2. A sociedade segundo um bispo medieval
Aos membros do Clero, Deus manda ensinar a manter a
verdadeira fé e ministrar a sagrada água do baptismo. (…).
Devem, sem cessar, rezar pelo povo.
Os nobres são guerreiros, os protectores das igrejas.
Defendem todos os homens, grandes e pequenos (…). A
outra classe é a dos não-livres. Esta raça de infelizes nada
possui sem sofrimento. São eles quem fornece a todos
provisões e vestuário; por isso nenhum homem livre poderia
viver sem eles.
A casa de Deus, que parece uma única, está pois dividida em
três: uns rezam, outros combatem e outros trabalham. Todos
vivem em conjunto e não podem, por isso, separar-se.
Adalbéron, Cântico ao Rei Roberto. Séc. X
7. • CLERO – grupo privilegiado, rico, culto,
exercia influência religiosa sobre a
população
8. . NOBREZA - grupo privilegiado, rico, dedicava-se
à guerra e à defesa das populações
9. • POVO – Grupo não privilegiado. Trabalhava
para os outros grupos sociais nos campos, no
artesanato e no comércio.
10. O Clero
Constituía o grupo social mais
culto, pois os seus membros
dirigiam as escolas, copiavam
manuscritos, escreviam livros.
Possuía terras, donde retirava grandes riquezas;
Gozava de grandes privilégios e isenções de ordem
judicial e fiscal (por exemplo, tinha tribunais próprios e
não pagava certos tributos);
Exercia importantes cargos na administração, junto
dos reis ou localmente (dioceses, paróquias);
12. A Nobreza
Possuía terras, donde retirava grandes riquezas;
Dispunha de força militar (possuíam exércitos
próprios);
Aplicava a justiça;
Cobrava impostos aos habitantes dos seus domínios.
Os nobre estão ligados entre si (e com o rei) através
das relações de vassalagem.
13. O Povo
Trabalhava;
Pagava impostos que
sustentavam os restantes
grupos sociais;
Era composto
maioritariamente por
camponeses que
trabalhavam nos domínios
senhoriais.
Iluminura “As mais belas horas do Duque de Berry”
16. “A casa de Deus, que parece uma
única, está pois dividida em três: uns
rezam, outros combatem e outros
trabalham. Todos vivem em conjunto e
não podem, por isso, separar-se.”
Adalbéron, Cântico ao Rei Roberto. Séc. X
18. • O conde perguntou ao futuro vassalo se ele queria ser
seu verdadeiro homem, e este respondeu: “Eu quero”.
Depois, colocando as mãos entre as do conde,
aliaram-se. Em segundo lugar, o que havia prestado
homenagem, prestou juramento : – “Prometo, por
minha honra, ser, a partir deste instante, fiel ao conde
Guilherme, guardar-lhe, contra todos e inteiramente, a
minha homenagem, de boa fé e sem mentira”. E, em
terceiro lugar, fez este juramento sobre as relíquias
dos santos.
Em seguida, com a vara que tinha na mão, o conde
deu-lhe a investidura, a ele e a todos os que
acabavam de lhe prestar homenagem, de lhe prestar
fidelidade e também de lhe prestar juramento».
• Galberto de Bruges - Hist. du meurtre de Charles le Bon, ed. Pirenne.