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Mar
Português
e Velho do
Restelo
Trabalho realizado por:
Bernardo Maia, nº 1902
Maria Teves, nº 2135
1. Mar Português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Fala em geral do
sofrimento do país
Especifica o
sofrimento de
cada português
Interpelação
do sujeito
poético ao
mar, que
relembra o
sofrimento
pago pelos
portugueses
para o
conquistarem
1. Mar Português (cont.)
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Balanço/
justificação dos
sacrifícios.
Segundo o sujeito
poético para
alcançar grandes
feitos, implica o
sofrimento, que
apesar de tudo
traz uma
recompensa
2. Consequências
• As consequências decorrentes da
conquista do mar foram:
“quantas mães choraram,” (v.3)
“Quantos filhos em vão rezaram!”
(v.4)
“Quantas noivas ficaram por
casar” (v.5)
3. Cabo
Bojador
• Para os portugueses o Cabo
Bojador significa o último limite
do homem e do seu mundo. O
Cabo Bojador, antes chamado
do Cabo do Não era muito longo
e cercado de recifes. Ali a
neblina tapava a visão dos
navegadores, aqueles que
passavam nunca mais voltavam.
Uns pensavam que os ventos os
iriam impedir de regressar a
Portugal e outros pensavam que
era o fim do mundo. Até o
navegador Gil Eanes passar o
cabo.
4. Comparação
• Fernando pessoa achava que apesar
do sofrimento/sacrifícios as
descobertas valeram a pena.
“Tudo vale a pena”
“Deus ao mar o perigo e o abismo
deu, / Mas nele é que escolheu o
céu”
• Na voz do Velho do Restelo, Camões
é de opinião que a glória e a cobiça só
trazem sofrimento.
“- Ó gloria de mandar, ó vã cobiça”
“Que mortes, que perigos, que
tormentas, / Que crueldades …”
“Fonte de desamparos e adultérios,”
“…novos desastres…”

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Mar português e velho do restelo

  • 1. Mar Português e Velho do Restelo Trabalho realizado por: Bernardo Maia, nº 1902 Maria Teves, nº 2135
  • 2. 1. Mar Português Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Fala em geral do sofrimento do país Especifica o sofrimento de cada português Interpelação do sujeito poético ao mar, que relembra o sofrimento pago pelos portugueses para o conquistarem
  • 3. 1. Mar Português (cont.) Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. Balanço/ justificação dos sacrifícios. Segundo o sujeito poético para alcançar grandes feitos, implica o sofrimento, que apesar de tudo traz uma recompensa
  • 4. 2. Consequências • As consequências decorrentes da conquista do mar foram: “quantas mães choraram,” (v.3) “Quantos filhos em vão rezaram!” (v.4) “Quantas noivas ficaram por casar” (v.5)
  • 5. 3. Cabo Bojador • Para os portugueses o Cabo Bojador significa o último limite do homem e do seu mundo. O Cabo Bojador, antes chamado do Cabo do Não era muito longo e cercado de recifes. Ali a neblina tapava a visão dos navegadores, aqueles que passavam nunca mais voltavam. Uns pensavam que os ventos os iriam impedir de regressar a Portugal e outros pensavam que era o fim do mundo. Até o navegador Gil Eanes passar o cabo.
  • 6. 4. Comparação • Fernando pessoa achava que apesar do sofrimento/sacrifícios as descobertas valeram a pena. “Tudo vale a pena” “Deus ao mar o perigo e o abismo deu, / Mas nele é que escolheu o céu” • Na voz do Velho do Restelo, Camões é de opinião que a glória e a cobiça só trazem sofrimento. “- Ó gloria de mandar, ó vã cobiça” “Que mortes, que perigos, que tormentas, / Que crueldades …” “Fonte de desamparos e adultérios,” “…novos desastres…”