2. Estudo da Partida da Monção
Almeida Júnior, 1897
PROF. RODOLFO MONTEIRO
3. MONÇÕES
•Expedições fluviais que tinham objetivos diversos, como:
reconhecimento fluvial, busca de índios, metais preciosos
•As rotas das monções foram as principais fontes de
abastecimento da região Platina até o início do século XX
•Dinamizou o comércio na região Platina
•Ligou o Atlântico Norte ao Atlântico Sul
•Encontrou ar uma caminho alternativo que pudessem
estabelecer contato com as minas do Peru.
4. CARACTERÍSTICAS DAS MONÇÕES
• Durava em média seis meses, se as pestes, chuvas e os índios não
atrapalhassem.
• Rios: muitos não eram navegáveis e os bandeirantes tinham que transportar as
embarcações no ombro. Varação
• A fome em muitas vezes foi a maior dificuldade encontrada pelos bandeirantes.
• Estavam o tempo todo expostos aos ataques dos índios que habitavam a região
por onde passavam
• No sul do Mato Grosso, os principais índios que ameaçavam as expedições
eram:
– Os Guaicuru: cavaleiros do Pantanal.
– Os Paiaguá: canoeiros do Pantanal.
– Além destes índios haviam também os Ofaié, Pareci e Guató
6. ROTA DAS MONÇÕES
• As principais rotas no sul do Mato Grosso para as monções eram:
Tietê, Anhandui, Aquidauana (Embotetey), Mondego, Miranda, Serra
de Maracaju, Vacarias e Paraguai.
• Tais rotas, tanto terrestres como fluviais, tinham em sua maior parte,
como ponto de partida o rio Tietê e o estuário do rio da Prata
também era muito utilizado no caminho para as Minas do Peru.
• Por volta de 1648, Antônio Raposo Tavares realiza o seu périplo
através do vale Amazônico, retornando a São Vicente por via
marítima
• Foram mais de 10.000 quilômetros percorridos, realizados durante
três anos
7. ENTRADAS, BANDEIRAS E MONÇÕES
•Entradas: expedições oficiais dirigidas ao sertão para
conquistar terras;
•Bandeiras: expedições particulares, organizadas
principalmente por paulistas, com objetivos de capturar
índios e procurar metais preciosos; destacam-se Fernão
Dias, Raposo Tavares, Jorge Velho, Pascoal Moreira Cabral,
e outros.
•Monções: expedições fluviais regulares que faziam o
abastecimento entre São Paulo e Cuiabá.
8. FAZENDA CAMAPUÃ
• No ano de 1719, os irmãos Leme organizam a criação da fazenda
Camapuã (cama: seios; puã: bonitos), que vindos de Itu, embrenharam-
se no Tietê. Primeiro estabelecimento português em MS
• Estavam bem armados e com escravos, porém com poucos
mantimentos.
• Na rota alcançam o Grande e, navegam pelo seus afluente (Pardo) até a
sua nascente, próximo da serra descrita por Cabral Leme.
• Não se sabe se por erro ou busca de um novo caminho não tomam o
Anhanduí. Desta forma, escasso o alimento, logo trataram, os Irmãos
Leme (Antão, João, Lourenço e Domingos) de iniciar um plantação no
divisor das águas, pois não sabiam quando chegariam ao Porrudos e
deste à zona aurífera.
9. DESENVOLVIMENTO DA FAZENDA CAMAPUÃ
• Em 1726, a fazenda já cultivava milho, feijão, cana-de-açúcar, banana;
criva pequenos animais, mas não havia a criação de bovinos.
• Em 1727, a fazenda pertencia a Luís Rodrigues Vilares. Além de receber
Rodrigo César de Menezes.
• Em 1751, a fazenda já possuía um rebanho de 600 cabeças de rezes (gado).
• Em 1785, a fazenda Camapuã pertencia a herdeiros e sua população não
ultrapassava o número de 300 pessoas. Sal era raro
• IMPORTANTE: – A Fazenda Camapuã, foi essencialmente fornecedora de
mantimentos para os bandeirantes que buscavam ouro (Cuiabá), uma vez
que o Varadouro de Camapuã era um lugar estratégico para continuar o
caminho à zona aurífera. Local de descanso e abastecimento.
• Fazenda privada e Fazenda Pública (Abastecia e fiscalizava as monções).
20. •O marco foi erigido em 15 de janeiro de 1754,
às margens do Rio Paraguai com a barra do
Rio Jauru, para fins de demarcação dos limites
da América Meridional entre os domínios
português e espanhol, de acordo com o
Tratado de Madrid, assinado em 17 de janeiro
de 1750. Em 1883, deu-se a sua transferência
para a praça Barão do Rio Branco.
•O Marco do Jauru é conhecido como o
símbolo da soberania brasileira na fronteira.
22. HISTÓRIA DE CÁCERES (06/10/1778)
• A vila de São Luís de Cáceres foi fundada em 6 de outubro de 1778 pelo tenente de Dragões Antônio
Pinto no Rego e Carvalho, por determinação do quarto governador e capitão-general da capitania de
Mato Grosso, Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres.
• Cáceres, com o nome de Vila-Maria do Paraguai, em homenagem à rainha reinante de Portugal. No
início, o povoado de Cáceres não passava de uma aldeia, centrada em torno da igrejinha de São Luiz
de França. A Fazenda Jacobina destacava-se na primeira metade do século XIX por ser a maior da
província de Mato Grosso em termos de área e produção. Foi lá que Sabino Vieira, chefe da Sabinada,
a malograda revolução baiana, refugiou-se e veio a morrer em 1846.
• O historiador Natalino Ferreira Mendes conta em seus livros que, em meados do século passado, Vila-
Maria do Paraguai experimentou algum progresso, graças ao advento do ciclo da indústria extrativa,
que tinha seus principais produtos no gado, na borracha e na ipecacuanha, o ouro negro da floresta.
• A poaia contém alcaloides, incluindo a emetina, que é responsável por suas propriedades eméticas.
Devido a essa característica, a poaia também foi usada historicamente como emético para tratar
intoxicações e envenenamentos. Além disso, a poaia tem sido utilizada na medicina tradicional para
tratar outras condições, como distúrbios gastrointestinais, diarreia, disenteria e como expectorante
em casos de tosse com excesso de muco.
23. • As razões para a fundação do povoado foram a necessidade de defesa e incremento
da fronteira sudoeste de Mato Grosso; a comunicação entre Vila Bela da Santíssima
Trindade e Cuiabá e, pelo rio Paraguai, com a capitania de São Paulo; e a fertilidade do
solo no local, com abundantes recursos hídricos.
• Em 1860, Vila-Maria do Paraguai já contava com sua Câmara Municipal, mas só em
1874 foi elevada à categoria de cidade, com o nome de São Luiz de Cáceres, em
homenagem ao padroeiro e ao fundador da cidade. Em 1938, o município passou a se
chamar apenas Cáceres.
• Em 1914, São Luís de Cáceres recebeu a visita do ex-presidente dos Estados Unidos,
Theodore Roosevelt, que participava da Expedição Roosevelt-Rondon. Conta-se que
ele ficou encantado com o comércio local, cujo carro-chefe era a loja 'Ao Anjo da
Ventura', de propriedade da firma José Dulce & Cia, que também era dona do vapor
Etrúria. As lanchas que deixavam Cáceres com destino a Corumbá levavam poaia (ou
ipecacuanha), borracha e produtos como charque e couro de animais e voltavam
carregadas de mercadorias finas, como sedas, cristais e louças vindas da Europa.
• No início de 1927, Cáceres viveu um acontecimento marcante: a passagem da Coluna
Prestes por seus arredores, que provocou a fuga de muitos moradores.
25. A Rusga se encontra em um contexto de revoltas do
Período Regencial (1831 a 1840), no caso cuiabano, foi
um revolta de cunho político e social com um caráter
anti-lusitano, liderada pelos liberais com ajuda da
população cuiabana. Os cargos mais importantes da
província era ocupada por portugueses do Partido
Conservador (Bicudos)
•Liberais: tomar o poder da província então governada
pelo conservador Antônio Corrêa da Costa.
•Cuiabanos: Expulsar os portugueses, os quais
acreditavam que eram os grandes e verdadeiros
culpados de sua situação miserável.
26. No dia 30 de Maio de 1834 (“ Noite do Terror”)
os revoltosos enfurecidos partem do Campo
do Ourique em direção ao centro e a golpes de
machado invadiram e saquearam as Casa
Comerciais portuguesas bem como suas
residências assassinando homens, mulheres e
crianças de origem lusitana. Muitos foram
executados no antigo Largo da Matriz, onde
hoje é a Praça da República.
27. Representou maisuma ocasião encontrada
para os pobres usufruírem de benefícios
passageiros e extravasarem seus anseios de
mudanças. É a partir desse contexto que
podem ser explicados os saques, roubos e
mortes cometidas. Assim também pode ser
explicada a repressão ao movimento,
promovida por Poupino Caldas, no
momento em que a Rusga explodiu
28. ·Massacre da Baía do Garcez (1901) Movimento ocorrido
durante a política dos governadores (governo de Antonio
Alves de Barros), quando foi realizado um cerco a Usina de
Conceição, com prisões e execuções bárbaras.
·Caetanada (1916), Movimento ocorrido pela posse da terra:
de um lado a Companhia Mate Laranjeira e de outro, os
interesses dos trabalhadores (gaúchos).
·Morbech e Carvalhinho (1920 em diante), Luta travada entre
2 chefes locais das zonas de garimpo, no leste mato-
grossense.
·Tanque Novo (1933), Movimento armado ocorrido em 1933,
no município de Poconé, que resultou em perseguições por
questões políticas e no julgamento de Doninha (1º República).