3. De acordo com a Bíblia, por volta de 1800 a.C, Abraão
recebeu uma sinal de Deus para abandonar a
Mesopotâmia e dirigir-se para Canaã ( atual Palestina).
4. No séc. XIX a.C., os Hebreus dirigiram-se para a
Palestina, conduzidos pelo profeta Abraão.
5. Desenho de Gustave Doré retratando a partida do patriarca hebreu
Abraão para Canaã.
6. A Palestina era uma região muito fértil,
banhada pelo rio Jordão. Localizada entre a
África e a Ásia constituía uma passagem
obrigatória para o comércio entre o oriente e
o ocidente.
7. Isaac, filho de Abraão, tem um filho
chamado Jacob. Jacob teve doze filhos.
8. Os doze filhos de Jacob dão origem às doze
tribos que formaram o povo hebreu. Por volta
de 1700 a.C, o povo hebreu emigrou para o
Egito, atraído pela riqueza desse país.
9. No Egito, os Hebreus foram escravizados
pelos faraós por aproximadamente 400 anos.
10. Por volta de 1300 a.C. Moisés comanda a
fuga do do povo hebreu para fora do Egito.
16. • No segundo milénio a. C. a Faixa de Gaza foi
invadida por povos de origem creto-micénica,
os filisteus.
• Na mesma época, a Cisjordânia foi invadida
por povos de origem suméria, os hebreus.
17. • Os dois povos lutaram entre si na disputa
de território, porém ambos acabaram
suplantados por impérios mais poderosos.
18. Na Palestina,
formaram as 12
tribos de Israel.
Como reis de
Israel
distinguiram-se:
Saul; David e
sobretudo
Salomão (970-
931 a.C.)
19. Após a morte de
Salomão, o reino
Judaico dividiu-
se em dois
reinos : reino de
Israel com
capital em
Samaria e o
reino de Judá
com capital em
Jerusalém.
20. Com a perda da unidade, os hebreus foram
sucessivamente dominados por povos mais
poderosos como os Assírios, os Babilónios, os
Persas, os Gregos, e finalmente os Romanos no séc.
I a.C. Muitos judeus fogem. Inicia-se a diáspora.
21. A história do povo hebraico, bem como os
fundamentos da sua religião, encontram-
se na Bíblia, o livro sagrado dos hebreus.
22. Os Hebreus consideravam-se o POVO
ELEITO, o que os levou a suportar
resignadamente a opressão estrangeira.
Confiavam que, como anunciavam os
profetas, como Isaías, Jeremias,
Ezequiel, um enviado de Deus, o
MESSIAS, ou SALVADOR os libertaria.
23. Muitos judeus, sobretudo os sacerdotes,
não viram em Jesus o seu salvador, por
isso foi preso e condenado à morte
Pintura de Aert
van den
Bossche
retratando o
nascimento de
Jesus Cristo
24. • Com a divisão do Império Romano em 395,
a região da Palestina passou a pertencer
ao Império romano do Oriente, que viria a
ser conhecido como Império Bizantino.
25. • Com o surgimento do islamismo na
Península Arábica no século VII, as tribos
árabes uniram-se e conquistaram vastas
regiões do Império Bizantino, incluindo a
Palestina.
Placa medieval de metal retratando soldados
bizantinos de fronteira
27. • Nos séculos XII e XIII, os reinos cristãos da
Europa Ocidental realizaram várias expedições
militares contra o Império Árabe visando a
conquista da Palestina. Eram as chamadas
Cruzadas que permitiram a criação de vários
reinos cristãos no Oriente Médio.
28. • Na Palestina, foi criado o Reino de
Jerusalém.
• Porém tais reinos foram depressa
reconquistados pelos árabes.
29. • No século XVI, o Império Otomano tomou
a Palestina. Este domínio manteve-se até
a Primeira Guerra Mundial.
30. • Com a fundação do movimento sionista
em 1897, que propunha o retorno dos
judeus à Palestina, milhares emigraram
para lá.
31. • Sionismo (em hebraico: ציונותTsiyonut) é
um movimento político e filosófico que
defende o direito à autodeterminação
do povo judeu e à existência de
um Estado nacional judaico independente
e soberano no território onde
historicamente existiu o antigo Reino de
Israel.
32. • Com a derrota do Império Otomano na
Primeira Guerra Mundial, a Palestina ficou
sob administração britânica.
33. • Durante a 2ª Guerra Mundial os judeus
foram vítimas de um incontestado
holocausto provocado pelo racismo e
pangermanismo hitleriano.
34. • Em 1947, como
compensação, do que o
povo judeutinha sofrido,
durante a 2ª Guerra, a
Organização das Nações
Unidas determinou o
regresso dos judeus à
Palestina e a sua divisão em
três estados: um território
árabe (em amarelo); um
judeu (em laranja) e um sob
administração internacional
(em branco).
35. • Os países árabes contestaram a
existência e extensão de Israel e os
judeus não aceitavam a co-existência de
um estado árabe palestiniano.
36. • Começou, desta maneira, o conflito
israelo-palestiniano, com o novo estado
de Israel rechaçando as forças árabes e
ocupando a Cisjordânia e a Faixa de
Gaza, territórios do planeado estado
árabe/palestiniano.
37. • Dado poderem estar em causa interesses
económicos, como a livre comercialização
do petróleo, o conflito alarga-se às regiões à
volta: Israelo-árabes: Egito, Jordânia,
Líbano, Síria e Iraque aproveitam-se da
situação para conquistar espaço, atacando a
região do Estado de Israel, protegida pelos
E. U. A.
38. • O Egito consegue a região da Faixa de
Gaza e a Jordânia consegue as regiões
da Cisjordânia e Jerusalém oriental.
Os Palestinianos acabam sem território.
39. • Como o povo palestiniano continuasse a
existir sem reconhecimento internacional,
enveredou pela luta armada, por um lado
através de revoltas populares conhecidas
como intifada, por outro, com a formação
de grupos armados como a Organização
para a Libertação da Palestina, OLP,
em 1964.
40. • Dentro da organização, a
maior fação era a do
Fatah, grupo político de
orientação socialista
liderado por Yasser Arafat.
41. • Em 1967, ocorreu
novo conflito entre
Israel e os países
árabes vizinhos: a
Guerra dos Seis
Dias.
• Acabada a guerra,
Israel anexa a
Cisjordânia e a
faixa de Gaza.
43. • Grande parte da população dos territórios
ocupados por Israel na Guerra dos Seis
Dias refugiou-se na Jordânia. No entanto,o
rei Hussein ordenou o massacre dessa
população, em 1970, no episódio conhecido
como Setembro Negro. Os sobreviventes
fugiram para o Líbano.
44. • Em 1972, o grupo terrorista palestiniano
“Setembro Negro” sequestrou e matou
onze atletas israelitas nos Jogos
Olímpicos de Munique.
45. • Em 1973 começa a Guerra do Yom Kippur -
Dia do Perdão em hebraico. Egito e
Síria atacaram simultaneamente Israel a fim
de recuperarem os territórios do Sinai, uma
parte do Canal de Suez, a Faixa de Gaza, a
Cisjordânia e as Colinas de Golã.
46. • Esta guerra deu
visibilidade internacional
à Questão Palestiniana
e ao problema dos
refugiados. Tal situação
fortaleceu ainda o papel
político de Yasser Arafat
e da Organização para
a Libertação da
Palestina (OLP), que foi
reconhecida como
membro observador na
ONU.
47. • Entre 1977 a 1979, Israel e Egito assinam
os acordos de paz de Camp David, e a
região de Sinai é entregue ao Egito.
Begin, Carter e
Sadat em Camp
David.
48. • Em 1982, Israel invade o Líbano com o
pretenso objetivo de fazer cessar os
ataques dos palestinianos da (OLP),
refugiados no Líbano. No ano seguinte
aquela organização retira-se do país.
49. • Em 16 de setembro, com a permissão
israelita, milícias cristãs libanesas invadiram
os campos de refugiados palestinianos de
Sabra e Chatila, na parte oeste de Beirute,
e massacraram a população civil.
50. • A 9 de dezembro de 1987, explode a 1ª
Intifada ( revolta em árabe) manifestações na
Faixa de Gaza contra a invasão israelita, no
seguimento de um choque de um camião
israelita contra uma camioneta de
trabalhadores palestinianos do campo de
refugiados de Jabalya, matando quatro
pessoas e ferindo dez.
51. Cartaz usado no período da Primeira Intifada,
representando os territórios ocupados e Israel
52. • Nesta altura, foi criado, na cidade de
Gaza, o Hamas, grupo fundamentalista
islâmico palestiniano.
53. • Em 1988, a Organização pela Libertação
da Palestina passou a aceitar a existência
de dois estados no território palestiniano.
A organização declarou oficialmente a
fundação do estado árabe da Palestina.
54. • Em 1993 com o Acordo de Paz de Oslo foi
criada a Autoridade Palestiniana sob o
comando de Yasser Arafat. O acordo
determinou a retirada das tropas israelitas
de Gaza e da cidade de Jericó e o
estabelecimento de um governo
palestiniano sobre grande parte da
Cisjordânia.
55. Acordo de Oslo: Bill Clinton, Yitzhak Rabin,
Yasser Arafat na Casa Branca 13-03-1993.
56. • Em 2000, ocorreu a Segunda Intifada,
desencadeada pela visita do político
israelita Ariel Sharon à esplanada das
Mesquitas, em Jerusalém, ato considerado
uma provocação. Em represália, Israel
fechou o Aeroporto Internacional de Gaza e
passou a bombardeá-lo repetidas vezes.
57. • Em 2001, o primeiro ministro Israelita Ariel
Sharon depois de ocupar territórios
Palestinianos, dá o início à construção
do Muro da Cisjordânia.
58. • Em 2004, Yasser Arafat morre e deixa o
cargo da Autoridade Palestiniana ao
eleito Mahmud Abbas
59. • Israel destrói bases palestinianas na Faixa
de Gaza e Cisjordânia.
60. • Nas eleições parlamentares de 2006, o
Hamas conquistou a maioria no Conselho
Legislativo da Palestina o que desencadeou
protestos de várias nações contrárias à
violência do Hamas e fez com que o Fatah
destituísse os membros do Hamas dos
cargos executivos na Cisjordânia. O Hamas
manteve no entanto o controle sobre a Faixa
de Gaza
61. • A vitória do Hamas provocou, ainda, o
estabelecimento de um bloqueio egípcio-
israelita à Faixa de Gaza. Os dois países
passaram a controlar a entrada e a saída
de pessoas na região, visando evitar a
entrada de armas.
Posto controle
israelita em Erez,
no norte da Faixa
de Gaza, em
2007
62. • Em 2010, um comboio enviando ajuda
humanitária à Faixa de Gaza foi atacado
por patrulhas israelitas, ocasionando nove
mortes.
Protesto contra o ataque em
Estocolmo.
Manifestação em Belfast.
64. Será possível a paz?
• Apesar do Egito apelar a um cessar fogo, o
movimento islâmico Hamas, informou que
recusará qualquer cessar-fogo que não
inclua um acordo completo sobre o
conflito.
• O Hamas exige a suspensão dos
bombardeamentos, o fim do embargo
comercial vigente desde 2006, a abertura
de um posto de fronteira entre Rafah e o
Egito e a libertação de prisioneiros.
65. • O primeiro-ministro israelita, Benjamin
Netanyahu, convocou uma reunião do
gabinete de segurança para "examinar
seriamente" a proposta do Egito.
• O Egito propôs-se a receber, após a
aceitação da trégua , delegações
palestinianas e israelitas a fim de se
conseguir um entendimento.
66. • Entretanto, o que é dramático, é que a
grande maioria das vítimas dos
bombardeamentos aéreos são mulheres e
as crianças.
67. • Outro entrave às negociações de paz é a
reivindicação de soberania com relação à
cidade de Jerusalém (cidade santa de judeus,
cristãos e muçulmanos) Devido ao seu valor
histórico e religioso, tanto palestinianos como
israelitas consideram-na capital dos seus
países.
• Um modelo de administração compartilhada da
cidade seria uma solução, hoje inviável.