sobre os Estados" (grupos, empresas ou movimentos internos que
procuram modificar políticas em um sentido transnacional), "através das fronteiras"
(grupos externos que se apoiam sobre princípios transnacionais para pressionar os
Estados) ou "ainda mais além das fronteiras" (grupos que se dedicam a resolver
políticas globais ou têm aspirações globais: direitos humanos, movimentos
ecológicos, fundamentalismos diversos, tráfico de drogas, etc.)1.
Isso é certo em grande medida. Ninguém pode negar a existência desses
fenômenos de transnacionalização (desde empresas multinacionais e organizações
não-governamentais de cooperação até máfias ou organizações terroristas) que
colocam em questão o papel dos Estados-Nações ou debilitam suas soberanias. É
preciso, entretanto, incorporar à análise certos elementos que relativizam essas
visões. Antes de tudo, deve-se evitar uma assimilação mecânica entre o conceito
de Nação e o de Estado, o que freqüentemente resulta de uma perspectiva
eurocêntrica baseada no processo histórico de formação de alguns países da Europa
Ocidental, cujo paradigma seria a França. Como definir, por exemplo, no âmbito da
própria Europa, países como Suíça e Bélgica, onde coincidem um Estado e uma
sociedade plurinacional? Isso é mais evidente ainda em outras partes do mundo,
como na Índia ou no Canadá. Em sentido oposto, existem nações que não puderam
transformar-se em Estados.
A Nação, do latim natus, é uma categoria histórica vinculada a processos materiais
e culturais que permitem constituir uma comunidade distinta em relação a outras
(ou, dito de outro modo, com uma identidade própria). Está ligada, ademais, às
formas de evolução social que caracterizaram o desenvolvimento do capitalismo
desde seu início. Ao mesmo tempo, as nações, com maior ou menor êxito,
procuraram estabelecer-se como Estados, quer dizer, possuir um aparato de poder
(órgão de ação e coerção) com soberania sobre o território dessa nação e com o
objetivo de regular as relações dentro da sociedade nacional e com as outras
comunidades. No mundo moderno, esses processos resultaram num sistema
mundial formado por povos que possuem Estados juridicamente reconhecidos2.
6. Com base nestas premissas, podemos nos perguntar se existe hoje um
debilitamento generalizado do Estado-Nação como conseqüência do processo de
globalização e qual o sentido do mesmo.
Em princípio, confunde-se muitas vezes o "debilitamento" do Estado com um
fenômeno distinto, ainda que fortemente associado ao processo internacional e ao
pensamento que o acompanha: o processo de mudança das políticas econômicas
predominantes, marcadas pela crise do modo de regulação keynesiano e pela
aplicação, em seu lugar, de políticas neoliberais de ajuste estrutural (re-estruturaçao
produtiva, reforma do Estado, abertura econômica, privatizações,
abandono de políticas de proteção social). Isso pode implicar um Estado menor,
com menos burocracia, mas não por isso menos "forte", quer seja no interior da
sociedade nacional como em suas relações externas. No caso dos países
desenvolvidos, é particularmente notável seu papel como instrumento para garantir
maior competitividade de cada um deles. Nos países periféricos, por seu turno,
ainda é preciso analisar se as políticas de ajuste estrutural, os efeitos do
endividamento externo e a redução das áreas de capitalismo do Estado podem ou
não incrementar os níveis de competitividade. Em todo caso, como assinala um
autor, no plano econômico a regulação estatal subsiste, ainda que seja no sentido
de retomar os objetivos que tinha "em um período mais recuado do capitalismo
ocidental, visando à competitividade, à supremacia e ao elitismo" no lugar dos
traços predominantes no chamado "Estado do bem-estar" surgido no pós-guerra,
vinculando-se a políticas de crescimento, equilíbrio social e universalidade. Hoje "a
soberania do Estado, que não é juridicamente posta em questão pela afirmação das
tendências em curso, reduz-se de fato, para os governos, a determinar
soberanamente até onde irá sua adequação aos (movimentos externos de)
capitais."3
Outro aspecto, que distorce o enfoque deste problema, é que se parte de um
pressuposto falso ao conceber o cenário das relações internacionais anterior como
regido pela ação exclusiva dos Estados. Precisamente ao longo dos últimos cem
anos fizeram-se fortemente visíveis os fenômenos e estruturas que Pierre Renouvin
chamou de "forças profundas" na vida internacional, que transcendem os Estados
como atores exclusivos e dão às nações uma "porosidade" em relação a processos
transnacionais. Desde as últimas três décadas do século XIX, o mundo tem
assistido à expansão das empresas multinacionais, a crises econômicas e
financeiras de alcance universal, a escândalos internacionais, a processos de
intensificação e difusão de práticas culturais e científicas e de correntes ideológicas
e políticas de caráter mundial (socialismo, comunismo, fascismo, liberalismo,
diversos tipos de movimentos religiosos e de organizações internacionais). Destaca-se,
por sua peculiar importância na política mundial, a Internacional Comunista.
Entretanto, essas tendências não anularam a ação estatal e, pelo contrário, em
certas conjunturas potencializaram-na: as guerras entre as grandes potências
chegaram a ter, assim, um alcance universal4. Também é preciso recordar que, ao
iniciar-se o século XX, grande parte da população do mundo não vivia sob a
jurisdição de Estados soberanos, mas inseriam-se no marco de diversas formas de
dominação colonial e semicolonial. Um resultado visível das últimas cinco décadas
é, por isso, a multiplicação de Estados independentes no cenário internacional.
Na realidade, o peso ainda vigente dos Estados nacionais, particularmente o das
grandes potências, faz-se mais visível no plano político, estratégico e militar, como
mostram a Guerra do Golfo e o processo posterior de negociações e conflitos entre
os países líderes em relação a diversos pontos "quentes" da agenda internacional (o
caso da ex-Iugoslávia, Somália, Cuba, Irã e Líbia, etc), assim como as
discrepâncias a respeito do controle e desenvolvimento de armas nucleares dentro
do ainda vigente monopólio atômico. Tudo isso tem-se refletido na visível "crise"
dos organismos internacionais, como as Nações Unidas, cuja influência como ente
7. supra-estatal parecia afirmar-se progressivamente ao final dos anos 80 e início dos
90. O processo atual não marca, assim, o fim do sistema interestatal, pois
intensifica-se o papel dos Estados, considerando várias grandes potências no
cenário internacional5. Ao mesmo tempo, ainda que visivelmente haja uma
considerável diminuição da presença e poder de decisão do Estado no que concerne
aos países periféricos, muitos dos quais lograram desempenhar no passado um
papel significativo por meio do movimento de países "não-alinhados": sua maior
dependência dos mercados mundiais e as políticas de ajuste estrutural reduziram
neles a capacidade de forças locais de utilizar o aparato do Estado na busca de
maior poder interno e autonomia internacional.
Por estas razões, o processo de reformulação da força e debilidade dos diversos
Estados tem sua base não na extinção, mas na estruturação/desestruturação dos
espaços nacionais, tendo em conta o poder econômico e político de cada um deles e
a diversidade das sociedades, culturas e histórias.
O fim do império Soviético, por exemplo, caracterizou o período como de
emergência de nações outrora apagadas no Leste que reivindicaram seus direitos
de constituir-se como Estados. Em alguns casos, como o iugoslavo – em que
inicialmente houve desacordos entre as potências ocidentais –, assiste-se ao
retorno de nacionalismos "fundamentalistas", a exemplo do que acontece no
Oriente Médio e Afeganistão, ao mesmo tempo em que crescem as correntes
neofascistas e nacionalistas retrógradas na Europa e nos Estados Unidos. Esses
fenômenos ligam-se a fatores históricos ou constituem uma resposta à globalização
como signos de resistência de valores culturais ameaçados, mas também
expressam uma tendência contraditória inerente ao próprio processo econômico e
político em curso na ordem mundial. Assim, as forças internacionais têm
engendrado no establishment norte-americano disjuntivas nacionalistas (como as
de vários candidatos a eleições presidenciais), diante da necessidade de afirmar a
presença dos Estados Unidos no cenário internacional.
Tanto diplomatas, como Kissinger, quanto economistas, como Thurow e Reich, são
representativos dessa tendência. Para Kissinger, por exemplo, o fim da bipolaridade
mostrou uma crise de hegemonia no sistema internacional, tornando visível no
plano político a já existente multipolaridade econômica e os "graus de liberdade"
para as potências emergentes que oferecia a ausência de um inimigo único
juntamente com o notório debilitamento norte-americano. "A inexistência de uma
ameaça ideológica ou estratégica – assinala Kissinger – deixa as nações livres para
seguirem uma política exterior sustentada em seu interesse nacional imediato" em
um sistema internacional "caracterizado por 5 ou 6 grandes potências e uma
multiplicidade de Estados menores"6. Não haverá pax americana ou alemã ou
japonesa, "a hegemonia do sistema capitalista não corresponde a de nenhuma
potência ou nação capitalista individual"7.
De um ponto de vista econômico, Thurow chega a conclusões parecidas procurando
encontrar as vantagens competitivas dos Estados Unidos, em um livro com um
subtítulo sugestivo: A batalha econômica entre Japão, Europa e América. Robert
Reich, parafraseando Adam Smith, fala, por seu turno, do "trabalho das nações", e
Paul Krugman, criticando ambos os autores, parte de um ponto de vista distinto, a
denúncia da "falsa competitividade" das economias nacionais, para chegar a uma
conclusão parecida: os Estados-Nações gozam de boa saúde nos países
desenvolvidos porque o núcleo de suas economias não depende dos mercados
externos8.
Um recente artigo da The Economist, cujo ideário liberal não se pode questionar,
assinalava de forma alarmada que, ainda que os mercados tendam a ser cada vez
8. mais globais, nos Estados industrializados os gastos públicos aumentaram
notavelmente nos últimos anos. Uma análise histórica mostra que esses gastos com
relação ao PIB tiveram um incremento médio, para o conjunto desses países, de
27.9% em 1960 para 42.6% em 1980 e 45.9% em 1996. Estados Unidos e Grã-
Bretanha, paradigmas das novas políticas econômicas, não viram diminuir
significativamente seus gastos públicos nos últimos 20 anos9.
Portanto parece prematuro imaginar que os espaços nacionais tendam a
desaparecer, dissolvendo-se em um contexto mundial global. Enquanto certos
países mantêm ou reforçam seus aparatos estatais e outros desestruturam-se ou
fragmentam-se, emerge o nacionalismo em várias regiões do globo e diversas
comunidades reivindicam um Estado próprio para afirmar processos de
consolidação nacional.
Finalmente, é necessário ressaltar que os próprios projetos de integração regional,
ao mesmo tempo em que tendem a comprometer as soberanias nacionais,
expressam uma tendência à constituição de supra-soberanias que contradizem
também os pressupostos da "aldeia global". Com todas as críticas que é possível
apontar em relação a sua dificultosa institucionalização, a União Européia, que já
tem instituições políticas em funcionamento (o Parlamento Europeu) e uma densa
burocracia em Bruxelas e Estrasburgo, é o exemplo que mais caminha nessa
direção. A futura moeda única européia participa igualmente de ambos os
fenômenos: vai comprometer as soberanias estatais no manejo de um dos pilares
do Estado moderno, o instrumento monetário, mas vai criar também um padrão de
medida de valor exclusivamente europeu, representando essa exclusividade um
desafio econômico frente ao resto do mundo.
O Mercosul está ainda longe da realidade européia. Carece de instituições estáveis
e, sobretudo, de mecanismos políticos. Mas as discussões a respeito de uma ampla
agenda de temas comuns – ALCA, Conselho de Segurança das Nações Unidas,
OTAN – transformam cada vez mais o espaço comercial em um espaço de
negociação política e econômica em relação aos demais países e regiões. Da
coordenação das políticas macroeconômicas e comerciais até a das políticas
exteriores, um amplo espectro de questões que podem comprometer a soberania
de cada um dos Estados participantes vislumbra-se num horizonte próximo. No
entanto, e mais ainda no caso do Mercosul, integrado exclusivamente por países
em desenvolvimento, a unidade regional incrementa o poder negociador de cada
nação separadamente. Como aconteceu com os devastados países da Europa
Ocidental no segundo pós-guerra, as sociedades devastadas da década perdida do
nosso Cone Sul latino-americano podem reforçar sua posição internacional
construindo uma aliança regional que fortalecerá sua presença no mundo. Os
Estados-Nações, longe de desaparecerem, descobrem novos meios de persistir em
um mundo globalizado.
9.
10. Atividade de Sala 05/09/14
1ª) (UNICENTRO) Sobre a ação do Estado na política econômica e social de
um país e suas repercussões nas sociedades contemporâneas, assinale a
alternativa correta.
a) Nos regimes socialistas derivados do antigo bloco soviético o Estado
apresenta-se pouco atuante, sendo que as comunas populares controlam o
sistema produtivo e o poder.
b) A social democracia caracteriza-se pela valorização da iniciativa privada e
pela ausência de seguridade social do Estado. Os serviços de saúde,
educação e seguridade social são privados.
c) No capitalismo neoliberal o Estado não é controlador do mercado,
favorecendo a livre iniciativa e a livre competição entre as empresas. Não
prioriza o protecionismo da produção industrial nacional.
d)O Estado laico caracteriza-se pela ingerência religiosa nos assuntos de
Estado. O Irã é um exemplo de Estado laico.
e) O Parlamentarismo é a forma de representação própria das monarquias e
dos regimes totalitários; o Presidencialismo é próprio das democracias
socialistas.
2ª) (MACK) Segundo Wallerstein (1991), o capitalismo “... foi, desde o início,
um elemento da economia mundial e não dos estados-nação. O capital nunca
permitiu que suas aspirações fossem determinadas por fronteiras nacionais.”
Considere as afirmações a respeito do modo de produção capitalista abaixo.
I. O capitalismo comercial marca o período dos estados absolutos e do
intervencionismo estatal na economia, o que denominamos de mercantilismo.
II. O capitalismo financeiro globalizado acelera a concentração de capitais,
gerando grandes conglomerados econômicos; mas, em contrapartida ao
avanço capitalista mundial, ampliou-se a exclusão social e a marginalização
dos países periféricos.
III. Tanto o capitalismo comercial quanto o capitalismo financeiro aplicam as
diretrizes do liberalismo econômico, especialmente no que diz respeito ao livre
comércio e ao fim dos monopólios comerciais.
É correto assinalar que
a) somente a afirmativa I está correta.
b) somente a afirmativa III está correta.
c) somente as afirmativas II e III estão corretas.
d) somente as afirmativas I e III estão corretas.
e) somente as afirmativas I e II estão corretas.
11. 3ª) (FUVEST) Com base em seus conhecimentos, assinale a alternativa
correta.
a) Apesar da grave crise econômica que atingiu alguns países da Zona do
Euro, entre os quais a Grécia, outras nações ainda pleiteiam sua entrada nesse
Bloco.
b) A ajuda financeira dirigida aos países da Zona do Euro e, em especial à
Grécia, visou evitar o espalhamento, pelo mundo, dos efeitos da bolha
imobiliária grega.
c) Por causa de exigências dos credores responsáveis pela ajuda financeira à
Zona do Euro, a Grécia foi temporariamente suspensa desse Bloco.
d) Com a crise econômica na Zona do Euro, houve uma sensível diminuição
dos fluxos turísticos internacionais para a Europa, causando desemprego em
massa, sobretudo na Grécia.
e) Graças à rápida intervenção dos países membros, a grave crise econômica
que atingiu a Zona do Euro restringiu-se à Grécia, França e Reino Unido.
4ª) (CEFET-MG) Esta questão questão refere-se ao trecho abaixo.
A rede, um meio que, por sua vocação e natureza técnica, é uma espécie de
ágora, candidata-se a contribuir para a modelagem do novo espaço urbano e
metropolitano, mediando o local e o global, o material e o digital, o passado e o
futuro, a memória e o projeto. GUIDI, Leda. Democracia eletrônica em
Bolonha: A rede Iperbole e a construção de uma comunidade participativa on-line.
In: CEPIK, Marco e EISENBERG, José. Internet e Política. Belo Horizonte:
Editora UFMG, 2002.
O uso dos sistemas técnicos em rede no planejamento urbano participativo
pode ser verificado na (no).
a) implementação de programas de inclusão social em escala global.
b) disseminação de informações governamentais de domínio público.
c) formulação de pareceres técnicos para gerenciamento de áreas de risco.
d) deliberação sobre código de posturas para a organização do município.
e) tratamento de dados espaciais para a gestão turística de áreas conturbadas.
5ª)(URCA) O espaço industrial brasileiro, vem apresentando uma dinamicidade
provocada pela mundialização da economia, pela revolução técnico - científica
informacional e por outros fatores que permitem caracterizá-lo, atualmente, da
seguinte forma:
a) Armazenamento, transmissão sem rede de informação e segmentação da
produção localizada.
b) Meio técnico informacional, que permite a secundarização, segmentação da
produção mundializada e organização do setor primário pré - capitalista.
12. c) Produção de novos materiais ligados somente ao setor terciário, inclusão do
meio técnico na produção de bens não duráveis e não utilização de fonte de
energia.
d) Desarticulação entre a pesquisa e a tecnologia, o processo de seleção de
sementes e busca de mão-de-obra qualificada local.
e) Informatização, segmentação da produção de bens, articulação entre a
pesquisa e a tecnologia e a produção de novos materiais.
6ª) (IFBA) Disponível em: . Acesso em 01 jul. 2013. O desenvolvimento
tecnológico vem sendo um elemento definidor do espaço na globalização, em
suas múltiplas escalas e dimensões geográficas. Nesse sentido, pode-se
afirmar que:
a) as empresas multinacionais impulsionam a uniformização dos padrões de
estética e consumo nas periferias capitalistas, induzindo assim o
desenvolvimento econômico local.
b) a revolução tecnológica possibilitou a articulação da sociedade global em
rede, definindo novos significados para as fronteiras espaciais que convergem
para a integração política do espaço geográfico mundial.
c) o espaço globalizado é marcado pela descentralização espacial da indústria
e por profundas transformações técnicas na produção industrial, sendo,
contudo, preservados os direitos sociais da classe trabalhadora.
d) a utilização intensiva da tecnologia na produção industrial também vem
impactando o mercado de trabalho, sendo reduzida de forma significativa a
participação do setor de serviços na economia capitalista.
e) a técnosfera é a expressão geográfica da esfera técnica que repercute
diretamente na prática econômica, política e social, constituindo-se numa nova
base nova para o entendimento da regionalização mundial.
7ª) (UNCISAL) Com base no texto abaixo e nos conhecimentos sobre a
temática globalização,
A Globalização não apaga nem as desigualdades nem as condições que
constituem uma parte importante do tecido da vida social nacional e mundial.
Ao contrário, desenvolve umas e outras, recriando-se em outros níveis, com
novos ingredientes. As mesmas condições que alimentam a interdependência e
a integração, as desigualdades e contradições, em âmbito tribal, regional,
nacional, continental e global.
É correto afirmar que,
a) a importação do cinema norte-americano e da literatura europeia configura-se
em um dos aspectos da globalização que afeta positivamente o Terceiro
Mundo.
13. b) a revolução tecnológica constitui-se na grande conquista da era da
globalização, pois ela garante o estabelecimento de regimes democráticos no
mundo.
c) num mundo globalizado, a desigualdade, que é parte integrante das
sociedades, desaparece em função do desenvolvimento igualitário da relação
de produção material e cultural.
d) a globalização constitui-se em um fenômeno de abertura das economias
rumo a uma integração mundial e é, ao mesmo tempo, seletiva, pois não
envolve todas as regiões, atividades e segmentos sociais.
e) a globalização caracteriza-se pela valorização das culturas locais visando à
criação e à implantação de democracias multiculturais nas Américas e na Ásia.
8ª) (UDESC) O início do século XXI vem sendo marcado por uma grave crise
financeira e econômica mundial, culminada por diferentes eventos. Alguns
analistas comparam parte de seus efeitos com aqueles decorrentes da crise da
primeira metade do século XX marcada pela _____________. Ao contrário da
precedente, a atual crise não pode ser marcada por um único evento, mas sim
eventos, como, por exemplo, o estouro da “bolha da internet” (Índice Nasdaq),
em 2001, a quebra de bancos de investimentos importantes nos EUA, em
2008, dentre outros. Em suas diferenças e especificidades, porém, pode-se
afirmar que ambas as crises são _____________ e geraram _____________.
Igualmente que afetaram, sem precedentes, a economia de diferentes países,
sendo grande parte por causa da ______________.
Assinale a alternativa que preenche corretamente os espaços em branco, na
sequência estabelecida, com as respectivas informações que se integram ao
contexto.
a) crise dos suprimes – nacionais – superinflação – crise das moedas como
dólar e o euro.
b) quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929 – mundiais – recessão
– interdependência entre os mercados.
c) Primeira Guerra Mundial, em 1914 – mundiais – guerra – indústria
armamentista.
d) crise do café no Brasil, em 1929 – regionais – crescimento – comodities.
e) quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, 1929 – diferentes, pois uma era
local e outra mundial – medo do comunismo e agora medo do esfacelamento
da União Européia – crise política e econômica na Europa e EUA.
14. VESTIBULAR 2012
1-(UDESC) Na década de 1980, Ronald Reagan (nos Estados Unidos) e Margareth
Thatcher (na Inglaterra) levaram a cabo políticas formuladas com base nas ideias
econômicas desenvolvidas em meados dos anos 1970, que defendiam transformações
substanciais no capitalismo, a fim de superar a crise da década. Esse conjunto de ideias
e medidas – adotado pela maioria dos países desenvolvidos no período – pode ser
explicado, de modo geral, (1) ...................................... e ficou conhecido como (2)
.............................................
Assinale a alternativa correta que preenche os espaços (1) e (2) na sequência
estabelecida, com as respectivas definições.
a) (1) pela intervenção direta do Estado na economia nacional, política econômica
baseada na teoria do economista inglês John Keynes (2) New Deal.
b) (1)pelo aumento da produção industria le pela participação no comércio
internacional,bem como políticas de valorização da moeda por parte do Estado, com o
objetivo de fortalecer a economia nacional (2) capitalismo monopolista.
c) (1) pela não intervenção do Estado na economia; ao Estado cabia apenas a gerência
sobre a formação dos trustes e cartéis (2) mão invisível do mercado.
d) (1) pela não intervenção do Estado na economia, o que incluía deixar de defender a
manutenção dos empregos, e o corte significativo de gastos públicos na área social (2)
neoliberalismo.
e) (1) pela intervenção estatal na economia; para proteger o mercado interno, o governo
armazenou a produção do setor agrícola, a fim de aumentar os preços no mercado
interno e a elevação de taxas de importação, etc. (2) neoliberalismo.
2-(UNIFOR) A crise econômica atual nos países mais desenvolvidos vem dando origens
a manifestações e movimentos populares destinados a questionar os fundamentos e o
funcionamento dos sistemas político e econômico nesses países. Exemplo desses
movimentos populares contestatórios, o movimento “Ocupe Wall Street” vem ganhando
rapidamente adeptos em várias outras cidades norte-americanas, bem como europeias e
asiáticas. Sobre tal assunto, assinale a alternativa correta.
a) O “Ocupe Wall Street” é um movimento popular caracterizado pela ausência de uma
liderança individual e por sua composição por pessoas de várias cores, gêneros e
orientações políticas contrárias às decisões políticas favoráveis ao sistema financeiro.
b) Nos Estados Unidos, o “Ocupe Wall Street” tem grande semelhança com o
movimento “Tea Party”, pois, ambos defendem forte atuação do governo com o
objetivo de defender a classe trabalhadora americana.
c) O movimento “Ocupe Wall Street” resultou do grande interesse, nos Estados Unidos,
pelo debate político levantado pela eleição do Presidente Barak Obama em 2008 e de
sua grande popularidade.
d) Os participantes do movimento “Ocupe Wall Street” são contrários à utilização de
redes sociais disponíveis na rede mundial de computadores (Internet), como forma de
divulgação de suas ideias, pois as consideram comprometidas com o sistema financeiro
internacional.
e) Os movimentos populares semelhantes ao “Ocupe Wall Street” são, de modo geral,
ligados a partidos políticos tradicionais, vistos pelos participantes de tais movimentos
como representativos de seus interesses junto aos governos de seus países.
3-(UNIFOR) A Grécia vem enfrentando, notadamente a partir de 2008, uma forte crise
econômica, a qual, em 2011, ganhou um novo impulso, afetando não apenas a economia
local, mas a economia europeia como um todo e, em especial, os países integrantes da
chamada “zona do euro”. Sobre tal assunto, assinale a alternativa correta.
15. a) O previsto déficit das contas públicas na Grécia em 2011 decorre do fato de que o
governo desse país terá receitas superiores a suas despesas ao longo desse ano.
b) A Grécia deixou de utilizar sua antiga moeda nacional, denominada dracma,
passando a utilizar somente o euro como sua moeda, a partir de 1o de janeiro de 2001.
c) Os governos dos principais países europeus, tais como França e Alemanha, têm
evitado maior envolvimento na busca por uma solução para a crise econômica grega.
d) A “zona do euro” (também conhecida como eurozona ou ainda Eurolândia) refere-se
à união monetária dentro da União Europeia, na qual todos os estados-membros
adotaram oficialmente o euro como moeda comum.
e) A população grega tem realizado várias demonstrações de apoio às medidas
econômicas voltadas para a superação da crise, implementadas pelo governo de seu
país.
4- (MACK) “Para funcionar, o mercado precisa realmente de um agente catalizador,
que é invisível, que é a confiança. Sem esse agente, o mercado não funciona. Durante
esses anos todos, os governos foram permitindo que a imaginação ampliasse os
negócios, que se criassem derivativos, se criassem novas instituições. Em algum
momento, ocorreu um problema, que foi a crise do subprime. Na verdade, essa crise
era uma coisa restrita, inicialmente.”
(...)
“Sobre isso não há dúvida. O mais grave, no entanto, é que ele (o Fed) continuou com
a ideia de que não precisava regular, de que os agentes do mercado teriam aquilo que
Adam Smith (economista inglês do século 18) chamou de o observador imparcial. Ou
seja, acreditaram na hipótese de que os agentes não fariam sacanagem nenhuma. Mas
ficou visível que esse mercado, com essa imaginação e com os incentivos perversos que
ele estabeleceu, como aquele sistema de bônus absurdo, construiu isso que está aí. Em
minha opinião, o Fed errou duas vezes. Errou porque manteve a taxa de juros muito
baixa durante muito tempo. Ela foi permissiva, foi laxista e permitiu que tudo isso
acontecesse. O mais grave, no entanto, é que não houve o menor controle da qualidade
das operações.”
Delfim Neto
No trecho da entrevista acima, a respeito da crise financeira de 2008, é correto afirmar
que o economista Delfim Neto
a) indica a liberdade irrestrita dos agentes financeiros como a solução para os problemas
que dela resultaram.
b) aponta que o problema central da crise foi o excesso de regulação das atividades
financeiras e o desvio dos governos em relação às práticas neoliberais.
c) entende que o problema se restringia ao subprime, pois os agentes econômicos se
autoregulariam.
d) acredita que a falta de confiança, ou seja, uma crise de crédito foi o fator
preponderante da crise deflagrada com o problema do subprime.
e) critica as práticas socialistas de controle e defende explicitamente a ampla liberdade
dos agentes financeiros.
5-(UERJ)
Os Investimentos Estrangeiros Diretos nos países incluem todo tipo de capital investido,
à exceção daqueles para fins especulativos no setor financeiro. No atual momento do
capitalismo, a posição ocupada pelos países emergentes indicados no gráfico reflete,
principalmente, a seguinte característica de suas economias:
a) crescimento potencial do mercado consumidor
b) perspectiva de produção agrícola de exportação
16. c) industrialização tardia baseada em energia limpa
d) desenvolvimento expressivo de bens de alta tecnologia
6- (G1-CFTMG))
Mapa do mundo econômico
A partir da análise do mapa, não é correto inferir que o(s)
a) fluxos financeiros concentram-se entre os integrantes do grupo dos países centrais.
b) principais nós da rede encontram-se na interligação meridional das diversas bolsas de
valores.
c) laços evidenciam a existência de uma periferia semi-integrada aos principais polos
econômicos.
d) cinturões confirmam o predomínio da dinâmica de deslocamento populacional
temporário no norte.
7- (UEC) As recentes projeções sobre o crescimento global da economia apontam para
um cenário de redução em 2011 e 2012. O FMI também alerta que a estabilidade da
economia mundial pode ser ameaçada
a) pelo agravamento da crise da dívida na economia europeia.
b) pela redução dos gastos públicos nos países do MERCOSUL.
c) pelo impacto econômico da super safra de soja e milho nos EUA em 2011.
d) pela redução da dívida nas economias americana e japonesa.
8- (UPE) Observe com atenção o organograma a seguir:
O organograma acima exibe duas versões distintas do sistema capitalista, planejadas em
diferentes épocas, intrínsecas à economia de mercado, contudo diferenciadas por
características marcadas por oposições conjuntas. Sobre elas, analise os itens a seguir:
I. O Keynesianismo defende a ampla intervenção do Estado na economia, enquanto o
Neoliberalismo aceita uma intervenção mínima do Estado na economia.
II. O Keynesianismo é favorável ao aumento de gastos públicos, enquanto o
Neoliberalismo estimula o Estado de bem-estar social.
III. O Keynesianismo propõe a geração de empregos por intermédio da receita pública,
enquanto o Neoliberalismo defende a abertura econômica dos países.
IV. O Keynesianismo critica o pensamento econômico clássico, enquanto o
Neoliberalismo busca aplicar os princípios do liberalismo clássico.
V. O Keynesianismo critica o princípio da “mão invisível”, enquanto o Neoliberalismo
critica a privatização de estatais.
Apenas está CORRETO o que se afirma em
a) I.
b) III.
c) I e II.
d) I, III e IV.
e) I, II, III e V.
9- (UNICAMP) Faz cerca de vinte anos que “globalização” se tornou uma palavra-chave
para a organização de nossos pensamentos no que respeita ao funcionamento do
mundo. A palavra “globalização” entrou recentemente em nossos discursos e, mesmo
entre muitos “progressistas” e “esquerdistas” do mundo capitalista avançado, palavras
mais carregadas politicamente passaram a ter um papel secundário diante de
“globalização”. A globalização pode ser vista como um processo, uma condição ou um
tipo específico de projeto político.
(Adaptado de David Harvey, Espaços de Esperança. São Paulo: Edições Loyola, 2006.
p. 79.)
17. a) Identifique uma característica política e uma cultural do processo de globalização.
b) Quais as principais críticas econômicas dos movimentos antiglobalização?
Resposta:
a) Dentre as características políticas do processo de globalização, podem ser
indentificados a diminuição dos poderes dos Estados Nacionais como entidades
autônomas diante de blocos regionais (União Européia, MERCOSUL, entre outros) e
organismos como a ONU; em vários países, houve a adoção de princípios liberais
democráticos e neoliberais – sobretudo com o fim da Guerra Fria, simbolizado na queda
do Muro de Berlim em 1989. Como características culturais, poderiam indicar os
processos de homogeneização e integração de culturas sintetizadas pela “aldeia global”,
ao mesmo tempo em que há a valorização de identidades locais, expressas naquilo que
se denominou “multiculturalismo”. Todos esses processos foram facilitados com a
revolução tecnológica da informação, como as formas de comunicação em massa
propiciadas pela internet, pelas redes sociais etc.
b) Como principais bandeiras dos movimentos antiglobalização, estão as críticas ao
modelo neoliberal; a geração de desigualdade entre as economias; a interdependência e
vulnerabilidade dos mercados, gerando crises mundiais; o desmantelamento das formas
de produção tradicionais em vários países; a precarização do trabalho com o aumento do
desemprego e da informalidade. Outro alvo de críticas é a degradação ambiental e a
ausência de políticas de sustentabilidade diante da aceleração dos processos de
produção.
10-(FGV-SP) O rebaixamento da nota de classificação de risco dos Estados Unidos,
pela Standard e Poor’s, gerou uma nova onda de pânico no mercado global. A segunda-feira
8 [de agosto] abriu com queda nas bolsas de valores do mundo inteiro – a Bovespa
foi uma das mais prejudicadas, com queda de 8,08% – e o Banco Central Europeu tratou
de fortalecer os países do bloco para evitar novos rebaixamentos, por meio da injeção de
capital e controle de taxas cambiais.
http://www.cartacapital.com.br/economia/a-decada-perdida-para-a-europa
O rebaixamento da nota de classificação mencionado na reportagem ocorreu no
contexto:
a) da crise da dívida pública estadunidense, que atualmente equivale a mais que 100%
do PIB do país.
b) da disputa entre republicanos e democratas, que inviabilizou o acordo que ampliaria o
teto de endividamento dos Estados Unidos.
c) da adoção de medidas de regulamentação do setor financeiro, o que produziu a
desvalorização dos títulos emitidos pelo Tesouro estadunidense.
d) da crise da zona do euro, que já provocou o rebaixamento da nota de classificação da
França e da Alemanha.
e) de um erro de cálculo da Standard e Poor’s, já assumido publicamente pela agência.
11- (UNICAMP) Importantes transformações produtivas e na forma de organização do
trabalho têm ocorrido nas últimas décadas em todo o mundo e também no Brasil.
Assinale a alternativa correta.
a) Em todo o mundo vêm sendo observadas mudanças em relação ao assalariamento e
ao desemprego, como a precarização das relações de trabalho para desoneração da
produção, e o crescimento da informalidade.
b) Acordos e tratados internacionais, dos quais o Brasil é signatário, tratam da questão
do trabalho escravo e proíbem a escravidão por dívida, razão pela qual esse tipo de
18. trabalho forçado não é registrado no país desde 1888.
c) Considerando a oferta de trabalho no Brasil, observa-se uma mudança de tendência,
com a diminuição de oferta de emprego no setor primário e terciário, e efetivo aumento
da oferta de emprego no setor secundário da economia.
d) Uma característica marcante das relações de trabalho na etapa atual do modo de
produção é a maior organização sindical.
VESTIBULAR 2011
1-(UNIOESTE) O fenômeno da Globalização, constituído por processos diversos,
marca a experiência do tempo e do espaço vivenciada atualmente. Sobre este tema
considere as afirmações a seguir:
I. Com a globalização as relações de intercâmbio se intensificaram, levando a um
acirramento da concorrência entre lugares, cidades e países que disputam os
investimentos estrangeiros.
II. Os fluxos de mercadorias, capitais e informações cresceram no mundo
globalizado, intensificando o poder dos Estados sobre as suas economias nacionais.
III. O processo de globalização não é somente caracterizado pela intensificação das
relacões transfronteiricas e globais, mas também pelo aumento das disparidades
entre lugares e países, por novos processos de exclusão socioeconômica.
IV. Caracterizam a globalização, entre outros fatores, a maior dificuldade do
estabelecimento dos fluxos transfronteiricos de capitais e mercadorias.
V. As redes que sustentam os fluxos transnacionais também podem dar suporte aos
circuitos informais de lavagem de dinheiro em paraisos fiscais e de atuação do
narcotráfico internacional.
Assinale a alternativa que indica as afirmações INCORRETAS.
a) I, II e III.
b) IV e V.
c) II, III e V.
d) III e IV.
e) II e IV.
2-(UNIR) As imagens abaixo mostram a localização de dois eventos mundiais
ocorridos em 2009, simultaneamente.
Sobre esses dois importantes fóruns mundiais, pode-se afirmar:
19. a) Em Davos, reuniram-se representantes da riqueza do planeta com objetivo
principal de elaborar políticas sociais para tirar da pobreza os excluídos da
globalização.
b) Em Davos, no Fórum Econômico Mundial, os chefes de Estado dos países mais
ricos do mundo exibiram seu otimismo com os bons resultados econômicos,
consequência direta da adoção de políticas neoliberais em seus países.
c) No Fórum Econômico Mundial, os países ricos se comprometeram a reduzir
drasticamente os subsídios agrícolas como forma de melhorar a concorrência na
Organização Mundial do Comércio.
d) A cidade de Belém recepcionou a vanguarda do movimento social e político do
mundo que luta contra a exclusão social provocada pela globalização da economia.
e) No Fórum Social Mundial, a notícia do fim do protecionismo anunciada pelos
países ricos foi dada como verdade e vista como um gesto positivo na luta contra as
desigualdades mundiais.
3-(UNEAL) Leia a frase para responder à questão.
Fenômeno decorrente da implementação de novas tecnologias de comunicação e
informação, isto é, de novas redes técnicas, que permitem a circulação de ideias,
mensagens, pessoas e mercadorias num ritmo acelerado, e que acabaram por criar
a interconexão entre os lugares em tempo simultâneo.
PCN Geografia. Adaptado
A descrição revela o fenômeno da
a) conurbação.
b) metropolização.
c) globalização.
d) revolução industrial.
e) favelização.
4-(UFBA) A contextualização do momento histórico compreendido nas últimas
quatro décadas do século XX explica a divulgação de duas teorias político-econômicas
— o neoliberalismo e a globalização capitalista —, que passaram a
exercer grande influência nas relações internas e externas do mundo atual.
Apresente o conceito de neoliberalismo e indique uma prática resultante da sua
aplicação.
Reposta:
Conceito:
Teoria política e econômica que se fundamenta na crença do poder de livre
regulamentação do mercado; assim sendo, o mercado deve funcionar sem
nenhuma restrição, e a liberdade econômica deve ser absoluta.
Princípios de economia defendidos, desde 1944, por Friedrich von Hayek,
austríaco naturalizado inglês, autor do livro “O Caminho da Servidão”. A teoria
preconiza ainda que a desigualdade social é benéfica, pois tem a função de
estimular a concorrência capitalista.
20. Prática:
― Inglaterra – Margareth Tatcher (1979-1990) – Cortou os gastos sociais,
aumentou o desemprego, derrotou sindicatos, privatizou empresas estatais e
baixou os impostos dos ricos.
― Estados Unidos – Ronald Reagan (1980-1988) – pôs em prática a política de
valorização do dólar.
― República Federal da Alemanha – Herbert Kohl – desagregação do estado do
bem estar social.
― Brasil – Fernando Collor de Melo e Fernando Henrique Cardoso – abriram o
mercado à livre concorrência e puseram em prática as privatizações.
5-(UFPR) A globalização é um fenômeno que tem como uma de suas
características fundamentais a crescente abertura econômica e política entre os
países. Sobre esse fenômeno, é correto afirmar:
a) Sua emergência tornou obsoletos os blocos econômicos regionais, pois facilitou o
comércio direto de país para país.
b) Uma das consequências políticas do fortalecimento desse fenômeno foi a
transferência da soberania nacional para organismos supranacionais, a exemplo
da ONU.
c) As fronteiras nacionais perderam suas funções legais de controle de fluxos.
d) A causa da globalização foi a queda do muro de Berlim, dando fim à divisão do
mundo conhecida como bipolaridade e iniciando uma nova fase, a multipolaridade.
e) O desenvolvimento tecnológico associado às condições políticas mundiais das
últimas décadas do século XX intensificou o processo de globalização
6-(UNEAL)
A primeira eleição de Ronald Reagan para a presidência dos Estados Unidos
(1980) coincidiu com o início do governo de Margaret Thatcher, líder do Partido
Conservador, na Inglaterra. Orientados por uma mesma concepção de governo,
dariam dimensão internacional ao neoliberalismo (...)
Alceu L. Pazzinato e Maria Helena V. Senise, História Moderna e Contemporânea
A doutrina econômica a que o texto se refere defende
a) o Estado de Bem Estar Social nas nações subdesenvolvidas.
b) a prática da estatização dos recursos naturais.
c) a intervenção mínima do Estado da economia.
d) o desestímulo à livre circulação de capitais internacionais.
e) a criação de rígida legislação de proteção ao trabalho.
7-(UEL)
21. (RUGGI, L. ; RESENDE, R.;
CARNIEL, F. Em campo com passaporte: notas sobre as transferências
internacionais de jogadores de futebol brasileiros. Disponível em: . Acesso em: 27
jun. de 2010.)
Com base na tabela e nos conhecimentos sobre as desigualdades geoeconômicas no
mundo, assinale a alternativa correta.
a) A concentração das transações financeiras futebolísticas reflete o poder desigual
de atração das diversas regiões de destino sobre o principal país fornecedor desses
atletas no contexto do processo de globalização.
b) Os dados indicam que, entre 2007 e 2008, houve um crescimento da migração de
jogadores brasileiros para cada uma das regiões consideradas.
c) A proximidade cultural do Brasil com os demais países das Américas explica o
fato de haver mais transferências de jogadores para essas regiões
comparativamente aos mercados europeus.
d) Entre 2007 e 2008, a África foi o continente que, percentualmente, apresentou o
maior crescimento como mercado receptor de jogadores brasileiros, tendo em vista
a realização de sua primeira Copa do Mundo.
e) A substituição do continente europeu pelo asiático como destino principal de
jogadores brasileiros entre 2007 e 2008 pode ser explicada pela crise financeira de
2008, iniciada em solo europeu.
8-(UNIR) Analise os dois trechos de notícias abaixo.
Espanha, Portugal e Grécia devem reduzir salários.
Espanha, Portugal e Grécia terão que assumir sacrifícios como uma redução de
salários para recuperar competitividade, afirmou o economista-chefe do FMI
(Fundo Monetário Internacional), Olivier Blanchard, em entrevista publicada
nesta terça-feira (2) pelo diário econômico francês Les Echos. Para o FMI, o
restabelecimento de competitividade pode exigir grandes sacrifícios, como uma
baixa dos salários. Essa será a maneira encontrada pelos governos para sanar a
dívida pública.
22. (Disponível em http://noticias.r7.com/economia/noticias. Acesso em 10/10/2010.)
Trabalhadores alemães e italianos ocupam as ruas contra arrocho.
Dezenas de milhares de alemães protestaram neste sábado (12) contra o que está
sendo considerado como o maior pacote de austeridade da Alemanha desde a
Segunda Guerra Mundial. O governo da coalizão direitista e cada vez mais
impopular da chanceler Angela Merkel acertou, na última segunda-feira, um
pacote de cortes orçamentários para trazer o déficit federal de volta aos limites
estabelecidos pela União Europeia até 2013.
(Disponível em www.vermelho.org.br. Acesso em 13/06/2010.)
Pode-se afirmar corretamente que os trechos acima
a) são excludentes uma vez que tratam de questões distintas.
b) não fazem parte de um mesmo contexto, uma vez que o primeiro trata do FMI e
o segundo, da Alemanha.
c) relacionam-se porque mostram as políticas adotadas por governos europeus na
condução da crise econômica iniciada em 2008 nos Estados Unidos.
d) completam-se porque abordam aspectos da criação da União Europeia.
e) não se relacionam uma vez que tratam de aspectos divergentes quanto à
resolução da crise econômica provocada pela União Europeia.
9-(PUC-PR-CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA) Em abril de 2010 um
vulcão entrou em erupção na Islândia. Apesar da sua localização geográfica, as
fumaças lançadas na atmosfera levaram ao fechamento de vários aeroportos da
Europa, provocando atrasos e cancelamentos de viagens em escala mundial. Essa
situação demonstra que:
a) No mundo globalizado a dependência dos transportes aéreos e a necessidade da
rapidez nos deslocamentos de pessoas e no transporte de cargas são tamanhas, que
mesmo os trens de alta velocidade, existentes em vários países europeus, não
conseguem suportar o volume a ser transportado, o que pode causar um
verdadeiro “caos aéreo”.
b) Os aeroportos do norte da Europa foram fechados para servir de alojamento à
população que precisou ser evacuada das áreas de risco nas imediações do vulcão,
afetando, dessa forma, o transporte aéreo mundial.
c) O conhecimento científico e a tecnologia sísmica foram capazes de prever a
atividade vulcânica com bastante antecedência. Assim foi possível evacuar a
população das áreas de risco, fator que causou o congestionamento dos principais
aeroportos da Europa.
d) O verdadeiro caos no transporte aéreo decorreu do intenso movimento de
passageiros nos aeroportos da Europa, pois o derrame das lavas vulcânicas
comprometeu a estrutura das principais rodovias do continente e fechou as
23. estações de trens.
e) Nenhuma das alternativas anteriores é correta.
10-(UFAL) O Capitalismo Moderno é um sistema político e econômico que ainda
predomina no mundo atual. Ele apresenta uma série de características, como as
que são mencionadas a seguir, exceto:
a) a globalização do capital financeiro.
b) a intensificação dos monopólios.
c) a redução considerável do direito à propriedade privada dos meios de produção.
d) o aumento da produtividade do trabalho.
e) a competição de oligopólios no mercado internacional.
11-(UFRN) O ano de 2008 foi marcado por uma crise econômica que se abateu
sobre os Estados Unidos. Nesse País, os efeitos da crise puderam ser observados
por meio do fechamento de bancos, da queda de ações em Bolsas de Valores, da
falência no Setor Imobiliário, do aumento do desemprego. As informações sobre a
referida crise circularam, simultaneamente, em diferentes partes do Mundo.
a) Justifique por que as informações sobre a crise dos EUA puderam ser
acompanhadas, simultaneamente, em diferentes partes do Mundo.
b) Levando em consideração a globalização econômica, explique por que a crise
que atingiu os Estados Unidos em 2008 afetou a Economia Mundial.
Resposta:
a) Porque a sociedade atual vive a Revolução Técnico-científica-informacional, ou
Terceira Revolução Industrial, que se caracteriza pelo avanço nas técnicas de
armazenamento, processamento e difusão de informações, utilizando redes digitais,
como a internet, os cabos de fibra ótica e os satélites de comunicação, com
capacidade de transmissão, em tempo real, de fatos ocorridos em escala mundial.
b) A globalização econômica se caracteriza pela intensificação dos fluxos de
mercadorias, serviços, capitais e informações, que interligam o espaço planetário
por meio de redes, que funcionam praticamente em tempo real, gerando a
interdependência entre os mercados no âmbito da economia mundial. Nesse
contexto, por ser os EUA um país que integra a rede do capitalismo mundial, cuja
economia está densamente articulada ao sistema econômico e financeiro, a crise
que lá se instalou provocou impactos nas demais economias do mundo.
12-(UFRN) Brasil, Rússia, Índia e China, constituem um grupo de economias
emergentes, que assumiram importância no mercado global. Esses países
contribuíram nos últimos cinco anos com mais da metade do crescimento do
produto global, ou seja, a soma do que foi produzido nos diferentes setores da
economia, ampliando significativamente a participação destes no comércio
24. mundial.
Sobre a participação desse grupo de países na economia mundial, pode-se afirmar
que:
a) A Rússia se destaca ofertando alimentos e matérias-primas para suprir as
demandas de consumo da sociedade indiana.
b) A China se destaca pela elevada qualificação de sua mão-de-obra e pelo
desenvolvimento industrial com rígido controle ambiental.
c) A Índia se destaca no setor de serviços de informática pela capacidade para
formar profissionais nas áreas tecnológicas.
d) O Brasil se destaca como fornecedor de petróleo e gás natural, atendendo as
demandas de consumo de energia da produção chinesa.
13-(UEPB) A globalização que marca a nova fase do desenvolvimento capitalista se
caracteriza pela mundialização da produção, da circulação e do consumo. Processo
este que foi viabilizado pelo avanço técnico acelerado. As transformações rápidas
que ocorrem na economia e na sociedade têm hoje a finalidade de intensificar a
competitividade, que é mola propulsora do processo de globalização.
Podemos identificar como estratégias competitivas do capitalismo globalizado:
I - A produção de transgênicos que, embora polêmica, é mais produtiva, aumenta a
resistência às pragas e cria a dependência dos produtores junto às empresas que
controlam as sementes geneticamente modificadas.
II - A customização, ou seja, a fabricação de produtos sob encomenda para atender
às especificações do consumidor final, em substituição à produção padronizada em
série e com grandes estoques.
III - A flexibilização da produção através da adoção de um mesmo padrão
produtivo das linhas de montagem, distribuídas pelos vários países do mundo, o
que reduz custos e retira a identificação de um produto como sendo de uma
nacionalidade.
IV - A adoção do protecionismo às empresas nacionais através dos subsídios e das
cotas para dificultar a concorrência dos produtos estrangeiros dentro dos
territórios nacionais.
Estão corretas apenas as alternativas
a) I, II e III
b) I, III e IV
c) I e IV
d) II, III e IV
e) II e III
14-(UFRR) A Divisão Internacional do Trabalho (DIT) é a divisão produtiva em
âmbito internacional. Ela passou por três grandes fases, sendo que, na atualidade,
ela se caracteriza:
a) Pelos países europeus serem conquistadores de novas terras em várias partes do
mundo, onde passaram a impor um domínio econômico;
25. b) Por ser conhecida como fase do capitalismo financeiro, em que os países
detentores de capital liberavam empréstimos aos países subdesenvolvidos para que
os mesmos pudessem implantar as filiais das empresas dos países ricos,
transformando estes países subdesenvolvidos em exportadores de produtos
industrializados;
c) Pelo desenvolvimento de grandes oligopólios transnacionais, que deslocam sua
capacidade produtiva para regiões em desenvolvimento, atrás de ofertas atrativas
que possibilitem redução dos custos de produção;
d) Pela divisão do mundo em dois grupos: os fornecedores de matéria-prima e os
exportadores de produtos manufaturados;
e) Pela divisão dos países do mundo nos blocos econômicos cristãos (comandados
pelos Estados Unidos da América) e muçulmanos (comandados pelo Irã).
VESTIBULAR 2010
15-(UERJ)
Description: uerj2010_1f_ciencias-humanas-p1_geo_50.wmf
Pela leitura do gráfico, podem-se inferir as seguintes características do momento
atual do capitalismo:
a) livre-concorrência e fragmentação do setor bancário
b) concentração econômica e formação de oligopólios financeiros
c) nacionalização da economia e associação dos capitais industrial e bancário
d) desregulamentação do mercado financeiro e predomínio dos bancos globais
16-(UERJ)
O ex-presidente do Banco Central americano disse ontem que “um tsunami do
crédito que ocorre uma vez por século” tragou os mercados financeiros. Em
audiência na Câmara dos Representantes dos EUA, frisou que as instituições não
protegeram os investidores e aplicações tão bem como ele previa.
Adaptado de O Globo, 24/10/2008
A crise financeira que se intensificou no mundo a partir do mês de outubro de 2008
colocou em xeque as políticas neoliberais, adotadas por muitos países a partir da
década de 1980.
A principal crítica ao neoliberalismo, como causador dessa crise, está relacionada
26. com:
a) diminuição das garantias trabalhistas
b) estímulo à competição entre as empresas
c) reforço da livre circulação de mercadorias
d) redução da regulação estatal da economia
17-(UNESP) Observe o mapa.
(Armand Colin. L’ Atlas
Du Monde Diplomatique, 2006. Adaptado.)
Após a observação dos fluxos comerciais mundiais, representados no mapa, aponte
as características que explicam a dinâmica do comércio mundial.
I. Os fluxos de mercadorias se repartem igualmente em todo o mundo, os fluxos
concentram-se entre as áreas do Norte com o Sul (EUA, UE, Japão).
II. Os principais fluxos comerciais são realizados entre os EUA (América do Norte)
e Ásia; entre EUA (América do Norte) e Europa Ocidental e entre Europa
Ocidental e Ásia.
III. As áreas em desenvolvimento e subdesenvolvidas (Sul) têm expressiva
participação no comércio mundial, portanto, não são consideradas marginalizadas.
IV. Na Europa, a maior parcela do comércio é no interior da zona econômica,
enquanto nos EUA (América do Norte) o comércio está voltado para outras regiões
do mundo.
V. Os países do Golfo Pérsico têm predomínio de exportações para fora da região,
devido às exportações do petróleo.
27. Estão corretas apenas as afirmações
a) I, II e IV.
b) I, III e V.
c) I, II, III e V.
d) II, IV e V.
e) III e IV.
18-(UFT) No atual estágio do processo de globalização, a cultura e suas respectivas
formas de manifestação têm ganhado um papel de destaque nas relações
internacionais. Em diversos países tem-se constatado manifestações que reforçam
as identidades locais e regionais em detrimento de um processo de homogeneização
e padronização cultural impulsionado e estimulado, sobretudo, por grandes
empresas transnacionais. Para Hall (2009), “juntamente com as tendências
homogeneizantes da globalização, existe a „proliferação subalterna da diferença‟”.
A partir do que foi apresentado, podemos considerar INCORRETA a alternativa
que diz
a) que a globalização contemporânea possibilita a formação de uma tendência
cultural homogeneizante por meio das técnicas de informação, ciência e
comunicação que ela coloca à disposição de atores políticos globais, que atuam
no sentido de erradicar as manifestações culturais em escalas local e regional que
reivindicam seus direitos a diferença.
b) que a globalização contemporânea, a partir das técnicas, da ciência e da
informação disponíveis para a atuação em escala global de empresas
transnacionais, apresenta uma tendência à homogeneização cultural que é
contestada, pois, em diversos países tem surgidos movimentos culturais que
implicam na manifestação da diferença a essa tendência homogeneizante global.
c) que na globalização contemporânea as mesmas técnicas de informação e de
produção do conhecimento científico utilizadas por atores políticos para
construírem uma tendência cultural global homogeneizante são utilizadas por
movimentos políticos em suas manifestações culturais reivindicando seu direito à
diferença.
d) que a globalização contemporânea apresenta-se como um paradoxo, pois do
ponto de vista cultural, ao mesmo tempo em que ela trabalha para que as coisas
pareçam semelhantes entre si, contraditoriamente, ela constrói possibilidades de
proliferação de diferenças.
e) que na globalização contemporânea identificamos um movimento dialético no
sentido de que ao mesmo tempo em que ela estrutura uma tendência cultural
homogeneizante, possibilita que se manifestem movimentos de enfrentamento e
reivindicação que proliferam seus direitos à diferença.
19-(UFSM) '' Em seu livro Jihad vs. McWorld, Benjamin Barber foi incrivelmente
profético ao descrever nosso mundo complicado, em que dois cenários
aparentemente contraditórios desenrolam-se simultaneamente: um, onde 'cultura
é lançada contra cultura, pessoas contra pessoas, tribos contra tribos' e outro, onde
28. 'ímpeto de forças econômicas, tecnológicas e ecológicas (...) exigem integração e
uniformidade e (...) hipnotizam as pessoas em todo o planeta com o universo fast de
música, computador, comida (...), um McMundo unido pela comunicação,
informação, entretenimento, comércio'.''
WORLDWATCH INSTITUTE. Estado do mundo. 2004. Salvador: Uma, 2004. p.
179.
O texto e a figura compõem um
quadro que aponta para uma das contradições socioeconômicas mais marcantes da
globalização. São elementos constituintes dessa contradição:
a) intensa homogeneização do espaço - eliminação de culturas tradicionais.
b) democracia nos países ricos - autoritarismo e desorganização da sociedade civil
nas nações subdesenvolvidas.
c) incentivo à integração econômica - fragmentação política pelo nacionalismo.
d) poder das empresas globais - popularização dos sistemas de transportes em
massa.
e) universalização de produtos e facilidade de circulação de riqueza - diferenciação
de ritmo e intensidade dos países e das populações na globalização.
20-(FEI) Assinale a alternativa incorreta em relação à configuração do espaço
econômico mundial nas últimas décadas.
a) Há uma intensificação do comércio internacional de bens e serviços.
b) Ocorre um aumento da interdependência econômica entre as nações do mundo.
c) Graças ao aumento dos fluxos de capitais e do avanço tecnológico, as
disparidades regionais têm diminuído em todo o mundo.
d) Grande parte das transações internacionais ocorre entre filiais e empresas do
mesmo grupo espalhadas pelo mundo.
e) Predomina uma grande flexibilidade na produção, com o uso de tecnologias que
possibilitam rápidas mudanças tanto nos produtos oferecidos, quanto no local de
produção, sendo comum a presença de produtos com componentes fabricados em
diversas partes do mundo.
29. 21-(UNESP) A fábrica global instala-se além de toda e qualquer fronteira,
articulando capital, tecnologia, força de trabalho, divisão do trabalho social e
outras forças produtivas. Acompanhada pela publicidade, a mídia impressa e
eletrônica, a indústria cultural, misturadas em jornais, revistas, livros, programas
de rádio, emissões de televisão, videoclipes, fax, redes de computadores e outros
meios de comunicação, informação e fabulação, dissolve fronteiras, agiliza os
mercados, generaliza o consumismo. Provoca a desterritorialização e
reterritorialização das coisas, gentes e ideias. Promove o redimensionamento de
espaços e tempos.
Octavio Ianni, Teorias da Globalização, 2002.
Partindo da metáfora de fábrica global de Octavio Ianni, pode-se identificar como
características da globalização
a) o amplo fluxo de riquezas, de imagens, de poder, bem como as novas tecnologias
de informação que estão integrando o mundo em redes globais, em que o Estado
também exerce importante papel na relação entre tecnologia e sociedade.
b) a imposição de regras pelos países da Europa e América do Sul nas relações
comerciais e globais que oprimem os mais pobres do mundo e se preocupam muito
mais com a expansão das relações de mercado do que com a democracia.
c) a busca das identidades nacionais como única fonte de significado em um
período histórico caracterizado por uma ampla estruturação das organizações
sociais, legitimação das instituições e aparecimento de movimentos políticos e
expressões culturais.
d) o multiculturalismo e a interdependência que somente podemos compreender e
mudar a partir de uma perspectiva singular que articule o isolamento cultural com
o individualismo.
e) a existência de redes que impedem a dependência dos polos econômicos e
culturais no novo mosaico global contemporâneo.
22-(UFF)
O mundo como fábula, como perversidade e como possibilidade
Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido. Haveria nisto um
paradoxo pedindo uma explicação? De um lado, é abusivamente mencionado o
extraordinário progresso das ciências e das técnicas, das quais um dos frutos são os
novos materiais artificiais que autorizam a precisão e a intencionalidade. De outro
lado, há, também, referência obrigatória à aceleração contemporânea e todas as
vertigens que cria, a começar pela própria velocidade. Todos esses, porém, são
dados de um mundo físico fabricado pelo homem, cuja utilização, aliás, permite
que o mundo se torne esse mundo confuso e confusamente percebido.
De fato, se desejamos escapar à crença de que esse mundo assim apresentado é
verdadeiro, e não queremos admitir a permanência de sua percepção enganosa,
devemos considerar a existência de pelo menos três mundos num só. O primeiro
30. seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula; o segundo
seria o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade; e o terceiro, o
mundo como ele pode ser: uma outra globalização.
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização. Do pensamento único à consciência
universal. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 17-18.
A ideia da “globalização como fábula”, destacada no Texto XI, torna-se ainda mais
expressiva, se levamos em conta certas definições de fábula, apresentadas no
dicionário: mitologia, lenda, narração de coisas imaginárias. Não resta dúvida de
que se lida com a imagem de um mundo cada vez mais interconectado, mas de
forma alguma “sem fronteiras”.
Essa imagem, difundida nos tempos atuais, encontra seu principal fundamento no
aspecto:
a) político, com o triunfo de regimes democráticos em continentes inteiros.
b) socioeconômico, com a redução das desigualdades entre os povos da Terra.
c) sanitário, com o êxito alcançado na prevenção das pan-epidemias.
d) financeiro, com a intensa circulação de capitais em nível planetário.
e) cultural, com a crescente unificação das crenças religiosas no mundo.
23-(UEM) Sobre globalização e o atual momento de expansão do capitalismo no
mundo, assinale o que for correto.
01) A globalização está para o capitalismo informacional assim como o
colonialismo esteve para a sua etapa comercial ou o imperialismo, para o final da
fase industrial e início da fase financeira.
02) Com a globalização, ocorre atualmente a inclusão de todos os povos e países no
processo de desenvolvimento, o que gera a extinção dos chamados espaços
desiguais no sistema econômico mundial.
04) Para a globalização, interessa a eliminação de qualquer barreira ou entrave
que impeça a livre circulação de mercadorias, função que é desempenhada pelos
blocos econômicos internacionais.
08) Uma das consequências da globalização é que os países se tornam dependentes
uns dos outros, de tal forma que os países considerados subdesenvolvidos não
conseguem mais resolver seus problemas internos sem o aval de países
considerados desenvolvidos.
16) A globalização é marcada, basicamente, pela mundialização da produção, da
circulação e do consumo; ou seja, de todo o ciclo de reprodução do capital.
Resposta: 21 (01+04+16)
24-(UEL) Leia o texto a seguir:
Os mercados podem escolher seus pobres em circuitos ampliados; o catálogo se
31. enriquece, porque ali, agora, existem pobres pobres e pobres ricos. E existem
também – sempre se descobre – pobres ainda mais pobres, menos difíceis, menos
“exigentes”. Nada exigentes. Saldos fantásticos. Promoções por todo o lado. O
trabalho pode não custar nada quando se sabe viajar. Outra vantagem: a escolha
desses pobres, desses pobres pobres, empobrecerá os pobres ricos que, ficando
mais pobres, próximos dos pobres pobres, serão por sua vez menos exigentes. Que
bela época!
FORRESTER, V. O Horror econômico, Trad. Álvaro Lorencini, São Paulo:
UNESP, 1997, pp.101.
Baseado no texto e nos conhecimentos sobre o tema neoliberalismo e globalização,
considere as afirmativas:
I. O processo de globalização empresarial pode escolher além das fronteiras
nacionais, locais em que o trabalho possa ser apropriado com custos ínfimos.
II. Os pobres ricos são menos exigentes no mercado de trabalho, por conta das
promoções que atingem o seu potencial de consumo.
III. Os fantásticos saldos para a contratação de trabalho nesta bela época são
realizados pelo catálogo ampliado da possibilidade de contratação dos pobres no
mercado.
IV. A disputa de emprego no mundo do trabalho mundial pode tornar os pobres
ricos mais pobres, se o mercado souber viajar em busca das promoções.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas II e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.
25-(MACKENZIE-SP)
“Não há sociedade, só indivíduos”.
Margaret Thatcher, primeira-ministra britânica
Primeira mulher a ocupar o cargo de primeiro-ministro na história da Inglaterra,
de 1979 a 1990, Thatcher recebeu do então presidente norte-americano, Ronald
Reagan, o título de “o homem forte do Reino Unido”. Indicada pelo Partido
Conservador, suas decisões firmes marcaram a adoção de uma política neoliberal e
o fim do modelo, então praticado, conhecido como Welfare State. Com relação
a esse novo modelo de governo, assinale a alternativa correta.
a) Privatização de empresas estatais, em que produtos e serviços considerados
estratégicos para a soberania nacional são submetidos à lógica do mercado
internacional, permitindo um aumento dos gastos públicos em saúde e educação.
b) Retomada de uma política econômica sustentada por economistas, como Haydek
32. e Friedman, defendendo a absoluta liberdade econômica, mas com preocupações
voltadas para a distribuição da riqueza nacional.
c) Possibilidade de que países em desenvolvimento melhorassem seus quadros
sociais, com o aumento de empregos para a classe trabalhadora, graças à atuação
de empresas transnacionais em diversos setores.
d) Corte de gastos no setor social, aumento do desemprego, endurecimento nas
negociações com os sindicatos, elevação das taxas de juros e fim da intervenção
estatal, dando total liberdade aos setores financeiro e econômico.
e) Nova diretriz de governo adotada por Thatcher, na Inglaterra, não foi
implementada pelos líderes de outras nações, que criticavam as desigualdades
sociais geradas pela adoção desse modelo econômico.
26-(PUCRJ)
(...) Liberalismo, o Neo, bateu à porta da quitinete onde morava o Estado Mínimo e
sua numerosa família. O Estado Mínimo – diga-se de passagem – já fora o máximo
no passado, requisitado por todos, vivia confortavelmente em uma cobertura
duplex no edifício Keynes. A partir dos anos 1980, seu prestígio começou a declinar
diante da campanha orquestrada pelo Liberalismo que avançou no seu patrimônio
e privatizou suas empresas sob o pretexto de que ele, Estado, não entendia nada de
economia, cobrava altos impostos e impedia a maximização dos seus lucros.
Empobrecendo, o Estado teve que se mudar para um apartamento menor e depois
para outro menor ainda e hoje vive em uma modesta unidade no conjunto
habitacional Milton Friedmam. (...)
NOVAES, Carlos Eduardo, ‘Liberalismo e Estado Mínimo’, 01/mar./2009, Jornal
do Brasil.
A opção que apresenta exemplos, no Brasil, que confirmam a explicação contida
no trecho da crônica é:
a) privatização de bancos, aumento das barreiras alfandegárias, aplicação dos
Planos Quinquenais.
b) desestatização de empresas, desregulamentação da economia, criação de
Agências Reguladoras.
c) redução da concentração do poder administrativo federal, redução das taxas de
juros, criação dos Órgãos de Planejamento Regional.
d) ampliação da esfera de atuação das secretarias de governo, reforma fiscal,
implementação de Programas de Desenvolvimento Nacional.
e) nacionalização de empresas, redução das tarifas alfandegárias, implementação
dos Programas Nacionais de Desenvolvimento.
27-(FATEC) No atual processo de globalização econômica, vem ocorrendo uma
verdadeira divisão econômica e geopolítica do mundo, que distingue centros de
inovação tecnológica, áreas de difusão de indústria e agroindústria avançadas,
áreas em desindustrialização, áreas com economia tradicional em decadência e
33. áreas a serem preservadas. Sob o comando dos grandes agentes econômicos
capitalistas transnacionais, o território dos países é utilizado intensivamente,
afetando o poder dos Estados e alienando a vida das sociedades que vivem nesses
territórios.
Analise as afirmações a seguir como elementos em jogo no processo de
globalização descrito.
I. Hegemonia dos processos produtivos baseados na 3ª Revolução Industrial.
II. Macropolíticas estatais controladoras dos fluxos econômicos e protetoras da
mão-de-obra.
III. Divisão mundial do trabalho entre centros hegemônicos e periferias e
semiperiferias.
IV. Tendência ao aumento das áreas naturais preservadas pelo “desenvolvimento
sustentável” capitalista.
Pode-se assinalar, como verdadeiros elementos desse processo de globalização, o
que está contido nas afirmações
a) I, II, III e IV.
b) I, II e III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e IV, apenas.
e) IV, apenas.
28-(UNESP) A fábrica global instala-se além de toda e qualquer
fronteira,articulando capital, tecnologia, força de trabalho, divisão do trabalho
social e outras forças produtivas. Acompanhada pela publicidade, a mídia
impressa e eletrônica, a indústria cultural,misturadas em jornais, revistas, livros,
programas de rádio,emissões de televisão, videoclipes, fax, redes de computadores
e outros meios de comunicação, informação e fabulação, dissolve fronteiras, agiliza
os mercados, generaliza o consumismo. Provoca a desterritorialização e
reterritorialização das coisas, gentes e ideias. Promove o redimensionamento de
espaços e tempos.
Octavio Ianni, Teorias da Globalização, 2002.
Partindo da metáfora de fábrica global de Octavio Ianni, pode-se identificar como
características da globalização
a) o amplo fluxo de riquezas, de imagens, de poder, bem como as novas tecnologias
de informação que estão integrando o mundo em redes globais, em que o Estado
também exerce importante papel na relação entre tecnologia e sociedade.
b) a imposição de regras pelos países da Europa e América do Sul nas relações
comerciais e globais que oprimem os mais pobres do mundo e se preocupam muito
mais com a expansão das relações de mercado do que com a democracia.c) a busca
das identidades nacionais como única fonte de significado em um período histórico
34. caracterizado por uma ampla estruturação das organizações sociais, legitimação
das instituições e aparecimento de movimentos políticos e expressões culturais.
d) o multiculturalismo e a interdependência que somente podemos compreender e
mudar a partir de uma perspectiva singular que articule o isolamento cultural com
o individualismo.
e) a existência de redes que impedem a dependência dos polos econômicos e
culturais no novo mosaico global contemporâneo.
29-(UFTO) No caso brasileiro, as décadas de 1980 e 1990 são marcadas pelo
processo de globalização da economia. Muitas corporações internacionais de
diferentes setores econômicos se instalaram em território brasileiro e passaram a
atuar na fabricação de uma gama variável de produtos, bem como na oferta de
serviços. Este período é marcado também pelo movimento neoliberal que culminou
na privatização de muitas empresas estatais brasileiras. De acordo com o texto é
CORRETO afirmar que:
a) ao abrir as portas para o capital estrangeiro o mercado brasileiro, formado por
diferentes setores da economia, apresentou um forte aquecimento. Este
crescimento, por sua vez, foi acompanhado de um significativo desenvolvimento
social, constatado em todas as partes do território.
b) ao se instalar no território brasileiro, as empresas transnacionais passaram a
produzir seus próprios espaços, considerados espaços da globalização, em que os
comandos passam a ser estabelecidos por essas empresas, criando, assim, um
“espaço nacional da economia internacional”.
c) a produção industrial brasileira é marcada pela inovação tecnológica. Aqui,
produtos da mais alta tecnologia surgem constantemente. Este fato é constatado
pela supremacia que a indústria representa em nossa balança comercial,
superando, inclusive o agronegócio.
d) em se tratando do Brasil, o processo de globalização da economia se faz sentir
exclusivamente no campo. Não se pode negar os avanços tecnológicos que se tem
observado no setor agrícola. Isto pode ser constatado pela expressiva produção que
coloca o país como um dos maiores produtores de grãos do mundo.
e) o território brasileiro é um exemplo emblemático de que a globalização de fato
se estabeleceu para trazer apenas benefícios. Em toda parte podemos observar os
avanços significativos, de modernização, desenvolvimento social e melhorias no
meio ambiente.
30-(PUCPR) A globalização pode ser descrita como um conjunto de
transformações na ordem política e econômica mundial que vem acontecendo nas
últimas décadas.
São manifestações características da globalização, EXCETO:
a) A globalização aumentou a força/influência do Estado-Nação como poder
35. regulador da vida econômica e social dos países.
b) A redefinição das relações políticas, econômicas e culturais entre os países
modifica o papel e o significado das fronteiras nacionais.
c) A nova divisão internacional do trabalho permite que grandes conglomerados
empresariais passem a exercer uma dominação crescente no setor industrial e de
serviços.
d) Em virtude do processo de globalização, as grandes corporações passam a ter
maior mobilidade espacial e maior capacidade competitiva.
e) É crescente a interligação e interdependência dos mercados financeiros em
escala mundial.
31-(UNESP) É possível reconhecer que o novo ciclo de expansão mundial do
capitalismo abala radicalmente os projetos econômicos nacionais. Criam-se
estruturas mundiais de poder, dada a sua influência não só na economia, mas
também na política e cultura. Surgem mecanismos econômicos que atuam além
das fronteiras do país de origem. Sua característica mais importante alicerça-se na
abrangência global de seu funcionamento, pois atua na economia numa escala
internacional, portanto, além das fronteiras nacionais. Elas interferem no processo
produtivo – criando a produção dos componentes de um determinado produto, por
exemplo, um aparelho eletrônico, como resultante da fabricação e montagem em
fábricas que poderão estar situadas nos mais diversos países, ou mesmo
continentes. Seus centros de decisões financeiros situam-se no país sede, embora
tenham instalações espalhadas pelo mundo.
Octavio Ianni. Capitalismo, violência e terrorismo, 2004. Adaptado.
O texto refere-se:
a) à indústria pesada.
b) à indústria de processamento e beneficiamento.
c) a um tecnopolo.
d) às empresas nacionais.
e) às empresas transnacionais.
32-(UNESP) As duas guerras mundiais cortaram boa parte dos vínculos
econômicos entre os países. Depois de 1945, a economia capitalista recuperou,
pouco a pouco, seu alcance mundial, num processo conduzido, principalmente,
pelas empresas multinacionais. A partir do final da década de 1980, o cenário
econômico mundial passou por profundas transformações. Dentre elas, a ascensão
ao poder, nos dois países mais importantes do mundo capitalista, do presidente
norte-americano Ronald Reagan e da primeira-ministra britânica Margaret
Thatcher. Suas ações políticas atacaram os direitos trabalhistas e os benefícios
sociais, em prejuízo da maioria da população. O objetivo era aumentar
a parcela da riqueza nacional em mãos dos capitalistas. A desigualdade social se
acentuou. As empresas estatais foram quase todas privatizadas e o controle do
36. Estado sobre as companhias particulares foi reduzido ao mínimo.
Outra mudança importante neste período foi o fim do comunismo soviético, numa
sequência de eventos que têm como marco a queda do Muro de Berlim, em 1989. A
Guerra Fria terminou, com a vitória indiscutível do capitalismo.
Igor Fuser, Geopolítica: o mundo em conflito, 2006. Adaptado.
O texto enfatiza a ascensão ao poder de líderes políticos partidários
a) do socialismo.
b) do neoliberalismo.
c) do comunismo.
d) do fascismo.
e) da social-democracia.
VESTIBULAR 2009
33-(UFBA)
A ONU — ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS — tem como objetivos
manter a paz, defender os direitos humanos e as liberdades fundamentais e
promover o desenvolvimento dos países em escala mundial. [...] A ONU é
constituída por várias instâncias, que giram em torno do Conselho de Segurança e
da Assembléia Geral. A organização atua em diversos conflitos por meio de suas
forças internacionais de paz. A ONU — Organização ..., 2008, p. 75.
A globalização é o fenômeno mais recente da economia capitalista mundial. É
resultado da evolução da técnica e da ciência, da eficiência dos meios de
transportes e comunicações e da construção de instituições supranacionais que lhe
dão sustentação, como a Organização Mundial do Comércio (OMC) e os diversos
blocos econômicos regionais que, há pouco mais de uma década, estão em processo
de consolidação. Caracteriza-se pela liberdade de circulação de mercadorias,
capitais e serviços entre os países. (LUCCI; BRANCO; MENDONÇA, 2006, p.
120).
Considerando-se as informações dos textos e com base nos conhecimentos sobre a
Organização das Nações Unidas (ONU) e sua estrutura, a globalização e suas
instituições supranacionais, pode-se afirmar:
(01) A Organização das Nações Unidas (ONU), criada logo após a Segunda Guerra
Mundial, busca um novo papel no conflituoso mundo globalizado, transformando-se
num respeitado fórum de discussão e de encaminhamento dos problemas
mundiais.
(02) O Conselho de Segurança da ONU concentra um grande poder, sobretudo
37. através dos membros permanentes — Estados Unidos, Reino Unido, França,
Federação Russa e China — que possuem poder de veto, e por ser o órgão que
aprova missões de paz, embargos e ações armadas.
(04) O Mercado Comum do Sul (Mercosul) surgiu no começo da década de 70 do
século passado, com objetivo de unificar tarifas entre países da América do Sul —
inicialmente Brasil, Bolívia, Chile e Uruguai — e adotar políticas comuns.
(08) O termo “globalização” passou a ser usado para descrever uma nova fase,
marcada pela crescente interdependência entre governos, empresas e movimentos
sociais, porém sua dinâmica não trouxe maior igualdade entre os povos.
(16) A Organização Mundial do Comércio (OMC) — cujo objetivo é resolver as
disputas comerciais entre países ricos e pobres — envolve 20 membros, representa
países desenvolvidos e subdesenvolvidos, tendo começado a funcionar no início
deste século, com a rodada de Doha.
(32) O BRIC é uma sigla criada por analistas financeiros para designar os quatro
principais países emergentes do mundo — Brasil, Rússia, Índia e China — visando
demonstrar o impacto que o grupo tem e terá, cada vez mais, na economia
mundial.
Resposta: 01 + 02 + 08 + 32 (43)
34-(UFSCAR) O contínuo avanço tecnológico global não parece estar garantindo
que as sociedades futuras possam gerar, unicamente por mecanismos de mercado,
postos de trabalho – ainda que flexíveis – compatíveis em qualidade e renda com as
necessidades básicas da população mundial. A lógica da globalização e do
fracionamento das cadeias produtivas incorporou parte dos bolsões de mão-de-obra
barata mundiais sem necessariamente elevar-lhes a renda. Os postos de
trabalho formal crescem menos que os investimentos diretos.Se, por um lado,
surgem oportunidades bem remuneradas no trabalho flexível, por outro, o setor
informal também abriga o emprego muito precário e a miséria. E, especialmente
nos países da periferia, os governos – comprometidos com a estabilidade – não têm
orçamento suficiente e estruturas eficazes para garantir a sobrevivência dos novos
excluídos. O paradigma do emprego está em definitiva mudança, e há inúmeras
razões para preocupação quanto ao futuro da exclusão social no novo século.
(Gilberto Dupas. A
lógica da economia global e a exclusão social. Revista de Estudos Avançados,
38. set/dez 1998.)
A análise do texto e da tirinha permite afirmar:
a) o texto aborda o desemprego típico do taylorismo-fordismo. A partir dele,
valorizou-se mais a estatística relativa ao número de trabalhadores sem emprego, à
qual a tirinha faz referência.
b) na tirinha, a personagem Mafalda faz alusão ao desemprego enquanto indicador
econômico-estatístico. O texto demonstra que a lógica da globalização reduz a
oferta de empregos e amplia a exclusão social.
c) o texto aponta o aumento da informalidade, o que amplia a taxa de desemprego
referida na tirinha, visto que o trabalhador informal pertence exclusivamente à
população inativa.
d) o aumento da taxa de desemprego referida na tirinha aumenta a pobreza e a
exclusão social, sobretudo em países desenvolvidos, onde o avanço tecnológico mais
intenso é responsável pelo desemprego conjuntural.
e) a lógica da globalização é fracionar e dispersar as atividades produtivas no
espaço e não reduzir os postos de trabalho. Assim, as regiões que recebem muitos
investimentos diretos não apresentam aumento da taxa de desemprego à qual a
tirinha faz referência.
35-(UFOP) “São as empresas globais e não as nações que definem as estratégias
globais nas quais as atividades são localizadas em muitos países.”
PORTER, M. E. A vantagem competitiva das nações. Rio de Janeiro: Campus,
1993, apud JANSEN et al. Estratégias de sobrevivência para pequenas e médias
empresas em ambientes globalizados: um estudo de caso do setor eletroeletrônico.
Gestão & Produção, v. 12, n. 13, p. 405-416, set./dez. 2005.
A afirmativa transcrita acima expressa uma opinião corrente acerca do atual
processo de globalização da economia. Sobre essa questão, assinale a afirmativa
incorreta.
a) A economia mundial conseguiu tornar-se verdadeiramente global com base na
nova infra-estrutura, propiciada pelas tecnologias da informação e da
comunicação.
b) As nações subdesenvolvidas estão criando restrições à entrada de capitais por
meio de barreiras comerciais e do aumento da regulamentação dos seus mercados
financeiros e de trabalho.
c) O processo atual de mundialização da economia capitalista é acionado pelas
corporações transnacionais, apoiadas pelos governos dos países capitalistas
centrais.
d) Um fator determinante para a incorporação ao processo de globalização
econômica é a adoção de políticas de desregulamentação e de liberalização postas
39. em prática pelos governos e pelas instituições internacionais.
36-(UTRPR) Observe a figura a seguir a respeito do mercado financeiro
internacional e assinale a alternativa correta.
1 – Londres
2 – Tóquio
3 – Nova York
4 – Paris
5 – Frankfurt
6 – Bathen
7 – Cingapura
8 – Honk Kong
9 – São Francisco
10 – Chicago
a) A figura mostra que os mais importantes centros financeiros ficam nos
hemisférios leste e sul.
b) Apesar das cidades estarem em fusos horários diferentes, formou-se uma
verdadeira praça financeira, que jamais fecha, porque a bolsa de valores que está
terminado seu funcionamento passa as cotações de suas ações ainda em
funcionamento a oeste e assim sucessivamente.
c) Durante a Guerra Fria, as bolsas de valores dessas cidades eram classificadas
como pertencentes ao lado oeste e lado leste do mundo, em função dos regimes
sócio-econômico capitalista e comunista de seus países.
d) Os países onde se localizam estas cidades por investirem pouco em tecnologia e
desenvolvimento são obrigados a pagar royalties a países subdesenvolvidos para
utilizar novos produtos e tecnologias.e) Nestas cidades, a economia gira em torno
40. da exportação de commodities que atendem os interesses da agroindústria
transnacional.
37-(UTRPR) Podemos definir, em linhas bem gerais, o “Neoliberalismo” como um
conjunto de idéias políticas e econômicas que defende a não participação do Estado
na economia. De acordo com esta doutrina, deve haver total liberdade de comércio
(livre mercado), pois este princípio garante o crescimento econômico e o
desenvolvimento social de um país. Com base nesse entendimento, analise as
afirmações abaixo:
I) Nas últimas décadas, as trocas comerciais têm sido acompanhadas de um
gigantesco crescimento nos movimentos internacionais de capitais, feitos com o
objetivo de buscar um maior equilíbrio social internacional, transferindo renda
aos países pobres.
II) Um dos primeiros governos ocidental a inspirar-se em tais princípios foi o de
Margareth Thatcher na Inglaterra, a partir de 1980. Ela enfrentou os sindicatos,
fez aprovar leis que lhes limitassem a atividade, privatizou empresas estatais,
afrouxou a carga tributária sobre os ricos e sobre as empresas e estabilizou a
moeda.
III) No final dos anos 90, com as manifestações públicas nos encontros da OCDE
(Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), em Seattle, em
1999, e em Gênova, em 2000, cresceram as análises sobre os movimentos de
resistência ao neoliberalismo.
IV) O “Fórum Social Mundial” foi uma proposta de contraposição ao “Fórum
Econômico Mundial” de Davos, na Suíça, e originalmente realizado no mesmo
período de tempo, anualmente.
Estão corretas somente as proposições:
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) II, III e IV.
d) I e IV.
e) I e II.
38-(IBMECRJ) Desde o início dos anos 80 o mundo assiste a uma "onda
neoliberal" em toda a economia, processo que hoje vive uma crise de proporções
ainda indefinidas. Sobre o neoliberalismo são feitas as seguintes afirmativas:
I - Cabe ao Estado, nesse processo, o papel de gestor e interventor.
II - Desprezar qualquer tipo de preocupação com os gastos públicos é uma
característica marcante do neoliberalismo.
III - A ocorrência de fusões de empresas e bancos permitiu o surgimento das
empresas transnacionais, atuantes nos mais diversos setores da economia.
Assinale: