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SEQUÊNCIA DIDÁTICA
             GÊNERO TEXTUAL: CONTO CONTEMPORÂNEO


1. APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO
         Proposta de atividade para o 5º ano da Escola Municipal XYZ. A partir da utilização
de contos contemporâneos para contextualizar e viabilizar a confecção de um conto de natal, a
turma irá refletir sobre as histórias que servirão de base para o trabalho e produzirão um conto
para o encerramento das atividades letivas. Os contos produzidos serão expostos no hall da
escola e posteriormente o material virará parte do acervo da biblioteca da escola.


 Os contos selecionados contem cada um, um assunto comum em nossa realidade,
 trabalhado de maneira bastante simples e esclarecedora. Pretende-se, ao trabalhar esses
 contos com os alunos, que eles possam refletir sobre o verdadeiro sentido do natal,
 independentemente de sua escolha religiosa ou credo. Os valores postos em “discussão”,
 servem para a vida em sociedade e não somente para discutir as crenças individuais.


Para iniciar a contextualização do gênero:
   a) Que tipo de textos você gosta de ler?
   b) Você conhecem contos?
   c) Você sabe a diferença de um conto de fadas e um conto contemporâneo?
   d) Alguém na sua casa gosta de ler contos?
   e) Qual a intenção do contista ao produzir seus contos?


2. RECONHECIMENTO DO GÊNERO


         Os contos são narrativas que podem tanto partir de elementos de nossa realidade
como da fantasia/ficção. Os contos costumam ser escritos para publicação em livros, mas
também podem circular em revistas.
         Segundo REAIS (apud COSTA-HÜBES e BAUMGÄRTNER, 2009), o conto
contemporâneo, reflexo da nova narrativa que se foi construindo nas últimas décadas,
substituiu a estrutura clássica pela construção de um texto curto, com o objetivo de conduzir o
leitor alem do dito, para a descoberta do não-dito. O conto sugere ao leitor que este participe
ativamente, buscando não somente o que esta explícito, mas também, o que o texto traz
oculto, suas entrelinhas.
Os contos apresentam uma estrutura mais enxuta, apresenta todas as partes da
historia (apresentação, conflito, desfecho) em um tempo bastante reduzido se comparado as
narrativas longas, tão comuns antigamente. Geralmente é bastante objetivo, apresenta
parágrafos curtos, há interação do narrador com o leitor e com a narrativa, possui poucos
personagens, com cenário limitado e normalmente um único conflito.
        Os contos selecionados para serem trabalhados com a turma fazem parte das
produções literárias de Rubem Alves. Os textos são:
   a) O pescador e sua mulher;
   b) O gato que gostava de cenoura e;
   c) A princesinha que falava sapos.


Para familiarização com os contos:
   a) Você já ouviu falar de Rubem Alves?
   b) Você conhecer alguma outra publicação dele?



           Solicitar aos alunos que pesquisem sobre a vida do autor e suas obras.



2.1 OS CONTOS




TEM QUE DIGITAR OS OUTROS 2 LIVROS....




                           O PESCADOR E A SUA MULHER
        Era uma vez um pobre pescador e sua mulher. Eram pobres, muito pobres. Moravam
numa choupana à beira-mar, num lugar solitário. Viviam dos poucos peixes que ele pescava.
Poucos porque, de tão pobre que era, ele não possuía um barco: não podia aventurar-se ao mar
alto, onde estão os grandes cardumes. Tinha de se contentar com os peixes que apanhava com
os anzóis ou com as redes lançadas no raso. Sua choupana, de pau-a-pique era coberta com
folhas de palmeira. Quando chovia a água caía dentro da casa e os dois tinham de ficar
encolhidos, agachados, num canto.
        Não tinham razões para serem felizes. Mas, a despeito de tudo, tinham momentos de
felicidade. Era quando começavam a falar sobre os seus sonhos. Algum dia ele teria sorte,
teria uma grande pescaria, ou encontraria um tesouro, e então teriam uma casinha branca com
janelas azuis, jardim na frente e galinhas no quintal. Eles sabiam que a casinha azul não
passava de um sonho. Por vezes a felicidade se faz com sonhos impossíveis. E assim,
sonhando com a impossível casinha azul, eles faziam amor e dormiam abraçados.
          Era um dia comum como todos os outros. O pescador saiu muito cedo com seus
anzóis para pescar. O mar estava tranqüilo, muito azul. O céu limpo, a brisa fresca. De cima
de uma pedra lançou o seu anzol. Sentiu um tranco forte. Um peixe estava preso no anzol.
Lutou. Puxou. Tirou o peixe. Ele tinha escamas de prata com barbatanas de ouro. Foi então
que o espanto aconteceu. O peixe falou. "Pescador, eu sou um peixe mágico, anjo dos deuses
no mar. Devolva-me ao mar que realizarei o seu maior desejo..." O pescador acreditou. Um
peixe que fala deve ser digno de confiança. "Eu e minha mulher temos um sonho", disse o
pescador. "Sonhamos com uma casinha azul, jardim na frente, galinhas no quintal... E mais,
roupa nova para minha mulher..."
          Ditas estas palavras ele lançou o peixe de novo ao mar e voltou para casa, para ver se
o prometido acontecera. De longe, no lugar da choupana antiga, ele viu uma casinha branca
com janelas azuis, jardim na frente, e galinhas no quintal e, à frente dela, a sua mulher com
um vestido novo - tão linda! Começou a correr e enquanto corria pensava: "Finalmente nosso
sonho vai se realizar! Finalmente vamos ser felizes!"
          Foi um abraço maravilhoso. Ela ria de felicidade. Mas não estava entendendo nada.
Queria explicações. E ele então lhe contou do peixe mágico. "Ele me disse que eu poderia
pedir o que quisesse. E eu então me lembrei do nosso sonho..." Houve um momento de
silêncio. O rosto da mulher se alterou. Cessou o riso. Ficou séria. Ela olhou para o marido e,
pela primeira vez, ele lhe pareceu imensamente tolo: "Você poderia ter pedido o que
quisesse? E por que não pediu uma casa maior, mais bonita, com varanda, três quartos e dois
banheiros? Volte. Chame o peixe. Diga-lhe que você mudou de idéia."
          O marido sentiu a repreensão e sentiu-se envergonhado. Obedeceu. Voltou. O mar já
não estava tão calmo, tão azul. Soprava um vento mais forte. Gritou: "Peixe encantado, de
escamas de prata e barbatanas de ouro!" O peixe apareceu e lhe perguntou: "O que é que você
deseja?" O pescador respondeu "Minha mulher me disse que eu deveria ter pedido uma casa
maior, com varanda, três quartos e dois banheiros!" O peixe lhe disse: "Pode ir. O desejo dela
já foi atendido." De longe o pescador viu a casa nova, grande, do jeito mesmo como a mulher
pedira.
          "Agora ela está feliz", ele pensou. Mas ao chegar à casa o que ele viu não foi um
rosto sorridente. Foi um rosto transtornado. "Tolo, mil vezes tolo! De que me vale essa casa
nesse lugar ermo, onde ninguém a vê? O que eu desejo é um palacete num condomínio
elegante, com dois andares, muitos banheiros, escadarias de mármore, fontes, piscina,
jardins. Volte! Diga ao peixe esse novo desejo!"
         O pescador, obediente, voltou. O mar estava cinzento e agitado. Gritou: "Peixe
encantado, de escamas de prata e barbatanas de ouro!" O peixe apareceu e lhe perguntou: "O
que é que você deseja?" O pescador respondeu "Minha mulher me disse que eu deveria ter
pedido um palacete num condomínio elegante..." Antes que ele terminasse o peixe disse:
"Pode voltar. O desejo dela já está satisfeito."
         Depois de muito andar - agora ele já não morava perto da praia - chegou à cidade e
viu, num condomínio rico, um palacete tal e qual aquele que sua mulher desejava. "Que bom",
ele pensou. "Agora, com seu desejo satisfeito, ela deve estar feliz, mexendo nas coisas da
casa." Mas ela não estava mexendo nas coisas da casa. Estava na janela. Olhava o palacete
vizinho, muito maior e mais bonito que o seu, do homem mais rico da cidade. O seu rosto
estava transtornado de raiva, os seus olhos injetados de inveja.
         "Homem, o peixe disse que você poderia pedir o que quisesse. Volte. Diga-lhe que
eu desejo um palácio de rainha, com salões de baile, salões de banquete, parques, lagos,
cavalariças, criados, capela."
         O marido obedeceu. Voltou. O vento soprava sinistro sobre o mar cor de chumbo.
"Peixe encantado, de escamas de prata e barbatanas de ouro!" O peixe apareceu e lhe
perguntou: "O que é que você deseja?" O pescador respondeu "Minha mulher me disse que eu
deveria ter pedido um palácio com salões de baile, de banquete, parques, lagos..." "Volte!",
disse o peixe antes que ele terminasse. "O desejo de sua mulher já está satisfeito."
         Era magnífico o palácio. Mais bonito do que tudo aquilo que ele jamais imaginara.
Torres, bosques, gramados, jardins, lagos, fontes, criados, cavalos, cães de raça, salões
ricamente decorados... Ele pensou: "Agora ela tem de estar satisfeita. Ela não pode pedir nada
mais rico."
         O céu estava coberto de nuvens e chovia. A mulher, de uma das janelas, observava o
reino vizinho, ao longe. Lá o céu estava azul e o sol brilhava. As pessoas passeavam
alegremente pelo campo.
         "De que me serve este palácio se não posso gozá-lo por causa da chuva? Volte, diga
ao peixe que eu quero ter o poder dos deuses para decretar que haja sol ou haja chuva!"
         O homem, amedrontado, voltou. O mar estava furioso. Suas ondas se espatifavam no
rochedo. "Peixe encantado, de escamas de prata e barbatanas de ouro!" - ele gritou. O peixe
apareceu. "Que é que sua mulher deseja?", ele perguntou. O pescador respondeu: "Ela deseja
ter o poder para decretar que haja sol ou haja chuva!"
        O peixe disse: “Vou lhes dar uma coisa melhor: vou lhes dar a felicidade!" O homem
riu de alegria. “è o que eu mais quero”, ele disse. "Volte", disse o peixe. "Vá ao lugar da sua
primeira casa. Lá você encontrará a felicidade..." E com estas palavras desapareceu.
        O pescador voltou. De longe ele viu a sua casinha antiga, a mesma casinha. Viu sua
mulher, com o mesmo vestido velho. Ela colhia verduras na horta. Quando ela o viu veio
correndo ao seu encontro. "Que bom que você voltou mais cedo", ela disse com um sorriso.
"Sabe? Vou fazer uma salada e sopa de ostras, daquelas que você gosta. E enquanto
comemos, vamos falar sobre a casinha branca com janelas azuis... Ditas essas palavras ela
segurou a mão do pescador enquanto caminhavam, e foram felizes para sempre.




3. ATIVIDADES
   a) Análise dos textos - geral
1) Os contos lidos falam sobre o que?
- O pescador e sua mulher: _____________________________________________________
- O gato que gostava de cenoura: ________________________________________________
- A princesinha que falava sapos: ________________________________________________


2) Os textos trabalhados são textos antigos, que já foram escritos a muito tempo ou são textos
modernos? Como você sabe isso? ________________________________________________
___________________________________________________________________________


3) Para que tipo de público os contos foram escritos? Por quê? _________________________
___________________________________________________________________________


4) Relacione os itens no quadro abaixo:
                                   O pescador e sua      O gato que gostava   A princesinha que
                                        mulher               de cenoura          falava sapos
Em relação à apresentação Curtos: ________               Curtos: ________     Curtos: ________
dos parágrafos, quantos são
curtos e quantos são longos?    Longos: ________         Longos: ________     Longos: ________
Quais as personagens?


Qual o “problema” do texto?


Qual       a        tipologia (    ) narrativa     (   ) narrativa       (   ) narrativa
predominante?                  (   ) argumentativa (   ) argumentativa   (   ) argumentativa


   b) Análise dos textos - específica
                           O PESCADOR E SUA MULHER;
Releia o conto novamente e depois responda:
1) Como era a vida do pescador? ________________________________________________
___________________________________________________________________________
2) Que personagem surgiu durante a pescaria e quais suas características? ________________
___________________________________________________________________________
3) Qual a intenção do pescador os fazer seus desejos? ________________________________
___________________________________________________________________________
4) O que representa a figura do peixe para a história? ________________________________
___________________________________________________________________________
5) Como foi o comportamento da esposa ao saber da possibilidade de ter sempre mais? _____
___________________________________________________________________________
6) Como o tempo foi se comportando durante o desenrolar da trama? ___________________
___________________________________________________________________________
7) O comportamento do pescador é comum nos dias de hoje? __________________________
___________________________________________________________________________
8) O comportamento da mulher é comum nos dias de hoje? ___________________________
___________________________________________________________________________
9) Esse comportamento é bom ou ruim para a vida em sociedade? Argumente. ____________
___________________________________________________________________________




                     O GATO QUE GOSTAVA DE CENOURA E;
Releia o conto novamente e depois responda:
1) Quem é a personagem principal e quais suas caracteristicas? ________________________
___________________________________________________________________________
2) Quantas personagens o texto tem? _____________________________________________
___________________________________________________________________________
3) O que Gulliver tinha de diferente? _____________________________________________
___________________________________________________________________________
4) Sua diferença é realmente um problema? ________________________________________
___________________________________________________________________________
5) Por que os pais de Gulliver ficaram tristes? ______________________________________
___________________________________________________________________________
6) Qual era a maior tristeza para Gulliver? _________________________________________
___________________________________________________________________________
7) O que você entende por diferença? _____________________________________________
___________________________________________________________________________
8) Qual foi o comportamento do professor? ________________________________________
___________________________________________________________________________
9) Esse comportamento (do professor) é bom ou ruim para a vida em sociedade? Argumente.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
10) Como você interpreta: “porque um amigo é isso: alguém de quem não é preciso se
esconder.” __________________________________________________________________
___________________________________________________________________________




                      A PRINCESINHA QUE FALAVA SAPOS.
Releia o conto novamente e depois responda:




MEU CÉREBRO TÁ NULOOOOOOOOOOO.....RSRSRSRSRRSRS........VC FAZ?                    :D




   c) Análise Lingüística
Para trabalhar este tópico, foi escolhido o conto “O Pescador e sua Mulher”.
1ª parte – contextualização
2ª parte – possibilidade de mudança – peixe mágico
3ª parte – problema – desejos e mais desejos
4ª parte - desfecho


Releia a 1ª parte do conto:
          Era uma vez um pobre pescador e sua mulher. Eram pobres, muito pobres.
Moravam numa choupana à beira-mar, num lugar solitário. Viviam dos poucos peixes que
ele pescava. Poucos porque, de tão pobre que era, ele não possuía um barco: não podia
aventurar-se ao mar alto, onde estão os grandes cardumes. Tinha de se contentar com os
peixes que apanhava com os anzóis ou com as redes lançadas no raso. Sua choupana, de
pau-a-pique era coberta com folhas de palmeira. Quando chovia a água caía dentro da casa e
os dois tinham de ficar encolhidos, agachados, num canto.
          Não tinham razões para serem felizes. Mas, a despeito de tudo, tinham momentos
de felicidade. Era quando começavam a falar sobre os seus sonhos. Algum dia ele teria
sorte, teria uma grande pescaria, ou encontraria um tesouro, e então teriam uma casinha
branca com janelas azuis, jardim na frente e galinhas no quintal. Eles sabiam que a casinha
azul não passava de um sonho. Por vezes a felicidade se faz com sonhos impossíveis. E
assim, sonhando com a impossível casinha azul, eles faziam amor e dormiam abraçados.


1) O que aparece nessa parte do texto?
( ) Descrição da praia                      ( ) Argumentação do texto
( ) Interação dos personagens               ( ) Contextualização da história


2) Como era considerada a felicidade para o casal? Justifique. _________________________
___________________________________________________________________________


3) Aparecem dois adjetivos no texto: pobre e felizes; a que situações eles remetem? ________
___________________________________________________________________________


4) O autor utiliza a expressão “Por vezes a felicidade se faz com sonhos impossíveis”, o que
ele quer dizer com isso? _______________________________________________________
___________________________________________________________________________
5) Qual o tempo verbal predominante nessa 1ª parte do texto?
( ) presente                  ( ) passado                 ( ) futuro


6) Por que, na sua opinião, o autor se utiliza desse tempo nessa parte do texto? ____________
___________________________________________________________________________


Releia a 2ª parte do conto:
          Era um dia comum como todos os outros. O pescador saiu muito cedo com seus
anzóis para pescar. O mar estava tranqüilo, muito azul. O céu limpo, a brisa fresca. De cima
de uma pedra lançou o seu anzol. Sentiu um tranco forte. Um peixe estava preso no anzol.
Lutou. Puxou. Tirou o peixe. Ele tinha escamas de prata com barbatanas de ouro. Foi então
que o espanto aconteceu. O peixe falou. "Pescador, eu sou um peixe mágico, anjo dos
deuses no mar. Devolva-me ao mar que realizarei o seu maior desejo..." O pescador
acreditou. Um peixe que fala deve ser digno de confiança. "Eu e minha mulher temos um
sonho", disse o pescador. "Sonhamos com uma casinha azul, jardim na frente, galinhas no
quintal... E mais, roupa nova para minha mulher..."
          Ditas estas palavras ele lançou o peixe de novo ao mar e voltou para casa, para ver
se o prometido acontecera. De longe, no lugar da choupana antiga, ele viu uma casinha
branca com janelas azuis, jardim na frente, e galinhas no quintal e, à frente dela, a sua
mulher com um vestido novo - tão linda! Começou a correr e enquanto corria pensava:
"Finalmente nosso sonho vai se realizar! Finalmente vamos ser felizes!"




Releia a 3ª parte do conto:
          Foi um abraço maravilhoso. Ela ria de felicidade. Mas não estava entendendo nada.
Queria explicações. E ele então lhe contou do peixe mágico. "Ele me disse que eu poderia
pedir o que quisesse. E eu então me lembrei do nosso sonho..." Houve um momento de
silêncio. O rosto da mulher se alterou. Cessou o riso. Ficou séria. Ela olhou para o marido e,
pela primeira vez, ele lhe pareceu imensamente tolo: "Você poderia ter pedido o que
quisesse? E por que não pediu uma casa maior, mais bonita, com varanda, três quartos e
dois banheiros? Volte. Chame o peixe. Diga-lhe que você mudou de idéia."
          O marido sentiu a repreensão e sentiu-se envergonhado. Obedeceu. Voltou. O mar
já não estava tão calmo, tão azul. Soprava um vento mais forte. Gritou: "Peixe encantado, de
escamas de prata e barbatanas de ouro!" O peixe apareceu e lhe perguntou: "O que é que
você deseja?" O pescador respondeu "Minha mulher me disse que eu deveria ter pedido uma
casa maior, com varanda, três quartos e dois banheiros!" O peixe lhe disse: "Pode ir. O
desejo dela já foi atendido." De longe o pescador viu a casa nova, grande, do jeito mesmo
como a mulher pedira.
          "Agora ela está feliz", ele pensou. Mas ao chegar à casa o que ele viu não foi um
rosto sorridente. Foi um rosto transtornado.
          ...
          "Homem, o peixe disse que você poderia pedir o que quisesse. Volte. Diga-lhe que
eu desejo um palácio de rainha, com salões de baile, salões de banquete, parques, lagos,
cavalariças, criados, capela."
          O marido obedeceu. Voltou. O vento soprava sinistro sobre o mar cor de chumbo.
"Peixe encantado, de escamas de prata e barbatanas de ouro!" O peixe apareceu e lhe
perguntou: "O que é que você deseja?" O pescador respondeu "Minha mulher me disse que
eu deveria ter pedido um palácio com salões de baile, de banquete, parques, lagos..."
"Volte!", disse o peixe antes que ele terminasse. "O desejo de sua mulher já está satisfeito."
          ...
          "De que me serve este palácio se não posso gozá-lo por causa da chuva? Volte,
diga ao peixe que eu quero ter o poder dos deuses para decretar que haja sol ou haja chuva!"
          O homem, amedrontado, voltou. O mar estava furioso. Suas ondas se espatifavam
no rochedo. "Peixe encantado, de escamas de prata e barbatanas de ouro!" - ele gritou. O
peixe apareceu. "Que é que sua mulher deseja?", ele perguntou. O pescador respondeu: "Ela
deseja ter o poder para decretar que haja sol ou haja chuva!"




Releia a 4ª parte do conto:
          O peixe disse: “Vou lhes dar uma coisa melhor: vou lhes dar a felicidade!" O
homem riu de alegria. “è o que eu mais quero”, ele disse. "Volte", disse o peixe. "Vá ao
lugar da sua primeira casa. Lá você encontrará a felicidade..." E com estas palavras
desapareceu.
          O pescador voltou. De longe ele viu a sua casinha antiga, a mesma casinha. Viu sua
mulher, com o mesmo vestido velho. Ela colhia verduras na horta. Quando ela o viu veio
correndo ao seu encontro. "Que bom que você voltou mais cedo", ela disse com um sorriso.
"Sabe? Vou fazer uma salada e sopa de ostras, daquelas que você gosta. E enquanto
comemos, vamos falar sobre a casinha branca com janelas azuis... Ditas essas palavras ela
segurou a mão do pescador enquanto caminhavam, e foram felizes para sempre.




4. PRODUÇÃO FINAL – ESCRITA DE CONTO DE NATAL


Após relembrar os pontos destacados em cada conto, e os aspectos que os contos possuem,
iniciar o trabalho de produção do conto.
- definição das personagens;
- definição do cenário ou contexto em que a história vai desenvolver-se;
- definir sobre qual problema a história abordará;
- após a produção inicial, trabalhar a correção gramatical e revisar se o texto produzido atende
minimamente as características de um conto;
- incentivar que os alunos leiam atentamente seus textos para verificar se esta tudo certo em
sua produção;
- últimos ajustes para a exposição no hall da escola.

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Sequência didática

  • 1. SEQUÊNCIA DIDÁTICA GÊNERO TEXTUAL: CONTO CONTEMPORÂNEO 1. APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO Proposta de atividade para o 5º ano da Escola Municipal XYZ. A partir da utilização de contos contemporâneos para contextualizar e viabilizar a confecção de um conto de natal, a turma irá refletir sobre as histórias que servirão de base para o trabalho e produzirão um conto para o encerramento das atividades letivas. Os contos produzidos serão expostos no hall da escola e posteriormente o material virará parte do acervo da biblioteca da escola. Os contos selecionados contem cada um, um assunto comum em nossa realidade, trabalhado de maneira bastante simples e esclarecedora. Pretende-se, ao trabalhar esses contos com os alunos, que eles possam refletir sobre o verdadeiro sentido do natal, independentemente de sua escolha religiosa ou credo. Os valores postos em “discussão”, servem para a vida em sociedade e não somente para discutir as crenças individuais. Para iniciar a contextualização do gênero: a) Que tipo de textos você gosta de ler? b) Você conhecem contos? c) Você sabe a diferença de um conto de fadas e um conto contemporâneo? d) Alguém na sua casa gosta de ler contos? e) Qual a intenção do contista ao produzir seus contos? 2. RECONHECIMENTO DO GÊNERO Os contos são narrativas que podem tanto partir de elementos de nossa realidade como da fantasia/ficção. Os contos costumam ser escritos para publicação em livros, mas também podem circular em revistas. Segundo REAIS (apud COSTA-HÜBES e BAUMGÄRTNER, 2009), o conto contemporâneo, reflexo da nova narrativa que se foi construindo nas últimas décadas, substituiu a estrutura clássica pela construção de um texto curto, com o objetivo de conduzir o leitor alem do dito, para a descoberta do não-dito. O conto sugere ao leitor que este participe ativamente, buscando não somente o que esta explícito, mas também, o que o texto traz oculto, suas entrelinhas.
  • 2. Os contos apresentam uma estrutura mais enxuta, apresenta todas as partes da historia (apresentação, conflito, desfecho) em um tempo bastante reduzido se comparado as narrativas longas, tão comuns antigamente. Geralmente é bastante objetivo, apresenta parágrafos curtos, há interação do narrador com o leitor e com a narrativa, possui poucos personagens, com cenário limitado e normalmente um único conflito. Os contos selecionados para serem trabalhados com a turma fazem parte das produções literárias de Rubem Alves. Os textos são: a) O pescador e sua mulher; b) O gato que gostava de cenoura e; c) A princesinha que falava sapos. Para familiarização com os contos: a) Você já ouviu falar de Rubem Alves? b) Você conhecer alguma outra publicação dele? Solicitar aos alunos que pesquisem sobre a vida do autor e suas obras. 2.1 OS CONTOS TEM QUE DIGITAR OS OUTROS 2 LIVROS.... O PESCADOR E A SUA MULHER Era uma vez um pobre pescador e sua mulher. Eram pobres, muito pobres. Moravam numa choupana à beira-mar, num lugar solitário. Viviam dos poucos peixes que ele pescava. Poucos porque, de tão pobre que era, ele não possuía um barco: não podia aventurar-se ao mar alto, onde estão os grandes cardumes. Tinha de se contentar com os peixes que apanhava com os anzóis ou com as redes lançadas no raso. Sua choupana, de pau-a-pique era coberta com folhas de palmeira. Quando chovia a água caía dentro da casa e os dois tinham de ficar encolhidos, agachados, num canto. Não tinham razões para serem felizes. Mas, a despeito de tudo, tinham momentos de felicidade. Era quando começavam a falar sobre os seus sonhos. Algum dia ele teria sorte,
  • 3. teria uma grande pescaria, ou encontraria um tesouro, e então teriam uma casinha branca com janelas azuis, jardim na frente e galinhas no quintal. Eles sabiam que a casinha azul não passava de um sonho. Por vezes a felicidade se faz com sonhos impossíveis. E assim, sonhando com a impossível casinha azul, eles faziam amor e dormiam abraçados. Era um dia comum como todos os outros. O pescador saiu muito cedo com seus anzóis para pescar. O mar estava tranqüilo, muito azul. O céu limpo, a brisa fresca. De cima de uma pedra lançou o seu anzol. Sentiu um tranco forte. Um peixe estava preso no anzol. Lutou. Puxou. Tirou o peixe. Ele tinha escamas de prata com barbatanas de ouro. Foi então que o espanto aconteceu. O peixe falou. "Pescador, eu sou um peixe mágico, anjo dos deuses no mar. Devolva-me ao mar que realizarei o seu maior desejo..." O pescador acreditou. Um peixe que fala deve ser digno de confiança. "Eu e minha mulher temos um sonho", disse o pescador. "Sonhamos com uma casinha azul, jardim na frente, galinhas no quintal... E mais, roupa nova para minha mulher..." Ditas estas palavras ele lançou o peixe de novo ao mar e voltou para casa, para ver se o prometido acontecera. De longe, no lugar da choupana antiga, ele viu uma casinha branca com janelas azuis, jardim na frente, e galinhas no quintal e, à frente dela, a sua mulher com um vestido novo - tão linda! Começou a correr e enquanto corria pensava: "Finalmente nosso sonho vai se realizar! Finalmente vamos ser felizes!" Foi um abraço maravilhoso. Ela ria de felicidade. Mas não estava entendendo nada. Queria explicações. E ele então lhe contou do peixe mágico. "Ele me disse que eu poderia pedir o que quisesse. E eu então me lembrei do nosso sonho..." Houve um momento de silêncio. O rosto da mulher se alterou. Cessou o riso. Ficou séria. Ela olhou para o marido e, pela primeira vez, ele lhe pareceu imensamente tolo: "Você poderia ter pedido o que quisesse? E por que não pediu uma casa maior, mais bonita, com varanda, três quartos e dois banheiros? Volte. Chame o peixe. Diga-lhe que você mudou de idéia." O marido sentiu a repreensão e sentiu-se envergonhado. Obedeceu. Voltou. O mar já não estava tão calmo, tão azul. Soprava um vento mais forte. Gritou: "Peixe encantado, de escamas de prata e barbatanas de ouro!" O peixe apareceu e lhe perguntou: "O que é que você deseja?" O pescador respondeu "Minha mulher me disse que eu deveria ter pedido uma casa maior, com varanda, três quartos e dois banheiros!" O peixe lhe disse: "Pode ir. O desejo dela já foi atendido." De longe o pescador viu a casa nova, grande, do jeito mesmo como a mulher pedira. "Agora ela está feliz", ele pensou. Mas ao chegar à casa o que ele viu não foi um rosto sorridente. Foi um rosto transtornado. "Tolo, mil vezes tolo! De que me vale essa casa
  • 4. nesse lugar ermo, onde ninguém a vê? O que eu desejo é um palacete num condomínio elegante, com dois andares, muitos banheiros, escadarias de mármore, fontes, piscina, jardins. Volte! Diga ao peixe esse novo desejo!" O pescador, obediente, voltou. O mar estava cinzento e agitado. Gritou: "Peixe encantado, de escamas de prata e barbatanas de ouro!" O peixe apareceu e lhe perguntou: "O que é que você deseja?" O pescador respondeu "Minha mulher me disse que eu deveria ter pedido um palacete num condomínio elegante..." Antes que ele terminasse o peixe disse: "Pode voltar. O desejo dela já está satisfeito." Depois de muito andar - agora ele já não morava perto da praia - chegou à cidade e viu, num condomínio rico, um palacete tal e qual aquele que sua mulher desejava. "Que bom", ele pensou. "Agora, com seu desejo satisfeito, ela deve estar feliz, mexendo nas coisas da casa." Mas ela não estava mexendo nas coisas da casa. Estava na janela. Olhava o palacete vizinho, muito maior e mais bonito que o seu, do homem mais rico da cidade. O seu rosto estava transtornado de raiva, os seus olhos injetados de inveja. "Homem, o peixe disse que você poderia pedir o que quisesse. Volte. Diga-lhe que eu desejo um palácio de rainha, com salões de baile, salões de banquete, parques, lagos, cavalariças, criados, capela." O marido obedeceu. Voltou. O vento soprava sinistro sobre o mar cor de chumbo. "Peixe encantado, de escamas de prata e barbatanas de ouro!" O peixe apareceu e lhe perguntou: "O que é que você deseja?" O pescador respondeu "Minha mulher me disse que eu deveria ter pedido um palácio com salões de baile, de banquete, parques, lagos..." "Volte!", disse o peixe antes que ele terminasse. "O desejo de sua mulher já está satisfeito." Era magnífico o palácio. Mais bonito do que tudo aquilo que ele jamais imaginara. Torres, bosques, gramados, jardins, lagos, fontes, criados, cavalos, cães de raça, salões ricamente decorados... Ele pensou: "Agora ela tem de estar satisfeita. Ela não pode pedir nada mais rico." O céu estava coberto de nuvens e chovia. A mulher, de uma das janelas, observava o reino vizinho, ao longe. Lá o céu estava azul e o sol brilhava. As pessoas passeavam alegremente pelo campo. "De que me serve este palácio se não posso gozá-lo por causa da chuva? Volte, diga ao peixe que eu quero ter o poder dos deuses para decretar que haja sol ou haja chuva!" O homem, amedrontado, voltou. O mar estava furioso. Suas ondas se espatifavam no rochedo. "Peixe encantado, de escamas de prata e barbatanas de ouro!" - ele gritou. O peixe
  • 5. apareceu. "Que é que sua mulher deseja?", ele perguntou. O pescador respondeu: "Ela deseja ter o poder para decretar que haja sol ou haja chuva!" O peixe disse: “Vou lhes dar uma coisa melhor: vou lhes dar a felicidade!" O homem riu de alegria. “è o que eu mais quero”, ele disse. "Volte", disse o peixe. "Vá ao lugar da sua primeira casa. Lá você encontrará a felicidade..." E com estas palavras desapareceu. O pescador voltou. De longe ele viu a sua casinha antiga, a mesma casinha. Viu sua mulher, com o mesmo vestido velho. Ela colhia verduras na horta. Quando ela o viu veio correndo ao seu encontro. "Que bom que você voltou mais cedo", ela disse com um sorriso. "Sabe? Vou fazer uma salada e sopa de ostras, daquelas que você gosta. E enquanto comemos, vamos falar sobre a casinha branca com janelas azuis... Ditas essas palavras ela segurou a mão do pescador enquanto caminhavam, e foram felizes para sempre. 3. ATIVIDADES a) Análise dos textos - geral 1) Os contos lidos falam sobre o que? - O pescador e sua mulher: _____________________________________________________ - O gato que gostava de cenoura: ________________________________________________ - A princesinha que falava sapos: ________________________________________________ 2) Os textos trabalhados são textos antigos, que já foram escritos a muito tempo ou são textos modernos? Como você sabe isso? ________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 3) Para que tipo de público os contos foram escritos? Por quê? _________________________ ___________________________________________________________________________ 4) Relacione os itens no quadro abaixo: O pescador e sua O gato que gostava A princesinha que mulher de cenoura falava sapos Em relação à apresentação Curtos: ________ Curtos: ________ Curtos: ________ dos parágrafos, quantos são curtos e quantos são longos? Longos: ________ Longos: ________ Longos: ________
  • 6. Quais as personagens? Qual o “problema” do texto? Qual a tipologia ( ) narrativa ( ) narrativa ( ) narrativa predominante? ( ) argumentativa ( ) argumentativa ( ) argumentativa b) Análise dos textos - específica O PESCADOR E SUA MULHER; Releia o conto novamente e depois responda: 1) Como era a vida do pescador? ________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 2) Que personagem surgiu durante a pescaria e quais suas características? ________________ ___________________________________________________________________________ 3) Qual a intenção do pescador os fazer seus desejos? ________________________________ ___________________________________________________________________________ 4) O que representa a figura do peixe para a história? ________________________________ ___________________________________________________________________________ 5) Como foi o comportamento da esposa ao saber da possibilidade de ter sempre mais? _____ ___________________________________________________________________________ 6) Como o tempo foi se comportando durante o desenrolar da trama? ___________________ ___________________________________________________________________________ 7) O comportamento do pescador é comum nos dias de hoje? __________________________ ___________________________________________________________________________ 8) O comportamento da mulher é comum nos dias de hoje? ___________________________ ___________________________________________________________________________ 9) Esse comportamento é bom ou ruim para a vida em sociedade? Argumente. ____________ ___________________________________________________________________________ O GATO QUE GOSTAVA DE CENOURA E; Releia o conto novamente e depois responda: 1) Quem é a personagem principal e quais suas caracteristicas? ________________________
  • 7. ___________________________________________________________________________ 2) Quantas personagens o texto tem? _____________________________________________ ___________________________________________________________________________ 3) O que Gulliver tinha de diferente? _____________________________________________ ___________________________________________________________________________ 4) Sua diferença é realmente um problema? ________________________________________ ___________________________________________________________________________ 5) Por que os pais de Gulliver ficaram tristes? ______________________________________ ___________________________________________________________________________ 6) Qual era a maior tristeza para Gulliver? _________________________________________ ___________________________________________________________________________ 7) O que você entende por diferença? _____________________________________________ ___________________________________________________________________________ 8) Qual foi o comportamento do professor? ________________________________________ ___________________________________________________________________________ 9) Esse comportamento (do professor) é bom ou ruim para a vida em sociedade? Argumente. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 10) Como você interpreta: “porque um amigo é isso: alguém de quem não é preciso se esconder.” __________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ A PRINCESINHA QUE FALAVA SAPOS. Releia o conto novamente e depois responda: MEU CÉREBRO TÁ NULOOOOOOOOOOO.....RSRSRSRSRRSRS........VC FAZ? :D c) Análise Lingüística
  • 8. Para trabalhar este tópico, foi escolhido o conto “O Pescador e sua Mulher”. 1ª parte – contextualização 2ª parte – possibilidade de mudança – peixe mágico 3ª parte – problema – desejos e mais desejos 4ª parte - desfecho Releia a 1ª parte do conto: Era uma vez um pobre pescador e sua mulher. Eram pobres, muito pobres. Moravam numa choupana à beira-mar, num lugar solitário. Viviam dos poucos peixes que ele pescava. Poucos porque, de tão pobre que era, ele não possuía um barco: não podia aventurar-se ao mar alto, onde estão os grandes cardumes. Tinha de se contentar com os peixes que apanhava com os anzóis ou com as redes lançadas no raso. Sua choupana, de pau-a-pique era coberta com folhas de palmeira. Quando chovia a água caía dentro da casa e os dois tinham de ficar encolhidos, agachados, num canto. Não tinham razões para serem felizes. Mas, a despeito de tudo, tinham momentos de felicidade. Era quando começavam a falar sobre os seus sonhos. Algum dia ele teria sorte, teria uma grande pescaria, ou encontraria um tesouro, e então teriam uma casinha branca com janelas azuis, jardim na frente e galinhas no quintal. Eles sabiam que a casinha azul não passava de um sonho. Por vezes a felicidade se faz com sonhos impossíveis. E assim, sonhando com a impossível casinha azul, eles faziam amor e dormiam abraçados. 1) O que aparece nessa parte do texto? ( ) Descrição da praia ( ) Argumentação do texto ( ) Interação dos personagens ( ) Contextualização da história 2) Como era considerada a felicidade para o casal? Justifique. _________________________ ___________________________________________________________________________ 3) Aparecem dois adjetivos no texto: pobre e felizes; a que situações eles remetem? ________ ___________________________________________________________________________ 4) O autor utiliza a expressão “Por vezes a felicidade se faz com sonhos impossíveis”, o que ele quer dizer com isso? _______________________________________________________ ___________________________________________________________________________
  • 9. 5) Qual o tempo verbal predominante nessa 1ª parte do texto? ( ) presente ( ) passado ( ) futuro 6) Por que, na sua opinião, o autor se utiliza desse tempo nessa parte do texto? ____________ ___________________________________________________________________________ Releia a 2ª parte do conto: Era um dia comum como todos os outros. O pescador saiu muito cedo com seus anzóis para pescar. O mar estava tranqüilo, muito azul. O céu limpo, a brisa fresca. De cima de uma pedra lançou o seu anzol. Sentiu um tranco forte. Um peixe estava preso no anzol. Lutou. Puxou. Tirou o peixe. Ele tinha escamas de prata com barbatanas de ouro. Foi então que o espanto aconteceu. O peixe falou. "Pescador, eu sou um peixe mágico, anjo dos deuses no mar. Devolva-me ao mar que realizarei o seu maior desejo..." O pescador acreditou. Um peixe que fala deve ser digno de confiança. "Eu e minha mulher temos um sonho", disse o pescador. "Sonhamos com uma casinha azul, jardim na frente, galinhas no quintal... E mais, roupa nova para minha mulher..." Ditas estas palavras ele lançou o peixe de novo ao mar e voltou para casa, para ver se o prometido acontecera. De longe, no lugar da choupana antiga, ele viu uma casinha branca com janelas azuis, jardim na frente, e galinhas no quintal e, à frente dela, a sua mulher com um vestido novo - tão linda! Começou a correr e enquanto corria pensava: "Finalmente nosso sonho vai se realizar! Finalmente vamos ser felizes!" Releia a 3ª parte do conto: Foi um abraço maravilhoso. Ela ria de felicidade. Mas não estava entendendo nada. Queria explicações. E ele então lhe contou do peixe mágico. "Ele me disse que eu poderia pedir o que quisesse. E eu então me lembrei do nosso sonho..." Houve um momento de silêncio. O rosto da mulher se alterou. Cessou o riso. Ficou séria. Ela olhou para o marido e, pela primeira vez, ele lhe pareceu imensamente tolo: "Você poderia ter pedido o que
  • 10. quisesse? E por que não pediu uma casa maior, mais bonita, com varanda, três quartos e dois banheiros? Volte. Chame o peixe. Diga-lhe que você mudou de idéia." O marido sentiu a repreensão e sentiu-se envergonhado. Obedeceu. Voltou. O mar já não estava tão calmo, tão azul. Soprava um vento mais forte. Gritou: "Peixe encantado, de escamas de prata e barbatanas de ouro!" O peixe apareceu e lhe perguntou: "O que é que você deseja?" O pescador respondeu "Minha mulher me disse que eu deveria ter pedido uma casa maior, com varanda, três quartos e dois banheiros!" O peixe lhe disse: "Pode ir. O desejo dela já foi atendido." De longe o pescador viu a casa nova, grande, do jeito mesmo como a mulher pedira. "Agora ela está feliz", ele pensou. Mas ao chegar à casa o que ele viu não foi um rosto sorridente. Foi um rosto transtornado. ... "Homem, o peixe disse que você poderia pedir o que quisesse. Volte. Diga-lhe que eu desejo um palácio de rainha, com salões de baile, salões de banquete, parques, lagos, cavalariças, criados, capela." O marido obedeceu. Voltou. O vento soprava sinistro sobre o mar cor de chumbo. "Peixe encantado, de escamas de prata e barbatanas de ouro!" O peixe apareceu e lhe perguntou: "O que é que você deseja?" O pescador respondeu "Minha mulher me disse que eu deveria ter pedido um palácio com salões de baile, de banquete, parques, lagos..." "Volte!", disse o peixe antes que ele terminasse. "O desejo de sua mulher já está satisfeito." ... "De que me serve este palácio se não posso gozá-lo por causa da chuva? Volte, diga ao peixe que eu quero ter o poder dos deuses para decretar que haja sol ou haja chuva!" O homem, amedrontado, voltou. O mar estava furioso. Suas ondas se espatifavam no rochedo. "Peixe encantado, de escamas de prata e barbatanas de ouro!" - ele gritou. O peixe apareceu. "Que é que sua mulher deseja?", ele perguntou. O pescador respondeu: "Ela deseja ter o poder para decretar que haja sol ou haja chuva!" Releia a 4ª parte do conto: O peixe disse: “Vou lhes dar uma coisa melhor: vou lhes dar a felicidade!" O homem riu de alegria. “è o que eu mais quero”, ele disse. "Volte", disse o peixe. "Vá ao
  • 11. lugar da sua primeira casa. Lá você encontrará a felicidade..." E com estas palavras desapareceu. O pescador voltou. De longe ele viu a sua casinha antiga, a mesma casinha. Viu sua mulher, com o mesmo vestido velho. Ela colhia verduras na horta. Quando ela o viu veio correndo ao seu encontro. "Que bom que você voltou mais cedo", ela disse com um sorriso. "Sabe? Vou fazer uma salada e sopa de ostras, daquelas que você gosta. E enquanto comemos, vamos falar sobre a casinha branca com janelas azuis... Ditas essas palavras ela segurou a mão do pescador enquanto caminhavam, e foram felizes para sempre. 4. PRODUÇÃO FINAL – ESCRITA DE CONTO DE NATAL Após relembrar os pontos destacados em cada conto, e os aspectos que os contos possuem, iniciar o trabalho de produção do conto. - definição das personagens; - definição do cenário ou contexto em que a história vai desenvolver-se; - definir sobre qual problema a história abordará; - após a produção inicial, trabalhar a correção gramatical e revisar se o texto produzido atende minimamente as características de um conto; - incentivar que os alunos leiam atentamente seus textos para verificar se esta tudo certo em sua produção; - últimos ajustes para a exposição no hall da escola.