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Potencial de ação

                               Potencial de ação
                                            a- proteínas
1      Membrana neuronal em repouso Movimento dos íons
                                   1.1 –
           a- membrana fosfolipídica
                           1.2 Bases iônicas do potencial de repouso
           b- proteínas              a – potencial de equilíbrio
       1.1 – Movimentopermeabilidade iônica relativa ao potencial de repouso
                    b–    dos íons
       1.2 Bases iônicas do potencial de repouso
                       2       Propriedades do potencial de ação
           a – potencial de equilíbrio
                         3       Condução do potencial de ação
           b – permeabilidade iônica relativa ao potencial de repouso
2      Propriedades do potencial de ação
3      Condução do potencial de ação

1 - Membrana neuronal em repouso
        Para que um simples reflexo aconteça é necessário que o sistema nervoso colete,
distribua e integre as informações.
        O neurônio conduz as informações por longas distâncias usando sinais elétricos
que percorrem seus axônios. No citoplasma do neurônio a carga elétrica é transportada
por átomos eletricamente carregados (íons).
        O neurônio é banhado em fluido extracelular salino que conduz eletricidade. A
membrana do axônio possui propriedades que lhe permite conduzir um tipo de sinal
específico – o impulso nervoso, ou potencial de ação – que supera algumas limitações
biológicas da própria célula. Ao contrário dos sinais elétricos conduzidos passivamente,
potenciais elétricos não diminuem com a distância, eles são sinais de amplitude e
duração fixas. A informação está codificada na freqüência dos potenciais de ação de
neurônios individuais, bem como na distribuição e número de neurônios disparando
potenciais de ação em um dado nervo. As células capazes de gerar e conduzir potenciais
de ação são células nervosas (neurônios) e células musculares, pois ambas possuem
membrana excitável.
                                            Quando uma célula com capacidade de
                                            excitação não está gerando potencial de ação,
                                            diz-se que ela está em repouso. A região interna
                                            da membrana do neurônio em repouso possui
                                            uma carga elétrica negativa, quando comparada
                                            a carga externa à membrana. Essa diferença de
                                            cargas através da membrana é chamada de
                                            potencial de repouso da membrana. O potencial
                                            de ação é uma breve inversão dessa condição, o
                                            que faz com que por um breve instante, a carga
                                            interna seja positiva em relação ao exterior do
                                            neurônio.


        a - A membrana fosfolipídica
        A membrana fosfolipídica é um
arranjo estável que isola o citoplasma do
neurônio do líquido extracelular. Possui uma
bicamada lipídica onde os lados hidrofílicos
estão em contato com o meio aquoso (interno
e externo da célula) e a porção hidrofóbica
está no interior da membrana.




Nathalia Fuga – Fisiologia I                                                    Página 1
Potencial de ação

        b - Proteínas
        Os íons cruzam a membrana através de caminhos fornecidos por proteínas
contidas na membrana. Os potenciais de repouso e de ação são dependentes dessas
proteínas especiais. Os canais iônicos são formados por proteínas que se estendem
através da membrana formando poros. Além dessas proteínas que formam canais, outras
proteínas que se estendem através da membrana se organizam para formar bombas
iônicas. Elas utilizam a energia liberada pela quebra do ATP para transportar certos íons
através da membrana. Essas bombas desempenham uma função crítica na sinalização
neuronal a transportarem Na+ e Ca 2+ para dentro e fora do neurônio.

        1.1– Movimentos dos íons
        A existência de um canal aberto na membrana não garante que haverá
movimento líquido de íons através da membrana. Tal movimento requer também que
outras forças externas sejam usadas para forçá-los a atravessar a membrana.
Movimentos iônicos através da membrana são necessários para o funcionamento do
sistema nervoso. Os movimentos iônicos através dos canais são influenciados por dois
fatores:
             difusão: movimento líquido de íons
               de região de alta concentração para
               regiões de baixa concentração.
               Lembrando-se que íons e moléculas
               estão em movimento aleatório
               dependendo da temperatura que
               tende a distribuir os íons igualmente
               na solução. Os íons são forçados a
               atravessar a membrana quando: a
               membrana possui canais permeáveis
               a eles, existe diferença de
               concentração.
             eletricidade: além da difusão a favor do gradiente de concentração, outra
               maneira de induzir um movimento líquido de uma solução é através de
               um campo elétrico, uma vez que os íons são eletricamente carregados.
        Portanto o movimento de qualquer íon através da membrana depende do
gradiente de concentração e da diferença no potencial elétrico através da membrana.

        1.2 - Bases iônicas do potencial de repouso
       O interior do neurônio é eletricamente negativo com relação ao exterior. Essa
diferença constante, o potencial de repouso da membrana, é mantida sempre que o
neurônio não está gerando impulsos. O potencial de repouso típico é cerca de -65 mV, o
potencial negativo no interior do neurônio é importante para ao funcionamento do
sistema nervoso.




        Considerando uma célula hipotética na qual o seu interior é separado do exterior
por uma membrana fosfolipídica, com uma proteína de canal K+. Dentro e fora desta
célula temos uma solução de sal de potássio, fornecendo K+ e A-, a diferença entre os

Nathalia Fuga – Fisiologia I                                                   Página 2
Potencial de ação

meios é a concentração (mais concentrada no interior). Há então um movimento a favor
do gradiente de concentração. À medida que o fluído no interior adquire mais e mais
cargas negativas, a força elétrica começa a atrair íons K+ para o interior da célula.
Quando uma determinada diferença de potencial é atingida, a força elétrica que atrai
íons K+ ao interior é contrabalançada com a força da difusão, que os coloca para fora.
Assim ocorre um estado de equilíbrio em que as forças de difusão e as elétricas são
iguais, mas em direções opostas. A concentração iônica que contrabalanceia a diferença
elétrica é chamada de potencial de equilíbrio iônico.
        Assim, o potencial de membrana de um neurônio depende das concentrações
iônicas nos dois lados da membrana. O K+ está mais
concentrado no meio intracelular, enquanto que o Na+ e
Ca 2+ estão mais concentrados no meio extracelular. Os
gradientes de concentração são estabelecidos pela ação
das bombas iônicas na membrana neuronal.
        A bomba de sódio e potássio é uma enzima que
hidrolisa ATP na presença de sódio intracelular. A ação
dessa bomba garante que o K+ esteja mais concentrado
dentro do neurônio e o Na+ mais concentrado fora, contra
os seus respectivos gradientes de concentração e portanto
gastando energia. As bombas iônicas trabalham para
assegurar que os gradientes de concentração iônica sejam
estabelecidos e mantidos.

2 - Propriedades do potencial de ação
        Como anteriormente foi dito, o citoplasma do neurônio em repouso está
carregado negativamente em relação ao fluido extracelular. O potencial de ação é uma
inversão rápida dessa situação em que o lado citoplasmático fica carregado
positivamente em relação ao lado extracelular. O potencial de ação ou o impulso
nervoso é o sinal que leva a informação ao longo do sistema nervoso.

   Os potenciais de ação gerados por uma célula são iguais em amplitude e duração e não
   diminuem à medida que são conduzidos pelos axônios. O código que o neurônio utiliza
   para transmitir informações é a freqüência e o padrão dos potenciais de ação. Estes têm
   características universais que são compartilhadas por axônios de qualquer animal.


      Durante o potencial de ação, o potencial de membrana torna-se positivo por um
breve momento. Observando-se um gráfico de potencial de membrana em relação ao
                                              tempo, nota-se que o potencial de
                                              membrana possui fases identificáveis.
                                              A primeira dela é a fase ascendente,
                                              caracterizada por uma rápida
                                              despolarização da membrana que
                                              continua até o potencial alcançar + 40
                                              mV.
                                              No pico a carga na face interna da
                                              membrana é positiva em relação à face
                                              externa.
                                              A fase descendente é caracterizada por
                                              uma repolarização até a membrana

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Potencial de ação

ficar mais negativa que o potencial de repouso (hiperpolarização). A última fase é a pós-
hiperpolarização, onde há uma restauração gradual do potencial de repouso.

        Como o potencial se inicia? A percepção de uma dor aguda é causada pela
geração de potenciais de ação em certas fibras nervosas da pele. A membrana dessas
fibras possui um tipo de canal de sódio que é ativado pela distensão do terminal
nervoso. Portanto a cadeia de eventos é: estímulo doloroso, distensão da membrana das
fibras nervosas, abertura dos canais de Na+ , despolarização da membrana (a superfície
interna da membrana torna-se menos negativa). Se esta despolarização alcançar um
ponto crítico (limiar), ocorre o potencial de ação. Os potenciais de ação são causados
pela despolarização da membrana além do limiar.

        A despolarização que causa o potencial de ação é alcançada de formas
diferentes, no caso acima, a despolarização foi causada pela entrada de sódio através de
canais iônicos sensíveis a distensão. Em interneurônios a despolarização é causada por
outros neurônios. Ou pode também ocorrer por meios invasivos, através da aplicação de
corrente elétrica.



 A aplicação de uma despolarização crescente a um neurônio não tem qualquer efeito
 até que esta atinja o limiar e então surja o potencial de ação – lei do tudo ou nada.
 A freqüência de disparos de potenciais de ação reflete a magnitude da corrente
 despolarizante. Esta é uma das formas pelas quais a intensidade do estímulo é
 codificada no Sistema Nervoso.



         Embora a freqüência de disparos aumente com a magnitude o estímulo, existe
um limite para a taxa que um neurônio pode gerar de potenciais de ação. Uma vez
iniciado um potencial de ação é impossível iniciar outro durante cerca de 1 ms. Este
período de tempo é chamado de período refratário absoluto. Também é relativamente
difícil iniciar outro potencial de ação nos próximos milissegundos após esse período. A
esse período chama-se período refratário relativo. Durante o período refratário relativo a
quantidade de corrente necessária para atingir o limiar e portanto deflagrar um potencial
de ação é tem que ser maior.


 O potencial de ação consiste em uma redistribuição de carga elétrica através da
 membrana. A despolarização durante o potencial de ação é provocada pelo influxo
 de íons sódio através da membrana e a repolarização é provocada pelo efluxo de íons
 potássio.

Assim, as propriedades do potencial de ação são:
   1- Limiar – é o potencial de membrana no qual um número suficiente de canais de
       sódio abre tornando a membrana mais seletiva para sódio.
   2- Fase ascendente (despolarização) – enquanto a face interna da membrana está
       negativa em relação à face externa há uma grande força impulsionando íons de
       sódio para o interior da membrana. Quando os canais se abrem ocorre a entrada
       maciça e rápida de íons sódio e a rápida despolarização da membrana.


Nathalia Fuga – Fisiologia I                                                    Página 4
Potencial de ação

   3- Fase descendente (repolarização) – os componentes de dois tipos de canais
      colaboram para a fase de repolarização: os canais de sódio que se fecham e,
      portanto ficam inativos não permitindo mais entrada de sódio e a abertura de
      canais de potássio, levando grande quantidade de potássio para fora da célula.
      Esse movimento faz com que o potencial da membrana celular volte, não tão
      rapidamente para o potencial de repouso.
   4- Pós-hiperpolarização – nessa fase,
      o potássio sai da célula sem que
      ocorra a entrada de sódio, e,
      portanto a diferença entre as cargas
      da face interna e da face externa da
      membrana fica muito grande,
      causando uma hiperpolarização. A
      membrana                 permanece
      hiperpolarizada até que ocorra o
      fechamento dos canais de potássio.


3- Condução do potencial de ação
        Para transmitir informação de um ponto do Sistema Nervoso a outro é necessário
que o potencial de ação, uma vez gerado, seja conduzido ao longo do axônio até
alcançar o seu terminal, iniciando daí a transmissão sináptica.
        Um potencial de ação iniciado em um neurônio somente propaga em uma
direção, ele não volta a percorrer o caminho já percorrido. Isso ocorre por que a
membrana por onde esse impulso passou se encontra refratária como resultado da
inativação dos canais de sódio recém utilizados.
        Alguns fatores podem influenciar a velocidade de condução:
    1- o diâmetro axonal: a velocidade de condução aumenta quanto maior for o
        diâmetro axonal
    2- tamanho do axônio: axônios maiores necessitam de uma maior despolarização
        para alcançar o limiar do potencial de ação
    3- número de canais
    4- presença de mielina: a condução é
        facilitada pela presença de mielina no
        axônio.
                 A bainha de mielina não se estende
     continuamente ao longo de todo o axônio. As
          quebras no isolamento, conhecidas como
          nódulo de Ranvier, permitem que os íons
        cruzem a membrana gerando potenciais de
          ação. Esse tipo de condução é conhecida
                                    como saltatória.




Nathalia Fuga – Fisiologia I                                                 Página 5

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Potencial de ação

  • 1. Potencial de ação Potencial de ação a- proteínas 1 Membrana neuronal em repouso Movimento dos íons 1.1 – a- membrana fosfolipídica 1.2 Bases iônicas do potencial de repouso b- proteínas a – potencial de equilíbrio 1.1 – Movimentopermeabilidade iônica relativa ao potencial de repouso b– dos íons 1.2 Bases iônicas do potencial de repouso 2 Propriedades do potencial de ação a – potencial de equilíbrio 3 Condução do potencial de ação b – permeabilidade iônica relativa ao potencial de repouso 2 Propriedades do potencial de ação 3 Condução do potencial de ação 1 - Membrana neuronal em repouso Para que um simples reflexo aconteça é necessário que o sistema nervoso colete, distribua e integre as informações. O neurônio conduz as informações por longas distâncias usando sinais elétricos que percorrem seus axônios. No citoplasma do neurônio a carga elétrica é transportada por átomos eletricamente carregados (íons). O neurônio é banhado em fluido extracelular salino que conduz eletricidade. A membrana do axônio possui propriedades que lhe permite conduzir um tipo de sinal específico – o impulso nervoso, ou potencial de ação – que supera algumas limitações biológicas da própria célula. Ao contrário dos sinais elétricos conduzidos passivamente, potenciais elétricos não diminuem com a distância, eles são sinais de amplitude e duração fixas. A informação está codificada na freqüência dos potenciais de ação de neurônios individuais, bem como na distribuição e número de neurônios disparando potenciais de ação em um dado nervo. As células capazes de gerar e conduzir potenciais de ação são células nervosas (neurônios) e células musculares, pois ambas possuem membrana excitável. Quando uma célula com capacidade de excitação não está gerando potencial de ação, diz-se que ela está em repouso. A região interna da membrana do neurônio em repouso possui uma carga elétrica negativa, quando comparada a carga externa à membrana. Essa diferença de cargas através da membrana é chamada de potencial de repouso da membrana. O potencial de ação é uma breve inversão dessa condição, o que faz com que por um breve instante, a carga interna seja positiva em relação ao exterior do neurônio. a - A membrana fosfolipídica A membrana fosfolipídica é um arranjo estável que isola o citoplasma do neurônio do líquido extracelular. Possui uma bicamada lipídica onde os lados hidrofílicos estão em contato com o meio aquoso (interno e externo da célula) e a porção hidrofóbica está no interior da membrana. Nathalia Fuga – Fisiologia I Página 1
  • 2. Potencial de ação b - Proteínas Os íons cruzam a membrana através de caminhos fornecidos por proteínas contidas na membrana. Os potenciais de repouso e de ação são dependentes dessas proteínas especiais. Os canais iônicos são formados por proteínas que se estendem através da membrana formando poros. Além dessas proteínas que formam canais, outras proteínas que se estendem através da membrana se organizam para formar bombas iônicas. Elas utilizam a energia liberada pela quebra do ATP para transportar certos íons através da membrana. Essas bombas desempenham uma função crítica na sinalização neuronal a transportarem Na+ e Ca 2+ para dentro e fora do neurônio. 1.1– Movimentos dos íons A existência de um canal aberto na membrana não garante que haverá movimento líquido de íons através da membrana. Tal movimento requer também que outras forças externas sejam usadas para forçá-los a atravessar a membrana. Movimentos iônicos através da membrana são necessários para o funcionamento do sistema nervoso. Os movimentos iônicos através dos canais são influenciados por dois fatores:  difusão: movimento líquido de íons de região de alta concentração para regiões de baixa concentração. Lembrando-se que íons e moléculas estão em movimento aleatório dependendo da temperatura que tende a distribuir os íons igualmente na solução. Os íons são forçados a atravessar a membrana quando: a membrana possui canais permeáveis a eles, existe diferença de concentração.  eletricidade: além da difusão a favor do gradiente de concentração, outra maneira de induzir um movimento líquido de uma solução é através de um campo elétrico, uma vez que os íons são eletricamente carregados. Portanto o movimento de qualquer íon através da membrana depende do gradiente de concentração e da diferença no potencial elétrico através da membrana. 1.2 - Bases iônicas do potencial de repouso O interior do neurônio é eletricamente negativo com relação ao exterior. Essa diferença constante, o potencial de repouso da membrana, é mantida sempre que o neurônio não está gerando impulsos. O potencial de repouso típico é cerca de -65 mV, o potencial negativo no interior do neurônio é importante para ao funcionamento do sistema nervoso. Considerando uma célula hipotética na qual o seu interior é separado do exterior por uma membrana fosfolipídica, com uma proteína de canal K+. Dentro e fora desta célula temos uma solução de sal de potássio, fornecendo K+ e A-, a diferença entre os Nathalia Fuga – Fisiologia I Página 2
  • 3. Potencial de ação meios é a concentração (mais concentrada no interior). Há então um movimento a favor do gradiente de concentração. À medida que o fluído no interior adquire mais e mais cargas negativas, a força elétrica começa a atrair íons K+ para o interior da célula. Quando uma determinada diferença de potencial é atingida, a força elétrica que atrai íons K+ ao interior é contrabalançada com a força da difusão, que os coloca para fora. Assim ocorre um estado de equilíbrio em que as forças de difusão e as elétricas são iguais, mas em direções opostas. A concentração iônica que contrabalanceia a diferença elétrica é chamada de potencial de equilíbrio iônico. Assim, o potencial de membrana de um neurônio depende das concentrações iônicas nos dois lados da membrana. O K+ está mais concentrado no meio intracelular, enquanto que o Na+ e Ca 2+ estão mais concentrados no meio extracelular. Os gradientes de concentração são estabelecidos pela ação das bombas iônicas na membrana neuronal. A bomba de sódio e potássio é uma enzima que hidrolisa ATP na presença de sódio intracelular. A ação dessa bomba garante que o K+ esteja mais concentrado dentro do neurônio e o Na+ mais concentrado fora, contra os seus respectivos gradientes de concentração e portanto gastando energia. As bombas iônicas trabalham para assegurar que os gradientes de concentração iônica sejam estabelecidos e mantidos. 2 - Propriedades do potencial de ação Como anteriormente foi dito, o citoplasma do neurônio em repouso está carregado negativamente em relação ao fluido extracelular. O potencial de ação é uma inversão rápida dessa situação em que o lado citoplasmático fica carregado positivamente em relação ao lado extracelular. O potencial de ação ou o impulso nervoso é o sinal que leva a informação ao longo do sistema nervoso. Os potenciais de ação gerados por uma célula são iguais em amplitude e duração e não diminuem à medida que são conduzidos pelos axônios. O código que o neurônio utiliza para transmitir informações é a freqüência e o padrão dos potenciais de ação. Estes têm características universais que são compartilhadas por axônios de qualquer animal. Durante o potencial de ação, o potencial de membrana torna-se positivo por um breve momento. Observando-se um gráfico de potencial de membrana em relação ao tempo, nota-se que o potencial de membrana possui fases identificáveis. A primeira dela é a fase ascendente, caracterizada por uma rápida despolarização da membrana que continua até o potencial alcançar + 40 mV. No pico a carga na face interna da membrana é positiva em relação à face externa. A fase descendente é caracterizada por uma repolarização até a membrana Nathalia Fuga – Fisiologia I Página 3
  • 4. Potencial de ação ficar mais negativa que o potencial de repouso (hiperpolarização). A última fase é a pós- hiperpolarização, onde há uma restauração gradual do potencial de repouso. Como o potencial se inicia? A percepção de uma dor aguda é causada pela geração de potenciais de ação em certas fibras nervosas da pele. A membrana dessas fibras possui um tipo de canal de sódio que é ativado pela distensão do terminal nervoso. Portanto a cadeia de eventos é: estímulo doloroso, distensão da membrana das fibras nervosas, abertura dos canais de Na+ , despolarização da membrana (a superfície interna da membrana torna-se menos negativa). Se esta despolarização alcançar um ponto crítico (limiar), ocorre o potencial de ação. Os potenciais de ação são causados pela despolarização da membrana além do limiar. A despolarização que causa o potencial de ação é alcançada de formas diferentes, no caso acima, a despolarização foi causada pela entrada de sódio através de canais iônicos sensíveis a distensão. Em interneurônios a despolarização é causada por outros neurônios. Ou pode também ocorrer por meios invasivos, através da aplicação de corrente elétrica. A aplicação de uma despolarização crescente a um neurônio não tem qualquer efeito até que esta atinja o limiar e então surja o potencial de ação – lei do tudo ou nada. A freqüência de disparos de potenciais de ação reflete a magnitude da corrente despolarizante. Esta é uma das formas pelas quais a intensidade do estímulo é codificada no Sistema Nervoso. Embora a freqüência de disparos aumente com a magnitude o estímulo, existe um limite para a taxa que um neurônio pode gerar de potenciais de ação. Uma vez iniciado um potencial de ação é impossível iniciar outro durante cerca de 1 ms. Este período de tempo é chamado de período refratário absoluto. Também é relativamente difícil iniciar outro potencial de ação nos próximos milissegundos após esse período. A esse período chama-se período refratário relativo. Durante o período refratário relativo a quantidade de corrente necessária para atingir o limiar e portanto deflagrar um potencial de ação é tem que ser maior. O potencial de ação consiste em uma redistribuição de carga elétrica através da membrana. A despolarização durante o potencial de ação é provocada pelo influxo de íons sódio através da membrana e a repolarização é provocada pelo efluxo de íons potássio. Assim, as propriedades do potencial de ação são: 1- Limiar – é o potencial de membrana no qual um número suficiente de canais de sódio abre tornando a membrana mais seletiva para sódio. 2- Fase ascendente (despolarização) – enquanto a face interna da membrana está negativa em relação à face externa há uma grande força impulsionando íons de sódio para o interior da membrana. Quando os canais se abrem ocorre a entrada maciça e rápida de íons sódio e a rápida despolarização da membrana. Nathalia Fuga – Fisiologia I Página 4
  • 5. Potencial de ação 3- Fase descendente (repolarização) – os componentes de dois tipos de canais colaboram para a fase de repolarização: os canais de sódio que se fecham e, portanto ficam inativos não permitindo mais entrada de sódio e a abertura de canais de potássio, levando grande quantidade de potássio para fora da célula. Esse movimento faz com que o potencial da membrana celular volte, não tão rapidamente para o potencial de repouso. 4- Pós-hiperpolarização – nessa fase, o potássio sai da célula sem que ocorra a entrada de sódio, e, portanto a diferença entre as cargas da face interna e da face externa da membrana fica muito grande, causando uma hiperpolarização. A membrana permanece hiperpolarizada até que ocorra o fechamento dos canais de potássio. 3- Condução do potencial de ação Para transmitir informação de um ponto do Sistema Nervoso a outro é necessário que o potencial de ação, uma vez gerado, seja conduzido ao longo do axônio até alcançar o seu terminal, iniciando daí a transmissão sináptica. Um potencial de ação iniciado em um neurônio somente propaga em uma direção, ele não volta a percorrer o caminho já percorrido. Isso ocorre por que a membrana por onde esse impulso passou se encontra refratária como resultado da inativação dos canais de sódio recém utilizados. Alguns fatores podem influenciar a velocidade de condução: 1- o diâmetro axonal: a velocidade de condução aumenta quanto maior for o diâmetro axonal 2- tamanho do axônio: axônios maiores necessitam de uma maior despolarização para alcançar o limiar do potencial de ação 3- número de canais 4- presença de mielina: a condução é facilitada pela presença de mielina no axônio. A bainha de mielina não se estende continuamente ao longo de todo o axônio. As quebras no isolamento, conhecidas como nódulo de Ranvier, permitem que os íons cruzem a membrana gerando potenciais de ação. Esse tipo de condução é conhecida como saltatória. Nathalia Fuga – Fisiologia I Página 5