O documento discute diversas áreas ambientais problemáticas e conflitos geopolíticos ao redor do mundo, incluindo a desertificação no sudoeste dos EUA, poluição nos Grandes Lagos, desmatamento na Amazônia, expansão urbana na China, e conflitos no Iraque, Palestina, Afeganistão e África.
2. Sudoeste dos Estados Unidos
Processo de
desertificação associado
à expansão das culturas
irrigadas, ligadas ao dry
farming, e ao crescente
consumo das cidades.
Somou-se recentemente
a intensificação do
processo de salinização
das áreas irrigadas.
3. Região dos Grandes Lagos
A situação é grave
por conta de
diversos tipos de
poluição,
especialmente os
relacionados com a
chuva ácida. Ao sul
dos Grandes Lagos
concentra-se a
maior produção
industrial dos
Estados Unidos e o
maior foco de
produção de gases-
estufa do planeta.
4. Amazônia
Área de expansão
econômica recente e
desordenada, a
Amazônia,
particularmente a porção
brasileira da região, vem
sendo palco de:
- desmatamentos,
- contaminação de rios,
- exploração predatória
da madeira e da caça, o
que contribui para o
comprometimento da
biodiversidade regional,
- trabalho escravo.
5. Sahel
Faixa de transição
na porção
periférica
meridional do
Saara, o Sahel é
uma área
marcada pela
ocupação
desordenada, que
compromete a
vegetação original
e pode contribuir
para o rápido
avanço da
desertificação.
6. Europa
As chuvas ácidas, a
contaminação dos
solos e a poluição
das águas vêm
mobilizando
populações que têm
sua qualidade de
vida ameaçada por
essas agressões.
Emissões de chaminés industriais
O dióxido de carbono, de enxofre e outros poluentes emitidos pelas chaminés das
indústrias colaboram para a contaminação atmosférica. O dióxido de carbono
contribui para o aquecimento global, e o dióxido de enxofre é a principal causa da
chuva ácida no norte e leste da Europa e no nordeste da América do Norte.
Kim Westerskov/Oxford Scientific Films
7. Mares Cáspio e Aral
O intenso processo
de salinização,
associado ao
fracasso da
apropriação
agrícola da região
por culturas
irrigadas,
principalmente de
algodão, acabou
por contaminar o
solo.
8. China Oriental
O recente crescimento do
consumo, devido à
expansão da economia do
país, ameaça o
abastecimento de água e
gera problemas como o
aumento da produção de
lixo, bem como a
deterioração da qualidade
do ar nos grandes centros
urbanos.
9. Aquecimento global
É real? SIM
Relatório IPCC:
- 1995-2006 – 11 dos 12 anos mais quentes desde a Revolução
Industrial
- Derretimento total do Ártico até 2030
- Maior prejuízo: África e Ásia
- Brasil: substituição da floresta tropical por cerrado e secas mais
longas
Uso de combustíveis fósseis e de outros processos industriais
Acumulação de gases (dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e
CFC) -> causa do efeito estufa na atmosfera
O dióxido de carbono ajuda a impedir que os raios infravermelhos
escapem ao espaço
1992: Rio 92 / Eco 92
1997: Protocolo de Kyoto (COP3): -5% níveis de 1990 entre 2008-
2012
2007: Conferência de Bali, Indonésia (COP13)
Brasil contribui com o desmatamento crescente da Amazônia
10. RECORDANDO...
FIM DA GUERRA FRIA
Em 1961, foi construído o Muro de Berlim,
muro fortificado de 47 km de comprimento
que cercava Berlim Ocidental, construído
pela antiga República Democrática da
Alemanha (RDA) para evitar a fuga dos
seus cidadãos para o Ocidente.
Em 1985, Mikhail Gorbatchev e Reagan,
decidiram reduzir sua presença na Europa.
A unificação alemã e o esfacelamento da
URSS levaram a Guerra Fria ao fim. George
Bush declarou a necessidade de uma nova
ordem mundial.
Em 1989, a queda do Muro de Berlim tornou-se
um símbolo da queda dos regimens
comunistas do leste europeu. Estimam-se
que pelo menos 70 pessoas morreram
tentando ultrapassá-lo.
Em 1993, Yeltsin decretou a dissolução do
Parlamento. Cerca de cem deputados e
outros tantos seguidores armados,
ocuparam o edifício do Parlamento e
provocaram outras revoltas. O governo
respondeu então com o bombardeio do
edifício do Parlamento, e prendeu seus
ocupantes.
12. África Ocidental
Guerras civis em
Serra Leoa e Costa
do Marfim, de
origem étnica e
tribal, por
exemplo, além de
remeterem suas
economias a
patamares ainda
mais baixos,
vitimam
anualmente um
número
inestimável de
pessoas.
13. Nigéria
Verifica-se ali a
manutenção, por
décadas, de uma
guerra civil
envolvendo
diversas etnias,
inúmeras tribos e
dois grandes
grupos
religiosos:
cristãos, ao sul,
e muçulmanos,
ao norte.
14. Sudão
Os conflitos em
Darfur, oeste do
país, ilustram o
quadro de
instabilidade do
país, que desde
sua
independência
não conseguiu
vingar um
processo de
desenvolvimento
autônomo.
15. Chifre Africano
Guerras civis na
Somália e na
Etiópia, e um
conflito
envolvendo a
Etiópia e a
Eritréia,
somados à
expansão do
Sahel e ao
descaso
internacional,
fazem dessa
região uma das
mais atrasadas
do mundo.
16. Palestina
A Segunda Intifada – ou Intifada Al Aqsa –,
iniciada em 2000, dificulta a consolidação do
processo de paz na região, cujos maiores
entraves são as indefinições quanto ao status
de Jerusalém, o controle de mananciais
hídricos, a questão dos refugiados palestinos e
das colônias de judeus, a delimitação de
fronteiras sustentáveis ou defensáveis, o
terrorismo.
17. Iraque
A interferência
estrangeira no Iraque,
que tem à sua frente a
coalizão anglo-
americana, derrubou o
ditador Saddam Hussein.
A atual instabilidade
política no Iraque deve-
se a conflitos sectários
entre xiitas e sunitas.
18. Iraque23/01/2008
Estudo revela que guerra do Iraque se baseou em declarações falsas
Folha de São Paulo
Um estudo de duas organizações jornalísticas afirma que o presidente Bush e altas autoridades do
governo emitiram centenas de declarações falsas sobre a ameaça do Iraque à segurança dos
EUA nos dois anos que se seguiram aos ataques terroristas de 11/9.
O estudo concluiu que os relatórios "faziam parte de uma campanha organizada que direcionou
efetivamente a opinião pública e, no processo, empurrou o país para uma guerra com decididas
falsas pretensões".
O trabalho das organizações reuniu 935 declarações falsas divulgadas durante dois anos a partir de
11 de setembro de 2001.
A análise mostrou que Bush e seus secretários e membros do governo mentiram deliberadamente
sobre as suspeitas de que o Iraque produzia ou detinha armas de destruição em massa.
"Agora é incontestável que o Iraque não possui nenhuma arma de destruição em massa", afirmou
Charles Lewis e Mark Reading-Smith, do Fundo para a Independência do Jornalismo.
"Em outras palavras, o governo Bush levou a nação à guerra baseado em informações equivocadas
propagadas metodicamente e que culminaram em uma operação militar contra o Iraque em
março de 2003.
O estudo revela o nome de altos membros do governo envolvidos nas mentiras: o vice-presidente
Dick Cheney, Condoleezza Rice (secretária de Estado), Donald Rumsfeld (ex-secretário de
Defesa), Colin Powell (ex-secretário de Estado), Paul Wolfowitx (ex-vice-secretário de Defesa), e
outros.
Desde a invasão do país, em 2003, a invasão causou a morte de 151 mil pessoas, segundo dados
da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Pesquisa da entidade mostra que no primeiro ano da invasão, 128 iraquianos morreram
diariamente de maneira violenta; no segundo ano, o número caiu para 115, ao tempo que no
terceiro voltou a subir, para 126, com mais da metade das mortes ocorridas em Bagdá.
19. Iraque20/03/2007
Os principais problemas enfrentados pelo Iraque
Folha de São Paulo / Reuters
Início do conflito: 20/03/2003
Premiê: Nouri al Maliki
Exigências dos curdos
- Exigências nas áreas territorial e do
petróleo (Kirkuk).
Lucros do petróleo
- As reservas de petróleo se concentram no
Curdistão (norte) e nas áreas xiitas do sul.
Dilema regional
- Relações com o Irã e com os EUA.
Bagdá
- Rebeliões e atentados.
Legado de Saddam
- Duas guerras e os esforços dos EUA
para depô-lo (sanções financeiras)
prejudicaram a economia
Vácuo na segurança
- Dissolução das forças armadas
iraquianas em 2003.
Insurgência sunita
- A invasão dos EUA levou ao poder a
maioria xiita e a minoria curda.
Milícias xiitas
- Milícias como o Exército de Mehdi
(líder Moqtada al Sadr) atuam nas ruas.
20. CRONOLOGIA DOS PRINCIPAIS FATOS
1980-1988: Guerra Irã-Iraque – Sadam Hussein é apoiado por
EUA e outros países.
1991: Guerra do Golfo – coalizão de países força a retirada das
tropas iraquianas do Kuwait. Iraque sofre embargo da ONU e
são adotadas zonas de exclusão aérea.
2003: Ataque dos EUA, Reino Unido e outros países justificado
pela suspeita de armas de destruição em massa e para depor a
ditadura de Sadam Hussein. Acredita-se que o verdadeiro
motivo da ocupação seja a riqueza de petróleo do país, uma
das maiores reservas do mundo.
2003-2008: Instabilidade constante no país, com atentados
terroristas e forças rebeldes controlando vários territórios.
21. Saiba mais sobre o Iraque
Nome: República do Iraque
Capital: Bagdá
Divisão: 18 governadorias
População: 26.783.383
Área: 437.072 quilômetros quadrados
Idioma: árabe (oficial), curdo
Moeda: novo dinar iraquiano
Religião: muçulmanos xiitas (60 a 65%), sunitas (32 a 37%),
cristãos e outros (3%)
Forma de governo: democracia parlamentarista
PIB (total de riquezas produzidas): US$ 94,1 bilhões (dados de
2005)
Renda "per capita" anual: US$ 2.900
Internautas: 36 mil (dados de 2005)
Analfabetismo: 59,6% (dados de 2003)
Fonte: CIA World Factbook
22. Afeganistão
1979-1989 – tentativa de
dominação soviética, frustrada
pela oposição dos mujahedin
(guerrilheiros islâmicos), entre
eles Bin Laden, apoiados pelos
EUA, Irã e Paquistão.
1996 – tomada do poder pelo
grupo radical sunita Taleban,
que adota a Sharia (doutrina
islâmica) como lei.
2001 – atentados aos EUA
atribuídos a Bin Laden ; os
EUA atacam o Afeganistão
acusando-o de proteger o
terrorista e servir de base para
a Al Qaeda; o Taleban é
deposto do poder.
2001-2007 – rivalidades
étnicas e crescimento do
cultivo da papoula (ópio)
dificultam a normalização do
país.
23. Cuba
1959: Fidel Castro derrubou a
ditadura de Batista. Cuba
recebeu apoio da URSS até o
fim dos anos 80.
1990: crise econômica
decorrente do fim da ajuda
soviética e do embargo
econômico norte-americano à
ilha, vigente desde 1961.
Economia: turismo,
principalmente europeus.
2004: execução de dissidentes
e proibição de circulação de
dólares, isolando-o ainda mais
no plano internacional e
agravando a situação de
miséria de sua população.
2006: a doença de Fidel Castro
e as possíveis mudanças no
governo provocaram um clima
de insegurança.
24. Colômbia e Venezuela
Colômbia: destacam-se
a guerrilha, a ação das
FARCs e do ELN, além
do narcotráfico.
Venezuela: a
fragilidade das
instituições políticas
em um grande
produtor de petróleo,
membro da OPEP, gera
instabilidade na região.
26. África do Sul
O fim da política
segregacionista do
Apartheid em 1994 não
pôs fim às desigualdades
sociais. O país é assolado
por lutas tribais e uma
onda de criminalidade
sem precedentes em sua
história, que inviabilizam
a retomada da economia.
27. Ex-Iugoslávia
Após um período de
guerras e de grande
instabilidade política,
os países que
formavam a Federação
Iugoslava buscam o
alinhamento
econômico com a
União Européia. Mas
ainda há animosidades
de ordem étnica e
religiosa, sobretudo em
Kossovo.
Iugoslávia
A Iugoslávia foi constituída por seis repúblicas de 1946 a 1991, ano em que três das
repúblicas - Croácia, Macedônia e Eslovênia - se tornaram independentes. Mais uma
república, a Bósnia-Herzegóvina, declarou sua independência em 1992. As duas
repúblicas restantes, Sérvia e Montenegro, formaram então um novo país até a
separação em 2006.
28. Cáucaso
Desintegração da URSS - Chechênia
declarou independência não
reconhecida.
Guerra civil - governo separatista
checheno X oposição pró-russa.
1994/96 - Intervenção militar de
Moscou - primeira Guerra da
Chechênia. Destruição de Grozni.
Movimentos emancipacionistas
(Chechênia e do Daguestão) -
instabilidade para a Rússia, pois o
país é constituído por dezenas de
nacionalidades.
1996 - Acordos de Kassaviurt – fim
do conflito. O estatuto político
definitivo da Chechênia deveria ser
negociado em 2001.
Ascensão de Vladimir Putin na Rússia
em função terror checheno.
•2000 - Putin deflagrou a segunda Guerra da
Chechênia.
•Putin eleito presidente russo: As forças
russas ocuparam Grozni e a maior parte da
Chechênia.
•Violência contra a população civil. Entidades
de defesa de direitos humanos denunciam
tortura e estupros.
•Aumento da violência (doutrina Bush da
guerra ao terror) - Putin relaciona os
separatistas chechenos ao fundamentalismo
islâmico. Aumento da repressão e redução
das pressões internacionais contra a violação
dos direitos humanos.
•Atentados suicias dos terroristas chechenos
(metrô de Moscou, queda de dois aviões
russos, e a invasão da escola da Ossétia do
Norte).
29. Irã O desenvolvimento de
um programa nuclear e
a manutenção de
fundamentalistas xiitas
no poder tornam o Irã
um foco de tensão
regional. Integra o Eixo
do Mal, no
entendimento
estratégico norte-
americano.
O país é acusado pelos
EUA de enriquecer
urânio para a
construção de armas
atômicas.
30. Caxemira
O nacionalismo
muçulmano caxemir,
apoiado por Islamabad,
pode fazer da região um
estopim para mais um
confronto entre Índia e
Paquistão, potências
nucleares.
A Índia e o Paquistão
reivindicam, cada uma, o
domínio de todo o
Caxemira, mas o
território está dividido
entre esses dois países
desde 1947. A Índia
controla a maior parte,
que corresponde ao
território do estado de
Jammu e Caxemira. O
Paquistão controla o
restante, a região
denominada Caxemira
Azad.
31. Coréia do Norte
País isolado no
plano internacional,
desenvolve
programa nuclear e
é hostil aos
interesses da
China, dos Estados
Unidos, do Japão e
da Coréia do Sul.
32. Taiwan
Nacionalistas
taiwaneses lutam
pela emancipação
política da ilha,
país emergente
de grande
desenvolvimento,
mas encontram
forte oposição do
governo de
Beijing, que
considera Taiwan
uma província
rebelde.
34. Questão Basca
Região autônoma
localizada ao norte da
Espanha e províncias na
França. Seu idioma, o
Basco, acentua a unidade
entre seu povo. Objetivo
é tornar o território basco
independente
incorporando também as
regiões tanto na Espanha
quanto na França. Entre
as organizações que
atuam na luta armada
está o ETA – Pátria Basca
e Liberdade, organização
separatista e terrorista.
35. Irlanda(s)
No século XVI os ingleses
confiscaram parte do território da
Irlanda para entregar aos
protestantes vindos da Grã-Bretanha.
Este fato nunca foi aceito pelos
irlandeses.
Em 1937, o Eire tornou-se
independente do Reino Unido, fato
que desagrada parte da população
que busca a unificação e
independência de toda a Irlanda.
Ulster não concorda com a
unificação, gerando conflito entre os
protestantes e católicos. Isto se
acentuou com a criação do Ira –
Exército Republicano Irlandês -
criado pelos católicos para favorecer
a unificação da Irlanda.
Já os protestantes criaram milícias
para combater este processo
gerando diversos atos terroristas
decorrente a este conflito.