2. APRENDIZAGEM ESCOLAR
O aprendizado é um processo bastante complexo e
exige um conjunto de pré-requisitos para que o
indivíduo esteja preparado para assimilar e usar o que
está lhe sendo ensinado.
Ter prontidão para o aprendizado escolar significa
estar apto e possuir habilidades para executar tarefas
específicas.
Ter maturação das funções da linguagem e do
desenvolvimento motor e das funções necessárias para
o adequado desempenho nas tarefas.
3. A aprendizagem escolar depende de
alguns aspectos, tais como:
Um certo grau de desenvolvimento cognitivo.
Coordenação dos olhos suficientes para uma clara
percepção visual.
Habilidades para diferenciar símbolos.
Experiências anteriores para que a criança possa
relacionar o que fala ou o que lê àquilo que já conhece.
Maturação intelectual, social, emocional, física e
psicomotora.
Interesse ou desejo de aprender.
4. A aprendizagem escolar depende de
alguns aspectos, tais como:
Desenvolvimento e evolução das funções básicas como:
Linguagem oral;
Esquema corporal;
Percepção auditiva e visual;
Orientação espacial e temporal;
Lateralidade;
Análise e síntese;
Coordenação motora e
Memória cinestésica.
Esses itens são extremamente necessários à preparação para
alfabetização.
5. PRONTIDÃO PARA A APRENDIZAGEM
A prontidão para aprender é a soma das características
que facilitam ou retardam a aprendizagem. Existem
fatores característicos da prontidão tais como:
A Maturação
As Experiências passadas
A Motivação.
6. PRONTIDÃO PARA A APRENDIZAGEM
Para que a criança desenvolva e seja alfabetizada é
preciso que todos os requisitos do seu
desenvolvimento estejam inter-relacionados e
organizados.
Algumas crianças não apresentam um bom
desempenho porque são expostas a exigências para as
quais ainda não estão preparadas ou a currículos que
não respeitam suas diferenças ou o seu ritmo de
aprendizagem individual.
7. DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM
Atualmente um dos maiores problemas escolares são
os transtornos de aprendizagem, pois alteram a
dinâmica escolar e familiar.
Os transtornos da aprendizagem são percebidos
quando os resultados de leitura, matemática ou
expressão escrita estão aquém do esperado em testes
padronizados (teste, provas e avaliações) para a idade,
escolarização e nível cognitivo.
8. DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM
Distúrbios de Aprendizagem é caracterizados por uma
disfunção no Sistema Nervoso Central e decorrentes de
uma falha no processamento das informações. Desse
modo, a criança recebe adequadamente as informações
do meio externo (visuais, auditivas e cinestésicas),
porém há uma falha na integração, processamento e
armazenamento dessas informações resultando em
problemas na “saída” das informações, sejam pela
escrita, leitura ou cálculo.
11. DISLEXIA
“DISLEXIA - MAIS QUE UMA
SIMPLES TROCA DE LETRAS”.
“DISLÉXICO
TÊM DISTÚRBIOS NA
COMUNICAÇÃO ESCRITA, MAS É A
DESINFORMAÇÃO SOBRE O PROBLEMA QUE
MAIS OS ISOLA E OS FAZEM SOFRER.”
12. Definição da International Dyslexia Association
Comitê de abril /1994
“É um dos muitos distúrbios de aprendizagem. É um
distúrbio específico da linguagem de origem
constitucional caracterizado pela dificuldade em
decodificar palavras simples. Mostra uma insuficiência
no processo fonológico. Estas dificuldades na
decodificação de palavras simples não são esperadas
em relação à idade. Apesar de instrução convencional,
adequada inteligência, oportunidade sócio-cultural e
sem distúrbios cognitivos e sensoriais fundamentais, a
criança falha no processo da aquisição da linguagem. A
dislexia é apresentada em várias formas de linguagem,
frequentemente incluídos problemas de leitura, em
aquisição e capacidade de escrever e soletrar.”
14. Anatomia do Cérebro
Investigação neurológica iniciada na Harvard
Medical School por Norman Geschwind, que vem
sendo continuada por Albert Galaburda (estudou
oito cérebros de disléxicos). Ele encontrou
diferentes estruturas e funções provando que o
cérebro de um disléxico processa a linguagem de
maneira diferente (ectopias e displasias).
Atualmente Gordon Sherman contribui nessas
pesquisas.
Dirk Bakker, na Europa, investiga a causa da
incapacidade que os disléxicos revelam em
estabelecer no cérebro a ”assimetria funcional”
normal, direita e esquerda.
16. Dislexia
A dislexia é genética e hereditária;
Começa a tornar-se evidente na fase da
alfabetização;
Incidência maior em meninos - 3/1;
Estima-se que no Brasil cerca de 15 milhões
de pessoas possuem algum tipo de necessidade
especial;
Os distúrbios de aprendizagem afetam de 10
a 15% da população mundial.
17. SINAIS DA DISLEXIA NA PRÉ-ESCOLA
• Histórico Familiar;
• Fraco desenvolvimento da atenção;
• Imaturidade no trato com outras crianças;
• Dificuldade de aprender rimas e canções;
• Atraso no desenvolvimento da fala e da
linguagem;
• Atraso no desenvolvimento visual;
• Fraco desenvolvimento da coordenação motora;
• Dificuldade com quebra - cabeças;
• Falta de interesse por livros e impressos.
18. SINAIS DA DISLEXIA NA IDADE ESCOLAR
• Dificuldade na aquisição de habilidades lingüísticas;
• Dificuldade com análise e síntese de um som de uma
palavra;
• Pobre reconhecimento de rimas e aliteração;
• Desatenção e dispersão;
• Dificuldade na coordenação motora fina;
• Dificuldade na coordenação motora grossa;
• Desorganização geral;
• Dificuldades visuais;
• Confusão entre esquerda e direita;
• Dificuldade em manusear mapas e dicionários;
• Dificuldade com uma segunda língua;
19. SINAIS DA DISLEXIA NA IDADE ESCOLAR
• Dificuldade na linguagem e na fala, com
vocabulário pobre;
• Problemas de conduta;
• Dificuldade de copiar de livros ou da lousa;
• Dificuldade na leitura;
• Dificuldade de memória de curto termo;
• Dificuldade na matemática e em desenho
geométrico;
• Disnomias;
• Emocional afetado;
• Grande desempenho em provas orais.
20. SINAIS DA DISLEXIA NA FASE ADULTA
• Histórico Familiar;
• Continua a ter dificuldade na leitura e escrita;
• Dificuldade para soletrar;
• Memória imediata prejudicada;
• Dificuldade em dar nomes a objetos e pessoas;
• Dificuldade em aprender uma segunda língua;
• Dificuldade em organização geral;
• Comprometimento emocional;
21. CARACTERÍSTICAS NA LEITURA E ESCRITA DOS
DISLÉXICOS
Confusão entre letras, sílabas ou palavras com
diferenças sutis de grafia: a-o; c-o; e-c; f-t: h-n;
i-j; m-n;v-u etc.;
Confusão entre letras que possuem um ponto de
articulação comum e cujos sons são acusticamente
próximos: f-v; t-d; p-b;
Confusão entre letras, sílabas ou palavras com
grafia similar, mas com diferente orientação no
espaço: b-d; p-b; b-q; d-b; d-p; d-q; n-u; w-m; a-e;
22. CARACTERÍSTICAS NA LEITURA E ESCRITA
DOS DISLÉXICOS
Inversões parciais ou totais de sílabas ou palavras: me-em;
sol-los; som- mos; sal-las; pal-pla;
Substituição de palavras por outras de estrutura mais ou
menos similar ou criação de palavras , porém com diferente
significado: soltou-salvou; era-ficava;
Adições ou omissões de sons, sílabas ou palavras: famoso
por fama , casa por casaco;
Repetições de sílabas, palavras ou frases;
Pular uma linha, retroceder para linha anterior e perder a
linha ao ler;
23. CARACTERÍSTICAS NA LEITURA E ESCRITA
DOS DISLÉXICOS
Excessiva fixação do olho na linha;
Soletração defeituosa; reconhece letras
isoladamente; porém, sem poder organizar a palavra
com um todo, ou então lê a palavra sílaba por sílaba, ou
ainda lê o texto ” palavra por palavra”;
Problemas de compreensão;
Leitura e escrita em espelho em casos excepcionais;
Ilegibilidade;
25. DIAGNÓSTICO MULTIDISCIPLINAR
Um diagnóstico correto é muito importante, tanto para a
criança quanto para os pais, pois elimina uma suspeita de
déficit intelectual, suspeita esta, que traumatiza a criança
e desvia os pais quanto a busca de soluções adequadas.
O diagnóstico deve esclarecer os pais, os professores e o
profissional que fará o acompanhamento, bem como o
próprio disléxico.
O objetivo não deve ser simplesmente encontrar um rótulo,
mas tentar estabelecer um quadro e, encontrar caminhos
eficientes para o programa de reeducação.
DIAGNÓSTICO DE EXCLUSÃO
AVALIAÇÃO MULTIDISCIPLINAR
26. PSICOLOGIA: Anamnese
Avaliação - nível intelectual;
viso-motor;
afetivo-emocional
FONOAUDIOLOGIA: PSICOPEDAGOGIA:
sistema funcional da linguagem; leitura;
praxias; cópia;
ofas; ditado;
esquema corporal; par educativo
funções básicas; relação aprendizagem:
percepção auditiva; escola / família
percepção visual; nomeação rápida
memória tátil e cinestésica;
organização temporal;
organização espacial;
equilíbrio
27. OUTRAS AVALIAÇÕES
Se necessário, outros profissionais devem ser envolvidos no processo de
avaliação.
Dessa forma poderemos:
Verificar outras possibilidades que excluem a dislexia;
Melhor adequar o encaminhamento.
Neurologista;
PROFISSIONAIS QUE Oftalmologista;
PODEM SER ENVOLVIDOS Foniatra;
NO PROCESSO Geneticista;
Pediatra
28. TRATAMENTO DAS CRIANÇAS DISLÉXICAS
As diferenças são individuais;
O diagnóstico é clínico - de exclusão;
O tratamento é clínico e educacional;
Compreensão - estudo científico;
A intervenção deverá ser prematura com um
tratamento adequado.
29. As dificuldades das crianças disléxicas estão geralmente nas
alterações do sistema funcional da linguagem:
Atraso na fala;
Organização temporal - ritmo lento;
Visualização;
Audibilização;
Memória fraca para dígitos e sentenças;
Incapacidade de expressão (na pré-escola a criança já
apresenta dificuldade para encontrar palavras: Disnomias);
Percepção fonêmica e de ordenação de sons pobres;
Rima e aliteração;
Cópia-escrita espontânea-ditado;
Dificuldade com outro idioma.
30. Como trabalhar com o disléxico:
Treino da linguagem + fala + leitura do disléxico
Utilizar métodos estimulantes como:
ARTE
MÚSICA
COMPUTADOR
ESPORTES
31. PARA OS PROFESSORES QUE LIDAM COM DISLÉXICOS
Interesse-se pelo seu aluno disléxico. Ele se sente inseguro e
preocupado com as suas reações.
Dê-lhe atenção individualizada sempre que possível. Ele deverá
saber que pode perguntar sobre o que não compreende.
Estabeleça critérios concretos para os trabalhos, assim seu aluno os
realizará com mais segurança. Avalie seus progressos em
comparação com ele mesmo, e ajude-o nas áreas em que ele
precisa melhorar.
O disléxico não é INCAPAZ! Esteja certo de que ele entenda as
tarefas. Divida as lições em partes e comprove seu entendimento
passo a passo.
Devido ao seu problema de memória de curto prazo as informações
novas devem ser repetidas mais de uma vez.
32. PARA OS PROFESSORES QUE LIDAM COM DISLÉXICOS
Ele requer mais “prática” que um estudante sem dislexia.
Ele necessita de ajuda para relacionar conceitos novos com conceitos
anteriores.
Dê-lhe mais tempo para: organizar seus pensamentos, terminar seu
trabalho, etc. Se não houver limites de tempo estará menos nervoso e em
melhores condições de realizá-los.
Alguém pode ajudá-lo lendo e/ou explicando o material de estudo e em
especial as provas. Muitos disléxicos compensam os primeiros anos com
esforços de pais e professores pacientes em ler e passar-lhes as lições
oralmente. Alguns podem ler em voz alta e assim mesmo não
compreender o significado do texto.
Evite a correção sistemática de todos os erros em sua escrita.
Se possível faça exames orais, proporcionando que ele possa mostrar seu
conhecimento sem esbarrar nas dificuldades de leitura, escrita e
organização.
33. PARA OS PROFESSORES QUE LIDAM COM DISLÉXICOS
Deve-se levar em conta que levará mais tempo e cansará mais para fazer
suas tarefas de casa que os demais alunos da classe. Procure dar-lhe um
trabalho mais curto. Não aumente suas frustrações.
É FUNDAMENTAL fazer OBSERVAÇÕES POSITIVAS sobre o seu
trabalho. Orientá-lo sobre o que está ao seu alcance poderá ajudá-lo.
ELOGIAR e ESTIMULAR sempre que possível.
É FUNDAMENTAL desenvolver sua AUTO-ESTIMA. Deverá dar-lhe
oportunidades para destacar-se em classe. Evite compará-lo a outros
alunos em termos negativos.
Não fazer jamais chacotas sobre suas dificuldades. Não fazê-lo ler em voz
alta em público contra a sua vontade. É uma boa medida encontrar e
estimular algo de que a criança goste e tenha êxito.
O sentimento de êxito leva-o ao sucesso e sentimento de fracasso ao
fracasso.
Permita-lhe aprender das formas que lhe forem possíveis, usando
instrumentos alternativos como: dicionários, calculadoras, tabuadas,
computador, etc.
36. DISGRAFIA
O que é:
A disgrafia é também chamada de letra feia. Isso acontece devido
a uma incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar
recordar este grafismo escreve muito lentamente o que acaba
unindo inadequadamente as letras, tornando a letra ilegível.
Algumas crianças com disgrafia possui também uma disortografia
amontoando letras para esconder os erros ortográficos. Mas não
são todos disgráficos que possuem disortografia.
A disgrafia, porém, não está associada a nenhum tipo de
comprometimento intelectual.
37. Carcaterísticas
Lentidão na escrita
Letra ilegível
Escrita desorganizada
Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito
leves.
Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial.
Desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito antes
ou ultrapassando. Quando este último acontece, tende a amontoar letras na
borda da folha.
Desorganização das letras: letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas,
omissão de letras, palavras, números, formas distorcidas, movimentos
contrários à escrita (um S ao invés do 5 por exemplo).
Desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande, escrita
alongada ou comprida.
O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras são irregulares.
Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular.
O disgráfico não apresenta características isoladas, mas um conjunto de
algumas destas citadas acima.
38. DISGRAFIA
“A disgrafia pura ocorre ainda durante a gestação e já
nasce com a criança. Ela não é adquirida”, estudos apontam
que a disgrafia é mais comum em meninos e é detectada
ainda na infância, depois que o processo de alfabetização é
consolidado, por volta dos oito ou nove anos. “A disgrafia
pode ocorrer em adultos também, mas somente quando
ocorre uma lesão, como um derrame, que pode comprometer
a coordenação motora de mãos e braços. “Mas, nesse caso,
já não se trata mais de disgrafia pura”.
39. Podemos encontrar dois tipos de
disgrafia:
Disgrafia motora (discaligrafia): a criança consegue falar e ler,
mas encontra dificuldades na coordenação motora fina para
escrever as letras, palavras e números, ou seja, vê a figura
gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para escrever.
Disgrafia perceptiva: não consegue fazer relação entre o sistema
simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e
frases. Possui as características da dislexia sendo que esta está
associada à leitura e a disgrafia está associada à escrita.
40. DISGRAFIA
Ainda na infância, a dúvida é saber quando a letra ilegível vai
além da preguiça ou pressa e deve ser tratada como
transtorno. Um teste eficiente é pedir que a criança escreva
algumas frases em uma folha sem linhas. Se o resultado for
uma escrita lenta, com letras irregulares, retocadas e fora
das margens, é hora de preocupar-se. Além disso, os
disgráficos têm dificuldades em organização espacial: daí, a
escrita em que as palavras parecem “subir e descer o morro”.
41. Sintomas
Os sintomas da disgrafia não se referem exclusivamente à escrita. Alguns
outros sinais de alerta podem ajudar os pais antes mesmo da
alfabetização dos filhos. “Se você leva a criança a uma festa junina, por
exemplo, observe se ela tem ritmo para acompanhar as músicas, memória
para fixar os passos e atenção aos movimentos”. Se observada alguma
dificuldade nesse sentido, é hora de estimular a prática de exercícios
físicos como correr e nadar, além de brincadeiras como amarelinha,
pintura e recorte para estimular a parte motora dos pequenos. A falta
dessas atividades pode comprometer o tônus muscular, piorando a já
difícil situação dos disgráficos.
42. Características:
- Lentidão na escrita.
- Letra ilegível.
- Escrita desorganizada.
- Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a
marcar o papel ou muito leves.
- Desorganização geral na folha por não possuir
orientação espacial.
- Desorganização do texto, pois não observam a
margem parando muito antes ou ultrapassando.
Quando este último acontece, tende a amontoar
letras na borda da folha.
43. Características:
- Desorganização das letras: letras retocadas,
omissão de letras, palavras, números, formas
distorcidas, movimentos contrários à escrita (um
S ao invés do 5 por exemplo).
- Desorganização das formas: tamanho muito
pequeno ou muito grande, escrita alongada ou
comprida.
- O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras
são irregulares.
- Liga as letras de forma inadequada e com
espaçamento irregular.
45. Rendimento escolar
– É importante ressaltar que a disgrafia não
compromete o desenvolvimento intelectual da
criança nem é um indicador de que o Q.I.
(quociente de inteligência) dela é baixo.
Geralmente, os disgráficos são alunos muito
inteligentes. A comunicação oral deles é muito boa,
mas, na hora de colocar as idéias no papel, eles têm
muita dificuldade.
46. DISGRAFIA
É esse desdobramento do problema que pode prejudizar o
rendimento do aluno. Devido à dificuldade no ato motor, a
criança demora mais a realizar algumas atividades, em
comparação a seus colegas. É o caso de tarefas simples
como copiar a lição da lousa. Outra situação típica: a
professora pede que os estudantes redijam um texto, e o
disgráfico, envergonhado pela a letra feia, conclui que nem
vale a pena escrever. “Isso abala a autoestima da criança”,
Diante do obstáculo, ele deixa de aprender.
47. DISGRAFIA
Sem o treinamento exaustivo da caligrafia, a atenção na
escola deve ser redobrada. “Se o treinamento da letra
cursiva existe desde cedo, é possível encontrar os
disgráficos. Com a prática em desuso, os professores e pais
podem confundir digrafia com preguiça. “Mas a letra feia
pode ser treinada e as crianças tidas como preguiçosas têm
as habilidades necessárias para escrever bem. Já as
digráficas, não: elas não tem habilidade e precisam de
tratamento.”
48. Como tratar
Assim como em outros transtornos de
aprendizagem, o tratamento da disgrafia é
multidisciplinar e envolve neurologistas,
psicopedadogos, fonoaudiólogos e terapeutas.
Medicamentos só são indicados quando existem
outros transtornos envolvidos, como déficit de
atenção (DDA) ou hiperatividade.
49. Como tratar
Em relação à parte motora, é necessária uma preparação prévia do
paciente, com exercícios mais amplos, para depois chegar à escrita. O
ponto principal é trabalhar com o corpo, com exercícios como manusear a
argila e massagens, e depois partir para o específico, que é a escrita e
outros problemas, como o de memória. Vemos apenas o produto final, que
é a letra ilegível, mas existe muita coisa por trás disso. O tratamento
pode levar meses e até anos, variando conforme o caso. O objetivo não é
atingir a letra bonita, mas, sim, legível. E dar uma forcinha para o
processo de aprendizado das crianças
50. Orientações:
Detectar a causa o mais rápido possível e dar atenção
individualizada e específica por parte de especialistas;
Os pais e professores devem evitar repreender a criança,
reforçar o aluno de forma positiva sempre que conseguir
realizar uma conquista;
Dar ênfase à expressão oral na avaliação escolar;
Evitar o uso de canetas vermelhas na correção dos cadernos e
provas;
Conscientizarem o aluno de seu problema e ajudá-lo de forma
positiva.
53. DISCALCULIA
Falha na aquisição e na habilidade de lidar
com conceitos e símbolos matemáticos,
transcrever números e sinais erradamente,
no momento em que resolve um problema
matemático, pode estar associada à
dificuldade com processamento de
linguagem(dislexia).
54. Características
Lentidão no trabalho: não assimila os mecanismos
necessários para resolução da tarefa como:
tabuada decorada, sequências decoradas;
Problemas com orientação espacial: não sabe
posicionar os números de uma operação na folha
de papel, gasta muito espaço ou faz contas
“apertadas” num cantinho da folha;
55. Características
Dificuldade em lidar com operações básicas:soma,
subtração, multiplicação e divisão;
Dificuldade na memória de curto e longo prazo,
tabuadas, fórmulas;
Dificuldade em lidar com grande quantidade de
informação de uma vez só;
Confusão de símbolos (= + - : . < >).
56. Exemplo:
Ela é capaz de compreender a matemática
representada simbolicamente (3+2=5).
Mas é incapaz de resolver “Maria tem três
balas e João tem duas balas.
Quantas balas eles tem no total?
57. Tratamento (Após Diagnóstico)
Permitir o uso de calculadora e tabela de tabuada;
Uso de caderno quadriculado;
Provas com questões claras e diretas, reduzindo o
número de questões;
Fazer prova sozinho, sem limite de tempo e com
um tutor para certificar que entendeu as
questões;
58. Tratamento (Após Diagnóstico)
Fazer prova oralmente, desenvolvendo as
expressões mentalmente e ditando para que
alguém transcreva;
Moderar a quantidade de lição de casa;
Passar exercícios repetitivos e cumulativos;
Incentivar a visualização do problema, com
desenhos;
Observar qual o processo utilizado pela
criança, que tipo de pensamento é usado para
resolver um problema.
59. Obrigada!
Organizado por
Nilma Ruiz Ueda
Fonoaudióloga / Pedagoga