O poema descreve o sofrimento dos portugueses para conquistar o mar, incluindo mães chorando e filhos orando em vão, e noivas que ficaram por casar. Apesar disso, o poeta acredita que todos os sacrifícios valeram a pena para alcançar a glória, pois só as almas grandes conseguem ir além da dor.
2. 1. Mar Português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Fala em geral do
sofrimento do país
Especifica o
sofrimento de
cada português
Interpelação
do sujeito
poético ao
mar, que
relembra o
sofrimento
pago pelos
portugueses
para o
conquistarem
3. 1. Mar Português (cont.)
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Balanço/
justificação dos
sacrifícios.
Segundo o sujeito
poético para
alcançar grandes
feitos, implica o
sofrimento, que
apesar de tudo
traz uma
recompensa
4. 2. Consequências
• As consequências decorrentes da
conquista do mar foram:
“quantas mães choraram,” (v.3)
“Quantos filhos em vão rezaram!”
(v.4)
“Quantas noivas ficaram por
casar” (v.5)
5. 3. Cabo
Bojador
• Para os portugueses o Cabo
Bojador significa o último limite
do homem e do seu mundo. O
Cabo Bojador, antes chamado
do Cabo do Não era muito longo
e cercado de recifes. Ali a
neblina tapava a visão dos
navegadores, aqueles que
passavam nunca mais voltavam.
Uns pensavam que os ventos os
iriam impedir de regressar a
Portugal e outros pensavam que
era o fim do mundo. Até o
navegador Gil Eanes passar o
cabo.
6. 4. Comparação
• Fernando pessoa achava que apesar
do sofrimento/sacrifícios as
descobertas valeram a pena.
“Tudo vale a pena”
“Deus ao mar o perigo e o abismo
deu, / Mas nele é que escolheu o
céu”
• Na voz do Velho do Restelo, Camões
é de opinião que a glória e a cobiça só
trazem sofrimento.
“- Ó gloria de mandar, ó vã cobiça”
“Que mortes, que perigos, que
tormentas, / Que crueldades …”
“Fonte de desamparos e adultérios,”
“…novos desastres…”