O poema descreve o fim de um relacionamento amoroso onde o eu lírico e sua amada se distanciaram e agora apenas trocam cumprimentos formais. Apesar da distância, o eu lírico ainda sente que quando a vê, seu olhar mudo tenta dizer algo, mas já é tarde demais.
2. No meu grande otimismo de inocente, Eu nunca soube por que foi... um dia, Ela me olhou indiferentemente, Perguntei-lhe por que era... Não sabia...
3. Desde então, transformou-se de repente A nossa intimidade correntia Em saudações de simples cortesia E a vida foi andando para a frente...
4. Nunca mais nos falamos... vai distante... Mas quando a vejo há sempre um vago instante Em que o seu mudo olhar no meu repousa.
5. E eu sinto, sem no entanto compreendê-la, Que ela tenta dizer-me qualquer cousa, Mas que é tarde demais para dizê-la...
6. FORMATAÇÃO: Mima (Wilma) Badan [email_address] MÚSICA: Mimosa Interpretação:Jacob do Bandolim (Repasse com os devidos créditos) Raul de Leoni Ramos nasceu em 30 de outubro de 1895, em Petrópolis, Rio de Janeiro. Faleceu em Itaipava aos 31 anos de idade (novembro de 1926). Esse poema se encontra no livro “Os Mais Belos Sonetos que o Amor Inspirou”, de J.G . de Araújo Jorge (1963).