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Motivando e Retendo Talentos nas Organizações


Autores:

Marcos Muniz Moreira, M.Sc., Universidade Federal Fluminense

Carlos Alberto Pereira Soares, D.Sc, Universidade Federal Fluminense



Palavras-chave: motivação, talentos, aperfeiçoamento profissional



RESUMO:
O mundo está passando por notáveis transformações, as organizações tentam acompanhar e
sobreviver a essas mudanças, e as pessoas buscam se preparar para desempenhar os novos
papéis que lhes vão sendo solicitados. Neste cenário, as empresas se preocupam em ter
profissionais versáteis em seus quadros, com habilidades e competências para adaptarem-se
mais facilmente às novas tecnologias, e motivados para enfrentar tais desafios. Os estudos
sobre a motivação humana, principalmente em seus aspectos voltados para o trabalho,
tornam-se fundamentais para que as empresas, após detectar os funcionários talentosos de que
precisam, possam motivá-los e, mais ainda, conquistá-los para que nelas permaneçam. Neste
contexto, este trabalho apresenta mecanismos associados aos processos de motivação e
capacitação profissionais, voltados para a busca e retenção de talentos nas organizações.




       Email: marcosmm@superig.com.br

       Área temática – Gestão de Pessoas
Motivando e Retendo Talentos nas Organizações
1. INTRODUÇÃO
A motivação tem representado o ponto de partida para se chegar a compreender melhor o
comportamento humano. Para tanto, todas as iniciativas nesse sentido levaram-na a ser
explorada por diversos ângulos da pesquisa científica, dando origem a muitas teorias que, sem
anular-se umas às outras, se complementam, buscando uma visão cada vez mais abrangente
do ser humano em toda a sua complexidade.
Para este estudo, que associa a motivação ao trabalho, ela é o fator determinante que leva o
indivíduo a executar tarefas na medida de suas melhores capacidades e aptidões, já que de seu
desempenho dependerá em muito o seu nível de prosperidade e bem-estar. Na realidade, a
motivação está contida dentro da própria pessoa e pode ser amplamente influenciada por
fontes externas ou pelo seu próprio trabalho na empresa. Portanto, não é obra única e
exclusiva da automotivação do indivíduo que, por si só, possui inúmeros pensamentos
conflitantes para lidar e resolver, mas, sobretudo, ela precisa ser constantemente estimulada
pelas empresas. Quebrar paradigmas e transformar a empresa num lugar onde o empregado se
sinta valorizado é o primeiro passo.
Outra questão é a busca das organizações por mecanismos que motivem, desafiem e retenham
seus talentos. O ser humano, atraído pelo novo, busca encontrar na mudança a solução de
suas aspirações, sendo este impulso utilizado pelas empresas para encontrar os trabalhadores
talentosos. Nesta disputa por talentos, as empresas precisam cada vez mais criar e praticar a
excelência dos ambientes de trabalho, tornando-se mais atrativas aos olhos dos trabalhadores,
tanto para seu ingresso como para sua permanência.
2. A MOTIVAÇÃO NUMA PERSPECTIVA HISTÓRICA
Nas teorias cognitivas, que surgiram entre os antigos filósofos, como Platão e Aristóteles, a
motivação é racional, já que o homem pensa naquilo que quer e trata de imaginar os meios
para obtê-lo; nas teorias hedonistas, o homem é motivado pelo prazer e evita a dor; as teorias
do instinto, originadas na teoria da evolução de Darwin, defendem a existência de ações
“herdadas”, como os reflexos, que foram desenvolvidas por Sigmund Freud, e se mantiveram
em evidência até meados do século XX (Murray, 1964); as teorias do impulso buscam
descrever a energia que impele os organismos à ação; os behavioristas atribuem às ações
condicionadas pelo meio ambiente a origem do comportamento motivado, inspirados nas
pesquisas de Pavlov e Thorndike; Skinner (1971), também da corrente behaviorista,
acreditava que os reforços positivos e negativos são capazes de estruturar ou extinguir
determinados comportamentos: daí pode-se depreender que, por diferentes caminhos, se
buscou e ainda se busca entender a motivação humana.
Antes da Revolução Industrial, a motivação para o trabalho era feita através de punições
psicológicas, financeiras e até mesmo físicas. Tudo que os administradores dispunham eram
do medo provocado pela ameaça de dispensa do emprego e do incentivo financeiro de
pagamento por peças produzidas, já que o único propósito da indústria era aumentar a
produção. Com o advento da Revolução Industrial, os grandes investimentos exigiam retornos
recompensadores, e começou a surgir a preocupação em melhorar os procedimentos na forma
de trabalhar.
A Escola da Administração Científica, criada a partir das pesquisas de Frederick W. Taylor,
por volta de 1880, apresentou os primeiros estudos sistemáticos sobre a racionalização do
trabalho nas indústrias, e constituiu a base da qual brotaram quase todas as tentativas na busca
da motivação dos trabalhadores. (Murrell, 1976).
O modelo de Taylor surgiu nos Estados Unidos, paralelamente ao de Fayol, na Europa. O
primeiro iniciou os estudos sobre a organização racional do trabalho, e o segundo, estabeleceu
os princípios universais de administração para a organização global das empresas: tais
modelos nortearam a estrutura e o gerenciamento das empresas em todo o mundo. (Silva,
1987)
Por volta de l930, surgiu a Escola das Relações Humanas, que enfatizou o comportamento
social, e a rejeição à idéia de que o dinheiro era o principal fator de motivação no trabalho.
Na abordagem da Escola de Recursos Humanos, o ser humano mostrou claramente ser mais
complexo do que se pensava, quando confrontado com o seu trabalho. Nela, os
administradores consideram os trabalhadores motivados por um conjunto de fatores
correlacionados, e começam a admitir as restrições impostas pelas diferenças individuais. A
motivação passa a ser considerada como um aspecto intrínseco às pessoas.
As abordagens contemporâneas para a motivação dos trabalhadores são dominadas por três
tipos de teorias, as quais se referem à análise das necessidades humanas, aos processos de
pensamento que influenciam o comportamento na busca por recompensas, e as que focalizam
o aprendizado do empregado em comportamentos desejados no trabalho. (Daft, 1997, pág.
322).
As Teorias de Conteúdo enfatizam as necessidades que motivam as pessoas, como realizações
ou recompensa financeira. Os defensores dessas teorias acreditam que as necessidades
humanas traduzem-se em uma energia que motiva comportamentos quando em busca de
suprir essas necessidades. Nelas se destacam: a Teoria das Necessidades de Maslow, a teoria
ERG – Existência, Relacionamento e Crescimento, de Clayton Alderfer, a Teoria Bifatorial de
Frederick Herzberg, e a Teoria das Necessidades Adquiridas de David Mc Clelland.
As Teorias de Processo explicam como os trabalhadores selecionam suas ações
comportamentais para satisfazer suas necessidades e determinam se suas escolhas foram bem-
sucedidas. As duas teorias de processo básicas são a da eqüidade, de J. Stacy Adams, e a da
expectativa, de Victor Vroom.
A Teoria de Reforço considera simplesmente o relacionamento entre o comportamento e suas
conseqüências. Ela enfoca as mudanças do comportamento dos empregados no trabalho
através do uso apropriado das recompensas e das punições.(Daft, 1999, p. 325)
Pode-se considerar que há três pontos que dão origem ao comportamento: 1) como resposta a
estímulos vindos do meio ambiente, 2) com base nas informações guardadas no consciente,
ou 3) por impulsos originados no inconsciente. Por isso, não existe nenhuma teoria que possa
explicar sozinha todas as características do comportamento motivacional. (Bergamini, 1997,
p. 38)
3. CAPACITAÇÃO PARA O TREINAMENTO E                                     APERFEIÇOAMENTO
PROFISSIONAL
A capacitação engloba os mecanismos necessários para que o trabalhador seja capaz de
desempenhar satisfatoriamente o seu papel no seio da organização; visa, portanto, supri-lo de
conhecimentos e habilidades que o tornem um elemento compatível com as necessidades da
empresa e com as exigências de competitividade do mercado. A necessidade de capacitação
surge quando o desempenho do trabalhador se torna incompatível com padrões
preestabelecidos, principalmente, os presentes nas descrições de cargo e nos procedimentos
operacionais.
Dentre as situações que originam necessidades de capacitação destacamos as seguintes: 1) a
criação de novos padrões, em decorrência da criação de cargos ou da ampliação das tarefas do
cargo; 2) a transformação de padrões existentes, quando as tarefas inerentes aos cargos
permanecem as mesmas, mas novos padrões de desempenho são exigidos; 3) as novas
contratações; e 4) situações de progressão funcional.Em todos estes casos a questão principal
esta relacionada ao desempenho esperado do trabalhador frente a padrões de desempenho
estabelecidos, sendo elementos formadores de padrões o que se segue: requisitos das tarefas,
habilidades requeridas, responsabilidades necessárias para execução das tarefas, requisitos
físicos e mentais, condições de trabalho e nível de interação com os demais elementos da
empresa.
A capacitação do trabalhador pode ser implementada basicamente através de três grandes
grupos de ação, a saber: as de formação profissional, as de aperfeiçoamento profissional e as
de treinamento, conforme quadro 1.

     Tipo            Objetivo         Duração    Abrangência Expectativa de     Compatibi-
                                                 do conteúdo obtenção de         lidade em
                                                                retorno          relação ao
                                                                                custo/bene-
                                                                                    fício
              Preparar o trabalhador
              para     exercer   uma
  Formação profissão que atenda a
 Profissional um certo mercado de     Longo         Amplo       Longo Prazo    Normalmente
              trabalho. Típica dos    Prazo                                    Incompatível
              ensinos de 1°, 2° e 3°
              graus.
  Aperfeiço- Preparar o trabalhador
   amento     para realizar trabalhos
                                      Médio       Moderado      Médio Prazo     Compatível
 profissional com maior grau de
                                      Prazo
              dificuldade.
              Preparar o trabalhador
              para uma certa função
 Treinamento através da aquisição Curto Prazo      Reduzido       Imediato      Compatível
              do conhecimento, da
              prática e da conduta
              necessária.

                       Quadro 1 - Tipologia das Ações Capacitadoras

                                       Fonte: do autor


As ações empresariais de capacitação têm sido, fundamentalmente, as de aperfeiçoamento
profissional e de treinamento, face, principalmente, ao custo elevado e ao longo prazo de
retorno relativos à formação profissional.
4. RETENDO TALENTOS NA ORGANIZAÇÃO
 “Talento” significando aqui pessoa portadora de amplos conhecimentos e habilidades, sendo
o tipo de funcionário que emprega sua energia e competência em qualquer trabalho que lhe
couber, construindo um legado profissional e pessoal formado de conhecimentos,
competências e atitudes. Enfim, um funcionário cujas ações e idéias tenham sua marca
pessoal, formando sua reputação, numa postura de auto-superação com valores éticos, que lhe
assegurará o “selo de talento” que o mercado de trabalho tanto quer.
Todas as técnicas motivacionais apresentadas são recursos para a empresa proporcionar
satisfação aos seus empregados, e também para retê-los. Cada vez mais o mercado se amplia
através da informatização, e o assédio aos profissionais competentes também se torna mais
agressivo, como é o exemplo do recrutamento “on-line”, com a presença maciça de “sites” de
“headhunters” – os caçadores de talentos.
Quando se fala em motivação, entra-se nas fronteiras da relação do indivíduo com o trabalho.
Ela vem de dentro, todavia, sem estímulos lícitos, constantes e formais das organizações, todo
o ímpeto e desejo dos empregados poderá ser desperdiçado e, com o tempo, aniquilado o
compromisso daqueles com as empresas.
Embora a cada dia surjam no mercado novas fórmulas, consultores, psicólogos e empresários
sugerindo modernas técnicas para motivação, percebe-se que a maioria delas poderia ser
enquadrada nas teorias já existentes. Enfim, uma empresa motiva seus empregados adaptando
antigas teorias, pesquisando outras, ou criando seu próprio modelo, adequado à sua realidade.
Ao se propor a utilização das técnicas motivacionais como mecanismo para a retenção de
talentos, deve-se considerar seus fundamentos, já que na abordagem de recursos humanos, o
homem, quando confrontado com seu trabalho, mostra claramente ser mais complexo do que
se imaginava. Dessa forma, passa-se a aceitar a idéia de que pessoas distintas busquem
diferentes objetivos ao se engajarem em determinado tipo de trabalho, e que possuem
diferentes habilidades e talentos, portanto, com condições de contribuir diferentemente para
os objetivos organizacionais. Neste contexto a motivação passa a ser considerada como um
aspecto intrínseco às pessoas, não sendo possível que alguém motive alguém.
Nas teorias de conteúdo, tanto Maslow quanto Herzberg defendem as hipóteses de que
sempre há uma forma de motivar as pessoas, seja através da satisfação da necessidade
(fisiológica, segurança, social, estima e crescimento), seja através do enriquecimento do cargo
(maior responsabilidade nas tarefas que executa). Segundo Adams, responsável pelo
desenvolvimento da teoria da eqüidade, as pessoas estão motivadas a procurar uma eqüidade
social nas recompensas que esperam por seu desempenho, portanto, duas pessoas ao
realizarem trabalhos similares, devem obter recompensas iguais. Victor H.Vroom, através da
teoria da expectativa, desenvolveu um modelo contingencial de motivação, baseando-se na
observação de que este processo não depende apenas dos objetivos individuais, mas também
do contexto de trabalho em que o indivíduo está inserido. Diante disso, é fundamental que na
aplicação das técnicas motivacionais por parte das organizações, seja levado em conta o
respeito pelas diferenças de habilidades e talentos existentes entre as pessoas, que o
cumprimento das necessidades básicas implique em recompensas adequadas e justas, e que as
perspectivas de realização de uma tarefa por parte do indivíduo seja um objetivo seu, que
tenha capacidade para concretizá-la e que a empresa lhe dê condições para desenvolvê-lo.
Muitas empresas, principalmente aquelas que investem efetivamente na qualificação de seus
empregados, preocupam-se com a perda destes para as suas concorrentes. O que se percebe é
que os trabalhadores, principalmente os “talentosos”, buscam reconhecimento profissional,
bom ambiente de trabalho, participação nos processos de decisão, condições de
desenvolvimento profissional, chance de realização pessoal, oportunidades de travar bons
relacionamentos de amizade dentro da empresa, políticas justas de remuneração, possibilidade
de efetuar trabalhos interessantes, ver-se respeitado, receber “feedback” de seu desempenho,
confiar na empresa onde trabalha; dentre outros fatores.
A prática, associada à pesquisa científica, tem demonstrado que, para motivar e reter os
profissionais de talento, os dirigentes precisam de:
        • Mecanismos para humanizar o ambiente de trabalho, tornando-o produtivo, alegre
           e agradável;
        • Que fluam boas relações entre os empregados e as tarefas. Cada empregado poderá,
           com o tempo, cumprir as atividades que, ao mesmo tempo, garantam o atendimento
           de suas necessidades básicas e lhe tragam auto-realização;
        • Valorizar mais os resultados do que a forma de se trabalhar, dando liberdade de
           criação aos empregados na busca de novos métodos de execução das tarefas;
        • Delegar poder e autoridade aos empregados -“empowerment” - através da
           transmissão de informações e conhecimentos, e da concessão de recompensas e
           autonomia, o que pode torná-los mais empenhados no cumprimento das metas;
        • Técnicas para rodízio, enriquecimento e ampliação de tarefas – “job rotation”, “job
           enrichment” e “job enlargement”: A divisão do trabalho, na qual um funcionário
           atua somente em uma fase do processo produtivo, faz com que não tenha noção do
todo, e, conseqüentemente, sinta-se desmotivado pela seqüência exaustiva de
         movimentos repetitivos. A aplicação destas técnicas pode trazer maior satisfação,
         pois o empregado executa tarefas diferentes e mais complexas, podendo tornar-se
         polivalente, trazendo-lhe motivação e benefícios para a empresa;
       • Planos de cargos e salários, planos de participação em lucros e resultados,
         somatório de bônus, programas flexíveis de trabalho, pagamento por
         conhecimentos, e uma política de remuneração justa. Quando se oferece benefícios
         apenas para parte dos funcionários de uma empresa, quebra-se a desejada
         harmonia;
       • Considerar seus funcionários como o capital intelectual da empresa, já que são eles
         que atendem aos clientes, identificam oportunidades, lideram equipes e processos,
         produzem e dirigem os negócios da empresa;
       • Conceder salário moral, o que significa oferecer um clima organizacional com
         transparência e respeito;
       • Possuir uma visão holística do homem, criando condições para que cada um cresça
         e se sinta valorizado dentro da empresa;
       • Estimular o empreendedorismo;
       • Implementar planos de carreira, permitindo aos funcionários saber até aonde
         podem chegar, dentro da mesma organização;
       • Recrutamento interno, dando oportunidades de crescimento profissional para seus
         colaboradores. Essa política de gestão procura valorizar seus talentos internos,
         além de apresentar menores custos;
       • Visão de longo prazo. Por exemplo, algumas empresas desenvolvem programas de
         captação de novos talentos nas universidades, para formar seus futuros
         colaboradores;
       • Investir na imagem da empresa. Mostrar um perfil ético, voltado para a preservação
         ambiental e as causas sociais, agregando credibilidade à sua marca e,
         conseqüentemente, tornando-se mais atrativa;
       • Utilizar-se do “e-learning”, forma de aprendizagem através do computador, para o
         que já existem empresas especializadas, disponibilizando cursos sobre diversas
         áreas do conhecimento;
       • Investir na educação dos empregados, no treinamento e aperfeiçoamento
         profissional, sob inúmeras formas, sempre buscando melhor qualificação nas áreas
         de atuação da empresa. Há exemplos de empresas que custeiam bolsas de estudos
         integral ou parcialmente para seus funcionários; convênios entre empresas e
         escolas; aproveitamento de cursos promovidos por instituições públicas e privadas,
         como as universidades, fundações, Senai, Senac, indústrias, entre outros;
       • Workshops dentro ou fora dos ambientes da própria empresa;
       • Valer-se de programas de isenção de impostos para investimentos em educação e
         capacitação profissional, ainda pouco utilizados pelas empresas brasileiras;
       • Implantar programas de qualidade com a integração de todos os funcionários;
       • Adoção de sistemas de comunicações eficientes, de forma que os programas de
         aperfeiçoamento possam ser acessados por todos;
       • Promover programas de avaliação de desempenho direcionados para o crescimento
         dos indivíduos, de forma regular, transparente e executado por pessoal
         especializado.
5.CONCLUSÃO
A formação do profissional talentoso resulta, em geral, de um processo que envolve
motivação, investimentos em capacitação e aperfeiçoamento profissional, e desenvolvimento
de habilidades. A importância de seu papel vai além da contribuição individual, pois ele
exerce grande influência entre os demais funcionários, e se reflete intensamente na imagem de
sua empresa. Por esta razão, as empresas estão cada vez mais atentas aos processos de seleção
e desenvolvimento de seu pessoal, em busca de novas formas de reter os talentos em seus
quadros. Apesar disso, algumas organizações, embora exaltem seu capital humano, na prática
continuam privilegiando os lucros de curto prazo e investindo pouco na formação de seu
pessoal.
Segundo pesquisas recentes, dentre as 40 empresas classificadas em todo o Brasil como as
melhores em gestão de pessoal, 85% apresentaram no último ano de 2003 um lucro acima de
9%. Este resultado é mais significativo ao considerar-se que 84% das 1000 maiores empresas
em faturamento apresentaram um prejuízo médio de 2,6%. Resultados como estes, que
evidenciam a relação entre gestão de pessoas e lucratividade, ocorrem no mundo inteiro, ou
seja, as empresas de sucesso colocam as pessoas em primeiro lugar. Seus diferenciais
competitivos são as competências humanas, como a criatividade, a capacidade de interação, a
comunicação, a cooperação e a ética. Essas organizações de sucesso sustentado têm nos
recursos humanos seus principais ativos, pois são eles que qualificam e dão vida aos demais
recursos.
Este trabalho teve como objetivo apresentar as teorias e práticas motivacionais para
instrumentalizar as empresas, dando-lhes fundamentos e técnicas para irem ao encontro das
aspirações dos funcionários talentosos, tornando-se cada vez mais atrativas e competitivas.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Bergamini, Cecília. Motivação nas organizações. São Paulo: Atlas, 1997.
Daft, Richard. Administração. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S/A,
1999.
Herzberg, Frederick. Mais uma vez, como motivar seus funcionários? Harvard Business
Review Book. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
Kanter, Rosabeth Moss. O ataque ao salário. Harvard Business Review Book. Rio de Janeiro:
Campus, 1997.
Murray, Edward J. Motivação e emoção. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1966.
Murrell, Hywel. Motivação no Trabalho. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1976.
Silva, Benedito. Taylor e Fayol. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1987.
http://www.rh.com.br/
http://www.ntu.org.br/banco/rh/artigos.htm
http://www.jnjbrasil.com.br/
http://www.universidades.com.br/brasil.htm
http://www.unir.br/~primeira/artigo32.html
http://www.escm.ucam.edu.br/artigos05.asp
http://carreiras.empregos.com.br/carreira/administracao/qualidade_de_vida/180501-
sexo_trabalho_salutia.shtm

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Motivando e Retendo Talentos com Treinamento

  • 1. Motivando e Retendo Talentos nas Organizações Autores: Marcos Muniz Moreira, M.Sc., Universidade Federal Fluminense Carlos Alberto Pereira Soares, D.Sc, Universidade Federal Fluminense Palavras-chave: motivação, talentos, aperfeiçoamento profissional RESUMO: O mundo está passando por notáveis transformações, as organizações tentam acompanhar e sobreviver a essas mudanças, e as pessoas buscam se preparar para desempenhar os novos papéis que lhes vão sendo solicitados. Neste cenário, as empresas se preocupam em ter profissionais versáteis em seus quadros, com habilidades e competências para adaptarem-se mais facilmente às novas tecnologias, e motivados para enfrentar tais desafios. Os estudos sobre a motivação humana, principalmente em seus aspectos voltados para o trabalho, tornam-se fundamentais para que as empresas, após detectar os funcionários talentosos de que precisam, possam motivá-los e, mais ainda, conquistá-los para que nelas permaneçam. Neste contexto, este trabalho apresenta mecanismos associados aos processos de motivação e capacitação profissionais, voltados para a busca e retenção de talentos nas organizações. Email: marcosmm@superig.com.br Área temática – Gestão de Pessoas
  • 2. Motivando e Retendo Talentos nas Organizações 1. INTRODUÇÃO A motivação tem representado o ponto de partida para se chegar a compreender melhor o comportamento humano. Para tanto, todas as iniciativas nesse sentido levaram-na a ser explorada por diversos ângulos da pesquisa científica, dando origem a muitas teorias que, sem anular-se umas às outras, se complementam, buscando uma visão cada vez mais abrangente do ser humano em toda a sua complexidade. Para este estudo, que associa a motivação ao trabalho, ela é o fator determinante que leva o indivíduo a executar tarefas na medida de suas melhores capacidades e aptidões, já que de seu desempenho dependerá em muito o seu nível de prosperidade e bem-estar. Na realidade, a motivação está contida dentro da própria pessoa e pode ser amplamente influenciada por fontes externas ou pelo seu próprio trabalho na empresa. Portanto, não é obra única e exclusiva da automotivação do indivíduo que, por si só, possui inúmeros pensamentos conflitantes para lidar e resolver, mas, sobretudo, ela precisa ser constantemente estimulada pelas empresas. Quebrar paradigmas e transformar a empresa num lugar onde o empregado se sinta valorizado é o primeiro passo. Outra questão é a busca das organizações por mecanismos que motivem, desafiem e retenham seus talentos. O ser humano, atraído pelo novo, busca encontrar na mudança a solução de suas aspirações, sendo este impulso utilizado pelas empresas para encontrar os trabalhadores talentosos. Nesta disputa por talentos, as empresas precisam cada vez mais criar e praticar a excelência dos ambientes de trabalho, tornando-se mais atrativas aos olhos dos trabalhadores, tanto para seu ingresso como para sua permanência. 2. A MOTIVAÇÃO NUMA PERSPECTIVA HISTÓRICA Nas teorias cognitivas, que surgiram entre os antigos filósofos, como Platão e Aristóteles, a motivação é racional, já que o homem pensa naquilo que quer e trata de imaginar os meios para obtê-lo; nas teorias hedonistas, o homem é motivado pelo prazer e evita a dor; as teorias do instinto, originadas na teoria da evolução de Darwin, defendem a existência de ações “herdadas”, como os reflexos, que foram desenvolvidas por Sigmund Freud, e se mantiveram em evidência até meados do século XX (Murray, 1964); as teorias do impulso buscam descrever a energia que impele os organismos à ação; os behavioristas atribuem às ações condicionadas pelo meio ambiente a origem do comportamento motivado, inspirados nas pesquisas de Pavlov e Thorndike; Skinner (1971), também da corrente behaviorista, acreditava que os reforços positivos e negativos são capazes de estruturar ou extinguir determinados comportamentos: daí pode-se depreender que, por diferentes caminhos, se buscou e ainda se busca entender a motivação humana. Antes da Revolução Industrial, a motivação para o trabalho era feita através de punições psicológicas, financeiras e até mesmo físicas. Tudo que os administradores dispunham eram do medo provocado pela ameaça de dispensa do emprego e do incentivo financeiro de pagamento por peças produzidas, já que o único propósito da indústria era aumentar a produção. Com o advento da Revolução Industrial, os grandes investimentos exigiam retornos recompensadores, e começou a surgir a preocupação em melhorar os procedimentos na forma de trabalhar. A Escola da Administração Científica, criada a partir das pesquisas de Frederick W. Taylor, por volta de 1880, apresentou os primeiros estudos sistemáticos sobre a racionalização do trabalho nas indústrias, e constituiu a base da qual brotaram quase todas as tentativas na busca da motivação dos trabalhadores. (Murrell, 1976). O modelo de Taylor surgiu nos Estados Unidos, paralelamente ao de Fayol, na Europa. O primeiro iniciou os estudos sobre a organização racional do trabalho, e o segundo, estabeleceu os princípios universais de administração para a organização global das empresas: tais
  • 3. modelos nortearam a estrutura e o gerenciamento das empresas em todo o mundo. (Silva, 1987) Por volta de l930, surgiu a Escola das Relações Humanas, que enfatizou o comportamento social, e a rejeição à idéia de que o dinheiro era o principal fator de motivação no trabalho. Na abordagem da Escola de Recursos Humanos, o ser humano mostrou claramente ser mais complexo do que se pensava, quando confrontado com o seu trabalho. Nela, os administradores consideram os trabalhadores motivados por um conjunto de fatores correlacionados, e começam a admitir as restrições impostas pelas diferenças individuais. A motivação passa a ser considerada como um aspecto intrínseco às pessoas. As abordagens contemporâneas para a motivação dos trabalhadores são dominadas por três tipos de teorias, as quais se referem à análise das necessidades humanas, aos processos de pensamento que influenciam o comportamento na busca por recompensas, e as que focalizam o aprendizado do empregado em comportamentos desejados no trabalho. (Daft, 1997, pág. 322). As Teorias de Conteúdo enfatizam as necessidades que motivam as pessoas, como realizações ou recompensa financeira. Os defensores dessas teorias acreditam que as necessidades humanas traduzem-se em uma energia que motiva comportamentos quando em busca de suprir essas necessidades. Nelas se destacam: a Teoria das Necessidades de Maslow, a teoria ERG – Existência, Relacionamento e Crescimento, de Clayton Alderfer, a Teoria Bifatorial de Frederick Herzberg, e a Teoria das Necessidades Adquiridas de David Mc Clelland. As Teorias de Processo explicam como os trabalhadores selecionam suas ações comportamentais para satisfazer suas necessidades e determinam se suas escolhas foram bem- sucedidas. As duas teorias de processo básicas são a da eqüidade, de J. Stacy Adams, e a da expectativa, de Victor Vroom. A Teoria de Reforço considera simplesmente o relacionamento entre o comportamento e suas conseqüências. Ela enfoca as mudanças do comportamento dos empregados no trabalho através do uso apropriado das recompensas e das punições.(Daft, 1999, p. 325) Pode-se considerar que há três pontos que dão origem ao comportamento: 1) como resposta a estímulos vindos do meio ambiente, 2) com base nas informações guardadas no consciente, ou 3) por impulsos originados no inconsciente. Por isso, não existe nenhuma teoria que possa explicar sozinha todas as características do comportamento motivacional. (Bergamini, 1997, p. 38) 3. CAPACITAÇÃO PARA O TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL A capacitação engloba os mecanismos necessários para que o trabalhador seja capaz de desempenhar satisfatoriamente o seu papel no seio da organização; visa, portanto, supri-lo de conhecimentos e habilidades que o tornem um elemento compatível com as necessidades da empresa e com as exigências de competitividade do mercado. A necessidade de capacitação surge quando o desempenho do trabalhador se torna incompatível com padrões preestabelecidos, principalmente, os presentes nas descrições de cargo e nos procedimentos operacionais. Dentre as situações que originam necessidades de capacitação destacamos as seguintes: 1) a criação de novos padrões, em decorrência da criação de cargos ou da ampliação das tarefas do cargo; 2) a transformação de padrões existentes, quando as tarefas inerentes aos cargos permanecem as mesmas, mas novos padrões de desempenho são exigidos; 3) as novas contratações; e 4) situações de progressão funcional.Em todos estes casos a questão principal esta relacionada ao desempenho esperado do trabalhador frente a padrões de desempenho estabelecidos, sendo elementos formadores de padrões o que se segue: requisitos das tarefas, habilidades requeridas, responsabilidades necessárias para execução das tarefas, requisitos
  • 4. físicos e mentais, condições de trabalho e nível de interação com os demais elementos da empresa. A capacitação do trabalhador pode ser implementada basicamente através de três grandes grupos de ação, a saber: as de formação profissional, as de aperfeiçoamento profissional e as de treinamento, conforme quadro 1. Tipo Objetivo Duração Abrangência Expectativa de Compatibi- do conteúdo obtenção de lidade em retorno relação ao custo/bene- fício Preparar o trabalhador para exercer uma Formação profissão que atenda a Profissional um certo mercado de Longo Amplo Longo Prazo Normalmente trabalho. Típica dos Prazo Incompatível ensinos de 1°, 2° e 3° graus. Aperfeiço- Preparar o trabalhador amento para realizar trabalhos Médio Moderado Médio Prazo Compatível profissional com maior grau de Prazo dificuldade. Preparar o trabalhador para uma certa função Treinamento através da aquisição Curto Prazo Reduzido Imediato Compatível do conhecimento, da prática e da conduta necessária. Quadro 1 - Tipologia das Ações Capacitadoras Fonte: do autor As ações empresariais de capacitação têm sido, fundamentalmente, as de aperfeiçoamento profissional e de treinamento, face, principalmente, ao custo elevado e ao longo prazo de retorno relativos à formação profissional. 4. RETENDO TALENTOS NA ORGANIZAÇÃO “Talento” significando aqui pessoa portadora de amplos conhecimentos e habilidades, sendo o tipo de funcionário que emprega sua energia e competência em qualquer trabalho que lhe couber, construindo um legado profissional e pessoal formado de conhecimentos, competências e atitudes. Enfim, um funcionário cujas ações e idéias tenham sua marca pessoal, formando sua reputação, numa postura de auto-superação com valores éticos, que lhe assegurará o “selo de talento” que o mercado de trabalho tanto quer. Todas as técnicas motivacionais apresentadas são recursos para a empresa proporcionar satisfação aos seus empregados, e também para retê-los. Cada vez mais o mercado se amplia através da informatização, e o assédio aos profissionais competentes também se torna mais agressivo, como é o exemplo do recrutamento “on-line”, com a presença maciça de “sites” de “headhunters” – os caçadores de talentos. Quando se fala em motivação, entra-se nas fronteiras da relação do indivíduo com o trabalho. Ela vem de dentro, todavia, sem estímulos lícitos, constantes e formais das organizações, todo o ímpeto e desejo dos empregados poderá ser desperdiçado e, com o tempo, aniquilado o compromisso daqueles com as empresas.
  • 5. Embora a cada dia surjam no mercado novas fórmulas, consultores, psicólogos e empresários sugerindo modernas técnicas para motivação, percebe-se que a maioria delas poderia ser enquadrada nas teorias já existentes. Enfim, uma empresa motiva seus empregados adaptando antigas teorias, pesquisando outras, ou criando seu próprio modelo, adequado à sua realidade. Ao se propor a utilização das técnicas motivacionais como mecanismo para a retenção de talentos, deve-se considerar seus fundamentos, já que na abordagem de recursos humanos, o homem, quando confrontado com seu trabalho, mostra claramente ser mais complexo do que se imaginava. Dessa forma, passa-se a aceitar a idéia de que pessoas distintas busquem diferentes objetivos ao se engajarem em determinado tipo de trabalho, e que possuem diferentes habilidades e talentos, portanto, com condições de contribuir diferentemente para os objetivos organizacionais. Neste contexto a motivação passa a ser considerada como um aspecto intrínseco às pessoas, não sendo possível que alguém motive alguém. Nas teorias de conteúdo, tanto Maslow quanto Herzberg defendem as hipóteses de que sempre há uma forma de motivar as pessoas, seja através da satisfação da necessidade (fisiológica, segurança, social, estima e crescimento), seja através do enriquecimento do cargo (maior responsabilidade nas tarefas que executa). Segundo Adams, responsável pelo desenvolvimento da teoria da eqüidade, as pessoas estão motivadas a procurar uma eqüidade social nas recompensas que esperam por seu desempenho, portanto, duas pessoas ao realizarem trabalhos similares, devem obter recompensas iguais. Victor H.Vroom, através da teoria da expectativa, desenvolveu um modelo contingencial de motivação, baseando-se na observação de que este processo não depende apenas dos objetivos individuais, mas também do contexto de trabalho em que o indivíduo está inserido. Diante disso, é fundamental que na aplicação das técnicas motivacionais por parte das organizações, seja levado em conta o respeito pelas diferenças de habilidades e talentos existentes entre as pessoas, que o cumprimento das necessidades básicas implique em recompensas adequadas e justas, e que as perspectivas de realização de uma tarefa por parte do indivíduo seja um objetivo seu, que tenha capacidade para concretizá-la e que a empresa lhe dê condições para desenvolvê-lo. Muitas empresas, principalmente aquelas que investem efetivamente na qualificação de seus empregados, preocupam-se com a perda destes para as suas concorrentes. O que se percebe é que os trabalhadores, principalmente os “talentosos”, buscam reconhecimento profissional, bom ambiente de trabalho, participação nos processos de decisão, condições de desenvolvimento profissional, chance de realização pessoal, oportunidades de travar bons relacionamentos de amizade dentro da empresa, políticas justas de remuneração, possibilidade de efetuar trabalhos interessantes, ver-se respeitado, receber “feedback” de seu desempenho, confiar na empresa onde trabalha; dentre outros fatores. A prática, associada à pesquisa científica, tem demonstrado que, para motivar e reter os profissionais de talento, os dirigentes precisam de: • Mecanismos para humanizar o ambiente de trabalho, tornando-o produtivo, alegre e agradável; • Que fluam boas relações entre os empregados e as tarefas. Cada empregado poderá, com o tempo, cumprir as atividades que, ao mesmo tempo, garantam o atendimento de suas necessidades básicas e lhe tragam auto-realização; • Valorizar mais os resultados do que a forma de se trabalhar, dando liberdade de criação aos empregados na busca de novos métodos de execução das tarefas; • Delegar poder e autoridade aos empregados -“empowerment” - através da transmissão de informações e conhecimentos, e da concessão de recompensas e autonomia, o que pode torná-los mais empenhados no cumprimento das metas; • Técnicas para rodízio, enriquecimento e ampliação de tarefas – “job rotation”, “job enrichment” e “job enlargement”: A divisão do trabalho, na qual um funcionário atua somente em uma fase do processo produtivo, faz com que não tenha noção do
  • 6. todo, e, conseqüentemente, sinta-se desmotivado pela seqüência exaustiva de movimentos repetitivos. A aplicação destas técnicas pode trazer maior satisfação, pois o empregado executa tarefas diferentes e mais complexas, podendo tornar-se polivalente, trazendo-lhe motivação e benefícios para a empresa; • Planos de cargos e salários, planos de participação em lucros e resultados, somatório de bônus, programas flexíveis de trabalho, pagamento por conhecimentos, e uma política de remuneração justa. Quando se oferece benefícios apenas para parte dos funcionários de uma empresa, quebra-se a desejada harmonia; • Considerar seus funcionários como o capital intelectual da empresa, já que são eles que atendem aos clientes, identificam oportunidades, lideram equipes e processos, produzem e dirigem os negócios da empresa; • Conceder salário moral, o que significa oferecer um clima organizacional com transparência e respeito; • Possuir uma visão holística do homem, criando condições para que cada um cresça e se sinta valorizado dentro da empresa; • Estimular o empreendedorismo; • Implementar planos de carreira, permitindo aos funcionários saber até aonde podem chegar, dentro da mesma organização; • Recrutamento interno, dando oportunidades de crescimento profissional para seus colaboradores. Essa política de gestão procura valorizar seus talentos internos, além de apresentar menores custos; • Visão de longo prazo. Por exemplo, algumas empresas desenvolvem programas de captação de novos talentos nas universidades, para formar seus futuros colaboradores; • Investir na imagem da empresa. Mostrar um perfil ético, voltado para a preservação ambiental e as causas sociais, agregando credibilidade à sua marca e, conseqüentemente, tornando-se mais atrativa; • Utilizar-se do “e-learning”, forma de aprendizagem através do computador, para o que já existem empresas especializadas, disponibilizando cursos sobre diversas áreas do conhecimento; • Investir na educação dos empregados, no treinamento e aperfeiçoamento profissional, sob inúmeras formas, sempre buscando melhor qualificação nas áreas de atuação da empresa. Há exemplos de empresas que custeiam bolsas de estudos integral ou parcialmente para seus funcionários; convênios entre empresas e escolas; aproveitamento de cursos promovidos por instituições públicas e privadas, como as universidades, fundações, Senai, Senac, indústrias, entre outros; • Workshops dentro ou fora dos ambientes da própria empresa; • Valer-se de programas de isenção de impostos para investimentos em educação e capacitação profissional, ainda pouco utilizados pelas empresas brasileiras; • Implantar programas de qualidade com a integração de todos os funcionários; • Adoção de sistemas de comunicações eficientes, de forma que os programas de aperfeiçoamento possam ser acessados por todos; • Promover programas de avaliação de desempenho direcionados para o crescimento dos indivíduos, de forma regular, transparente e executado por pessoal especializado. 5.CONCLUSÃO A formação do profissional talentoso resulta, em geral, de um processo que envolve motivação, investimentos em capacitação e aperfeiçoamento profissional, e desenvolvimento
  • 7. de habilidades. A importância de seu papel vai além da contribuição individual, pois ele exerce grande influência entre os demais funcionários, e se reflete intensamente na imagem de sua empresa. Por esta razão, as empresas estão cada vez mais atentas aos processos de seleção e desenvolvimento de seu pessoal, em busca de novas formas de reter os talentos em seus quadros. Apesar disso, algumas organizações, embora exaltem seu capital humano, na prática continuam privilegiando os lucros de curto prazo e investindo pouco na formação de seu pessoal. Segundo pesquisas recentes, dentre as 40 empresas classificadas em todo o Brasil como as melhores em gestão de pessoal, 85% apresentaram no último ano de 2003 um lucro acima de 9%. Este resultado é mais significativo ao considerar-se que 84% das 1000 maiores empresas em faturamento apresentaram um prejuízo médio de 2,6%. Resultados como estes, que evidenciam a relação entre gestão de pessoas e lucratividade, ocorrem no mundo inteiro, ou seja, as empresas de sucesso colocam as pessoas em primeiro lugar. Seus diferenciais competitivos são as competências humanas, como a criatividade, a capacidade de interação, a comunicação, a cooperação e a ética. Essas organizações de sucesso sustentado têm nos recursos humanos seus principais ativos, pois são eles que qualificam e dão vida aos demais recursos. Este trabalho teve como objetivo apresentar as teorias e práticas motivacionais para instrumentalizar as empresas, dando-lhes fundamentos e técnicas para irem ao encontro das aspirações dos funcionários talentosos, tornando-se cada vez mais atrativas e competitivas. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Bergamini, Cecília. Motivação nas organizações. São Paulo: Atlas, 1997. Daft, Richard. Administração. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S/A, 1999. Herzberg, Frederick. Mais uma vez, como motivar seus funcionários? Harvard Business Review Book. Rio de Janeiro: Campus, 1997. Kanter, Rosabeth Moss. O ataque ao salário. Harvard Business Review Book. Rio de Janeiro: Campus, 1997. Murray, Edward J. Motivação e emoção. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1966. Murrell, Hywel. Motivação no Trabalho. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1976. Silva, Benedito. Taylor e Fayol. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1987. http://www.rh.com.br/ http://www.ntu.org.br/banco/rh/artigos.htm http://www.jnjbrasil.com.br/ http://www.universidades.com.br/brasil.htm http://www.unir.br/~primeira/artigo32.html http://www.escm.ucam.edu.br/artigos05.asp http://carreiras.empregos.com.br/carreira/administracao/qualidade_de_vida/180501- sexo_trabalho_salutia.shtm