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ARTE
E ASSUNTOS CORRELATOS

i
Coleção
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“Seleção de Escritos Bahá’ís”:
APROFUNDAMENTO, CONHECIMENTO E COMPREENSÃO DA FÉ
AQUISIÇÃO DE SABEDORIA
ASSEMBLÉIA ESPIRITUAL LOCAL, A
ASSEMBLÉIA ESPIRITUAL NACIONAL, A
BAHÁ’ÍS E O MURO DE BERLIM, OS
CAPTANDO A CENTELHA DA FÉ (IMPORTÂNCIA DO ENSINO ÀS MASSAS)
CONQUISTA ESPECIAL, UMA (LEVANDO A MENSAGEM ÀS PESSOAS DE PROEMINÊNCIA)
CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS DA TERRA
CONSULTA BAHÁ’Í ( A LÂMPADA QUE GUIA)
CONTRIBUIÇÃO AOS FUNDOS BAHÁ’ÍS
CONVÊNIO, O
CORPO CONTINENTAL DE CONSELHEIROS, O
CRISE E VITÓRIA
EDUCAÇÃO BAHÁ’Í
EM BUSCA DA LUZ DO REINO (EXCELÊNCIA SOBRE TODAS AS COISAS E
FESTAS DE 19 DIAS)
•
ENSINO RELIGIOSO NAS ESCOLAS
•
FÉ EM AÇÃO (PROJETOS BAHÁ’ÍS SÓCIOECONÔMICOS)
•
FIDEDIGNIDADE
•
FUNERAL BAHÁ’Í
•
IMPORTÂNCIA DA MEDITAÇÃO E DA ATITUDE DEVOCIONAL
•
IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO OBRIGATÓRIA E DO JEJUM, A
•
IMPORTÂNCIA DAS ARTES NA PROMOÇÃO DA FÉ, A
•
INDIVÍDUO E O ENSINO, O
•
INSTITUIÇÃO DOS CONSELHEIROS, A
•
JEJUM BAHÁ’Í, O
•
JUVENTUDE
•
LEI DO HUQÚQU’LLÁH, A
•
LEIS, HISTÓRIAS E ADMINISTRAÇÃO DA FÉ BAHÁ’Í
•
LIBERANDO O PODER DA AÇÃO INDIVIDUAL
•
MULHER
•
NO LIMIAR DA PAZ
•
NOVA RAÇA DE HOMENS, UMA
•
NOVO MODO DE VIDA, UM (SIGNIFICADO DE SER UM JOVEM BAHÁ’Í)
•
OPOSIÇÃO À FÉ
•
PADRÃO DE VIDA BAHÁ’Í
•
POR AMOR À CAUSA (SOBRE PIONEIRISMO)
•
POLÍTICA
•
PRESERVANDO CASAMENTOS BAHÁ’ÍS (SOBRE DIVÓRCIO)
•
PROMOVENDO A ENTRADA EM TROPAS
•
QUESTÃO MAIS DESAFIADORA, A (ASSUNTOS SOBRE A RAÇA NEGRA)
•
SABEÍSMO, BUDA, KRISHNA, ZOROASTRO E ASSUNTOS CORRELATOS
•
SAÚDE, HIGIENE E CURA
•
VIDA CASTA E SANTA, UMA
•
VIDA EM FAMÍLIA (UMA ONDA DE TERNURA)
•
VIVER A VIDA (ORIENTAÇÕES SOBRE A VIDA BAHÁ’Í)
Pedidos:
www.editorabahaibrasil.com.br

ii
ARTE
E ASSUNTOS CORRELATOS

COMPILAÇÕES PREPARADAS
PELO DEPARTAMENTO DE PESQUISA DA

CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA
E PELO CORPO CONTINENTAL DE CONSELHEIROS PARA A EUROPA

iii
Títulos originais em inglês:
COMPILATION ON ARTS;
BAHÁ’Í WRITINGS ON MUSIC;
GUIDANCE TO POETS;
EXTRACTS FROM THE BAHÁ’Í WRITINGS ON THE SUBJECT OF WRITERS AND WRITING (AMPLIADA);
SELECTION OF EXTRACTS CONCERNING HUMOR AND LAUGHTER;
TRANSLATIONS (AMPLIADA);
ARTS AND ARCHITETURE;
PROFESSIONS;
ARTS AND ARTCRAFTS.

© 2007
Todos os direitos em português reservados para:
EDITORA BAHÁ’Í DO BRASIL
Caixa Postal 1085
13800-973 – Mogi Mirim – SP
www.editorabahaibrasil.com.br
ISBN: 978-85-320-0162-7
1a Edição: 2007
Tradução: (salvo textos publicados anteriormente)
• Leonora Armstrong: Música
• Maria Trude Alves: Artes; Artes e Ofícios
• Osmar Mendes: Poetas; Escritores; Humor e Risos; Tradutores; Arquitetura;
Profissões
Revisão: Coordenação Nacional Bahá’í de Tradução e Revisão do Brasil
Capa: Gustavo Pallone de Figueiredo
Impressão: Prisma Printer Gráfica e Editora Ltda., Campinas – SP

iv
CONTEÚDO
ARTES
I. Aprendendo uma Arte
II. A Fonte da Arte
III. O Desenvolvimento Futuro das Artes
IV. Orientações para Artistas Bahá’ís

3
16
21
30

M ÚSICA
I. Dos Escritos de Bahá’u’lláh
II. Dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá
III. De Palestras de ‘Abdu’l-Bahá
IV. De Cartas Escritas em Nome de Shoghi Effendi

47
49
52
58

POETAS
I. Guia aos Poetas
II. Orações e Epístolas aos Poetas

65
67

ESCRITORES
I. Dos Escritos de Bahá’u’lláh
II. Dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá
III. De Cartas Escritas em Nome de Shoghi Effendi

73
77
79

v
IV. De Cartas Escritas em Nome
da Casa Universal de Justiça
V. De uma Carta Escrita pela Editora Bahá’í do Brasil
HUMOR E RISOS
I. Dos Escritos de Bahá’u’lláh
II. Dos Escritos e Palestras de ‘Abdu’l-Bahá
III. De Cartas Escritas em Nome da Casa Universal de Justiça
Apêndice. Fé e Humor, Uma Explanação
TRADUTORES
I. Dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá
II. De uma Palestra de ‘Abdu’l-Bahá
III. De um Escrito de Shoghi Effendi
IV. De Cartas Escritas em Nome de Shoghi Effendi
V. De Cartas Escritas pela Casa Universal de Justiça
VI. De Cartas Escritas em Nome da Casa Universal de Justiça
VII. De um Memorândum Escrito em Nome
da Casa Universal de Justiça
VIII. Do Livro “A Pérola Inestimável”
ARQUITETURA
I. Dos Escritos de Bahá’u’lláh
II. Dos Escritos e Palestras de ‘Abdu’l-Bahá
III. De Cartas Escritas em Nome de Shoghi Effendi
IV. De uma Carta Escrita pela Casa Universal de Justiça
V. De Cartas Escritas em Nome da Casa Universal de Justiça

vi

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151
152
154
158
160
PROFISSÕES
I. Artistas e Pintores
II. Artesãos
III. Médicos
IV. Comerciantes
V. Músicos
VI. Juízes
VII. Professores

165
166
168
169
170
171
173

ARTES E OFÍCIOS
I. Dos Escritos de Bahá’u’lláh
II. Dos Escritos e Palestras de ‘Abdu’l-Bahá
III. De Cartas Escritas em Nome de Shoghi Effendi

177
181
186

Referências

189

Bibliografia

190
ARTES
COMPILADO PELO
CORPO CONTINENTAL DE
CONSELHEIROS PARA A EUROPA
artes

2
I
APRENDENDO UMA ARTE
DOS

ESCRITOS DE BAHÁ’’U’’LLÁH

1

As artes, ofícios e ciências elevam o mundo do ser e
conduzem à sua exaltação. O conhecimento é como asas
para a vida do homem; é como uma escada pela qual ele possa
ascender. Incumbe a cada um adquiri-lo. Deve-se, porém, adquirir
o conhecimento das ciências que possam prestar benefícios aos
povos da Terra e não daquelas que por meras palavras começam
e assim também terminam. ...
Na realidade, o conhecimento é um verdadeiro tesouro para o
homem; é para ele uma fonte de glória, de graça, de júbilo e
exaltação, de alegria e contentamento. Feliz é o homem que a ele
segura-se firmemente, e infelizes os desatentos.
Epístola ao Filho do Lobo, pp. 42-43

2

Ó Meus Servos!
Sois as árvores de Meu jardim; deveis dar frutos belos e
maravilhosos, para que vós e outros sejam por eles beneficiados.
Assim compete a cada um ocupar-se em ofícios ou profissões,
pois o segredo da riqueza está nisso, ó homens de compreensão!
Resultados dependem de meios e a graça de Deus vos será todaartes

3
suficiente. Árvores infrutíferas sempre foram e serão destinadas
ao fogo.
As Palavras Ocultas, do Persa, nº 80, p. 168

3

O quinto Taráz concerne à proteção e preservação dos
graus dos servos de Deus. Não se deve deixar de levar
em conta a verdade de qualquer assunto; antes, deve-se dar
expressão àquilo que seja certo e verídico. O povo de Bahá a
nenhuma alma deve negar a recompensa que lhe é devida, deve
tratar com deferência os artífices e de modo diferente do povo de
outrora, não deve macular suas línguas com injúrias.
Neste Dia, o sol dos ofícios brilha acima do horizonte ocidental
e o rio das artes mana do mar dessa região. Deve-se falar com
eqüidade e apreciar essa graça.
Epístolas de Bahá’u’lláh, p. 47

4

No início de todo empreendimento, convém se olhar para
seu fim. Fazei as crianças estudarem – entre todas as
ciências e letras – aquelas que resultarão em vantagem para o
homem, lhe assegurando o progresso e elevando o grau. Assim
serão dissipados os nocivos odores da inobservância da lei, e assim,
através dos altos esforços dos líderes das nações todos viverão
amparados, seguros e em paz.
Diz o Grande Ser: Os eruditos do dia devem orientar o povo,
para que adquira aqueles ramos de conhecimento que sejam úteis,
de modo que tanto os próprios eruditos como os homens em geral,
possam disso derivar benefícios.
Epístolas de Bahá’u’lláh, pp. 187-188

artes

4
5

O propósito do conhecimento deve ser a promoção do
bem-estar dos povos, isto pode ser alcançado através das
artes. Foi revelado, e agora é repetido, que o verdadeiro valor
dos artistas e artesãos deve ser apreciado, pois eles promovem o
progresso nos assuntos da humanidade. Assim como a base da
religião é firmemente estabelecida através da Lei de Deus, os meios
para o sustento dependem daqueles que se ocupam com as artes
e ofícios. O verdadeiro conhecimento é aquele que conduz ao
bem-estar do mundo e não ao orgulho e à vaidade, ou à tirania, à
violência e ao roubo.
De uma Epístola traduzida do persa para o inglês

6

Abençoados aqueles que têm fixado seu olhar no reino da
glória e têm seguido os mandamentos do Senhor dos
Nomes. Abençoado é aquele que nos dias de Deus se ocupa com
as artes. Esta é uma graça de Deus, pois nesta Mais Poderosa
Dispensação é aceitável aos olhos de Deus que todo homem se
ocupe com uma profissão que o livre de depender da caridade. O
trabalho de todo artesão é considerado como adoração.
De uma Epístola traduzida do persa para o inglês

7

Um dos nomes de Deus é o Modelador. Ele ama a arte.
Portanto, qualquer de Seus servos que manifeste este
atributo é aceitável aos olhos deste Injustiçado . O artesanato é
um livro dentre os livros das ciências divinas e um tesouro entre os
tesouros de Sua sabedoria celestial. Este é um conhecimento que
faz sentido, pois algumas das ciências nascem de palavras e
terminam em palavras.
De uma Epístola traduzida do persa para o inglês
artes

5
8

Permita Deus que te esforces ao máximo para adquirir
perfeições, assim como perícia em um ofício.
De uma Epístola traduzida do persa para o inglês

9

O Deus único e verdadeiro, exaltado seja, ama contemplar
trabalhos de suma destreza realizados por Seus amados.
Abençoado sejas, pois o que tua habilidade tem produzido atingiu
a presença de teu Senhor, o Exilado, o Injuriado. Queira Deus
que a cada um de Seus amigos lhes seja permitido aprender uma
das artes e que sejam confirmados em sua adesão ao que foi
ordenado no Livro de Deus, o Todo-Glorioso, o Onisciente.
De uma Epístola traduzida do persa para o inglês

10

Quanto ao que a Pena Suprema previamente prescreveu,
sua razão é que, em toda a arte e ofício, Deus ama a mais
elevada perfeição.
Educação Bahá’í: uma Compilação, p. 18

DOS

ESCRITOS DE ‘‘ABDU’’L-BAHÁ

11

Embora a aquisição das ciências e das artes seja a maior
glória da humanidade, isso só será verdade caso o rio do
homem venha a desaguar no poderoso mar, e retire, do antigo
manancial de Deus, Sua inspiração. Quando isso acontece, então
cada professor é como um oceano sem limites, e cada aluno é
fonte pródiga de conhecimento. Portanto, se a busca do
conhecimento conduzir à beleza dAquele que é o Objeto de todo
o Conhecimento, quão excelente é tal meta; mas se assim não
artes

6
ocorrer, uma mera gota talvez possa excluir o homem da graça
transbordante, pois com a erudição vêm a arrogância e o orgulho,
e isso leva ao erro e à indiferença para com Deus.
Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá, pp. 98-99

12

Observai cuidadosamente como a educação e as artes
de civilização trazem honra, prosperidade, independência
e liberdade a seu povo.
O Segredo da Civilização Divina, p. 131

13

É por esta razão que, neste novo ciclo, a educação e a
instrução estão inscritas no Livro de Deus como sendo
obrigatórias, e não como voluntárias. Isto é, ao pai e à mãe impõese, como um dever, envidar todos os esforços para dar instrução
à filha e ao filho, para nutri-los do seio do conhecimento e criá-los
no regaço das ciências e das artes. Se negligenciarem esse assunto,
terão de prestar contas, e serão dignos de reprovação na presença
do austero Senhor.
Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá, p. 114

14

Ó Deus, ó Tu que lançaste o Teu esplendor sobre as
luminosas realidades dos homens, derramando sobre eles
as luzes resplandecentes do conhecimento da guia, que os
escolhestes dentre todas as coisas criadas para esta graça excelsa,
que os fizeste abarcar todas as coisas, compreender sua essência
mais íntima e desvendar seus mistérios, trazendo-os das trevas
para o mundo visível! “Verdadeiramente, Ele manifesta a Sua mercê
especial a quem quer que Ele deseje!”1
artes

7
Ó Senhor, ajuda os Teus amados na aquisição do conhecimento,
das ciências e das artes, e na descoberta dos segredos que se
encontram entesourados na mais íntima realidade de todos os seres
criados. Faz com que aprendam as verdades ocultas que estão
inscritas e entesouradas no âmago de tudo o que existe. Faz com
que sejam insígnias de guia entre todas as criaturas e raios
penetrantes da mente derramando a sua luz nesta “primeira vida”.2*
Faz deles condutores até ti, guias para o Teu caminho, mensageiros
exortando os homens para o Teu Reino.
Verdadeiramente, Tu és o Poderoso, o Protetor, o Forte, o
Defensor, o Grande, o Mais Generoso.
Ó Companhia de Deus! Para cada coisa criada a Antiga
Soberania determinou uma perfeição própria, uma virtude particular
e uma especial excelência, de modo que, cada uma no seu grau,
possa se tornar um símbolo revelando a sublimidade do verdadeiro
Educador do gênero humano e para que, cada uma, tal como um
espelho cristalino, possa manifestar a graça e o esplendor do Sol
da Verdade.
E, dentre todas as criaturas, Ele escolheu o homem para lhe
conceder a Sua mais maravilhosa dádiva, e fez com que ele
alcançasse as bênçãos da Companhia no alto. A mais preciosa
dádiva é atingir Sua guia infalível, de modo que a mais íntima
realidade da humanidade venha a ser como um nicho para guardar
esta lâmpada; e, quando os esplendores desta luz incidem sobre o
brilhante cristal do coração, a pureza do coração faz com que os
raios cintilem ainda mais intensamente do que antes e resplandeçam
gloriosamente nas mentes e nas almas dos homens.
A obtenção da suprema orientação está na dependência do
conhecimento e da sabedoria, e em estar-se informado quanto
aos mistérios das Palavras Sagradas. Por este motivo, devem os
*Em uma Epístola, ‘Abdu’l-Bahá explica tratar-se de uma referência à vida neste
mundo, pois a mesma é distinta da vida após a morte.

artes

8
amados de Deus, sejam eles jovens ou idosos, homens ou mulheres,
cada qual seguindo suas aptidões, empenharem-se na aquisição
dos vários ramos do conhecimento e ampliarem a sua compreensão
dos mistérios dos Livros Sagrados e sua habilidade em dominar
as provas e evidências divinas.
O eminente Sadru’s-Sudúr,* que, verdadeiramente, atingiu uma
posição extremamente elevada nos Retiros do Paraíso, foi quem
inaugurou a reunião de ensino. Ele foi a primeira alma abençoada
a assentar o alicerce desta momentosa instituição. Louvado seja
Deus. No decurso de sua vida ele educou pessoas que hoje são
fortes e eloqüentes defensores do Senhor Deus, discípulos que
são, verdadeiramente, descendentes puros e espirituais deste que
tão perto chegou do Santo Limiar. Depois de seu passamento,
alguns abençoados indivíduos tomaram medidas para perpetuar o
seu trabalho de ensino, e, quando soube disto, o coração deste
Cativo regozijou-se.
Nestes dias, do mesmo modo, peço intensamente que os
amigos de Deus envidem todo esforço, na medida de suas
capacidades, nesta direção. Quanto mais arduamente lutarem por
ampliar a extensão de seu conhecimento, melhor e mais gratificante
será o resultado. Que os amados de Deus, sejam eles jovens ou
idosos, homens ou mulheres, cada qual de acordo com suas
aptidões, se levantem e não poupem esforços na aquisição dos
vários ramos existentes do conhecimento, tanto espirituais como
seculares, e das artes. Sempre que se reunirem em seus encontros,
que a sua conversação se restrinja a assuntos eruditos e à
informação sobre o conhecimento e as ciências da atualidade.
Se assim o fizerem, inundarão o mundo com a Luz Manifesta e
transformarão esta terra de pó em jardins do Reino da Glória.
Educação Bahá’í, pp. 23-25
*Um distinto crente iraniano que criou as primeiras aulas para instrução de professores
bahá’ís.

artes

9
15

Toda pessoa deve ter uma ocupação, um ofício ou uma
arte, para que possa levar a carga de outra pessoa e não
ser ele mesmo uma carga para os demais.
De uma Epístola traduzida do persa para o inglês

16

Tu escreveste a respeito de teu encontro com… Ele
[também] escreveu que deseja te ensinar um oficio e
mostra afeto e consideração para contigo. Suplicamos a Deus que
este propósito possa ser alcançado e que aprendas esta habilidade,
pois de acordo com os decretos divinos, toda pessoa deve adquirir
um ofício.
De uma Epístola traduzida do persa para o inglês

17

Ele deve estudar todos os dias, da manhã até o meio-dia
para que possa aprender a ler e a escrever. Do meio-dia
até aproximadamente o pôr-do-sol, deveria aprender um ofício.
As crianças devem aprender a ler e a escrever e a adquirir uma
arte ou habilidade.
De uma Epístola traduzida do persa para o inglês

18

... de acordo com os ensinamentos divinos a aquisição
de ciências e o aperfeiçoamento nas artes são
considerados atos de adoração. Se o homem ocupar-se na
aquisição da ciência ou no aprimoramento da arte com todo o seu
poder, será como se estivesse adorando a Deus em igrejas e
templos... Qual graça maior que a ciência ser considerada ato de
adoração e a arte como serviço ao Reino de Deus?
Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá, p. 130
artes

10
19

Ó tu servo do Deus Uno e Verdadeiro! Nesta dispensação
universal a maravilhosa faculdade inventiva do homem é
aceita como adoração à Beleza Resplandecente. Considera que
favor e bênção é o engenho humano ser tido como adoração!
Nos tempos antigos acreditava-se que tais habilidades não
passavam de ignorância, ou até mesmo que eram uma desgraça
que impedia o homem de aproximar-se de Deus. Considera tu,
agora, como suas infinitas graças e abundantes favores converteram
o fogo infernal em paraíso, e um monte de pó escuro em jardim
luminoso.
Compete aos artífices do mundo a cada minuto ofertarem mil
sinais de gratidão no Limiar Sagrado, e esforçarem-se com o
máximo empenho, e diligentemente seguir em suas profissões, para
que seus esforços possam criar a maior beleza e perfeição ante os
olhos de todos os homens.
Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá, pp. 130-131

20

Ó vós, pequeninas crianças bahá’ís, vós que buscais
verdadeira compreensão e conhecimento! O ser humano
distingue-se do animal de várias maneiras. Antes de mais nada ele
é feito à imagem de Deus, à semelhança da Luz Suprema; assim
como diz a Tora: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme
à nossa semelhança.”3 Essa imagem divina representa todas as
qualidades da perfeição, cujas luzes, emanadas do Sol da Verdade,
iluminam a realidade dos homens, e estão entre os atributos perfeitos
encerrados na sabedoria e no conhecimento. Deveis, pois, fazer
vigoroso esforço, trabalhando dia e noite, sem descansar um
momento sequer, a fim de adquirirdes abundante porção de todas
as ciências e artes, para que assim a Imagem Divina, que irradiaSe do Sol da Verdade, ilumine o espelho dos corações dos homens.
Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá, p. 126

artes

11
21

Encorajai as crianças, desde os primeiros anos, a dominar
toda espécie de conhecimento, a fazei-as ansiosas por
se tornarem hábeis em todas as artes com o propósito de que
através da graça favorecedora de Deus, o coração de cada uma
se torne como um espelho revelando os segredos do universo,
penetrando na mais íntima realidade de todas as coisas; e que
cada uma obtenha fama mundial em todos os ramos do
conhecimento, da ciência e das artes.
Educação Bahá’í, pp. 43-44

22

Portanto, ó bem-amados de Deus! Envidai vigoroso
esforço até que vós próprios simbolizeis esse progresso
e todas essas confirmações, e vos torneis centros focais das
bênçãos de Deus, auroras da luz de Sua unidade, promotores das
dádivas e graças da vida civilizada. Sede nessa terra as vanguardas
das perfeições da humanidade; levai avante os vários ramos do
conhecimento; sede ativos e progressistas no campo das invenções
e das artes. Esforçai-vos por retificar a conduta dos homens, e
procurai exceder o mundo inteiro quanto à virtude do caráter.
Enquanto as crianças estão ainda na infância, alimentai-as no seio
da graça celestial, nutri-as no berço de toda excelência, criai-as
nos braços da bondade. Proporcionai-lhes a vantagem de toda a
espécie de conhecimento útil. Deixai-as partilhar de cada um dos
novos, admiráveis e maravilhosos ofícios e artes. Estimulai-as ao
trabalho e ao empenho, e acostumai-as a dificuldades. Ensinai-as
a dedicar as vidas para assuntos de grande importância e inspiraias a empreender estudos que beneficiem a humanidade.
Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá, p. 116

artes

12
23

Esforça-te ao máximo para adquirir o conhecimento
avançado da época, e dá cada gota de teu suor a fim de
levar avante a civilização divina. Estabeleça escolas que sejam bem
organizadas e promova os fundamentos da instrução nos distintos
ramos do conhecimento através de professores que sejam puros e
santificados, diferenciados por suas elevadas normas de conduta
e sua excelência geral, e firmes em sua fé – eruditos e educadores
com um profundo conhecimento das ciências e das artes.
De uma Epístola traduzida do persa para o inglês

24

Ó vós, agraciados pelos favores de Deus! Nesta nova e
admirável Era, o fundamento inabalável é o ensino das
ciências e artes. Segundo os explícitos Textos Sagrados, a cada
criança devem ser ensinadas as artes e os ofícios, no grau que for
necessário. Assim, pois, em cada cidade ou aldeia, devem ser
estabelecidas escolas, e todas as crianças nessas cidades e aldeias
devem envolver-se no estudo até o grau necessário.
Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá, pp. 120-121

25

Entre os maiores de todos os grandes serviços está a
educação das crianças, a promoção das várias ciências,
ofícios e artes. Louvado seja Deus; estais agora realizando
vigorosos esforços para este fim. Quanto mais perseverardes nesta
tarefa de maior importância, mais testemunhareis as confirmações
de Deus, a tal ponto que vós próprios ficareis atônitos.
Verdadeiramente, isto está acima de qualquer dúvida, uma
promessa que certamente será resgatada.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 8.*
*Incluso o segundo parágrafo que não consta no livro citado.

artes

13
26

Nesta nova e maravilhosa Causa, o avanço de todos os
ramos do conhecimento é um princípio fixo e vital, e os
amigos, cada um e todos, estão obrigados a envidar todos os
esforços para este fim, para que a Causa da Luz manifesta possa
se difundir largamente, e cada criança, de acordo com sua
necessidade, receba a sua porção das ciências e das artes – até
que não se encontre nem um só filho de camponês completamente
desprovido de educação.
Educação Bahá’í, p. 58

27

Incumbe às crianças bahá’ís superarem as demais
crianças na aquisição das ciências e artes, pois elas foram
embaladas na graça de Deus.
O que as outras crianças aprendem num ano, que as crianças
bahá’ís aprendam num mês. O coração de ‘Abdu’l-Bahá, em seu
amor, anseia por perceber que todos os jovens bahá’ís, sem
exceção, são conhecidos no mundo inteiro por seu desenvolvimento
intelectual. Inquestionavelmente eles envidarão todos os esforços,
energias e brio a fim de adquirirem as ciências e artes.
Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá, pp. 126-127

28

Agora, quanto ao que perguntaste com relação a
abandonar tua realização científica em Paris para dedicar
teus dias a ensinar esta Verdade, certamente é aceitável e amado,
porém se adquirires a ambas seria ainda melhor e mais perfeito,
pois nesse novo século a obtenção da ciência, das artes e das
letras, sejam divinas ou mundanas, materiais ou espirituais, é um
assunto aceitável perante Deus e um dever que incumbe a todos
realizar. Portanto, jamais negues as coisas espirituais em favor do
que é material, ou melhor, ambas são de tua incumbência.
Entretanto, quando estiveres trabalhando nessa realização científica,
artes

14
deves ser guiado pela atração ao amor de teu glorioso Senhor e
consciente de mencionar Seu esplendoroso Nome. Se este é o
caso, deves atingir a arte que estás estudando em sua perfeição.
Tablets of Abdul-Baha Abbas, vol. 2, pp. 448-449

DE UMA

PALESTRA DE ‘‘ABDU’’L-BAHÁ

29

Todas as bênçãos são de origem divina, mas nenhuma
pode ser comparada a esse poder da investigação
intelectual e da pesquisa, que é uma dádiva eterna, produzindo
frutos de infindável deleite. O homem está sempre participando
desses frutos. Todas as outras bênçãos são temporárias; esta é
uma posse imorredoura. Até mesmo a soberania tem suas limitações
e derrotas; esta é uma soberania e domínio que ninguém pode
usurpar ou destruir. Em suma, é uma bênção eterna e uma dádiva
divina, o supremo presente de Deus ao homem. Por isso, deveis
envidar vossos mais sinceros esforços na aquisição de ciências e
artes. Quanto maiores as vossas realizações, mais elevado o vosso
nível no propósito divino.
A Promulgação da Paz Universal, p. 59

DE UMA
DE

CARTA ESCRITA EM NOME DA CASA UNIVERSAL

JUSTIÇA

30

Quanto à pintura, há muitas passagens maravilhosas nos
Escritos que descrevem o papel dos artistas e que
esclarecem as dimensões sociais e espirituais das próprias artes;
talvez, através de seu estudo destas, chegue a descobrir dentro de
si mesmo novas fontes de motivação e coragem.
20 de agosto de 1990, a um bahá’í
artes

15
II
A FONTE DA ARTE
DOS

ESCRITOS DE BAHÁ’’U’’LLÁH

31

O Sol da verdade é a Palavra de Deus, da qual depende
a educação daqueles que estão imbuídos com o poder
da compreensão e da expressão. Ela é o verdadeiro espírito e a
água celestial através de cujo auxílio e graciosa providência todas
as coisas têm sido e serão vivificadas. Sua aparição em cada espelho
está condicionada à cor desse espelho. Por exemplo, quando sua
luz incide sobre os espelhos dos corações dos sábios, ela gera
sabedoria. Da mesma forma, quando ela se manifesta nos espelhos
dos corações dos artesãos, desdobrando-se em novas e únicas
artes, e quando refletida nos corações daqueles que apreendem a
verdade, revela maravilhosas evidências do verdadeiro
conhecimento e desvenda as verdades das emanações de Deus.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 1

32

O conhecimento é uma das admiráveis dádivas de Deus.
Incumbe a todos sua aquisição. Tais artes e meios
materiais que estão agora manifestos foram conseguidos em virtude
de Seu conhecimento e Sua sabedoria, os quais Sua mais exaltada
artes

16
Pena tem revelado em Epístolas – uma Pena de cujo tesouro se
manifestam pérolas de sabedoria e de palavras expressas, e as
artes e os ofícios do mundo.
Epístolas de Bahá’u’lláh, p. 48

33

A alma que tiver permanecido fiel à Causa de Deus e se
mantido inabalavelmente firme em Seu Caminho, haverá
de possuir, após sua ascensão, tal poder que todos os mundos
que o Onipotente criou podem ser beneficiados por seu intermédio.
Esta alma, a mando do Rei Ideal e do Educador Divino, provê o
lêvedo puro para fermentar o mundo dos seres, e fornece o poder
através do qual as artes e maravilhas do mundo se tornam
manifestas.
Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, p. 126

DOS

ESCRITOS E PALESTRAS DE ‘‘ABDU’’L-BAHÁ

34

O poder da alma racional descobre a realidade das coisas,
compreende as peculiaridades dos seres, penetra os
mistérios da existência. Todos os conhecimentos – as artes e
ciências – todas as maravilhas, instituições, descobertas e empresas
são devidos ao exercício da inteligência da alma racional. Houve
um tempo em que tudo isso era desconhecido, misterioso, secreto,
mas a alma racional conseguiu pouco a pouco desvendar esse
mistério e transportá-lo do plano do invisível, do oculto, para o
domínio do visível.
Respostas a Algumas Perguntas, p. 182

artes

17
35

A realidade do homem, de fato, abrange a realidade das
coisas, penetra-lhes as propriedades e os segredos. Tanto
assim que os conhecimentos – artes, ciências, e todas as maravilhas
– foram descobertos pela realidade humana. Houve um tempo em
que esses conhecimentos – essas artes e ciências e todas essas
maravilhas – eram mistérios ocultos. O homem pouco a pouco as
descobriu, trazendo-as do reino invisível para o visível.
Respostas a Algumas Perguntas, p. 205

36

Se formos verdadeiros bahá’ís, a linguagem não é
necessária. Nossas ações adiantarão o mundo,
espalhando a civilização, contribuindo para o progresso da ciência
e ocasionando o desenvolvimento das artes. Sem ação nada será
conseguido no mundo material, nem palavras por si só podem
impulsionar o homem no Reino Espiritual. Não é somente através
do ofício religioso que os eleitos de Deus alcançam a santidade,
mas sim, por meio de sua vida paciente de serviço ativo têm eles
trazido luz ao mundo.
Palestras de ‘Abdu’l-Bahá, Paris – 1911, p. 74

37

Pelo poder do Espírito Santo, agindo através de sua alma,
o homem é capacitado para perceber a Realidade Divina
das coisas. Todas as grandes obras de arte e ciência dão
testemunho deste poder do Espírito.
Palestras de ‘Abdu’l-Bahá, Paris – 1911, p. 79

38

Meditação é a chave que abre as portas dos mistérios.
Nesse estado, o homem abstrai-se de si mesmo, afastaartes

18
se de si mesmo, afasta-se de todos os objetos exteriores; nesse
estado subjetivo, imerge no oceano da vida espiritual e pode
descobrir os segredos do íntimo das coisas. Para ilustrar, imaginai
o homem dotado de duas espécies de vista; quando a faculdade
interior está sendo usada, o sentido da vista exterior não vê.
A faculdade de meditação liberta o homem da natureza animal,
discerne a realidade das coisas e o coloca em contato com Deus.
Essa faculdade faz manifestarem-se do plano visível as ciências
e as artes. Mediante a faculdade de meditação, as invenções
tornam-se possíveis, empreendimentos colossais são executados,
os governos podem administrar facilmente. Por seu intermédio, o
homem entra no próprio Reino de Deus.
Palestras de ‘Abdu’l-Bahá, Paris – 1911, p. 184

DO

RELATO DE UMA PALESTRA DE ‘‘ABDU’’L-BAHÁ

39

Toda Arte é uma dádiva do Espírito Santo. Quando esta
luz brilha através da mente de um músico, manifesta-se
em belas harmonias. Da mesma forma, brilhando através da mente
de um poeta, é vista em refinada poesia e prosa poética. Quando
a Luz do Sol da Verdade inspira a mente de um pintor, ele produz
quadros maravilhosos. Estas dádivas estão cumprindo seu mais
elevado propósito quando expressam louvor a Deus.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 13

DE UM

TELEGRAMA DE SHOGHI EFFENDI

40

SINTO COMPELIDO CLAMAR INTEIRO CORPO CRENTES
AMERICANOS DORAVANTE CONSIDERAR COMOVEDORA
NARRATIVA NABÍL COMO SUPLEMENTO ESSENCIAL AO PROGRAMA
artes

19
ENSINO RECONSTRUÍDO, COMO LIVRO TEXTO INALTERÁVEL EM SUAS
ESCOLAS VERÃO, COMO FONTE INSPIRAÇÃO EM TODO TRABALHO
ARTÍSTICO LITERÁRIO, COMO COMPANHEIRO INESTIMÁVEL EM
TEMPOS DE LAZER, COMO PREPARATIVO INDISPENSÁVEL PARA
FUTURA PEREGRINAÇÃO TERRA NATAL BAHÁ’U’LLÁH E COMO
INFALÍVEL INSTRUMENTO PARA ALIVIAR AFLIÇÃO E RESISTIR ATAQUES
DA HUMANIDADE DESILUDIDA E CRÍTICA.
20 de junho de 1932

POST-SCRIPTUM DO P RÓPRIO P UNHO DE S HOGHI
EFFENDI EM UMA CARTA ESCRITA EM SEU NOME

41

Gostaria de expressar, pessoalmente, meu profundo e
sincero apreço aos múltiplos serviços que, cada vez mais,
vem prestando à nossa amada Fé. O campo no qual você trabalha
(representação teatral) é novo e atraente, é rico em possibilidades
infinitas e de longo alcance. Possa a comovedora narrativa histórica
de Nabíl enriquecer seus trabalhos e elevar a qualidade de seus
esforços, estender seu alcance e aprofundar sua influência.
20 de julho de 1933, a um bahá’í

artes

20
III
O DESENVOLVIMENTO
FUTURO DAS ARTES
P OST- SCRIPTUM DO P RÓPRIO P UNHO DE S HOGHI
EFFENDI EM UMA CARTA ESCRITA EM SEU NOME

42

…do primeiro Mashriqu’l-Adhkár do Ocidente,
assinalando a primeira tentativa, ainda que rudimentar,
de expressar a beleza na qual a arte bahá’í desdobrar-se-á, em
sua plenitude, aos olhos do mundo.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 23-24

DE

CARTAS ESCRITAS EM NOME DE SHOGHI EFFENDI

43

Ele, sinceramente, espera que à medida que a Causa
cresça e pessoas de talento venham sob seu estandarte,
elas começarão a produzir, através das artes, o espírito divino que
anima suas almas. Cada religião tem trazido consigo alguma forma
de arte – vejamos as maravilhas que esta Causa está trazendo.
Tão glorioso espírito deve também dar vazão a uma gloriosa arte.
O Templo com toda sua beleza é apenas o primeiro raio de uma
artes

21
alvorada que se inicia; coisas ainda mais maravilhosas serão
alcançadas no futuro.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 16

44

É certo que, com a propagação do espírito de
Bahá’u’lláh, uma nova era alvorecerá na arte e na
literatura. Ainda que antes a forma fosse perfeita, carecia, contudo,
de espírito; agora, porém, haverá um glorioso espírito incorporado
em uma forma imensuravelmente aperfeiçoada pelo gênio vivificado
do mundo.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 17

45

Shoghi Effendi ficou muito interessado em saber sobre o
sucesso que a peça Pageant of the Nations produziu.
Ele sinceramente espera que todos aqueles que dela participaram,
tenham sido inspirados pelo mesmo espírito que o animou enquanto
a organizava.
É através de tais apresentações que podemos despertar o
interesse do maior número de pessoas pelo espírito da Causa.
Chegará o dia em que a Causa propagar-se-á tão rapidamente
como o raio, quando seu espírito e ensinamentos serão
apresentados nos palcos ou nas artes, e na literatura como um
todo. A arte pode melhor despertar os sentimentos nobres do que
o frio racionalismo, principalmente entre as massas.
Temos que esperar apenas alguns anos para ver como o espírito
soprado por Bahá’u’lláh encontrará expressão no trabalho dos
artistas. O que você e alguns outros bahá’ís estão tentando são
apenas pálidos raios que precedem a luz efulgente de uma manhã
gloriosa. Ainda não podemos avaliar o papel que a Causa está
destinada a representar na vida da sociedade. Temos que lhe dar
artes

22
tempo. O material que este espírito tem que moldar é por demais
rudimentar e sem valor, porém, no final, cederá e a Causa de
Bahá’u’lláh revelar-se-á em seu pleno esplendor.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 18-19

46

O Guardião ficou contente também em saber sobre seu
profundo interesse pela música e seu desejo de servir a
Fé ao longo deste caminho. Apesar de agora ainda ser bem o
início da arte bahá’í, os amigos que sentem que possuem esta
dádiva devem se esforçar para desenvolver e cultivar seus dons e,
através de seus trabalhos, refletir, ainda que inadequadamente,
sobre o Espírito Divino que Bahá’u’lláh soprou ao mundo.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 22

47

...levantou a questão sobre qual será a fonte de inspiração
para os músicos e compositores bahá’ís: a música do
passado ou a Palavra Revelada? Não podemos prever, já que
estamos no limiar da cultura bahá’í, quais formas e características
de artes haverá no futuro, inspiradas por esta Poderosa Nova
Revelação. De tudo que podemos ter certeza é que serão
maravilhosas; assim como cada Fé deu origem a uma cultura que
floresceu em formas diferentes, também de nossa amada Fé podese esperar que faça a mesma coisa. É prematuro, no presente,
tentar e compreender o que serão.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 22

48

Música, como uma das artes, é um desenvolvimento
cultural natural, e o Guardião não sente que deve haver
artes

23
qualquer dedicação a mais à “Música Bahá’í” do que aquela que
estamos tentando desenvolver para uma escola bahá’í de pintura
ou escrita. Os crentes são livres para pintar, escrever e compor da
maneira que seus talentos os guiarem. Se a música é escrita
incorporando os Escritos Sagrados, os amigos são livres para fazer
uso dela, porém jamais deve ser considerado uma exigência terse tal música nas reuniões bahá’ís. Quanto mais distantes os amigos
mantiverem-se de quaisquer formas determinadas melhor, pois
devem atentar para o fato de que a Causa é absolutamente universal,
e o que pode parecer um bonito acréscimo ao seu modo de celebrar
a Festa, etc., soaria, talvez, em ouvidos de pessoas de outro país,
como sons desagradáveis – e vice-versa. Desde que tenham a
música para seu próprio benefício, está tudo bem, porém não devem
considerá-la música bahá’í.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 22-23

49

O Guardião está firmemente convencido de que, não
importa qual seja a opinião da mais nova escola de
arquitetura sobre este assunto, os estilos de arquitetura exibidos
presentemente no mundo inteiro não só são muito feios, mas
também carecem completamente da dignidade e graça que devem
existir, pelos menos em algum grau, numa Casa de Adoração Bahá’í.
Deve-se ter sempre em mente que a vasta maioria dos seres
humanos não é nem muito moderna nem muito extremista em seus
gostos e que aquilo que a escola mais adiantada talvez ache
maravilhoso, é muitas vezes inteiramente desagradável ao gosto
da gente comum, simples.
citado em A Pérola Inestimável, p. 411

artes

24
50

Com relação a produzir um livro com canções bahá’ís,
sua compreensão de que, neste momento, não existe uma
expressão cultural que poderia ser chamada de bahá’í (música,
literatura, arte, arquitetura, etc., distintivas, como a flor da civilização
e não surgindo no começo de uma nova Revelação) está correta.
Isto não significa, contudo, que não temos canções bahá’ís, em
outras palavras, são canções escritas por bahá’ís com temas
bahá’ís.
21 de setembro de 1957, à Assembléia Espiritual Nacional dos E.U.A.

DE

COMUNICAÇÕES DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA

51

Há muitas referências sobre música nos Escritos Bahá’ís
e se dá uma posição muito elevada à educação. Sem
dúvida, à medida que a Fé progrida, aparecerão novas e maravilhosas composições e o efeito espiritual destas sobre a humanidade,
certamente, não será menor do que o das grandes composições
do passado. Seu desejo e habilidade para servir à Fé através da
música é, portanto, aceitável e esperamos que encontrarás muitas
oportunidades para utilizar seu talento desta forma.
19 de abril de 1973, carta a um bahá’í

52

...não há objeção alguma em se utilizar instrumentos
musicais para acompanhar as orações bahá’ís, exceto
claro, no Mashriqu’l-Adhkár, e desde que se observe a devida
reverência. Não há também objeção a que grandes grupos cantem
em uníssono, porém os amigos são aconselhados a não permitirem
que isto se converta em uma prática habitual.
18 de abril de 1984, memorando ao Centro Internacional de Ensino
artes

25
53

O amado Guardião deixou claro que o florescimento das
artes, o qual é resultado de uma revelação divina, surge
apenas após alguns séculos. A Fé Bahá’í oferece ao mundo a total
reconstrução da sociedade humana – uma reconstrução que tem
sido aguardada por todas as revelações do passado, cujo efeito
será de tão longo alcance e tem sido chamada de o estabelecimento
do Reino de Deus na Terra. A nova arquitetura, à qual nascerá
desta revelação, florescerá várias gerações à frente. Agora estamos,
meramente, no início deste notável processo.
O momento presente é um período de turbulência e mudança.
A arquitetura, como todas as artes e ciências, está passando por
um desenvolvimento muito rápido; deve-se apenas considerar as
mudanças que ocorreram no decorrer das últimas décadas para
se ter uma idéia do que provavelmente está para acontecer nos
anos imediatamente à frente. Alguns prédios modernos possuem,
sem dúvida, qualidades de grandeza e resistirão, porém muito do
que está sendo construído agora pode ser super dimensionado e
pode parecer feio para algumas gerações por vir. Em outras
palavras, a arquitetura moderna pode ser considerada um novo
desenvolvimento em seu estágio primitivo.
O edifício que estamos a ponto de começar a construir está
destinado a servir durante centenas de anos e é parte de um
complexo de edifícios ao redor do arco no Monte Carmelo, os
quais se harmonizam em estilo. Esta é a razão pela qual escolhemos
um estilo que provou e tem permanecido por longo tempo, a um
estilo moderno que bem pode ser efêmero.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 28-29

artes

26
CARTAS ESCRITAS EM NOME
DE JUSTIÇA
DE

DA

CASA UNIVERSAL

54

Como concertista de piano, você está singularmente
dotado para o serviço à Deus e à humanidade, pois o
Mestre declara que “a arte musical está entre as artes dignas do
mais alto louvor, e comove o coração de todos os que sofrem”.4
Além disso, a busca da excelência em sua arte cumpre com as
exortações bahá’ís e é adoração manifesta em sua profissão.
13 de maio de 1980

55

Em resposta ao seu pedido de orientação sobre as
melhores maneiras para abordar artistas ao ensinar a Fé,
pode-se dizer que, em adição àqueles métodos que geralmente
atraem as pessoas, os artistas reagirão à arte. Quando os sublimes
ensinamentos da Fé são refletidos em trabalhos artísticos, os
corações das pessoas, incluindo os artistas, serão tocados. Uma
citação dos Escritos Sagrados ou a descrição de uma peça de
arte que esteja relacionada com as Escrituras pode oferecer ao
espectador uma compreensão da fonte desta atração espiritual e
conduzi-lo a um subseqüente estudo da Fé.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 31-32

56

Com a evolução da sociedade bahá’í, que é composta
por pessoas de diversas origens culturais e de gostos
diferentes, cada qual com sua concepção do que é esteticamente
aceitável e agradável, aqueles bahá’ís que possuem dom para
música, interpretação e artes visuais estão livres para exercer seus
talentos nas diversas formas com que servirão à Fé de Deus. Eles
artes

27
não devem se sentir perturbados com a falta de apreciação por
parte dos crentes. Pelo contrário, ao conhecerem os irrefutáveis
Escritos da Fé sobre música e expressão artística... eles devem
continuar com seus empreendimentos artísticos em devotado
reconhecimento de que as artes são um poderoso instrumento no
serviço à Causa, artes as quais, no tempo devido, terão sua
realização bahá’í.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 32

57

A Casa de Justiça deseja lhe encorajar a escrever seu
livro, porém lembra que o Guardião, claramente declarou
que, neste estágio inicial da Dispensação, não existe algo como
arte, música, arquitetura ou cultura bahá’í. Estas, sem dúvida,
emergirão no futuro como um amadurecimento natural de uma
civilização bahá’í. As próprias preferências do Guardião em tais
assuntos jamais devem ser consideradas como assentadoras das
fundações para tais desenvolvimentos.... Você deve, portanto,
cuidar para não indicar ou mesmo possibilitar deduções que o
Guardião estabelecera os estágios iniciais das formas de arte bahá’í.
Ele construiu lindos jardins e edifícios utilizando o que estava
disponível e, como no caso da superestrutura do Santuário do
Báb, envolveu especialistas que podiam produzir projetos
adequados sob sua orientação.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 34-35

58

Com referência à música e às belas artes, esteja
evidentemente livre para incluí-las como matérias
curriculares das escolas bahá’ís. Muitas das Assembléias Espirituais
Nacionais, assim como a sua, entusiasticamente informadas sobre
os Escritos Bahá’ís referentes à música e às artes, incorporaram
artes

28
estas instruções e materiais, ao considerarem praticáveis neste
estágio de desenvolvimento da comunidade bahá’í. É preciso ser
feito muito trabalho por professores dedicados e talentosos visando
estimular, coletar e publicar a benéfica música que agora emerge
no mundo bahá’í e utilizá-la sistematicamente nas escolas...
De acordo com nossos Ensinamentos, a música e as artes devem
ser encorajadas, e estas acrescem, imensuravelmente, à vitalidade
e ao espírito da comunidade....
A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 35-36

59

A Casa de Justiça tem prazer em saber sobre seu projeto
de tese sobre “A Alvorada da Arte Bahá’í”. Estudos
eruditos como este desempenham um papel muito útil ao explorar
as implicações dos ensinamentos bahá’ís, transmitindo novas
percepções sobre a aplicação desses ensinamentos a temas
contemporâneos e demonstrando aos não-bahá’ís as abrangentes
conseqüências de longo alcance da Revelação de Bahá’u’lláh.
14 de novembro de 1989

artes

29
IV
ORIENTAÇÕES PARA
ARTISTAS BAHÁ’’ÍS
DOS

ESCRITOS DE BAHÁ’’U’’LLÁH

60

Nós vos tornamos lícito ouvir música e canto. Atentai,
porém, para que isso não vos leve a violar os limites do
decoro e da dignidade. Seja vossa alegria a alegria que nasce de
Meu Nome Supremo, Nome que enleva o coração e extasia as
mentes de todos que de Deus se aproximaram. Nós, em verdade,
fizemos da música uma escada para as vossas almas, um instrumento
pelo qual se possam elevar ao reino nas alturas; não a empregueis,
portanto, como asas para o ego e a paixão. Nós, verdadeiramente,
não vos queremos contemplar entre os néscios.
O Kitáb-i-Aqdas, 51, pp. 31-32

DOS

ESCRITOS DE SHOGHI EFFENDI

61

Tal vida casta e santa, implicando modéstia, pureza,
temperança, decoro e uma mente sadia, exige nada menos
que o exercício de moderação em tudo o que diz respeito ao
artes

30
vestuário, à linguagem, aos divertimentos e a todas as atividades
artísticas e literárias. ... Não admite conduta frívola, com seu
excessivo apego a prazeres triviais... Condena a prostituição da
arte e da literatura...* Não pode tolerar nenhuma complacência
para com as teorias, os padrões, os hábitos e excessos de uma
era decadente.
O Advento da Justiça Divina, pp. 47-48

DE

CARTAS ESCRITAS EM NOME DE SHOGHI EFFENDI

62

Nada há nos ensinamentos contra a dança, porém os
amigos devem se lembrar que o padrão de Bahá’u’lláh é
modéstia e castidade. A atmosfera nos modernos clubes de dança,
onde tanto fumo e bebida e promiscuidade acontecem, é muito
ruim; contudo, danças decentes não são prejudiciais em si mesmas.
Certamente, nada há de prejudicial na dança clássica, ou em
aprender a dançar nas escolas. Também não há mal algum em
participar de dramatizações. Da mesma forma atuar em filmes. O
que é prejudicial, nos dias de hoje, não é a arte em si mesma, mas
a lamentável corrupção que freqüentemente envolve tais artes.
Como bahá’ís, não precisamos evitar nenhuma das artes, porém
atos e a atmosfera que algumas vezes anda junto a estas profissões,
devemos evitar.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 24-25

63

Quanto à sua pergunta se as Figuras do Báb e Bahá’u’lláh
podem ser apresentadas como personagens em obras

*A Casa Universal de Justiça, em carta datada de 15 de março de 1972, em seu nome,
elucidou esta frase do Guardião da seguinte maneira: “Referente à sua pergunta sobre
‘a prostituição das artes e literatura’, isto é o que entendemos – usar a arte e a
literatura para fins degradantes.”

artes

31
dramáticas escritas pelos crentes, a opinião de Shoghi Effendi é
que tal tentativa de dramatizar os Manifestantes seria altamente
desrespeitosa, e por isso deve ser evitada pelos amigos, até mesmo
no caso do Mestre. Além disso, seria praticamente impossível
executar tal plano fielmente e de uma maneira digna e condizente.
Diretrizes do Guardião, p. 106

64

Quanto à sua pergunta que diz respeito à conveniência
em se dramatizar episódios históricos bahá’ís, o Guardião,
certamente, aprovaria e até mesmo encorajaria os amigos a
engajarem-se em tais atividades literárias as quais sem dúvida
podem ser de imenso valor para o ensino. O que ele deseja é que
os crentes evitem dramatizar as personagens do Báb, Bahá’u’lláh
e ‘Abdu’l-Bahá, o que quer dizer tratá-Los como figuras
dramáticas, como personagens que se apresentam no palco. Ele
sente que, conforme já salientado, isto seria bastante desrespeitoso.
O mero fato de Eles aparecerem em cena constitui um ato de
descortesia que não pode, de forma alguma, estar em harmonia
com Suas posições altamente sublimes. Sua mensagem, ou
verdadeiras palavras deve ser, preferivelmente, relatada ou
transmitida por Seus discípulos que aparecem no palco.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 21

65

...a Fé pode certamente ser dramatizada, mas duas coisas
devem ser lembradas: sem nenhuma dramatização pessoal
do Báb, Bahá’u’lláh, ou do Mestre – apenas Suas palavras podem
ser usadas, mas nenhum papel poderá representá-Los; grande
dignidade deve ser dada às citações.
19 de agosto de 1951, a um bahá’í

artes

32
DE

COMUNICAÇÕES DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA

66

Nada encontramos nos textos que proíba o uso do
Máximo Nome, dos Nomes das Manifestações de Deus
ou dos Nomes das Figuras Centrais de nossa Fé nas letras das
canções. Contudo, sentimos que quando forem usados, devem
ser usados com reverência e respeito, tanto na forma como são
incorporados à letra, como na forma de apresentação.
14 de março de 1968, à uma Assembléia Espiritual Nacional

67

Visto que o espírito de nossas reuniões é deveras afetado
pela sonoridade e qualidade de nossa adoração, de nosso
sentimento e apreciação da Palavra de Deus para este dia, é nossa
esperança que encorajará em suas comunidades a manifestação,
através da música, das mais belas expressões possíveis do espírito
humano, dentre outras maneiras de sentir.
22 de fevereiro de 1971, à uma Assembléia Espiritual Nacional

68

Nós não vemos objeção alguma ao uso de fenômenos
naturais como símbolos para ilustrar o significado das três
Figuras Centrais, leis bahá’ís e administração bahá’í; e também
apreciamos a adequada habilidade na utilização de símbolos visuais
para expressar conceitos abstratos.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 36

69

Sua compreensão de que retratar o Báb e Bahá’u’lláh
em trabalhos de arte é proibido está correta. O Guardião
deixou claro que esta proibição refere-se a todos os Manifestantes
de Deus; fotos ou reproduções de retratos do Mestre podem ser
artes

33
usadas em livros, porém não se deve, de modo algum, retratá-Lo
em dramatizações ou outros trabalhos onde Ele seria uma das
“dramatis personae”. Entretanto, não pode haver objeção à
representação simbólica das Figuras Sagradas, acautelando-se para
que isto não se torne um ritual e que o símbolo usado não seja
irreverente.
3 de dezembro de 1972

70

...uma pesquisa nas cartas do amado Guardião deixa
absolutamente claro que não é permissível representar
em cena a figura da Manifestação de Deus, nem mesmo a do
Mestre... A Casa Universal de Justiça considera inapropriado
representar o Guardião da Fé como personagem em uma peça. O
uso da luz, em grande intensidade ou em cores diferentes, requer
sua cuidadosa consideração. Se o uso da luz, de alguma forma,
sugere a personificação da Manifestação de Deus, não deve ser
utilizada, porém caso possa ser feito sem dar a impressão de que,
de algum modo, o Profeta está sendo representado ou
personificado, então não há objeção ao seu uso. Quanto a
representar pessoas vivas, há ocasiões em que isso pode ser feito,
tais como em representações espontâneas ou locais, com o
propósito de se ensinar ou de descrever eventos, porém geralmente
é imprudente fazê-lo.
12 de agosto de 1975

71

Quanto à questão referente a bater palmas durante
canções em que o Máximo Nome é usado, a Casa de
Justiça não deseja estabelecer regras rígidas. Obviamente, tais
questões são secundárias e sujeitas à considerações culturais,
artes

34
costumes e às convenções sociais prevalecentes em uma
determinada sociedade. Em algumas culturas, por exemplo, bater
palmas, como parte da expressão religiosa, é considerado ofensivo;
em outras culturas, bater palmas é uma forma de acompanhar o
ritmo do hino, principalmente na ausência de um instrumento
musical, e está integrado à experiência religiosa; entre outros povos,
bater palmas pode constituir uma demonstração de fervor religioso.
Além disso, em qualquer país pode muito bem haver diferenças
culturais regionais.
Portanto, deixa-se a critério de cada Assembléia Espiritual
Nacional considerar cada caso com cuidado e sensibilidade à luz
do meio cultural prevalecente e, se necessário, oferecer guia aos
amigos.
11 de outubro de 1986, memorando ao Centro Internacional de Ensino

DE
DE

CARTAS ESCRITAS EM NOME
JUSTIÇA

DA

CASA UNIVERSAL

72

A Casa Universal de Justiça recebeu sua carta de 25 de
março de 1976, na qual perguntam se seria permissível
incluir desenhos das Manifestações de Deus em algum material de
estudo para as crianças que estão preparando, e nos orientou lhes
comunicar que isto não seria permissível.
16 de maio de 1976, à uma Assembléia Espiritual Nacional

73

A proibição de representar o Manifestante de Deus em
pinturas e desenhos, ou em apresentações dramáticas
aplica-se a todos os Manifestantes de Deus. Há, claro, grandes e
maravilhosos trabalhos de arte de Dispensações do passado, muitos
dos quais retratam as Manifestações de Deus em um espírito de
artes

35
reverência e amor. Nesta Dispensação, contudo, a maior
maturidade da humanidade e a maior consciência do relacionamento
entre a Suprema Manifestação e Seus servos capacitam-nos a
perceber a impossibilidade de representar a Pessoa do Manifestante
de Deus em qualquer forma humana, seja pictoricamente, em
escultura ou em representação dramática. Ao declarar a proibição
bahá’í, o amado Guardião salientou esta impossibilidade.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 29-30

74

Como sem dúvida sabes, não é permitido representar as
Manifestações de Deus em obras dramáticas e pode-se
perceber que uma grande habilidade será necessária para se realizar
um filme eficiente sobre a história da Fé, na qual nem o Báb, nem
Bahá’u’lláh podem realmente aparecer. Em função da esmagadora
importância da mensagem bahá’í e da Revelação Bahá’í, qualquer
filme produzido sob os auspícios da comunidade bahá’í teria que
ser da melhor qualidade possível em todos os aspectos.
24 de setembro de 1978, à uma Assembléia Espiritual Nacional

75

...não seria adequado para um ator expressar-se no papel
de uma das três Figuras Centrais da Fé em uma peça de

rádio.

3 de abril de 1979, à uma Assembléia Espiritual Nacional

76

Sobre seu pedido de orientação por parte da Casa de
Justiça referente à peça que está escrevendo, foi-nos
solicitado dizer que os amigos são livres para escreverem o que
quer que eles sejam inspirados a criar. Se, contudo, tais obras são
sobre a Fé e são para publicação, estas devem ser revisadas e
artes

36
aprovadas pela Assembléia Espiritual Nacional do país no qual
elas são originalmente publicadas.
5 de março de 1981

77

Todo trabalho literário, seja uma peça de teatro ou
qualquer outro, tem que ser analisado seu conteúdo pela
Assembléia Espiritual Nacional do país em que for publicado.
Quanto à representação teatral em qualquer país, esta é uma
questão a ser decidida pela Assembléia Nacional, que pode
decretar que, por uma questão de segurança, uma determinada
peça (bahá’í ou não-bahá’í) não deve ser representada pelos
bahá’ís dentro de sua jurisdição. Esta, portanto, é uma questão
diferente e nada tem a ver com a análise do conteúdo.
22 de fevereiro de 1982, à uma Assembléia Espiritual Nacional

78

Chamamos sua atenção para as instruções do amado
Guardião no sentido de que, ainda que não deve haver
representação pessoal das Figuras Sagradas no palco ou de forma
pictórica, não há objeção a que Suas palavras e emanações sejam
expressas.
15 de março de 1983, à uma Assembléia Espiritual Nacional

79

Não há objeção alguma aos bahá’ís escreverem romances
que narrem os acontecimentos e personagens históricos
como os que descreveu em sua carta. Contudo, em função da
impossibilidade de se representar adequadamente a Manifestação
de Deus como personagem em um romance e da falta de respeito
implícita nesta tentativa, uma tal representação envolvendo
quaisquer das Figuras Centrais da Fé não deve ser tentada.
10 de junho de 1986
artes

37
80

Ainda que a Casa de Justiça esteja consciente de que
biografias da Folha Mais Sagrada serão escritas, sente
que não seria adequado representá-la de qualquer forma, seja esta
dramática ou fictícia.
22 de setembro de 1986

81

Algumas vezes, você forneceu descrições escritas
detalhadas dos símbolos que usa em suas pinturas; como
uma prática, isto poderia introduzir um aspecto que poderia ser
indevidamente interpretativo dos conceitos bahá’ís, depreciando,
no final das contas, em vez de valorizar seus esforços artísticos. O
simbolismo é a essência da arte, porém os artistas raramente interpretam os símbolos por eles usados, deixando que os observadores
de seus trabalhos tirem as suas próprias conclusões, algumas vezes,
nada mais do que alusões dos títulos dados a estes trabalhos.
É prerrogativa do artista intitular a peça de arte; a única objeção
seria ao uso de um título irreverente para uma peça que pretende
representar um tema bahá’í.
Com relação à sua pergunta sobre um artista executar uma
“pintura que é uma iluminação contemporânea de uma passagem
das Escrituras Sagradas”, a Casa de Justiça sente que os artistas
não devem ser inibidos pelas instituições de criarem uma variedade
de versões de caligrafias das Escrituras Sagradas ou do Máximo
Nome. Contudo, tais esforços devem ser de bom gosto, não
assumindo formas que os torne ridículos. Quanto ao símbolo
comumente usado do Máximo Nome, a Casa de Justiça aconselha
que todo cuidado deve ser observado para com a precisa
representação da caligrafia persa, uma vez que qualquer distorção
de uma representação aceita pode causar tristeza aos crentes
iranianos.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 37
artes

38
82

A diretriz formulada pela Casa de Justiça para
desencorajar a reprodução de fotografias de pinturas do
Mestre para distribuição não implica em qualquer julgamento da
qualidade de uma pintura. Há uma ampla variação na qualidade
do talento artístico com que as pinturas do Mestre são realizadas.
A Casa de Justiça não deseja demonstrar predileção por uma
pintura sobre outra; antes, prefere adotar esta diretriz geral como
um meio de assegurar que respeito apropriado está em harmonia
com as representações de ‘Abdu’l-Bahá e que não haja distribuição
de reproduções fotográficas daquelas pinturas que sejam de
qualidade pobre. ...
De um modo geral, a Casa de Justiça sente que um dos grandes
desafios que os bahá’ís de todos os lugares enfrentam é o de restituir
às pessoas do mundo uma consciência da realidade espiritual. Nossa
visão do mundo é marcadamente diferente daquela da massa da
humanidade; nela percebemos que a criação encerra tanto
entidades espirituais como físicas, e consideramos o propósito do
mundo em que nos encontramos como um veículo para nosso
progresso espiritual.
Esta visão tem implicações importantes sobre o comportamento
dos bahá’ís e dá origem a práticas que são completamente contrárias
à conduta predominante da sociedade em geral. Uma das virtudes
distintivas enfatizadas nas Escrituras Bahá’ís é o respeito pelo que
é sagrado. Tal comportamento nada significa para aqueles cuja
perspectiva do mundo é totalmente materialista, ao mesmo tempo
em que muitos seguidores das religiões estabelecidas o rebaixaram
a um conjunto de rituais destituídos de verdadeiro sentimento
espiritual.
Em alguns casos, as Escrituras Bahá’ís contêm orientações
precisas sobre como a reverência aos objetos ou lugares sagrados
deve ser expressas; por exemplo, restrições ao uso do Máximo
Nome em objetos, ou ao uso indiscriminado da gravação da voz
artes

39
do Mestre. Em outros casos, os crentes são solicitados a
esforçarem-se por obter um entendimento mais profundo do
conceito de santidade nos ensinamentos bahá’ís, dos quais eles
podem determinar suas próprias formas de conduta pela qual
reverência e respeito devem ser expressos.
A importância de tal comportamento deriva do princípio
expressado nas Escrituras Bahá’ís de que o exterior tem influência
sobre o interior. Referindo-Se ao “povo de Deus”, Bahá’u’lláh
declara:
“Sua conduta exterior é apenas um reflexo de sua vida interior,
e esta um espelho de sua conduta exterior.”5
É neste contexto que a Casa Universal de Justiça deseja que
veja as considerações que têm sido expressadas durante os últimos
anos. Os bahá’ís imbuídos de talento artístico encontram-se em
uma posição única para usar suas habilidades, quando tratam de
temas bahá’ís, de tal forma a desvendar para a humanidade a
evidência da renovação espiritual que a Fé Bahá’í trouxe para o
gênero humano através de sua revitalização do conceito de
reverência.
Questões sobre liberdade artística não são pertinentes aos
assuntos aqui levantados. Os artistas bahá’ís são livres para aplicar
seus talentos em quaisquer temas que sejam de interesse deles. É
esperado, contudo, que eles exerçam um papel de liderança na
restituição, a uma sociedade materialista, do reconhecimento da
reverência como um elemento vital para se alcançar a verdadeira
liberdade e a permanente felicidade.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 38-40

artes

40
83

Em O Advento da Justiça Divina, pp. 47-48, Shoghi
Effendi declara que a Fé “condena a prostituição da arte”
e “a prática do nudismo” e chama em seu lugar “o exercício de
moderação em tudo o que diz respeito ao vestuário, à linguagem,
aos divertimentos e a todas as atividades artísticas e literárias”.
Contudo, a Casa de Justiça desconhece qualquer passagem nos
ensinamentos que proíba desenhar o corpo humano em obras de
arte. É a prática do nudismo que o Guardião condena em O
Advento da Justiça Divina e não a nudez. Há muitas variáveis na
questão sobre retratar a forma desnuda na arte, incluindo os
costumes locais e a atitude. A intenção do artista é um fator muito
importante. Normalmente é uma questão que se deixa com a
consciência e o bom gosto do artista individual, a menos que a
Assembléia Espiritual decida que a Causa está sendo realmente
prejudicada em algum caso particular.
25 de fevereiro de 1988, à uma Assembléia Espiritual Nacional

84

A Casa de Justiça está contente em saber do sucesso
que vem obtendo em sua profissão. Ela aconselha que
veja esta atividade profissional dentro do contexto de
serviço à Fé e da promoção do trabalho de proclamação e ensino.
Suas realizações musicais irão capacitá-lo a alcançar uma ampla
gama de pessoas e, por fim, a proclamar a Mensagem de
Bahá’u’lláh a elas através da expressão de seus valores em sua
música. Pode também, à medida que seu trabalho continue a
desenvolver-se, fazer valiosas amizades para a Fé entre as pessoas
influentes que conhecerá. Estas considerações bem podem guiálo em sua atual decisão, antes que considere a região onde deverá
residir. Artistas bahá’ís que alcançam eminência e renome em sua
área escolhida e que permanecem dedicados à promoção da Fé,
podem ser de especial ajuda à Causa no momento presente,
artes

41
quando a curiosidade pública sobre os ensinamentos bahá’ís está
gradualmente sendo despertada.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 40

85

Em resposta à sua carta... em que pergunta se os versos
das orações ou seleções de As Palavras Ocultas podem
ser repetidos quando são cantados por um coro ou por indivíduos,
especialmente na Casa de Adoração, a Casa Universal de Justiça
nos instruiu lhe comunicar que não há objeção à repetição destes
versos em canções visando adequá-los às exigências musicais.
30 de março de 1989, à uma Assembléia Espiritual Nacional

86

Quanto à sua pergunta referente às limitações no sentido
de musicar os Escritos Bahá’ís, devemos mencionar que
é permissível usar seleções dos Escritos Sagrados, como
letras de canções a serem acompanhadas por composições
musicais, e para repetir versos ou palavras. Um compositor é livre
para determinar o estilo musical, tendo em mente a obrigação
espiritual de tratar os Textos Sagrados com propriedade, dignidade
e reverência.
28 de novembro de 1990

87

...danças tradicionais associadas à expressão de uma
cultura são permissíveis nas Sedes Bahá’ís. Contudo,
deve-se ter em mente que tais danças tradicionais geralmente
possuem um tema subjetivo, básico ou uma história a ser
representada. Cautela deve ser exercida para assegurar que os
temas de tais danças estejam em harmonia com os altos padrões
artes

42
éticos da Causa e não sejam representações que incitariam instintos
vis e paixões indignas. ...
Quanto às danças coreografadas cujo propósito é reforçar e
proclamar os princípios bahá’ís, se podem ser executadas de um
modo tal que representem a nobreza de tais princípios e invoquem
atitudes apropriadas de respeito e reverência, não há objeção a
tais danças, as quais buscam interpretar passagens das Escrituras;
contudo, é preferível que os movimentos da dança não sejam
acompanhados da leitura das palavras.
O princípio que deve guiar os amigos em suas considerações
sobre estas questões é a observância da “moderação em tudo que
seja pertinente a vestimenta, linguajar, divertimentos e a todas
ocupações vocacionais literárias e artísticas”.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 44-45

88

Não há objeção, evidentemente, ao uso do termo “artista
bahá’í”, porém neste momento da Dispensação Bahá’í
não devemos usar o termo “arte bahá’í”, “música bahá’í” ou
“arquitetura bahá’í”.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 45

89

Quanto à sua pergunta sobre ser apropriado os amigos
cantarem em uníssono as orações bahá’ís, as quais foram
musicadas, isto é inteiramente permissível. Contudo, a música deve
refletir apropriadamente a natureza sagrada dos Escritos e os amigos
são aconselhados a não fazer desta prática um ritual. O amado
Mestre nos encoraja quanto a isto: “Portanto... dai música aos
versos e às palavras divinas para que possam ser cantados em
melodias que toquem a alma nas Assembléias e reuniões, e para
artes

43
que os corações dos ouvintes possam tornar-se agitados e
ascendam em direção ao Reino de Abhá em súplica e oração.”6
20 de abril de 1992, à uma Assembléia Espiritual Nacional

artes

44
´
MUSICA
COMPILADO PELO
DEPARTAMENTO DE PESQUISA DA
CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA

artes

45
música

46
I
DOS ESCRITOS DE BAHÁ’’U’’LLÁH

1

Entoa, ó Meu servo, os versículos de Deus por ti
recebidos, assim como os entoam os que dEle se
aproximaram, a fim de que a doçura de tua melodia possa acender
tua própria alma e atrair os corações de todos os homens.
Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, p. 219

2

Nós vos tornamos lícito ouvir música e canto. Atentai,
porém, para que isso não vos leve a violar os limites do
decoro e da dignidade. Seja vossa alegria a alegria que nasce de
Meu Nome Supremo, Nome que enleva o coração e extasia as
mentes de todos que de Deus se aproximaram.
Nós, em verdade, fizemos da música uma escada para as vossas
almas, um instrumento pelo qual se possam elevar ao reino nas
alturas; não a empregues, portanto, como asas para o ego e a
paixão. Nós, verdadeiramente, não vos queremos contemplar entre
os néscios.
O Kitáb-i-Aqdas, 51, pp. 31-32

3

Bem-aventurado quem, na hora do alvorecer, com os
pensamentos centrados em Deus, ocupado com Sua
música

47
lembrança e suplicando Seu perdão, dirige os passos ao
Mashriqu’l-Adhkár e, lá entrando, senta-se em silêncio para escutar
os versículos de Deus, o Soberano, o Poderoso, o TodoGlorificado. Dize: o Mashriqu’l-Adhkár é todo e qualquer prédio
erigido nas cidades e vilas para celebração de Meu louvor. É este
o nome pelo qual foi chamado ante o trono da glória, fôsseis vós
dos que compreendem.
Os que recitam os versículos do Todo-Misericordioso com a
mais melodiosa entoação, descobrirão neles aquilo com o qual o
domínio sobre a terra e o céu jamais se poderá comparar. Inalarão
nestes versículos a fragrância divina de Meus mundos — mundos
que hoje ninguém pode discernir, salvo os que foram dotados de
visão por esta Revelação sublime e formosa. Dize: Estes versículos
atraem os corações puros aos mundos espirituais que nem as
palavras podem descrever nem as alusões insinuar. Bemaventurados os que refletem.
O Kitáb-i-Aqdas, 115-116, p. 49

4

Ensinai às vossas crianças os versículos revelados do céu
de majestade e poder, para que recitem as Epístolas do
Todo-Misericordioso, nos mais melodiosos tons, nos recantos dos
Mashriqu’l-Adhkárs. Quem é arrebatado pelo êxtase que nasce
da adoração de Meu Nome, o mais Compassivo, recitará os
versículos de Deus de tal maneira que cativará os corações dos
ainda letárgicos. Feliz quem, das palavras de seu misericordioso
Senhor, sorve o Vinho Místico da vida eterna em Meu Nome –
um Nome pelo qual toda montanha altiva e majestosa foi reduzida
a pó.
O Kitáb-i-Aqdas, 150, p. 59

música

48
II
DOS ESCRITOS DE ‘‘ABDU’’L-BAHÁ

5

Ó ave que suavemente canta a Beleza de Abhá! Nesta
nova e maravilhosa dispensação, os véus da superstição
foram rompidos e os preconceitos dos povos orientais são
censurados. Entre certas nações do Oriente, a música era
considerada condenável, mas nesta nova era a Luz Manifesta
proclamou especificamente em Suas sagradas Epístolas que a
música, seja cantada, seja tocada, é alimento espiritual para a alma
e o coração.
A arte musical está entre as artes dignas do mais alto louvor, e
comove o coração de todos os que sofrem. Assim, pois, ó
Shannáz* toca e canta as sagradas palavras de Deus, em tons
maravilhosos, nas reuniões dos amigos, para que o ouvinte possa
ser libertado dos grilhões da preocupação e da tristeza, e sua alma
vibre de júbilo e se humilhe em oração ao reino da Glória.
Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá, 74, pp. 100-101

6

Agradece tu a Deus por haveres sido instruído em música
e em melodia, cantando com voz agradável a glorificação
e o louvor ao Eterno, ao Vivente. Rogo a Deus para que possas
empregar este talento em oração e súplica, a fim de que as almas
*Shahnáz, nome do destinatário desta Epístola e também nome para uma forma
musical.

música

49
possam se tornar vivificadas, os corações possam se tornar atraídos
e todos possam se tornar inflamados com o fogo do amor de Deus.
Tablets of Abdu’l-Baha Abbas - Vol. 3, p. 512

7

... embora os sons sejam apenas vibrações no ar que
afetam o nervo auditivo, e essas vibrações nada mais são
que fenômenos acidentais transmitidos através do ar, mesmo assim,
vede quanto elas comovem o coração. Uma admirável melodia é
como asas para o espírito e faz com que a alma vibre de alegria.
Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá, 129, p. 132

8

A maior alegria foi atingida, pois – louvado seja Deus! –
os amigos do Misericordioso passaram alguns momentos
deste dia em contentamento e cantando no terreno do Mashriqu’lAdhkár, e se alegraram na comemoração ao Senhor dos versos
com o maior júbilo...
Tenho esperança de que, durante o próximo Ridván*, um grande
festival será realizado no terreno do Mashriqu’l-Adhkár, uma
celebração espiritual preparada e as melodias do violino e do
bandolim e hinos em louvor e glorificação ao Senhor das Hostes
trarão júbilo e êxtase a todos os participantes.
Tablets of Abdu’l-Baha Abbas - Vol. 1, p. 101

9

Ó servas de Deus! Cantai em lindas melodias nas reuniões
das servas, louvando e glorificando teu Senhor Supremo.
Tablets of Abdu’l-Baha Abbas - Vol. 1, p. 65

*21 de Abril de 1909.

música

50
10

Ó tu que és atraído ao Reino! Completa teus estudos de
arte e música e sacrifica-te na medida necessária ao
Senhor do Reino.
Tablets of Abdu’l-Baha Abbas - Vol. 3, p. 671

11

... uma voz musical e melodiosa inspira vida a um coração
atraído, porém incita à cobiça aquelas almas que estão
engolfadas em paixão e desejo.
Bahá’í World Faith, p. 366

12

Ó servo de Bahá! A música é considerada uma ciência
valiosa no Limiar do Todo-Poderoso, para que possas
entoar versos na mais maravilhosa melodia em grandes encontros
e congregações e elevar hinos de louvor no Mashriqu’l-Adhkár
para arrebatar a Assembléia no Alto. Em virtude disto, considera
quão admirada e louvada é a arte da música. Tenta, caso possas,
usar melodias espirituais, canções e cantigas e harmonizar a música
do mundo com a melodia celestial. Então, tu notarás quão grande
influência a música tem e que alegria e vida celestiais ela confere.
Toca, pois, melodias e cantigas tais que façam com que os rouxinóis
do mistério divino sintam-se plenos de alegria e êxtase.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 7

música

51
III
DE PALESTRAS DE ‘‘ABDU’’L-BAHÁ

13

Que reunião maravilhosa é esta! Estes são os filhos do
Reino. A canção que acabamos de ouvir foi muito bela
na melodia e nas palavras. A arte da música é divina e eficaz. É o
alimento da alma e do espírito. Através do poder e encanto da
música o espírito do homem se eleva. Tem um maravilhoso poder
e efeito nos corações das crianças, pois seus corações são puros,
e melodias exercem uma grande influência sobre elas. Os talentos
latentes com os quais os corações destas crianças são dotados
encontrarão expressão através da música. Por isso deveis vos
empenhar em fazê-los proficientes; ensinai-as a cantar com
excelência e eficiência. Incumbe a cada criança saber algo sobre
música, pois sem conhecimento desta arte as melodias dos
instrumentos e vozes não podem ser apropriadamente desfrutadas.
Do mesmo modo, é necessário que as escolas as ensinem para
que as almas e os corações dos alunos possam ser vivificados e
alegrados, e suas vidas, abrilhantadas com alegria.
A Promulgação da Paz Universal, pp. 62-63

14

A música é uma das artes importantes. Exerce um
poderoso efeito sobre o espírito humano. As melodias
musicais são determinadas coisas que demonstram ser provenientes
música

52
de acidentes sobre vibrações etéreas, pois a voz nada mais é do
que a expressão de vibrações, as quais, ao atingir o tímpano, afetam
os nervos da audição. As melodias musicais são, portanto, aqueles
efeitos peculiares produzidos por, ou provenientes de, vibração.
Exercem, não obstante, o mais penetrante efeito sobre o espírito.
Na verdade, apesar da música ser algo material, ainda assim exerce
tremendo efeito espiritual, e sua maior conexão é com o reino do
espírito. Se uma pessoa deseja fazer um discurso, este provará
ser mais efetivo após serem ouvidas algumas melodias. Os gregos
antigos, assim como os filósofos persas, tinham por hábito
pronunciar seus discursos da seguinte maneira: primeiro tocavam
algumas músicas, e quando o público atingia uma certa
receptividade através deste meio, imediatamente abandonavam
seus instrumentos e iniciavam seu discurso. Dentre os mais
renomados músicos da Pérsia havia um chamado Bárbud, a quem,
sempre que uma grande questão era suscitada na corte do rei, e o
ministro falhava em persuadir o rei, imediatamente o assunto lhe
era delegado após o que, ele ia com seu instrumento à corte e
tocava a música mais apropriada e comovente e, assim, chegavase rapidamente ao final da questão, pois o rei era de pronto atingido
pelas tocantes melodias musicais, certos sentimentos de
generosidade cresciam em seu coração e ele cedia. Podeis tentar
o seguinte: se tendes um grande desejo e pretendeis alcançar um
determinado fim, tentai fazê-lo diante de um grande público após
um grande solo ter sido oferecido, porém deve ser diante de uma
audiência sobre a qual a música produza efeito, porque há pessoas
que são como pedras e a música não pode ter efeito sobre pedras.
A música é um importante meio para a educação e
desenvolvimento da humanidade, porém o único e verdadeiro
caminho é através dos Ensinamentos de Deus. A música é como
este copo, o qual deve ser preferivelmente imaculado e limpo. É
música

53
exatamente como este cálice imaculado diante de nós, e os
Ensinamentos de Deus, as emanações de Deus, são como a água.
Quando o copo, ou o cálice está absolutamente imaculado e
transparente e a água é perfeitamente fresca e límpida, então ele
conferirá Vida; é esta a razão pela qual os Ensinamentos de Deus,
quando apresentados na forma de cânticos ou entoações ou orações
e são melodiosamente cantados, causam a mais forte impressão.
Foi por este motivo que sua santidade Davi cantou os salmos
no Santo dos Santos em Jerusalém em doces melodias. Nesta
Causa, a arte da música é de suprema importância. A Abençoada
Perfeição, quando esteve pela primeira vez no quartel (‘Akká),
repetiu esta declaração: “Se dentre os primeiros seguidores
houvesse aqueles que tocassem algum instrumento musical, isto é,
a flauta ou harpa, ou que cantassem, teriam encantado a todos.”
Em resumo: melodias musicais desempenham um importante papel
nas associações, ou nas características interiores e exteriores, ou
nas qualidades do homem, pois elas o poder motivador das
suscetibilidades tanto materiais quanto espirituais. Que poder
motivador é a música em todos os sentimentos de amor! Quando
o homem está atraído ao Amor de Deus, a música exerce um grande
efeito sobre ele.
“Table Talk”, ‘Akká, julho de 1909, citado em Herald of the South, pp. 2-3

15

A voz é a vibração do ar, e é como as ondas do mar. A
voz é produzida através da instrumentalidade dos lábios,
garganta, dentes, língua, etc. Estes causam uma onda no ar, e esta
onda atinge o nervo do ouvido, o qual é assim afetado. Isto é a
voz. ...
Há dois tipos de voz. Uma, quando o completo instrumento é
perfeito; então a emissão do som é perfeita. A segunda é quando o
música

54
instrumento é imperfeito, afetando a voz de tal maneira que está
longe de ser agradável. O que acabamos de dizer, refere-se à voz
em si mesma.
É natural para o coração e o espírito obter prazer e
contentamento de todas as coisas que apresentam simetria,
harmonia e perfeição. Por exemplo: uma casa bonita, um jardim
bem traçado, uma linha simétrica, um movimento gracioso, um
livro bem escrito, vestes bonitas – de fato, todas as coisas que
possuem graça ou beleza em si mesmas são agradáveis ao coração
e ao espírito – portanto, é certo que uma verdadeira voz cause
profunda satisfação.
O que é música? É a combinação de sons harmoniosos. O que
é poesia? É uma coleção simétrica de palavras. São agradáveis,
portanto, em virtude da harmonia e do ritmo. A poesia é muito
mais efetiva e completa do que a prosa. Ela comove mais
profundamente, por ser de uma composição mais refinada.
Uma voz refinada, quando unida a uma bela música causa um
grande efeito, pois ambas são desejáveis e aprazíveis. Estas
possuem, em si mesmas, uma organização própria e estão
construídas sobre uma lei natural. Correspondem, portanto, àquela
ordem da existência em que algumas coisas se encaixam como em
um molde. Uma verdadeira voz encaixa-se no molde da natureza.
Quando isto acontece, os nervos são afetados e estes, por sua
vez, afetam o coração e o espírito.
No mundo da existência as coisas físicas possuem uma conexão
com as realidades espirituais. Uma destas coisas é a voz, a qual
conecta-se com o espírito e, por seu intermédio, o espírito pode
ser elevado – porque embora seja uma coisa física é uma das
organizações materiais, naturais – sendo, portanto, efetiva.
Todas as formas, quando corretamente entendidas, alegram o
espírito. As melodias são como a água. A voz é como um cálice. A
música

55
água pura em um copo límpido é aprazível. É, portanto, aceitável.
Porém, mesmo quando a água for pura, se estiver em um cálice
que não o seja, este recipiente fará com que a água se torne
inaceitável. Portanto, uma voz defeituosa, mesmo que a música
seja boa, será desagradável.
Em resumo: as melodias, embora sejam algo material, estão
conectadas com o espiritual e produzem, portanto, um grande
efeito. Um certo tipo de melodia faz o espírito feliz, um outro tipo
o torna triste, ainda outro, incita-o à ação.
Todos estes sentimentos podem ser causados pela voz e pela
música, pois através dos nervos, incitam e comovem o espírito.
Por exemplo: quando alguém deseja levar um camelo por uma
estrada através do deserto, pendura-lhe alguns sinos, ou toca flauta,
e deste modo o som evita que o animal perceba a fadiga da viagem;
seus nervos são afetados, porém ele não experimenta um progresso
em seu pensamento, nada sente além de sensação física...
O que quer que esteja no coração do homem, a música anima
e desperta. Se um coração repleto de bons sentimentos e uma voz
pura são unidos, um grande efeito é produzido. Por exemplo: se
há amor no coração, através da música, o amor aumentará,
tornando-se tão intenso que mal poderá ser suportado; porém, se
maus pensamentos estão no coração, tais como ódio, estes
aumentarão e se multiplicarão. Por exemplo: a música usada na
guerra desperta o desejo de derramamento de sangue. Isto significa
que a melodia torna mais intenso qualquer que seja o sentimento
que está no coração.
Alguns sentimentos ocorrem acidentalmente e outros possuem
um embasamento. Por exemplo: algumas pessoas são naturalmente
bondosas, porém elas podem acidentalmente irritar-se como
resultado de uma onda de raiva. Ao ouvirem música, porém, a
verdadeira natureza reassumirá. A música realmente desperta a
natural, verdadeira natureza, a essência inicial.
música

56
Seja qual for o propósito com que ouçais música, este propósito
será ampliado. Por exemplo: haverá um concerto específico para
os pobres e desafortunados, e se lá fordes pensando neste
objetivo, a música aumentará sua compaixão e generosidade. Esta
é a razão pela qual a música é usada na guerra. E assim é com
todas as coisas que causam a excitação dos nervos.
A Brief Account of My Visit to Acca, pp. 11-14

música

57
IV
DE CARTAS ESCRITAS EM NOME
DE SHOGHI EFFENDI

16

Com relação a cantar alguns dos hinos escritos pela sra.
xxxx, ele acha que seria uma esplêndida idéia, e quando
a sra. Lua Getsinger estava morando com a família do Mestre, ela
freqüentemente os cantava e procurava ensiná-los às crianças
pequenas da família.
22 de abril de 1928, a um bahá’í

17

Ele considera que seria especialmente bonito assistir a
grupos de crianças pequenas cantando esses hinos.
22 de abril de 1928, a um bahá’í

18

O Guardião valoriza os hinos que você está compondo
tão lindamente. Eles certamente contêm as realidades da
Fé e ajudar-lhe-ão, certamente, a transmitir a Mensagem aos
jovens. É a música que nos ajuda a tocar o espírito humano; é um
meio importante que ajuda a comunicarmo-nos com a alma. O
Guardião espera que através desta ajuda você transmitirá a
Mensagem às pessoas e atrairá seus corações.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 19
música

58
19

Com relação à principal questão que levantaste que diz
respeito a cantar hinos nas reuniões bahá’ís, ele deseja
que eu lhe assegure que não vê objeção alguma sobre isto. O
elemento da música é, sem dúvida, um importante aspecto de todas
as reuniões bahá’ís. O próprio Mestre enfatizou sua importância.
Porém, os amigos devem, com relação a esta, assim como em
todas as outras coisas, não transpor os limites da moderação, e
devem tomar muito cuidado em manter o estrito caráter espiritual
de todas as suas reuniões. A música deve conduzir à espiritualidade
e, ao proporcioná-la, cria-se uma atmosfera tal que não se lhe
pode haver objeção alguma.
Uma distinção de vital importância deve, contudo, ser claramente
estabelecida entre cantar hinos compostos pelos crentes e entoar
as Sagradas Emanações.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 20-21

20

Quanto à sua pergunta referente ao uso de música nas
Festas de Dezenove Dias, ele deseja que assegure aos
amigos que não apenas aprova tal prática, como considera que
seja mesmo aconselhável que os crentes façam uso, em suas
reuniões, de hinos compostos pelos próprios bahá’ís e também
daqueles hinos, poemas e entoações que são baseados nas Palavras
Sagradas.
7 de abril de 1935, a um bahá’í

21

O Guardião ficou contente também em saber sobre seu
profundo interesse pela música e seu desejo de servir a
Fé ao longo deste caminho. Apesar de agora ainda ser bem o
início da arte bahá’í, os amigos que sentem que possuem esta
música

59
dádiva devem se esforçar para desenvolver e cultivar seus dons e,
através de seus trabalhos, refletir, ainda que inadequadamente,
sobre o Espírito Divino que Bahá’u’lláh soprou ao mundo.
4 de novembro de 1937, a um bahá’í

22

Música, como uma das artes, é um desenvolvimento
cultural natural, e o Guardião não sente que deve haver
qualquer dedicação a mais à “Música Bahá’í” do que aquela que
estamos tentando desenvolver para uma escola bahá’í de pintura
ou escrita. Os crentes são livres para pintar, escrever e compor da
maneira que seus talentos os guiarem. Se a música é escrita
incorporando os Escritos Sagrados, os amigos são livres para fazer
uso dela, porém jamais deve ser considerado uma exigência terse tal música nas reuniões bahá’ís. Quanto mais distantes os amigos
mantiverem-se de quaisquer formas determinadas melhor, pois
devem atentar para o fato de que a Causa é absolutamente universal,
e o que pode parecer um bonito acréscimo ao seu modo de celebrar
a Festa, etc., soaria, talvez, em ouvidos de pessoas de outro país,
como sons desagradáveis – e vice-versa. Desde que tenham a
música para seu próprio benefício, está tudo bem, porém não devem
considerá-la música bahá’í.
A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 22-23

23

Música instrumental pode ser usada nas Festas bahá’ís.

24

Com relação a produzir um livro com canções bahá’ís,
sua compreensão de que, neste momento, não existe uma

20 de agosto de 1956, a um bahá’í

música

60
expressão cultural que poderia ser chamada de bahá’í (música,
literatura, arte, arquitetura, etc., distintivas, como a flor da civilização
e não surgindo no começo de uma nova Revelação) está correta.
Isto não significa, contudo, que não temos canções bahá’ís, em
outras palavras, canções escritas por bahá’ís sobre temas bahá’ís...
21 de setembro de 1957, à uma Assembléia Espiritual Nacional

25

Deve tentar pesquisar e deliberar as questões sobre
canções com o Comitê de Revisão de Conteúdo Bahá’í
ou com a Assembléia Espiritual Nacional. Um bahá’í pode escrever
canções mencionando a Fé. Isto não é “Música Bahá’í”, porém
música na qual a Fé é mencionada – é isto, provavelmente, o que
a Assembléia Espiritual Nacional quis dizer.
24 de outubro de 1957, a um bahá’í

música

61
POETAS
COMPILADO PELO
DEPARTAMENTO DE PESQUISA DA
CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA
poetas

64
I
GUIA AOS POETAS

Quanto à questão se Bahá’u’lláh delineou determinadas
responsabilidades, obrigações, preferências e limites com relação
aos poetas, Shoghi Effendi indica que os poetas são “mencionados
separadamente” por Bahá’u’lláh. Eles, juntamente com “os sábios
do mundo,... seus literatos,... seus místicos e até mesmo... seus
comerciantes” são exortados por Bahá’u’lláh “a estarem atentos à
Sua voz, reconhecerem Seu Dia e seguirem Suas ordens”.
Existem muitas passagens nos Escritos que dão testemunho
da elevada posição que Bahá’u’lláh dá à prática das artes. Por
exemplo:
Foi revelado e é agora repetido que o verdadeiro valor dos
artistas e dos artesãos deve ser reconhecido, pois eles trazem
progresso aos assuntos da humanidade. Assim como as estruturas
da religião são fortalecidas através da Lei de Deus, os meios de
subsistência dependem daqueles que estão engajados nas artes e
nos ofícios. A verdadeira aprendizagem é aquela que conduz ao
bem-estar do mundo, não ao orgulho e presunção, ou à tirania,
violência e pilhagem.
Muitos versículos da poesia árabe e persa foram citados nos
Escritos das Figuras Centrais da Fé. Por exemplo, no livro Os
Sete Vales, Bahá’u’lláh faz referência a dois grandes poetas de
poetas

65
Shíráz: Hafíz e Sa‘dí, e a muitos outros que são conhecidos como
místicos sufis.
Com relação a se existem instruções específicas nos Escritos
para guiar a atividade dos poetas, anexamos... uma compilação
intitulada: Escritores*, da qual muitos princípios podem ser
extraídos. Por exemplo:
•
•
•

A importância de não ultrapassar os “limites da discrição e
da sabedoria”;
O poder da “elocução humana” e a necessidade de darlhe o equilíbrio da “moderação” e do “refinamento”;
O uso da linguagem eloqüente, etc.

As qualidades pessoais do poeta também são importantes.
Neste sentido, ‘Abdu’l-Bahá, em A Promulgação da Paz
Universal (p. 168), ao descrever o progresso dos bahá’ís da
Pérsia, em particular (mas não exclusivamente) das mulheres,
indicou que:
“Elas estão imbuídas de todas as virtudes e excelências da
humanidade. São eloqüentes; são poetizas e eruditas, e são
a personificação da quintessência da humildade.”
13 de março de 1988, memorandum em nome da
Casa Universal de Justiça a um bahá’í

*Ver o próximo tema compilado neste livro.

poetas

66
II
ORAÇÕES E EPÍSTOLAS AOS POETAS

Existem muitas Epístolas dirigidas a poetas por Bahá’u’lláh e
‘Abdu’l-Bahá, muitas das quais ainda não traduzidas para o inglês.
Inúmeras dessas Epístolas foram reunidas em um livro compilado
por Ni’matu’lláh Bayda’í, intitulado Tadhkiriy-i Shu’aray-i-Qarni Avval-i-Bahá’í, 4 volumes (Teerã: Bahá’í Publishing Trust, B.E.
121, 123, 126, 129).
Uma amostra do material disponível em inglês [e português]
inclue:
1. Nas Epístolas de Bahá’u’lláh Reveladas após o Kitáb-iAqdas (p. 196), Bahá’u’lláh dirige uma Epístola a Maqsud na qual
comenta sobre sua poesia nas seguintes palavras:
“Cada palavra de tua poesia assemelha-se, realmente, a um
espelho no qual se refletem as evidências da devoção e do
amor que tu nutres por Deus e por Seus eleitos. Feliz és tu
que sorveste do vinho seleto das palavras e tiveste teu
quinhão da corrente suave do verdadeiro conhecimento.
Bem-aventurado é aquele que bebeu até se saciar e a Ele
atingiu, e que sejam infelizes os desatentos. Sua leitura provou
ser altamente compreensiva, pois indicou tanto a luz da
reunião como o fogo da separação.”
poetas

67
2. Em Tablets of Abdul-Baha Abbas, vols. 1-3 (Chicago: Bahá’í
Publishing Society, 1930, 1940, 1930); pp. 223-24; p. 404; e
p. 546, existem três Epístolas do Mestre a indivíduos que
submeteram poemas à Sua apreciação:
“Ó tu que estás atraído ao Reino de Deus! Tua carta foi lida
com a maior atenção. A poesia é bela. Louvado seja Deus,
tu estás afastado de tudo o mais salvo do Pai Celestial. Tu
foste do mundo – mas agora és do Reino do Poder. Tu
estás espalhando os Ensinamentos divinos. Graças a Deus,
estás passando por testes no caminho do Reino e estás
suportando as perseguições e os sofrimentos. Tais tribulações
levam ao desenvolvimento espiritual e a descida do Espírito
Santo.
Ó tu que és uma serva de Deus! Suplico a Deus que Ele
te conceda a graça de tornar-te uma mensageira do Reino
em todos esses lugares, de forma a que possas proclamar
as boas-novas do Senhor das Hostes.”
“Ó tu que tens doce expressão! Teu poema é uma
maravilha para as mentes e intelectos, e tua composição
uma evidência do dom que o grande Senhor te concedeu.
Portanto, teu vinho é vinho puro, teu coração um recanto
de luz e teu semblante radiante de amor.
Se as pessoas do mundo forem justas em seu julgamento,
a doçura de teu poema seria uma prova suficiente. Um jovem
da posteridade de Israel cuja boca de pureza ainda emite a
fragrância do leite, expressando tão maravilhoso hino!”
“Ó tu serva de Deus! Tua poesia foi recebida. O
conteúdo muito gracioso. As palavras, eloqüentes, e o tema,
poetas

68
Luz Manifesta. Conseqüentemente, foi altamente apreciado.
Esforce-te, tanto quanto te seja possível, para que dia a dia
possas enfileirar as pérolas da poesia com ritmos ainda mais
doce e conteúdo mais eloqüentes, a fim de conduzir teu nome
à perpetuidade em reuniões espirituais. Para ti, saudações e
louvores!”
3. Também em Tributo aos Fiéis (1ª ed. Mogi Mirim: Editora
Bahá’í do Brasil, 2004), ‘Abdu’l-Bahá descreve a vida e os
serviços prestados por um considerável número de crentes, os
quais Ele caracteriza como poetas. Ver: pp. 32-36; pp. 80-82;
pp. 101-102 e pp. 142-144.
13 de março de 1988, memorandum em nome da
Casa Universal de Justiça a um bahá’í

poetas

69
ESCRITORES
COMPILADO PELO
DEPARTAMENTO DE PESQUISA DA
CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA

(AMPLIADA)
escritores

72
I
DOS ESCRITOS DE BAHÁ’’U’’LLÁH

1

Tu escreveste que um dos amigos compôs um tratado.
Isto foi mencionado na Sagrada Presença, e isto é o que
foi revelado em resposta: Muita cautela deve ser exercida para o
que quer que seja escrito nestes dias não seja causa de dissensão,
nem desperte a objeção das pessoas. O que quer que os amigos
do verdadeiro Deus digam nestes dias é ouvido pelos povos do
mundo. Assim foi revelado no Lawh-i-Hikmat: “...os descrentes
têm inclinado a Nós os ouvidos a fim de ouvirem o que os possa
capacitar a cavilar de Deus, o Amparo no perigo, o Subsistente
por Si próprio.”1 O que quer que seja escrito não deve transgredir
os limites do tato e da sabedoria, e as palavras usadas devem
conter as propriedades do leite, para que assim as crianças do
mundo possam por este ser nutridas, e atingir a maturidade. Nós
dissemos no passado que uma palavra tem a influência da primavera
e torna os corações frescos e verdejantes, enquanto que outra é
como praga que faz os brotos e as flores murcharem. Deus permita
que dentre os amigos surjam autores que escrevam de tal maneira
que seja aceitável às mentes imparciais, e que não leve à zombaria
das pessoas.
De uma Epístola de Bahá’u’lláh a um crente,
traduzida do persa e árabe para o inglês

escritores

73
2

Dizei: Ó homens! Este é um Dia inigualável. Também
inigualável deve ser a língua que celebra o louvor do
Desejo de todas as nações, inigualável a ação que aspira a ser por
Ele aceita. A raça humana inteira tem ansiado por este Dia, a fim
de que possa, quiçá, cumprir o que for bem condizente com sua
posição e digno de seu destino. Bem-aventurado o homem que os
afazeres do mundo não puderam impedir de reconhecer Aquele
que é o Senhor de todas as coisas.
Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, p. 41

3

Como é grande a multidão de verdades que a vestimenta
das Palavras jamais poderá conter! Como é vasto o
número de tais verdades que nenhuma expressão adequadamente
descreve, cujo significado jamais se desvelará e às quais não podem
ser feitas nem sequer as mais remotas alusões! Como são múltiplas
as verdades que não devem ser expressas antes que venha o tempo
marcado! Assim como se tem dito: “Nem tudo o que um homem
sabe, pode ser revelado, nem tudo o que lhe é possível revelar
deverá ser julgado oportuno, nem todo dizer oportuno pode ser
considerado adaptável à capacidade dos que o ouvem.”
Destas verdades, algumas podem ser reveladas somente na
medida da capacidade dos repositórios da luz de Nosso
conhecimento e dos recipientes de Nossa graça oculta. Suplicamos
a Deus que te fortaleça com Seu poder e te capacite a reconhecer
Aquele que é a Fonte de todo o conhecimento, para que te possas
desligar de toda erudição humana, pois, “que proveito traria a um
homem esforçar-se para adquirir erudição após haver encontrado
e reconhecido Aquele que é o Objeto de todo o conhecimento?”
Segura-te à Raiz do Conhecimento e Àquele que é sua Fonte,
para que te vejas independente de todos os que se dizem bem
escritores

74
versados na erudição humana e cuja pretensão nenhuma prova
clara, nem o testemunho de qualquer livro esclarecedor, pode
sustentar.
Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, pp. 136-137

4

Neste Dia, os segredos da terra são desvendados diante
dos olhos dos homens. As páginas de jornais rapidamente
aparecendo são, em verdade, o espelho do mundo. Refletem os
feitos e as ocupações dos diversos povos e raças – refletem e
também os tornam conhecidos. São um espelho dotado de audição,
visão e expressão oral. É este um fenômeno extraordinário, potente.
Cumpre a seus redatores, porém, se purificarem da influência dos
maus desejos e paixões e se adornarem com as vestes da justiça e
eqüidade. Devem investigar as situações, tanto quanto lhes seja
possível, certificando-se dos fatos, e então registrá-los por escrito.
Epístolas de Bahá’u’lláh, p. 48

5

Mal te convém fixar teu olhar nos tempos antigos nem
nos mais recentes. Faze tu menção deste Dia e magnifica
o que nele apareceu. Será, em verdade, suficiente para todo o
gênero humano. De fato, exposições e discursos para a explicação
de tais assuntos esfriam os espíritos. É mister expressar-te de tal
modo que possa inflamar os corações dos verdadeiros crentes a
fazer elevarem-se seus corpos. ...
Ensina tu a Causa de Deus com tais palavras que façam arderem
as sarças e delas se erguer o chamado: “Verdadeiramente, nenhum
Deus há, senão Eu, o Todo-Poderoso, o Absoluto.” Dize: A palavra
humana é uma essência que aspira a exercer sua influência e
necessita de moderação. Quanto à sua influência, isso é
escritores

75
Arte e assuntos correlatos
Arte e assuntos correlatos
Arte e assuntos correlatos
Arte e assuntos correlatos
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Arte e assuntos correlatos
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Arte e assuntos correlatos

  • 1.
  • 2.
  • 4. Coleção • • • • • • • • • • • • • • • “Seleção de Escritos Bahá’ís”: APROFUNDAMENTO, CONHECIMENTO E COMPREENSÃO DA FÉ AQUISIÇÃO DE SABEDORIA ASSEMBLÉIA ESPIRITUAL LOCAL, A ASSEMBLÉIA ESPIRITUAL NACIONAL, A BAHÁ’ÍS E O MURO DE BERLIM, OS CAPTANDO A CENTELHA DA FÉ (IMPORTÂNCIA DO ENSINO ÀS MASSAS) CONQUISTA ESPECIAL, UMA (LEVANDO A MENSAGEM ÀS PESSOAS DE PROEMINÊNCIA) CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS DA TERRA CONSULTA BAHÁ’Í ( A LÂMPADA QUE GUIA) CONTRIBUIÇÃO AOS FUNDOS BAHÁ’ÍS CONVÊNIO, O CORPO CONTINENTAL DE CONSELHEIROS, O CRISE E VITÓRIA EDUCAÇÃO BAHÁ’Í EM BUSCA DA LUZ DO REINO (EXCELÊNCIA SOBRE TODAS AS COISAS E FESTAS DE 19 DIAS) • ENSINO RELIGIOSO NAS ESCOLAS • FÉ EM AÇÃO (PROJETOS BAHÁ’ÍS SÓCIOECONÔMICOS) • FIDEDIGNIDADE • FUNERAL BAHÁ’Í • IMPORTÂNCIA DA MEDITAÇÃO E DA ATITUDE DEVOCIONAL • IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO OBRIGATÓRIA E DO JEJUM, A • IMPORTÂNCIA DAS ARTES NA PROMOÇÃO DA FÉ, A • INDIVÍDUO E O ENSINO, O • INSTITUIÇÃO DOS CONSELHEIROS, A • JEJUM BAHÁ’Í, O • JUVENTUDE • LEI DO HUQÚQU’LLÁH, A • LEIS, HISTÓRIAS E ADMINISTRAÇÃO DA FÉ BAHÁ’Í • LIBERANDO O PODER DA AÇÃO INDIVIDUAL • MULHER • NO LIMIAR DA PAZ • NOVA RAÇA DE HOMENS, UMA • NOVO MODO DE VIDA, UM (SIGNIFICADO DE SER UM JOVEM BAHÁ’Í) • OPOSIÇÃO À FÉ • PADRÃO DE VIDA BAHÁ’Í • POR AMOR À CAUSA (SOBRE PIONEIRISMO) • POLÍTICA • PRESERVANDO CASAMENTOS BAHÁ’ÍS (SOBRE DIVÓRCIO) • PROMOVENDO A ENTRADA EM TROPAS • QUESTÃO MAIS DESAFIADORA, A (ASSUNTOS SOBRE A RAÇA NEGRA) • SABEÍSMO, BUDA, KRISHNA, ZOROASTRO E ASSUNTOS CORRELATOS • SAÚDE, HIGIENE E CURA • VIDA CASTA E SANTA, UMA • VIDA EM FAMÍLIA (UMA ONDA DE TERNURA) • VIVER A VIDA (ORIENTAÇÕES SOBRE A VIDA BAHÁ’Í) Pedidos: www.editorabahaibrasil.com.br ii
  • 5. ARTE E ASSUNTOS CORRELATOS COMPILAÇÕES PREPARADAS PELO DEPARTAMENTO DE PESQUISA DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA E PELO CORPO CONTINENTAL DE CONSELHEIROS PARA A EUROPA iii
  • 6. Títulos originais em inglês: COMPILATION ON ARTS; BAHÁ’Í WRITINGS ON MUSIC; GUIDANCE TO POETS; EXTRACTS FROM THE BAHÁ’Í WRITINGS ON THE SUBJECT OF WRITERS AND WRITING (AMPLIADA); SELECTION OF EXTRACTS CONCERNING HUMOR AND LAUGHTER; TRANSLATIONS (AMPLIADA); ARTS AND ARCHITETURE; PROFESSIONS; ARTS AND ARTCRAFTS. © 2007 Todos os direitos em português reservados para: EDITORA BAHÁ’Í DO BRASIL Caixa Postal 1085 13800-973 – Mogi Mirim – SP www.editorabahaibrasil.com.br ISBN: 978-85-320-0162-7 1a Edição: 2007 Tradução: (salvo textos publicados anteriormente) • Leonora Armstrong: Música • Maria Trude Alves: Artes; Artes e Ofícios • Osmar Mendes: Poetas; Escritores; Humor e Risos; Tradutores; Arquitetura; Profissões Revisão: Coordenação Nacional Bahá’í de Tradução e Revisão do Brasil Capa: Gustavo Pallone de Figueiredo Impressão: Prisma Printer Gráfica e Editora Ltda., Campinas – SP iv
  • 7. CONTEÚDO ARTES I. Aprendendo uma Arte II. A Fonte da Arte III. O Desenvolvimento Futuro das Artes IV. Orientações para Artistas Bahá’ís 3 16 21 30 M ÚSICA I. Dos Escritos de Bahá’u’lláh II. Dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá III. De Palestras de ‘Abdu’l-Bahá IV. De Cartas Escritas em Nome de Shoghi Effendi 47 49 52 58 POETAS I. Guia aos Poetas II. Orações e Epístolas aos Poetas 65 67 ESCRITORES I. Dos Escritos de Bahá’u’lláh II. Dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá III. De Cartas Escritas em Nome de Shoghi Effendi 73 77 79 v
  • 8. IV. De Cartas Escritas em Nome da Casa Universal de Justiça V. De uma Carta Escrita pela Editora Bahá’í do Brasil HUMOR E RISOS I. Dos Escritos de Bahá’u’lláh II. Dos Escritos e Palestras de ‘Abdu’l-Bahá III. De Cartas Escritas em Nome da Casa Universal de Justiça Apêndice. Fé e Humor, Uma Explanação TRADUTORES I. Dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá II. De uma Palestra de ‘Abdu’l-Bahá III. De um Escrito de Shoghi Effendi IV. De Cartas Escritas em Nome de Shoghi Effendi V. De Cartas Escritas pela Casa Universal de Justiça VI. De Cartas Escritas em Nome da Casa Universal de Justiça VII. De um Memorândum Escrito em Nome da Casa Universal de Justiça VIII. Do Livro “A Pérola Inestimável” ARQUITETURA I. Dos Escritos de Bahá’u’lláh II. Dos Escritos e Palestras de ‘Abdu’l-Bahá III. De Cartas Escritas em Nome de Shoghi Effendi IV. De uma Carta Escrita pela Casa Universal de Justiça V. De Cartas Escritas em Nome da Casa Universal de Justiça vi 84 88 93 94 97 101 109 112 113 114 118 125 143 146 151 152 154 158 160
  • 9. PROFISSÕES I. Artistas e Pintores II. Artesãos III. Médicos IV. Comerciantes V. Músicos VI. Juízes VII. Professores 165 166 168 169 170 171 173 ARTES E OFÍCIOS I. Dos Escritos de Bahá’u’lláh II. Dos Escritos e Palestras de ‘Abdu’l-Bahá III. De Cartas Escritas em Nome de Shoghi Effendi 177 181 186 Referências 189 Bibliografia 190
  • 10.
  • 11. ARTES COMPILADO PELO CORPO CONTINENTAL DE CONSELHEIROS PARA A EUROPA
  • 13. I APRENDENDO UMA ARTE DOS ESCRITOS DE BAHÁ’’U’’LLÁH 1 As artes, ofícios e ciências elevam o mundo do ser e conduzem à sua exaltação. O conhecimento é como asas para a vida do homem; é como uma escada pela qual ele possa ascender. Incumbe a cada um adquiri-lo. Deve-se, porém, adquirir o conhecimento das ciências que possam prestar benefícios aos povos da Terra e não daquelas que por meras palavras começam e assim também terminam. ... Na realidade, o conhecimento é um verdadeiro tesouro para o homem; é para ele uma fonte de glória, de graça, de júbilo e exaltação, de alegria e contentamento. Feliz é o homem que a ele segura-se firmemente, e infelizes os desatentos. Epístola ao Filho do Lobo, pp. 42-43 2 Ó Meus Servos! Sois as árvores de Meu jardim; deveis dar frutos belos e maravilhosos, para que vós e outros sejam por eles beneficiados. Assim compete a cada um ocupar-se em ofícios ou profissões, pois o segredo da riqueza está nisso, ó homens de compreensão! Resultados dependem de meios e a graça de Deus vos será todaartes 3
  • 14. suficiente. Árvores infrutíferas sempre foram e serão destinadas ao fogo. As Palavras Ocultas, do Persa, nº 80, p. 168 3 O quinto Taráz concerne à proteção e preservação dos graus dos servos de Deus. Não se deve deixar de levar em conta a verdade de qualquer assunto; antes, deve-se dar expressão àquilo que seja certo e verídico. O povo de Bahá a nenhuma alma deve negar a recompensa que lhe é devida, deve tratar com deferência os artífices e de modo diferente do povo de outrora, não deve macular suas línguas com injúrias. Neste Dia, o sol dos ofícios brilha acima do horizonte ocidental e o rio das artes mana do mar dessa região. Deve-se falar com eqüidade e apreciar essa graça. Epístolas de Bahá’u’lláh, p. 47 4 No início de todo empreendimento, convém se olhar para seu fim. Fazei as crianças estudarem – entre todas as ciências e letras – aquelas que resultarão em vantagem para o homem, lhe assegurando o progresso e elevando o grau. Assim serão dissipados os nocivos odores da inobservância da lei, e assim, através dos altos esforços dos líderes das nações todos viverão amparados, seguros e em paz. Diz o Grande Ser: Os eruditos do dia devem orientar o povo, para que adquira aqueles ramos de conhecimento que sejam úteis, de modo que tanto os próprios eruditos como os homens em geral, possam disso derivar benefícios. Epístolas de Bahá’u’lláh, pp. 187-188 artes 4
  • 15. 5 O propósito do conhecimento deve ser a promoção do bem-estar dos povos, isto pode ser alcançado através das artes. Foi revelado, e agora é repetido, que o verdadeiro valor dos artistas e artesãos deve ser apreciado, pois eles promovem o progresso nos assuntos da humanidade. Assim como a base da religião é firmemente estabelecida através da Lei de Deus, os meios para o sustento dependem daqueles que se ocupam com as artes e ofícios. O verdadeiro conhecimento é aquele que conduz ao bem-estar do mundo e não ao orgulho e à vaidade, ou à tirania, à violência e ao roubo. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 6 Abençoados aqueles que têm fixado seu olhar no reino da glória e têm seguido os mandamentos do Senhor dos Nomes. Abençoado é aquele que nos dias de Deus se ocupa com as artes. Esta é uma graça de Deus, pois nesta Mais Poderosa Dispensação é aceitável aos olhos de Deus que todo homem se ocupe com uma profissão que o livre de depender da caridade. O trabalho de todo artesão é considerado como adoração. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 7 Um dos nomes de Deus é o Modelador. Ele ama a arte. Portanto, qualquer de Seus servos que manifeste este atributo é aceitável aos olhos deste Injustiçado . O artesanato é um livro dentre os livros das ciências divinas e um tesouro entre os tesouros de Sua sabedoria celestial. Este é um conhecimento que faz sentido, pois algumas das ciências nascem de palavras e terminam em palavras. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês artes 5
  • 16. 8 Permita Deus que te esforces ao máximo para adquirir perfeições, assim como perícia em um ofício. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 9 O Deus único e verdadeiro, exaltado seja, ama contemplar trabalhos de suma destreza realizados por Seus amados. Abençoado sejas, pois o que tua habilidade tem produzido atingiu a presença de teu Senhor, o Exilado, o Injuriado. Queira Deus que a cada um de Seus amigos lhes seja permitido aprender uma das artes e que sejam confirmados em sua adesão ao que foi ordenado no Livro de Deus, o Todo-Glorioso, o Onisciente. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 10 Quanto ao que a Pena Suprema previamente prescreveu, sua razão é que, em toda a arte e ofício, Deus ama a mais elevada perfeição. Educação Bahá’í: uma Compilação, p. 18 DOS ESCRITOS DE ‘‘ABDU’’L-BAHÁ 11 Embora a aquisição das ciências e das artes seja a maior glória da humanidade, isso só será verdade caso o rio do homem venha a desaguar no poderoso mar, e retire, do antigo manancial de Deus, Sua inspiração. Quando isso acontece, então cada professor é como um oceano sem limites, e cada aluno é fonte pródiga de conhecimento. Portanto, se a busca do conhecimento conduzir à beleza dAquele que é o Objeto de todo o Conhecimento, quão excelente é tal meta; mas se assim não artes 6
  • 17. ocorrer, uma mera gota talvez possa excluir o homem da graça transbordante, pois com a erudição vêm a arrogância e o orgulho, e isso leva ao erro e à indiferença para com Deus. Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá, pp. 98-99 12 Observai cuidadosamente como a educação e as artes de civilização trazem honra, prosperidade, independência e liberdade a seu povo. O Segredo da Civilização Divina, p. 131 13 É por esta razão que, neste novo ciclo, a educação e a instrução estão inscritas no Livro de Deus como sendo obrigatórias, e não como voluntárias. Isto é, ao pai e à mãe impõese, como um dever, envidar todos os esforços para dar instrução à filha e ao filho, para nutri-los do seio do conhecimento e criá-los no regaço das ciências e das artes. Se negligenciarem esse assunto, terão de prestar contas, e serão dignos de reprovação na presença do austero Senhor. Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá, p. 114 14 Ó Deus, ó Tu que lançaste o Teu esplendor sobre as luminosas realidades dos homens, derramando sobre eles as luzes resplandecentes do conhecimento da guia, que os escolhestes dentre todas as coisas criadas para esta graça excelsa, que os fizeste abarcar todas as coisas, compreender sua essência mais íntima e desvendar seus mistérios, trazendo-os das trevas para o mundo visível! “Verdadeiramente, Ele manifesta a Sua mercê especial a quem quer que Ele deseje!”1 artes 7
  • 18. Ó Senhor, ajuda os Teus amados na aquisição do conhecimento, das ciências e das artes, e na descoberta dos segredos que se encontram entesourados na mais íntima realidade de todos os seres criados. Faz com que aprendam as verdades ocultas que estão inscritas e entesouradas no âmago de tudo o que existe. Faz com que sejam insígnias de guia entre todas as criaturas e raios penetrantes da mente derramando a sua luz nesta “primeira vida”.2* Faz deles condutores até ti, guias para o Teu caminho, mensageiros exortando os homens para o Teu Reino. Verdadeiramente, Tu és o Poderoso, o Protetor, o Forte, o Defensor, o Grande, o Mais Generoso. Ó Companhia de Deus! Para cada coisa criada a Antiga Soberania determinou uma perfeição própria, uma virtude particular e uma especial excelência, de modo que, cada uma no seu grau, possa se tornar um símbolo revelando a sublimidade do verdadeiro Educador do gênero humano e para que, cada uma, tal como um espelho cristalino, possa manifestar a graça e o esplendor do Sol da Verdade. E, dentre todas as criaturas, Ele escolheu o homem para lhe conceder a Sua mais maravilhosa dádiva, e fez com que ele alcançasse as bênçãos da Companhia no alto. A mais preciosa dádiva é atingir Sua guia infalível, de modo que a mais íntima realidade da humanidade venha a ser como um nicho para guardar esta lâmpada; e, quando os esplendores desta luz incidem sobre o brilhante cristal do coração, a pureza do coração faz com que os raios cintilem ainda mais intensamente do que antes e resplandeçam gloriosamente nas mentes e nas almas dos homens. A obtenção da suprema orientação está na dependência do conhecimento e da sabedoria, e em estar-se informado quanto aos mistérios das Palavras Sagradas. Por este motivo, devem os *Em uma Epístola, ‘Abdu’l-Bahá explica tratar-se de uma referência à vida neste mundo, pois a mesma é distinta da vida após a morte. artes 8
  • 19. amados de Deus, sejam eles jovens ou idosos, homens ou mulheres, cada qual seguindo suas aptidões, empenharem-se na aquisição dos vários ramos do conhecimento e ampliarem a sua compreensão dos mistérios dos Livros Sagrados e sua habilidade em dominar as provas e evidências divinas. O eminente Sadru’s-Sudúr,* que, verdadeiramente, atingiu uma posição extremamente elevada nos Retiros do Paraíso, foi quem inaugurou a reunião de ensino. Ele foi a primeira alma abençoada a assentar o alicerce desta momentosa instituição. Louvado seja Deus. No decurso de sua vida ele educou pessoas que hoje são fortes e eloqüentes defensores do Senhor Deus, discípulos que são, verdadeiramente, descendentes puros e espirituais deste que tão perto chegou do Santo Limiar. Depois de seu passamento, alguns abençoados indivíduos tomaram medidas para perpetuar o seu trabalho de ensino, e, quando soube disto, o coração deste Cativo regozijou-se. Nestes dias, do mesmo modo, peço intensamente que os amigos de Deus envidem todo esforço, na medida de suas capacidades, nesta direção. Quanto mais arduamente lutarem por ampliar a extensão de seu conhecimento, melhor e mais gratificante será o resultado. Que os amados de Deus, sejam eles jovens ou idosos, homens ou mulheres, cada qual de acordo com suas aptidões, se levantem e não poupem esforços na aquisição dos vários ramos existentes do conhecimento, tanto espirituais como seculares, e das artes. Sempre que se reunirem em seus encontros, que a sua conversação se restrinja a assuntos eruditos e à informação sobre o conhecimento e as ciências da atualidade. Se assim o fizerem, inundarão o mundo com a Luz Manifesta e transformarão esta terra de pó em jardins do Reino da Glória. Educação Bahá’í, pp. 23-25 *Um distinto crente iraniano que criou as primeiras aulas para instrução de professores bahá’ís. artes 9
  • 20. 15 Toda pessoa deve ter uma ocupação, um ofício ou uma arte, para que possa levar a carga de outra pessoa e não ser ele mesmo uma carga para os demais. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 16 Tu escreveste a respeito de teu encontro com… Ele [também] escreveu que deseja te ensinar um oficio e mostra afeto e consideração para contigo. Suplicamos a Deus que este propósito possa ser alcançado e que aprendas esta habilidade, pois de acordo com os decretos divinos, toda pessoa deve adquirir um ofício. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 17 Ele deve estudar todos os dias, da manhã até o meio-dia para que possa aprender a ler e a escrever. Do meio-dia até aproximadamente o pôr-do-sol, deveria aprender um ofício. As crianças devem aprender a ler e a escrever e a adquirir uma arte ou habilidade. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 18 ... de acordo com os ensinamentos divinos a aquisição de ciências e o aperfeiçoamento nas artes são considerados atos de adoração. Se o homem ocupar-se na aquisição da ciência ou no aprimoramento da arte com todo o seu poder, será como se estivesse adorando a Deus em igrejas e templos... Qual graça maior que a ciência ser considerada ato de adoração e a arte como serviço ao Reino de Deus? Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá, p. 130 artes 10
  • 21. 19 Ó tu servo do Deus Uno e Verdadeiro! Nesta dispensação universal a maravilhosa faculdade inventiva do homem é aceita como adoração à Beleza Resplandecente. Considera que favor e bênção é o engenho humano ser tido como adoração! Nos tempos antigos acreditava-se que tais habilidades não passavam de ignorância, ou até mesmo que eram uma desgraça que impedia o homem de aproximar-se de Deus. Considera tu, agora, como suas infinitas graças e abundantes favores converteram o fogo infernal em paraíso, e um monte de pó escuro em jardim luminoso. Compete aos artífices do mundo a cada minuto ofertarem mil sinais de gratidão no Limiar Sagrado, e esforçarem-se com o máximo empenho, e diligentemente seguir em suas profissões, para que seus esforços possam criar a maior beleza e perfeição ante os olhos de todos os homens. Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá, pp. 130-131 20 Ó vós, pequeninas crianças bahá’ís, vós que buscais verdadeira compreensão e conhecimento! O ser humano distingue-se do animal de várias maneiras. Antes de mais nada ele é feito à imagem de Deus, à semelhança da Luz Suprema; assim como diz a Tora: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança.”3 Essa imagem divina representa todas as qualidades da perfeição, cujas luzes, emanadas do Sol da Verdade, iluminam a realidade dos homens, e estão entre os atributos perfeitos encerrados na sabedoria e no conhecimento. Deveis, pois, fazer vigoroso esforço, trabalhando dia e noite, sem descansar um momento sequer, a fim de adquirirdes abundante porção de todas as ciências e artes, para que assim a Imagem Divina, que irradiaSe do Sol da Verdade, ilumine o espelho dos corações dos homens. Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá, p. 126 artes 11
  • 22. 21 Encorajai as crianças, desde os primeiros anos, a dominar toda espécie de conhecimento, a fazei-as ansiosas por se tornarem hábeis em todas as artes com o propósito de que através da graça favorecedora de Deus, o coração de cada uma se torne como um espelho revelando os segredos do universo, penetrando na mais íntima realidade de todas as coisas; e que cada uma obtenha fama mundial em todos os ramos do conhecimento, da ciência e das artes. Educação Bahá’í, pp. 43-44 22 Portanto, ó bem-amados de Deus! Envidai vigoroso esforço até que vós próprios simbolizeis esse progresso e todas essas confirmações, e vos torneis centros focais das bênçãos de Deus, auroras da luz de Sua unidade, promotores das dádivas e graças da vida civilizada. Sede nessa terra as vanguardas das perfeições da humanidade; levai avante os vários ramos do conhecimento; sede ativos e progressistas no campo das invenções e das artes. Esforçai-vos por retificar a conduta dos homens, e procurai exceder o mundo inteiro quanto à virtude do caráter. Enquanto as crianças estão ainda na infância, alimentai-as no seio da graça celestial, nutri-as no berço de toda excelência, criai-as nos braços da bondade. Proporcionai-lhes a vantagem de toda a espécie de conhecimento útil. Deixai-as partilhar de cada um dos novos, admiráveis e maravilhosos ofícios e artes. Estimulai-as ao trabalho e ao empenho, e acostumai-as a dificuldades. Ensinai-as a dedicar as vidas para assuntos de grande importância e inspiraias a empreender estudos que beneficiem a humanidade. Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá, p. 116 artes 12
  • 23. 23 Esforça-te ao máximo para adquirir o conhecimento avançado da época, e dá cada gota de teu suor a fim de levar avante a civilização divina. Estabeleça escolas que sejam bem organizadas e promova os fundamentos da instrução nos distintos ramos do conhecimento através de professores que sejam puros e santificados, diferenciados por suas elevadas normas de conduta e sua excelência geral, e firmes em sua fé – eruditos e educadores com um profundo conhecimento das ciências e das artes. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 24 Ó vós, agraciados pelos favores de Deus! Nesta nova e admirável Era, o fundamento inabalável é o ensino das ciências e artes. Segundo os explícitos Textos Sagrados, a cada criança devem ser ensinadas as artes e os ofícios, no grau que for necessário. Assim, pois, em cada cidade ou aldeia, devem ser estabelecidas escolas, e todas as crianças nessas cidades e aldeias devem envolver-se no estudo até o grau necessário. Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá, pp. 120-121 25 Entre os maiores de todos os grandes serviços está a educação das crianças, a promoção das várias ciências, ofícios e artes. Louvado seja Deus; estais agora realizando vigorosos esforços para este fim. Quanto mais perseverardes nesta tarefa de maior importância, mais testemunhareis as confirmações de Deus, a tal ponto que vós próprios ficareis atônitos. Verdadeiramente, isto está acima de qualquer dúvida, uma promessa que certamente será resgatada. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 8.* *Incluso o segundo parágrafo que não consta no livro citado. artes 13
  • 24. 26 Nesta nova e maravilhosa Causa, o avanço de todos os ramos do conhecimento é um princípio fixo e vital, e os amigos, cada um e todos, estão obrigados a envidar todos os esforços para este fim, para que a Causa da Luz manifesta possa se difundir largamente, e cada criança, de acordo com sua necessidade, receba a sua porção das ciências e das artes – até que não se encontre nem um só filho de camponês completamente desprovido de educação. Educação Bahá’í, p. 58 27 Incumbe às crianças bahá’ís superarem as demais crianças na aquisição das ciências e artes, pois elas foram embaladas na graça de Deus. O que as outras crianças aprendem num ano, que as crianças bahá’ís aprendam num mês. O coração de ‘Abdu’l-Bahá, em seu amor, anseia por perceber que todos os jovens bahá’ís, sem exceção, são conhecidos no mundo inteiro por seu desenvolvimento intelectual. Inquestionavelmente eles envidarão todos os esforços, energias e brio a fim de adquirirem as ciências e artes. Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá, pp. 126-127 28 Agora, quanto ao que perguntaste com relação a abandonar tua realização científica em Paris para dedicar teus dias a ensinar esta Verdade, certamente é aceitável e amado, porém se adquirires a ambas seria ainda melhor e mais perfeito, pois nesse novo século a obtenção da ciência, das artes e das letras, sejam divinas ou mundanas, materiais ou espirituais, é um assunto aceitável perante Deus e um dever que incumbe a todos realizar. Portanto, jamais negues as coisas espirituais em favor do que é material, ou melhor, ambas são de tua incumbência. Entretanto, quando estiveres trabalhando nessa realização científica, artes 14
  • 25. deves ser guiado pela atração ao amor de teu glorioso Senhor e consciente de mencionar Seu esplendoroso Nome. Se este é o caso, deves atingir a arte que estás estudando em sua perfeição. Tablets of Abdul-Baha Abbas, vol. 2, pp. 448-449 DE UMA PALESTRA DE ‘‘ABDU’’L-BAHÁ 29 Todas as bênçãos são de origem divina, mas nenhuma pode ser comparada a esse poder da investigação intelectual e da pesquisa, que é uma dádiva eterna, produzindo frutos de infindável deleite. O homem está sempre participando desses frutos. Todas as outras bênçãos são temporárias; esta é uma posse imorredoura. Até mesmo a soberania tem suas limitações e derrotas; esta é uma soberania e domínio que ninguém pode usurpar ou destruir. Em suma, é uma bênção eterna e uma dádiva divina, o supremo presente de Deus ao homem. Por isso, deveis envidar vossos mais sinceros esforços na aquisição de ciências e artes. Quanto maiores as vossas realizações, mais elevado o vosso nível no propósito divino. A Promulgação da Paz Universal, p. 59 DE UMA DE CARTA ESCRITA EM NOME DA CASA UNIVERSAL JUSTIÇA 30 Quanto à pintura, há muitas passagens maravilhosas nos Escritos que descrevem o papel dos artistas e que esclarecem as dimensões sociais e espirituais das próprias artes; talvez, através de seu estudo destas, chegue a descobrir dentro de si mesmo novas fontes de motivação e coragem. 20 de agosto de 1990, a um bahá’í artes 15
  • 26. II A FONTE DA ARTE DOS ESCRITOS DE BAHÁ’’U’’LLÁH 31 O Sol da verdade é a Palavra de Deus, da qual depende a educação daqueles que estão imbuídos com o poder da compreensão e da expressão. Ela é o verdadeiro espírito e a água celestial através de cujo auxílio e graciosa providência todas as coisas têm sido e serão vivificadas. Sua aparição em cada espelho está condicionada à cor desse espelho. Por exemplo, quando sua luz incide sobre os espelhos dos corações dos sábios, ela gera sabedoria. Da mesma forma, quando ela se manifesta nos espelhos dos corações dos artesãos, desdobrando-se em novas e únicas artes, e quando refletida nos corações daqueles que apreendem a verdade, revela maravilhosas evidências do verdadeiro conhecimento e desvenda as verdades das emanações de Deus. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 1 32 O conhecimento é uma das admiráveis dádivas de Deus. Incumbe a todos sua aquisição. Tais artes e meios materiais que estão agora manifestos foram conseguidos em virtude de Seu conhecimento e Sua sabedoria, os quais Sua mais exaltada artes 16
  • 27. Pena tem revelado em Epístolas – uma Pena de cujo tesouro se manifestam pérolas de sabedoria e de palavras expressas, e as artes e os ofícios do mundo. Epístolas de Bahá’u’lláh, p. 48 33 A alma que tiver permanecido fiel à Causa de Deus e se mantido inabalavelmente firme em Seu Caminho, haverá de possuir, após sua ascensão, tal poder que todos os mundos que o Onipotente criou podem ser beneficiados por seu intermédio. Esta alma, a mando do Rei Ideal e do Educador Divino, provê o lêvedo puro para fermentar o mundo dos seres, e fornece o poder através do qual as artes e maravilhas do mundo se tornam manifestas. Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, p. 126 DOS ESCRITOS E PALESTRAS DE ‘‘ABDU’’L-BAHÁ 34 O poder da alma racional descobre a realidade das coisas, compreende as peculiaridades dos seres, penetra os mistérios da existência. Todos os conhecimentos – as artes e ciências – todas as maravilhas, instituições, descobertas e empresas são devidos ao exercício da inteligência da alma racional. Houve um tempo em que tudo isso era desconhecido, misterioso, secreto, mas a alma racional conseguiu pouco a pouco desvendar esse mistério e transportá-lo do plano do invisível, do oculto, para o domínio do visível. Respostas a Algumas Perguntas, p. 182 artes 17
  • 28. 35 A realidade do homem, de fato, abrange a realidade das coisas, penetra-lhes as propriedades e os segredos. Tanto assim que os conhecimentos – artes, ciências, e todas as maravilhas – foram descobertos pela realidade humana. Houve um tempo em que esses conhecimentos – essas artes e ciências e todas essas maravilhas – eram mistérios ocultos. O homem pouco a pouco as descobriu, trazendo-as do reino invisível para o visível. Respostas a Algumas Perguntas, p. 205 36 Se formos verdadeiros bahá’ís, a linguagem não é necessária. Nossas ações adiantarão o mundo, espalhando a civilização, contribuindo para o progresso da ciência e ocasionando o desenvolvimento das artes. Sem ação nada será conseguido no mundo material, nem palavras por si só podem impulsionar o homem no Reino Espiritual. Não é somente através do ofício religioso que os eleitos de Deus alcançam a santidade, mas sim, por meio de sua vida paciente de serviço ativo têm eles trazido luz ao mundo. Palestras de ‘Abdu’l-Bahá, Paris – 1911, p. 74 37 Pelo poder do Espírito Santo, agindo através de sua alma, o homem é capacitado para perceber a Realidade Divina das coisas. Todas as grandes obras de arte e ciência dão testemunho deste poder do Espírito. Palestras de ‘Abdu’l-Bahá, Paris – 1911, p. 79 38 Meditação é a chave que abre as portas dos mistérios. Nesse estado, o homem abstrai-se de si mesmo, afastaartes 18
  • 29. se de si mesmo, afasta-se de todos os objetos exteriores; nesse estado subjetivo, imerge no oceano da vida espiritual e pode descobrir os segredos do íntimo das coisas. Para ilustrar, imaginai o homem dotado de duas espécies de vista; quando a faculdade interior está sendo usada, o sentido da vista exterior não vê. A faculdade de meditação liberta o homem da natureza animal, discerne a realidade das coisas e o coloca em contato com Deus. Essa faculdade faz manifestarem-se do plano visível as ciências e as artes. Mediante a faculdade de meditação, as invenções tornam-se possíveis, empreendimentos colossais são executados, os governos podem administrar facilmente. Por seu intermédio, o homem entra no próprio Reino de Deus. Palestras de ‘Abdu’l-Bahá, Paris – 1911, p. 184 DO RELATO DE UMA PALESTRA DE ‘‘ABDU’’L-BAHÁ 39 Toda Arte é uma dádiva do Espírito Santo. Quando esta luz brilha através da mente de um músico, manifesta-se em belas harmonias. Da mesma forma, brilhando através da mente de um poeta, é vista em refinada poesia e prosa poética. Quando a Luz do Sol da Verdade inspira a mente de um pintor, ele produz quadros maravilhosos. Estas dádivas estão cumprindo seu mais elevado propósito quando expressam louvor a Deus. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 13 DE UM TELEGRAMA DE SHOGHI EFFENDI 40 SINTO COMPELIDO CLAMAR INTEIRO CORPO CRENTES AMERICANOS DORAVANTE CONSIDERAR COMOVEDORA NARRATIVA NABÍL COMO SUPLEMENTO ESSENCIAL AO PROGRAMA artes 19
  • 30. ENSINO RECONSTRUÍDO, COMO LIVRO TEXTO INALTERÁVEL EM SUAS ESCOLAS VERÃO, COMO FONTE INSPIRAÇÃO EM TODO TRABALHO ARTÍSTICO LITERÁRIO, COMO COMPANHEIRO INESTIMÁVEL EM TEMPOS DE LAZER, COMO PREPARATIVO INDISPENSÁVEL PARA FUTURA PEREGRINAÇÃO TERRA NATAL BAHÁ’U’LLÁH E COMO INFALÍVEL INSTRUMENTO PARA ALIVIAR AFLIÇÃO E RESISTIR ATAQUES DA HUMANIDADE DESILUDIDA E CRÍTICA. 20 de junho de 1932 POST-SCRIPTUM DO P RÓPRIO P UNHO DE S HOGHI EFFENDI EM UMA CARTA ESCRITA EM SEU NOME 41 Gostaria de expressar, pessoalmente, meu profundo e sincero apreço aos múltiplos serviços que, cada vez mais, vem prestando à nossa amada Fé. O campo no qual você trabalha (representação teatral) é novo e atraente, é rico em possibilidades infinitas e de longo alcance. Possa a comovedora narrativa histórica de Nabíl enriquecer seus trabalhos e elevar a qualidade de seus esforços, estender seu alcance e aprofundar sua influência. 20 de julho de 1933, a um bahá’í artes 20
  • 31. III O DESENVOLVIMENTO FUTURO DAS ARTES P OST- SCRIPTUM DO P RÓPRIO P UNHO DE S HOGHI EFFENDI EM UMA CARTA ESCRITA EM SEU NOME 42 …do primeiro Mashriqu’l-Adhkár do Ocidente, assinalando a primeira tentativa, ainda que rudimentar, de expressar a beleza na qual a arte bahá’í desdobrar-se-á, em sua plenitude, aos olhos do mundo. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 23-24 DE CARTAS ESCRITAS EM NOME DE SHOGHI EFFENDI 43 Ele, sinceramente, espera que à medida que a Causa cresça e pessoas de talento venham sob seu estandarte, elas começarão a produzir, através das artes, o espírito divino que anima suas almas. Cada religião tem trazido consigo alguma forma de arte – vejamos as maravilhas que esta Causa está trazendo. Tão glorioso espírito deve também dar vazão a uma gloriosa arte. O Templo com toda sua beleza é apenas o primeiro raio de uma artes 21
  • 32. alvorada que se inicia; coisas ainda mais maravilhosas serão alcançadas no futuro. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 16 44 É certo que, com a propagação do espírito de Bahá’u’lláh, uma nova era alvorecerá na arte e na literatura. Ainda que antes a forma fosse perfeita, carecia, contudo, de espírito; agora, porém, haverá um glorioso espírito incorporado em uma forma imensuravelmente aperfeiçoada pelo gênio vivificado do mundo. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 17 45 Shoghi Effendi ficou muito interessado em saber sobre o sucesso que a peça Pageant of the Nations produziu. Ele sinceramente espera que todos aqueles que dela participaram, tenham sido inspirados pelo mesmo espírito que o animou enquanto a organizava. É através de tais apresentações que podemos despertar o interesse do maior número de pessoas pelo espírito da Causa. Chegará o dia em que a Causa propagar-se-á tão rapidamente como o raio, quando seu espírito e ensinamentos serão apresentados nos palcos ou nas artes, e na literatura como um todo. A arte pode melhor despertar os sentimentos nobres do que o frio racionalismo, principalmente entre as massas. Temos que esperar apenas alguns anos para ver como o espírito soprado por Bahá’u’lláh encontrará expressão no trabalho dos artistas. O que você e alguns outros bahá’ís estão tentando são apenas pálidos raios que precedem a luz efulgente de uma manhã gloriosa. Ainda não podemos avaliar o papel que a Causa está destinada a representar na vida da sociedade. Temos que lhe dar artes 22
  • 33. tempo. O material que este espírito tem que moldar é por demais rudimentar e sem valor, porém, no final, cederá e a Causa de Bahá’u’lláh revelar-se-á em seu pleno esplendor. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 18-19 46 O Guardião ficou contente também em saber sobre seu profundo interesse pela música e seu desejo de servir a Fé ao longo deste caminho. Apesar de agora ainda ser bem o início da arte bahá’í, os amigos que sentem que possuem esta dádiva devem se esforçar para desenvolver e cultivar seus dons e, através de seus trabalhos, refletir, ainda que inadequadamente, sobre o Espírito Divino que Bahá’u’lláh soprou ao mundo. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 22 47 ...levantou a questão sobre qual será a fonte de inspiração para os músicos e compositores bahá’ís: a música do passado ou a Palavra Revelada? Não podemos prever, já que estamos no limiar da cultura bahá’í, quais formas e características de artes haverá no futuro, inspiradas por esta Poderosa Nova Revelação. De tudo que podemos ter certeza é que serão maravilhosas; assim como cada Fé deu origem a uma cultura que floresceu em formas diferentes, também de nossa amada Fé podese esperar que faça a mesma coisa. É prematuro, no presente, tentar e compreender o que serão. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 22 48 Música, como uma das artes, é um desenvolvimento cultural natural, e o Guardião não sente que deve haver artes 23
  • 34. qualquer dedicação a mais à “Música Bahá’í” do que aquela que estamos tentando desenvolver para uma escola bahá’í de pintura ou escrita. Os crentes são livres para pintar, escrever e compor da maneira que seus talentos os guiarem. Se a música é escrita incorporando os Escritos Sagrados, os amigos são livres para fazer uso dela, porém jamais deve ser considerado uma exigência terse tal música nas reuniões bahá’ís. Quanto mais distantes os amigos mantiverem-se de quaisquer formas determinadas melhor, pois devem atentar para o fato de que a Causa é absolutamente universal, e o que pode parecer um bonito acréscimo ao seu modo de celebrar a Festa, etc., soaria, talvez, em ouvidos de pessoas de outro país, como sons desagradáveis – e vice-versa. Desde que tenham a música para seu próprio benefício, está tudo bem, porém não devem considerá-la música bahá’í. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 22-23 49 O Guardião está firmemente convencido de que, não importa qual seja a opinião da mais nova escola de arquitetura sobre este assunto, os estilos de arquitetura exibidos presentemente no mundo inteiro não só são muito feios, mas também carecem completamente da dignidade e graça que devem existir, pelos menos em algum grau, numa Casa de Adoração Bahá’í. Deve-se ter sempre em mente que a vasta maioria dos seres humanos não é nem muito moderna nem muito extremista em seus gostos e que aquilo que a escola mais adiantada talvez ache maravilhoso, é muitas vezes inteiramente desagradável ao gosto da gente comum, simples. citado em A Pérola Inestimável, p. 411 artes 24
  • 35. 50 Com relação a produzir um livro com canções bahá’ís, sua compreensão de que, neste momento, não existe uma expressão cultural que poderia ser chamada de bahá’í (música, literatura, arte, arquitetura, etc., distintivas, como a flor da civilização e não surgindo no começo de uma nova Revelação) está correta. Isto não significa, contudo, que não temos canções bahá’ís, em outras palavras, são canções escritas por bahá’ís com temas bahá’ís. 21 de setembro de 1957, à Assembléia Espiritual Nacional dos E.U.A. DE COMUNICAÇÕES DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA 51 Há muitas referências sobre música nos Escritos Bahá’ís e se dá uma posição muito elevada à educação. Sem dúvida, à medida que a Fé progrida, aparecerão novas e maravilhosas composições e o efeito espiritual destas sobre a humanidade, certamente, não será menor do que o das grandes composições do passado. Seu desejo e habilidade para servir à Fé através da música é, portanto, aceitável e esperamos que encontrarás muitas oportunidades para utilizar seu talento desta forma. 19 de abril de 1973, carta a um bahá’í 52 ...não há objeção alguma em se utilizar instrumentos musicais para acompanhar as orações bahá’ís, exceto claro, no Mashriqu’l-Adhkár, e desde que se observe a devida reverência. Não há também objeção a que grandes grupos cantem em uníssono, porém os amigos são aconselhados a não permitirem que isto se converta em uma prática habitual. 18 de abril de 1984, memorando ao Centro Internacional de Ensino artes 25
  • 36. 53 O amado Guardião deixou claro que o florescimento das artes, o qual é resultado de uma revelação divina, surge apenas após alguns séculos. A Fé Bahá’í oferece ao mundo a total reconstrução da sociedade humana – uma reconstrução que tem sido aguardada por todas as revelações do passado, cujo efeito será de tão longo alcance e tem sido chamada de o estabelecimento do Reino de Deus na Terra. A nova arquitetura, à qual nascerá desta revelação, florescerá várias gerações à frente. Agora estamos, meramente, no início deste notável processo. O momento presente é um período de turbulência e mudança. A arquitetura, como todas as artes e ciências, está passando por um desenvolvimento muito rápido; deve-se apenas considerar as mudanças que ocorreram no decorrer das últimas décadas para se ter uma idéia do que provavelmente está para acontecer nos anos imediatamente à frente. Alguns prédios modernos possuem, sem dúvida, qualidades de grandeza e resistirão, porém muito do que está sendo construído agora pode ser super dimensionado e pode parecer feio para algumas gerações por vir. Em outras palavras, a arquitetura moderna pode ser considerada um novo desenvolvimento em seu estágio primitivo. O edifício que estamos a ponto de começar a construir está destinado a servir durante centenas de anos e é parte de um complexo de edifícios ao redor do arco no Monte Carmelo, os quais se harmonizam em estilo. Esta é a razão pela qual escolhemos um estilo que provou e tem permanecido por longo tempo, a um estilo moderno que bem pode ser efêmero. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 28-29 artes 26
  • 37. CARTAS ESCRITAS EM NOME DE JUSTIÇA DE DA CASA UNIVERSAL 54 Como concertista de piano, você está singularmente dotado para o serviço à Deus e à humanidade, pois o Mestre declara que “a arte musical está entre as artes dignas do mais alto louvor, e comove o coração de todos os que sofrem”.4 Além disso, a busca da excelência em sua arte cumpre com as exortações bahá’ís e é adoração manifesta em sua profissão. 13 de maio de 1980 55 Em resposta ao seu pedido de orientação sobre as melhores maneiras para abordar artistas ao ensinar a Fé, pode-se dizer que, em adição àqueles métodos que geralmente atraem as pessoas, os artistas reagirão à arte. Quando os sublimes ensinamentos da Fé são refletidos em trabalhos artísticos, os corações das pessoas, incluindo os artistas, serão tocados. Uma citação dos Escritos Sagrados ou a descrição de uma peça de arte que esteja relacionada com as Escrituras pode oferecer ao espectador uma compreensão da fonte desta atração espiritual e conduzi-lo a um subseqüente estudo da Fé. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 31-32 56 Com a evolução da sociedade bahá’í, que é composta por pessoas de diversas origens culturais e de gostos diferentes, cada qual com sua concepção do que é esteticamente aceitável e agradável, aqueles bahá’ís que possuem dom para música, interpretação e artes visuais estão livres para exercer seus talentos nas diversas formas com que servirão à Fé de Deus. Eles artes 27
  • 38. não devem se sentir perturbados com a falta de apreciação por parte dos crentes. Pelo contrário, ao conhecerem os irrefutáveis Escritos da Fé sobre música e expressão artística... eles devem continuar com seus empreendimentos artísticos em devotado reconhecimento de que as artes são um poderoso instrumento no serviço à Causa, artes as quais, no tempo devido, terão sua realização bahá’í. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 32 57 A Casa de Justiça deseja lhe encorajar a escrever seu livro, porém lembra que o Guardião, claramente declarou que, neste estágio inicial da Dispensação, não existe algo como arte, música, arquitetura ou cultura bahá’í. Estas, sem dúvida, emergirão no futuro como um amadurecimento natural de uma civilização bahá’í. As próprias preferências do Guardião em tais assuntos jamais devem ser consideradas como assentadoras das fundações para tais desenvolvimentos.... Você deve, portanto, cuidar para não indicar ou mesmo possibilitar deduções que o Guardião estabelecera os estágios iniciais das formas de arte bahá’í. Ele construiu lindos jardins e edifícios utilizando o que estava disponível e, como no caso da superestrutura do Santuário do Báb, envolveu especialistas que podiam produzir projetos adequados sob sua orientação. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 34-35 58 Com referência à música e às belas artes, esteja evidentemente livre para incluí-las como matérias curriculares das escolas bahá’ís. Muitas das Assembléias Espirituais Nacionais, assim como a sua, entusiasticamente informadas sobre os Escritos Bahá’ís referentes à música e às artes, incorporaram artes 28
  • 39. estas instruções e materiais, ao considerarem praticáveis neste estágio de desenvolvimento da comunidade bahá’í. É preciso ser feito muito trabalho por professores dedicados e talentosos visando estimular, coletar e publicar a benéfica música que agora emerge no mundo bahá’í e utilizá-la sistematicamente nas escolas... De acordo com nossos Ensinamentos, a música e as artes devem ser encorajadas, e estas acrescem, imensuravelmente, à vitalidade e ao espírito da comunidade.... A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 35-36 59 A Casa de Justiça tem prazer em saber sobre seu projeto de tese sobre “A Alvorada da Arte Bahá’í”. Estudos eruditos como este desempenham um papel muito útil ao explorar as implicações dos ensinamentos bahá’ís, transmitindo novas percepções sobre a aplicação desses ensinamentos a temas contemporâneos e demonstrando aos não-bahá’ís as abrangentes conseqüências de longo alcance da Revelação de Bahá’u’lláh. 14 de novembro de 1989 artes 29
  • 40. IV ORIENTAÇÕES PARA ARTISTAS BAHÁ’’ÍS DOS ESCRITOS DE BAHÁ’’U’’LLÁH 60 Nós vos tornamos lícito ouvir música e canto. Atentai, porém, para que isso não vos leve a violar os limites do decoro e da dignidade. Seja vossa alegria a alegria que nasce de Meu Nome Supremo, Nome que enleva o coração e extasia as mentes de todos que de Deus se aproximaram. Nós, em verdade, fizemos da música uma escada para as vossas almas, um instrumento pelo qual se possam elevar ao reino nas alturas; não a empregueis, portanto, como asas para o ego e a paixão. Nós, verdadeiramente, não vos queremos contemplar entre os néscios. O Kitáb-i-Aqdas, 51, pp. 31-32 DOS ESCRITOS DE SHOGHI EFFENDI 61 Tal vida casta e santa, implicando modéstia, pureza, temperança, decoro e uma mente sadia, exige nada menos que o exercício de moderação em tudo o que diz respeito ao artes 30
  • 41. vestuário, à linguagem, aos divertimentos e a todas as atividades artísticas e literárias. ... Não admite conduta frívola, com seu excessivo apego a prazeres triviais... Condena a prostituição da arte e da literatura...* Não pode tolerar nenhuma complacência para com as teorias, os padrões, os hábitos e excessos de uma era decadente. O Advento da Justiça Divina, pp. 47-48 DE CARTAS ESCRITAS EM NOME DE SHOGHI EFFENDI 62 Nada há nos ensinamentos contra a dança, porém os amigos devem se lembrar que o padrão de Bahá’u’lláh é modéstia e castidade. A atmosfera nos modernos clubes de dança, onde tanto fumo e bebida e promiscuidade acontecem, é muito ruim; contudo, danças decentes não são prejudiciais em si mesmas. Certamente, nada há de prejudicial na dança clássica, ou em aprender a dançar nas escolas. Também não há mal algum em participar de dramatizações. Da mesma forma atuar em filmes. O que é prejudicial, nos dias de hoje, não é a arte em si mesma, mas a lamentável corrupção que freqüentemente envolve tais artes. Como bahá’ís, não precisamos evitar nenhuma das artes, porém atos e a atmosfera que algumas vezes anda junto a estas profissões, devemos evitar. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 24-25 63 Quanto à sua pergunta se as Figuras do Báb e Bahá’u’lláh podem ser apresentadas como personagens em obras *A Casa Universal de Justiça, em carta datada de 15 de março de 1972, em seu nome, elucidou esta frase do Guardião da seguinte maneira: “Referente à sua pergunta sobre ‘a prostituição das artes e literatura’, isto é o que entendemos – usar a arte e a literatura para fins degradantes.” artes 31
  • 42. dramáticas escritas pelos crentes, a opinião de Shoghi Effendi é que tal tentativa de dramatizar os Manifestantes seria altamente desrespeitosa, e por isso deve ser evitada pelos amigos, até mesmo no caso do Mestre. Além disso, seria praticamente impossível executar tal plano fielmente e de uma maneira digna e condizente. Diretrizes do Guardião, p. 106 64 Quanto à sua pergunta que diz respeito à conveniência em se dramatizar episódios históricos bahá’ís, o Guardião, certamente, aprovaria e até mesmo encorajaria os amigos a engajarem-se em tais atividades literárias as quais sem dúvida podem ser de imenso valor para o ensino. O que ele deseja é que os crentes evitem dramatizar as personagens do Báb, Bahá’u’lláh e ‘Abdu’l-Bahá, o que quer dizer tratá-Los como figuras dramáticas, como personagens que se apresentam no palco. Ele sente que, conforme já salientado, isto seria bastante desrespeitoso. O mero fato de Eles aparecerem em cena constitui um ato de descortesia que não pode, de forma alguma, estar em harmonia com Suas posições altamente sublimes. Sua mensagem, ou verdadeiras palavras deve ser, preferivelmente, relatada ou transmitida por Seus discípulos que aparecem no palco. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 21 65 ...a Fé pode certamente ser dramatizada, mas duas coisas devem ser lembradas: sem nenhuma dramatização pessoal do Báb, Bahá’u’lláh, ou do Mestre – apenas Suas palavras podem ser usadas, mas nenhum papel poderá representá-Los; grande dignidade deve ser dada às citações. 19 de agosto de 1951, a um bahá’í artes 32
  • 43. DE COMUNICAÇÕES DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA 66 Nada encontramos nos textos que proíba o uso do Máximo Nome, dos Nomes das Manifestações de Deus ou dos Nomes das Figuras Centrais de nossa Fé nas letras das canções. Contudo, sentimos que quando forem usados, devem ser usados com reverência e respeito, tanto na forma como são incorporados à letra, como na forma de apresentação. 14 de março de 1968, à uma Assembléia Espiritual Nacional 67 Visto que o espírito de nossas reuniões é deveras afetado pela sonoridade e qualidade de nossa adoração, de nosso sentimento e apreciação da Palavra de Deus para este dia, é nossa esperança que encorajará em suas comunidades a manifestação, através da música, das mais belas expressões possíveis do espírito humano, dentre outras maneiras de sentir. 22 de fevereiro de 1971, à uma Assembléia Espiritual Nacional 68 Nós não vemos objeção alguma ao uso de fenômenos naturais como símbolos para ilustrar o significado das três Figuras Centrais, leis bahá’ís e administração bahá’í; e também apreciamos a adequada habilidade na utilização de símbolos visuais para expressar conceitos abstratos. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 36 69 Sua compreensão de que retratar o Báb e Bahá’u’lláh em trabalhos de arte é proibido está correta. O Guardião deixou claro que esta proibição refere-se a todos os Manifestantes de Deus; fotos ou reproduções de retratos do Mestre podem ser artes 33
  • 44. usadas em livros, porém não se deve, de modo algum, retratá-Lo em dramatizações ou outros trabalhos onde Ele seria uma das “dramatis personae”. Entretanto, não pode haver objeção à representação simbólica das Figuras Sagradas, acautelando-se para que isto não se torne um ritual e que o símbolo usado não seja irreverente. 3 de dezembro de 1972 70 ...uma pesquisa nas cartas do amado Guardião deixa absolutamente claro que não é permissível representar em cena a figura da Manifestação de Deus, nem mesmo a do Mestre... A Casa Universal de Justiça considera inapropriado representar o Guardião da Fé como personagem em uma peça. O uso da luz, em grande intensidade ou em cores diferentes, requer sua cuidadosa consideração. Se o uso da luz, de alguma forma, sugere a personificação da Manifestação de Deus, não deve ser utilizada, porém caso possa ser feito sem dar a impressão de que, de algum modo, o Profeta está sendo representado ou personificado, então não há objeção ao seu uso. Quanto a representar pessoas vivas, há ocasiões em que isso pode ser feito, tais como em representações espontâneas ou locais, com o propósito de se ensinar ou de descrever eventos, porém geralmente é imprudente fazê-lo. 12 de agosto de 1975 71 Quanto à questão referente a bater palmas durante canções em que o Máximo Nome é usado, a Casa de Justiça não deseja estabelecer regras rígidas. Obviamente, tais questões são secundárias e sujeitas à considerações culturais, artes 34
  • 45. costumes e às convenções sociais prevalecentes em uma determinada sociedade. Em algumas culturas, por exemplo, bater palmas, como parte da expressão religiosa, é considerado ofensivo; em outras culturas, bater palmas é uma forma de acompanhar o ritmo do hino, principalmente na ausência de um instrumento musical, e está integrado à experiência religiosa; entre outros povos, bater palmas pode constituir uma demonstração de fervor religioso. Além disso, em qualquer país pode muito bem haver diferenças culturais regionais. Portanto, deixa-se a critério de cada Assembléia Espiritual Nacional considerar cada caso com cuidado e sensibilidade à luz do meio cultural prevalecente e, se necessário, oferecer guia aos amigos. 11 de outubro de 1986, memorando ao Centro Internacional de Ensino DE DE CARTAS ESCRITAS EM NOME JUSTIÇA DA CASA UNIVERSAL 72 A Casa Universal de Justiça recebeu sua carta de 25 de março de 1976, na qual perguntam se seria permissível incluir desenhos das Manifestações de Deus em algum material de estudo para as crianças que estão preparando, e nos orientou lhes comunicar que isto não seria permissível. 16 de maio de 1976, à uma Assembléia Espiritual Nacional 73 A proibição de representar o Manifestante de Deus em pinturas e desenhos, ou em apresentações dramáticas aplica-se a todos os Manifestantes de Deus. Há, claro, grandes e maravilhosos trabalhos de arte de Dispensações do passado, muitos dos quais retratam as Manifestações de Deus em um espírito de artes 35
  • 46. reverência e amor. Nesta Dispensação, contudo, a maior maturidade da humanidade e a maior consciência do relacionamento entre a Suprema Manifestação e Seus servos capacitam-nos a perceber a impossibilidade de representar a Pessoa do Manifestante de Deus em qualquer forma humana, seja pictoricamente, em escultura ou em representação dramática. Ao declarar a proibição bahá’í, o amado Guardião salientou esta impossibilidade. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 29-30 74 Como sem dúvida sabes, não é permitido representar as Manifestações de Deus em obras dramáticas e pode-se perceber que uma grande habilidade será necessária para se realizar um filme eficiente sobre a história da Fé, na qual nem o Báb, nem Bahá’u’lláh podem realmente aparecer. Em função da esmagadora importância da mensagem bahá’í e da Revelação Bahá’í, qualquer filme produzido sob os auspícios da comunidade bahá’í teria que ser da melhor qualidade possível em todos os aspectos. 24 de setembro de 1978, à uma Assembléia Espiritual Nacional 75 ...não seria adequado para um ator expressar-se no papel de uma das três Figuras Centrais da Fé em uma peça de rádio. 3 de abril de 1979, à uma Assembléia Espiritual Nacional 76 Sobre seu pedido de orientação por parte da Casa de Justiça referente à peça que está escrevendo, foi-nos solicitado dizer que os amigos são livres para escreverem o que quer que eles sejam inspirados a criar. Se, contudo, tais obras são sobre a Fé e são para publicação, estas devem ser revisadas e artes 36
  • 47. aprovadas pela Assembléia Espiritual Nacional do país no qual elas são originalmente publicadas. 5 de março de 1981 77 Todo trabalho literário, seja uma peça de teatro ou qualquer outro, tem que ser analisado seu conteúdo pela Assembléia Espiritual Nacional do país em que for publicado. Quanto à representação teatral em qualquer país, esta é uma questão a ser decidida pela Assembléia Nacional, que pode decretar que, por uma questão de segurança, uma determinada peça (bahá’í ou não-bahá’í) não deve ser representada pelos bahá’ís dentro de sua jurisdição. Esta, portanto, é uma questão diferente e nada tem a ver com a análise do conteúdo. 22 de fevereiro de 1982, à uma Assembléia Espiritual Nacional 78 Chamamos sua atenção para as instruções do amado Guardião no sentido de que, ainda que não deve haver representação pessoal das Figuras Sagradas no palco ou de forma pictórica, não há objeção a que Suas palavras e emanações sejam expressas. 15 de março de 1983, à uma Assembléia Espiritual Nacional 79 Não há objeção alguma aos bahá’ís escreverem romances que narrem os acontecimentos e personagens históricos como os que descreveu em sua carta. Contudo, em função da impossibilidade de se representar adequadamente a Manifestação de Deus como personagem em um romance e da falta de respeito implícita nesta tentativa, uma tal representação envolvendo quaisquer das Figuras Centrais da Fé não deve ser tentada. 10 de junho de 1986 artes 37
  • 48. 80 Ainda que a Casa de Justiça esteja consciente de que biografias da Folha Mais Sagrada serão escritas, sente que não seria adequado representá-la de qualquer forma, seja esta dramática ou fictícia. 22 de setembro de 1986 81 Algumas vezes, você forneceu descrições escritas detalhadas dos símbolos que usa em suas pinturas; como uma prática, isto poderia introduzir um aspecto que poderia ser indevidamente interpretativo dos conceitos bahá’ís, depreciando, no final das contas, em vez de valorizar seus esforços artísticos. O simbolismo é a essência da arte, porém os artistas raramente interpretam os símbolos por eles usados, deixando que os observadores de seus trabalhos tirem as suas próprias conclusões, algumas vezes, nada mais do que alusões dos títulos dados a estes trabalhos. É prerrogativa do artista intitular a peça de arte; a única objeção seria ao uso de um título irreverente para uma peça que pretende representar um tema bahá’í. Com relação à sua pergunta sobre um artista executar uma “pintura que é uma iluminação contemporânea de uma passagem das Escrituras Sagradas”, a Casa de Justiça sente que os artistas não devem ser inibidos pelas instituições de criarem uma variedade de versões de caligrafias das Escrituras Sagradas ou do Máximo Nome. Contudo, tais esforços devem ser de bom gosto, não assumindo formas que os torne ridículos. Quanto ao símbolo comumente usado do Máximo Nome, a Casa de Justiça aconselha que todo cuidado deve ser observado para com a precisa representação da caligrafia persa, uma vez que qualquer distorção de uma representação aceita pode causar tristeza aos crentes iranianos. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 37 artes 38
  • 49. 82 A diretriz formulada pela Casa de Justiça para desencorajar a reprodução de fotografias de pinturas do Mestre para distribuição não implica em qualquer julgamento da qualidade de uma pintura. Há uma ampla variação na qualidade do talento artístico com que as pinturas do Mestre são realizadas. A Casa de Justiça não deseja demonstrar predileção por uma pintura sobre outra; antes, prefere adotar esta diretriz geral como um meio de assegurar que respeito apropriado está em harmonia com as representações de ‘Abdu’l-Bahá e que não haja distribuição de reproduções fotográficas daquelas pinturas que sejam de qualidade pobre. ... De um modo geral, a Casa de Justiça sente que um dos grandes desafios que os bahá’ís de todos os lugares enfrentam é o de restituir às pessoas do mundo uma consciência da realidade espiritual. Nossa visão do mundo é marcadamente diferente daquela da massa da humanidade; nela percebemos que a criação encerra tanto entidades espirituais como físicas, e consideramos o propósito do mundo em que nos encontramos como um veículo para nosso progresso espiritual. Esta visão tem implicações importantes sobre o comportamento dos bahá’ís e dá origem a práticas que são completamente contrárias à conduta predominante da sociedade em geral. Uma das virtudes distintivas enfatizadas nas Escrituras Bahá’ís é o respeito pelo que é sagrado. Tal comportamento nada significa para aqueles cuja perspectiva do mundo é totalmente materialista, ao mesmo tempo em que muitos seguidores das religiões estabelecidas o rebaixaram a um conjunto de rituais destituídos de verdadeiro sentimento espiritual. Em alguns casos, as Escrituras Bahá’ís contêm orientações precisas sobre como a reverência aos objetos ou lugares sagrados deve ser expressas; por exemplo, restrições ao uso do Máximo Nome em objetos, ou ao uso indiscriminado da gravação da voz artes 39
  • 50. do Mestre. Em outros casos, os crentes são solicitados a esforçarem-se por obter um entendimento mais profundo do conceito de santidade nos ensinamentos bahá’ís, dos quais eles podem determinar suas próprias formas de conduta pela qual reverência e respeito devem ser expressos. A importância de tal comportamento deriva do princípio expressado nas Escrituras Bahá’ís de que o exterior tem influência sobre o interior. Referindo-Se ao “povo de Deus”, Bahá’u’lláh declara: “Sua conduta exterior é apenas um reflexo de sua vida interior, e esta um espelho de sua conduta exterior.”5 É neste contexto que a Casa Universal de Justiça deseja que veja as considerações que têm sido expressadas durante os últimos anos. Os bahá’ís imbuídos de talento artístico encontram-se em uma posição única para usar suas habilidades, quando tratam de temas bahá’ís, de tal forma a desvendar para a humanidade a evidência da renovação espiritual que a Fé Bahá’í trouxe para o gênero humano através de sua revitalização do conceito de reverência. Questões sobre liberdade artística não são pertinentes aos assuntos aqui levantados. Os artistas bahá’ís são livres para aplicar seus talentos em quaisquer temas que sejam de interesse deles. É esperado, contudo, que eles exerçam um papel de liderança na restituição, a uma sociedade materialista, do reconhecimento da reverência como um elemento vital para se alcançar a verdadeira liberdade e a permanente felicidade. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 38-40 artes 40
  • 51. 83 Em O Advento da Justiça Divina, pp. 47-48, Shoghi Effendi declara que a Fé “condena a prostituição da arte” e “a prática do nudismo” e chama em seu lugar “o exercício de moderação em tudo o que diz respeito ao vestuário, à linguagem, aos divertimentos e a todas as atividades artísticas e literárias”. Contudo, a Casa de Justiça desconhece qualquer passagem nos ensinamentos que proíba desenhar o corpo humano em obras de arte. É a prática do nudismo que o Guardião condena em O Advento da Justiça Divina e não a nudez. Há muitas variáveis na questão sobre retratar a forma desnuda na arte, incluindo os costumes locais e a atitude. A intenção do artista é um fator muito importante. Normalmente é uma questão que se deixa com a consciência e o bom gosto do artista individual, a menos que a Assembléia Espiritual decida que a Causa está sendo realmente prejudicada em algum caso particular. 25 de fevereiro de 1988, à uma Assembléia Espiritual Nacional 84 A Casa de Justiça está contente em saber do sucesso que vem obtendo em sua profissão. Ela aconselha que veja esta atividade profissional dentro do contexto de serviço à Fé e da promoção do trabalho de proclamação e ensino. Suas realizações musicais irão capacitá-lo a alcançar uma ampla gama de pessoas e, por fim, a proclamar a Mensagem de Bahá’u’lláh a elas através da expressão de seus valores em sua música. Pode também, à medida que seu trabalho continue a desenvolver-se, fazer valiosas amizades para a Fé entre as pessoas influentes que conhecerá. Estas considerações bem podem guiálo em sua atual decisão, antes que considere a região onde deverá residir. Artistas bahá’ís que alcançam eminência e renome em sua área escolhida e que permanecem dedicados à promoção da Fé, podem ser de especial ajuda à Causa no momento presente, artes 41
  • 52. quando a curiosidade pública sobre os ensinamentos bahá’ís está gradualmente sendo despertada. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 40 85 Em resposta à sua carta... em que pergunta se os versos das orações ou seleções de As Palavras Ocultas podem ser repetidos quando são cantados por um coro ou por indivíduos, especialmente na Casa de Adoração, a Casa Universal de Justiça nos instruiu lhe comunicar que não há objeção à repetição destes versos em canções visando adequá-los às exigências musicais. 30 de março de 1989, à uma Assembléia Espiritual Nacional 86 Quanto à sua pergunta referente às limitações no sentido de musicar os Escritos Bahá’ís, devemos mencionar que é permissível usar seleções dos Escritos Sagrados, como letras de canções a serem acompanhadas por composições musicais, e para repetir versos ou palavras. Um compositor é livre para determinar o estilo musical, tendo em mente a obrigação espiritual de tratar os Textos Sagrados com propriedade, dignidade e reverência. 28 de novembro de 1990 87 ...danças tradicionais associadas à expressão de uma cultura são permissíveis nas Sedes Bahá’ís. Contudo, deve-se ter em mente que tais danças tradicionais geralmente possuem um tema subjetivo, básico ou uma história a ser representada. Cautela deve ser exercida para assegurar que os temas de tais danças estejam em harmonia com os altos padrões artes 42
  • 53. éticos da Causa e não sejam representações que incitariam instintos vis e paixões indignas. ... Quanto às danças coreografadas cujo propósito é reforçar e proclamar os princípios bahá’ís, se podem ser executadas de um modo tal que representem a nobreza de tais princípios e invoquem atitudes apropriadas de respeito e reverência, não há objeção a tais danças, as quais buscam interpretar passagens das Escrituras; contudo, é preferível que os movimentos da dança não sejam acompanhados da leitura das palavras. O princípio que deve guiar os amigos em suas considerações sobre estas questões é a observância da “moderação em tudo que seja pertinente a vestimenta, linguajar, divertimentos e a todas ocupações vocacionais literárias e artísticas”. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 44-45 88 Não há objeção, evidentemente, ao uso do termo “artista bahá’í”, porém neste momento da Dispensação Bahá’í não devemos usar o termo “arte bahá’í”, “música bahá’í” ou “arquitetura bahá’í”. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 45 89 Quanto à sua pergunta sobre ser apropriado os amigos cantarem em uníssono as orações bahá’ís, as quais foram musicadas, isto é inteiramente permissível. Contudo, a música deve refletir apropriadamente a natureza sagrada dos Escritos e os amigos são aconselhados a não fazer desta prática um ritual. O amado Mestre nos encoraja quanto a isto: “Portanto... dai música aos versos e às palavras divinas para que possam ser cantados em melodias que toquem a alma nas Assembléias e reuniões, e para artes 43
  • 54. que os corações dos ouvintes possam tornar-se agitados e ascendam em direção ao Reino de Abhá em súplica e oração.”6 20 de abril de 1992, à uma Assembléia Espiritual Nacional artes 44
  • 55. ´ MUSICA COMPILADO PELO DEPARTAMENTO DE PESQUISA DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA artes 45
  • 57. I DOS ESCRITOS DE BAHÁ’’U’’LLÁH 1 Entoa, ó Meu servo, os versículos de Deus por ti recebidos, assim como os entoam os que dEle se aproximaram, a fim de que a doçura de tua melodia possa acender tua própria alma e atrair os corações de todos os homens. Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, p. 219 2 Nós vos tornamos lícito ouvir música e canto. Atentai, porém, para que isso não vos leve a violar os limites do decoro e da dignidade. Seja vossa alegria a alegria que nasce de Meu Nome Supremo, Nome que enleva o coração e extasia as mentes de todos que de Deus se aproximaram. Nós, em verdade, fizemos da música uma escada para as vossas almas, um instrumento pelo qual se possam elevar ao reino nas alturas; não a empregues, portanto, como asas para o ego e a paixão. Nós, verdadeiramente, não vos queremos contemplar entre os néscios. O Kitáb-i-Aqdas, 51, pp. 31-32 3 Bem-aventurado quem, na hora do alvorecer, com os pensamentos centrados em Deus, ocupado com Sua música 47
  • 58. lembrança e suplicando Seu perdão, dirige os passos ao Mashriqu’l-Adhkár e, lá entrando, senta-se em silêncio para escutar os versículos de Deus, o Soberano, o Poderoso, o TodoGlorificado. Dize: o Mashriqu’l-Adhkár é todo e qualquer prédio erigido nas cidades e vilas para celebração de Meu louvor. É este o nome pelo qual foi chamado ante o trono da glória, fôsseis vós dos que compreendem. Os que recitam os versículos do Todo-Misericordioso com a mais melodiosa entoação, descobrirão neles aquilo com o qual o domínio sobre a terra e o céu jamais se poderá comparar. Inalarão nestes versículos a fragrância divina de Meus mundos — mundos que hoje ninguém pode discernir, salvo os que foram dotados de visão por esta Revelação sublime e formosa. Dize: Estes versículos atraem os corações puros aos mundos espirituais que nem as palavras podem descrever nem as alusões insinuar. Bemaventurados os que refletem. O Kitáb-i-Aqdas, 115-116, p. 49 4 Ensinai às vossas crianças os versículos revelados do céu de majestade e poder, para que recitem as Epístolas do Todo-Misericordioso, nos mais melodiosos tons, nos recantos dos Mashriqu’l-Adhkárs. Quem é arrebatado pelo êxtase que nasce da adoração de Meu Nome, o mais Compassivo, recitará os versículos de Deus de tal maneira que cativará os corações dos ainda letárgicos. Feliz quem, das palavras de seu misericordioso Senhor, sorve o Vinho Místico da vida eterna em Meu Nome – um Nome pelo qual toda montanha altiva e majestosa foi reduzida a pó. O Kitáb-i-Aqdas, 150, p. 59 música 48
  • 59. II DOS ESCRITOS DE ‘‘ABDU’’L-BAHÁ 5 Ó ave que suavemente canta a Beleza de Abhá! Nesta nova e maravilhosa dispensação, os véus da superstição foram rompidos e os preconceitos dos povos orientais são censurados. Entre certas nações do Oriente, a música era considerada condenável, mas nesta nova era a Luz Manifesta proclamou especificamente em Suas sagradas Epístolas que a música, seja cantada, seja tocada, é alimento espiritual para a alma e o coração. A arte musical está entre as artes dignas do mais alto louvor, e comove o coração de todos os que sofrem. Assim, pois, ó Shannáz* toca e canta as sagradas palavras de Deus, em tons maravilhosos, nas reuniões dos amigos, para que o ouvinte possa ser libertado dos grilhões da preocupação e da tristeza, e sua alma vibre de júbilo e se humilhe em oração ao reino da Glória. Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá, 74, pp. 100-101 6 Agradece tu a Deus por haveres sido instruído em música e em melodia, cantando com voz agradável a glorificação e o louvor ao Eterno, ao Vivente. Rogo a Deus para que possas empregar este talento em oração e súplica, a fim de que as almas *Shahnáz, nome do destinatário desta Epístola e também nome para uma forma musical. música 49
  • 60. possam se tornar vivificadas, os corações possam se tornar atraídos e todos possam se tornar inflamados com o fogo do amor de Deus. Tablets of Abdu’l-Baha Abbas - Vol. 3, p. 512 7 ... embora os sons sejam apenas vibrações no ar que afetam o nervo auditivo, e essas vibrações nada mais são que fenômenos acidentais transmitidos através do ar, mesmo assim, vede quanto elas comovem o coração. Uma admirável melodia é como asas para o espírito e faz com que a alma vibre de alegria. Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá, 129, p. 132 8 A maior alegria foi atingida, pois – louvado seja Deus! – os amigos do Misericordioso passaram alguns momentos deste dia em contentamento e cantando no terreno do Mashriqu’lAdhkár, e se alegraram na comemoração ao Senhor dos versos com o maior júbilo... Tenho esperança de que, durante o próximo Ridván*, um grande festival será realizado no terreno do Mashriqu’l-Adhkár, uma celebração espiritual preparada e as melodias do violino e do bandolim e hinos em louvor e glorificação ao Senhor das Hostes trarão júbilo e êxtase a todos os participantes. Tablets of Abdu’l-Baha Abbas - Vol. 1, p. 101 9 Ó servas de Deus! Cantai em lindas melodias nas reuniões das servas, louvando e glorificando teu Senhor Supremo. Tablets of Abdu’l-Baha Abbas - Vol. 1, p. 65 *21 de Abril de 1909. música 50
  • 61. 10 Ó tu que és atraído ao Reino! Completa teus estudos de arte e música e sacrifica-te na medida necessária ao Senhor do Reino. Tablets of Abdu’l-Baha Abbas - Vol. 3, p. 671 11 ... uma voz musical e melodiosa inspira vida a um coração atraído, porém incita à cobiça aquelas almas que estão engolfadas em paixão e desejo. Bahá’í World Faith, p. 366 12 Ó servo de Bahá! A música é considerada uma ciência valiosa no Limiar do Todo-Poderoso, para que possas entoar versos na mais maravilhosa melodia em grandes encontros e congregações e elevar hinos de louvor no Mashriqu’l-Adhkár para arrebatar a Assembléia no Alto. Em virtude disto, considera quão admirada e louvada é a arte da música. Tenta, caso possas, usar melodias espirituais, canções e cantigas e harmonizar a música do mundo com a melodia celestial. Então, tu notarás quão grande influência a música tem e que alegria e vida celestiais ela confere. Toca, pois, melodias e cantigas tais que façam com que os rouxinóis do mistério divino sintam-se plenos de alegria e êxtase. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 7 música 51
  • 62. III DE PALESTRAS DE ‘‘ABDU’’L-BAHÁ 13 Que reunião maravilhosa é esta! Estes são os filhos do Reino. A canção que acabamos de ouvir foi muito bela na melodia e nas palavras. A arte da música é divina e eficaz. É o alimento da alma e do espírito. Através do poder e encanto da música o espírito do homem se eleva. Tem um maravilhoso poder e efeito nos corações das crianças, pois seus corações são puros, e melodias exercem uma grande influência sobre elas. Os talentos latentes com os quais os corações destas crianças são dotados encontrarão expressão através da música. Por isso deveis vos empenhar em fazê-los proficientes; ensinai-as a cantar com excelência e eficiência. Incumbe a cada criança saber algo sobre música, pois sem conhecimento desta arte as melodias dos instrumentos e vozes não podem ser apropriadamente desfrutadas. Do mesmo modo, é necessário que as escolas as ensinem para que as almas e os corações dos alunos possam ser vivificados e alegrados, e suas vidas, abrilhantadas com alegria. A Promulgação da Paz Universal, pp. 62-63 14 A música é uma das artes importantes. Exerce um poderoso efeito sobre o espírito humano. As melodias musicais são determinadas coisas que demonstram ser provenientes música 52
  • 63. de acidentes sobre vibrações etéreas, pois a voz nada mais é do que a expressão de vibrações, as quais, ao atingir o tímpano, afetam os nervos da audição. As melodias musicais são, portanto, aqueles efeitos peculiares produzidos por, ou provenientes de, vibração. Exercem, não obstante, o mais penetrante efeito sobre o espírito. Na verdade, apesar da música ser algo material, ainda assim exerce tremendo efeito espiritual, e sua maior conexão é com o reino do espírito. Se uma pessoa deseja fazer um discurso, este provará ser mais efetivo após serem ouvidas algumas melodias. Os gregos antigos, assim como os filósofos persas, tinham por hábito pronunciar seus discursos da seguinte maneira: primeiro tocavam algumas músicas, e quando o público atingia uma certa receptividade através deste meio, imediatamente abandonavam seus instrumentos e iniciavam seu discurso. Dentre os mais renomados músicos da Pérsia havia um chamado Bárbud, a quem, sempre que uma grande questão era suscitada na corte do rei, e o ministro falhava em persuadir o rei, imediatamente o assunto lhe era delegado após o que, ele ia com seu instrumento à corte e tocava a música mais apropriada e comovente e, assim, chegavase rapidamente ao final da questão, pois o rei era de pronto atingido pelas tocantes melodias musicais, certos sentimentos de generosidade cresciam em seu coração e ele cedia. Podeis tentar o seguinte: se tendes um grande desejo e pretendeis alcançar um determinado fim, tentai fazê-lo diante de um grande público após um grande solo ter sido oferecido, porém deve ser diante de uma audiência sobre a qual a música produza efeito, porque há pessoas que são como pedras e a música não pode ter efeito sobre pedras. A música é um importante meio para a educação e desenvolvimento da humanidade, porém o único e verdadeiro caminho é através dos Ensinamentos de Deus. A música é como este copo, o qual deve ser preferivelmente imaculado e limpo. É música 53
  • 64. exatamente como este cálice imaculado diante de nós, e os Ensinamentos de Deus, as emanações de Deus, são como a água. Quando o copo, ou o cálice está absolutamente imaculado e transparente e a água é perfeitamente fresca e límpida, então ele conferirá Vida; é esta a razão pela qual os Ensinamentos de Deus, quando apresentados na forma de cânticos ou entoações ou orações e são melodiosamente cantados, causam a mais forte impressão. Foi por este motivo que sua santidade Davi cantou os salmos no Santo dos Santos em Jerusalém em doces melodias. Nesta Causa, a arte da música é de suprema importância. A Abençoada Perfeição, quando esteve pela primeira vez no quartel (‘Akká), repetiu esta declaração: “Se dentre os primeiros seguidores houvesse aqueles que tocassem algum instrumento musical, isto é, a flauta ou harpa, ou que cantassem, teriam encantado a todos.” Em resumo: melodias musicais desempenham um importante papel nas associações, ou nas características interiores e exteriores, ou nas qualidades do homem, pois elas o poder motivador das suscetibilidades tanto materiais quanto espirituais. Que poder motivador é a música em todos os sentimentos de amor! Quando o homem está atraído ao Amor de Deus, a música exerce um grande efeito sobre ele. “Table Talk”, ‘Akká, julho de 1909, citado em Herald of the South, pp. 2-3 15 A voz é a vibração do ar, e é como as ondas do mar. A voz é produzida através da instrumentalidade dos lábios, garganta, dentes, língua, etc. Estes causam uma onda no ar, e esta onda atinge o nervo do ouvido, o qual é assim afetado. Isto é a voz. ... Há dois tipos de voz. Uma, quando o completo instrumento é perfeito; então a emissão do som é perfeita. A segunda é quando o música 54
  • 65. instrumento é imperfeito, afetando a voz de tal maneira que está longe de ser agradável. O que acabamos de dizer, refere-se à voz em si mesma. É natural para o coração e o espírito obter prazer e contentamento de todas as coisas que apresentam simetria, harmonia e perfeição. Por exemplo: uma casa bonita, um jardim bem traçado, uma linha simétrica, um movimento gracioso, um livro bem escrito, vestes bonitas – de fato, todas as coisas que possuem graça ou beleza em si mesmas são agradáveis ao coração e ao espírito – portanto, é certo que uma verdadeira voz cause profunda satisfação. O que é música? É a combinação de sons harmoniosos. O que é poesia? É uma coleção simétrica de palavras. São agradáveis, portanto, em virtude da harmonia e do ritmo. A poesia é muito mais efetiva e completa do que a prosa. Ela comove mais profundamente, por ser de uma composição mais refinada. Uma voz refinada, quando unida a uma bela música causa um grande efeito, pois ambas são desejáveis e aprazíveis. Estas possuem, em si mesmas, uma organização própria e estão construídas sobre uma lei natural. Correspondem, portanto, àquela ordem da existência em que algumas coisas se encaixam como em um molde. Uma verdadeira voz encaixa-se no molde da natureza. Quando isto acontece, os nervos são afetados e estes, por sua vez, afetam o coração e o espírito. No mundo da existência as coisas físicas possuem uma conexão com as realidades espirituais. Uma destas coisas é a voz, a qual conecta-se com o espírito e, por seu intermédio, o espírito pode ser elevado – porque embora seja uma coisa física é uma das organizações materiais, naturais – sendo, portanto, efetiva. Todas as formas, quando corretamente entendidas, alegram o espírito. As melodias são como a água. A voz é como um cálice. A música 55
  • 66. água pura em um copo límpido é aprazível. É, portanto, aceitável. Porém, mesmo quando a água for pura, se estiver em um cálice que não o seja, este recipiente fará com que a água se torne inaceitável. Portanto, uma voz defeituosa, mesmo que a música seja boa, será desagradável. Em resumo: as melodias, embora sejam algo material, estão conectadas com o espiritual e produzem, portanto, um grande efeito. Um certo tipo de melodia faz o espírito feliz, um outro tipo o torna triste, ainda outro, incita-o à ação. Todos estes sentimentos podem ser causados pela voz e pela música, pois através dos nervos, incitam e comovem o espírito. Por exemplo: quando alguém deseja levar um camelo por uma estrada através do deserto, pendura-lhe alguns sinos, ou toca flauta, e deste modo o som evita que o animal perceba a fadiga da viagem; seus nervos são afetados, porém ele não experimenta um progresso em seu pensamento, nada sente além de sensação física... O que quer que esteja no coração do homem, a música anima e desperta. Se um coração repleto de bons sentimentos e uma voz pura são unidos, um grande efeito é produzido. Por exemplo: se há amor no coração, através da música, o amor aumentará, tornando-se tão intenso que mal poderá ser suportado; porém, se maus pensamentos estão no coração, tais como ódio, estes aumentarão e se multiplicarão. Por exemplo: a música usada na guerra desperta o desejo de derramamento de sangue. Isto significa que a melodia torna mais intenso qualquer que seja o sentimento que está no coração. Alguns sentimentos ocorrem acidentalmente e outros possuem um embasamento. Por exemplo: algumas pessoas são naturalmente bondosas, porém elas podem acidentalmente irritar-se como resultado de uma onda de raiva. Ao ouvirem música, porém, a verdadeira natureza reassumirá. A música realmente desperta a natural, verdadeira natureza, a essência inicial. música 56
  • 67. Seja qual for o propósito com que ouçais música, este propósito será ampliado. Por exemplo: haverá um concerto específico para os pobres e desafortunados, e se lá fordes pensando neste objetivo, a música aumentará sua compaixão e generosidade. Esta é a razão pela qual a música é usada na guerra. E assim é com todas as coisas que causam a excitação dos nervos. A Brief Account of My Visit to Acca, pp. 11-14 música 57
  • 68. IV DE CARTAS ESCRITAS EM NOME DE SHOGHI EFFENDI 16 Com relação a cantar alguns dos hinos escritos pela sra. xxxx, ele acha que seria uma esplêndida idéia, e quando a sra. Lua Getsinger estava morando com a família do Mestre, ela freqüentemente os cantava e procurava ensiná-los às crianças pequenas da família. 22 de abril de 1928, a um bahá’í 17 Ele considera que seria especialmente bonito assistir a grupos de crianças pequenas cantando esses hinos. 22 de abril de 1928, a um bahá’í 18 O Guardião valoriza os hinos que você está compondo tão lindamente. Eles certamente contêm as realidades da Fé e ajudar-lhe-ão, certamente, a transmitir a Mensagem aos jovens. É a música que nos ajuda a tocar o espírito humano; é um meio importante que ajuda a comunicarmo-nos com a alma. O Guardião espera que através desta ajuda você transmitirá a Mensagem às pessoas e atrairá seus corações. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 19 música 58
  • 69. 19 Com relação à principal questão que levantaste que diz respeito a cantar hinos nas reuniões bahá’ís, ele deseja que eu lhe assegure que não vê objeção alguma sobre isto. O elemento da música é, sem dúvida, um importante aspecto de todas as reuniões bahá’ís. O próprio Mestre enfatizou sua importância. Porém, os amigos devem, com relação a esta, assim como em todas as outras coisas, não transpor os limites da moderação, e devem tomar muito cuidado em manter o estrito caráter espiritual de todas as suas reuniões. A música deve conduzir à espiritualidade e, ao proporcioná-la, cria-se uma atmosfera tal que não se lhe pode haver objeção alguma. Uma distinção de vital importância deve, contudo, ser claramente estabelecida entre cantar hinos compostos pelos crentes e entoar as Sagradas Emanações. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 20-21 20 Quanto à sua pergunta referente ao uso de música nas Festas de Dezenove Dias, ele deseja que assegure aos amigos que não apenas aprova tal prática, como considera que seja mesmo aconselhável que os crentes façam uso, em suas reuniões, de hinos compostos pelos próprios bahá’ís e também daqueles hinos, poemas e entoações que são baseados nas Palavras Sagradas. 7 de abril de 1935, a um bahá’í 21 O Guardião ficou contente também em saber sobre seu profundo interesse pela música e seu desejo de servir a Fé ao longo deste caminho. Apesar de agora ainda ser bem o início da arte bahá’í, os amigos que sentem que possuem esta música 59
  • 70. dádiva devem se esforçar para desenvolver e cultivar seus dons e, através de seus trabalhos, refletir, ainda que inadequadamente, sobre o Espírito Divino que Bahá’u’lláh soprou ao mundo. 4 de novembro de 1937, a um bahá’í 22 Música, como uma das artes, é um desenvolvimento cultural natural, e o Guardião não sente que deve haver qualquer dedicação a mais à “Música Bahá’í” do que aquela que estamos tentando desenvolver para uma escola bahá’í de pintura ou escrita. Os crentes são livres para pintar, escrever e compor da maneira que seus talentos os guiarem. Se a música é escrita incorporando os Escritos Sagrados, os amigos são livres para fazer uso dela, porém jamais deve ser considerado uma exigência terse tal música nas reuniões bahá’ís. Quanto mais distantes os amigos mantiverem-se de quaisquer formas determinadas melhor, pois devem atentar para o fato de que a Causa é absolutamente universal, e o que pode parecer um bonito acréscimo ao seu modo de celebrar a Festa, etc., soaria, talvez, em ouvidos de pessoas de outro país, como sons desagradáveis – e vice-versa. Desde que tenham a música para seu próprio benefício, está tudo bem, porém não devem considerá-la música bahá’í. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 22-23 23 Música instrumental pode ser usada nas Festas bahá’ís. 24 Com relação a produzir um livro com canções bahá’ís, sua compreensão de que, neste momento, não existe uma 20 de agosto de 1956, a um bahá’í música 60
  • 71. expressão cultural que poderia ser chamada de bahá’í (música, literatura, arte, arquitetura, etc., distintivas, como a flor da civilização e não surgindo no começo de uma nova Revelação) está correta. Isto não significa, contudo, que não temos canções bahá’ís, em outras palavras, canções escritas por bahá’ís sobre temas bahá’ís... 21 de setembro de 1957, à uma Assembléia Espiritual Nacional 25 Deve tentar pesquisar e deliberar as questões sobre canções com o Comitê de Revisão de Conteúdo Bahá’í ou com a Assembléia Espiritual Nacional. Um bahá’í pode escrever canções mencionando a Fé. Isto não é “Música Bahá’í”, porém música na qual a Fé é mencionada – é isto, provavelmente, o que a Assembléia Espiritual Nacional quis dizer. 24 de outubro de 1957, a um bahá’í música 61
  • 72.
  • 73. POETAS COMPILADO PELO DEPARTAMENTO DE PESQUISA DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA
  • 75. I GUIA AOS POETAS Quanto à questão se Bahá’u’lláh delineou determinadas responsabilidades, obrigações, preferências e limites com relação aos poetas, Shoghi Effendi indica que os poetas são “mencionados separadamente” por Bahá’u’lláh. Eles, juntamente com “os sábios do mundo,... seus literatos,... seus místicos e até mesmo... seus comerciantes” são exortados por Bahá’u’lláh “a estarem atentos à Sua voz, reconhecerem Seu Dia e seguirem Suas ordens”. Existem muitas passagens nos Escritos que dão testemunho da elevada posição que Bahá’u’lláh dá à prática das artes. Por exemplo: Foi revelado e é agora repetido que o verdadeiro valor dos artistas e dos artesãos deve ser reconhecido, pois eles trazem progresso aos assuntos da humanidade. Assim como as estruturas da religião são fortalecidas através da Lei de Deus, os meios de subsistência dependem daqueles que estão engajados nas artes e nos ofícios. A verdadeira aprendizagem é aquela que conduz ao bem-estar do mundo, não ao orgulho e presunção, ou à tirania, violência e pilhagem. Muitos versículos da poesia árabe e persa foram citados nos Escritos das Figuras Centrais da Fé. Por exemplo, no livro Os Sete Vales, Bahá’u’lláh faz referência a dois grandes poetas de poetas 65
  • 76. Shíráz: Hafíz e Sa‘dí, e a muitos outros que são conhecidos como místicos sufis. Com relação a se existem instruções específicas nos Escritos para guiar a atividade dos poetas, anexamos... uma compilação intitulada: Escritores*, da qual muitos princípios podem ser extraídos. Por exemplo: • • • A importância de não ultrapassar os “limites da discrição e da sabedoria”; O poder da “elocução humana” e a necessidade de darlhe o equilíbrio da “moderação” e do “refinamento”; O uso da linguagem eloqüente, etc. As qualidades pessoais do poeta também são importantes. Neste sentido, ‘Abdu’l-Bahá, em A Promulgação da Paz Universal (p. 168), ao descrever o progresso dos bahá’ís da Pérsia, em particular (mas não exclusivamente) das mulheres, indicou que: “Elas estão imbuídas de todas as virtudes e excelências da humanidade. São eloqüentes; são poetizas e eruditas, e são a personificação da quintessência da humildade.” 13 de março de 1988, memorandum em nome da Casa Universal de Justiça a um bahá’í *Ver o próximo tema compilado neste livro. poetas 66
  • 77. II ORAÇÕES E EPÍSTOLAS AOS POETAS Existem muitas Epístolas dirigidas a poetas por Bahá’u’lláh e ‘Abdu’l-Bahá, muitas das quais ainda não traduzidas para o inglês. Inúmeras dessas Epístolas foram reunidas em um livro compilado por Ni’matu’lláh Bayda’í, intitulado Tadhkiriy-i Shu’aray-i-Qarni Avval-i-Bahá’í, 4 volumes (Teerã: Bahá’í Publishing Trust, B.E. 121, 123, 126, 129). Uma amostra do material disponível em inglês [e português] inclue: 1. Nas Epístolas de Bahá’u’lláh Reveladas após o Kitáb-iAqdas (p. 196), Bahá’u’lláh dirige uma Epístola a Maqsud na qual comenta sobre sua poesia nas seguintes palavras: “Cada palavra de tua poesia assemelha-se, realmente, a um espelho no qual se refletem as evidências da devoção e do amor que tu nutres por Deus e por Seus eleitos. Feliz és tu que sorveste do vinho seleto das palavras e tiveste teu quinhão da corrente suave do verdadeiro conhecimento. Bem-aventurado é aquele que bebeu até se saciar e a Ele atingiu, e que sejam infelizes os desatentos. Sua leitura provou ser altamente compreensiva, pois indicou tanto a luz da reunião como o fogo da separação.” poetas 67
  • 78. 2. Em Tablets of Abdul-Baha Abbas, vols. 1-3 (Chicago: Bahá’í Publishing Society, 1930, 1940, 1930); pp. 223-24; p. 404; e p. 546, existem três Epístolas do Mestre a indivíduos que submeteram poemas à Sua apreciação: “Ó tu que estás atraído ao Reino de Deus! Tua carta foi lida com a maior atenção. A poesia é bela. Louvado seja Deus, tu estás afastado de tudo o mais salvo do Pai Celestial. Tu foste do mundo – mas agora és do Reino do Poder. Tu estás espalhando os Ensinamentos divinos. Graças a Deus, estás passando por testes no caminho do Reino e estás suportando as perseguições e os sofrimentos. Tais tribulações levam ao desenvolvimento espiritual e a descida do Espírito Santo. Ó tu que és uma serva de Deus! Suplico a Deus que Ele te conceda a graça de tornar-te uma mensageira do Reino em todos esses lugares, de forma a que possas proclamar as boas-novas do Senhor das Hostes.” “Ó tu que tens doce expressão! Teu poema é uma maravilha para as mentes e intelectos, e tua composição uma evidência do dom que o grande Senhor te concedeu. Portanto, teu vinho é vinho puro, teu coração um recanto de luz e teu semblante radiante de amor. Se as pessoas do mundo forem justas em seu julgamento, a doçura de teu poema seria uma prova suficiente. Um jovem da posteridade de Israel cuja boca de pureza ainda emite a fragrância do leite, expressando tão maravilhoso hino!” “Ó tu serva de Deus! Tua poesia foi recebida. O conteúdo muito gracioso. As palavras, eloqüentes, e o tema, poetas 68
  • 79. Luz Manifesta. Conseqüentemente, foi altamente apreciado. Esforce-te, tanto quanto te seja possível, para que dia a dia possas enfileirar as pérolas da poesia com ritmos ainda mais doce e conteúdo mais eloqüentes, a fim de conduzir teu nome à perpetuidade em reuniões espirituais. Para ti, saudações e louvores!” 3. Também em Tributo aos Fiéis (1ª ed. Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2004), ‘Abdu’l-Bahá descreve a vida e os serviços prestados por um considerável número de crentes, os quais Ele caracteriza como poetas. Ver: pp. 32-36; pp. 80-82; pp. 101-102 e pp. 142-144. 13 de março de 1988, memorandum em nome da Casa Universal de Justiça a um bahá’í poetas 69
  • 80.
  • 81. ESCRITORES COMPILADO PELO DEPARTAMENTO DE PESQUISA DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA (AMPLIADA)
  • 83. I DOS ESCRITOS DE BAHÁ’’U’’LLÁH 1 Tu escreveste que um dos amigos compôs um tratado. Isto foi mencionado na Sagrada Presença, e isto é o que foi revelado em resposta: Muita cautela deve ser exercida para o que quer que seja escrito nestes dias não seja causa de dissensão, nem desperte a objeção das pessoas. O que quer que os amigos do verdadeiro Deus digam nestes dias é ouvido pelos povos do mundo. Assim foi revelado no Lawh-i-Hikmat: “...os descrentes têm inclinado a Nós os ouvidos a fim de ouvirem o que os possa capacitar a cavilar de Deus, o Amparo no perigo, o Subsistente por Si próprio.”1 O que quer que seja escrito não deve transgredir os limites do tato e da sabedoria, e as palavras usadas devem conter as propriedades do leite, para que assim as crianças do mundo possam por este ser nutridas, e atingir a maturidade. Nós dissemos no passado que uma palavra tem a influência da primavera e torna os corações frescos e verdejantes, enquanto que outra é como praga que faz os brotos e as flores murcharem. Deus permita que dentre os amigos surjam autores que escrevam de tal maneira que seja aceitável às mentes imparciais, e que não leve à zombaria das pessoas. De uma Epístola de Bahá’u’lláh a um crente, traduzida do persa e árabe para o inglês escritores 73
  • 84. 2 Dizei: Ó homens! Este é um Dia inigualável. Também inigualável deve ser a língua que celebra o louvor do Desejo de todas as nações, inigualável a ação que aspira a ser por Ele aceita. A raça humana inteira tem ansiado por este Dia, a fim de que possa, quiçá, cumprir o que for bem condizente com sua posição e digno de seu destino. Bem-aventurado o homem que os afazeres do mundo não puderam impedir de reconhecer Aquele que é o Senhor de todas as coisas. Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, p. 41 3 Como é grande a multidão de verdades que a vestimenta das Palavras jamais poderá conter! Como é vasto o número de tais verdades que nenhuma expressão adequadamente descreve, cujo significado jamais se desvelará e às quais não podem ser feitas nem sequer as mais remotas alusões! Como são múltiplas as verdades que não devem ser expressas antes que venha o tempo marcado! Assim como se tem dito: “Nem tudo o que um homem sabe, pode ser revelado, nem tudo o que lhe é possível revelar deverá ser julgado oportuno, nem todo dizer oportuno pode ser considerado adaptável à capacidade dos que o ouvem.” Destas verdades, algumas podem ser reveladas somente na medida da capacidade dos repositórios da luz de Nosso conhecimento e dos recipientes de Nossa graça oculta. Suplicamos a Deus que te fortaleça com Seu poder e te capacite a reconhecer Aquele que é a Fonte de todo o conhecimento, para que te possas desligar de toda erudição humana, pois, “que proveito traria a um homem esforçar-se para adquirir erudição após haver encontrado e reconhecido Aquele que é o Objeto de todo o conhecimento?” Segura-te à Raiz do Conhecimento e Àquele que é sua Fonte, para que te vejas independente de todos os que se dizem bem escritores 74
  • 85. versados na erudição humana e cuja pretensão nenhuma prova clara, nem o testemunho de qualquer livro esclarecedor, pode sustentar. Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, pp. 136-137 4 Neste Dia, os segredos da terra são desvendados diante dos olhos dos homens. As páginas de jornais rapidamente aparecendo são, em verdade, o espelho do mundo. Refletem os feitos e as ocupações dos diversos povos e raças – refletem e também os tornam conhecidos. São um espelho dotado de audição, visão e expressão oral. É este um fenômeno extraordinário, potente. Cumpre a seus redatores, porém, se purificarem da influência dos maus desejos e paixões e se adornarem com as vestes da justiça e eqüidade. Devem investigar as situações, tanto quanto lhes seja possível, certificando-se dos fatos, e então registrá-los por escrito. Epístolas de Bahá’u’lláh, p. 48 5 Mal te convém fixar teu olhar nos tempos antigos nem nos mais recentes. Faze tu menção deste Dia e magnifica o que nele apareceu. Será, em verdade, suficiente para todo o gênero humano. De fato, exposições e discursos para a explicação de tais assuntos esfriam os espíritos. É mister expressar-te de tal modo que possa inflamar os corações dos verdadeiros crentes a fazer elevarem-se seus corpos. ... Ensina tu a Causa de Deus com tais palavras que façam arderem as sarças e delas se erguer o chamado: “Verdadeiramente, nenhum Deus há, senão Eu, o Todo-Poderoso, o Absoluto.” Dize: A palavra humana é uma essência que aspira a exercer sua influência e necessita de moderação. Quanto à sua influência, isso é escritores 75